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Desenvolvimento Sustentável 02 1. Desenvolvimento Sustentável Histórico 4 2. Desenvolvimento Sustentável Conceitos e Princípios Básicos 9 Desenvolvimento Sustentável: Definição e Princípios 10 Princípios do Desenvolvimento Sustentável 12 Indicadores de Sustentabilidade 15 3. Os Três Componentes do Desenvolvimento Sustentável 20 Sustentabilidade Ambiental 20 Sustentabilidade Econômica 21 Sustentabilidade Sócio-Política 21 4. Estratégias Nacionais de Desenvolvimento Sustentável 24 5. Referências Bibliográficas 28 03 4 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 1. Desenvolvimento Sustentável Histórico Fonte: Revide1 s primeiras referências a desen- volvimento sustentável come- çaram a surgir em 1972, durante a primeira conferência da ONU sobre meio ambiente e desenvolvimento, em Estocolmo, na Suécia. O termo utilizado então foi “ecodesenvolvi- mento”. Em 1983, a ONU indicou a en- tão primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, para che- fiar a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que deveria aprofundar propostas mun- diais na área ambiental. 1 Retirado em https://www.revide.com.br/blog/murilo/desenvolvimento-sustentavel-ficcao-ou-realidade/ O conceito de desenvolvimen- to sustentável foi apresentado ao mundo em um estudo realizado pela ONU em 1987, chamado “Nosso fu- turo comum”. Entre dezenas de re- comendações, apresenta duas preo- cupações fundamentais: A preservação do meio ambi- ente para as futuras gerações - garantindo recursos naturais para a subsistência da espécie humana e demais seres vivos. A diminuição da fome e da po- breza - que segundo o estudo, é causa, mas também é provo- A 5 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL cada pelo desequilíbrio ecoló- gico e pelo alto padrão de con- sumo. O documento passou a utilizar a expressão “desenvolvimento sus- tentável”, com a seguinte definição: forma como as atuais gerações satis- fazem as suas necessidades sem, no entanto, comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades. O conceito de desenvolvimen- to sustentável não se limita apenas à noção de preservação dos recursos naturais. Para construir sociedades sustentáveis é necessário ter por princípio, a equidade econômica, a justiça social, o incentivo à diversi- dade cultural e defesa do meio ambi- ente. O entendimento que existe uma ligação entre pobreza e degra- dação ambiental, é uma das bases do conceito de desenvolvimento sus- tentável. A promoção da melhoria da qualidade de vida das populações pobres, a evolução nas políticas de saneamento, saúde e combate à fo- me são tão importantes para as ge- rações futuras quanto a disponibili- dade de recursos naturais. A conferência de Estocolmo, realizada em junho de 1972, foi o pri- meiro grande evento sobre meio am- biente realizado no mundo Seu obje- tivo era basicamente o mesmo da Cúpula da Terra de 1992. Esta con- ferência, bem como o relatório Bru- ndtland, publicado em 1987, pelas Nações Unidas, lançaram as bases para a ECO-92. Em 1992, vinte anos após a realização da primeira confe- rência sobre o meio ambiente, repre- sentantes de cento e setenta e oito países do mundo reuniram-se para decidir que medidas tomar para conseguir diminuir a degradação ambiental e garantir a existência de outras gerações. A intenção, nesse encontro, era introduzir a ideia do desenvolvi- mento sustentável, um modelo de crescimento econômico menos con- sumista e mais adequado ao equilí- brio ecológico. Os encontros ocorre- ram no centro de convenções Rio- centro. A diferença entre as conferên- cia de 1972 e 1992 pode ser tradu- zida pela presença maciça de Chefes de Estado na segunda, fator indicati- vo da importância atribuída à ques- tão ambiental no início da década de 1990. Já as organizações não gover- namentais fizeram um encontro pa- ralelo no Aterro do Flamengo, cha- mado o Fórum Global. Esse evento paralelo teve co- mo resultado a aprovação da Decla- ração do Rio, também chamada de Carta da Terra. Além da sensibiliza- ção das sociedades e das elites polí- 6 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ticas, a Conferência teve, como re- sultado, a produção de alguns docu- mentos oficiais fundamentais: A Carta da Terra; Três convenções: A Convenção sobre Diversi- dade Biológica, tratando da proteção da biodiversidade; A Convenção das Nações Uni- das de Combate à Desertifica- ção, tratando da redução da Desertificação; e A Convenção-Quadro das Na- ções Unidas sobre a Mudança do Clima, tratando das Mu- danças climáticas globais; A Declaração de Princípios so- bre Florestas; A Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvi- mento; e a A Agenda 21 1993 - V Programa Ação Ambi- ente da União Europeia: Rumo a um desenvolvimento sustentável. Apre- sentação da nova estratégia da UE em matéria de ambiente e as ações a serem tomadas para alcançar um desenvolvimento sustentável para o período 1992-2000. Em 1994 acontece o V Progra- ma Ação Ambiente da União Euro- peia: Rumo a um desenvolvimento sustentável. Apresentação da nova estratégia da UE em matéria de am- biente e as ações a serem tomadas para alcançar um desenvolvimento sustentável para o período 1992- 2000. 27 de maio de 1994 - Primeira Conferência sobre Cidades Euro- peias Sustentáveis. Aalborg (Dina- marca), de onde surgiu a Carta de Aalborg. 8 de outubro de 1996 - Segun- da Conferência sobre Cidades Euro- peias Sustentáveis. Plano de Ação de Lisboa: da Carta à ação 1997 - 3 ª Conferência das Na- ções Unidas sobre as Alterações Cli- máticas, em Quioto, onde s estabe- lece o Protocolo de Quioto. 8 de setembro de 2000 - Após os três dias da Cimeira do Milénio de líderes mundiais na sede das Nações Unidas, a Assembleia Geral aprovou a Declaração do Milénio. 2000 - Terceira Conferência Europeia sobre Cidades Sustentá- veis. De 26 a 4 de setembro de 2002 - Conferência Mundial sobre o De- senvolvimento Sustentável (Rio +10), em Joanesburgo, onde reafir- mou o desenvolvimento sustentável como o elemento central da agenda internacional e se deu um novo im- pulso à ação mundial para combater a pobreza assim como a proteção do ambiente. Fevereiro de 2004 - A sétima reunião ministerial da Conferência sobre Diversidade Biológica foi cele- 7 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL brada com a Declaração Kuala Lum- pur, o que gerou descontentamento entre os pobres e as nações que não satisfaz plenamente os ricos. Kuala Lumpur 2004 - Conferência Aalborg +10 - Inspiração para o futuro. Ape- lo a todos os governos locais e regio- nais da Europa para participar na assinatura do compromisso de Aal- borg e fazerem parte da Campanha Europeia das Cidades Sustentáveis e Cidades. 11 de janeiro de 2006 - Comu- nicação da Comissão Europeia ao Parlamento Europeu sobre a Estra- tégia temática sobre o ambiente ur- bano. É uma das sete estratégias do Sexto Programa de Ação Ambiental para o Ambiente da União Europeia, desenvolvido com o objetivo de con- tribuir para uma melhor qualidade de vida através de uma abordagem integrada e centrada nas zonas urba- nas e para tornar possível um eleva- do nível de qualidade de vida e bem- estar social para os cidadãos, pro- porcionando um ambiente em que níveis da poluição não têm efeitos adversos sobre a saúde humana e o ambiente assim como promover o desenvolvimento urbano sustentá- vel. 2007 - Carta de Leipzig sobre as cidades europeias sustentáveis. 2007 - Cimeira de Bali, com o intuito de criar um sucessor do Pro- tocolo de Quioto, com metas mais ambiciosas e mais exigente no que diz respeito às alterações climáticas. Julho de 2009 - Declaração de Gaia,que implanta o Condomínio da Terra no I Fórum Internacional do Condomínio da Terra. 9 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 2. Desenvolvimento Sustentável Conceitos e Princí- pios Básicos Fonte: Meio Sustentável2 desenvolvimento sustentável é o princípio organizador para atingir as metas de desenvolvimento humano e, ao mesmo tempo, susten- tar a capacidade dos sistemas natu- rais de fornecer recursos naturais e serviços ecossistêmicos dos quais a economia e a sociedade dependem. O resultado desejado é um estado da sociedade em que as condições de vida e o uso de recursos continuam a satisfazer as necessidades humanas, sem prejudicar a integridade e a es- tabilidade do sistema natural. O de- senvolvimento sustentável pode ser classificado como desenvolvimento 2 Retirado em https://meiosustentavel.com.br/desenvolvimento-sustentavel/ que atende às necessidades do pre- sente sem comprometer a capacida- de das gerações futuras. O conceito moderno de desen- volvimento sustentável é derivado principalmente do Relatório Brun- dtland de 1987, mas também tem ra- ízes em ideias anteriores sobre ma- nejo florestal sustentável e preocu- pações ambientais do século XX. Este conceito se desenvolveu, mudou para se concentrar mais no desenvolvimento econômico, desen- volvimento social e proteção ambi- ental para as gerações futuras. Tem O 10 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL sido sugerido que "o termo 'susten- tabilidade' deve ser visto como o ob- jetivo alvo da humanidade de equilí- brio humano-ecossistêmico (ho- meostase), enquanto 'desenvolvi- mento sustentável' refere-se à abor- dagem holística e processos tempo- rais que nos levam ao ponto final da sustentabilidade". As economias modernas estão se esforçando para conciliar desen- volvimento econômico ambicioso e obrigações de preservar os recursos naturais e ecossistema, os dois são tradicionalmente vistos como de na- tureza conflitante. Em vez de manter os compromissos de mudança cli- mática e outras medidas de susten- tabilidade como um obstáculo ao de- senvolvimento econômico, transfor- mar e alavancá-los em oportunida- des de mercado fará um bem maior. O desenvolvimento econômico trazi- do por tais princípios organizados e práticas em uma economia é chama- do de Desenvolvimento Sustentável Managed (MSD). O conceito de desenvolvimen- to sustentável tem sido - e ainda é - sujeito a críticas. O que exatamente deve ser sustentado no desenvolvi- mento sustentável? Argumentou-se que não há tal coisa como um uso sustentável de um recurso não reno- vável, uma vez que qualquer taxa po- sitiva de exploração acabará por le- var ao esgotamento do estoque finito da Terra. Essa perspectiva torna a revolução industrial como um todo insustentável. Argumentou-se também que o significado do conceito tem sido oportunisticamente esticado de "manejo conservacionista" para "de- senvolvimento econômico", e que o Relatório Brundtland não promoveu nada além de uma estratégia usual para o desenvolvimento mundial, com um conceito ambíguo e insubs- tancial ligado a ele, como um slogan de relações públicas. Desenvolvimento Susten- tável: Definição e Princí- pios Embora muitas definições se- jam abundantes, a definição mais usada de sustentabilidade desenvol- vimento é o proposto pela Brun- dtland Comissão (Cerin, 2006; Der- nbach JC, 1998; Dernbach JC, 2003; Stoddart, 2011). O objetivo geral do desenvolvimento sustentável é a es- tabilidade a longo prazo da econo- mia e meio ambiente; isso só é possí- vel através da integração e reconhe- cimento de preocupações econômi- cas, ambientais e sociais durante to- do o processo de tomada de decisão. Segundo a ONU, “o desenvol- vimento sustentável é o desenvolvi- mento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilida- 11 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL de das futuras gerações de atender suas próprias necessidades’. Desenvolvimento sustentável é um conceito sistêmico que se tra- duz num modelo de desenvolvimen- to global que incorpora os aspectos de um sistema de consumo em mas- sa no qual a preocupação com a na- tureza, via de extração de matéria prima, é máxima. Segundo Relatório Brun- dtland, “o desenvolvimento que pro- cura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias neces- sidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvi- mento social e econômico e de reali- zação humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais”. O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceitualmen- te dividido em três componentes: a sustentabilidade ambiental, susten- tabilidade econômica e sustentabili- dade sociopolítica. Esquema representativo das várias componentes do desenvolvimento Sustentável Fonte: https://pt.slideshare.net/tcredu/desenvolvimento-sustentvel-e-a-indstria- txtil-39045606 A Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural adiciona um novo enfoque na questão social, ao afirmar que "… a diversidade cultu- ral é tão necessária para a humani- dade como a biodiversidade é para a 12 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL natureza" torna "as raízes do desen- volvimento entendido não só em ter- mos de crescimento económico mas também como um meio para alcan- çar um mais satisfatório intelectual, emocional, moral e espiritual ". Nessa visão, a diversidade cultural é a quarta área política do desenvolvi- mento sustentável. A Divisão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável enumera as seguintes áreas como in- cluídas no âmbito do desenvolvi- mento sustentável: noções de sus- tentabilidade fraca, de sustentabili- dade e ecologia profunda. Sustentabilidade fraca: A sus- tentabilidade fraca, tende a ser mais flexível em relação ao uso do capital natural. Basicamente, essa visão de sustentabilidade considera que o ca- pital natural pode ser substituído pelo capital produzido, com o auxílio do desenvolvimento tecnológico. Assim, mesmo se o capital natural se tornar escasso ao longo do processo de expansão econômica, o cresci- mento poderá continuar com o capi- tal produzido tomando o lugar do capital natural. Sustentabilidade forte: A sus- tentabilidade forte é bem menos oti- mista em relação ao desenvolvimen- to sustentável. Nessa visão, existe um limite na substituição do capital natural pelo capital produzido. Am- bos os capitais são complementares, e caso o capital natural se torne es- casso, o crescimento econômico se tornará inviabilizado. Logo, uma preservação do capital natural é ex- tremamente importante. Ecologia profunda: Ecologia pro- funda é uma expressão cunhada pelo filósofo norueguês Arne Næss, em 1973. O conceito defende que a natu- reza possui um valor intrínseco, in- dependente de seu valor de uso pelo ser humano. Nesse sentido, a ecolo- gia profunda coloca em questão o utilitarismo ecológico. A ecologia profunda é uma fi- losofia antirracionalista, e tem como principal objetivo mudar o foco da sociedade do antropocentrismo para o biocentrismo. Na ecologia profun- da, a natureza é um bem por si mes- mo e todos seres possuem importân- cia semelhante. Princípios do Desenvolvimento Sustentável A proposta de soluções elabo- radas dentro do conceito tem como princípios alguns tópicos tomados com objetivos da prática sustentá- vel. Exigindo maior responsabilida- de social quanto à gestão social e ambiental no dia a dia de pessoas ju- rídicas e físicas, o comprometimento com esses princípios sustentáveis constitui uma mudançasignificativa no nosso estado sustentável, progre- 13 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL dindo rumo ao absoluto desenvolvi- mento. Aprovados dentro da prática sustentável, os pontos chave envol- vidos às questões econômicas, ambi- entais e sociais são: Alteração climá- tica e energia limpa, transporte sau- dável, consumo e produção susten- táveis, conservação e gestão dos re- cursos naturais, saúde pública, in- clusão social, demografia e migração e a pobreza no mundo. A seguir de- talhamos cada um deles: Mudança climática e energia limpa: compromissos assumi- dos pela EU no Protocolo de Kyoto para redução das emis- sões de gases de efeito estufa até 2008-2012; política ener- gética consistente com os obje- tivos da segurança do abaste- cimento, competitividade e sustentabilidade ambiental, no espírito da Política Energé- tica para a Europa lançada em Março de 2006 pelo Conselho Europeu; 12% do consumo de energia, em média, e 21% do consumo de eletricidade de- vem ser provenientes de fontes renováveis até 2010, aumen- tando essa participação para 15% até 2015; em 2010, 5,75% do combustível de transporte deve ser composto de biocom- bustíveis, com elevação a 8% até 2015, reduzir em 9% o con- sumo final de energia até 2017. Transporte sustentável: disso- ciar crescimento econômico e demanda por transportes com o objetivo de reduzir os impac- tos ambientais; alcançar níveis sustentáveis de consumo de energia e reduzir as emissões de gases de efeito estufa no se- tor de transporte; reduzir as emissões poluentes dos trans- portes para níveis que minimi- zem os efeitos na saúde huma- na e/ou no ambiente. Em con- sonância com a estratégia da UE para emissões de CO2 dos veículos comerciais ligeiros, a frota de carros novos deve atingir média de emissões de CO2 de 140g/km (2008/09) e 120g/km (até 2012). Produção e consumo sustentá- vel: promover a produção e o consumo sustentáveis, ade- quando o desenvolvimento so- cioeconômico à capacidade dos ecossistemas e dissocian- do o crescimento econômico da degradação ambiental; me- lhorar o desempenho socio- ambiental de processos e pro- dutos e incentivar a sua aceita- ção pelas empresas e consumi- dores; alcançar, até 2010, um nível médio de encomendas públicas ecológicas (GGP, na sigla em inglês) equivalente ao patamar dos Estados-mem- bros com melhores resultados em 2006; ampliar a participa- ção europeia nos mercados globais de tecnologias ambien- tais e de ecoinovações. Gestão e conservação dos re- cursos naturais: melhorar a gestão e evitar a superexplora- 14 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ção dos recursos naturais re- nováveis, tais como pesca, bio- diversidade, água, ar, solo e at- mosfera, restaurando ecossis- temas marinhos degradados até 2015, incluindo obtenção de rendimento máximo nas pescas até 2015; interromper a perda de biodiversidade, con- tribuindo para uma redução significativa na taxa mundial de perda de biodiversidade até 2010; contribuir eficazmente para atingir até 2015 os quatro objetivos globais fixadas pelas Nações Unidas para as flores- tas. Saúde pública: melhorar a proteção contra ameaças à sa- úde, desenvolvendo capacida- de de resposta coordenada; aperfeiçoar a legislação rela- tiva aos alimentos e rações, in- cluindo a revisão da rotulagem dos alimentos; promover pa- drões elevados de saúde e bem-estar animal; conter o au- mento de doenças crônicas e relacionadas com o estilo de vida e, particularmente entre áreas e grupos socioeconomi- camente desfavorecidos; ga- rantir que, até 2020, os produ- tos químicos, incluindo pesti- cidas, sejam produzidos, ma- nuseados e utilizados de modo a não apresentar ameaças sig- nificativas para a saúde huma- na e para o meio ambiente. Inclusão social, demografia e migração: avançar nas ações com vistas à redução do núme- ro de pessoas em risco de po- breza e exclusão social até 2010, com especial ênfase na redução da pobreza infantil; apoio aos Estados-Membros nos seus esforços para moder- nizar a proteção social na pers- pectiva das mudanças demo- gráficas; estimular participa- ção das mulheres e trabalha- dores mais velhos no mercado de trabalho, bem como o au- mento do emprego de imi- grantes até 2010, promover o emprego dos jovens recém-sa- ídos da escola, oferecendo, dentro de no máximo até 4 meses até 2010, emprego, trei- namento adicional ou qual- quer outra iniciativa de em- pregabilidade. Pobreza global e desenvolvi- mento sustentável mundial: cumprir os compromissos as- sumidos pela UE em relação às metas acordadas internacio- nalmente, em particular na Declaração do Milênio; contri- buir para melhorar a gover- nança ambiental internacional (IEG, na sigla em inglês), re- forçando os acordos ambien- tais multilaterais; elevar o vo- lume da ajuda aos países me- nos desenvolvidos a 0,7% da renda nacional bruta até 2015 (0,56% até 2010); promover o desenvolvimento sustentável no âmbito das negociações na Organização Mundial do Co- mércio (OMC). 15 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Além destes desafios princi- pais, a SDS destaca políticas trans- versais que contribuem para a socie- dade do conhecimento, nomeada- mente a educação e treinamento, pesquisa e desenvolvimento, ao mesmo tempo em que defende o uso de instrumentos econômicos na im- plementação da estratégia, incluin- do mecanismos de financiamento integrado e ampliação do peso da tributação ambiental. Proporcio- nando uma perspectiva de longo prazo e clara e coerente orientação para todas as áreas políticas, a SDS da UE define o quadro geral, dentro dos quais as estratégias de curto e médio prazo devem operar. Indicadores de Sustentabilida- de O desenvolvimento sustentá- vel é um processo evolutivo que se traduz na combinação de três ver- tentes de desenvolvimento de um país para benefício das gerações pre- sente e futura: crescimento da eco- nomia, melhoria da qualidade do ambiente e melhoria da sociedade. Conforme o conceito de desen- volvimento sustentável era cada vez mais interiorizado pelas institui- ções, sentiu-se a necessidade de ava- liar o desempenho das economias com base neste novo conceito e não apenas em indicadores como o PIB (produto interno bruto). Os economistas chegaram ao consenso de que este indicador não refletia exaustivamente o bem-estar económico e a sua evolução no tem- po não permitia avaliar a sustentabi- lidade do desenvolvimento. Para aplicar o conceito de desenvolvi- mento sustentável torna-se funda- mental o estabelecimento de indica- dores, objetivos e metas que possam dar a medida do desempenho de um país em matéria de sustentabilidade. Uma vez estabelecidas as metas, po- der-se-á então em qualquer altura, avaliar a distância que separa o país/ região do fim em vista. Em 1995, a Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável apro- vou um conjunto de indicadores de desenvolvimento sustentável, com o intuito de servirem como referência para os países em desenvolvimento ou revisão de indicadores nacionais de desenvolvimento sustentável, tendo sido aprovados em 1996, e re- vistos em 2001 e 2007. O quadro atual contém 14 te- mas, que são ligeiramente modifica- dos a partir da edição anterior: Pobreza; Perigos naturais; O desenvolvimento econômi- co; Governação; Ambiente; Estabelecer uma parceria glo- bal econômica; Saúde; 16 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Terra; Padrões de consumo e produ- ção; Educação; Os oceanos, mares e costas; Demografia; Água potável, Escassez de água e Recursos hídricos; Biodiversidade. Cada um destes temas encon- tra-se dividido em diversos subte- mas, indicadores padrão e outros in- dicadores. Além das Nações Unidas, ou- tras entidades elaboram ainda ou- tros modelos de indicadores, como no caso da Comissão Europeia, da Organizaçãopara a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e do Global Environment Outlook (GEO). Indicadores são parâmetros selecionados e considerados isola- damente ou combinados entre si, sendo especialmente úteis para re- fletir sobre determinadas condições dos sistemas em análise (normal- mente são efetuados tratamentos aos dados originais, tais como mé- dias aritméticas simples, percentis, medianas, etc.). Junto aos indicadores, surgem os conceitos de sub-índices (consti- tui uma forma de agregação inter- média entre indicadores e índices) e de índices (corresponde a um nível superior de agregação, onde após aplicado um método de agregação aos indicadores e/ou aos sub-índi- ces é obtido um valor final). Relativamente ao conteúdo, amplitude e natureza do sistema de indicadores de desenvolvimento sustentável proposto, consideram- se quatro categorias: Indicadores ambientais (parâ- metro ou valor calculado a partir de parâmetros, dando as indicações sobre ou descre- vendo o estado de um fenôme- no quantitativo e/ou qualitati- vo relacionado aos recursos naturais.) Indicadores econômicos (mi- cro e macro) Indicadores sociais (é uma medida, geralmente estatísti- ca, usada para traduzir quanti- tativamente um conceito so- cial abstrato e informar algo sobre determinado aspecto da realidade social) Indicadores institucionais (compreendem a estrutura e funcionamento das institui- ções incluindo instituições clássicas; organizações não go- vernamentais (ONG) e empre- sas. De acordo com a classificação de 1993 da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico), os indicadores ambien- tais podem ser sistematizados pelo 17 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL modelo Pressão-Estado-Resposta (PER) que assenta em três grupos chave de indicadores: Indicadores de Pressão - ca- racterizam as pressões sobre os sistemas ambientais e po- dem ser traduzidos por indica- dores de emissão de contami- nantes, eficiência tecnológica, intervenção no território e de impacte ambiental; Indicadores de Estado - refle- tem a qualidade do ambiente num dado horizonte espaço/ tempo; são os indicadores de sensibilidade, de risco e de qualidade ambiental; Indicadores de Resposta - ava- liam as respostas da sociedade às alterações e preocupações ambientais, bem como à ade- são a programas e/ou imple- mentação de medidas em prol do ambiente; podem ser inclu- ídos neste grupo os indicado- res de adesão social, de sensi- bilização e de atividades de grupos sociais importantes. Segundo este modelo que está previsto pelo SIDS (Sistema de Indi- cadores de Desenvolvimento Sus- tentável), as atividades humanas produzem emissões (ex. emissões de contaminantes) que podem afetar o estado do ambiente, o que leva a que a sociedade apresente respostas a esses problemas. A seguir apresen- ta-se a estrutura conceptual do mo- delo PER da OCDE: Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-4-Estrutura-conceitual-do- modelo-PER-da-OECD_fig2_228648972 18 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Em relação aos possíveis mo- delos ambientais, a Agência Euro- peia de Ambiente adoptou um mo- delo denominado DPSIR cujo in- tuito é analisar problemas ambien- tais. Este modelo considera que as Atividades Humanas nomeadamen- te a indústria e os transportes pro- duzem Pressões no Ambiente, as quais vão degradar o Estado do Am- biente, que por sua vez poderá atin- gir Impactes na saúde humana e nos ecossistemas, levando a que a socie- dade emita Respostas através de medidas políticas, tais como normas legais, taxas e produção de informa- ção, as quais podem ser direciona- dos a qualquer compartimento do sistema. Os indicadores e os índices po- dem servir um conjunto alargado de aplicações consoante os objetivos em causa. Dessas aplicações podem destacar-se as seguintes: Atribuição de recursos - su- porte de decisões, ajudando os decisores ou gestores na atri- buição de fundos, alocação de recursos naturais e determina- ção de prioridades; Classificação de locais - com- paração de condições em dife- rentes locais ou áreas geográfi- cas; Cumprimento de normas le- gais - aplicação a áreas especí- ficas para clarificar e sintetizar a informação sobre o nível de cumprimento das normas ou critérios legais; Análise de tendências - aplica- ção a séries de dados para de- tectar tendências no tempo e no espaço; Investigação científica - apli- cações em desenvolvimentos científicos servindo nomeada- mente de alerta para a necessi- dade de investigação científica mais aprofundada. Informação ao público - infor- mação ao público sobre os pro- cessos de desenvolvimento sustentável. 20 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 3. Os Três Componentes do Desenvolvimento Sus- tentável Fonte: Ponto Biologia3 e acordo com o dicionário Mi- chaelis, o termo “sustentabili- dade” significa “Qualidade de sus- tentável”, ou seja, de se manter, du- rar, permanecer ou suportar uma ou mais condições impostas por algo ou alguém. Ser sustentável é, portanto, a capacidade de estabelecer um siste- ma equilibrado que poderá suprir as demandas necessárias sem esgotar suas fontes, enquanto gera conse- quências que poderão ser absorvidas pelo mesmo sistema, transformando o ciclo em algo capaz de se manter por um longo período. Segundo o professor holandês Peter Nijkamp, a sustentabilidade envolve três aspectos, o socialmente 3 Retirado em https://pontobiologia.com.br/o-que-e-sustentabilidade-e-desenvolvimento-sustentavel/ justo, o ecologicamente correto e o economicamente viável. Sustentabilidade Ambien- tal A sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e componentes do ecossistema, de modo sustentável, podendo igual- mente designar-se como a capaci- dade que o ambiente natural tem de manter as condições de vida para as pessoas e para os outros seres vivos, tendo em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias renováveis. D 21 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL As Nações Unidas, através do sétimo ponto das Metas de desen- volvimento do milénio procura ga- rantir ou melhorar a sustentabilida- de ambiental, através de quatro ob- jetivos principais: Integrar os princípios do de- senvolvimento sustentável nas políticas e programas nacio- nais e reverter a perda de re- cursos ambientais. Reduzir de forma significativa a perda da biodiversidade. Reduzir para metade a propor- ção de população sem acesso a água potável e saneamento bá- sico. Alcançar, até 2020 uma me- lhoria significativa em pelo menos cem milhões de pes- soas a viver abaixo do limiar da pobreza. Sustentabilidade Econômi- ca A sustentabilidade económica, enquadrada no âmbito do desenvol- vimento sustentável é um conjunto de medidas e políticas que visam a incorporação de preocupações e conceitos ambientais e sociais. Aos conceitos tradicionais de mais valias económicas são adicio- nados como fatores a ter em conta, os parâmetros ambientais e socioe- conômicos, criando assim uma in- terligação entre os vários setores. Assim, o lucro não é somente medi- do na sua vertente financeira, mas igualmente na vertente ambiental e social, o que potência um uso mais correto quer das matérias primas, como dos recursos humanos. Deve ser relatada ainda a in- corporação da gestão mais eficiente dos recursos naturais, sejam eles mi- nerais, matéria prima como madeira ou ainda energéticos, de forma a ga- rantir uma exploração sustentável dos mesmos, ou seja, a sua explora- ção sem colocar em causa o seu es- gotamento, sendo introduzidos ele- mentos como nível ótimo de polui- ção ou as externalidades ambientais,acrescentando aos elementos natu- rais um valor económico. Sustentabilidade Sócio-Polí- tica A sustentabilidade sócio-polí- tica centra-se no equilíbrio social, tanto na sua vertente de desenvolvi- mento social como socioeconômica. É um veículo de humanização da economia, e, ao mesmo tempo, pre- tende desenvolver o tecido social nos seus componentes humanos e culturais. Neste sentido, foram desen- volvidos dois grandes planos: a agenda 21 e as metas de desenvolvi- mento do milénio. A Agenda 21 é um plano global de ação a ser tomada a nível global, 22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL nacional e local, por organizações das Nações Unidas, governos, e gru- pos locais, nas diversas áreas onde se verificam impactes significativos no ambiente. Em termos práticos, é a mais ambiciosa e abrangente ten- tativa de criação de um novo padrão para o desenvolvimento do século XXI, tendo por base os conceitos de desenvolvimento sustentável. As Metas de Desenvolvimento do Milénio (MDM) surgem da De- claração do Milénio das Nações Uni- das, adotada pelos 191 estados mem- bros no dia 8 de setembro de 2000. Criada em um esforço para sinteti- zar acordos internacionais alcança- dos em várias cúpulas mundiais ao longo dos anos 1990 relativos ao meio-ambiente e desenvolvimento, direitos das mulheres, desenvolvi- mento social, racismo, entre outras, a Declaração traz uma série de com- promissos concretos que, se cumpri- dos nos prazos fixados, segundo os indicadores quantitativos que os acompanham, deverão melhorar o destino da humanidade neste sé- culo. Esta declaração menciona que os governos "não economizariam es- forços para libertar nossos homens, mulheres e crianças das condições abjetas e desumanas da pobreza ex- trema", tentando reduzir os níveis de pobreza, iliteracia e promovendo o bem-estar social. Estes projetos são monitorizados com recurso ao Índice de Desenvolvimento Huma- no, que é uma medida comparativa que engloba três dimensões: rique- za, educação e esperança média de vida. 23 24 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 4. Estratégias Nacionais de Desenvolvimento Sus- tentável Fonte: Blogger4 "Manual para NSDS" práticas foi preparado por Carew-Reid et al. (1994) para estabelecer os ele- mentos básicos de boas partindo das experiências compartilhadas por vá- rios países, através de relatórios na- cionais e regionais, durante um pro- jeto liderado pela IUCN e IIED. Este trabalho preparou o terreno para a obra mais posteriores. O manual foi construído em cima pelo CAD da OCDE no seu tra- balho para produzir orientações pa- 4 Retirado em http://desenvolvimentosustentavel17.blogspot.com/2013/04/estrategias-nacionais-de.html ra ENDS (CAD 2001), que estabele- ceu os princípios acordados para a ENDS, mais tarde ecoou na UN- DESA orientação desenvolvido na sequência de um workshop interna- cional (UNDESA 2002). Na prática, é uma estratégia eficaz para o desenvolvimento sus- tentável reúne as aspirações e capa- cidades de governo, sociedade civil e do setor privado para criar uma vi- são para o futuro, e para trabalhar taticamente e progressivamente pa- O 25 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ra esses objetivos, identificando e construindo sobre "o que funciona", melhorando a integração entre as abordagens, fornecendo um quadro para fazer as escolhas que a integra- ção não é possível. Estas estratégias incidem sobre o que é realmente praticável, pois com uma estratégia eficaz e abrangente poderá solucio- nar-se vários problemas ao mesmo tempo. Assim, as ENDS apresentam 7 pontos chave, sendo tratados de for- ma integrada as questões económi- cas, ambientais e sociais, a saber: Alterações climáticas e energia limpa; Transporte Sustentável; Consumo e produção susten- táveis; Conservação e gestão dos re- cursos naturais; Saúde pública; Inclusão social, demografia e migração; A pobreza no mundo. A Agenda 2030 para o Desen- volvimento Sustentável expressa e reafirma, em múltiplas instâncias, o compromisso dos Estados Membros de alcançar o desenvolvimento sus- tentável para todos, levando em con- ta os diferentes níveis de desenvolvi- mento e capacidades nacionais, dife- rentes realidades e níveis nacionais de desenvolvimento, bem como res- peitando o espaço político nacional. Crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, especial- mente para os países em desenvolvi- mento. O parágrafo 21 da Agenda 2030 reconhece “a importância das dimensões regionais e sub-regio- nais, a integração econômica regio- nal e a interconectividade no desen- volvimento sustentável. Os quadros regionais e sub-regionais podem fa- cilitar a tradução efetiva de políticas de desenvolvimento sustentável em ações concretas em nível nacional”. Além disso, o parágrafo 45 centra-se nos parlamentos nacionais “através da promulgação de legisla- ção e aprovação de orçamentos e do seu papel na garantia da responsabi- lização pela implementação efetiva”. A necessidade de levar em consideração realidades nacionais, níveis nacionais de desenvolvimen- to, bem como prioridades nacionais e estratégias de desenvolvimento, é repetidamente mencionada em todo “o Futuro que queremos, documen- to final da Conferência Rio + 20. O Futuro Want identifica que, como requisito para o desenvolvi- mento sustentável, “o envolvimento significativo e a participação ativa de legislaturas e judiciários regionais, nacionais e subnacionais e todos os principais grupos: mulheres, crian- ças e jovens, povos indígenas, orga- nizações não-governamentais, auto- 26 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ridades, trabalhadores e sindicatos, empresas e indústria, a comunidade científica e tecnológica, e agriculto- res, bem como outras partes interes- sadas”. Os Estados Membros con- cordam em trabalhar mais estreita- mente com os principais grupos e outras partes interessadas e incenti- var sua participação ativa, conforme apropriado, em processos que con- tribuam para a tomada de decisões, planejamento e implementação de políticas e programas para o desen- volvimento sustentável em todos os níveis. Além disso, o engajamento ativo do setor público e privado é re- conhecido como um contribuinte es- sencial para a realização do desen- volvimento sustentável, inclusive por meio da importante ferramenta de parcerias público-privadas. Os Estados Membros também expres- saram seu apoio aos marcos regula- tórios e de políticas nacionais que possibilitam que empresas e indús- trias avancem em iniciativas de de- senvolvimento sustentável, levando em conta a importância da respon- sabilidade social corporativa. Em 2002, o Plano de Imple- mentação de Joanesburgo (JPOI), no parágrafo 162 b, instou os Esta- dos Membros a tomar medidas ime- diatas para avançar na formulação e elaboração de estratégias nacionais para o desenvolvimento sustentável, e iniciar sua implementação até 2005. A integração de princípios de desenvolvimento sustentável nas políticas e programas dos países cor- responde ao Objetivo de Desenvolvi- mento do Milênio Meta 7 A da De- claração do Milênio das Nações Uni- das. A Sessão Extraordinária de 1997 da Assembleia Geral também notou a importância da ENDE e es- tabeleceu uma meta de 2002 para sua formulação e elaboração. O Capítulo 8 da Agenda 21 apela aos países para que adotem es- tratégias nacionais para o desenvol- vimento sustentável (NSDS) que de- vem basear-se e harmonizar as vá- rias políticas e planos económicos, sociais e ambientais setoriais que es- tão a funcionar no país. 27 27 28 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 28 5. 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