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DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NOS TRÊS PRIMEIROS ANOS DE VIDA DA CRIANÇA

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FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO 
Curso de Bacharelado em Psicologia 
Autorizado pela Portaria nª 133 de 06 de maio de 2016. 
 
 
 
 
JHENIS VITÓRIA CASSIA DA SILVA 
MARIA EDUARDA PEREIRA DE OLIVEIRA 
MARIA VITÓRIA SOARES 
NAYANA FORTUNATO DOS SANTOS 
RAIANY GOULART TRINDADE 
RARYSSA HELLEM CARDOSO MARTINS 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NOS TRÊS PRIMEIROS ANOS DE VIDA DA 
CRIANÇA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONTE CARMELO 
2021 
 
FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO 
Curso de Bacharelado em Psicologia 
Autorizado pela Portaria nª 133 de 06 de maio de 2016. 
 
 
 
 
JHENIS VITÓRIA CASSIA DA SILVA 
MARIA EDUARDA PEREIRA DE OLIVEIRA 
MARIA VITÓRIA SOARES 
NAYANA FORTUNATO DOS SANTOS 
RAIANY GOULART TRINDADE 
RARYSSA HELLEM CARDOSO MARTINS 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NOS TRÊS PRIMEIROS ANOS DE VIDA DA 
CRIANÇA. 
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito para 
avaliação na disciplina Desenvolvimento I, 
do Curso de Bacharelado em Psicologia, da 
Fundação Carmelitana Mário Palmério. 
 
Profª. Josiane da Costa Mafra. 
 
 
 
 
 
 
MONTE CARMELO 
2021
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................03 
2 DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL..........................................................................03 
2.1 Emoções.............................................................................................................................03 
2.2 Temperamento...................................................................................................................04 
2.3 Primeiras Experiências: Bebê na família...........................................................................05 
2.3.1 Papel da Mãe..........................................................................................................05 
2.3.2 Papel do Pai....................................................................................................................06 
2.4 Confiança.................................................................................................................07 
2.5 Apego.......................................................................................................................08 
3.6 Identidade e Autonomia...........................................................................................08 
3.7 Maus Tratos..............................................................................................................09 
4. CONCLUSÃO............................................................................................................10 
REFERÊNCIAS..............................................................................................................11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Sabemos que a criança se desenvolve em vários contextos com características 
específicas, isto é, com regras, atitudes, valores e modos diferentes. Desde o primeiro dia em 
que vem ao mundo, o ser humano começa a ter consciência de que existe um mundo externo a 
si. É nesse mundo que aprende sobre si, a estar e a comunicar-se com os outros. 
Com o tempo é perceptível que a forma como as crianças sentem, pensam e agem tem 
por base suas características biologias e também são um reflexo do meio em que elas vivem. 
Neste sentido, a primeira infância é um período em que o desenvolvimento da personalidade 
se entrelaça com as relações sociais, dando início ao que pode ser intitulado desenvolvimento 
psicossocial (PAPALIA; FELDMAN, 2013, p.208). 
 
2 DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL 
 
2.1 Emoções 
As emoções começam a ser desenvolvidas a partir da primeira infância traçando 
também parte de sua personalidade. Os recém-nascidos demonstram sua insatisfação através 
de gritos, choros e sua agitação. Sendo assim os comportamentos para demonstrar sua 
satisfação são meras gargalhadas (PAPALIA; FELDMAN, 2013, p.208-209). 
A psicóloga Gabriella Demarque cedeu uma entrevista ao Portal R7, onde relatou que 
nos primeiros três meses da vida de uma criança são muito especiais, e esta fase também é 
conhecida como “o 4º trimestre da gestação”. E que geralmente os bebês se sentem 
aconchegados quando lhes é permitido sentir a sensações que eles tinham quando estavam no 
útero, como por exemplo, a alimentação frequente, pouca luminosidade e principalmente 
quando se coloca um ruído conhecido por (White Noise). 
Além disso, ressalta-se que as emoções são extremamente variadas e se desenvolve 
ainda mais com o crescimento da criança. Os estímulos são fundamentais para que eles 
aprendam a lidar com ela e para que não acarrete problemas futuros. 
No portal Luma Escola Individualizada, a colunista Amanda Rangel descreveu que 
quando se é trabalhado e estimulado as emoções das crianças elas se tornam adultos mais 
competentes e bem resolvidos. Pois sabe lidar com decepções satisfações e demais fatores que 
são consideradas geralmente como barreiras o dia a dia da vida adulta. 
 
 
4 
 
 
2.2 Temperamento 
O temperamento desempenha um importante papel nas relações do indivíduo com os 
diferentes contextos ambientais, o seu conceito foi estudado por vários autores ao longo dos 
anos, no entanto, não existe um consenso na definição do conceito de temperamento, estando 
este consenso ainda em evolução. 
Apesar das diferenças entre os teóricos quanto ao conceito do temperamento, existem, 
porém, pontos de concordância entre os mesmos. De um modo geral, o temperamento: (1) 
revela-se importante para a compreensão do desenvolvimento da personalidade; (2) surge da 
nossa herança biológica; (3) refere-se à caraterísticas do comportamento nos quais os 
indivíduos se diferem, e que se tornam evidentes desde o princípio da vida; (4) influencia e é 
influenciado pela experiência de cada indivíduo; (5) é relativamente estável 
comparativamente a outros fenómenos, sendo caraterizado por uma considerável consistência 
entre as situações; (6) refere-se a qualidades comportamentais da emoção, atenção e atividade, 
ou à intensidade, força, velocidade e mobilidade do comportamento. (BATES ET AL., 1994; 
GOLDSMITH et al.,1987; ROTHBART, 2007; ROTHBART et al., 2000; STRELAU, 1987; 
STRELAU 2002 apud MESQUITA, 2014). 
Além de se compreender algumas das definições de temperamento, destaca-se também 
importância de se estudar os padrões de temperamento, neste campo de estudo, uma primeira 
abordagem adveio de um trabalho pioneiro realizado por Thomas e Chess denominado Estudo 
Longitudinal de Nova Iorque, onde, foram acompanhados 113 bebês até a fase adulta. Para 
esse estudo também foi desenvolvido um sistema com nove categorias principais para 
classificar o temperamento, sendo elas: nível de atividade das crianças; grau de regularidade 
de seus hábitos de alimentação, sono e evacuação; disposição de aceitar pessoas e situações 
novas; como se adaptavam a mudanças na rotina; a sensibilidade a estímulos sensoriais; qual 
a intensidade de suas respostas; qualidade de humor; se eram persistentes; e se distraiam com 
facilidade (THOMAS; CHESS; BIRCH, 1968 apud PAPALIA; FELDMAN, 2013, p.213). 
Os pesquisadores envolvidos no Estudo Longitudinal de Nova York conseguiram 
incluir 65% das crianças em um dos padrões: criança “fácil”, criança “difícil” ou crianças de 
“aquecimento lento” e 35% não se encaixaram em nenhum dos padrões. Para um melhor 
entendimento a Figura 1 descreve de forma mais detalhada cada uma desses padrões: 
 
 
 
 
5 
 
 
Figura 1 – Três padrões de temperamento segundo o Estudo Longitudinal de Nova York. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (Thomas; Chess, 1984 apud Papalia; Feldman, 2013, p.213). 
 
A partir de todas estas informações referentes aos padrões de temperamento, tem-se 
conhecimento de que em algumas situações tornam-se necessáriasadaptar o temperamento da 
criança com todas as restrições presentes no meio em que ela vive. E os cuidadores que 
entenderem que a criança age de certa maneira, não por birra, preguiça ou desrespeito, mas 
sim por uma questão de temperamento fará bem a si mesmo se poupando de frustrações e 
ansiedades, e também, fará bem a criança pelo simples motivo de compreendê-la e auxilia-la a 
se adaptar as situações sem nenhum tipo de tensão ou traumas (PAPALIA; FELDMAN, 2013, 
p.215). 
 
2.3 Primeiras Experiências: Bebê na família 
As primeiras experiências do bebê ocorrem dentro do seu núcleo familiar, mas 
especificadamente os pais. Com base em alguns estudos científicos, neste tópico serão 
abordados a relevância dos pais e da mãe para o desenvolvimento psicossocial da criança na 
primeira infância. 
 
2.3.1 Papel da Mãe 
Inicialmente para Sptiz (1998) citado por Silva e Porto (2016, p.76) a mãe configura o 
ambiente, juntamente com pai e irmãos, exercendo influência emocional sobre o bebê; e este 
6 
 
 
ambiente será o protótipo de como a criança e o adulto perceberão o mundo em suas vivências 
futuras. 
Soifer (1992) citado por Silva e Porto (2016, p.76) acrescenta que, para o bebê, a 
experiência da alimentação, do carinho, do olhar, da vocalização da mãe gera sentimentos de 
gratificação, o que lhe assegura e tranquiliza. A capacidade da mãe em perceber e traduzir as 
necessidades do filho proporcionará a condição de aplacar seus medos, reafirmando para o 
bebê a confiança no mundo (interno e externo) como um lugar bom para o seu 
desenvolvimento. 
Além disso, pode-se especificar que os bebês possuem três tarefas básicas em seu 
desenvolvimento inicial: (a) integração: que se refere a localização do “eu” no tempo e no 
espaço; (b) personalização: que é a acomodação gradual do “eu” no corpo e; (c) realização: 
que consiste no inicio das relações com os objetos, a qual levará o bebê a criação e ao 
reconhecimento da existência independente de objetos e do mundo externo ( WINNICOTT, 
1983, 2008 apud BECKER, 214, p.9). 
Para a execução de tais tarefas, é essencial a ajuda da mãe e seus cuidados, dentre 
destes cuidados destacam-se: (a) holding: que diz respeito a segurar, sustentar, firmar e 
proteger o bebê. (b) handling: que consiste na realização de atividades que envolvem o 
desenvolvimento do tônus muscular e da coordenação motora, como por exemplo, colocar o 
bebê em pé, fazer cócegas, todas essas brincadeiras e interações da mãe com filho permite 
com que ele conheça o funcionamento do próprio corpo e; (c) object-presenting: refere-se as 
interações que envolvem apresentar o mundo ao bebê como por exemplo nomear objetos e 
apresentar estímulos visuais ( WINNICOTT, 2001 apud BECKER, 214, p.9). 
Por fim, entende-se que a alimentação não é a única coisa, que os bebês precisam 
receber de suas mães, eles possuem necessidades que precisam satisfeitas para que haja um 
desenvolvimento saudável. E uma dessas necessidades é ter uma mãe que o corresponda de 
forma atenciosa e afetuosa (PAPALIA; FELDMAN, 2013, p.217). 
 
2.3.2 Papel do Pai 
A princípio, apesar de a mãe ser principal figura de apego, o pai merece atenção 
especial, não como uma substituição da relação de apego que existe entre mãe e filho, mas 
como de principal importância para o desenvolvimento da criança. 
Neste contexto do comportamento paterno e o desenvolvimento infantil, destaca-se 
que o pai é mais do que um simples coadjuvante na família, visto que, ambos os pais estão 
inseridos em duas dimensões importantes de cuidados parentais, uma emocional e a outra de 
7 
 
 
controle, sendo que cada um (pai e mãe) atua do seu modo. De forma geral, em geral, as mães 
apresentam-se como as mais compreensivas e afetuosas, enquanto que os pais obtêm com 
maior facilidade a obediência das crianças por meio de sua autoridade persuasiva, exercendo 
assim, o controle. A mãe geralmente é a pessoa que acalma as crianças enquanto estão aflitas 
já o pai tende ser aquela pessoa que coloca a criança em situações nas quais ela é obrigada a 
confrontar o ambiente a sua volta, e que ao mesmo tempo fornece proteção e impõe limites 
(PAQUETE, 2004 apud MANFROI; MACARINI; VIEIRA, 2004). 
Em outros estudos que abordam o comportamento materno, verifica-se que geralmente 
há uma influência positiva, ou seja, quanto mais envolvido o pai estiver com seus filhos, 
melhor o repertório adequado de habilidades sociais apresentados pelas crianças, bem como 
menor o índice de hiperatividade e de problemas externos. (CIA; BARHAM, 2006 apud 
BUENO; VIEIRA 2014, p.152). 
Conclui-se então que apesar das mudanças em nossa sociedade a interação entre pai e 
mãe no ambiente familiar é distinta e os esforços deles teriam que ser no sentido de dividir 
responsabilidades em relação aos cuidados dos filhos. 
 
2.4 Confiança 
A respeito da confiança / desconfiança, os bebês humanos dependem dos outros para 
obter alimento, proteção e para a sobrevivência por um período muito mais longo do que 
qualquer outro mamífero. Como eles passam a ter a confiança de que suas necessidades serão 
satisfeitas? As primeiras experiências são fundamentais (EIKSON, 1950 apud PAPALIA; 
FELDMAN, 2013, p.219). 
Esse estágio começa no início da primeira infância e continua até por volta dos 18 
meses. Nesses primeiros meses, o bebê desenvolve o senso de confiança nas pessoas e nos 
objetos de seu mundo. Ele precisa desenvolver um equilíbrio entre confiança (que lhe permite 
formar relacionamentos íntimos) e desconfiança (que lhe permite proteger-se). Se predominar 
a confiança, como deveria, a criança desenvolve a “virtude” da esperança: a crença de que 
poderá satisfazer suas necessidades e desejos. O elemento crítico no desenvolvimento da 
confiança é uma educação sensível, responsiva e coerente. Erikson via a situação da 
alimentação como o cenário onde é estabelecida a verdadeira combinação de confiança e 
desconfiança. O bebê poderá contar com o fato de que será alimentado quando tiver fome e 
poderá ele, portanto, confiar na mãe como representante do mundo? A confiança permite ao 
bebê prescindir da presença visual da mãe “porque ela se tornou uma certeza interna e uma 
previsibilidade externa”. Desconfiança é quando a mãe não responde suas necessidades à 
8 
 
 
criança pode desenvolver medos, receios e sentimentos de desconfiança (EIKSON, 1950,1982 
apud PAPALIA; FELDMAN, 2013, p.220). 
 
2.5 Apego 
De acordo com um texto publicado pela Revista Online Educação, o psicanalista e 
psiquiatra inglês J. Bowlby (1907-1990) foi o criador da teoria do apego, em que sugere que a 
criança vem ao mundo biologicamente pré-programados para formar vínculos com os demais, 
já que isso as ajudará a sobreviver, e que os bebes mantém contato com os adultos que são 
sensíveis e responsáveis nas interações sociais e são cuidadores consistentes por cerca de seis 
meses a dois anos de idade. A resposta dos pais leva ao desenvolvimento de padrões do apego 
que por sua vez levam a “padrões internos de trabalho" que guiarão os sentimentos, 
pensamentos e expectativas do indivíduo em relacionamentos futuros. 
Ainda segundo o texto publicado pela Revista online Educação, crianças têm uma 
necessidade de se unir há uma figura de apego (geralmente relacionada à mãe), ela tende a se 
comportar de maneira provocante para ter um contato ou proximidade com o cuidador, o 
choro e o sorriso são exemplos de comportamentos de sinalização. Os bebês se baseiam na 
interação que tem com a mãe, criando assim modelo de trabalho. Mas para isso o 
comportamento da mãe precisa ser o mesmo, caso ao contrário o bebê pode mudar esse 
modelo de trabalho e o apego poderá ser alterado. 
Dalbem e Agilo (2005) citam que Ainsworth (1978) desenvolveu um sistema de 
avaliação do relacionamento mãe-bebê, a partir de observações naturalísticas desse tipo de 
interação, chegando à identificação de dois grandes grupos de estilo deapego: os seguros e os 
inseguros. Enquanto as crianças seguras se mostravam confiantes na exploração do ambiente 
e usavam seus cuidadores como uma base segura de exploração, as crianças categorizadas 
como inseguras tinham em comum baixa exploração do ambiente e pouca ou intensa interação 
com suas mães. 
 
3.6 Identidade e Autonomia 
Autoconceito refere-se ao modo como nos vemos e o que sabemos e sentimos nós 
mesmos. A criança insere a sua autoimagem o quadro que os outros refletem de volta para ela 
(HARTER, 1996 apud PAPALIA; FELDMAN, 2013, p.227). 
O autoconhecimento surge a partir de um conjunto de experiências supostamente 
isoladas como, por exemplo, a experiência existente entre uma sessão de amamentação e 
outra, onde o bebê começa a extrair padrões regulares que formam os primeiros conceitos 
9 
 
 
sobre si mesmo. Os cuidados e as repostas que as crianças dão a eles exercem um papel 
essencial no desenvolvimento do conceito de identidade. (HARTER, 1998 apud PAPALIA; 
FELDMAN, 2013, p.227). 
Com o tempo a criança, amadurece e se desenvolve tanto fisicamente como também 
mentalmente e emocionalmente. E a consequência desse amadurecimento e desenvolvimento 
e que as crianças se tornam mais independentes, ou seja, autônomas. E começam um processo 
de fazer as coisas sozinhas, sem a ajuda dos adultos. O treinamento de controle das 
necessidades fisiológicas é um dos passos importantes para autonomia e autocontrole; o 
mesmo acontece com a linguagem (PAPALIA; FELDMAN, 2013, p.228). 
 
3.7 Maus Tratos 
A definição de maus-tratos como sendo o ato de permitir ou colocar a vítima em 
situação na qual ela corre risco. Eles abordam o tema trazendo quatro tipos de maus-tratos, 
sendo eles o abuso físico, a negligência, o abuso sexual e os maus-tratos. Dados estatísticos 
por eles mencionados mostram que sessenta por cento das crianças que sofrem maus-tratos, se 
ocorre por negligência, o que é um dado assustador, pois os responsáveis que deveria amar e 
cuidar nesses casos faz-se ao contrário (PAPALIA; FELDMAN, 2013, p.237). 
 Segundo a revista veja diariamente duzentas e trinta e três crianças e adolescentes são 
agredidas no Brasil por dia e que na maioria dos casos a agressão ocorre em meninas. Outro 
dado que chama bastante atenção é que a maior parte das situações ocorre em ambiente 
familiar ou da convivência das vítimas. 
Duas situações as quais também são consideradas maus-tratos e negligenciais, são: o 
déficit de crescimento não orgânico, onde, o crescimento físico é mais lento ou retardado, não 
possui uma causa clinica conhecida, e, além disso, é acompanhado por um desenvolvimento 
precário e problemas emocionais. A outra situação é a síndrome do bebê sacudido, onde ao se 
sacudir a criança ou o bebê pode sofrer danos cerebrais, paralisia ou morte (PAPALIA; 
FELDMAN, 2013, p.238). 
Outros estudos apontam que em regiões nas quais a situação financeira é de baixa 
renda, há um número crescente de criminalidade e a falta de centros de assistência interfere de 
forma negativa, favorecendo o aumento crescente e continuo dos casos. A violência social e a 
punição física dos filhos são fatores culturais associados diretamente à agressão. Por muitas 
das vezes acredita-se que essa é uma realidade rara e distante de nós, entretanto recentemente, 
houve uma situação onde uma criança de onze anos, era mantida presa e acorrentada dentro 
de um barril no interior de São Paulo. Deste fato verídico pode-se constatar que havia uma 
10 
 
 
intervenção do conselho tutelar, no entanto falha. A família era de baixa renda, no entanto, se 
a intervenção realizada ocorresse de maneira frequente, de forma eficaz e significativa essa 
situação não poderia ter sido evitada. 
São muitas e diversas as causas e consequências dos maus-tratos, no entanto, cabe a 
todo cidadão denunciar e é dever do estado promover ações para evitar que isso ocorra. Como 
citado no texto, o abuso e a negligência refletem a interação de diversos fatores, estes fatores 
envolvem a família, a comunidade e a sociedade. 
 
4 CONCLUSÃO 
Neste trabalho atentou-se abordar o tema de forma simples e clara, não deixando de 
mencionar subtemas importantes. Contudo concluímos que o trabalho contribuiu de forma 
significativa para nós enquanto seres humanos e enquanto alunos do curso de psicologia, 
pois entender o desenvolvimento das crianças é entender também como isso nos 
influenciará futuramente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
REFERÊNCIAS 
As Emoções Do Bebê Nos Primeiros Seis Meses. Disponível 
Em: https://bebemamae.com/bebe/desenvolvimento-do-bebe/as-emocoes-do-bebe-nos-
primeiros-seis-meses. Acesso Em: 26 Mar. 2021. 
Becker, Scheila Machado Da Silveira . Imapacto Da Interação Mãe-Criança E Da 
Experiência De Creche Para O Desemvolvimento Infantil Nos Dois Primeiros Anos De 
Vida Da Criança. Porto Alegre, 2014. Tese (Psicologia) - Universidade Federal Do Rio 
Grande Sul. 
Brasil Registra Diariamente 233 Agressões A Crianças E Adolescentes Leia Mais Em: 
Https://veja.abril.com.br/brasil/brasil-registra-diariamente-233-agressoes-a-criancas-e-
adolescentes/. Veja Abril. 2019. Disponível 
BUENO, Rovana Kinas ; VIEIRA, Mauro Luís . Análise De Estudos Brasileiros Sobre O 
Pai E O Desenvolvimento Infantil . CURITUBA, 2014. 152 P. 
 DALBEM, Juliana Xavier ; AGLIO, Débora Dalbosco Dell'. Teoria Do Apego: Bases 
Conceituais E Desenvolvimento Dos Modelos Internos De Funcionamento. Periódicos 
Electrónicos Em Psicologia. Rio De Janeiro, 2005. 
John Bowlby E A Importância Do Apego No Processo De Desenvolvimento Da 
Criança. Resvista Educação. 2017. Disponível 
Em: Https://revistaeducacao.com.br/2017/12/15/john-bowlby-e-importancia-do-apego-no-
processo-de-desenvolvimento-da-crianca/. Acesso Em: 27 Mar. 2021. 
Luma Escola Individualizada. Home Comportamento Infantil Como Trabalhar As 
Emoções Com As Crianças? Entenda!. Disponível 
Em: Https://blog.lumaescola.com.br/trabalhar-emocoes-com-criancas/. Acesso Em: 29 Mar. 
2021. 
Manfroi , Edi Cristina ; Macarin, Samira Mafioletti ; Vieira, Mauro Luis. Comportamento 
Parental E O Papel Do Pai No Desenvolvimento Infantil. Florianópolis, 2004. 
Mesquita , Angélica Gomes De. Desenvolvimento Da Versão Portuguesa Do Questionário 
De Temperamento Do Adulto: Relações Com A Personalidade, A Psicopatologia, A 
Religiosidade E A Espiritualidade. 2014. Dissertação (Psicologia) - Universidade De 
Lisboa . 
papalia, diane e.; feldman, ruth duskin . desemvolvimento humano. 12. ed. porto 
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