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Depressão na Adolescência: Causas e Consequências

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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SERVIÇO SOCIAL
GILVANI LINA DE JESUS
DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA
Recife
2020
GILVANI LINA DE JESUS
DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Tutor Orientador: Tânia Maria P Correia
Professora Orientadora: Nelma dos Santos Assunção Galli
Recife
2020
agradecimentos
Primeiramente a Deus, pela oportunidade de viver a cada dia.
Um agradecimento especial à minha família, nas pessoas de Aldaí, minha irmã, meu cunhado José Nilson, minha filha, Andrecksa e minha sobrinha Jaquelina
Agradeço também ao amigo Thiago que me ajudou na construção do meu trabalho de conclusão de curso, e a amiga Conceição, que esteve comigo durante todo o curso.
A todos o meu muito obrigada.
	
JESUS, GILVANI LINA DE. DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA. 2020. 21 Folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Serviço Social- Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade do Norte de Paraná, recife, 2020.
RESUMO
Este estudo busca compreender, através de uma breve revisão bibliográfica, a questão do fenômeno da depressão na adolescência, suas causas e consequências. Tal transtorno têm atingido de maneira acelerada grande parte da população, sendo esta, indicada como uma das principais causas de incapacidade e comorbidade a outras doenças levando o usuário a cometer suicídio. Conclui-se que há uma associação importante entre o estabelecimento de um padrão de apego inseguro na infância e o desenvolvimento da depressão na adolescência. A utilização dos conceitos de função reflexiva e capacidade de mentalização permite reconhecer a importância da dimensão representacional para essa problemática, proporcionando uma nova perspectiva para a compreensão e abordagem terapêutica da depressão na adolescência.
Palavras-chave: Depressão. Adolescência. tratamento.
	
JESUS, GILVANI LINA DE. ADOLESCENCE DEPRESSION 2020. 21 SHEETS. SOCIAL SERVICE COURSE COMPLETION WORK - APPLIED SOCIAL AND SOCIAL SCIENCES CENTER, NORTH OF NORTH OF PARANÁ, RECIFE, 2020.
ABSTRACT
This study seeks to understand, through a brief bibliographic review, the issue of the phenomenon of depression in adolescence, its causes and consequences. Such a disorder has rapidly affected a large part of the population, which is indicated as one of the main causes of disability and comorbidity to other diseases leading the user to commit suicide. It is concluded that there is an important association between the establishment of a pattern of insecure attachment in childhood and the development of depression in adolescence. The use of the concepts of reflective function and mentalization capacity allows us to recognize the importance of the representational dimension for this problem, providing a new perspective for the understanding and therapeutic approach of depression in adolescence.
Keywords: DEPRESSION. ADOLESCENCE. TREATMENT.
Sumário
INTRODUÇÃO	7
1.	O FENÔMENO DA DEPRESSÃO	10
2.	ADOLESCÊNCIA E DEPRESSÃO	12
2.1.	Alguns Sintomas	14
2.2.	Suicídio	16
3.	A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO ÀS VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA	17
CONSIDERAÇÕES FINAIS	19
REFERÊNCIAS	19
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa é fruto, inicialmente das reflexões e experiência do trabalho desenvolvido no atendimento aos adolescentes, junto à equipe multidisciplinar, que dão entrada nos serviços de proteção com histórico de depressão.
Neste trabalho de pesquisa, iremos abordar uma das diversas áreas de atuação do assistente social: A proteção Básica. Veremos a participação do Assistente social no acolhimento e direcionamento dos usuários, especialmente os adolescentes que chegam a instituição com depressão, buscando, junto com sua família o tratamento para se libertar da mesma.
Adolescência é frequentemente descrita como um período de sofrimento e de dificuldades para o próprio adolescente e para as pessoas de seu convívio (Arnett, 1999). É nesse período que se desenvolvem concepções mais consistentes a respeito de si e dos outros, além de habilidades para formar e manter relacionamentos significativos (Kristensen, Leon, D’Incao & Dell’Aglio, 2004).
Diversos fatores podem tornar o adolescente vulnerável a problemas, como frequência de eventos estressores, baixa escolaridade, famílias numerosas ou uniparentais, estresse, doença mental e violência familiar, mudanças importantes no estilo de vida (separação dos pais, mudança de escola), condições estressoras crônicas (pobreza, deficiências no desenvolvimento físico e emocional, conflitos familiares constantes) e problemas do dia-a-dia (provas escolares, disputas com amigos e discussão com os pais) (Kristensen et al., 2004).
Um dos fatores de maior impacto sobre a vida de um adolescente é a morte de um dos pais, que pode acarretar um desequilíbrio significativo na rotina e gerar sensação de desamparo. O enfrentamento adequado desse luto vai depender do suporte social oferecido pelos familiares (Frade & Barragán, 2005).
Essa condição pode favorecer o desenvolvimento de problemas psicológicos, tais como estresse e depressão, em indivíduos com vulnerabilidade biológica e ambiental. Os sintomas mais comuns de estresse na adolescência incluem aparecimento súbito de comportamentos agressivos, desobediência, ansiedade, depressão, dificuldade de relacionamento, dificuldades escolares, pesadelos, insônia, entre outros (Lipp, 2000).
Quanto maior a vulnerabilidade e menor a capacidade de enfrentamento, mais rápido e intensamente os sintomas se manifestarão. As diferenças individuais decorrem da herança genética, combinada com vulnerabilidades desenvolvidas ao longo da vida. Alguns autores destacam que pessoa submetida a eventos estressores significativos e persistentes na infância e adolescência tem maior risco de desenvolver depressão (Numhauser & Schwartz, 1999; Lima, 2004; Zavaschi et al., 2002).
O objetivo geral desse trabalho é conhecer o papel do assistente social na equipe multidisciplinar dos serviços de proteção no acolhimento e tratamento dos adolescentes com históricos de depressão.
Dentre os objetivos específicos, entenderemos como age o assistente social no acolhimento dos adolescentes com depressão, identificaremos a metodologia utilizada no acompanhamento dos usuários, abordaremos os instrumentos utilizados pelo assistente social em sua intervenção.
Este atendimento é essencial e fundamental para garantir os de tais usuários. A dificuldade de convencer uma pessoa, principalmente adolescentes com depressão, demanda um atendimento especializado com diversas áreas em que cada profissional desenvolve seu papel com foco na intervenção, linguagens e metodologias próprias, mas de forma conjunta em favor do usuário, pois cada família possui particularidades, portanto devem ser tratadas com esse contexto.
Veremos, a seguir, um pouco do desenrolar da história da profissão do Serviço Social, os avanços que tivemos quanto às políticas públicas em favor dos adolescentes.
A metodologia, aqui utilizada, será a pesquisa bibliográfica. É muito importante examinar a bibliografia existente que aborde o tema seguindo a linha metodológica que será utilizada. A pesquisa bibliográfica baseia-se na consulta a textos, livros, documentos publicados a respeito do problema levantado e que gerou o interesse pela pesquisa. Segundo Cervo (1983, p.55) a pesquisa bibliográfica “busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado existentes sobre um determinado, tema ou problema.”
A depressão na adolescência vem sendo reconhecida devido ao aumento constante de casos clínicos nesta faixa etária, frequentemente identificados pelos profissionais da saúde mental (Bahls & Bahls, 2002; Levisky, 2002). Segundo Schneider e Ramires (2007), a partir da adolescência, a sintomatologia depressiva passa a ser responsável por cerca de 75% das internações psiquiátricas. 
Diante desta realidade,torna-se urgente a necessidade de estudos com foco nesta situação clínica e em métodos de intervenção apropriados para a sintomatologia depressiva na adolescência. A depressão sempre foi considerada uma psicopatologia específica da fase adulta. Somente a partir de 1960 sua ocorrência foi relacionada à infância e adolescência. Embora já existissem estudos que abordavam a ocorrência de sintomas depressivos em crianças e adolescentes, o Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, por exemplo, só passou a considerar a depressão nesta faixa etária a partir de 1975 (Monteiro & Lage, 2007). 
Embora este reconhecimento seja recente, vários estudos têm-se detido sobre essa temática na atualidade, apontando-a como um problema crescente (Bahls & Bahls, 2002; Capitão, 2007; Monteiro & Lage, 2007; Schneider & Ramires, 2007).
De acordo com Bahls e Bahls (2002), a incidência de quadro depressivo na adolescência varia de 3,3 a 12,4%, ocorrendo em grande parte na passagem da infância para a adolescência, com predomínio do sexo feminino sobre o masculino. Os autores ainda destacam que grande parte dos estudos realizados sobre depressão na adolescência focaliza a descrição da sintomatologia traçando um paralelo entre os sintomas depressivos em adultos e em adolescentes conforme descritos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-IV e na Classificação Internacional de Doenças, CID-10.
1. O FENÔMENO DA DEPRESSÃO
Do ponto de vista psicopatológico, as síndromes depressivas têm como elementos mais salientes o humor triste e o desânimo (DALGALARRONDO, 2008). Ainda em acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) (2014), a depressão é caracterizada por humor deprimido (em adolescente pode ser humor irritável) e acentuada diminuição do interesse ou prazer. Neste conceito Dalgalarrondo (2008, p. 307), relata as manifestações depressivas:
Entretanto, elas caracterizam-se por uma multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à autovaloração, à vontade e à psicomotricidade. Também podem estar presentes, em formas graves de depressão, sintomas psicóticos (delírios e/ou alucinações), marcante alteração psicomotora (geralmente lentificação ou estupor) e fenômenos biológicos (neuronais ou neuro-endócrinos) associados.
A depressão é uma das psicopatologias mais estudadas em virtude do elevado contingente da população que sofre dela e que acaba desenvolvendo incapacidades funcionais temporárias, podendo chegar até a limitações permanentes (Opas) – 2001 apud FREITAS; RECH, 2010). Nesse sentido, a Nações Unidas no Brasil (ONUBR, 2016) define que a depressão contribui significativamente para o desenvolver de outras doenças, sendo ela a principal causa de incapacidade em todo o mundo. Conforme o centro de pesquisa Brasil (2008) o CID-10 (1998), a depressão pode ser classificada em:
F32 Episódios depressivos: Nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão: leve, moderado ou grave, o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Observam-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da auto-estima e da autoconfiança e freqüentemente idéias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves. O humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se acompanhar de sintomas ditos “somáticos”, por exemplo perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal da depressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda de peso e perda da libido. O número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três graus de um episódio depressivo: leve, moderado e grave.
A epidemiologia dos transtornos de humor tem demonstrado que a depressão merece a devida atenção, dada a sua alta prevalência na população geral e seus impactos psicossociais (OLIVEIRA et al., 2006). A depressão, antes considerada como um efeito secundário de outras enfermidades, atualmente, postula uma autonomia diante delas, demonstrando que, por si só, acarreta danos graves à vida do adolescente e que não necessariamente teria que estar atrelada a alguma comorbidade para ser considerada nociva ou prejudicial ao sujeito (MELO et al., 2017). A ONUBR (2016) em publicação relata que, a OMS determina que a depressão é um transtorno mental frequente. 
Globalmente, estima-se que 350 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com esse transtorno. A carga da depressão e de outras condições de saúde mental está em ascensão no mundo. Uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde aprovada em maio de 2013 exigiu uma resposta abrangente e coordenada aos transtornos mentais em nível nacional (ONUBR, 2016).
A depressão pode ser considerada um dos transtornos principais da nossa época, desde 1960, quando a sua ocorrência na infância e na adolescência começou a ser pesquisada, os transtornos de humor eram compreendidos como uma condição rara nesta faixa etária. Embora se encontrem relatos de sintomas depressivos em crianças e jovens, mesmo antes da década citada - realizados por Abraham, Bowlby,Klein e Freud (Winnicott, 1983) -, o Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA somente admitiu a existência da depressão em crianças e adolescentes a partir de 1975 (MONTEIRO; LAGE, 2007).
A depressão vem ocasionando, ao longo do tempo, o afastamento de milhares de pessoas em todo o mundo, seja dos seus familiares, suas atividades laborais ou até mesmo de atividades que lhe tragam prazer. Diagnosticar esta enfermidade a tempo é devolver a esta pessoa a oportunidade de recuperar sua qualidade de vida e sua autonomia. 
De acordo com Costa & Maltez (2002) a depressão apresenta um conjunto de fatores de risco que podem ser identificados, são eles: “sexo feminino, mulheres casadas, homens vivendo sozinhos, idade variando entre 20 a 40 anos de idade, perdas parentais antes da adolescência, história familiar de depressão, puerpério, ausência de um confidente, acontecimentos vitais negativos, residência em área urbana” (p. 560-561).
Assim, é indispensável que haja um diagnóstico preciso para que o tratamento da depressão seja iniciado da forma mais adequada e de acordo com a particularidade de cada paciente. Para que isso ocorra da melhor forma possível, é necessário que a pessoa acometida com a doença procure atendimento e perceba que a depressão é algo que pode incapacitar o ser humano. 
Como pode ser encontrado nos manuais de Psiquiatria o diagnóstico dos transtornos mentais (DSM-IV e CID 10) citados logo abaixo, a depressão também possui sua forma subjetiva de ser diagnosticada. AUGRAS (2009) discorre em seu livro a respeito da situação de diagnóstico em fenomenologia, trazendo subjetividade e evitando interpretação do cliente elaborado a priori, antes e fora do acontecimento presente.
Da mesma maneira que cada indivíduo for a medida de sua normalidade, em cada situação, o significado será buscado dentro daquilo que for manifestado. Neste ponto de vista, a “objetividade” dessa apreensão, finalmente configurada em diagnóstico, apoiar-se-á em critérios de coerência, deduzidos daquilo que se ofereceu da história do indivíduo e das vivências presentes. (p. 13)
Apesar de a depressão se apresentar e ser experienciada de formas distintas para cada pessoa, há critérios utilizados para que se tenha um padrão no seu diagnóstico, trazendo características observáveis e comuns encontradas na doença. Vale ressaltar que a fenomenologia não descarta os critérios diagnósticos encontrados nos manuais de psiquiatria, porém, o indivíduo é compreendido também na sua particularidade. Busca-se a sua visão de mundo sobre a doença, convidando-o a fazer parte do seu tratamento de forma ativa. Os critérios parao diagnóstico servirão como apoio para identificar os sintomas discorridos pelo paciente que procura atendimento.
Nos dias atuais, os sistemas classificatórios utilizados para o diagnóstico da depressão são DSM-IV – Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais são perturbações mentais (APA, 2002) e o CID-10 – Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (OMS, 1993).
O DSM-IV (APA, 2002) fornece critérios de diagnóstico para as perturbações mentais e abrange elementos descritivos com o intuito de conduzir ao diagnóstico de tais inquietações. Neste modelo, a depressão pode se encontrarem diferentes transtornos mentais, apresentando algo em comum transtorno de humor:
Os Transtornos de Humor estão divididos em Transtornos Depressivos (“depressão unipolar”), Transtornos Bipolares e dois transtornos baseados na etiologia – Transtorno do Humor Devido a uma Condição Médica Geral e Transtorno de Humor Induzido por Substância. Os transtornos depressivos (a saber, Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Distímico e Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação) são diferenciados dos Transtornos Bipolares pelo fato de haver um histórico de jamais ter tido um Episódio Maníaco, Misto ou Hipomaníaco. Os transtornos Bipolares (a saber, Transtorno Bipolar I, Transtorno Bipolar II, Transtorno Ciclotímico e Transtorno Bipolar sem outra Especificação) envolvem a presença (ou histórico) de episódios maníacos, geralmente acompanhados pela presença (ou histórico) de Episódios Depressivos Maiores (p. 345).
Nem sempre é fácil encerrar um diagnóstico preciso devido a diferentes transtornos apresentarem alguns sintomas psicopatológicos semelhantes aos da depressão. Desta forma, se faz necessário ter o devido cuidado e conhecimento de psicopatologia para que o diagnóstico seja o mais preciso possível. 
Ainda, de acordo com o DSM-IV, existem critérios para que seja diagnosticado o episódio depressivo maior: Deve ser encontrado no paciente a ser diagnosticado um mínimo de cinco dos seguintes sintomas presentes durando o período de duas semanas:
1.humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste ou vazio) ou observação feita por terceiros (p. ex., chora muito). 2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas a atividades na maior parte do dia (indicado por relato subjetivo ou observação feita por terceiros). 3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta (p. ex., mais de 5% do peso corporal em 1 mês), ou diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias. 4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias. 5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). 6.Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 7. Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente auto-recriminação ou culpa por estar doente). 8. Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros). 9. pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer) ideação suicida recorrente sem um plano específico (p. 354-355).
Diagnosticar a depressão, em alguns casos, pode ser bastante complexo, por ser confundida com outras enfermidades físicas ou até mesmo por ser desencadeada por uma doença já existente e sendo tratada por este paciente no momento, como a pressão alta, cardiopatia, diabetes. 
Já na CID-10(OMS, 1993), as seções de F00 a F99 são destinadas aos transtornos mentais e comportamentais, estando os transtornos de humor e/ ou afetivos incluídos nas seções de F30 a F39:
transtornos nos quais a perturbação fundamental é uma alteração do humor ou do afeto, no sentido de uma depressão (com ou sem ansiedade associada) ou de uma elação. A alteração do humor em geral se acompanha de uma modificação do nível global de atividade, e a maioria dos outros sintomas são quer secundários a estas alterações do humor e da atividade, quer facilmente compreensíveis no contexto dessas alterações. A maioria desses transtornos tende a ser recorrente e a ocorrência dos episódios individuais pode frequentemente estar relacionada com situações e fatos estressantes (p 110).
Destacam-se os sintomas que podem ser encontrados na seção F32 no Episódio depressivo, seja este leve (F32.), moderado (F32.1) e grave (F32.2 e F32.3): “(a) concentração e atenção reduzidas; (b) autoestima e autoconfiança reduzidas; (c) ideias de culpa e inutilidade (mesmo em um tipo leve de episódio); (d) visões desoladas pessimistas do futuro; (e) ideias ou atos auto lesivos ou suicídio; (f) sono perturbado; (g) apetite diminuído” (p. 117) 
A depressão foi caracterizada por estudiosos e de acordo com Monteiro &Lage (2007):
Ao longo do século XX foram surgindo as dicotomias: depressão hereditária e psicogênica, depressão neurótica e psicótica, depressão primária e secundária, depressão endógena e reativa, etc. Estas nomenclaturas tinham em vista realizar ainda uma distinção básica entre a depressão chamada de melancólica, correspondente à psicose maníaco-depressiva e as outras formas de depressão; ditas reativas, psicogênicas ou neuróticas. Tais dicotomias proporcionaram uma discussão ampla no decorrer deste século, visto que, existia uma tentativa de diferenciar a depressão neurótica da depressão psicótica, levando em conta, não somente a severidade do quadro clínico apresentado, mas a sua etiologia (p. 03).
Como foi evidenciada no estudo feito pelos autores acima citados, a depressão possuiu, ao longo dos anos, algumas nomenclaturas que visaram caracterizar as variadas formas em que a doença se apresenta no ser humano. Percebe-se que há um grande interesse por parte dos estudiosos em apenas descrever a depressão, houve pouco interesse em buscar compreender como o doente percebe a doença e como é experienciado por ele. 
Essas características podem ajudar o profissional de saúde a elaborar o melhor tratamento ao seu paciente. Infelizmente, não é levada em consideração a vivência que a pessoa, acometida com a doença, possui para que o prognóstico seja satisfatório. Isso faz com que o percurso da doença seja igual para cada um, o que vai de encontro com a fenomenologia, que evidencia a compreensão do ser humano, considerando a experiência que cada um possui sobre o fenômeno que se apresenta.
2. A REFORMA PSIQUIÁTRICA
 Bisneto (2007) aponta que a Reforma Psiquiátrica no Brasil tem início na década de 1970, com a proposta de superar o modelo vigente de Assistência à Saúde Mental, priorizando a efetivação da cidadania da pessoa em sofrimento psíquico, apresentando denúncias das atrocidades cometidas contra os internados e também a precariedade das condições de trabalho dos profissionais da área. Este momento tem sua luta embasada não somente na transformação das instituições que atendem os Portadores de Transtorno Mental, mas também busca uma transformação cultural que atinja a toda sociedade de forma a modificar a concepção de doente mental para sujeito que tem o direito de usufruir com qualidade da saúde, educação, cultura, habitação e lazer. Ou seja, um cidadão que deve ser atendido em suas necessidades.
Vasconcelos (2000, p. 22-30) aponta cinco períodos históricos, os quais culminaram em avanços e também desafios para a Reforma Psiquiátrica.
O 1º período foi marcado pela emergência de movimentos sociais, entre eles o Movimento de Trabalhadores de Saúde Mental em 1978, que tinham por princípios a humanização dos hospitais, melhores condições de trabalho e aumento de serviços ambulatoriais em saúde mental, em 1980 acontece o movimento de reforma sanitária, envolvendo os profissionais da saúde de forma geral. Este Movimento recebeu forte influência do psiquiatra italiano, Franco Basaglia, que, em 1979, visitou três hospitais psiquiátricos implantados em três regiões brasileiras e os comparou a campos de concentração.Franco Basaglia, com suas ideias revolucionarias, foi uma das pessoas que conseguiu estabelecer significativas mudanças no tratamento a saúde mental na Itália.
No 2º período (1980-1987) avança o Movimento criado, pois recebe espaço para iniciar a reforma e humanização dos hospitais psiquiátricos, bem como sua entrada nas secretarias estaduais de saúde, o que possibilitou sua intervenção em hospitais públicos e privados.
No 3º período (1987-1992) destaca-se, principalmente, a Luta Antimanicomial, que propunha serviços alternativos aos hospitais psiquiátricos. Ou seja, a superação dos chamados manicômios. Neste período também acontecem duas grandes conquistas: a Constituição Federal em 1988 e a aprovação da Lei Orgânica da Saúde em 1990.
No 4º período (1992-1995) houve a consolidação da desinstitucionalização psiquiátrica. Ou seja, avanços como a implantação de serviços que substituam a internação, além de priorizar a participação dos usuários e familiares na melhoria da qualidade dos serviços oferecidos na saúde mental.
O 5º período inicia em 1995, no governo FHC.A partir do neoliberalismo são agravadas as expressões da questão social, como o desemprego, que repercutiu de diferentes formas no cotidiano da população, inclusive resultando em determinadas reações comportamentais que se tornaram demandas para saúde mental.
Conforme as pontuações de Vasconcelos (2000, p. 22-30) a Reforma Psiquiátrica é um movimento revolucionário, extremamente propositivo, que coloca a sua luta a favor dos trabalhadores que devem ser atendidos de acordo com suas necessidades, prezando sempre pela equidade.
Considerando as propostas colocadas pela Reforma Psiquiátrica, se percebe a estreita relação existente entre os princípios norteadores da prática profissional dos assistentes sociais, configurando, então, a saúde mental não apenas como um trabalho, mas como parte da luta também desta categoria.
3. ADOLESCÊNCIA E DEPRESSÃO
Em todas as fases do desenvolvimento humano, pode ser observado que a depressão ocorre uma série de problemas que impossibilitam a pessoa de ter uma vida produtiva e conviver com todos em sua volta de forma plena. Diante disso, nesse momento se faz presente o suporte psicológico, e caso seja necessário o acompanhamento de um profissional psiquiatra são fundamentais para que a doença possa ter um tratamento adequado.
Mesmo com a desaceleração do ritmo de crescimento da população jovem, hoje, a geração de adolescentes e jovens de 10 a 24 anos de idade é a mais numerosa em toda a história do Brasil, representando, no censo de 2002, um total de 51.429.397 pessoas – 30,3% da população brasileira –, sendo 35.287.882 adolescentes de 10 a 19 anos e 16.141.515 jovens com idades entre 15 e 24 anos (SOUZA,1999). Os sintomas depressivos de crianças e adolescentes podem não ser percebidos nos ambientes que frequentam, em casa ou escola. Portanto, é desejável que familiares e educadores estejam atentos para identificar os sintomas, a fim de encaminhar os suspeitos para avaliação. O diagnóstico precoce é essencial para que se possa realizar um tratamento efetivo, pois há risco evolutivo de se agravarem os transtornos depressivos (CICCHETTI, 1998). Estudos afirmam que fatos traumáticos ocorridos na infância, como perda de vínculos afetivos devido a morte, separação dos pais, abandono são fatores predisponentes a depressão (ZAVASCHI et al., 2002).
Os fatores de risco para depressão em crianças e adolescentes, no qual, podem ser levados em consideração como mais importante é a presença de depressão em um dos pais, sendo que a existência de histórico familiar para depressão aumenta o risco em pelo menos três vezes, seguido por estressores ambientais, como abuso físico e sexual e perda de um dos pais, irmão ou amigo íntimo (ANDRIOLA; CAVALCANTE, 1999). 
Em crianças a presença dessa sintomatologia pode interferir diretamente nas atividades associadas à cognição e à emoção. Acontece quando a criança não é tratada a tempo, poderá desenvolver modelos de comportamento tais como: isolamento, retraimento, dificuldades em se comunicar. Em crianças na pré-escola (seis a sete anos) as manifestações clinicas mais comum e representada por sintomas físicos (dor de cabeça, fadiga, tontura) e seguida de ansiedade, fobia, agitação, irritabilidade, diminuição de apetite e alterações no sono. Diminuição do prazer de brincar e ir à escola (ANDRIOLA; CAVALCANTE, 1999). 
Segundo Cruvinel (2003), alguns fatores são indicadores de que a criança está manifestando uma depressão, e o principal é quando seu rendimento escolar cai, passando a não apresentar resultados satisfatórios dentro da sala de aula, a disciplina que em geral que a criança tende a apresentar mais dificuldade é a matemática, pois ela exige do aluno concentração, atenção e memorização, justamente os processos cognitivos mais prejudicados na depressão. Os pais e professores devem estar atentos ao comportamento da criança, principalmente, como citado acima, se o rendimento caiu nos últimos tempos e se a criança está apresentando os sintomas que descrevem o quadro depressivo.
Já na adolescência, ocorrem significativas mudanças hormonais no corpo. Além de favorecer o aparecimento de acnes, estes hormônios acabam influenciando diretamente no comportamento dos adolescentes. Nesta fase, os adolescentes podem variar muito e rapidamente em relação ao humor e comportamento. (PATRICIO, 2000). 
Se os conflitos próprios dessa fase da adolescência forem mal conduzidos, podem contribuir para o surgimento de transtornos do humor e, em particular, da depressão (RANÑA, 2001). A depressão em adolescente é difícil de ser diagnosticada, porém, quando se torna prolongada e incapacitante, a intervenção e o tratamento tornam-se necessários (SILVA, 2010). Os adolescentes se deparam com várias situações novas e pressões sociais, favorecendo condições próprias para que apresentem flutuações do humor e mudanças expressivas no comportamento. Alguns mais sensíveis, e sentimentos podem desenvolver quadros depressivos (BALLONE, 2008).
No adolescente as manifestações da depressão costumam ser semelhantes ao de um adulto. Mas adolescentes não estão sempre tristes, ficam muita das vezes bem irritadas. Sintomas: perda de energia, apatia, desinteresse, sentimento de culpa e alterações no sono (VERSIANI, 2000) Há diferença nas manifestações clinicas entre meninos e meninas. 
Já as meninas sentem tristeza, vazio, raiva, ansiedade, preocupação com aparência. Os meninos demonstram sentimento de desprezo, desafio e problemas de conduta (violência, falta nas aulas, fugas de casa) (SOUZA,1999). 
Os adolescentes tendem a considerar como depressão o sintoma, mas não tem conhecimento do porquê dos sintomas. A desinformação é um fator que influencia na adesão do tratamento e sem conhecimento pode agravar o quadro clínico (STUART, 2001).
Conforme Bahls (2003), em jovens depressivos o índice de suicídio é maior do que em adultos. Esses dados confirmam que a adolescência é considerada um fator de risco, principalmente se o jovem estiver em um quadro depressivo. Não desconsiderando outras etapas da vida, como o infante, o adulto e o idoso, que também estão sujeitos à depressão e a riscos de suicídio. 
O adolescente costuma ser a melhor fonte de informação quanto ao seu sofrimento depressivo, seus colegas, amigos, são os que mais facilmente reparam as modificações ocasionadas pela patologia (SADLER,1991). 
Muitos dos problemas familiares ocorrem porque a família acredita que as atitudes do adolescente de rebeldia e indisciplina, não percebem que este comportamento decorre da oposição aos princípios de vida respeitados no grupo (KOLB,1996).
3.1. Alguns Sintomas
· Queda no rendimento escolar
Esse é um sinal bem específico em crianças e adolescentes que possuem a doença, pois a depressão causa alteração da forma e velocidade do raciocínio, o que consequentemente faz com que o rendimento caia. Além disso, o número de faltas nas aulas também pode aumentar significativamente.
Portanto, quando as notas sofrem mudanças drásticas,é preciso que os pais fiquem atentos. É claro que nem sempre isso significa um quadro depressivo, mas é importante investigar o que há por trás de tais mudanças, principalmente porque as escolas não costumam olhar com tanta atenção para as questões psicológicas que os alunos enfrentam durante o período escolar.
· Mudanças de comportamento
Esse é um sinal bem específico em crianças e adolescentes que possuem a doença, pois a depressão causa alteração da forma e velocidade do raciocínio, o que consequentemente faz com que o rendimento caia. Além disso, o número de faltas nas aulas também pode aumentar significativamente.
Portanto, quando as notas sofrem mudanças drásticas, é preciso que os pais fiquem atentos. É claro que nem sempre isso significa um quadro depressivo, mas é importante investigar o que há por trás de tais mudanças, principalmente porque as escolas não costumam olhar com tanta atenção para as questões psicológicas que os alunos enfrentam durante o período escolar.
· Desinteresse pelo futuro
Um dos sintomas comuns de quem sofre com a depressão é a apatia e ausência de planos para o futuro. Quando estamos falando de adolescentes, chega uma fase em que é preciso tomar decisões que afetam o futuro profissional daquele jovem, como a escolha do curso e universidade. Normalmente, é um momento de muita empolgação, pois é o início da construção da independência.
É muito comum que a depressão impacte diretamente nessas decisões, pois o adolescente fica apático e desinteressado pelo seu próprio futuro, sem vontade de fazer escolhas com autonomia.
Estamos falando especificamente de casos relacionados à carreira, mas a depressão tem o poder de afetar todas as esferas da vida do adolescente, tirando o seu prazer em realizar atividades que, anteriormente, eram prazerosas. O isolamento, portanto, está muito ligado a apatia causada pelo quadro depressivo.
· Prazer no mundo virtual
O isolamento leva à desconexão com o mundo real. O jovem perde o interesse em sair com os amigos e familiares, ir às festas e praticar demais atividades que antes lhe proporcionavam prazer. Dessa forma, um dos riscos é que o mundo virtual vire a sua única fonte de prazer.
O adolescente se esconde atrás de uma tela, deixando de viver grandes experiências de vida. É importante, portanto, ficar atento quando o virtual começar a se sobrepor ao real, pois isso pode significar que algo não vai bem.
· Pensamentos suicidas
É claro que nem todos os casos de suicídio possuem uma relação com a depressão, mas a doença não tratada aumenta as chances da pessoa pensar em tirar a própria vida. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a segunda principal causa de morte, ou seja, é preciso ficar atento.
Quadros muito graves de depressão podem ocasionar na fala ou no pensamento sobre a morte, pois o adolescente perde as esperanças e não vê mais sentido em viver. Em casos mais extremos, pode ocorrer a automutilação, que também pode levar à morte.
3.2. Suicídio
Suicídio está em uma das maiores causas de mortalidade em todo o mundo, sobretudo entre indivíduos jovens. Devido a sua prevalência, esta categoria tem sido considerada como uma questão de saúde pública. De modo recente, estudos epidemiológicos de prevalência têm mostrado amplas alterações interculturais e por faixa etária (CHACHAMOVICH et al., 2009). 
No Brasil, 24 pessoas se suicidam por dia, sendo que essa informação acaba por ser não divulgada. Deste modo, o impacto do suicídio é camuflado pelos homicídios e pelos acidentes de trânsito, que excedem em seis e quatro vezes, em média e simultaneamente, o número de suicídios (CHACHAMOVICH et al., 2009). O perfil de adolescentes que tenta o suicídio: são em média mulheres; mostrar-se uma idade média de 17 anos; a maioria vive com a família; são estudantes; o método preferencial recai sobre a ingestão medicamentosa; na maioria dos casos aconteceu algo que potenciou a conduta autodestrutiva tais como conflitos familiares, ruptura ou insucesso escolar têm diagnósticos de depressão (LOPES,2001).
Acredita-se que os números de tentativas de suicídio podem ser bem maiores do q se imagina, porem devido ao preconceito relacionado e a influência histórico cultural do tema estes números são escondidos da sociedade. A frequência de comportamentos autodestrutivos entre jovens apresenta-se como um desafio para toda sociedade e para a saúde pública, onde tabus devem ser quebrados, a fim de que se notifique as tentativas para que colaborem com estudos epidemiológicos com finalidades de estabelecer estratégias de prevenção de casos novos e reincidências (AVANCI; PEDRÃO; COSTA JÚNIOR, 2005).
4. A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO ÀS VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA
Desde a origem da profissão do Serviço social se observa que tanto o profissional quanto as conquistas dos movimentos feministas caminham juntos na busca de melhorias para as condições de vidas das mulheres sempre priorizando seu valor na sociedade, onde aos poucos foram conquistando seu espaço. É nesta linha de pensamento que até hoje os Assistentes Sociais trilham sua atuação e cada vez mais se atualizando frente às transformações da sociedade.
O assistente social, em relação casos de adolescentes com depressão, orienta, discute estratégias e encaminhando-os para onde possam receber atendimento eficiente e ter os seus direitos garantidos. 
Na instituição, após o acolhimento, o assistente social busca fazer escuta com a família, para que assim possa realizar um processo de intervenção com a mesma. Muitas mães acabam se afastando do trabalho, por medo de deixar o filho (a) adolescente sozinho em casa, por conta do risco de suicídio. Em alguns casos, o assistente social providencia o pedido de afastamento para acompanhamento do filho(a) no processo terapêutico, pois a presença da mãe é de suma importância para o sucesso do mesmo. 
A mãe pode ser encaminhada para uma instituição que lhe forneça auxílio-alimentar temporário, até o “reestabelecimento” da sua rotina de trabalho, pós-tratamento. São, também, fornecidas passagens de ônibus para que o menino possa vir ao Centro de Saúde. Consegue o auxílio, entusiasma-se com a melhora do filho (a essa altura em Terapia Ocupacional e realizando estudo psicológico) e se mostra disposta a colaborar.
Segundo Sarmento:
[..] o assistente social entra em contato com um cliente ele estabelece uma dada relação, a qual é sempre consequência das relações sociais de produção. O relacionamento é esta ação profissional intencional na relação, isto é, processo de mediação de relações sociais [...] (1994:264).
Sabendo-se da importância de um assistente social no acolhimento e tratamento do adolescente com depressão, ainda assim, em muitos municípios não dispõem de equipe multidisciplinar suficiente para tal acompanhamento. O assistente Social utiliza de seus instrumentos e técnicas para minimizar os impactos sofridos tanto pelo adolescente, quanto pela família, para que os mesmos possam ter um tratamento adequado e livre de preconceitos.
A partir da década de 40 o assistente social passa a integrar a equipe de profissionais que atuavam no campo da saúde mental, sendo que na trajetória desse processo o Serviço Social esteve desvalorizado por diversas vezes, reduzindo a relevância da atuação do profissional. Torna-se possível visualizar esta realidade que tanto se distancia das atuais atribuições do assistente social no campo da saúde mental ao analisar, por exemplo, o fazer profissional nos anos 50. O Serviço Social era exercido nos hospitais psiquiátricos, porém em uma condição de extrema inferioridade ao saber médico, cuja função limitava-se a serviços burocráticos e rotineiros sem nenhuma intervenção transformadora no cotidiano de pacientes e familiares.(BISNETO, 2007, p.15).
Somente na década de 1970 surge o Movimento de Reforma Psiquiátrica, transformando o modelo de tratamento psiquiátrico, colocando a exigência de superação da privação de liberdade para os serviços de atenção psicossocial diária de acordo com as necessidades de cada indivíduo. Nesse período surgetambém a busca pela construção de um Projeto Profissional embasado na teoria social crítica de Marx, onde parte da categoria profissional questionava a sua atuação com vistas a transformação social.
Para Bisneto (2007, p. 16):
Assim como em qualquer campo de trabalho do assistente social, a sua atuação não deve limitar-se ao atendimento isolado de determinado segmento, mas deve haver a compreensão das relações sociais em que o sujeito esta inserido, sendo o espaço familiar um dos aspectos a serem priorizados para que haja continuidade das ações realizadas.
Bisneto (2007) aponta “algumas variáveis típicas na caracterização dos usuários de estabelecimentos psiquiátricos que podem trazer implicação para a pratica do Serviço Social” sendo levantadas questões como a predominância de usuários pertencentes a classe dominada, moradores de rua, assim como sujeitos com baixo nível de escolaridade, sendo que apesar das instituições psiquiátricas distinção de classe social, são os empobrecidos que prevalecem trazendo consigo não apenas as demandas emergenciais decorrentes de sua condição social, mas principalmente questões implícitas que cabe ao assistente social desvendá-las, pois neste sentido a Lei Nº 10.216 de 6 abril de 2001, dispõe em seu Artigo 1º:
Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto a raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra. (Legislação brasileira para o Serviço Social: coletânea de leis, decretos e regulamentos para instrumentação da (o) assistente social, 2006)
É preciso ressaltar que ainda existindo assistentes sociais que não sabem definir os objetivos de seu trabalho na saúde mental, algo pode ser definido com precisão. O objeto do profissional não se esgota nas instituições e na busca por sua cura, mas também as fragilidades e a importância de sua família nesse processo, sendo destacada por diversas vezes por ser o foco do presente estudo.
O trabalho do assistente social com as famílias das instituições deve estar direcionado ao fortalecimento dos vínculos, devido à fragilidade de cada família que necessita de atenção e cuidados especiais, o que inúmeras vezes resulta no distanciamento e rejeição, prejudicando ambas as partes.
Colocar-se a disposição para escutá-la, demonstrando atenção e importância para os diversos problemas que ela apresenta parece, aparentemente, simples. Muitas vezes podemos ir além, realizando intervenções para auxiliar esta família com a expectativa de fortalecer cada vez mais os desafios a serem superados. Ou então propor e efetivar mudanças na realidade dessa família vítima da exclusão social.
Bisneto (2007, p. 145) coloca com exatidão o que cabe ao profissional para superar determinadas fragilidades ainda existentes no campo de saúde mental:
É necessário ao assistente social reconhecer seu próprio valor, saber o que está fazendo criar um discurso profissional, publicar ideias. Lutar por seus princípios, fazer alianças, se expor profissionalmente em Saúde Mental. É claro que o profissional de campo precisa contar com a colaboração de seus colegas de academia: a universidade também deve desenvolver esse discurso profissional com pesquisas, aulas, extensão, publicações, conferências, entre outros recursos.
Dessa forma, é inadmissível e preocupante presenciar falas de assistentes sociais que ainda hoje afirmam com convicção que o seu trabalho resume- se a visitas domiciliares, entrevistas e encaminhamentos, reduzindo a importância e necessidade da profissão perante a sociedade, pois tais atribuições são instrumentos que se não estiverem acompanhados de uma intencionalidade de fato, não farão sentido algum. 
Como aponta Bisneto (2007), o profissional, ao se apropriar de técnicas da medicina, psicologia ou até mesmo terapia familiar, de certa forma acaba se confundindo como pertencente a estas profissões, se desviando dos objetivos colocados pelo Serviço Social e, portanto, distanciando-se da luta pela efetivação de direitos sociais que contemple a transformação da realidade.
Por fim, o empoderamento é um conceito que deve ser levado à prática também quando se trata do usuário e sua família. Empoderá-la significa, em termos simples, oferecer as condições para que ela possa prestar esse cuidado ao usuário de forma digna correspondendo a perspectivas dos direitos sociais.
Trata-se também do empenho em não incentivar uma relação de dependência e subalternidade, cabendo ao assistente social disponibilizar mecanismos para que essa família tão vitimada pela dominação e exclusão possa, de fato, se ver como provedora. Para isto, primeiramente o profissional deve, em seu cotidiano, materializar os seus princípios éticos que priorizam a emancipação, autonomia, luta contra o preconceito e discriminação, busca ao acesso a serviços e programas de qualidades provenientes das políticas sociais, entre outras questões que tanto se aproximam da realidade do usuário e suas famílias. 
Entretanto, felizmente ou infelizmente, a fórmula exata de atuação não existe, mas as possibilidades de transformações mencionadas dependerão em grande parte do perfil do profissional, pois ainda que existam os limites institucionais, um Estado ausente perante as suas responsabilidades, famílias vencidas pelas constantes decepções. É neste contexto que se destaca a necessidade e importância do Serviço Social. Porém é o assistente social quem determinará, a partir de sua concepção da realidade e intervenção na mesma, se tal importância e necessidade serão reforçadas ou rapidamente eliminadas.
4.1. Centro de Atenção Psicossocial – CAPS 
Devem-se contemplar os ideais da Reforma Psiquiátrica não apenas como alternativas, mas como algo indispensável à política de assistência à saúde mental. Algo que possibilita perceber a expansão desses objetivos é a efetivação dos serviços alternativos, como por exemplo, os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), que existem em diversas modalidades, de acordo com as demandas locais e regionais, devendo estar preparados para atender também crianças e adolescentes.
Os CAPS possuem uma equipe constituída por diferentes profissionais, sendo relevante a participação também dos assistentes sociais, pois conforme coloca Bisneto (2007, p. 37):
Esses serviços necessitam da participação do Serviço Social em proporção maior do que na internação [....] o Movimento de Reforma Psiquiátrica vem trazer uma abertura muito grande para a atuação do Serviço Social em saúde mental devido a formação social e política dos assistentes sociais.
Embora toda a equipe multiprofissional atue com um objetivo em comum, se destaca o trabalho do Assistente Social no sentido da compreensão e fortalecimento das relações sociais e vínculos familiares do Portador de Transtorno Metal, algo que perpassa o processo de saúde e doença, sendo uma das principais metas do CAPS.
Segundo Vasconcelos (2000), ao contrário do que ocorre nos hospitais psiquiátricos, nos CAPS o trabalho é diferenciado, pois favorece a recuperação da autonomia do sujeito, superando a relação de dependência entre Portadores de Transtorno Mental e a instituição. São realizadas oficinas terapêuticas, psicoterapia, visitas domiciliares que se configuram como instrumentos que possibilitam uma intervenção não somente junto ao Portador de Transtorno Mental, mas considerando igualmente a importância da participação familiar, também para conhecer a realidade onde este usuário vive.
O desafio consiste na superação do aprisionamento como solução a loucura, demonstrando a sustentabilidade das respostas que são oferecidas a partir dos vários serviços alternativos. Repostas que são construídas dia a dia, contando com as mais simples ações, porém, carregadas de conhecimento, compromisso, força de vontade, profissionalismo e, acima de tudo, a indignação perante a opressão e discriminação contra oPortador de Transtorno Mental e seus familiares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da pesquisa realizada percebe-se o quanto ainda é preciso para avançar no que diz respeito à saúde mental, principalmente quando o assunto se relaciona ao preconceito e discriminação aos quais estão submetidos a pessoa em sofrimento psíquico. Ainda que a Reforma Psiquiátrica traga em seu bojo uma série de medidas que devem ser aplicadas com serenidade e compromisso, é visível que seus princípios não foram integralmente materializados. Cabe ressaltar a ausência de vontade política, principalmente por questões de ordem financeira, que impossibilita a implantação dos chamados “serviços substitutivos”, servindo mais uma vez como exemplo os Centros de Atenção Psicossocial que contribuem para a cidadania do PTM bem como auxilia a família em seus cuidados.
O presente estudo evidenciou a questão da depressão na adolescência, muitas vezes silenciosa, porém que pode levar a alto-mutilação como também ao suicídio. A depressão nesta fase de descobertas pode ter vários motivos, como desestruturação na família, falta de oportunidade de fala, problemas com bullying na escola, violências sofridas pelos adolescentes. 
Não é fácil identificar os sintomas, porém, é necessário bastante atenção dos pais ou responsáveis pelo adolescente, para evitar com que o jovem possa cometer um suicídio. Há várias formas de buscar ajuda, principalmente na rede de proteção nos órgãos municipais de serviço social, como o CREAS – Centro de Referência Especializado do Serviço Social. É muito importante que os pais estejam abertos a ouvir os gritos, muitas vezes silenciosos, mas super audíveis, dos seus filhos para evitar o pior.
Vimos também, neste trabalho, como age o assistente social em tal situação, desde o acolhimento dos adolescentes, até o tratamento terapêutico, junto à equipe multidisciplinar, como também o acompanhamento de sua família para o sucesso do tratamento.
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