Buscar

Direito Previdenciário - Marcos Historicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE PADRÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora: Ludmila Pinheiro Fontes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA / 2021
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A partir de hoje vamos juntos estudar o Direito Previdenciário. 
E para isso iremos passear por tudo que engloba a Seguridade Social, onde 
o Direito Previdenciártio está inserido. 
Para isso, iremos transcorrer pelo caminho histórico da Seguridade Social, 
os marcos que deram início à Saúde, Assistência Social e a Previdência Social. 
Iremos estudar a legislação pertinente; nossa Carta Magna e ainda as 
transformações ocorridas desde a promulgação da CRFB/88. 
Então vamos lá? 
 
1. A SEGURIDADE SOCIAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Sistema de Seguridade Social foi introduzido no ordenamento brasileiro 
pela Constituição Federal de 1988. Sua previsão legal está contida no artigo 194 da 
CF, e é composto de: • Saúde; • Previdência Social; • Assistência Social. 
Então não vamos esquecer o tripé da Seguridade Social. 
 
O artigo 194 dispõe que a seguridade social compreende um conjunto 
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social 
 
Ludmila já falamos sobre onde a Seguridade Social se inicia no nosso 
ordenamento, “artigo 194 da Constituição Federal”, mas queremos saber sobre o que 
está intrínseco nesse seguridade, como a constituição federal chegou nesta definição 
de proteção. 
 
Ah, que ótimo, então vamos aprofundar... 
 
Olha nossa constituição federal nem é tão antiga assim; e sabemos que nem 
sempre, houve a preocupação efetiva com a proteção dos indivíduos quanto a seus 
infortúnios. Somente em tempos mais recentes, a partir do final do século XIX, a 
questão se tornou importante dentro da ordem jurídica dos Estados. 
 
A marcha evolutiva do sistema de proteção, desde a assistência prestada 
por caridade até o estágio em que se mostra como um direito subjetivo, garantido pelo 
Estado e pela sociedade a seus membros, é o reflexo de três formas distintas de 
solução do problema: a da beneficência entre pessoas; a da assistência pública; e a da 
previdência social, que culminou no ideal de seguridade social, ok? 
 
 
 
Embora seja recente na história do homem a concepção de proteção social 
aos riscos no trabalho, é certo que desde os tempos mais remotos e em qualquer lugar 
do mundo, as civilizações sempre tiveram em mente a preocupação com a insegurança 
natural dos seres humanos. 
 
Em períodos passados, anteriormente ao surgimento das primeiras leis de 
proteção social, a defesa do trabalhador quanto aos riscos no trabalho e perda da 
condição de subsistência se dava pela assistência caritativa individual ou pela reunião 
de pessoas. 
 
No período das corporações de ofício, na Idade Média Europeia, tem-se o 
aparecimento das guildas, entre cujos escopos estava também o de associação de 
assistência mútua. 
 
Porém, é somente com o desenvolvimento da sociedade industrial que 
vamos obter um salto considerável em matéria de proteção, com o reconhecimento de 
que a sociedade no seu todo deve ser solidária com seus incapacitados. 
 
Podemos citar alguns marcos históricos como as sociedades romanas e 
gregas da Antiguidade se encontram referências a associações de pessoas com o 
intuito de, mediante contribuição para um fundo comum, receberem socorro em caso 
de adversidades decorrentes da perda da capacidade laborativa. 
 
Agora sim, começamos a entender o objetivo da seguridade social, que 
abarca o infortuito, a capacidade laborativa, e o necessitado da assistencia social. 
 
Então essa seguridade social nada mais é do que uma proteção social, 
sendo um conjunto de medidas de caráter social destinadas a atender certas 
necessidades individuais; mais especificamente, às necessidades individuais que, não 
atendidas, repercutem sobre os demais indivíduos e, em última análise, sobre a 
sociedade. 
 
 
 
Sim! Mas não para por aí! 
 
Um grande marco histórico, ocorreu na Declaração dos Direitos do Homem 
e do Cidadão, em 1789, que inscreve o princípio da Seguridade Social como direito 
subjetivo assegurado a todos. 
 
Tal acontecimento se deu por influência dos movimentos dos trabalhadores 
que deflagrou a ideia de previdencia social, pública, gerida pelo Estado, com 
participação de toda a sociedade. 
 
Com o desenvolvimento da sociedade industrial vai se obter um salto 
considerável em matéria de proteção social, com o reconhecimento de que a sociedade 
no seu todo deve ser solidária com seus integrantes. 
 
Mas agora vamos falar de um divisor de águas no mundo, onde se inicia de 
fato a Previdencia Social, ocorrida na segunda metade do século XIX até o início do 
século XX, ou seja, é um garnde marco mas ocorreu de forma gradual: os Estados da 
Europa, precursores da ideia de proteção estatal ao indivíduo vítima de infortúnios, 
estabeleceram, um sistema jurídico que garantiria aos trabalhadores normas de 
proteção em relação aos seus empregadores nas suas relações contratuais, e um seguro 
– mediante contribuição destes – que consistia no direito a uma renda em caso de 
perda da capacidade de trabalho, por velhice, doença ou invalidez, ou a pensão por 
morte, devida aos dependentes. Aí já não mais era uma política assistencialista. 
 
No nosso país as primeiras manifestações de preocupação com a 
necessidade de implantação de seguro social deram-se através das santas casas de 
misericórdia, como a de Santos (1543), montepios e sociedades beneficentes, todos de 
cunho mutualista e particular. 
 
O Código Comercial, de 1850, dispôs, no artigo 79, que os empregadores 
deveriam manter o pagamento dos salários dos empregados por três meses, no caso de 
 
 
ocorrência de acidentes imprevistos e inculpados. 
 
A carta de 1891 aludiu, pela primeira vez, à expressão aposentadoria para 
funcionários públicos, totalmente custeada pela nação. 
 
Em 1919, a lei nº 3.724 instituiu o seguro obrigatório de acidente do 
trabalho, bem como uma indenização a ser paga pelos empregadores, nesses casos. 
 
No entanto, considera-se o marco da previdência social no Brasil a lei Eloy 
Chaves, Decreto Legislativo nº 4.682, de 24/01/1923, que determinou a criação de 
caixas de aposentadoria e pensão para os empregados das empresas ferroviárias, 
impondo uma característica mantida até os dias atuais na administração da previdência 
pública: a administração colegiada, artigo 194, § único, VII, da CRFB/88. 
 
A Constituição Federal de 1988 trouxe-nos uma completa estruturação da 
previdência, saúde e assistência social, unificando esses conceitos sob a definição de 
“seguridade social”. 
 
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu o sistema de Seguridade 
Social, como objetivo a ser alcançado pelo Estado brasileiro, atuando 
simultaneamente nas áreas da saúde, assistência social e previdência social, de modo 
que as contribuições sociais passaram a custear as ações do Estado nestas três áreas, e 
não mais somente no campo da Previdência Social. Porém, antes mesmo da 
promulgação da Constituição, já havia disposição legal que determinava a 
transferência de recursos da Previdência Social para o então Sistema Único 
Descentralizado de Saúde – SUDS, hoje Sistema Único de Saúde – SUS. 
 
O Regime Geral de Previdência Social – RGPS, nos termos da Constituição 
atual (art. 201), não abriga a totalidade da população economicamente ativa, mas 
somente aqueles que, mediante contribuição e nos termos da lei, fizerem jus aos 
benefícios, não sendo abrangidos por outros regimes específicos de seguro social. 
 
 
 
Ficaram excluídos do chamado Regime Geral de Previdência: os servidores 
públicos civis, regidos por sistema próprio de previdência; os militares; os membros 
do Poder Judiciárioe do Ministério Público; e os membros do Tribunal de Contas da 
União, todos por possuírem regime previdenciário próprio; e os que não contribuem 
para nenhum regime, por não estarem exercendo qualquer atividade. 
 
Garante-se que o benefício substitutivo do salário ou rendimento do 
trabalho não será inferior ao valor do salário mínimo (art. 201, § 2º). Os benefícios 
deverão, ainda, ser periodicamente reajustados, a fim de que seja preservado seu valor 
real, em caráter permanente, conforme critérios definidos na lei. 
 
Pelas ações na área de saúde, destinadas a oferecer uma política social com 
a finalidade de reduzir riscos de doenças e outros agravos, é responsável o SUS 
(art.198 da Constituição), de caráter descentralizado. O direito à saúde, que deve ser 
entendido como direito à assistência e tratamento gratuitos no campo da Medicina, é 
assegurado a toda a população, independentemente de contribuição social, para que se 
preste o devido atendimento, tendo atribuições no âmbito da repressão e prevenção de 
doenças, produção de medicamentos e outros insumos básicos, bem como ordenar a 
formação de recursos humanos na área de saúde, participar da política e execução das 
ações de saneamento básico, incrementar o desenvolvimento científico e tecnológico, 
exercer a vigilância sanitária e as políticas de saúde pública, além de auxiliar na 
proteção do meio ambiente (art. 200 da CF). 
 
Em termos de regramentos legais, ressalte-se a edição da Lei n. 
8.689/1993, que extinguiu o INAMPS – autarquia federal, absorvida sua competência 
funcional pelo SUS (sem personalidade jurídica própria), este gerido pelo Conselho 
Nacional de Saúde, na órbita federal, e pelos colegiados criados junto às Secretarias 
Estaduais e Municipais de Saúde, na instâncias correspondentes. 
 
Cumpre ressaltar, ainda, que a Constituição prevê a prestação de serviços 
de saúde pela iniciativa privada, sem restrições (art. 199), podendo participar do SUS, 
de forma complementar, mediante contrato de direito público ou convênio (§ 1º), 
 
 
vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenção de instituições 
privadas com fins lucrativos (§ 2º). 
 
No âmbito da Assistência Social, são assegurados, independentemente de 
contribuição à Seguridade Social, a proteção à família, à maternidade, à infância, à 
adolescência e à velhice; o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; a 
promoção da integração ao mercado de trabalho; a habilitação e reabilitação 
profissional das pessoas portadoras de deficiência; e a renda mensal vitalícia – de um 
salário mínimo – à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não 
possuir meios de subsistência, por si ou por sua família (art. 203). É prestada por 
entidades e organizações sem fins lucrativos, no atendimento e assessoramento aos 
beneficiários da Seguridade Social, bem como pelos que atuam na defesa e garantia de 
seus direitos, segundo as normas fixadas pelo Conselho Nacional de Assistência 
Social – CNAS. 
 
A seguridade social está contida no artigo 6º da Constituição da República 
Federativa do Brasil; que relaciona a saúde, a previdência social, a proteção a 
maternidade e a infância a assistência aos desamparados. 
 
Vejamos que esses direitos, encontra-se no rol dos direitos fundamentais. 
 
Devemos saber que a competência para legislar sobre a seguridade social é 
privativa da união conforme preceitua o artigo 22, XXIII. 
 
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de 
iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde , à previdência social e à assistência social. 
 
Pessoal, fizemos um breve histórico mundial e ainda do nosso país sobre a 
seguridade social e podemos concluir então que o direito da seguridade social destina-
se a atender às necessidades básicas do ser humano. 
 
 
 
O artigo 194 da CF federal conceitua a seguridade social, vamos fazer a 
leitura do referido artigo. 
 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações 
de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar 
a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: 
 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações 
urbanas e rurais; 
 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
 
V - eqüidade na forma de participação no custeio; 
 
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas 
contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de 
saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da 
previdência social; 
 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante 
gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos 
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
 
Vimos que a seguridade social é gênero de direitos sociais que compreende 
direitos à previdência social, saúde e assistência social. 
 
 
 
 
 
Agora vamos fixar, resolvendo um exercício? 
 
1) A seguridade social, que compreende um conjunto integrado de ações, 
de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, é destinada a assegurar os direitos 
relativos a(à): 
 
a) desportos, à assistência social e à educação. 
 
b) saúde, à previdência e à assistência social. 
 
c) educação, à cultura e a desportos. 
 
d) cultura, à previdência e a desportos. 
 
e) saúde, à cultura e à educação. 
 
 
 
 
Vamos fazer outro? 
 
2)Acerca da seguridade social e seus princípios, julgue o item a seguir. 
 
O princípio da universalidade de cobertura e do atendimento é próprio da 
previdência social, de maneira que não se aplica à saúde e à assistência social. (V) (F) 
 
2. Lei e Regulamento do Custeio da Seguridade Social 
 
Conforme vimos, a Seguridade Social têm como objetivo prevenir que 
pessoas caiam na pobreza através de prover padrões de vida adequados, protegendo os 
indivíduos trabalhadores e as pessoas que deles dependem. 
A doutrina e os organismos ligados à pesquisa em matéria de seguridade 
social têm lançado suas luzes sobre a formação de modelos mais recentes de 
financiamento e distribuição de benefícios, superando a noção de uma só forma de 
custeio (baseada em contribuições exclusivamente, ou não) e de níveis de cobertura 
aos beneficiários, com o fito de atingir o objetivo da universalidade do 
atendimento àqueles que necessitam de proteção. 
A isto se costuma denominar de modelos construídos sobre mais de um 
“pilar”. 
Segundo o Relatório sobre a Seguridade Social de 2009 da Conferência 
Interamericana de Seguridade Social, a literatura sobre o tema sugere a formação de 
três pilares: o primeiro seria uma rede de seguridade ou pensão mínima para todos os 
cidadãos, financiada por impostos gerais; o segundo, um sistema de benefícios 
contributivo, voltado à atividade laborativa, financiado por contribuições sobre 
salários; e o terceiro, baseado na economia voluntária individual. O modelo 
brasileiro atual vai ao encontro a esta tendência, se observarmos que ao chamado 
“primeiro pilar” podemos associar as políticas de assistência social e saúde, ao 
“segundo pilar” os Regimes de Previdência Social – atualmente todos 
contributivos e em modelo de repartição simples –, e ao “terceiro pilar”, a 
Previdência Complementar Privada, em forma de capitalização. 
 
 
A Constituição estabelece, ainda, princípios específicos em relação ao 
custeio da Seguridade Social. 
O art. 195 da Constituição brasileira estabelece que a seguridade social será 
custeada por toda a sociedade, de forma direta e indireta,nos termos da lei, mediante 
recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
Acrescenta-se a essa forma de custeio (disciplinado pela Lei n. 8.212/91 e 
regulamentado pelo Decreto n. 3.048/99) as seguintes contribuições: a) do 
empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes 
sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício; a receita ou o faturamento; o lucro; b) do trabalhador e dos demais 
segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de 
acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; c) sobre 
a receita de concursos de prognósticos; e d) do importador de bens ou serviços do 
exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
Lei complementar federal poderá instituir outras fontes destinadas a 
garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, além daquelas diretamente 
previstas na Constituição Federal. 
A Constituição estabelece que a receita da Seguridade Social constará de 
orçamento próprio, distinto daquele previsto para a União (art. 165, § 5º, III; art. 195, 
§§ 1º e 2º). O legislador constituinte originário pretendeu, com tal medida, evitar que 
houvesse sangria de recursos da Seguridade para despesas públicas que não as 
pertencentes às suas áreas de atuação. 
Nosso sistema previdenciário é pautado pela universalidade de 
atendimento, nenhuma pessoa que exerça trabalho remunerado pode ficar isenta de 
contribuir com parcela de seus ganhos, seja este trabalhador vinculado à iniciativa 
privada ou ao serviço público – uma vez que mesmo os servidores públicos 
contribuem para os chamados regimes próprios de previdência. 
Diante desta compulsoriedade, o indivíduo que tenha exercido atividade 
 
 
que o enquadrava como segurado obrigatório é sempre considerado devedor das 
contribuições que deveria ter feito, salvo na ocorrência de decadência, transferindo se 
tal responsabilidade à fonte pagadora quando a lei assim estabeleça. 
Vamos relembrar o artigo 195 da CF? 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de 
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da 
lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou 
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem 
vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo 
ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de 
contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas 
pelo Regime Geral de Previdência Social; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
Vamos pausar aqui rapidinho, para falarmos sobre essa forma de 
arrecadação... 
O Art. 26, da Lei 8.212/91 também trata dos concursos: 
Constitui receita da Seguridade Social a renda líquida dos concursos de 
prognósticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito 
Educativo. 
De acordo com o § 1º do art. 26 da lei 8212/91, são considerados concursos 
de prognósticos: “todos e quaisquer concursos de sorteios de números, loterias, 
apostas, inclusive as realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos federal, estadual, do 
Distrito Federal e municipal”. 
 
 
 
O art. 26 § 2º determina que a receita da Seguridade Social seja a renda 
líquida de tais concursos, assim considerada o total da arrecadação, deduzidos os 
valores destinados a pagamento de prêmios, impostos e despesas de administração, 
conforme for determinado na legislação específica. 
Entendido né?! Além de estar previsto na Constituição Federal, a lei 8.212 
também dispõe sobre a arrecadação dos concursos de prognósticos. 
Agora voltaremos ao artigo 195 da CF: 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar. 
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando 
o orçamento da União. 
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de 
forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e 
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de 
diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como 
estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a 
manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, 
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser 
exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver 
instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
 
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
 
 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador 
artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime 
de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade 
social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da 
produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. 
 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo 
poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização 
intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado 
de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases de cálculo diferenciadas 
apenas no caso das alíneas "b" e "c" do inciso I do caput. 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema 
único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva 
contrapartida de recursos. 
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 
(sessenta) meses e, na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das 
contribuições sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I e o inciso II do caput. 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as 
contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do capu t, serão não-
cumulativas. 
§ 13. (Revogado). 
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição 
ao Regime Geral de Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou 
superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria, assegurado o 
agrupamento de contribuições. 
 
Vamos conhecer outras fontes de custeio? 
 
 
 
OUTRAS RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL 
De acordo com o disposto no art. 27, da Lei 8212/91, constituem outras receitas da 
seguridade social: 
• As multas, a atualização monetária e os juros moratórios; 
• A remuneração recebida pela prestação de serviços de arrecadação, fiscalização e 
cobrança prestados a terceiros; 
• As receitas provenientesde prestação de outros serviços e fornecimento ou arrendamento 
de bens; 
• As demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras; 
• As doações, legados e outras receitas eventuais; 
• 50% da receita obtida na forma do § único do art. 243 da CF, repassado para o INSS aos 
órgãos responsáveis pelas ações de proteção à saúde e a ser aplicada no tratamento e 
recuperação de viciados em entorpecentes e drogas afins; 
• 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela Secretaria da Receita Federal; 
• 50% do valor do prêmio recolhido pelas companhias seguradoras que mantém o seguro 
obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre que é o 
(DPVAT). Este valor deve ser destinado ao SUS (Sistema Único de Saúde) para o custeio 
da assistência médico hospitalar aos segurados vitimados em acidentes de transito; 
• E outras receitas previstas em legislação específica. 
 
 
Vamos para mais um exercício? 
O gabarito de todos os exercícios estão ao final do material. 
3) A seguridade social é financiada por toda a sociedade, de forma direta e 
indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos da: 
a) União e dos Estados, apenas. 
b) União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de 
contribuições sociais. 
c) União, dos Estados, dos Municípios e de contribuições sociais. 
d) União, dos Estados e dos Municípios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta dos exercícios: 
 
1) Gabarito B; CF 88 Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto 
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
2) Errado. Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações 
de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. 
Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com 
base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; ou 
seja, não é próprio da previdência, mas também deve ser observado na saúde e na 
assistência social. 
 
3) Gabarito letra B. Art. 195 da CF|88 A seguridade social será financiada por toda 
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da 
empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha 
de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer 
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) 
a receita ou o faturamento; 
	FACULDADE PADRÃO
	GOIÂNIA / 2021
	1. A SEGURIDADE SOCIAL.
	2. Lei e Regulamento do Custeio da Seguridade Social

Continue navegando