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Apostila - Legislação Especial

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
LEI Nº 12.037/2009 E SUAS 
ALTERAÇÕES
A Lei 12.037/2009 dispõe sobre a identificação cri-
minal do civilmente identificado, regulamentando o 
art. 5º, inciso LVIII, da Constituição Federal.
Ao analisarmos o texto constitucional, consegui-
mos extrair, de acordo com os regulamentos, princí-
pios e base da Constituição federal, que o civilmente 
identificado não será submetido a identificação crimi-
nal, salvo nas hipóteses previstas em lei. 
Portanto, diante da disposição constitucional, 
criou-se a Lei 12.037/2009, para regulamentar as 
hipóteses.
É importante ressaltar que artigo 1º da Lei 12.037/2009 
o civilmente identificado não será submetido a identifica-
ção criminal, salvo nos casos previstos nesta Lei.
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL X INDICIAMENTO
Torna-se de suma importância a diferenciação de 
identificação criminal com o indiciamento, para faci-
litar a compreensão, apresentarei os dois conceitos, e 
montaremos um mapa metal.
Vamos iniciar com a identificação criminal, que 
exibe como conceito o entendimento de Guilherme 
Souza Nucci - Código Penal, apresentando o significa-
do de determinar a identidade de algo ou alguém. No 
âmbito jurídico, quer dizer apontar a individualidade 
e exclusividade de uma pessoa humana, não havendo 
espaço para a duplicidade. A identificação pode ser 
feita para fins civis e criminais.
Já o indiciamento, constitui um procedimento mais 
amplo, privativo da área criminal. Trata-se do instru-
mento oficial, ao dispor do Estado - investigação, para 
apontar o autor de determinada infração penal.
Um exemplo de indiciamento é o realizado pelo 
delegado de polícia, previsto na Lei 12.830/2013, em 
especial no artigo 2º, §6º. 
 z Identificação Criminal: É apontar a individuali-
dade e exclusividade de uma pessoa humana, não 
havendo espaço para a duplicidade. A identifica-
ção pode ser feita para fins civis e criminais.
 z Indiciamento: É um instrumento oficial, ao dispor 
do Estado - investigação, para apontar o autor de 
determinada infração penal
QUALIFICAÇÃO 
Qualificação é um tópico bem pequeno, mas essen-
cial, pois trata da colheita dos dados pessoais do 
indiciado ou do réu, envolvendo dados da sua vida 
privada e profissional.
Nota-se que esse tópico não se encontra previsto 
na Lei, apresentando elementos doutrinários e juris-
prudenciais essenciais para sua prova.
DIREITO DE DEFESA, SILÊNCIO E PROTEÇÃO 
CONTRA A AUTOINCRIMINAÇÃO
Tópico muito importante, que abarca a garantia à 
não autoincriminação, sendo como um meio de defe-
sa do indivíduo em face do Estado. 
Portanto, o suspeito indiciado ou acusado tem direi-
to ao silêncio, podendo calar-se, quando lhe for dirigida 
qualquer imputação criminal, sem que se possa extrair 
qualquer consequência negativa dessa opção.
Esse direito é protegido pelas garantias constitucionais, 
podendo inclusive ser visto na Constituição Federal no 
artigo 5, inciso LXIII:
Art. 5º LXIII - o preso será informado de seus 
direitos, entre os quais o de permanecer calado, 
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de 
advogado;
Importante!
Conforme artigo 198 do Código de Processo 
Penal. O silêncio do acusado não importará 
confissão, mas poderá constituir elemento para 
a formação do convencimento do juiz.
FALSA IDENTIDADE
Esse ponto é proposto nos casos em que o indiciado 
ou acusado apresenta a identidade de uma outra pessoa, 
visando ocultar seu verdadeiro nome e seus documentos.
O crime previsto no art. 307 do Código Penal destina-se, 
justamente, a punir quem assume identidade diversa da 
sua, procurando obter vantagem e causar dano a outrem.
Art. 307. atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa 
identidade para obter vantagem, em proveito pró-
prio ou alheio, ou para causar dano a outrem, res-
ponde pelo crime de falsa identidade, podendo ser 
punido com a pena de detenção, de três meses a um 
ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de 
crime mais grave.
MEIO PARA A COMPROVAÇÃO DA IDENTIDADE 
CIVIL
Visando evitar a falsa identidade, obteve-se méto-
dos para comprovação da identidade civil. Além disso, 
equiparam-se aos documentos de identificação civis 
os documentos de identificação militares.
A identificação civil é atestada por qualquer dos 
seguintes documentos:
 z Carteira de identidade;
 z Carteira de trabalho;
 z Carteira profissional;
 z Passaporte;
 z Carteira de identificação funcional;
 z Outro documento público que permita a identifica-
ção do indiciado;
 z Documentos de identificação militares.
Apresentaremos alguns modelos, visando ajudar o 
conhecimento sobre o tema:
2
	z 	Carteiro de Trabalho:
 z Carteira de identidade:
	
 z Carteira profissional:
	z 	Passaporte:
	z 	Carteira de identificação funcional:
	z 	Documentos de identificação militares:
HIPÓTESES DA IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL MESMO 
DEPOIS DE APRESENTADO O DOCUMENTO DE 
IDENTIFICAÇÃO
Neste tópico, entende-se que mesmo havendo o 
documento de identificação apresentado, essa poderá 
se realizar de outra forma. O grande intuito é iden-
tificar documentos que foram adulterados, alterando 
informações essenciais: 
Conforme artigo 3 da Lei 12.037/2009:
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, 
poderá ocorrer identificação criminal quando:
I - o documento apresentar rasura ou tiver indício 
de falsificação;
II - o documento apresentado for insuficiente para 
identificar cabalmente o indiciado;
III  - o indiciado portar documentos de identidade 
distintos, com informações conflitantes entre si;
IV - a identificação criminal for essencial às inves-
tigações policiais, segundo despacho da autorida-
de judiciária competente, que decidirá de ofício ou 
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mediante representação da autoridade policial, do 
Ministério Público ou da defesa;
V  - constar de registros policiais o uso de outros 
nomes ou diferentes qualificações;
VI  - o estado de conservação ou a distância tem-
poral ou da localidade da expedição do documento 
apresentado impossibilite a completa identificação 
dos caracteres essenciais.
Parágrafo único. As cópias dos documentos 
apresentados deverão ser juntadas aos autos do 
inquérito, ou outra forma de investigação, ainda 
que consideradas insuficientes para identificar o 
indiciado.
PRESERVAÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA
A preservação da dignidade da pessoa humana foi 
respeitada pela 12.037/2009, trazendo as regras apre-
sentada no artigo 1º, inciso III da Constituição Federal. 
Portanto, quando houver necessidade de identi-
ficação criminal, a autoridade encarregada tomará 
as providências necessárias para evitar o constran-
gimento do identificado, com intuito da proteção do 
princípio da dignidade da pessoa humana. Inclusive, 
se a autoridade encarregada se mostrar inerte para 
proteção do referido princípio, poderá ser responsa-
bilizada como foco central à proteção dos princípios 
basilares do direito brasileiro.
PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO
Conforme artigo 5 da Lei 12.037/2009:
Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo 
datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos 
autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do 
inquérito policial ou outra forma de investigação.
Portanto, o processo datiloscópico, tem como fun-
ção a colheita de digitais. 
Conforme artigo 5º, parágrafo único. Apresentado 
documento de identificação, poderá ocorrer identifi-
cação criminal quando for essencial às investigações 
policiais, segundo despacho da autoridade judiciária 
competente, que decidirá de ofício ou mediante represen-
tação da autoridade policial, do Ministério Público ou da 
defesa, a identificação criminal poderá incluir a coleta 
de material biológico para a obtenção do perfil genético. 
Você verá de maneira recorrente nas provas, pois 
as bancas gostam de utilizar essa informação, reco-
mendamos que entendam e gravem o assunto.
BANCO DE DADOS DE PERFIS GENÉTICOS
Com base no artigo 5-A da Lei 12.037/2019, os 
bancos dados estão relacionados à coletado perfil 
genético em que deverão ser armazenados em banco 
de dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade 
oficial de perícia criminal.  
Importante!
As informações genéticas contidas nos ban-
cos de dados de perfis genéticos não poderão 
revelar traços somáticos ou comportamentais 
das pessoas, exceto determinação genética de 
gênero, consoante as normas constitucionais e 
internacionais sobre direitos humanos, genoma 
humano e dados genéticos. 
Vale ressaltar que os dados constantes dos bancos de 
dados de perfis genéticos terão caráter sigiloso, respon-
dendo civil, penal e administrativamente aquele que 
permitir ou promover sua utilização para fins diversos 
ou em decisão judicial. É importante lembrar que se for 
absolvido na esfera penal, não ocorrerá a aplicação de 
sanções nas esferas administrativas e civis. 
Já as informações obtidas a partir da coincidência de 
perfis genéticos, deverão ser consignadas em laudo peri-
cial firmado por perito oficial devidamente habilitado.
SIGILO DA IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
O artigo 6º da Lei 12.037/2009, apresenta em sua 
redação o sigilo da identificação criminal, dispondo:
Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal 
do indiciado em atestados de antecedentes ou em 
informações não destinadas ao juízo criminal, antes 
do trânsito em julgado da sentença condenatória.
Protegendo, assim, a coisa julgada, e vedando a men-
ção de informações não destinadas ao juízo criminal. 
Novamente, é importante apontar que o descum-
primento de tal regra poderá gerar a responsabilida-
de civil, penal e administrativa.
DESENTRANHAMENTO DA IDENTIFICAÇÃO 
CRIMINAL
No tocante ao artigo 7º da Lei 12.037/2009, dispõe 
o desentranhamento da identificação criminal, apre-
sentando a seguinte redação:
Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, 
ou sua rejeição, ou absolvição, é facultado ao indi-
ciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo 
do inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, 
requerer a retirada da identificação fotográfica do 
inquérito ou processo, desde que apresente provas 
de sua identificação civil. 
Cuidado, pois essa hipótese é facultativa e não uma 
obrigação, mas se acaso apresentar o pedido, deverá 
demonstrar provas de sua identificação civil.
Já vimos as provas da identificação civil e são elas: 
carteira de identidade, carteira de trabalho, cartei-
ra profissional, passaporte, carteira de identificação 
funcional ou outro documento público que permita a 
identificação do indiciado.
EXCLUSÃO DOS PERFIS GENÉTICOS DOS BANCOS 
DE DADOS
Esse tópico foi trazido em 2019, pela Lei 13.964/2019, 
podendo ser localizada através do artigo 7-A da Lei 
12.037/2009:
Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos ban-
cos de dados ocorrerá: 
I - no caso de absolvição do acusado; ou (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019)
II  - no caso de condenação do acusado, mediante 
requerimento, após decorridos 20 (vinte) anos do 
4
cumprimento da pena. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019)
É importante ter cuidado com o prazo de 20 anos, 
porque as bancas podem alterar o prazo, com a inten-
ção de induzir você ao erro.
IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO 
Com base no artigo 7-B da Lei 12.037/2009, pode-
mos extrair alguns detalhes da identificação do perfil 
genético, apresentando que:
Art. 7o-B.    A identificação do perfil genético será 
armazenada em banco de dados sigiloso, conforme 
regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.
Lembre-se do Poder Executivo, pois as bancas 
podem colocar Poder Legislativo ou Judiciário. 
Os bancos de danos não serão públicos, pois preju-
dicaria a privacidade e a dignidade da pessoa.
BANCO NACIONAL MULTIBIOMÉTRICO E DE 
IMPRESSÕES DIGITAIS
A inclusão de 2019 da Lei 12.037, trouxe uma ino-
vação e criação, no que tange, ao Ministério da Justiça 
e Segurança Pública, do Banco Nacional Multibiomé-
trico e de Impressões Digitais.    
Ademais, o artigo 7-C, parágrafo 1º, apresentou:
Art.7-C. §1ºA formação, a gestão e o acesso ao 
Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões 
Digitais serão regulamentados em ato do Poder 
Executivo federal.
Qual o objetivo do Banco Nacional Multibiométri-
co e de Impressões Digitais?
Possui a finalidade de guardar alguns dados por 
meio de um sistema de armazenamento, tais como 
impressão digital, imagem, entre outros, com o intuito 
de ajudar nas investigações de crimes.
Tendo essa base introdutória, podemos apresentar 
que o Banco Nacional Multibiométrico e de Impres-
sões Digitais possuirá o armazenamento dos registros 
biométricos, visando a celeridade na localização do 
indivíduo.       
Ademais, com o intuito na celeridade da colheita 
de dados, poderá ser realizada a colheita de digital de 
presos definitivos ou em estado provisório. 
Importante!
Segundo Art.7-C, §5º Poderão integrar o Banco 
Nacional Multibiométrico e de Impressões Digi-
tais, ou com ele interoperar, os dados de regis-
tros constantes em quaisquer bancos de dados 
geridos por órgãos dos Poderes Executivo, Legis-
lativo e Judiciário das esferas federal, estadual e 
distrital, inclusive pelo Tribunal Superior Eleitoral 
e pelos Institutos de Identificação Civil.     
No que tange os bancos de dados de identificação, 
poderá ser utilizado o compartilhamento de infor-
mações, como por exemplo, a biometria eleitoral 
poderá ser fornecida os dados aos bancos para reali-
zar o armazenamento das informações. 
E a integração, como se dará?
Seguirá as regras do artigo 7-C, §7º, dispondo que:
Art.7-C.§ 7º A integração ou a interoperação dos 
dados de registros multibiométricos constantes de 
outros bancos de dados com o Banco Nacional Mul-
tibiométrico e de Impressões Digitais ocorrerá por 
meio de acordo ou convênio com a unidade gestora. 
Os dados terão caráter sigiloso?
Sim. Conforme artigo 7-C, §8º:
Art.7-C.§ 8º Os dados constantes do Banco Nacio-
nal Multibiométrico e de Impressões Digitais terão 
caráter sigiloso, e aquele que permitir ou promover 
sua utilização para fins diversos dos previstos nes-
ta Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal 
e administrativamente.   
É importante lembrar que as informações obtidas 
a partir da coincidência de registros biométricos rela-
cionados a crimes deverão ser consignadas em laudo 
pericial firmado por perito oficial habilitado.      
Com base no artigo 7-C. §10º da Lei 12.037/2009. É 
vedada a comercialização, total ou parcial, da base de 
dados do Banco Nacional Multibiométrico e de Impres-
sões Digitais.      
E, por fim, o acesso ao Banco Nacional Multibio-
métrico e de Impressões Digitais poderá ser requerido 
ao juízo competente. Essa requisição será feita pelo 
Ministério Público Federal ou Estadual e/ou pela Auto-
ridade responsável pela segurança pública.
 EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CESPE / CEBRASPE – 2020) Considerando essa 
situação hipotética e as disposições da Lei n.º 
12.037/2009 acerca da identificação criminal de 
indivíduo civilmente identificado, julgue o item 
que se segue.
 A identificação criminal de José pode incluir a cole-
ta de material biológico para a obtenção do perfil 
genético.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
De acordo com a Lei 12.037/2009, a identificação 
criminal de José, incluirá o processo datiloscópico 
e o fotográfico, que serão juntados aos autos da 
comunicação da prisão em flagrante, ou do inquéri-
to policial ou outra forma de investigação.
Vale ressaltar, que embora apresentado documento de 
identificação, poderá ocorrer identificação criminal 
quando for essencial às investigações policiais, segun-
do despacho da autoridade judiciária competente, que 
decidirá de ofício ou mediante representação da auto-
ridade policial, do Ministério Público ou da defesa, 
diante da referida hipótese a identificação criminal de 
José poderá incluir a coleta de material biológico para 
a obtenção do perfil genético. Resposta: Certo.
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2. (CESPE / CEBRASPE – 2020) Considerando essa situa-
ção hipotética e as disposições da Lei n.º 12.037/2009 
acerca daidentificação criminal de indivíduo civilmen-
te identificado, julgue o item que se segue.
 A autoridade policial tem competência para autorizar 
a utilização de dados constantes de bancos de dados 
de perfis genéticos para realização de estudo de perfis 
biológicos da população com antecedentes criminais.
 Assinale a alternativa correta.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
Segundo o artigo 7-C, em especial no §11° da Lei 12.037 
de 2009, a autoridade policial e o Ministério Público 
poderão requerer ao juiz competente, no caso de inqué-
rito ou ação penal instaurados, o acesso ao Banco 
Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais. 
Portanto, não é competente a autoridade policial 
para autorizar a utilização de dados, mas o juiz 
competente. Resposta: Errado.
3. (Instituto Acesso – 2019) A Constituição Federal de 
1988 estabeleceu, no art. 5º, inciso LVIII, que o civil-
mente identificado não será submetido a identificação 
criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.
 Fazem-se a seguir cinco afirmações relativas à Lei 
12.037/09, que dispõe sobre a identificação criminal 
do civilmente identificado.
I - As informações genéticas contidas nos bancos de 
dados de perfis genéticos poderão revelar traços 
somáticos ou comportamentais das pessoas, sendo 
vedada a determinação genética de gênero, con-
soante as normas constitucionais e internacionais 
sobre direitos humanos, genoma humano e dados 
genéticos;
II - Os documentos de identificação militares são equi-
parados aos documentos de identificação civis, no 
que concerne às finalidades da Lei 12.037/09;
III - Embora apresentado documento de identificação, 
poderá ocorrer identificação criminal quando esta 
for essencial às investigações policiais, segundo 
despacho da autoridade judiciária competente, 
que decidirá de ofício ou mediante representação 
da autoridade policial, do Ministério Público ou da 
defesa;
IV - Na hipótese de a identificação criminal ser essen-
cial às investigações policiais, a identificação cri-
minal poderá incluir a coleta de material biológico 
para a obtenção do perfil genético;
V - O rol de documentos que atestam a identificação 
civil, apresentado no art. 2º do referido diploma 
normativo, é exemplificativo, sendo possível, 
portanto, atestá-la por meio de outro documento 
público que permita a identificação, ainda que não 
esteja expressamente elencado na lei;
 Quantas dessas afirmações estão corretas?
a) Todas estão corretas. 
b) Todas estão erradas.
c) Todas, exceto a última.
d) Todas, exceto a primeira.
e) Todas, exceto a segunda.
De acordo com a Lei 12.037/2009, vamos analisar 
todas as afirmativas:
ALT. I - INCORRETA - A afirmativa, encontra-se pre-
vista no artigo 5-A, §1º da Lei 12.037/09, dizendo 
que as informações genéticas contidas nos bancos 
de dados de perfis genéticos NÃO poderão revelar 
traços somáticos ou comportamentais das pes-
soas, exceto determinação genética de gênero, con-
soante as normas constitucionais e internacionais 
sobre direitos humanos, genoma humano e dados 
genéticos.
ALT. II - CORRETA - Conforme artigo 2º, parágrafo 
único, da Lei 12.037/09, equiparam-se aos documen-
tos de identificação civis os documentos de identifi-
cação militares.
ALT. III - CORRETA - A resposta encontra-se no arti-
go 3º, inciso IV, da Lei 12.037/09, a identificação 
criminal for essencial às investigações policiais, 
segundo despacho da autoridade judiciária compe-
tente, que decidirá de ofício ou mediante represen-
tação da autoridade policial, do Ministério Público 
ou da defesa.
ALT. IV - CORRETA – Com base no artigo 5º, pará-
grafo único, na hipótese de identificação criminal, 
poderá incluir a coleta de material biológico para a 
obtenção do perfil genético.
ALT. V - CORRETA – Conforme artigo 2º, ó rol de 
documentos é exemplificativo, inclusive há no inciso 
VI, do artigo 2º, a informação que poderá ser atesta-
do por outro documento público que permita a iden-
tificação do indiciado. Resposta: Letra D.
4. (Instituto Consulplan – 2019) Nos termos da Lei n. 
12.037/2009, a identificação criminal incluirá o pro-
cesso datiloscópico e o fotográfico, que serão junta-
dos aos autos da comunicação da prisão em flagrante, 
ou do inquérito policial ou outra forma de investiga-
ção, podendo incluir a coleta de material biológico 
para obtenção do perfil genético se for essencial às 
investigações policiais, segundo despacho da auto-
ridade judiciária competente, que decidirá de ofício 
ou mediante representação da autoridade policial, do 
Ministério Público ou da defesa. 
( ) CERTO  ( ) ERRADO
Pessoal, está correto, a identificação criminal poderá 
incluir a coleta de material biológico para a obtenção 
do perfil genético, vale ressaltar que embora apre-
sentado documento de identificação, poderá ocorrer 
identificação criminal quando for essencial às inves-
tigações policiais, segundo despacho da autorida-
de judiciária competente, que decidirá de ofício ou 
mediante representação da autoridade policial, do 
Ministério Público ou da defesa. Resposta: Certo.
5. (CESPE – 2018) Em cada um dos itens que se seguem, 
é apresentada uma situação hipotética, seguida de 
uma assertiva a ser julgada com base em disposições 
das Leis n.os 8.069/1990, 12.037/2009 e 13.445/2017 
e suas alterações.
 Um indivíduo foi preso e a autoridade judiciária decidiu, 
de ofício, pela sua identificação criminal, por entender 
que tal medida seria essencial às investigações poli-
ciais. Nessa situação, a identificação criminal é legal 
e incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, 
podendo incluir também a coleta de material genético 
para a obtenção do perfil genético.
6
( ) CERTO  ( ) ERRADO
A questão obedece às regras do artigo 5ª parágrafo 
único, que embora apresentado documento de identi-
ficação, poderá ocorrer identificação criminal quando 
a identificação criminal for essencial às investigações 
policiais, segundo despacho da autoridade judiciária 
competente, que decidirá de ofício ou mediante repre-
sentação da autoridade policial, do Ministério Público 
ou da defesa, nesse caso incluindo a identificação cri-
minal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfi-
co, que serão juntados aos autos da comunicação da 
prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra 
forma de investigação. Resposta: Certo.
6. (VUNESP – 2018) De acordo com a Lei Federal no 
12.037/2009, artigo 2ª, a identificação civil é atestada, 
entre outros, pelo seguinte documento: 
a) escritura pública de posse de imóvel urbano.
b) certidão negativa expedida por entidades de proteção 
ao crédito.
c) histórico escolar acompanhado do respectivo certifi-
cado de conclusão de escolaridade.
d) certificado de propriedade de veículos automotores.
e) carteira de identificação funcional.
Questão bem tranquila e envolve o artigo 2ª, inciso 
V da Lei 12.037/2009, vamos analisar:
Art. 2º  A identificação civil é atestada por qualquer 
dos seguintes documentos:
I – carteira de identidade;
II – carteira de trabalho;
III – carteira profissional;
IV – passaporte;
V – carteira de identificação funcional;
VI – outro documento público que permita a identifi-
cação do indiciado. Resposta: Letra E.
7. (VUNESP – 2018) Segundo a Lei Federal no 12.037/2009, 
em seu artigo 3o, embora apresentado documento de 
identificação, poderá ocorrer identificação criminal 
quando: 
a) o documento for emitido em Unidade da Federação 
diferente da que está sendo apresentada.
b) a identificação civil for essencial às investigações poli-
ciais, segundo despacho da autoridade judiciária compe-
tente, que decidirá de ofício ou mediante representação 
da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa.
c) constar de registros policiais o uso de outros nomes 
ou diferentes qualificações.
d) o indiciado portar documentos de identidade forne-
cendo sua qualificação.
e) o documento apresentar data de emissão anterior à 
publicação da Lei Federal.
Como dito no enunciado da questão, a resposta 
encontra-se no artigo 3º, em especial no inciso V, 
apresentandoque embora apresentado documento 
de identificação, poderá ocorrer identificação crimi-
nal quando constar de registros policiais o uso de 
outros nomes ou diferentes qualificações, além de 
outras hipóteses. Resposta: Letra C.
8. (VUNESP – 2018) A Lei Federal nº 12.037/2009, que 
dispõe sobre a identificação criminal do civilmente 
identificado e regulamenta em seu art. 5º -A, par. 1º, a 
coleta do perfil genético e armazenamento em banco 
de dados, afirma que: 
a) as informações genéticas contidas nos bancos de 
dados de perfis genéticos devem incluir traços somáti-
cos ou comportamentais das pessoas, principalmente 
a determinação genética de gênero.
b) as informações genéticas contidas nos bancos de 
dados de perfis genéticos devem incluir traços físicos 
ou comportamentais das pessoas, principalmente a 
determinação genética de hereditariedade.
c) as informações genéticas contidas nos bancos de 
dados de perfis genéticos não poderão revelar tra-
ços físicos ou comportamentais das pessoas, exceto 
determinação de doenças psicossomáticas.
d) os perfis genéticos devem ser disponibilizados para 
pesquisa civil e criminal.
e) as informações genéticas contidas nos bancos de 
dados de perfis genéticos não poderão revelar traços 
somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto 
determinação genética de gênero.
A resposta encontra-se no artigo 5-A, em especial no 
§1º, que veio com a modificação de 2012, apontando 
que as informações genéticas contidas nos bancos 
de dados de perfis genéticos não poderão revelar 
traços somáticos ou comportamentais das pessoas, 
exceto determinação genética de gênero, consoante 
as normas constitucionais e internacionais sobre 
direitos humanos, genoma humano e dados genéti-
cos. Resposta: Letra E.
9. (IESES – 2017) De acordo com a lei 12,037/2009, 
que dispõe sobre a identificação criminal do civilmen-
te identificado, embora apresentado documento de 
identificação, poderá ocorrer identificação criminal 
quando: 
I. O indiciado portar documentos de identidade distin-
tos, com informações conflitantes entre si.
II. Constar de registros policiais o uso de outros nomes 
ou diferentes qualificações.
III. A identificação criminal for essencial às investi-
gações policiais, segundo despacho da autoridade 
policial competente.
IV. O documento apresentar rasura ou tiver indício de 
falsificação.
V. O estado de conservação ou a distância temporal 
ou da localidade da expedição do documento apre-
sentado impossibilite a completa identificação dos 
caracteres essenciais.
 A sequência correta é:
a) Apenas as assertivas II, III, IV e V estão corretas.
b) Apenas a assertiva III está incorreta.
c) As assertivas I, II, III, IV e V estão corretas.
d) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
ALT. I. CORRETA - Base no artigo 3º, inciso III da 
Lei 12.037/2009, embora apresentado documento de 
identificação, poderá ocorrer identificação criminal 
quando o indiciado portar documentos de identida-
de distintos, com informações conflitantes entre si.
ALT. II. CORRETA - Podemos verificar o disposto 
no artigo 3º, inciso V, da Lei 12.037/2009, com base 
para constar de registros policiais o uso de outros 
nomes ou diferentes qualificações;
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ALT. III. INCORRETA - Olha a pegadinha, cuidado, 
para não trocar autoridade policial por autorida-
de judiciária, portanto, a identificação criminal for 
essencial às investigações policiais, segundo des-
pacho da autoridade judiciária competente, que 
decidirá de ofício ou mediante representação da 
autoridade policial, do Ministério Público ou da 
defesa.
ALT. IV. CORRETA - Embora apresentado documen-
to de identificação, poderá ocorrer identificação 
criminal quando o documento apresentar rasura ou 
tiver indício de falsificação.
ALT. V. CORRETA - O último item, baseia-se no inci-
so VI, do artigo 3º, dizendo que embora apresentado 
documento de identificação, poderá ocorrer identifi-
cação criminal quando o estado de conservação ou a 
distância temporal ou da localidade da expedição do 
documento apresentado impossibilite a completa iden-
tificação dos caracteres essenciais. Resposta: Letra B.
10. (CESPE – 2016) De acordo com a Lei n.° 12.037/2009 
e suas alterações, a identificação criminal com coleta 
de material biológico para a obtenção do perfil genéti-
co do indiciado pode ocorrer quando: 
a) for essencial a investigações policiais, de acordo com 
despacho da autoridade judiciária competente.
b) o documento apresentado for insuficiente para 
identificá-lo.
c) o indiciado portar documentos de identidade distintos, 
com informações conflitantes entre si.
d) constar de registros policiais o uso, pelo indiciado, de 
outros nomes ou diferentes qualificações.
e) o documento apresentado pelo indiciado tiver rasura.
 De acordo com a Lei 12.037/2009, podemos ana-
lisar o artigo 5º, parágrafo único, que remeterá a 
hipótese do artigo 3, inciso IV, apresentando que a 
identificação criminal incluirá o processo datiloscó-
pico e o fotográfico, que serão juntados aos autos da 
comunicação da prisão em flagrante, ou do inquéri-
to policial ou outra forma de investigação. 
Na hipótese de identificação criminal for essencial às 
investigações policiais, segundo despacho da autori-
dade judiciária competente, que decidirá de ofício ou 
mediante representação da autoridade policial, do 
Ministério Público ou da defesa, a identificação cri-
minal poderá incluir a coleta de material biológico 
para a obtenção do perfil genético. Resposta: Letra A.
LEI Nº. 9.454/1997 E SUAS 
ALTERAÇÕES
Para iniciarmos, a Lei 9.454/1997 dispõe sobre a cria-
ção do número único de Registro de Identidade Civil.
Para melhorar a sua interpretação do que é o 
número único de Registro de Identidade Civil, monta-
mos um esquema do que a Lei 9.454/1997 estabelece:
Sociedade e com 
os organismos 
governamentais e 
privados.
Será identificado em 
suas relações 
Pelo qual cada cidadão 
brasileiro, nato ou 
naturalizado
Número Único de 
Registro de Identidade 
Civil
Conforme fluxograma acima, nota-se que o núme-
ro único de Registro de Identidade Civil concede a 
cada cidadão brasileiro, nato ou naturalizado, o direi-
to de ser identificado em suas relações com a socieda-
de e com os organismos governamentais e privados.
Vale ressaltar que quando falarmos em registro 
estrangeiro, deveremos seguir outro ditame, em espe-
cial as regras entabuladas na Lei 13.445/2017. 
Portanto, lembre-se que o Número Único de Regis-
tro de Identidade Civil é o meio pelo qual cada cidadão 
brasileiro, nato ou naturalizado, será identificado 
em suas relações com a sociedade e com os organis-
mos governamentais e privados.
CADASTRO NACIONAL DE REGISTRO DE 
IDENTIFICAÇÃO CIVIL
O cadastro nacional de registro de identificação civil 
poderá ser localizado no art. 2º, da Lei nº 9.454, de 1997:
Art. 2o É instituído o Cadastro Nacional de Registro 
de Identificação Civil, destinado a conter o número 
único de Registro de Identidade Civil, acompanha-
do dos dados de identificação de cada cidadão. 
Necessidade de 
alocar os dados
Criação do número 
único de Registro de 
Identidade Civil
Criação Cadastro 
Nacional de Registro 
de Identificação Civil 
(banco de dados)
Ademais, o Poder Executivo ficou responsável por 
definir a entidade que centralizará as atividades de 
implementação, coordenação e controle do Cadastro 
Nacional de Registro de Identificação Civil, que se 
constituirá em órgão central do Sistema Nacional de 
Registro de Identificação Civil. 
Vamos dar uma olhada no art. 3º, da Lei nº 9.454, 
de 1997:
Art. 3º O Poder Executivo definirá a entidade que 
centralizará as atividades de implementação, coor-
denação e controle do Cadastro Nacional de Regis-
tro de Identificação Civil, que se constituirá em 
órgão central do Sistema Nacional de Registro de 
Identificação Civil.
Inclusive, o Poder Executivo atribuiu a referida 
responsabilidade, através do Decreto 7.166/2010, ao 
Ministério da Justiça, sendo, portanto, órgãocentral 
do Sistema Nacional de Registro de Identificação Civil.
Dica
O Ministério da Justiça, nada mais é que um 
órgão da administração pública federal direta, 
suas principais competências são:
8
z a defesa da ordem jurídica, dos direitos políti-
cos e das garantias constitucionais; 
z a coordenação do Sistema Único de Seguran-
ça Pública; 
z a defesa da ordem econômica nacional e dos 
direitos do consumidor.
 Art. 3º, §1º. A União ficou autorizada a firmar 
convênio com os Estados e o Distrito Federal para 
a implementação do número único de registro de 
identificação civil.
Já os órgãos regionais exercerão a coordenação no 
âmbito de cada Unidade da Federação, repassando aos 
órgãos locais as instruções do órgão central e reportan-
do a este as informações e dados daqueles. Conforme 
previsto no art. 3º, §2º, da Lei nº 9.454, de 1997:
Art. 3º O Poder Executivo definirá a entidade que 
centralizará as atividades de implementação, coor-
denação e controle do Cadastro Nacional de Regis-
tro de Identificação Civil, que se constituirá em 
órgão central do Sistema Nacional de Registro de 
Identificação Civil.
[...]
§ 2º Os órgãos regionais exercerão a coordenação 
no âmbito de cada Unidade da Federação, repassan-
do aos órgãos locais as instruções do órgão central 
e reportando a este as informações e dados daqueles
Isso é uma previsão legal expressa no art. 3º, §2º, 
da Lei nº 9.454, de 1997:
Art. 3º O Poder Executivo definirá a entidade que 
centralizará as atividades de implementação, coor-
denação e controle do Cadastro Nacional de Regis-
tro de Identificação Civil, que se constituirá em 
órgão central do Sistema Nacional de Registro de 
Identificação Civil.
[...]
§ 2º Os Estados e o Distrito Federal, signatários 
do convênio, participarão do Sistema Nacional de 
Registro de Identificação Civil e ficarão respon-
sáveis pela operacionalização e atualização, nos 
respectivos territórios, do Cadastro Nacional de 
Registro de Identificação Civil, em regime de com-
partilhamento com o órgão central, a quem caberá 
disciplinar a forma de compartilhamento a que se 
refere este parágrafo.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO E 
MANUTENÇÃO DO SISTEMA
Será incluída na proposta orçamentária do órgão 
central do sistema a provisão de meios necessários, 
acompanhada do cronograma de implementação e 
manutenção do sistema. Conforme previsto no art. 4º, 
da Lei nº 9.454, de 1997:
Art. 4º Será incluída, na proposta orçamentária 
do órgão central do sistema, a provisão de meios 
necessários, acompanhada do cronograma de 
implementação e manutenção do sistema.
E, por fim, o Poder Executivo providenciará, no 
prazo de cento e oitenta dias, a regulamentação da lei 
9.454/1997 e, no prazo de trezentos e sessenta dias, o 
início de sua implementação.
Conforme previsão legal do art. 5º:
Art. 5º O Poder Executivo providenciará, no prazo 
de cento e oitenta dias, a regulamentação desta Lei 
e, no prazo de trezentos e sessenta dias, o início de 
sua implementação.
ATO PRAZO
Regulamentação da lei 
9.454/1997 180 dias
Início da implementação 360 dias
 EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (VUNESP – 2018) A Lei Federal no 9.454/1997 versa 
sobre 
a) o registro de identidade civil.
b) o uso de qualificação.
c) a identificação criminal.
d) o auto de reconhecimento.
e) a qualificação indireta.
A Lei 9.454/1997, institui o número único de Regis-
tro de Identidade Civil e dá outras providências. 
Resposta: Letra A.
2. (VUNESP – 2018) A Lei Federal no 9.454/1997, que ins-
titui o número único de Registro de Identidade Civil e dá 
outras providências, em seu art. 3ª, parágrafo 2ª, define 
a responsabilidade dos Estados e do Distrito Federal: 
a) por reportar quaisquer problemas, técnicos ou admi-
nistrativos, durante a operação do Sistema Nacional.
b) pela certificação da veracidade das informações pres-
tadas pelo cidadão quando de sua identificação.
c) pela operacionalização e atualização, nos respectivos 
territórios, do Cadastro Nacional de Registro de Identi-
ficação Civil.
d) por coibir a falsificação de documentos públicos quan-
do da emissão dos documentos de identidade.
e) pela verificação de que os registros inseridos no 
cadastro não estejam em duplicidade junto aos 
demais territórios.
Nesse ponto, os Estados e o Distrito Federal, sig-
natários do convênio, participarão do Sistema 
Nacional de Registro de Identificação Civil e ficarão 
responsáveis pela operacionalização e atualização, 
nos respectivos territórios, do Cadastro Nacional de 
Registro de Identificação Civil, em regime de com-
partilhamento com o órgão central, a quem caberá 
disciplinar a forma de compartilhamento a que se 
refere este parágrafo.  Resposta: Letra C.
3. (UFMT – 2017) Sobre Registro de Identidade Civil, Lei 
n° 9.454, de 7 de abril de 1997 e alterações, assinale o 
órgão responsável pela sua implementação e execução. 
a) O Poder Legislativo, por meio de posterior 
regulamentação.
b) Os Estados e o Distrito Federal por meio da remessa do 
cadastro biométrico/fotográfico dos cidadãos já regis-
trados para o Instituto Nacional de Identificação (INI), 
órgão da Polícia Federal com sede em Brasília-DF.
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c) O Poder Executivo Federal regulamentaria a lei e provi-
denciaria ainda, no prazo de trezentos e sessenta dias, 
as condições necessárias para o início de sua implemen-
tação (estudos técnicos, previsão orçamentária etc.).
d) A prefeitura juntamente com o Ministério da Integra-
ção Social para que este remeta as informações do 
Cadastro NIS e também do PIS/PASEP para que esse 
número seja usado como número único de Registro de 
Identidade Civil, com a finalidade de evitar duplicidade.
Com base no artigo 5° da Lei 9.454/1997, o Poder 
Executivo providenciará, no prazo de cento e oiten-
ta dias, a regulamentação desta Lei e, no prazo de 
trezentos e sessenta dias, o início de sua implemen-
tação. Resposta: Letra C.
4. (CESPE – 2011) A mencionada lei instituiu o número 
único de registro de identidade civil, pelo qual cada 
cidadão brasileiro, nato ou naturalizado, será identi-
ficado em suas relações com a sociedade e com os 
organismos governamentais e privados. 
( ) CERTO  ( ) ERRADO
A questão aborda um conceito mais introdutório, por 
isso é necessária sua fixação, a lei instituiu o número 
único de registro de identidade civil, pelo qual cada 
cidadão brasileiro, nato ou naturalizado, será identifi-
cado em suas relações com a sociedade e com os orga-
nismos governamentais e privados. Resposta: Certo
5. (CESPE – 2011) A implementação do número único de 
registro de identificação civil é de competência exclu-
siva da União, sendo vedada, para tanto, a celebração 
de convênio com os estados e o Distrito Federal. 
( ) CERTO  ( ) ERRADO
Conforme artigo 3º, §1º. A implementação do núme-
ro único de registro de identificação civil é de com-
petência exclusiva da União, sendo autorizada, para 
tanto, a celebração de convênio com os estados e o 
Distrito Federal. 
Ficando a União, portanto, autorizada a firmar 
convênio com os Estados e o Distrito Federal para 
a implementação do número único de registro de 
identificação civil. Resposta: Errado.
LEI Nº. 7.116/1983 E SUAS 
ALTERAÇÕES
Para iniciarmos, a Lei 7.116/1983 apresenta sua 
estrutura central à validade nacional das Carteiras de 
Identidade, além de regular sua expedição, apresen-
tando inclusive outras providências.
É importante destacar que a Carteira de Identida-
de emitida por órgãos de Identificação dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Territórios tem fé pública e 
validade em todo o território nacional, por exem-
plo, uma carteira de identidade emitida no Paraná 
terá validade em todo território nacional e não ape-
nas no estado em que foi emitido.
Para facilitar, apresentamos o artigo 1º da Lei 
7.116/1983:
Art 1º A Carteira de Identidade emitida por órgãos 
de Identificação dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Territórios tem fé pública e validade em todo o 
território nacional.
A fé pública é um termo utilizadoque possui a fina-
lidade de autenticar determinado documento como 
verdadeiro, sendo praticado por servidor público. 
Com isso, podemos apontar que nem a União e 
nem Municípios são competentes para emissão da 
carteira de identidade, e eles só emitirão quando não 
houver estados, distrito federal e nem territórios.
EXPEDIÇÃO DA CARTEIRA DE IDENTIDADE
Para a expedição da Carteira de Identidade não 
será exigida do interessado a apresentação de qual-
quer outro documento além da certidão de nascimen-
to ou de casamento.
A requerente do sexo feminino apresentará obri-
gatoriamente a certidão de casamento, caso seu nome 
de solteira tenha sido alterado em consequência do 
matrimônio.
Com relação ao brasileiro naturalizado, ele deverá 
apresentar o Certificado de Naturalização.
Importante! 
Conforme artigo 1º. § 3º. É gratuita a primeira 
emissão da Carteira de Identidade.
No entanto, no caso da emissão de uma segunda 
via, poderá ser cobrado um determinado valor.
Vamos reunir essas informações?
EXPEDIÇÃO DA 
CARTEIRA DE 
IDENTIDADE
Não será exigida do interessado 
a apresentação de qualquer outro 
documento, além da certidão de 
nascimento ou de casamento.
Requerente do sexo feminino 
apresentará obrigatoriamente 
a certidão de casamento, caso 
seu nome de solteira tenha sido 
alterado em consequência do 
matrimônio
Brasileiro naturalizado, deverá 
apresentar o Certificado de 
Naturalização
É gratuita a primeira emissão da 
Carteira de Identidade.     
ELEMENTOS DA CARTEIRA DE IDENTIDADE
A Lei 7.116/1983, trouxe alguns elementos da car-
teira de identidade, esses elementos são muito cobra-
dos em prova. Portanto, recomendo a compreensão e 
memorização desse tópico. 
Art 3º - A Carteira de Identidade conterá os seguin-
tes elementos:
a) Armas da República e inscrição “República Fede-
rativa do Brasil”;
b) nome da Unidade da Federação;
10
c) identificação do órgão expedidor;
d) registro geral no órgão emitente, local e data da 
expedição;
e) nome, filiação, local e data de nascimento do 
identificado, bem como, de forma resumida, a 
comarca, cartório, livro, folha e número do registro 
de nascimento;
f) fotografia, no formato 3 x 4 cm, assinatura e 
impressão digital do polegar direito do identificado;
g) assinatura do dirigente do órgão expedidor.
Todos os elementos são importantes e essenciais 
para a constituição da Carteira de Identidade.
Uma característica importante é o registro geral 
(R.G.) no que tange ao órgão de expedição, com isso tor-
na-se necessária a demonstração do órgão que expediu 
o documento, pois há diversos espalhados pelo Brasil, 
como por exemplo Secretaria de Segurança Pública 
(SSP), Policia Civil (PC). Vale ressaltar que na emissão 
de cada documento gera-se uma numeração diferente.
INCLUSÃO DE DADOS NA CARTEIRA DE 
IDENTIDADE
A inclusão de dados na carteira de identidade tor-
nou-se uma ferramenta essencial e podemos localiza-
-lo no artigo 4º:
Art 4º Desde que o interessado o solicite a Carteira 
de Identidade conterá, além dos elementos referi-
dos no art. 3º desta Lei, os números de inscrição 
do titular no Programa de Integração Social - PIS 
ou no Programa de Formação do Patrimônio do 
Servidor Público - PASEP e no Cadastro de Pessoas 
Físicas do Ministério da Fazenda.
Apresento, como exemplo, a inclusão do CPF ao 
RG, mas, para a inclusão deverá ocorrer a solicitação 
e apresentação do documento.
Com base no artigo 4. §1º. O Poder Executivo Fede-
ral poderá aprovar a inclusão de outros dados opcio-
nais na Carteira de Identidade.
Portanto, a abarcamento na Carteira de Identidade 
dos dados poderá ser parcial e dependerá exclusivamente 
da apresentação dos respectivos documentos com proba-
tórios, conforme dispõe o artigo 4º, §2º da Lei 7.116/1983.
CARTEIRA DE IDENTIDADE DO PORTUGUÊS
A Carteira de Identidade do português beneficiado 
pelo Estatuto da Igualdade será expedida consoante 
aos elementos e regras entabuladas na Lei 7.116/1983, 
devendo dela constar referência a sua nacionalidade 
e à Convenção promulgada.
Vale ressaltar que esse artigo surgiu em decorrên-
cia do Tratado celebrado entre o Brasil e Portugal, 
apresentando algumas condições de mudança.
OUTRAS INFORMAÇÕES REFERENTE A CARTEIRA 
DE IDENTIDADE
Conforme artigo 6º:
Art 6º Carteira de Identidade fará prova de todos 
os dados nela incluídos, dispensando a apresenta-
ção dos documentos que lhe deram origem ou que 
nela tenham sido mencionados.
Já com relação ao artigo 7º da Lei 7.116/1983:
Art 7º A expedição de segunda via da Carteira de 
Identidade será efetuada mediante simples solicita-
ção do interessado, vedada qualquer outra exigên-
cia, além daquela prevista no art. 2º, a qual poderá 
ser atribuído um valor para sua expedição.
Importante! 
A Carteira de Identidade será expedida com 
base no processo de identificação datiloscópica 
(método de identificação através das impres-
sões digitais).
A apresentação dos documentos poderá ser feita 
por cópia regularmente autenticada.
No que tange ao artigo 10, podemos extrair que:
Art 10. O Poder Executivo Federal aprovará o 
modelo da Carteira de Identidade e expedirá as nor-
mas complementares que se fizerem necessárias ao 
cumprimento desta Lei.
E, por fim, as Carteiras de Identidade emitidas 
anteriormente à vigência desta Lei continuarão váli-
das em todo o território nacional.
 EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (VUNESP – 2018) Segundo a Lei Federal no 
7.116/1983, artigo 3o, a Carteira de Identidade conterá 
o seguinte elemento: 
a) declaração de doador de órgãos.
b) bandeira nacional.
c) data de validade.
d) categoria em que o portador é habilitado.
e) nome da Unidade da Federação.
A questão encontra base legal no artigo 3º, alínea “b”:
Art 3º - A Carteira de Identidade conterá os seguin-
tes elementos:
b) nome da Unidade da Federação; Resposta: Letra E.
2. (UFMT – 2017) O texto legal do artigo 3° da Lei n° 
7.116/1983 informa os elementos necessários para 
expedição da Carteira de Identidade, com validade em 
todo o território nacional. Assinale a alternativa que 
apresenta elemento em DESACORDO com a lei citada.
a) Fotografia, no formato 5 x 7 cm, assinatura e impres-
são digital do polegar esquerdo do identificado.
b) Armas da República e inscrição “República Federativa 
do Brasil”.
c) Nome da Unidade da Federação.
d) Identificação do órgão expedidor.
Pessoal, muito cuidado aos detalhes, principalmen-
te se a questão abordar números, antes de respon-
der, respire fundo, e começa a leitura com atenção e 
observando todos os detalhes. 
O grande erro da alternativa A, encontra-se no forma-
to da fotografia, que deverá obedecer ao tamanho de 
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3 x 4 cm, com assinatura e impressão digital do pole-
gar direito do identificado; Resposta: Letra A.
3. (FUNCAB – Papiloscopista) Acerca dos termos da lei 
que assegura validade nacional as Carteiras de Identi-
dade e regula sua expedição, Lei n° 7.116, de 1983, é 
correto afirmar que: 
a) a Carteira de identidade do português beneficiado 
pelo Estatuto da Igualdade será expedida consoante 
o disposto nesta lei, devendo dela constar referência a 
sua nacionalidade e à Convenção sobre Igualdade de 
Direitos e Deveres entre Brasileiros e Portugueses.
b) a apresentação dos documentos para a expedição da 
Carteira de Identidade não poderá ser feita por cópia 
autenticada.
c) para a expedição da Carteira de Identidade será exigi-
da do brasileiro naturalizado os mesmos documentos 
exigidos ao brasileiro nato.
d) a Carteira de Identidade será expedida com base 
no processo de identificação conhecido como 
Bertiolagem.
e) para a expedição da Carteira de Identidade será exi-
gida do interessado, brasileiro nato, ou naturalizado 
a apresentação apenas da certidão de nascimento 
ou de casamento e no caso dos maiores de dezoito 
anos, nos termos da norma que disciplina o documen-
to nacional único de identidade, a obrigatoriedade do 
número do registro no Cadastro de Pessoa Física da 
Receita Federal.
a) Correta. A questão abordao artigo 5º da Lei 
7.116/1983, apresentando que a Carteira de Iden-
tidade do português beneficiado pelo Estatuto da 
Igualdade será expedida consoante o disposto nesta 
Lei, devendo dela constar referência a sua naciona-
lidade e à Convenção promulgada pelo Decreto nº 
70.391, de 12 de abril de 1972 (Promulga a Conven-
ção sobre Igualdade de Direitos e Deveres entre Bra-
sileiros e Portugueses.)
b) Errada. Conforme artigo 9º, dispondo que a apre-
sentação dos documentos, poderá ser feita por cópia 
regularmente autenticada.
c) Errada. Conforme artigo 2º, §2º, O brasileiro 
naturalizado apresentará o Certificado de Naturali-
zação, documento que o brasileiro nato não possui. 
d) Errada. Conforme artigo 8º, a Carteira de Identi-
dade de que trata esta Lei será expedida com base 
no processo de identificação datiloscópica.
e) Errada. Conforme artigo 2º, a alternativa possuiu 
dois erros, o primeiro que a exigência é apenas com 
relação a requerente do sexo feminino e o outro é que 
o Cadastro de Pessoa Física da Receita Federal., não 
é obrigatório, mas sim opcional. Resposta: Letra A. 
4. (CESPE / CEBRASPE – 2016) De acordo com a Lei n.° 
7.116/1983 e suas alterações, a expedição da carteira 
de identidade se dará mediante
a) identificação datiloscópica e, caso a pessoa requeren-
te seja brasileira naturalizada, apresentação do certifi-
cado de naturalização.
b) apresentação do comprovante de pagamento de taxa 
no valor de 1% do salário mínimo vigente, para a pri-
meira emissão do documento.
c) apresentação da certidão de nascimento ou de casa-
mento e do comprovante de quitação eleitoral, caso o 
requerente seja maior de dezoito anos.
d) apresentação da certidão de casamento, caso a pes-
soa requerente seja do sexo feminino e casada, inde-
pendentemente de alteração em seu nome de solteira 
em razão do matrimônio.
e) apresentação do certificado de naturalização, caso o 
requerente seja português beneficiado pelo Estatuto 
da Igualdade.
a) Correta. Para respondermos à alternariva, será 
necessário a junção do artigo 2º, §2º, com o artigo 8º, 
apresentando que a Carteira de Identidade de que trata 
esta Lei será expedida com base no processo de identi-
ficação datiloscópica, abordando que o brasileiro natu-
ralizado apresentará o Certificado de Naturalização.
b) Errada. Conforme artigo 1º §3º, será gratuita a 
primeira emissão da Carteira de Identidade. 
c) Errada. Conforme artigo 2º, §1º. Tal exigência 
compreende a requerente do sexo feminino, caso seu 
nome de solteira tenha sido alterado em consequên-
cia do matrimônio. 
d) Errada. Conforme artigo 2º, §1º. Tal exigência 
compreende a requerente do sexo feminino, caso seu 
nome de solteira tenha sido alterado em consequên-
cia do matrimônio
e) Errada. Conforme artigo 5º, a Carteira de Iden-
tidade do português beneficiado pelo Estatuto da 
Igualdade será expedida consoante o disposto nesta 
Lei, devendo dela constar referência a sua naciona-
lidade e à Convenção, não necessitando de certidão 
de naturalização. Resposta: Letra A. 
5. (CESPE – 2016) De acordo com a Lei n.° 7.116/1983 e 
suas alterações, a expedição da carteira de identidade 
se dará mediante 
a) apresentação do comprovante de pagamento de taxa 
no valor de 1% do salário mínimo vigente, para a pri-
meira emissão do documento.
b) apresentação da certidão de nascimento ou de casa-
mento e do comprovante de quitação eleitoral, caso o 
requerente seja maior de dezoito anos.
c) apresentação da certidão de casamento, caso a pes-
soa requerente seja do sexo feminino e casada, inde-
pendentemente de alteração em seu nome de solteira 
em razão do matrimônio.
d) apresentação do certificado de naturalização, caso o 
requerente seja português beneficiado pelo Estatuto 
da Igualdade.
e) identificação datiloscópica e, caso a pessoa requeren-
te seja brasileira naturalizada, apresentação do certifi-
cado de naturalização.
Novamente, para respondermos à questão, será 
necessário a junção do artigo 2º, §2º, com o artigo 
8º, apresentando que A Carteira de Identidade de 
que trata esta Lei será expedida com base no pro-
cesso de identificação datiloscópica, abordando que 
o brasileiro naturalizado apresentará o Certificado 
de Naturalização. Resposta: Letra E.
LEI N° 13.445/2017
Para iniciarmos, a Lei 13.445/2017 apresenta sua 
vertente de estrutura central ao instituir a Lei de 
Migração.
12
Para melhorar a sua interpretação, montamos um 
esquema do que a Lei 13.445/2017 estabelece:
Estabelece princípios 
e diretrizes para as 
políticas públicas para 
o emigrante.
Regula a sua entrada e 
estada no País
Dispõe sobre os 
direitos e os deveres do 
migrante e do visitante
13.445/2017
No decorrer da matéria, o conceito inicial, ficará 
concretizado na sua mente e facilitará a resolução de 
questões.
CONCEITOS
A Lei 13.445/2017 apresentou alguns conceitos 
essenciais para estruturar a lei de migração, vamos 
ver todos?
CONCEITO EXPLICAÇÃO
Imigrante
Pessoa nacional de ou-
tro país ou apátrida que 
trabalha ou reside e se 
estabelece temporária ou 
definitivamente no Brasil.
Emigrante
Brasileiro que se estabele-
ce temporária ou definiti-
vamente no exterior.
Residente fronteiriço
Pessoa nacional de país 
limítrofe ou apátrida que 
conserva a sua residência 
habitual em município 
fronteiriço de país vizinho.
Visitante
Pessoa nacional de outro 
país ou apátrida que vem 
ao Brasil para estadas 
de curta duração, sem 
pretensão de se estabe-
lecer temporária ou defi-
nitivamente no território 
nacional;
Apátrida
Pessoa que não seja 
considerada como nacio-
nal por nenhum Estado, 
segundo a sua legislação, 
nos termos da Convenção 
sobre o Estatuto dos Apá-
tridas, de 1954, promulga-
da pelo Decreto nº 4.246, 
de 22 de maio de 2002, ou 
assim reconhecida pelo 
Estado brasileiro.
A lei prejudica a aplicação de normas internas e 
internacionais específicas sobre refugiados, asilados, 
agentes e pessoal diplomático ou consular, funcioná-
rios de organização internacional e seus familiares. 
DOS PRINCÍPIOS E DAS GARANTIAS 
Para aplicação da norma, necessitou-se o estabe-
lecimento de princípios e diretrizes para respeitar as 
garantias básicas.
Portanto, a política migratória brasileira rege-se 
pelos seguintes princípios e diretrizes:
I - universalidade, indivisibilidade e interdependên-
cia dos direitos humanos;
II - repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a 
quaisquer formas de discriminação;
III - não criminalização da migração;
IV - não discriminação em razão dos critérios ou 
dos procedimentos pelos quais a pessoa foi admiti-
da em território nacional;
V - promoção de entrada regular e de regularização 
documental;
VI - acolhida humanitária;
VII - desenvolvimento econômico, turístico, social, 
cultural, esportivo, científico e tecnológico do 
Brasil;
III - garantia do direito à reunião familiar;
IX - igualdade de tratamento e de oportunidade ao 
migrante e a seus familiares;
X - inclusão social, laboral e produtiva do migrante 
por meio de políticas públicas;
XI - acesso igualitário e livre do migrante a servi-
ços, programas e benefícios sociais, bens públicos, 
educação, assistência jurídica integral pública, 
trabalho, moradia, serviço bancário e seguridade 
social;
XII - promoção e difusão de direitos, liberdades, 
garantias e obrigações do migrante;
XIII - diálogo social na formulação, na execução e 
na avaliação de políticas migratórias e promoção 
da participação cidadã do migrante;
XIV - fortalecimento da integração econômica, polí-
tica, social e cultural dos povos da América Latina, 
mediante constituição de espaços de cidadania e de 
livre circulação de pessoas;
XV - cooperação internacional com Estados de 
origem, de trânsito e de destino de movimentos 
migratórios, a fim de garantir efetiva proteção aos 
direitos humanos do migrante;
XVI - integração e desenvolvimento das regiões de 
fronteira e articulação de políticas públicas regio-
nais capazes de garantir efetividade aos direitos do 
residente fronteiriço;
XVII - proteção integrale atenção ao superior inte-
resse da criança e do adolescente migrante;
XVIII - observância ao disposto em tratado;
XIX - proteção ao brasileiro no exterior;
XX - migração e desenvolvimento humano no local 
de origem, como direitos inalienáveis de todas as 
pessoas;
XXI - promoção do reconhecimento acadêmico e do 
exercício profissional no Brasil, nos termos da lei; e
XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de depor-
tação coletivas.
São diversos princípios e diretrizes, e não são ape-
nas esses, existem também alguns direitos que são 
assegurados. 
Ao migrante é garantida no território nacional, em 
condição de igualdade com os nacionais, a inviolabili-
dade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segu-
rança e à propriedade, bem como são assegurados: 
I - direitos e liberdades civis, sociais, culturais e 
econômicos;
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II - direito à liberdade de circulação em território 
nacional;
III - direito à reunião familiar do migrante com seu 
cônjuge ou companheiro e seus filhos, familiares e 
dependentes;
IV - medidas de proteção a vítimas e testemunhas 
de crimes e de violações de direitos;
V - direito de transferir recursos decorrentes de sua 
renda e economias pessoais a outro país, observa-
da a legislação aplicável;
VI - direito de reunião para fins pacíficos;
VII - direito de associação, inclusive sindical, para 
fins lícitos;
VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de assis-
tência social e à previdência social, nos termos da 
lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e 
da condição migratória;
IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica 
integral gratuita aos que comprovarem insuficiên-
cia de recursos;
X - direito à educação pública, vedada a discriminação 
em razão da nacionalidade e da condição migratória;
XI - garantia de cumprimento de obrigações legais e 
contratuais trabalhistas e de aplicação das normas 
de proteção ao trabalhador, sem discriminação em 
razão da nacionalidade e da condição migratória;
XII - isenção das taxas de que trata esta Lei, 
mediante declaração de hipossuficiência econômi-
ca, na forma de regulamento;
XIII - direito de acesso à informação e garantia de 
confidencialidade quanto aos dados pessoais do 
migrante, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de 
novembro de 2011 ;
XIV - direito a abertura de conta bancária;
XV - direito de sair, de permanecer e de reingressar 
em território nacional, mesmo enquanto pendente 
pedido de autorização de residência, de prorro-
gação de estada ou de transformação de visto em 
autorização de residência; e
XVI - direito do imigrante de ser informado sobre 
as garantias que lhe são asseguradas para fins de 
regularização migratória.
Os direitos e as garantias, serão exercidos em 
observância ao disposto na Constituição Federal, inde-
pendentemente da situação migratória e não excluem 
outros decorrentes de tratado de que o Brasil seja 
parte.
 DA SITUAÇÃO DOCUMENTAL DO MIGRANTE E DO 
VISITANTE
Dos Documentos de Viagem
Vale ressaltar que há documentos que quando 
emitidos pelo Estado brasileiro, são de propriedade 
da União, cabendo a seu titular a posse direta e o uso 
regular. 
Quais são eles? O artigo 5º dispõe: 
I - passaporte;
II - laissez-passer;
III - autorização de retorno;
IV - salvo-conduto;
V - carteira de identidade de marítimo;
VI - carteira de matrícula consular;
VII - documento de identidade civil ou documento 
estrangeiro equivalente, quando admitidos em tratado;
VIII - certificado de membro de tripulação de trans-
porte aéreo; e
IX - outros que vierem a ser reconhecidos pelo Esta-
do brasileiro em regulamento. 
Podemos extrair que o documento de identidade civil 
ou documento estrangeiro equivalente, quando admiti-
dos em tratado e o certificado de membro de tripulação 
de transporte aéreo, não são de propriedade da União.
DOS VISTOS
O visto é o documento que dá a seu titular expec-
tativa de ingresso em território nacional, sendo 
concedido por embaixadas, consulados-gerais, con-
sulados, vice-consulados e, quando habilitados pelo 
órgão competente do Poder Executivo, por escritórios 
comerciais e de representação do Brasil no exterior.
Importante!
Atentar-se ao artigo:
Art. 7°, Parágrafo único. Excepcionalmente, os 
vistos diplomático, oficial e de cortesia poderão 
ser concedidos no Brasil.
Vale ressaltar que poderão ser cobrados taxas e 
emolumentos consulares pelo processamento do visto.
Ademais, regulamento disporá sobre:
Solicitação e emissão 
de visto por meio 
eletrônico.
Hipóteses e condições 
de dispensa recíproca 
ou unilateral de visto e 
de taxas e emolumentos 
consulares por seu 
processamento
Prazo máximo para 
a primeira entrada e 
para a estada do imi-
grante e do visitante 
no País
Prazo de validade do 
visto e sua forma de 
contagem
Requisitos de concessão 
de visto, bem como 
de sua simplificação, 
inclusive por 
reciprocidade
A simplificação e a dispensa recíproca de visto ou 
de cobrança de taxas e emolumentos consulares por 
seu processamento poderão ser definidas por comu-
nicação diplomática.
NÃO CONCESSÃO DO VISTO 
A Lei 13.445/2017, adentrou no assunto e dispôs sobre 
a não se concederá visto, e elencou os seguintes critérios:
Art. 10. Não se concederá visto:
I - a quem não preencher os requisitos para o tipo 
de visto pleiteado;
II - a quem comprovadamente ocultar condição impe-
ditiva de concessão de visto ou de ingresso no País; ou
III - a menor de 18 (dezoito) anos desacompanhado 
ou sem autorização de viagem por escrito dos res-
ponsáveis legais ou de autoridade competente.
14
Nesse ponto, pularemos para o artigo 45, que é con-
teúdo que cai com grande incidência em concursos 
públicos. Trabalharemos o mesmo em partes, vamos lá?
Poderá ser denegado o visto a quem se enquadrar 
em pelo menos um dos casos de impedimento defini-
dos nos incisos I, II, III, IV e IX do art. 45.
Art. 45. Poderá ser impedida de ingressar no País, 
após entrevista individual e mediante ato funda-
mentado, a pessoa:
I - anteriormente expulsa do País, enquanto os efei-
tos da expulsão vigorarem;
II - condenada ou respondendo a processo por ato de 
terrorismo ou por crime de genocídio, crime contra 
a humanidade, crime de guerra ou crime de agres-
são, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do 
Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado 
pelo Decreto no 4.388, de 25 de setembro de 2002;
III  - condenada ou respondendo a processo em 
outro país por crime doloso passível de extradição 
segundo a lei brasileira;
IV - que tenha o nome incluído em lista de restrições 
por ordem judicial ou por compromisso assumido 
pelo Brasil perante organismo internacional;
IX  - que tenha praticado ato contrário aos princí-
pios e objetivos dispostos na Constituição Federal.
A pessoa que tiver visto brasileiro denegado será 
impedida de ingressar no País enquanto permanece-
rem as condições que ensejaram a denegação.
TIPOS DE VISTOS
A Lei elencou alguns tipos de vistos, em que solici-
tante que pretenda ingressar ou permanecer em terri-
tório nacional poderá ser concedido visto:
 z Visita
 z Temporário
 z Diplomático 
 z Oficial
 z Cortesia
Analisaremos a seguir cada um deles a seguir. 
Visto de Visita
No que corresponde ao visto de visita poderá ser 
concedido ao visitante que venha ao Brasil para esta-
da de curta duração, sem intenção de estabelecer 
residência.
A Lei elencou alguns casos, vamos ver todos:
Art. 13. I - turismo;
II - negócios
II - trânsito
IV - atividades artísticas ou desportivas
V - outras hipóteses definidas em regulamento.
Importante!
É vedado ao beneficiário de visto de visita exer-
cer atividade remunerada no Brasil.
O beneficiário de visto de visita poderá receber 
pagamento do governo, de empregador brasileiro ou 
de entidade privada a título de diária, ajuda de custo, 
cachê, pró-labore ou outras despesas com a viagem, 
bem como concorrer a prêmios, inclusive em dinhei-
ro, em competições desportivas ou em concursos 
artísticos ou culturais.
O visto de visita não será exigidoem caso de escala 
ou conexão em território nacional, desde que o visi-
tante não deixe a área de trânsito internacional.
Visto Temporário
Já o visto temporário poderá ser concedido ao 
imigrante que venha ao Brasil com o intuito de esta-
belecer residência por tempo determinado e que se 
enquadre em pelo menos a uma hipótese do artigo 14.
I - o visto temporário tenha como finalidade: 
a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica;
b) tratamento de saúde;
c) acolhida humanitária;
d) estudo;
e) trabalho;
f) férias-trabalho;
g) prática de atividade religiosa ou serviço 
voluntário;
h) realização de investimento ou de atividade 
com relevância econômica, social, científica, 
tecnológica ou cultural;
i) reunião familiar;
j) atividades artísticas ou desportivas com con-
trato por prazo determinado;
II - o imigrante seja beneficiário de tratado em 
matéria de vistos;
III - outras hipóteses definidas em regulamento.
§1º: O visto temporário para pesquisa, ensino ou 
extensão acadêmica poderá ser concedido ao imi-
grante com ou sem vínculo empregatício com a 
instituição de pesquisa ou de ensino brasileira, 
exigida, na hipótese de vínculo, a comprovação de 
formação superior compatível ou equivalente reco-
nhecimento científico.
Já, de acordo com o §2º, o visto temporário para 
tratamento de saúde poderá ser concedido ao imi-
grante e a seu acompanhante, desde que o imigrante 
comprove possuir meios de subsistência suficientes.
Com relação ao visto temporário para acolhida huma-
nitária poderá ser concedido ao apátrida ou ao nacional 
de qualquer país em situação de grave ou iminente insta-
bilidade institucional, de conflito armado, de calamidade 
de grande proporção, de desastre ambiental ou de grave 
violação de direitos humanos ou de direito internacional 
humanitário, consoante dispõe o §3º do referido artigo. 
O visto temporário para estudo poderá ser con-
cedido ao imigrante que pretenda vir ao Brasil para 
frequentar curso regular ou realizar estágio ou inter-
câmbio de estudo ou de pesquisa.
Vale ressaltar que o visto temporário para trabalho 
poderá ser concedido ao imigrante que venha exercer 
atividade laboral, com ou sem vínculo empregatício 
no Brasil, desde que comprove oferta de trabalho for-
malizada por pessoa jurídica em atividade no País, 
dispensada esta exigência se o imigrante comprovar 
titulação em curso de ensino superior ou equivalente.
Correspondente ao §6º, ao visto temporário para 
férias-trabalho poderá ser concedido ao imigrante 
maior de 16 (dezesseis) anos que seja nacional de país 
que conceda idêntico benefício ao nacional brasileiro, 
em termos definidos por comunicação diplomática.
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É de suma importância que não se exigirá do 
marítimo que ingressar no Brasil em viagem de lon-
go curso ou em cruzeiros marítimos pela costa brasi-
leira o visto temporário, bastando a apresentação da 
carteira internacional de marítimo, nos termos de 
regulamento, vide §7º. 
É reconhecida ao imigrante a quem se tenha conce-
dido visto temporário para trabalho a possibilidade de 
modificação do local de exercício de sua atividade laboral.
O visto para realização de investimento poderá 
ser concedido ao imigrante que aporte recursos em 
projeto com potencial para geração de empregos 
ou de renda no País.
Visto Diplomático e Oficial
Os vistos diplomático e oficial poderão ser trans-
formados em autorização de residência, o que impor-
tará cessação de todas as prerrogativas, privilégios e 
imunidades decorrentes do respectivo visto.
É de suma importância que os vistos diplomático e ofi-
cial poderão ser concedidos a autoridades e funcionários 
estrangeiros que viajem ao Brasil em missão oficial de 
caráter transitório ou permanente, representando Estado 
estrangeiro ou organismo internacional reconhecido.
Importante!
Não se aplica ao titular dos vistos que são as 
autoridades e funcionários estrangeiros que via-
jem ao Brasil em missão oficial de caráter 
transitório ou permanente, representando Esta-
do estrangeiro ou organismo internacional reco-
nhecido o disposto na legislação trabalhista 
brasileira.
Os vistos diplomático e oficial poderão ser estendi-
dos aos dependentes das autoridades.
Art. 17. O titular de visto diplomático ou oficial 
somente poderá ser remunerado por Estado estran-
geiro ou organismo internacional, ressalvado o dis-
posto em tratado que contenha cláusula específica 
sobre o assunto.
Já com relação ao dependente de titular de visto 
diplomático ou oficial, dispõe o parágrafo único do 
artigo 17, que poderá exercer atividade remunerada 
no Brasil, sob o amparo da legislação trabalhista bra-
sileira, desde que seja nacional de país que assegure 
reciprocidade de tratamento ao nacional brasileiro, 
por comunicação diplomática.
Visto de Cortesia
Relaciona-se ao empregado particular titular de 
visto de cortesia somente poderá exercer atividade 
remunerada para o titular de visto diplomático, oficial 
ou de cortesia ao qual esteja vinculado, sob o amparo 
da legislação trabalhista brasileira.
O titular de visto diplomático, oficial ou de cortesia 
será responsável pela saída de seu empregado do ter-
ritório nacional.
DO REGISTRO E DA IDENTIFICAÇÃO CIVIL DO 
IMIGRANTE E DOS DETENTORES DE VISTOS 
DIPLOMÁTICO, OFICIAL E DE CORTESIA
Art. 19. O registro consiste na identificação civil 
por dados biográficos e biométricos, e é obrigatório 
a todo imigrante detentor de visto temporário ou de 
autorização de residência.
No que corresponde ao registro gerará número 
único de identificação que garantirá o pleno exercício 
dos atos da vida civil, visando inclusive um controle.
Já o documento de identidade do imigrante será 
expedido com base no número único de identificação.
É importante destacar que enquanto não for expe-
dida identificação civil, o documento comprobatório 
de que o imigrante a solicitou à autoridade competen-
te garantirá ao titular o acesso aos direitos, de acordo 
com o §1º do art. 19. 
Art. 20. A identificação civil de solicitante de refú-
gio, de asilo, de reconhecimento de apatridia e de 
acolhimento humanitário poderá ser realizada 
com a apresentação dos documentos de que o imi-
grante dispuser.
No que corresponde aos documentos de identida-
de emitidos até a data de publicação desta Lei conti-
nuarão válidos até sua total substituição.
E, por fim, de acordo com o art. 22, a identificação 
civil, o documento de identidade e as formas de gestão 
da base cadastral dos detentores de vistos diplomáti-
co, oficial e de cortesia atenderão a disposições espe-
cíficas previstas em regulamento.
DA CONDIÇÃO JURÍDICA DO MIGRANTE E DO 
VISITANTE 
Do Residente Fronteiriço
Residente fronteiriço é a pessoa que mora em uma 
cidade fronteiriça, por exemplo, Foz do Iguaçu/PR, faz 
divisa com o Paraguai e a Argentina, é muito comum 
ver estrangeiro ou brasileiro, morando, trabalhando e 
estudando no País vizinho.
Art. 23. A fim de facilitar a sua livre circulação, 
concedeu-se ao residente fronteiriço, mediante 
requerimento, autorização para a realização de 
atos da vida civil.
Condições específicas poderão ser estabelecidas 
em regulamento ou tratado.
A autorização, indicará o Município fronteiriço no 
qual o residente estará autorizado a exercer os direi-
tos a ele atribuídos por esta Lei.
Art. 24. §1º: O residente fronteiriço detentor da 
autorização gozará das garantias e dos direi-
tos assegurados pelo regime geral de migração 
entabulados na Lei, conforme especificado em 
regulamento.
§2º O espaço geográfico de abrangência e de valida-
de da autorização será especificado no documento 
de residente fronteiriço.
O documento de residente fronteiriço será cance-
lado, a qualquer tempo, se o titular:
16
Cancelamento do 
Documento
Fraude de Documento ou 
Utilização de Falso
Obtiver outra condição 
migratória
Sofrer condenação 
penal
Exercer direito fora 
dos limites previstos na 
autorização
Lembrem-se dessas regras, pois são essenciais.
DA PROTEÇÃO DO APÁTRIDA E DA REDUÇÃO DA 
APATRIDIAA Lei dispõe que o regulamento disporá sobre ins-
tituto protetivo especial do apátrida, consolidado em 
processo simplificado de naturalização.
E quando iniciará o processo simplificado de 
naturalização?
O processo simplificado de naturalização, será ini-
ciado tão logo seja reconhecida a situação de apatridia.
Art. 26 §2º: Durante a tramitação do processo de 
reconhecimento da condição de apátrida, incidem 
todas as garantias e mecanismos protetivos e de faci-
litação da inclusão social relativos à Convenção sobre 
o Estatuto dos Apátridas de 1954, à Convenção relati-
va ao Estatuto dos Refugiados, e à Lei nº 9.474, de 22 
de julho de 1997 (Lei que define mecanismos para a 
implementação do Estatuto dos Refugiados de 1951).
Com isso aplicam-se ao apátrida residente todos os 
direitos atribuídos ao migrante relacionados ao tópico 
de princípios e das garantias.
§4º O reconhecimento da condição de apátrida asse-
gura os direitos e garantias previstos na Convenção 
sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada 
pelo Decreto nº 4.246, de 22 de maio de 2002, bem como 
outros direitos e garantias reconhecidos pelo Brasil.
No que tange o processo de reconhecimento da condi-
ção de apátrida, presente no §5º, tem como objetivo verifi-
car se o solicitante é considerado nacional pela legislação 
de algum Estado e poderá considerar informações, docu-
mentos e declarações prestadas pelo próprio solicitante e 
por órgãos e organismos nacionais e internacionais. 
Reconhecida a condição de apátrida, de que a pessoa 
que não seja considerada como nacional por nenhum 
Estado, segundo a sua legislação, nos termos da Convenção 
sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada pelo 
Decreto nº 4.246, de 22 de maio de 2002, ou assim reconhe-
cida pelo Estado brasileiro, o solicitante será consultado 
sobre o desejo de adquirir a nacionalidade brasileira.
Caso o apátrida opte pela naturalização, a decisão sobre 
o reconhecimento será encaminhada ao órgão competen-
te do Poder Executivo para publicação dos atos necessários 
à efetivação da naturalização no prazo de 30 (trinta) dias.
Já com relação ao apátrida reconhecido que não 
opte pela naturalização imediata terá a autorização 
de residência outorgada em caráter definitivo.
Claro que caberá recurso contra decisão negativa 
de reconhecimento da condição de apátrida.
Importante!
Subsistindo a denegação do reconhecimento da 
condição de apátrida, é vedada a devolução do 
indivíduo para país onde sua vida, integridade 
pessoal ou liberdade estejam em risco.
Vale destacar que será reconhecido o direito de 
reunião familiar a partir do reconhecimento da con-
dição de apátrida.
Vale ressaltar que implica perda da proteção:
Perda da proteção
A renúncia
A prova da falsidade para 
reconhecimento da condição 
de apátrida
Existência de fatos que, 
reconheceidos anterior-
mente, teriam ensejado 
decisão negativa
DO ASILADO
O asilo político é ato discricionário do Estado e 
poderá ser diplomático ou territorial, onde será outor-
gado como instrumento de proteção à pessoa.
A Lei estabeleceu que um Regulamento disporá sobre 
as condições para a concessão e a manutenção de asilo.
Art. 28. Não se concederá asilo a quem tenha 
cometido crime de genocídio, crime contra a huma-
nidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos 
termos do Estatuto de Roma do Tribunal Penal 
Internacional.
Importante!
Art. 29. A saída do asilado do País sem prévia 
comunicação implica renúncia ao asilo.
DA AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA
Esse ponto é interessante e informa que a residên-
cia poderá ser autorizada, mediante registro, ao imi-
grante, ao residente fronteiriço ou ao visitante que se 
enquadre em uma das seguintes hipóteses:
Hipóteses
a residência
a pessoa
outras hipóteses 
definidas em 
regulamento.
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No entanto, precisamos aprofundar um pouco em 
cada um dos tópicos, de acordo com o art. 30.
Quanto a Residência:
Que tenha como finalidade:
 z pesquisa, ensino ou extensão acadêmica;
 z tratamento de saúde;
 z acolhida humanitária;
 z estudo;
 z trabalho; 
 z férias-trabalho;
 z prática de atividade religiosa ou serviço voluntário;
 z realização de investimento ou de atividade com 
relevância econômica, social, científica, tec-
nológica ou cultural;
 z reunião familiar.
Quanto à Pessoa:
 z seja beneficiária de tratado em matéria de residên-
cia e livre circulação;
 z seja detentora de oferta de trabalho;
 z já tenha possuído a nacionalidade brasileira e não 
deseje ou não reúna os requisitos para readquiri-la;
 z seja beneficiária de refúgio, de asilo ou de prote-
ção ao apátrida;
 z seja menor nacional de outro país ou apátrida, 
desacompanhado ou abandonado, que se encon-
tre nas fronteiras brasileiras ou em território 
nacional;
 z tenha sido vítima de tráfico de pessoas, de trabalho 
escravo ou de violação de direito agravada por sua 
condição migratória;
 z esteja em liberdade provisória ou em cumprimen-
to de pena no Brasil;
Quanto à outras hipóteses definidas em 
regulamento:
É importante informar que não se concederá a auto-
rização de residência a pessoa condenada criminalmen-
te no Brasil ou no exterior por sentença transitada em 
julgado, desde que a conduta esteja tipificada na legisla-
ção penal brasileira, ressalvados os casos em que:
 z A conduta caracterize infração de menor potencial 
ofensivo;
 z A pessoa se enquadre em:
 z A residência tenha como finalidade o tratamento 
de saúde;
 z A residência tenha como finalidade a acolhida 
humanitária
 z A residência tenha como finalidade reunião 
familiar
 z A pessoa seja beneficiária de tratado em matéria 
de residência e livre circulação
Não obsta progressão de regime de cumprimen-
to de pena, ficando a pessoa autorizada a trabalhar 
quando assim exigido pelo novo regime de cumpri-
mento de pena. (§ 2o O disposto no § 1)
Já nos procedimentos referentes ao cancelamen-
to de autorização de residência e no recurso contra 
a negativa de concessão de autorização de residên-
cia devem ser respeitados o contraditório e a ampla 
defesa. Com relação aos prazos e o procedimento 
da autorização de residência, serão dispostos em 
regulamento.
Vale ressaltar que, de acordo com o art. 31 §1º, será 
facilitada a autorização de residência que tenha como 
finalidade de pesquisa, ensino ou extensão acadêmica 
e/ou trabalho, devendo a deliberação sobre a autori-
zação ocorrer em prazo não superior a 60 (sessenta) 
dias, a contar de sua solicitação.
Nova autorização de residência poderá ser conce-
dida, mediante o preenchimento dos requisitos e por 
requerimento.
Esse requerimento de nova autorização de resi-
dência após o vencimento do prazo da autorização 
implicará aplicação da sanção de permanecer em ter-
ritório nacional depois de esgotado o prazo legal da 
documentação migratória:
Já o solicitante de refúgio, de asilo ou de proteção 
ao apátrida fará jus a autorização provisória de resi-
dência até a obtenção de resposta ao seu pedido.
Art. 30 § 5º Poderá ser concedida autorização de resi-
dência independentemente da situação migratória.
Para que isso ocorra poderão ser cobradas taxas 
pela autorização de residência.
De acordo com o art. 33, o regulamento é quem 
disporá sobre a perda e o cancelamento da autori-
zação de residência em razão de fraude ou de ocul-
tação de condição impeditiva de concessão de visto, 
de ingresso ou de permanência no País, observado 
procedimento administrativo que garanta o contra-
ditório e a ampla defesa.
Vale destacar que poderá ser negada autorização 
de residência com fundamento nas hipóteses previs-
tas nos incisos I, II, III, IV e IX do art. 45, como já visto 
anteriormente. 
No que corresponde a posse ou a propriedade de bem 
no Brasil não confere o direito de obter visto ou autori-
zação de residência em território nacional, sem prejuízo 
do disposto sobre visto para realização de investimento.
O visto de visita ou de cortesia poderá ser transfor-
mado em autorização de residência,

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