Buscar

Ferramentas Práticas para Inovação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

As empresas, cada vez mais, sentem-se desafiadas pelo aumento da competição, que
passou de local para mundial. A tecnologia reduziu as fronteiras, possibilitando a
realização de comércio e parcerias entre organizações presentes em diversos países.
Diante desse cenário, as empresas sentiram a necessidade de inovar de forma contínua,
a fim de manter a sua competitividade, uma vez que a inovação possibilita: ganhos de
produtividade, redução de custos, produtos diferenciados, entre outros.
Nesse contexto, Jugend e Silva (2013) destacam que a palavra inovação significa
introduzir novidades com caráter comercial e aplicado. Isso, porque os autores afirmam
também que as atividades de inovação derivam da exploração de mudanças e das
possibilidades de fazer as coisas de formas novas ou diferentes.
Refletir sobre o que é criatividade e a inovação;
Distinguir criatividade e a inovação;
Conhecer quais são os tipos de inovação;
Analisar como é o processo de inovação;
Avaliar quais as competências necessárias para o processo de inovação;
Avaliar ferramentas para a inovação;
Usar ferramentas inovadoras para sua área de formação.
RoteiroRoteiro 
 dede EstudosEstudos
https://unifacs.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/PR_TEC_FERPIN_19/roteiro/index.html#
Introdução
Cada vez mais o ciclo dos produtos vem se reduzindo, isto é, as empresas precisam
desenvolver um maior número de produtos em um período menor de tempo. São
produtos que, por vezes, ficam vulneráveis ao aumento da concorrência a nível
mundial, às mudanças de necessidades, aos gostos dos clientes e ao emprego de novas
tecnologias. Nesse contexto, você já parou para pensar na diferença entre a criatividade
e inovação? A criatividade é pensar em coisas novas e a inovação é a aplicação prática
da criatividade, isto é, tornar a ideia comercialmente viável. Entretanto, quem precisa
inovar? A resposta é: as organizações que, diante do cenário econômico atual, precisam
estar constantemente inovando. Inovando não somente em relação ao diferencial de
produtos ou serviços, mas em todo ambiente organizacional, tais como: RH, vendas,
marketing, produção, administração, entre outros. Portanto, a inovação é inerente à
manutenção da competitividade das organizações no mercado.
Inovação Versus Criatividade
De acordo com Scherer e Carlomagno (2016, p. 19), a inovação não é algo simplesmente
novo. É algo novo que traz resultados para a empresa. O mundo está cheio de
inventores que nunca obtiveram sucesso com suas ideias “brilhantes”. Assim, o autor
salienta que a inovação é a transformação de novas ideias em resultado.
Nesse sentido, a principal diferença entre criatividade e inovação é que a criatividade
significa conceber novas ideias. Ideias criativas, muitas vezes, subjetivas e de difícil
mensuração. Por sua vez, a inovação é totalmente mensurável, já que está voltada para
o trabalho necessário para viabilizar uma ideia. Ao identificar uma necessidade não
reconhecida e não atendida, uma organização pode usar a inovação para aplicar seus
recursos criativos, a fim de projetar uma solução apropriada e colher o retorno de seu
investimento, o que leva as organizações perseguirem frequentemente a criatividade,
entretanto, a geração de valor está na inovação. É isso o que elas realmente precisam
perseguir no sentido da produção de ação, isto é, colocar as ideias para funcionar.
De acordo com Carvalho (2017, p. 29), a geração da ideia de um novo produto pode ser
o resultado de uma intuição e acontecer a qualquer momento, seja como resultado de
um esforço intencional ou não. O caminho puramente intuitivo para a ideação depende
de insights, originados no subconsciente:
Os processos de criatividade exigem um pensamento não-convencional,
ideeias brutas e refinadas, experimentação, ambiguidade e incerteza,
pesquisa, intuição, surpresa, audácia, encontrar as coisas certas,
perguntar e explorar o desconhecido, aproveitar as oportunidades,
visualizar o futuro e estudar as opções para desenvolver inovações tanto
incrementais quanto as mais radicais. Por sua vez, os processos de
criação de valor utilizam pensamento convencional, engenharia e
manufatura, precisão, compensações, compra e venda de idéias, fazer
tudo certo, responder perguntas e verificar soluções, evitar riscos
desproporcionais e levar o produto ao mercado (ROCHA, 2009, p.35).
Nesse contexto, a diferença principal entre criatividade e inovação é que a criatividade
se refere a conceber uma nova ideia ou plano (imaginação), enquanto a inovação
implica em iniciar algo novo no mercado (produção), que não é apresentado antes.
Conforme Rocha (2009, p. 36) “a criatividade é entendida como inspiração e disciplina,
apoiada, orientada e possibilitada por metodologias e processos para que chegue a
uma ação que gera inovação”.
Assim, observe que na criatividade não há dinheiro e risco envolvido, haja vista isso
normalmente estar ligado à inovação, já que esta significa desenvolver as ideias recém-
criadas em algo útil e prático. Em muitos aspectos, a inovação é o processo de
conversão da teoria em ação.
Scherer e Carlomagno (2016, p. 19) destacam que “a criatividade é apenas uma parte da
inovação que passa pela definição de estratégias, avaliação de ideias, experimentação,
gestão de projetos e monitoramento de resultados”. Nesse sentido, os autores
reforçam que “a busca da competitividade futura passa pela recolocação da inovação
como estratégia de negócios. A compreensão do que é e o que não é inovação pode
auxiliar nesse desafio”.
VÍDEO
O vídeo a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a compreensão e
resolução da nossa situação-problema. Assista atentamente ao vídeo proposto antes de
fazer sua análise.
Tipos de Inovação
Para Gonçalves e Sugahara (2015, p. 2), “a inovação pode ser vista desde pequenas
modificações, quase imperceptíveis aos usuários até mudanças que irão alterar o modo
de vida da sociedade”.
Nesse aspecto, quando pensamos em inovação, logo vem em nossa mente a criação de
novos produtos. Jugend e Silva (2013) destacam que a inovação não está limitada
somente aos programas de desenvolvimento de novos produtos. Tradicionalmente, ela
pode ocorrer também por meio da introdução de novas formas de gestão nos
processos de produção e, também, via abertura de novos mercados. A seguir, Jugend e
Silva (2013) definem cada um desses tipos de inovação:
Inovação de produtos está relacionada à criação de novos produtos ou melhorias
nos já existentes. Por exemplo: o lançamento do telefone celular, do
armazenamento dos dados em nuvem, da câmera fotográfica no celular, entre
outros;
Inovação de processos está relacionada ao desenvolvimento de novos processos
ou à introdução de novidades nos processos de produção já existentes. Por
exemplo: a operacionalização de um novo layout (arranjo físico de produção), a
substituição de uma máquina velha por uma mais nova e rápida para produzir
com maior velocidade determinado produto, a adoção de realidade virtual para
simular e testar soluções no projeto de um novo produto;
Inovação de gestão está relacionada a novos métodos voltados para a gestão de
uma organização. Por exemplo: a introdução de práticas de qualidade, redução de
custos em uma empresa, a formação de equipes multifuncionais e a inserção da
estrutura organizacional de escritório de projetos;
A abertura de novos mercados ocorre quando a organização passa a atender a um
novo mercado. Por exemplo: um negócio especializado em eventos, casamentos e
festas de aniversário passa a utilizar o seu conhecimento e sua estrutura para
atender eventos corporativos. Uma organização que desenvolve portões
diferenciados para o mercado de luxo passa a direcionar sua linha de produtos
mais antiga para o mercado de baixo custo. Muitas vezes, cria-se uma nova marca
para isso, evitando, assim, associar a marca anteriormente usada a produtos de
baixo custo.
De acordo com Jugend e Silva (2013), esses tipos de inovação são complementares, uma
vez que são inerentes às atividades de inovaçãode produtos: o desenvolvimento, a
melhoria e a adaptação dos processos de produção, o que requer, por sua vez, a
introdução de novas formas de se organizar e gerir o trabalho.
Assim, não é necessário que a inovação se concentre na mudança de um produto ou
serviço. Por exemplo, caso você encontre um novo processo que possibilite criar um
produto com mais eficiência, sem comprometer a qualidade, você poderá se destacar
diante de seus concorrentes, reduzindo preços. De forma semelhante, se uma inovação
advir na forma de um novo sistema de distribuição, isso possibilita que a empresa se
destaque ofertando uma entrega mais rápida aos clientes.
De acordo com Gonçalves e Sugahara (2015, p. 3), “a inovação tecnológica é a criação de
um produto ou processo que sejam novos para um país ou para o mundo ou o
acréscimo de novas características a esses, sem a necessidade de criação de um novo”.
VÍDEO
O vídeo a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a compreensão e
resolução da nossa situação-problema. Assista atentamente ao vídeo proposto antes de
fazer sua análise.
Grau de Inovação
A inovação pode ser incremental ou radical. De acordo com Scherer (2016), a inovação
incremental é aquela que leva a ganhos significativos no resultado. Por exemplo, a
câmera fotográfica no celular é uma inovação incremental, na medida em que o celular
já existe. Nesse aspecto, a inovação incremental é impulsionada pelo aumento do
conhecimento e por competências tecnológicas, possibilitando, assim, a obtenção de
saltos de competitividade.
Por outro lado, Scherer (2016) salienta que as inovações radicais levam a grandes
transformações nos produtos ou serviços, por exemplo, a forma de armazenamento de
informação que, anteriormente, era em CD ou pen drive e, agora, passou a ser em
nuvem. Antes o telefone era fixo e, depois, desenvolveu-se o telefone celular. Isso,
porque transforma a forma que o produto é ofertado, criando categorias diferentes de
produtos ofertados até então.
Conforme Francesconi e Ortega (2015, p.3), a “inovação Radical: existe quando se aplica
um novo conceito. Uma novidade para a sociedade, um produto que pode ser
elaborado de forma diferente, composto por novos elementos e/ou entregue de
maneira distinta do convencional”.
VÍDEO
O vídeo a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a compreensão e
resolução da nossa situação problema. Assista atentamente ao vídeo proposto antes de
fazer sua análise.
 
Ferramentas Utilizadas no Processo Criativo e na
Aprimoração de Ideias
Quando se trabalha a gestão da inovação no ambiente organizacional, é importante
utilizar ferramentas para fomentar o processo criativo. Nesse aspecto, Scherer e
Carlomagno (2016) destacam que o Brainstorming, Scamper, Crowdsourcing e o Design
Thinking são ferramentas que possuem como objetivo gerar novas ideias.
Assim, para aplicação do Brainstorming, conhecido como “chuva de ideias”, seleciona-se
um grupo de pessoas, propõe-se um tema e, a partir deste, as pessoas possuem poucos
minutos para desenvolver ideias de forma livre. Já o Scamper é uma técnica que
emprega uma lista de ações sobre uma ideia base para gerar novas ideias. Por sua vez,
no Crowdsourcing solicitam-se ideias para um grupo indiscriminado de pessoas,
normalmente, fora da empresa. Por fim, o Design thinking é um conjunto de métodos e
processos para abordar problemas, seguido da geração e prototipação de ideias para
resolvê-los (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016).
Depois da ideia gerada, é importante aprimorá-las, para isso, você poderá utilizar-se das
ferramentas de cocriação: Lean Startup, Business Model Canvas, Discovery Driven
Planning e Inovação Aberta. Conforme Scherer e Carlomagno (2016, p.132):
•Cocriação: é uma forma de inovação que acontece quando
fornecedores, colaboradores e clientes colaboram com a empresa
recebendo em troca os benefícios de sua contribuição, sejam eles através
do acesso a produtos customizados ou da promoção de suas ideias.
 •Lean Startup: é um conjunto de processos usados para desenvolver
produtos e mercados que defende a criação de protótipos rápidos,
projetados para validar suposições de mercado, e usar feedback dos
clientes para melhoria das ideias.
•Business Model Canvas: é uma ferramenta que traduz a forma da
organização criar e capturar valor e permite desenvolver e esboçar
diferentes modelos de negócio novos ou existentes para as ideias
geradas.
•Discovery Driven Planning: é uma técnica de planejamento para lidar
com a incerteza de forma eficiente que organiza um roteiro de incertezas
a serem testadas e procede alocação gradativa dos recursos financeiros
de acordo com os milestones de aprendizado.
•Inovação Aberta: é um conceito no qual as organizações podem e
devem usar ideias internas e externas às suas, assim como caminhos
internos e externos para o mercado (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016,
p.132).
Nesse aspecto, existem diversas ferramentas de geração e consolidação de ideias,
entretanto, de acordo com Scherer e Carlomagno (2016), essas são as mais conhecidas
e testadas.
Gestão da
Inovação nas
Organizações
Conforme Scherer e
Carlomagno (2016), a
inovação não pode ser
dependente do acaso ou
fruto apenas de sorte. Por trás de uma boa ideia, comumente, há horas de esforços que
produzem insight até chegar à conexão final. Assim, os autores ressaltam que a
inovação não é uma atividade eventual, pois é um processo a ser gerenciado, desde a
sua ideia inicial até a sua implementação.
“A inovação está intimamente vinculada à estratégia corporativa e à estratégia de
inovação adotada pela empresa. A passagem de uma etapa para outra está
condicionada ao atendimento de critérios predefinidos pelo sistema de gestão da
inovação” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 53). Para Bezerra (2011), a sequência das
atividades em um processo de inovação não ocorre de forma linear. Trata-se de
processo em que o entendimento do problema acontece paralelamente à sua solução.
LIVRO
As leituras a seguir irão trazer orientação extra para ajudar
na resolução e entendimento da nossa situação-problema.
Leia atentamente os textos propostos antes de partir para a
sua análise!
SCHERER, F. O.; CARLOMAGNO, M. S. Gestãoda inovação
na prática: como aplicar conceitos e ferramentas para
alavancar a inovação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
Bezerra (2011) salienta que uma cultura organizacional orientada para uma adaptação
inovadora pode fazer uma organização atingir objetivos. Uma empresa inovadora age
com um controle central para monitorar, auto-organizar, adaptar e aprender a navegar
em complexidade.
Durante o processo de inovação, inicia-se com uma preocupação sobre a viabilidade
técnica das ideias, relegando-se a viabilidade econômica a um segundo plano. Assim,
conforme se avança ao longo das etapas, o número de iniciativas de inovação vai se
reduzindo, uma vez que os projetos com baixa viabilidade técnica são eliminados. Por
sua vez, “o volume de recursos alocados para a iniciativa vai aumentando e a viabilidade
econômica passa a ser preponderante” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 54). Nesse
contexto:
A primeira etapa do processo de inovação consiste na captação das
ideias advindas tanto do interior como do exterior da empresa. Como as
ideias são a matéria-prima para a inovação, deve-se estimular a
constante alimentação de novas ideias. A idealização está associada à
junção da criatividade com a informação e o conhecimento. Nessa
primeira etapa, a quantidade de ideias é mais importante do que a
qualidade, uma vez que a etapa seguinte irá permitir o aprimoramento
das mesmas e também a seleção das mais promissoras. Informações
coletadas externamente à empresa mais o conhecimento internalizado
combinados de forma criativa constituem, portanto, a fórmula para a
geração de novas ideias (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 54).
As fontes externas de ideias podem ser fornecedores, consumidores, institutos de
pesquisa e universidades, concorrentes, especialistas, páginas da web, publicações
especializadas, relatórios de tendências, feirase exposições etc.
A geração de ideias internas pode ser um processo espontâneo ou induzido. Por sua
vez, a indução de ideias é feita periodicamente por meio de técnicas específicas, que
podem e devem ser utilizadas para fomentar a criatividade, “como por exemplo:
sessões de brainstorming, análise de lista de atributos, engenharia reversa e a
construção de mapas mentais são exemplos de ferramentas para geração de ideias”
(SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 55).
Antes de as ideias avançarem na Cadeia de Valor da Inovação rumo à fase de
Conceituação, é necessária a avaliação das iniciativas propostas, separando-as
conforme o nível de complexidade e clareza. O modelo de estabelecer Gates possibilita
que a organização realize:
O encaminhamento necessário para que o processo de inovação ocorra
de maneira controlada, permitindo que os recursos financeiros e
humanos disponíveis para inovação sejam alocados no momento
adequado e de acordo com a estratégia de inovação da empresa
(SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 55).
VÍDEO
O vídeo a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a compreensão e
resolução da nossa situação problema. Assista atentamente ao vídeo proposto antes de
fazer sua análise.
Modelos de Avaliação de Oportunidades Inovação
Há diversos modelos de avaliação de oportunidades de inovação, entre eles, temos:
modelo de estabelecer Gates, Business Case e funil de inovação. O modelo de
estabelecer Gates possibilita que a empresa dê o encaminhamento necessário para o
processo de inovação de forma controlada e, nesse aspecto, é necessário avaliar
primeiramente se a ideia é:
Estrela: são aquelas ideias em que se consegue estabelecer de maneira
clara seus objetivos, utilização, vantagens e benefícios gerados e uma
perspectiva de investimentos e riscos associados a sua implementação.
Para esse tipo de ideia é desnecessário passar pela fase da conceituação,
devendo-se ir direto para a avaliação do Gate 2.
Osso: ideias que nitidamente são pouco valiosas, que estão fora das
temáticas e estratégia de inovação da empresa ou que notadamente se
mostram inviáveis para o momento atual da empresa, devem ser
descartadas e enviadas para um banco de ideias, podendo
eventualmente voltar a ser avaliada em outro momento.
Bola: ideias que necessitam ser ainda trabalhadas, que precisam de uma
maior reflexão em relação a qual será o seu benefício. Para isso, a ideia
deve ir para a fase da conceituação e seguir na Cadeia de Valor da
Inovação.
Maçã: as ideias desse tipo são aquelas que possuem bom potencial para
implementação de melhorias e com baixo nível de complexidade na sua
execução. São pequenos ajustes que podem e devem ser realizados sem
maiores preocupações e normalmente demandam poucos recursos. Esse
tipo de ideia é imediatamente colocado em prática e não necessita seguir
para as outras fases (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 56-57).
Assim, caso a ideia seja classificada como “Bola”, deve-se aprofundar o conceito para
que haja maior confiabilidade na tomada de decisão e aplicação do Gate 2, que
“consiste em avaliar de maneira qualitativa a ideia, de maneira a definir questões
vinculadas a quatro aspectos básicos: mercado, tecnologia, fator humano e
alinhamento com o negócio” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 56). Após o Gate 2,
passa-se para a fase da “Experimentação”, na qual deve-se:
Defina a ideia a ser experimentada: nem todas as ideias e conceitos
inovadores exigem experimentações. Quanto maior o nível de incerteza,
maior a necessidade de ter esse feedback antes de implementar em larga
escala. Assim, o primeiro passo é selecionar a ideia.
Defina as incertezas: a inteligência numa estruturação de
experimentação reside na adequada definição das incertezas. Depois de
definidas as principais incertezas, é preciso selecionar quais podem ter
maior impacto futuro e por isso devem ser testadas.
Estruture o piloto e a amostra: ao invés de testar a nova ideia com todos
os clientes, ou em todos os pontos de venda ou em todas as unidades da
empresa, deve-se definir qual será a amplitude do experimento. Um
piloto também precisa ter uma data para começar e uma data para
terminar. Além disso, deve haver um roteiro definido para avaliar as
incertezas selecionadas.
Execute o piloto: depois de estruturado o projeto, precisa ser executado.
Importante manter vivo o enfoque de aprendizado. Do contrário,
rapidamente incorpora-se a mentalidade original de gestão de projetos
ao invés de gerar nenhum tipo de aprendizado a ser utilizado. A
execução do piloto deve ser feita mantendo as premissas e focando as
incertezas selecionadas. Surgindo novas questões, a empresa pode
avaliar se inclui no projeto em andamento ou se é necessária outra
experiência (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p.60).
Assim, no Gate 3, avalie resultados ao final do experimento para discernir quais
alterações precisam ser “realizadas para ampliar as chances de êxito da inovação. É o
momento de pegar cada uma das incertezas selecionadas para teste e avaliar os
resultados e caminhos que o experimento sugere. Sanadas as incertezas, é hora de
implementar” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 61).
Dessa forma, “evidentemente, é do interesse da empresa que os projetos atinjam seus
objetivos finais, ou seja, transformem-se realmente em inovações no mercado. Nessa
etapa, o projeto de inovação é submetido ao teste de mercado para que seja validado
(SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 30).
O Business Case (Plano de Negócios) é uma análise da atratividade e viabilidade de um
projeto, com informações que possibilitam a análise do retorno do investimento. Esse
tipo de ferramenta é muito adequado para a gestão, captação de recursos e
sustentação de “oportunidades conhecidas pela organização. Para utilizá-lo no contexto
de projetos inovadores há a necessidade de adequar três dimensões fundamentais:
mentalidade, timing e conteúdo” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 64).
Por fim, tem-se o “Funil de inovação” que “trata das atividades que vão desde a geração
das ideias até o lançamento em cinco fases distintas: descoberta, investigação
preliminar, planejamento, desenvolvimento, testes, lançamento” (SCHERER;
CARLOMAGNO, 2016, p. 65).
VÍDEO
O vídeo a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a compreensão e
resolução da nossa situação-problema. Assista atentamente ao vídeo proposto antes de
fazer sua análise.
Conclusão
Pudemos observar que a inovação deve ser inerente às organizações, uma vez que a
competitividade vem aumentando e que ciclo dos produtos vem se reduzindo cada vez
mais. Em um cenário em que ocorre um aumento da concorrência a nível mundial, a
todo momento há mudanças de necessidades, gostos dos clientes e o emprego de
novas tecnologias. Assim, é importante conhecer a diferença entre a criatividade e
inovação, haja vista a criatividade pensar em coisas novas e a inovação abordar uma
comercialização viável da ideia. Dessa forma, as organizações precisam inovar
constantemente diante do cenário econômico atual em todo ambiente organizacional, a
fim de possibilitar a manutenção da competitividade das empresas no mercado.
Referências Bibliográficas
BEZERRA, C. A máquina de inovação: mentes e organizações na luta por diferenciação.
Porto Alegre, Editora Bookman, 2011.
CARVALHO, M. A. Inovação em produtos: IDEATRIZ - Uma aplicação da Triz/ Inovação
sistemática na ideação de produtos. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2017.
FRANCESCONI, M; ORTEGA, L. M. Graus de inovação e maturidade de processo de
negócio: suas relações através de uma proposta exploratória. In: ALTEC, 2015.
Disponível em: <http://altec2015.nitec.co/altec/papers/734.pdf>. Acesso em: 28 ago.
2019.
GONÇALVES, F. L. P.; SUGAHARA, C. R. Inovação de produto, processo, organizacional e
de marketing nas indústrias brasileiras. In: Anais do V Encontro de Iniciação em
Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, 2015.
JUGEND, D.; SILVA, S. L. Inovação e desenvolvimento de produtos: práticas de gestão
e casos brasileiros. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
ROCHA, L. C. Criatividade e inovação: comoadaptar-se às mudanças. Rio de Janeiro:
LTC, 2009.
SCHERER, F. O.; CARLOMAGNO, M. S. Gestão da inovação na prática: como aplicar
conceitos e ferramentas para alavancar a inovação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
http://altec2015.nitec.co/altec/papers/734.pdf

Continue navegando