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resenha critica relaçao familiar corrigido

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Goiânia, 02 de junho de 2020.
INSTITUTO UNIFICADO DE ENSINO SUPERIOR OBJETIVO-UNIESO
Curso: Psicologia
Prof.: Thais Maris Sales
Disciplina: Psicologia do Desenvolvimento: Ciclo Vital
Turma: PS1P29
Aluno: Gracielle Regina da Silva Oliveira Leonel
ATIVIDADES:
Leitura do Artigo “THOMAZ, A. C.P. et al. Relações afetivas entre mães e recém-
nascidos a termo e pré-termo: variáveis sociais e perinatais. In: Estud. Psicol.
(Natal).  Natal, v. 10, n. 1, 2005.  Disponível em: http://www.scielo.br/scielo “.
- Fazer uma revisão bibliográfica com o tema: Relação familiar 0-3 anos. Após a
revisão realizar uma resenha crítica relacionando com os textos discutidos.
RESENHA CRÍTICA:
Sabemos que a formação do vínculo familiar saudável, principalmente da mãe com o bebê, não é automático. Assim como qualquer relacionamento, essa conexão acontece gradativamente, e portanto, precisa de tempo, compreensão e obviamente, muito amor. Naturalmente a intensidade desse vínculo será determinado de acordo com inúmeros fatores internos e externos, sendo eles culturais, emocionais e sociais. 
A ligação afetiva é o vínculo que uma pessoa ou animal forma com outro indivíduo específico, sendo a formação das primeiras relações entre mãe e bebê os protótipos de todas as relações sociais futuras (Biaggio, 1996). Segundo Bowlby (1997), a teoria da ligação afetiva é designada como um modo de conceituar a propensão dos seres humanos a estabelecerem fortes vínculos afetivos com alguns outros, e de explicar as múltiplas formas de consternação emocional e perturbação da personalidade, incluindo ansiedade, raiva, depressão e desligamento emocional, a que a separação e perda involuntária dão origem. De acordo com ele, o apego é conceituado como um vínculo do bebê para com sua mãe. Porém, o termo pode ser empregado de uma forma mais ampla, constituindo um vínculo nas duas direções, bebê-mãe e mãe-bebê (Klaus 1993).
É na primeira infância que os principais vínculos são construídos, assim como os cuidados e estímulos necessários para o desenvolvimento da criança, sendo a família a responsável por fornecer essas condições. Para o autor Mussen, (2001), na perspectiva biológica do desenvolvimento, há um padrão de comportamento da criança, independentemente de seu país, onde basicamente, alguns comportamentos são observados numa mesma faixa etária, sendo então fatores biológicos inatos. 
Do ponto de vista do desenvolvimento global da criança, as relações afetivas entre mãe e bebê, possuem grande destaque nas pesquisas realizadas por vários autores que se dedicam ao estudo do binômio mãe-bebê. O afeto é essencial na infância. Sua importância é maior nessa idade que nos períodos posteriores. A atitude emocional da mãe e seu afeto orientam o bebê, conferindo qualidade de vida à sua experiência, já que o seu aparelho perceptivo e discriminação sensorial não estão maduros (Spitz, 1996).
A formação do vínculo de acordo com Borsa (2006) é uma espécie de investimento emocional dos pais para com seu filho, um processo que aumenta de acordo com a frequência de experiências significativas, prazerosas e simultaneamente outro vínculo é construído, o apego, que é desenvolvido nas crianças em relação aos pais ou qualquer outra pessoa que também cuidam delas.
 É através dessa relação emocional que os bebês podem desenvolver um sentido do que eles são, e a partir daí do que a criança pode evoluir e tornar-se capaz de se aventurar no mundo. Borsa (2006), afirma que as crianças que não desenvolveram esse apego seguro com suas mães podem tornar-se emocionalmente afastadas, hostis ou antissociais, segundo o autor, crianças que desenvolvem um apego seguro com suas mães estão propensas a serem futuramente cooperativos autoconfiantes e sociáveis. Conforme as crianças vão crescendo, o apego, que foi construído com a mãe se tornará próprio da criança e mais tarde ela poderá usar esse apego ou algo a que esteja ligada nas futuras relações ao longo da vida (Bowlby, 1989).
É na primeira infância onde os laços são estabelecidos com os pais (ou pais substitutos), a fim de alcançar proteção, conforto e suporte. Esses laços persistem para uma adolescência saudável seguindo à vida adulta, favorecendo outros laços, sendo mais comum os de origem heterossexual. É primordial que os pais passem para seus filhos uma base sólida, dando suporte à criança e ao adolescente explorar o mundo sabendo que estão amparados física e emocionalmente, clarificando que em situações de sofrimento, ameaça, insegurança, serão protegidos, encorajados.
Os primeiros anos de vida da criança são mais influenciados pelo modelo da relação vincular com a mãe, pois é sabido que em todas as culturas conhecidas, a maioria dos bebês e crianças tem uma ligação muito maior com a mãe do que com o pai. Quando o bebê é bem cuidado, constrói-se rapidamente como indivíduo, em contrapartida, o bebê que não tem o ego apoiado de maneira abrangente pode apresentar um comportamento marcado por inquietude, estranhamento, apatia, inibição e complacência.
Para Bowlby(1989) no início, a única forma de comunicação entre criança e a mãe é a expressão emocional e o comportamento proveniente desse sentimento. Para ele, a comunicação é feita pela emoção contínua, sendo traço principal das relações internas que se permeia por toda a vida. Tanto um bebê como uma criança que já esteja engatinhando exige cuidados intensos e constantes. Essa demanda de atenção desprendida pela mãe permanece por toda a vida. Com isso a mãe subvaloriza seus interesses e atividades visando dar mais atenção a esta criança. Ao final do primeiro ano de vida o comportamento começa a se organizar. O comportamento é provocado sempre que certas situações surgem, citando como exemplo o comportamento de apego de uma criança, que é desencadeado pela dor, fadiga ou qualquer outra coisa que provoque medo, como também com a percepção de que a mãe encontra-se longe de seu campo de visão. É nos primeiros meses de vida que a criança revela muitas das respostas que posteriormente se converterão em padrão de apego, porém esse comportamento organizado não se desenvolverá até a segunda metade do primeiro ano de vida. (Bowlby, 1989)
Outro autor que contribui com estudos sobre o vínculo mãe-filho é Spitz, que em sua obra de 1963, citado por ele mesmo em sua obra editada em 2004, enfatiza, sem dúvida, que o fator mais importante que torna a criança capaz de construir gradativamente uma imagem coerente de seu mundo provém da reciprocidade entre mãe e filho. O bebê recebe toda informação do mundo através de estímulos emitidos pela mãe, portanto, constrói o seu mundo diante desta reciprocidade. Uma ferramenta de extrema importância nesse processo é o diálogo mãe-filho originado das relações objetais. 
Sobre isso, é explicado um processo circular, onde a personalidade do bebê pode-se influenciar pelo afeto e vínculo da mãe, e por sua vez, a mãe influencia-o de acordo com suas atitudes para com ele. Spitz (2004) enfatiza que a criança não sofre Influência emocional apenas da mãe, mas sim de todo ambiente que a cerca, entretanto, para a psicologia a relação mãe-filho é o fator psicológico mais sensível à uma intervenção terapêutica. Então, para o bebê a mãe é a representante do ambiente.
Dentro deste contexto é de extrema relevância os sentimentos da mãe em relação a ter um filho, o “seu” filho. Spitz (2004) enfatiza que a mais simples ação da mãe, como sua presença, mesmo que indiretamente, é estímulo para o bebê. O bebê observa a mãe, em seus detalhes, respondendo a este estímulo. No primeiro ano de vida as intenções e experiências tidas pelas crianças podem ser decisivas no processo de desenvolvimento de alguns setores da personalidade do bebê. Dessa forma a atitude emocional da mãe, seus afetos, servirá para conduzir os afetos do bebê e proporcionar qualidade de vida à experiência do mesmo. Nenhuma mãe é igual à outra, existem muitas variações de mãe para mãe. O fato de o bebê ser precoce ou não, fácil ou difícil, submisso ou rebelde, fará toda a diferença dependendo da personalidadeda mãe. Então, essa divisão é bem distinta, onde a mãe pode reprimir algum sentimento que venha estimular algum comportamento no bebê, no qual julga inadequado, como também pode vir reprimir alguma facilitação que desaprova utilizando o seu ideal de ego, isto contribui para a criança estruturar seus mecanismos de defesas utilizados por toda vida. 
Sabe-se que a influência da mãe na vida do filho é de grande importância. Criança com um lar acolhedor, que consegue transmitir segurança faz com que este indivíduo possa ser tornar mais adaptativo e assertivo frente às situações desafiadoras do cotidiano. Contudo, observaram-se crianças com comportamentos inapropriados advindos de lares desprovidos de afetividade, atenção, limites e principalmente carência da presença materna tem uma propensão ao uso de drogas e outros delitos. Diante de algumas circunstâncias, esta figura materna é substituída, não sendo necessário obter a mãe biológica, mas sim, um ente próximo a exercer esse papel, ou seja, mãe adotiva, avó, tia, entre outros. 
Diante desta pesquisa, pode-se constatar que o vínculo mãe-bebê é realmente de suma importância para que a criança possa ter um desenvolvimento saudável. Em contrapartida observou-se que crianças privadas do vínculo familiar (por exemplo, crianças institucionalizadas) que obtiveram superação desta privação, conseguiram chegar à fase adulta nas mesmas condições que as crianças que construíram um bom vínculo. Ressalva-se que, embora esta tenha o foco sobre o vínculo mãe-bebê, é interessante frisar que não apenas a figura materna, mas sim todo cuidador estabeleça um relacionamento sólido e seguro com a criança.
Referências Bibliográficas:
BORSA, Juliane. C. Considerações acerca da relação Mãe-Bebê da Gestação ao Puerpério. – Porto Alegre, 2006. Disponível em < http://www.contemporaneo.org.br/artigos/artigo89.pdf >Acesso em 01 de junho de 2020.
BOWLBY, John. Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego/John Bowlby. – Porto Alegre: Artes Médicas, 202p. 1989.
CAVICCHIA, Durlei de C. O desenvolvimento da crianças nos primeiros anos. Rev. Univesp, Araraquara, jan. 2001. Disponível em
<http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/224/1/01d11t01.pdf >. Acesso em 01 de junho de 2020.
CUNHA, Natália; RODRIGUES, Marisa C. O desenvolvimento de competências psicossociais como fator de proteção ao desenvolvimento infantil. Rev. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, Londrina, v. 1, n. 2, p. 235-248, dez. 2010.
MUSSEN, Paul H.; CONGER, John J.; KAGAN, Jerom.; HUSTON, Aletha C.
Desenvolvimento e personalidade da criança. [s.n]. São Paulo: HAMBRA, 2001.
PAPALIA, Diane E.; OLDS Sally W.; FELDMAN, Ruth D. O Desenvolvimento Humano. Trad. Daniel Bueno – 10. Edição. – Porto Alegre: Artmed, 2008.
PAPALIA, Diane E.; OLDS Sally W.; FELDMAN, Ruth D. O Desenvolvimento Humano. Trad. Daniel Bueno – 8. Edição. – Porto Alegre: Artmed, 2006.
SPITZ, René A.; O primeiro ano de vida. 3ª Ed. Trad. Erothildes Millan Barros da Rocha. São Paulo, Martins Fontes, 2004.

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