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SETEMBRO - FERRAMENTAS PRATICAS PARA INOVACAO

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Como Lidar com Situações em Contextos ​Diferentes na Área de Gestão de 
Negócios 
Vamos apresentar uma proposta de estudo de caso de uma empresa de 
consultoria na área de gestão que notou que, ao longo do tempo, os traços de 
personalidade dos consultores que compõem a equipe impedem uma 
mentalidade inovadora. Nesse sentido, o gestor da empresa percebeu que a 
equipe é cética, pouco confiante, possui aversão ao risco, sendo resiliente e 
introvertida. 
Nesse aspecto, a empresa precisa realizar algumas mudanças para provocar 
uma ruptura no seu escritório de consultoria, de forma a inspirar inovação 
entre seus funcionários, buscando injetar uma mentalidade inovadora na 
cultura da empresa. 
 
FERRAMENTAS PRÁTICAS PARA A INOVAÇÃO 
As empresas, cada vez mais, sentem-se desafiadas pelo aumento da competição, 
que passou de local para mundial. A tecnologia reduziu as fronteiras, possibilitando a 
realização de comércio e parcerias entre organizações presentes em diversos países. 
Diante desse cenário, as empresas sentiram a necessidade de inovar de forma 
contínua, a fim de manter a sua competitividade, uma vez que a inovação possibilita: 
ganhos de produtividade, redução de custos, produtos diferenciados, entre outros​. 
Nesse contexto, Jugend e Silva (2013) d​estacam que a palavra inovação significa 
introduzir novidades com caráter comercial e aplicado. Isso, porque os autores 
afirmam também que as atividades de inovação derivam da exploração de mudanças 
e das possibilidades de fazer as coisas de formas novas ou diferentes​. 
• Refletir sobre o que é criatividade e a inovação; 
• Distinguir criatividade e a inovação; 
• Conhecer quais são os tipos de inovação; 
• Analisar como é o processo de inovação; 
• Avaliar quais as competências necessárias para o processo de inovação; 
• Avaliar ferramentas para a inovação; • Usar ferramentas inovadoras para sua área de 
formação. 
 
Introdução 
Cada vez mais o ciclo dos produtos vem se reduzindo, isto é, as empresas precisam 
desenvolver um maior número de produtos em um período menor de tempo. São produtos 
que, por vezes, ficam vulneráveis ao aumento da concorrência a nível mundial, às 
mudanças de necessidades, aos gostos dos clientes e ao emprego de novas tecnologias. 
Nesse contexto, você já parou para pensar na diferença entre a criatividade e inovação? A 
criatividade é pensar em coisas novas e a inovação é a aplicação prática da criatividade, 
isto é, tornar a ideia comercialmente viável. Entretanto, quem precisa inovar? A resposta é: 
as organizações que, diante do cenário econômico atual, precisam estar constantemente 
inovando. Inovando não somente em relação ao diferencial de produtos ou serviços, mas 
em todo ambiente organizacional, tais como: RH, vendas, marketing, produção, 
administração, entre outros. Portanto, ​a inovação é inerente à manutenção da 
competitividade das organizações no mercado. 
 
Inovação Versus Criatividade 
De acordo com Scherer e Carlomagno (2016, p. 19), ​a inovação não é algo 
simplesmente novo. É algo novo que traz resultados para a empresa. O mundo está 
cheio de inventores que nunca obtiveram sucesso com suas ideias “brilhantes”. 
Assim, o autor salienta que a inovação é a transformação de novas ideias em 
resultado. 
Nesse sentido, a principal diferença entre criatividade e inovação é que a 
criatividade significa conceber novas ideias. Ideias criativas, muitas vezes, subjetivas e de 
difícil mensuração. Por sua vez, a ​inovação é totalmente mensurável, já que está 
voltada para o trabalho necessário para viabilizar uma ideia​. 
Ao identificar uma necessidade não reconhecida e não atendida, uma organização 
pode usar a inovação para aplicar seus recursos criativos, a fim de projetar uma solução 
apropriada e colher o retorno de seu investimento, o que leva as organizações perseguirem 
frequentemente a criatividade, entretanto, a geração de valor está na inovação. É isso o que 
elas realmente precisam perseguir no sentido da produção de ação, isto é, colocar as ideias 
para funcionar. 
De acordo com Carvalho (2017, p. 29), a geração da ideia de um novo produto pode 
ser o resultado de uma intuição e acontecer a qualquer momento, seja como resultado de 
um esforço intencional ou não. O caminho puramente intuitivo para a ideação depende de 
insights, originados no subconsciente: 
Os processos de criatividade exigem um pensamento não-convencional, 
ideeias brutas e refinadas, experimentação, ambiguidade e incerteza, pesquisa, 
intuição, surpresa, audácia, encontrar as coisas certas, perguntar e explorar o 
desconhecido, aproveitar as oportunidades, visualizar o futuro e estudar as opções 
para desenvolver inovações tanto incrementais quanto as mais radicais. Por sua vez, 
os processos de criação de valor utilizam pensamento convencional, engenharia e 
manufatura, precisão, compensações, compra e venda de idéias, fazer tudo certo, 
responder perguntas e verificar soluções, evitar riscos desproporcionais e levar o 
produto ao mercado (ROCHA, 2009, p.35). 
Nesse contexto, a diferença principal entre criatividade e inovação é que a 
criatividade se refere a conceber uma nova idéia ou plano (imaginação), enquanto a 
inovação implica em iniciar algo novo no mercado (produção), que não é apresentado 
antes. 
Conforme Rocha (2009, p. 36) ​“a criatividade é entendida como inspiração e 
disciplina, apoiada, orientada e possibilitada por metodologias e processos para que 
chegue a uma ação que gera inovação”. 
Assim, ​observe que na criatividade não há dinheiro e risco envolvido, haja vista 
isso normalmente está ligado à inovação, já que esta significa desenvolver as ideias 
recém-criadas em algo útil e prático. 
Em muitos aspectos, a inovação é o processo de conversão da teoria em ação. 
Scherer e Carlomagno (2016, p. 19) destacam que “a criatividade é apenas uma parte da 
inovação que passa pela definição de estratégias, avaliação de ideias, experimentação, 
gestão de projetos e monitoramento de resultados”. Nesse sentido, os autores reforçam que 
“a busca da competitividade futura passa pela recolocação da inovação como estratégia de 
negócios. A compreensão do que é e o que não é inovação pode auxiliar nesse desafio” 
 
Tipos de Inovação 
Para Gonçalves e Sugahara (2015, p. 2), “a inovação pode ser vista desde 
pequenas modificações, quase imperceptíveis aos usuários até mudanças que irão alterar o 
modo de vida da sociedade”. 
Nesse aspecto, quando pensamos em inovação, logo vem em nossa mente a 
criação de novos produtos. Jugend e Silva (2013) destacam que a inovação não está 
limitada somente aos programas de desenvolvimento de novos produtos. Tradicionalmente, 
ela pode ocorrer também por meio da introdução de novas formas de gestão nos processos 
de produção e, também, via abertura de novos mercados. 
A seguir, Jugend e Silva (2013) definem cada um desses tipos de inovação: 
• ​Inovação de produtos está relacionada à criação de novos produtos ou melhorias 
nos já existentes. Por exemplo: o lançamento do telefone celular, do armazenamento dos 
dados em nuvem, da câmera fotográfica no celular, entre outros; 
• ​Inovação de processos está relacionada ao desenvolvimentode novos 
processos ou à introdução de novidades nos processos de produção já existentes. Por 
exemplo: a operacionalização de um novo layout (arranjo físico de produção), a substituição 
de uma máquina velha por uma mais nova e rápida para produzir com maior velocidade 
determinado produto, a adoção de realidade virtual para simular e testar soluções no projeto 
de um novo produto; 
• ​Inovação de gestão está relacionada a novos métodos voltados para a gestão de 
uma organização. Por exemplo: a introdução de práticas de qualidade, redução de custos 
em uma empresa, a formação de equipes multifuncionais e a inserção da estrutura 
organizacional de escritório de projetos; 
• A abertura de novos mercados ocorre quando a organização passa a atender a 
um novo mercado. Por exemplo: um negócio especializado em eventos, casamentos e 
festas de aniversário passa a utilizar o seu conhecimento e sua estrutura para atender 
eventos corporativos. Uma organização que desenvolve portões diferenciados para o 
mercado de luxo passa a direcionar sua linha de produtos mais antiga para o mercado de 
baixo custo. Muitas vezes, cria-se uma nova marca para isso, evitando, assim, associar a 
marca anteriormente usada a produtos de baixo custo. 
De acordo com Jugend e Silva (2013), esses tipos de inovação são 
complementares, uma vez que são inerentes às atividades de inovação de produtos: o 
desenvolvimento, a melhoria e a adaptação dos processos de produção, o que requer, por 
sua vez, a introdução de novas formas de se organizar e gerir o trabalho. 
Assim, ​não é necessário que a inovação se concentre na mudança de um 
produto ou serviço. Por exemplo, caso você encontre um novo processo que possibilite 
criar um produto com mais eficiência, sem comprometer a qualidade, você poderá se 
destacar diante de seus concorrentes, reduzindo preços. 
De forma semelhante, se uma inovação advir na forma de um novo sistema de 
distribuição, isso possibilita que a empresa se destaque ofertando uma entrega mais rápida 
aos clientes. 
De acordo com Gonçalves e Sugahara (2015, p. 3), “a inovação tecnológica é a 
criação de um produto ou processo que sejam novos para um país ou para o mundo ou o 
acréscimo de novas características a esses, sem a necessidade de criação de um novo”. 
 
Grau de Inovação 
A inovação pode ser incremental ou radical. De acordo com Scherer (2016), a 
inovação incremental é aquela que leva a ganhos significativos no resultado. Por exemplo, a 
câmera fotográfica no celular é uma inovação incremental, na medida em que o celular já 
existe. Nesse aspecto, a inovação incremental é impulsionada pelo aumento do 
conhecimento e por competências tecnológicas, possibilitando, assim, a obtenção de saltos 
de competitividade. 
Por outro lado, Scherer (2016) salienta que as inovações radicais levam a grandes 
transformações nos produtos ou serviços, por exemplo, a forma de armazenamento de 
informação que, anteriormente, era em CD ou pen drive e, agora, passou a ser em nuvem. 
Antes o telefone era fixo e, depois, desenvolveu-se o telefone celular. Isso, porque 
transforma a forma que o produto é ofertado, criando categorias diferentes de produtos 
ofertados até então. 
Conforme Francesconi e Ortega (2015, p.3), a “inovação Radical: existe quando se 
aplica um novo conceito. Uma novidade para a sociedade, um produto que pode ser 
elaborado de forma diferente, composto por novos elementos e/ou entregue de maneira 
distinta do convencional”. 
 
 
 
Ferramentas Utilizadas no Processo Criativo e na Aprimoração de Ideias 
Quando se trabalha a gestão da inovação no ambiente organizacional, é importante 
utilizar ferramentas para fomentar o processo criativo. Nesse aspecto, Scherer e 
Carlomagno (2016) destacam que o Brainstorming, Scamper, Crowdsourcing e o 
Design Thinking são ferramentas que possuem como objetivo gerar novas ideias​. 
Assim, para aplicação do ​Brainstorming, conhecido como “chuva de ideias”, 
seleciona-se um grupo de pessoas, propõe-se um tema e, a partir deste, as pessoas 
possuem poucos minutos para desenvolver ideias de forma livre. Já o Scamper é uma 
técnica que emprega uma lista de ações sobre uma ideia base para gerar novas ideias. Por 
sua vez, no Crowdsourcing solicitam-se ideias para um grupo indiscriminado de pessoas, 
normalmente, fora da empresa. 
Por fim, o ​Design thinking é um conjunto de métodos e processos para abordar 
problemas, seguido da geração e prototipação de ideias para resolvê-los (SCHERER; 
CARLOMAGNO, 2016). 
Depois da ideia gerada, é importante aprimorá-las, para isso, você poderá utilizar-se 
das ferramentas de cocriação: Lean Startup, Business Model Canvas, Discovery Driven 
Planning e Inovação Aberta. Conforme Scherer e Carlomagno (2016, p.132): 
•​Cocriação: é uma forma de inovação que acontece quando fornecedores, 
colaboradores e clientes colaboram com a empresa recebendo em troca os benefícios de 
sua contribuição, sejam eles através do acesso a produtos customizados ou da promoção 
de suas ideias. 
•​Lean Startup: é um conjunto de processos usados para desenvolver produtos e 
mercados que defende a criação de protótipos rápidos, projetados para validar suposições 
de mercado, e usar feedback dos clientes para melhoria das ideias. 
•​Business Model Canvas: ​é uma ferramenta que traduz a forma da organização 
criar e capturar valor e permite desenvolver e esboçar diferentes modelos de negócio novos 
ou existentes para as ideias geradas. 
•​Discovery Driven Planning: é uma técnica de planejamento para lidar com a 
incerteza de forma eficiente que organiza um roteiro de incertezas a serem testadas e 
procede alocação gradativa dos recursos financeiros de acordo com os milestones de 
aprendizado. 
•​Inovação Aberta: é um conceito no qual as organizações podem e devem usar 
ideias internas e externas às suas, assim como caminhos internos e externos para o 
mercado (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p.132). Nesse aspecto, existem diversas 
ferramentas de geração e consolidação de ideias, entretanto, de acordo com Scherer e 
Carlomagno (2016), essas são as mais conhecidas e testadas. 
 
Gestão da Inovação nas Organizações 
Conforme Scherer e Carlomagno (2016), a inovação não pode ser dependente do 
acaso ou fruto apenas de sorte. Por trás de uma boa ideia, comumente, há horas de 
esforços que produzem insight até chegar à conexão final. Assim, os autores ressaltam que 
a inovação não é uma atividade eventual, pois é um processo a ser gerenciado, desde a 
sua ideia inicial até a sua implementação. 
“​A inovação está intimamente vinculada à estratégia corporativa e à estratégia 
de inovação adotada pela empresa. A passagem de uma etapa para outra está 
condicionada ao atendimento de critérios predefinidos pelo sistema de gestão da 
inovação” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 53). Para Bezerra (2011), a sequência 
das atividades em um processo de inovação não ocorre de forma linear. Trata-se de 
processo em que o entendimento do problema acontece paralelamente à sua solução. 
Bezerra (2011) salienta que uma cultura organizacional orientada para uma 
adaptação inovadora pode fazer uma organizaçãoatingir objetivos. Uma empresa inovadora 
age com um controle central para monitorar, auto-organizar, adaptar e aprender a navegar 
em complexidade. 
Durante o processo de inovação, inicia-se com uma preocupação sobre a viabilidade 
técnica das ideias, relegando-se a viabilidade econômica a um segundo plano. Assim, 
conforme se avança ao longo das etapas, o número de iniciativas de inovação vai se 
reduzindo, uma vez que os projetos com baixa viabilidade técnica são eliminados. Por sua 
vez, “o volume de recursos alocados para a iniciativa vai aumentando e a viabilidade 
econômica passa a ser preponderante” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 54). Nesse 
contexto: 
A primeira etapa do processo de inovação consiste na captação das ideias 
advindas tanto do interior como do exterior da empresa. Como as ideias são a 
matéria-prima para a inovação, deve-se estimular a constante alimentação de novas 
ideias. A idealização está associada à junção da criatividade com a informação e o 
conhecimento. Nessa primeira etapa, a quantidade de ideias é mais importante do 
que a qualidade, uma vez que a etapa seguinte irá permitir o aprimoramento das 
mesmas e também a seleção das mais promissoras. Informações coletadas 
externamente à empresa mais o conhecimento internalizado combinados de forma 
criativa constituem, portanto, a fórmula para a geração de novas ideias (SCHERER; 
CARLOMAGNO, 2016, p. 54). 
As fontes externas de ideias podem ser fornecedores, consumidores, institutos de 
pesquisa e universidades, concorrentes, especialistas, páginas da web, publicações 
especializadas, relatórios de tendências, feiras e exposições etc. 
A geração de ideias internas pode ser um processo espontâneo ou induzido. Por sua 
vez, a indução de ideias é feita periodicamente por meio de técnicas específicas, que 
podem e devem ser utilizadas para fomentar a criatividade, “como por exemplo: sessões de 
brainstorming, análise de lista de atributos, engenharia reversa e a construção de mapas 
mentais são exemplos de ferramentas para geração de ideias” (SCHERER; 
CARLOMAGNO, 2016, p. 55). 
Antes de as ideias avançarem na Cadeia de Valor da Inovação rumo à fase de 
Conceituação, é necessária a avaliação das iniciativas propostas, separando-as conforme o 
nível de complexidade e clareza. O modelo de estabelecer Gates possibilita que a 
organização realize: 
O encaminhamento necessário para que o processo de inovação ocorra de maneira 
controlada, permitindo que os recursos financeiros e humanos disponíveis para inovação 
sejam alocados no momento adequado e de acordo com a estratégia de inovação da 
empresa (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 55). 
 
Modelos de Avaliação de Oportunidades Inovação 
Há diversos modelos de avaliação de oportunidades de inovação, entre eles, temos: 
modelo de estabelecer Gates, Business Case e funil de inovação. O modelo de estabelecer 
Gates possibilita que a empresa dê o encaminhamento necessário para o processo de 
inovação de forma controlada e, nesse aspecto, é necessário avaliar primeiramente se a 
ideia é: 
Estrela: são aquelas ideias em que se consegue estabelecer de maneira clara seus 
objetivos, utilização, vantagens e benefícios gerados e uma perspectiva de investimentos e 
riscos associados a sua implementação. Para esse tipo de ideia é desnecessário passar 
pela fase da conceituação, devendo-se ir direto para a avaliação do Gate 2. 
Osso: ideias que nitidamente são pouco valiosas, que estão fora das temáticas e 
estratégia de inovação da empresa ou que notadamente se mostram inviáveis para o 
momento atual da empresa, devem ser descartadas e enviadas para um banco de ideias, 
podendo eventualmente voltar a ser avaliada em outro momento. 
Bola: ideias que necessitam ser ainda trabalhadas, que precisam de uma maior 
reflexão em relação a qual será o seu benefício. Para isso, a ideia deve ir para a fase da 
conceituação e seguir na Cadeia de Valor da Inovação. 
Maçã: as ideias desse tipo são aquelas que possuem bom potencial para 
implementação de melhorias e com baixo nível de complexidade na sua execução. São 
pequenos ajustes que podem e devem ser realizados sem maiores preocupações e 
normalmente demandam poucos recursos. Esse tipo de ideia é imediatamente colocado em 
prática e não necessita seguir para as outras fases (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 
56-57). 
Assim, caso a ideia seja classificada como “Bola”, deve-se aprofundar o conceito 
para que haja maior confiabilidade na tomada de decisão e aplicação do Gate 2, que 
“consiste em avaliar de maneira qualitativa a ideia, de maneira a definir questões vinculadas 
a quatro aspectos básicos: mercado, tecnologia, fator humano e alinhamento com o 
negócio” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 56). 
Após o Gate 2, passa-se para a fase da “Experimentação”, na qual deve-se: 
Defina a ideia a ser experimentada: nem todas as ideias e conceitos inovadores 
exigem experimentações. Quanto maior o nível de incerteza, maior a necessidade de ter 
esse feedback antes de implementar em larga escala. Assim, o primeiro passo é selecionar 
a ideia. 
Defina as incertezas: ​a inteligência numa estruturação de experimentação reside 
na adequada definição das incertezas. 
Depois de definidas as principais incertezas​, é preciso selecionar quais podem 
ter maior impacto futuro e por isso devem ser testadas. 
Estruture o piloto e a amostra: ​ao invés de testar a nova ideia com todos os 
clientes, ou em todos os pontos de venda ou em todas as unidades da empresa, deve-se 
definir qual será a amplitude do experimento. Um piloto também precisa ter uma data para 
começar e uma data para terminar. Além disso, deve haver um roteiro definido para avaliar 
as incertezas selecionadas. 
Execute o piloto: ​depois de estruturado o projeto, precisa ser executado. 
Importante manter vivo o enfoque de aprendizado. Do contrário, rapidamente incorpora-se a 
mentalidade original de gestão de projetos ao invés de gerar nenhum tipo de aprendizado a 
ser utilizado. A execução do piloto deve ser feita mantendo as premissas e focando as 
incertezas selecionadas. 
Surgindo novas questões, a empresa pode avaliar se inclui no projeto em 
andamento ou se é necessária outra experiência (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p.60). 
Assim, no Gate 3, avalie resultados ao final do experimento para discernir quais alterações 
precisam ser “realizadas para ampliar as chances de êxito da inovação. É o momento de 
pegar cada uma das incertezas selecionadas para teste e avaliar os resultados e caminhos 
que o experimento sugere. Sanadas as incertezas, é hora de implementar” (SCHERER; 
CARLOMAGNO, 2016, p. 61). 
Dessa forma, “evidentemente, é do interesse da empresa que os projetos atinjam 
seus objetivos finais, ou seja, transformem-se realmente em inovações no mercado. Nessa 
etapa, o projeto de inovação é submetido ao teste de mercado para que seja validado 
(SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 30). 
O Business Case (Plano de Negócios) é uma análise da atratividade e 
viabilidade de um projeto, com informações que possibilitam a análise do retorno do 
investimento. Esse tipo de ferramenta é muito adequadopara a gestão, captação de 
recursos e sustentação de “oportunidades conhecidas pela organização. Para 
utilizá-lo no contexto de projetos inovadores há a necessidade de adequar três 
dimensões fundamentais: mentalidade, timing e conteúdo” (SCHERER; 
CARLOMAGNO, 2016, p. 64). 
Por fim, tem-se o “Funil de inovação” que “trata das atividades que vão desde a 
geração das ideias até o lançamento em cinco fases distintas: descoberta, investigação 
preliminar, planejamento, desenvolvimento, testes, lançamento” (SCHERER; 
CARLOMAGNO, 2016, p. 65). 
 
Conclusão 
Pudemos observar que a inovação deve ser inerente às organizações, uma vez 
que a competitividade vem aumentando e que ciclo dos produtos vem se reduzindo 
cada vez mais. Em um cenário em que ocorre um aumento da concorrência a nível 
mundial, a todo momento há mudanças de necessidades, gostos dos clientes e o 
emprego de novas tecnologias. 
Assim, é importante conhecer a diferença entre a criatividade e inovação, haja 
vista a criatividade pensar em coisas novas e a inovação abordar uma 
comercialização viável da ideia. 
Dessa forma, as organizações precisam inovar constantemente diante do 
cenário econômico atual em todo ambiente organizacional, a fim de possibilitar a 
manutenção da competitividade das empresas no mercado. 
 
Referências Bibliográficas 
BEZERRA, C. A máquina de inovação: mentes e organizações na luta por diferenciação. 
Porto Alegre, Editora Bookman, 2011. 
CARVALHO​, M. A. Inovação em produtos: IDEATRIZ - Uma aplicação da Triz/ Inovação 
sistemática na ideação de produtos. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2017. 
FRANCESCONI, M; ORTEGA, L. M. Graus de inovação e maturidade de processo de 
negócio: suas relações através de uma proposta exploratória. In: ALTEC, 2015. Disponível 
em: . Acesso em: 28 ago. 2019. 
GONÇALVES​, F. L. P.; SUGAHARA, C. R. Inovação de produto, processo, organizacional e 
de marketing nas indústrias brasileiras. In: Anais do V Encontro de Iniciação em 
Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, 2015. 
JUGEND​, D.; SILVA, S. L. Inovação e desenvolvimento de produtos: práticas de gestão e 
casos brasileiros. Rio de Janeiro: LTC, 2013

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