ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO: UM
ESTUDO DE CASO DO SETOR DE PRODUÇÃO DE
UMA EMPRESA DE SISTEMAS ELETRÔNICOS
Professor(a): Tatiana Nardon Noal
Caroline Gonçalves
Felipe Leal
Gabriela Torres
Rafael Teixeira
Resumo: A análise ergonômica do trabalho visa a qualidade e adequação do ambiente
de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Sua análise
tem a corrigir situações reais de trabalho, assim sua aplicação prática depende das
particularidades da empresa e do setor estudado. O estudo em questão refere-se a uma
análise ergonômica do trabalho que foi realizado um estudo de caso em uma empresa de
pequeno porte de sistemas eletrônicos localizada em Porto Alegre/RS, que emprega
atualmente 10 funcionários. Teve por objetivo, analisar a ergonomia, o ambiente de
trabalho e as atividades desenvolvidas pelo setor da produção. O posto de trabalho deve
fornecer as condições de trabalho que proporcionem ao trabalhador segurança e
conforto. Para evitar que ocorra qualquer tipo de doença do trabalho gerando prejuízos,
tanto para os trabalhadores como para as empresas, a Norma Regulamentadora número
17 estabelece ao empregador que avalie as condições de trabalho através da Análise
Ergonômica do Trabalho. Este é o foco do presente estudo, apontando suas divergências
com a NR17 e propostas melhorias para os postos analisados.
Palavras-chave: Ergonomia, AET, Estudo de caso, Produção.
Bagé/RS, setembro de 2021
1. INTRODUÇÃO
Ergonomia é uma ciência de grande abrangência que estuda a maneira em que as
condições de trabalho podem afetar o conforto e saúde do homem (IIDA, 2005),
incluindo fatores como iluminação, ruído, temperatura, vibração, design, postos de
trabalho, projeto de ferramentas e projeto de máquinas entre outros (LEHTO; LANDRY,
2013). O conforto estudado na ergonomia é um fator crítico para a produtividade no
local de trabalho. Condições desconfortáveis no ambiente podem restringir a capacidade
dos trabalhadores para funcionar em plena capacidade. A abordagem ergonômica tem
como princípio fundamental o desenvolvimento de postos de trabalho adaptados às
características do trabalhador. Sendo assim, objetiva-se alocar o trabalhador em uma
postura que reduza os esforços biomecânicos e cognitivos, favorecendo a realização de
seu trabalho com conforto, eficiência e segurança (MÁSCULO; VIDAL, 2011; MELO;
FREITAS; PORTO, 2012). A ergonomia estuda todos os fatores que influenciam no
desempenho do trabalho, analisa todo processo e a relação do homem com a máquina,
reduzindo consequências nocivas do trabalho, evita o estresse e a fadiga (IIDA, 2005).
O estudo em questão refere-se a uma análise ergonômica do trabalho que foi realizada
em uma empresa de sistemas eletrônicos, Sultech localizada em Porto Alegre, é uma
empresa brasileira com 30 anos de experiência no desenvolvimento e fabricação de
soluções para eficiência energética. Ela atende clientes de diversos segmentos: revendas
de material elétrico, projetistas e instaladores de projetos elétricos, indústrias,
concessionárias de energia, cooperativas de eletrificação, shopping centers, prédios
inteligentes, saneamento, petróleo e gás, dentre outros.
Primeiramente serão apresentados os conceitos básicos referentes à Análise
Ergonômica do Trabalho (AET) para possibilitar ao leitor um melhor entendimento da
metodologia utilizada. Na sequência serão descritos os procedimentos metodológicos
utilizados. Posteriormente serão apresentados os dados coletados na empresa e em
seguida as análises realizadas através da observação técnica. Nas considerações finais,
discutem-se os aspectos mais relevantes apontados pelo estudo, bem como sua
importância e viabilidade aos resultados finais esperados.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
A ergonomia é o conjunto de regras e procedimentos que estudam a organização
do ambiente de trabalho e as interações entre o homem, as máquinas e os equipamentos.
Seu objetivo é reduzir riscos, atuando nas condições dos espaços físicos da empresa e
organização de processos corporativos. (DUL; WEERDMEESTER, 2017)
Além de proporcionar conforto para o trabalhador, ela busca prevenir doenças
ocupacionais. Como por exemplo lesões, dores no corpo e preservação das capacidades
físicas e psicológicas do colaborador. (DUL; WEERDMEESTER, 2017)
A ergonomia melhora a vida cotidiana, contribui para aprimorar os processos
dentro do ambiente de trabalho, gera mais confiabilidade, qualidade e produtividade.
(DUL; WEERDMEESTER, 2017)
O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Norma Regulamentadora (NR
17), aconselha que toda empresa crie um documento descrevendo as melhorias que
devem ser feitas no ambiente para oferecer as condições mínimas de ergonomia. Este
estudo é chamado de Análise Ergonômica do Trabalho (AET). (RIBEIRO; TERESO;
ABRAHÃO, 2009)
A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) visa aplicar os conhecimentos da
Ergonomia para analisar, diagnosticar e corrigir situações reais de trabalho, cumprindo
os requisitos da NR 17, onde são descritos critérios para que o trabalhador desempenhe
suas funções com maior conforto e segurança. Deve ser levada em consideração as
normas de produção, o modo operatório, a exigência do tempo, a determinação do
conteúdo de tempo, o ritmo de trabalho e o conteúdo das tarefas. (RIBEIRO; TERESO;
ABRAHÃO, 2009)
O método da AET tem cinco etapas: análise de demanda; análise da tarefa em
um posto de trabalho; análise da atividade; diagnóstico; e recomendações é descrita por
Guérin et al (2001). (RIBEIRO; TERESO; ABRAHÃO, 2009)
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3. METODOLOGIA
Estudo de caso de um empresa de sistemas eletrônicos, uma análise ergonômica
do setor de produção na empresa Sultech sistemas eletrônicos ltda, que se caracteriza
como uma empresa de pequeno porte que atende a todo o Brasil, com 10 funcionários, e
quatro deles no setor da produção. Uma empresa que adota o certificado ISO9001, com
a implementação do sistema de gestão da qualidade (SGQ), visando a melhoria contínua
e satisfação do cliente.
O setor de produção tem responsabilidade e autoridade para realizar a
montagem, teste e liberação do produto. Linha de produtos são: controladores de fator
de potência e/ou demanda, resistores de grandezas elétricas portáteis ou fixos, Gateway,
conversor de protocolo e medidores de umidade. A montagem de seus circuitos são
terceirizados, mas quando necessário a montagem é feita na empresa. Como a maioria
das atividades mais pesadas é feita por outra empresa, o seu trabalho não fica tão
maçante e melhora a produtividade para a produção do produto final.
Analisamos o setor de produção, e como era o processo para a montagem de um
produto. Observamos a montagem do controlador de fator de potência o ST 8200, o
processo das atividades exercidas e funções executadas até chegar ao produto acabado.
Todo o estudo foi feito com base nas orientações da AET e da NR 17.
Ergonomia pode ser dividida em três partes, ergonomia física, cognitiva e
organizacional. A ergonomia física trata do funcionamento orgânico do ser humano, a
cognitiva estuda a relação mental e emocional entre o trabalhador e o trabalho e a
organizacional estabelece as condições na empresa para a conscientização e a
implementação prática.– Figura 1.
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Figura 1 – Pontos positivos ao implementar a ergonomia. E pontos negativos sem ela.
Fonte: Rs Design Corporativo
Ergonomia física: Analisamos a postura e a organização do ambiente, como os
trabalhadores executavam suas atividades para a montagem dos produtos, como por
exemplo a soldagem de placas para fazer circuitos integrados. Era feita com o
trabalhador sentado apoiando os eletrônicos em uma mesa com 29 cm de altura. Foi
visto também a iluminação do ambiente, quantidade de ruído, e disponibilidade e
qualidade dos equipamentos.
Ergonomia Cognitiva: Foi analisado como era o ambiente detrabalho entre os
funcionários, e visto que não sofriam de nenhuma pressão e nenhuma cobrança
excessiva, era um ambiente muito tranquilo, todos tinham um diálogo ótimo entre si,
tanto com os colegas do mesmo setor como de outro setor e mesmo com o chefe
também. O ambiente de trabalho é muito agradável, tem festas comemorativas de
aniversários, de metas batidas e muito bem organizado, calma, dinâmico e muito bom
para trabalhar.
Ergonomia organizacional: São utilizados EPIs pelos trabalhadores, luvas anti
estática e máscara anti fumaça. As tarefas são divididas entre os quatro colaboradores,
um deles, organiza o PCP, o almoxarifado, separação dos componentes e organização
das OPs para o preparo do produto. Dois técnicos de eletrônica que soldam e montam os
equipamentos, e o último auxilia no fechamento dos produtos entre outros processos.
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4. ESTUDO DE CASO
No início da AET a empresa não apontou nenhuma demanda eminente, assim o
objetivo da aplicação da AET foi apenas preventivo e uma sugestão de melhora. Desta
forma, inicialmente realizou-se uma visita pelo setor de produção da empresa. A escolha
justifica-se visto que se trata de um setor que utiliza ampla mão de obra e que conta com
atividades manuais, para montagem de equipamentos. A seguir serão descritos os passos
da aplicação da AET na empresa de acordo com a metodologia descrita na Figura 2.
Figura 2 - Etapas das AET
Fonte: Portal periodico (2015)
❖ ANÁLISE DA DEMANDA
Uma empresa de sistemas eletrônicos situada em Porto Alegre, foi objetivo de
estudo da análise ergonômica do trabalho no intuito de averiguar possíveis riscos e
condições que os trabalhadores executam suas atividades.
Com o consentimento na empresa, foi permitida a análise do setor de produção,
para coletar dados necessários, com a finalidade de melhorar a situação existente dos
trabalhadores envolvidos. Em relação à demanda central da pesquisa, estão relacionados
à temperatura do ambiente, nível sonoro, presença de vibrações, dimensões do local de
trabalho e condições posturais dos empregados. Que se concluiu que o único problema,
voltado para a postura dos trabalhadores na execução dos equipamentos.
A análise de demanda permitiu a verificação das condições do ambiente de
trabalho, possibilitando uma melhoria nos setor.
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❖ ANÁLISE DA TAREFA
O setor de montagem, periodicamente, recebe as ordens de produção em aberto,
onde consta a relação de produtos a serem produzidos. A programação é definida pelo
supervisor de produção com base na quantidade mínima.
O setor de almoxarifado envia ao setor de montagem, de acordo com a ordem de
produção, os materiais necessários à execução do trabalho.
A montagem das placas obedece às instruções necessárias e para um satisfatório
desempenho das operações de montagem. Manter a ponta do soldador longe de tudo,
exceto do ponto a ser soldado.
O soldador é quente e pode queimar facilmente o que ficar em contato com ele,
provocando queimaduras e até causando incêndio.
Certifique-se de ter à mão uma esponja úmida para efetuar a limpeza da ponta do
soldador. Soldar é basicamente um processo químico e até uma pequena quantidade de
contaminante pode impedir uma boa soldagem.
Os técnicos são responsáveis pelos testes e calibrações dos produtos, feitos na
bancada.
❖ ANÁLISE DAS ATIVIDADES
No setor de produção, onde é feita a integração dos equipamentos eletrônicos em
uma bancada, os componentes são montados manualmente com auxílio de ferramentas
de mão como alicate e pinça. As placas eletrônicas são montadas com uso de solda de
estanho e há na bancada um pequeno exaustor de mesa para absorção dos fumos
expelidos no processo. O colaborador trabalha sentado durante a maior parte da jornada.
Utilizar a solda de estanho em média 2 horas por dia. Para manuseio e montagem das
placas e componentes eletrônicos.
Foram analisados, no estudo qualitativo, os fatores ambientais de natureza física
e química. Esses podem afetar a saúde, a segurança e o conforto dos colaboradores. No
estudo quantitativo, foram apresentadas recomendações sobre os limites máximos de
exposição a cada um desses agentes, seguidas de medidas possíveis para neutralizar e
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reduzir a exposição. Nos Quadros 1 e 2, são mostrados os resultados da análise
qualitativa e quantitativa do setor de produção da empresa estudada:
Análise Qualitativa - Quadro 1
Fonte: PPRA - Sultech
Análise Quantitativa - Quadro 2
Fonte: PPRA - Sultech
Através das avaliações dos agentes ambientais, identificou-se que os níveis de
ruídos aferidos durante a dosimetria não ultrapassaram o limite de tolerância para a
jornada de trabalho. E para a iluminação apresenta corretamente os Lux, em
conformidade com a norma e o limite legal.
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● Ergonomia
A análise biomecânica da postura e a interação entre homem, sistema e
ambiente, devem colocar o operador em uma boa postura de trabalho. Cada parte do
posto de trabalho deve estar ergonomicamente correta, respeitando o limite e espaço de
distribuição necessário de cada um, para que os componentes estejam interligados de
forma ergonômica, devendo respeitar as características fisiológicas dos trabalhadores. O
posto de trabalho deve ser agradável, iluminado adequadamente, ter cores e colocações
de objetos de acordo com cada atividade. Para que o trabalhador possa desenvolver suas
atividades de forma saudável e eficaz o posto de trabalho deve dispor de espaços
adequados para realização das tarefas.
Os mobiliários dos postos de trabalho devem proporcionar a melhor postura para
seus trabalhadores, possibilitando condições que favoreçam a execução das atividades
com mobilidade de movimentos possibilitando adotar posturas distintas.
Posicionamento correto, descrito na figura 3 - Postura adequada no ambiente de
trabalho, e na figura 4 (soldagem de uma placa) como o funcionário fica na integração
dos circuitos. E figura 5 - teste e calibração dos equipamentos, e figura 6 - os materiais
utilizados, como ferro de solda, estanho, exaustor, entre outros.
Figura 3 - Postura adequada no ambiente de trabalho
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Fonte: Ergonomia para criativos
Figura 4 - Soldagem de uma placa
Figura 5 - Teste e calibração do equipamento.
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Figura 6 - Setor de produção, materiais utilizados.
❖ DIAGNÓSTICO ERGONÔMICO
A análise dos resultados conduz ao diagnóstico de que o fator de análise postural
foi onde temos um problema maior, que pode ocasionar, em uma lesão, pelo trabalho
repetitivo na mesma posição. Usando os métodos como na figura 3, no entanto a cadeira
e a mesa então corretamente aliadas, para os testes a calibração, mas para a montagem
dos circuitos, se identifica um incômodo, pois a postura do trabalhador fica um pouco
curvada para que se enxergue os componentes e o lugar exato que vai na placa.
De acordo com a análise definida, a empresa deve realizar uma observação e
depois uma modificação para que o posto de trabalho fique mais confortável e não
ofereça riscos ao trabalhador.
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❖ RECOMENDAÇÕES
O problema mais crítico na atividade em questão é a postura, pois de acordo com
as imagens apresentadas e como relatei, o princípio básico da ergonomia não está sendo
respeitado, na situação atual o colaborador é que está tendo que se adaptar a máquina
que na verdade deveria ser o oposto, a máquina deve se adaptar às características físicas
do trabalhador.
O ideal é realizar pequenas paradas durante a jornada para um descanso, que traz
vários benefícios tanto para a organização como para o colaborador, essas paradas são
realizadas duas vezes uma pela manhã e uma pela tarde, pois ela reduz estresse,
aumenta a produtividade e ajuda a combater a prevenção de dores.
Assim, para combater qualquer dor que pode surgir com o tempo, recomenda-se
um apoio para os pés e uma bancada para apoio das placas ou algopara segurá-las seria
muito bom para a postura correta e um maior conforto. (Figura 7 - Suporte com
grampos)
Figura 7 - Suporte com grampos
Fonte: Athos electronicos
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5. CONCLUSÕES
Através de observações feitas, concluímos que analisar os postos de trabalho faz
todas a diferença no cotidiano na empresa, tanto como o aumento de produtividade,
eficiência, redução de custos, como no ponto de vista ergonômico, levando em
consideração a saúde, bem-estar, disposição, um ambiente mais seguro e harmonioso,
evitando diversos problemas, e só qualificando ainda mais seu ambiente de trabalho.
Dessa forma, o presente estudo auxiliou na compreensão e identificação dos
riscos que poderiam causar grandes problemas a longo prazo, e quais medidas poderiam
ser tomadas para reduzir o impacto causado ao colaborador. Com a aplicação da AET
foi possível realizar um levantamento dos níveis de ruído e iluminância dentro da
empresa, além de analisar a postura do funcionário durante suas atividades.
O presente estudo permitiu que fossem feitas sugestões de mudanças
ergonômicas como por exemplo adaptação com apoios de pés e suportes de placa, no
intuito de atingir a eficiência desejada causando o menor dano possível ao organismo do
trabalhador.
Estas adequações são um passo para empresa em busca da segurança e saúde do
trabalhador. A busca continua, junto com a gestão da segurança e saúde do trabalho,
estabelecendo metas, prioridades e cronograma de ações visando cada vez mais deixar
os postos e as condições de trabalho, dentro das normas exigidas e condições adequadas
de trabalho.
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REFERÊNCIAS
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