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Roteiro de estudos - Disciplina - Ferramentas práticas para a inovação

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Roteiro de Estudos 
Ferramentas Práticas para a inovação 
As empresas, cada vez mais, sentem-se desafiadas pelo aumento da 
competição, que passou de local para mundial. A tecnologia reduziu as 
fronteiras, possibilitando a realização de comércio e parcerias entre 
organizações presentes em diversos países. Diante desse cenário, as empresas 
sentiram a necessidade de inovar de forma contínua, a fim de manter a sua 
competitividade, uma vez que a inovação possibilita: ganhos de produtividade, 
redução de custos, produtos diferenciados, entre outros. 
Nesse contexto, Jugend e Silva (2013) destacam que a palavra inovação 
significa introduzir novidades com caráter comercial e aplicado. Isso, porque os 
autores afirmam também que as atividades de inovação derivam da exploração 
de mudanças e das possibilidades de fazer as coisas de formas novas ou 
diferentes. 
• Refletir sobre o que é criatividade e a inovação; 
• Distinguir criatividade e a inovação; 
• Conhecer quais são os tipos de inovação; 
• Analisar como é o processo de inovação; 
• Avaliar quais as competências necessárias para o processo de inovação; 
• Avaliar ferramentas para a inovação; 
• Usar ferramentas inovadoras para sua área de formação. 
Introdução 
Cada vez mais o ciclo dos produtos vem se reduzindo, isto é, as empresas 
precisam desenvolver um maior número de produtos em um período menor de 
tempo. São produtos que, por vezes, ficam vulneráveis ao aumento da 
concorrência a nível mundial, às mudanças de necessidades, aos gostos dos 
clientes e ao emprego de novas tecnologias. Nesse contexto, você já parou para 
pensar na diferença entre a criatividade e inovação? A criatividade é pensar em 
coisas novas e a inovação é a aplicação prática da criatividade, isto é, tornar a 
ideia comercialmente viável. Entretanto, quem precisa inovar? A resposta é: as 
organizações que, diante do cenário econômico atual, precisam estar 
constantemente inovando. Inovando não somente em relação ao diferencial de 
produtos ou serviços, mas em todo ambiente organizacional, tais como: RH, 
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vendas, marketing, produção, administração, entre outros. Portanto, a inovação 
é inerente à manutenção da competitividade das organizações no mercado. 
Inovação Versus Criatividade 
 
 
De acordo com Scherer e Carlomagno (2016, p. 19), a inovação não é algo 
simplesmente novo. É algo novo que traz resultados para a empresa. O mundo 
está cheio de inventores que nunca obtiveram sucesso com suas ideias 
“brilhantes”. Assim, o autor salienta que a inovação é a transformação de novas 
ideias em resultado. 
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Nesse sentido, a principal diferença entre criatividade e inovação é que a 
criatividade significa conceber novas ideias. Ideias criativas, muitas vezes, 
subjetivas e de difícil mensuração. Por sua vez, a inovação é totalmente 
mensurável, já que está voltada para o trabalho necessário para viabilizar uma 
ideia. Ao identificar uma necessidade não reconhecida e não atendida, uma 
organização pode usar a inovação para aplicar seus recursos criativos, a fim de 
projetar uma solução apropriada e colher o retorno de seu investimento, o que 
leva as organizações perseguirem frequentemente a criatividade, entretanto, a 
geração de valor está na inovação. É isso o que elas realmente precisam 
perseguir no sentido da produção de ação, isto é, colocar as ideias para 
funcionar. 
De acordo com Carvalho (2017, p. 29), a geração da ideia de um novo produto 
pode ser o resultado de uma intuição e acontecer a qualquer momento, seja 
como resultado de um esforço intencional ou não. O caminho puramente intuitivo 
para a ideação depende de insights, originados no subconsciente: 
Os processos de criatividade exigem um pensamento não-convencional, ideeias 
brutas e refinadas, experimentação, ambiguidade e incerteza, pesquisa, intuição, 
surpresa, audácia, encontrar as coisas certas, perguntar e explorar o 
desconhecido, aproveitar as oportunidades, visualizar o futuro e estudar as 
opções para desenvolver inovações tanto incrementais quanto as mais radicais. 
Por sua vez, os processos de criação de valor utilizam pensamento 
convencional, engenharia e manufatura, precisão, compensações, compra e 
venda de idéias, fazer tudo certo, responder perguntas e verificar soluções, evitar 
riscos desproporcionais e levar o produto ao mercado (ROCHA, 2009, p.35). 
Nesse contexto, a diferença principal entre criatividade e inovação é que a 
criatividade se refere a conceber uma nova ideia ou plano (imaginação), 
enquanto a inovação implica em iniciar algo novo no mercado (produção), que 
não é apresentado antes. 
Conforme Rocha (2009, p. 36) “a criatividade é entendida como inspiração e 
disciplina, apoiada, orientada e possibilitada por metodologias e processos para 
que chegue a uma ação que gera inovação”. 
Assim, observe que na criatividade não há dinheiro e risco envolvido, haja vista 
isso normalmente estar ligado à inovação, já que esta significa desenvolver as 
ideias recém-criadas em algo útil e prático. Em muitos aspectos, a inovação é o 
processo de conversão da teoria em ação. 
Scherer e Carlomagno (2016, p. 19) destacam que “a criatividade é apenas uma 
parte da inovação que passa pela definição de estratégias, avaliação de ideias, 
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experimentação, gestão de projetos e monitoramento de resultados”. Nesse 
sentido, os autores reforçam que “a busca da competitividade futura passa pela 
recolocação da inovação como estratégia de negócios. A compreensão do que 
é e o que não é inovação pode auxiliar nesse desafio”. 
VÍDEO 
O vídeo a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a 
compreensão e resolução da nossa situação-problema. Assista atentamente ao 
vídeo proposto antes de fazer sua análise. 
Links 
https://youtu.be/0H1QjD1fi6Q 
https://youtu.be/sLJXrCH06T4 
Tipos de Inovação 
Para Gonçalves e Sugahara (2015, p. 2), “a inovação pode ser vista desde 
pequenas modificações, quase imperceptíveis aos usuários até mudanças que 
irão alterar o modo de vida da sociedade”. 
Nesse aspecto, quando pensamos em inovação, logo vem em nossa mente a 
criação de novos produtos. Jugend e Silva (2013) destacam que a inovação não 
está limitada somente aos programas de desenvolvimento de novos produtos. 
Tradicionalmente, ela pode ocorrer também por meio da introdução de novas 
formas de gestão nos processos de produção e, também, via abertura de novos 
mercados. A seguir, Jugend e Silva (2013) definem cada um desses tipos de 
inovação: 
• Inovação de produtos está relacionada à criação de novos produtos ou 
melhorias nos já existentes. Por exemplo: o lançamento do telefone 
celular, do armazenamento dos dados em nuvem, da câmera fotográfica 
no celular, entre outros; 
• Inovação de processos está relacionada ao desenvolvimento de novos 
processos ou à introdução de novidades nos processos de produção já 
existentes. Por exemplo: a operacionalização de um novo layout (arranjo 
físico de produção), a substituição de uma máquina velha por uma mais 
nova e rápida para produzir com maior velocidade determinado produto, 
a adoção de realidade virtual para simular e testar soluções no projeto de 
um novo produto; 
https://laureate-u4-teorias-comunicacao.webflow.io/
https://laureate-u4-teorias-comunicacao.webflow.io/
https://youtu.be/0H1QjD1fi6Q
https://youtu.be/sLJXrCH06T4
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• Inovação de gestão está relacionada a novos métodos voltados para a 
gestão de uma organização. Por exemplo: a introdução de práticas de 
qualidade, redução de custos em uma empresa, a formação de equipes 
multifuncionais e a inserção da estrutura organizacional de escritório de 
projetos;• A abertura de novos mercados ocorre quando a organização passa a 
atender a um novo mercado. Por exemplo: um negócio especializado em 
eventos, casamentos e festas de aniversário passa a utilizar o seu 
conhecimento e sua estrutura para atender eventos corporativos. Uma 
organização que desenvolve portões diferenciados para o mercado de 
luxo passa a direcionar sua linha de produtos mais antiga para o mercado 
de baixo custo. Muitas vezes, cria-se uma nova marca para isso, evitando, 
assim, associar a marca anteriormente usada a produtos de baixo custo. 
De acordo com Jugend e Silva (2013), esses tipos de inovação são 
complementares, uma vez que são inerentes às atividades de inovação de 
produtos: o desenvolvimento, a melhoria e a adaptação dos processos de 
produção, o que requer, por sua vez, a introdução de novas formas de se 
organizar e gerir o trabalho. 
Assim, não é necessário que a inovação se concentre na mudança de um 
produto ou serviço. Por exemplo, caso você encontre um novo processo que 
possibilite criar um produto com mais eficiência, sem comprometer a qualidade, 
você poderá se destacar diante de seus concorrentes, reduzindo preços. De 
forma semelhante, se uma inovação advir na forma de um novo sistema de 
distribuição, isso possibilita que a empresa se destaque ofertando uma entrega 
mais rápida aos clientes. 
De acordo com Gonçalves e Sugahara (2015, p. 3), “a inovação tecnológica é a 
criação de um produto ou processo que sejam novos para um país ou para o 
mundo ou o acréscimo de novas características a esses, sem a necessidade de 
criação de um novo”. 
VÍDEO 
O vídeo a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a 
compreensão e resolução da nossa situação-problema. Assista atentamente ao 
vídeo proposto antes de fazer sua análise. 
Link: https://youtu.be/jueaPN_3Kt8 
https://youtu.be/jueaPN_3Kt8
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Grau de Inovação 
A inovação pode ser incremental ou radical. De acordo com Scherer (2016), a 
inovação incremental é aquela que leva a ganhos significativos no resultado. Por 
exemplo, a câmera fotográfica no celular é uma inovação incremental, na medida 
em que o celular já existe. Nesse aspecto, a inovação incremental é 
impulsionada pelo aumento do conhecimento e por competências tecnológicas, 
possibilitando, assim, a obtenção de saltos de competitividade. 
Por outro lado, Scherer (2016) salienta que as inovações radicais levam a 
grandes transformações nos produtos ou serviços, por exemplo, a forma de 
armazenamento de informação que, anteriormente, era em CD ou pen drive e, 
agora, passou a ser em nuvem. Antes o telefone era fixo e, depois, desenvolveu-
se o telefone celular. Isso, porque transforma a forma que o produto é ofertado, 
criando categorias diferentes de produtos ofertados até então. 
Conforme Francesconi e Ortega (2015, p.3), a “inovação Radical: existe quando 
se aplica um novo conceito. Uma novidade para a sociedade, um produto que 
pode ser elaborado de forma diferente, composto por novos elementos e/ou 
entregue de maneira distinta do convencional”. 
VÍDEO 
O vídeo a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a 
compreensão e resolução da nossa situação problema. Assista atentamente ao 
vídeo proposto antes de fazer sua análise. 
Link: https://youtu.be/jueaPN_3Kt8 
Ferramentas Utilizadas no Processo Criativo e na Aprimoração de Ideias 
Quando se trabalha a gestão da inovação no ambiente organizacional, é 
importante utilizar ferramentas para fomentar o processo criativo. Nesse 
aspecto, Scherer e Carlomagno (2016) destacam que o Brainstorming, Scamper, 
Crowdsourcing e o Design Thinking são ferramentas que possuem como 
objetivo gerar novas ideias. 
Assim, para aplicação do Brainstorming, conhecido como “chuva de ideias”, 
seleciona-se um grupo de pessoas, propõe-se um tema e, a partir deste, as 
pessoas possuem poucos minutos para desenvolver ideias de forma livre. Já 
o Scamper é uma técnica que emprega uma lista de ações sobre uma ideia base 
para gerar novas ideias. Por sua vez, no Crowdsourcing solicitam-se ideias para 
um grupo indiscriminado de pessoas, normalmente, fora da empresa. Por fim, 
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o Design thinking é um conjunto de métodos e processos para abordar 
problemas, seguido da geração e prototipação de ideias para resolvê-los 
(SCHERER; CARLOMAGNO, 2016). 
Depois da ideia gerada, é importante aprimorá-las, para isso, você poderá 
utilizar-se das ferramentas de cocriação: Lean Startup, Business Model Canvas, 
Discovery Driven Planning e Inovação Aberta. Conforme Scherer e Carlomagno 
(2016, p.132): 
•Cocriação: é uma forma de inovação que acontece quando fornecedores, 
colaboradores e clientes colaboram com a empresa recebendo em troca os 
benefícios de sua contribuição, sejam eles através do acesso a produtos 
customizados ou da promoção de suas ideias. 
•Lean Startup: é um conjunto de processos usados para desenvolver produtos e 
mercados que defende a criação de protótipos rápidos, projetados para validar 
suposições de mercado, e usar feedback dos clientes para melhoria das ideias. 
•Business Model Canvas: é uma ferramenta que traduz a forma da organização 
criar e capturar valor e permite desenvolver e esboçar diferentes modelos de 
negócio novos ou existentes para as ideias geradas. 
•Discovery Driven Planning: é uma técnica de planejamento para lidar com a 
incerteza de forma eficiente que organiza um roteiro de incertezas a serem 
testadas e procede alocação gradativa dos recursos financeiros de acordo com 
os milestones de aprendizado. 
•Inovação Aberta: é um conceito no qual as organizações podem e devem usar 
ideias internas e externas às suas, assim como caminhos internos e externos 
para o mercado (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p.132). 
Nesse aspecto, existem diversas ferramentas de geração e consolidação de 
ideias, entretanto, de acordo com Scherer e Carlomagno (2016), essas são as 
mais conhecidas e testadas. 
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LIVRO 
As leituras a seguir irão trazer orientação extra para ajudar na resolução e 
entendimento da nossa situação-problema. Leia atentamente os textos 
propostos antes de partir para a sua análise! 
SCHERER, F. O.; CARLOMAGNO, M. S. Gestão da inovação na 
prática: como aplicar conceitos e ferramentas para alavancar a inovação. 2. ed. 
São Paulo: Atlas, 2016. 
Gestão da Inovação nas Organizações 
Conforme Scherer e Carlomagno (2016), a inovação não pode ser dependente 
do acaso ou fruto apenas de sorte. Por trás de uma boa ideia, comumente, há 
horas de esforços que produzem insight até chegar à conexão final. Assim, os 
autores ressaltam que a inovação não é uma atividade eventual, pois é um 
processo a ser gerenciado, desde a sua ideia inicial até a sua implementação. 
“A inovação está intimamente vinculada à estratégia corporativa e à estratégia 
de inovação adotada pela empresa. A passagem de uma etapa para outra está 
condicionada ao atendimento de critérios predefinidos pelo sistema de gestão da 
inovação” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 53). Para Bezerra (2011), a 
sequência das atividades em um processo de inovação não ocorre de forma 
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linear. Trata-se de processo em que o entendimento do problema acontece 
paralelamente à sua solução. 
Bezerra (2011) salienta que uma cultura organizacional orientada para uma 
adaptação inovadora pode fazer uma organização atingir objetivos. Uma 
empresa inovadora age com um controle central para monitorar, auto-organizar, 
adaptar e aprender a navegar em complexidade. 
Durante o processo de inovação, inicia-se com uma preocupação sobre a 
viabilidade técnica das ideias, relegando-se a viabilidade econômicaa um 
segundo plano. Assim, conforme se avança ao longo das etapas, o número de 
iniciativas de inovação vai se reduzindo, uma vez que os projetos com baixa 
viabilidade técnica são eliminados. Por sua vez, “o volume de recursos alocados 
para a iniciativa vai aumentando e a viabilidade econômica passa a ser 
preponderante” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 54). Nesse contexto: 
A primeira etapa do processo de inovação consiste na captação das ideias 
advindas tanto do interior como do exterior da empresa. Como as ideias são a 
matéria-prima para a inovação, deve-se estimular a constante alimentação de 
novas ideias. A idealização está associada à junção da criatividade com a 
informação e o conhecimento. Nessa primeira etapa, a quantidade de ideias é 
mais importante do que a qualidade, uma vez que a etapa seguinte irá permitir o 
aprimoramento das mesmas e também a seleção das mais promissoras. 
Informações coletadas externamente à empresa mais o conhecimento 
internalizado combinados de forma criativa constituem, portanto, a fórmula para 
a geração de novas ideias (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 54). 
As fontes externas de ideias podem ser fornecedores, consumidores, institutos 
de pesquisa e universidades, concorrentes, especialistas, páginas da web, 
publicações especializadas, relatórios de tendências, feiras e exposições etc. 
A geração de ideias internas pode ser um processo espontâneo ou induzido. Por 
sua vez, a indução de ideias é feita periodicamente por meio de técnicas 
específicas, que podem e devem ser utilizadas para fomentar a criatividade, 
“como por exemplo: sessões de brainstorming, análise de lista de atributos, 
engenharia reversa e a construção de mapas mentais são exemplos de 
ferramentas para geração de ideias” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 55). 
Antes de as ideias avançarem na Cadeia de Valor da Inovação rumo à fase de 
Conceituação, é necessária a avaliação das iniciativas propostas, separando-as 
conforme o nível de complexidade e clareza. O modelo de estabelecer Gates 
possibilita que a organização realize: 
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O encaminhamento necessário para que o processo de inovação ocorra de 
maneira controlada, permitindo que os recursos financeiros e humanos 
disponíveis para inovação sejam alocados no momento adequado e de acordo 
com a estratégia de inovação da empresa (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, 
p. 55). 
VÍDEO 
O vídeo a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a 
compreensão e resolução da nossa situação problema. Assista atentamente ao 
vídeo proposto antes de fazer sua análise. 
Link: https://youtu.be/vHHH8D8Zl9A 
Modelos de Avaliação de Oportunidades Inovação 
Há diversos modelos de avaliação de oportunidades de inovação, entre eles, 
temos: modelo de estabelecer Gates, Business Case e funil de inovação. O 
modelo de estabelecer Gates possibilita que a empresa dê o encaminhamento 
necessário para o processo de inovação de forma controlada e, nesse aspecto, 
é necessário avaliar primeiramente se a ideia é: 
Estrela: são aquelas ideias em que se consegue estabelecer de maneira clara 
seus objetivos, utilização, vantagens e benefícios gerados e uma perspectiva de 
investimentos e riscos associados a sua implementação. Para esse tipo de ideia 
é desnecessário passar pela fase da conceituação, devendo-se ir direto para a 
avaliação do Gate 2. 
Osso: ideias que nitidamente são pouco valiosas, que estão fora das temáticas 
e estratégia de inovação da empresa ou que notadamente se mostram inviáveis 
para o momento atual da empresa, devem ser descartadas e enviadas para um 
banco de ideias, podendo eventualmente voltar a ser avaliada em outro 
momento. 
 
Bola: ideias que necessitam ser ainda trabalhadas, que precisam de uma maior 
reflexão em relação a qual será o seu benefício. Para isso, a ideia deve ir para a 
fase da conceituação e seguir na Cadeia de Valor da Inovação. 
 
Maçã: as ideias desse tipo são aquelas que possuem bom potencial para 
implementação de melhorias e com baixo nível de complexidade na sua 
execução. São pequenos ajustes que podem e devem ser realizados sem 
maiores preocupações e normalmente demandam poucos recursos. Esse tipo 
de ideia é imediatamente colocado em prática e não necessita seguir para as 
outras fases (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 56-57). 
https://youtu.be/vHHH8D8Zl9A
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Assim, caso a ideia seja classificada como “Bola”, deve-se aprofundar o conceito 
para que haja maior confiabilidade na tomada de decisão e aplicação do Gate 2, 
que “consiste em avaliar de maneira qualitativa a ideia, de maneira a definir 
questões vinculadas a quatro aspectos básicos: mercado, tecnologia, fator 
humano e alinhamento com o negócio” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 
56). Após o Gate 2, passa-se para a fase da “Experimentação”, na qual deve-se: 
Defina a ideia a ser experimentada: nem todas as ideias e conceitos inovadores 
exigem experimentações. Quanto maior o nível de incerteza, maior a 
necessidade de ter esse feedback antes de implementar em larga escala. Assim, 
o primeiro passo é selecionar a ideia. 
 
Defina as incertezas: a inteligência numa estruturação de experimentação reside 
na adequada definição das incertezas. Depois de definidas as principais 
incertezas, é preciso selecionar quais podem ter maior impacto futuro e por isso 
devem ser testadas. 
 
Estruture o piloto e a amostra: ao invés de testar a nova ideia com todos os 
clientes, ou em todos os pontos de venda ou em todas as unidades da empresa, 
deve-se definir qual será a amplitude do experimento. Um piloto também precisa 
ter uma data para começar e uma data para terminar. Além disso, deve haver 
um roteiro definido para avaliar as incertezas selecionadas. 
 
Execute o piloto: depois de estruturado o projeto, precisa ser executado. 
Importante manter vivo o enfoque de aprendizado. Do contrário, rapidamente 
incorpora-se a mentalidade original de gestão de projetos ao invés de gerar 
nenhum tipo de aprendizado a ser utilizado. A execução do piloto deve ser feita 
mantendo as premissas e focando as incertezas selecionadas. Surgindo novas 
questões, a empresa pode avaliar se inclui no projeto em andamento ou se é 
necessária outra experiência (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p.60). 
Assim, no Gate 3, avalie resultados ao final do experimento para discernir quais 
alterações precisam ser “realizadas para ampliar as chances de êxito da 
inovação. É o momento de pegar cada uma das incertezas selecionadas para 
teste e avaliar os resultados e caminhos que o experimento sugere. Sanadas as 
incertezas, é hora de implementar” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 61). 
Dessa forma, “evidentemente, é do interesse da empresa que os projetos atinjam 
seus objetivos finais, ou seja, transformem-se realmente em inovações no 
mercado. Nessa etapa, o projeto de inovação é submetido ao teste de mercado 
para que seja validado (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 30). 
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O Business Case (Plano de Negócios) é uma análise da atratividade e viabilidade 
de um projeto, com informações que possibilitam a análise do retorno do 
investimento. Esse tipo de ferramenta é muito adequado para a gestão, captação 
de recursos e sustentação de “oportunidades conhecidas pela organização. Para 
utilizá-lo no contexto de projetos inovadores há a necessidade de adequar três 
dimensões fundamentais: mentalidade, timing e conteúdo” (SCHERER; 
CARLOMAGNO, 2016, p. 64). 
Por fim, tem-se o “Funil de inovação” que “trata das atividades que vão desde a 
geração das ideias até o lançamento em cinco fases distintas: descoberta, 
investigação preliminar, planejamento, desenvolvimento, testes, lançamento” 
(SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 65). 
VÍDEO 
O vídeo a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a 
compreensãoe resolução da nossa situação-problema. Assista atentamente ao 
vídeo proposto antes de fazer sua análise. 
Link: https://youtu.be/tPfBCyj7hQ0 
Conclusão 
Pudemos observar que a inovação deve ser inerente às organizações, uma vez 
que a competitividade vem aumentando e que ciclo dos produtos vem se 
reduzindo cada vez mais. Em um cenário em que ocorre um aumento da 
concorrência a nível mundial, a todo momento há mudanças de necessidades, 
gostos dos clientes e o emprego de novas tecnologias. Assim, é importante 
conhecer a diferença entre a criatividade e inovação, haja vista a criatividade 
pensar em coisas novas e a inovação abordar uma comercialização viável da 
ideia. Dessa forma, as organizações precisam inovar constantemente diante do 
cenário econômico atual em todo ambiente organizacional, a fim de possibilitar 
a manutenção da competitividade das empresas no mercado. 
 
 
 
https://youtu.be/tPfBCyj7hQ0
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Referências Bibliográficas 
BEZERRA, C. A máquina de inovação: mentes e organizações na luta por 
diferenciação. Porto Alegre, Editora Bookman, 2011. 
CARVALHO, M. A. Inovação em produtos: IDEATRIZ - Uma aplicação da Triz/ 
Inovação sistemática na ideação de produtos. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2017. 
FRANCESCONI, M; ORTEGA, L. M. Graus de inovação e maturidade de 
processo de negócio: suas relações através de uma proposta exploratória. 
In: ALTEC, 2015. Disponível em: 
<http://altec2015.nitec.co/altec/papers/734.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2019. 
GONÇALVES, F. L. P.; SUGAHARA, C. R. Inovação de produto, processo, 
organizacional e de marketing nas indústrias brasileiras. In: Anais do V 
Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, 2015. 
JUGEND, D.; SILVA, S. L. Inovação e desenvolvimento de produtos: práticas 
de gestão e casos brasileiros. Rio de Janeiro: LTC, 2013. 
ROCHA, L. C. Criatividade e inovação: como adaptar-se às mudanças. Rio de 
Janeiro: LTC, 2009. 
SCHERER, F. O.; CARLOMAGNO, M. S. Gestão da inovação na 
prática: como aplicar conceitos e ferramentas para alavancar a inovação. 2. ed. 
São Paulo: Atlas, 2016. 
 
http://altec2015.nitec.co/altec/papers/734.pdf

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