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TCC1 MARIANA DE MELO DE SOUZA

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UNINTA CENTRO UNIVERSITÁRIO
MARIANA DE MELO DE SOUZA
SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS
SÃO JOÃO DO CARÚ/MA
2021
MARIANA DE MELO DE SOUZA
SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro Universitário INTA – UNINTA, como requisito obrigatório para a aprovação na disciplina de TCC I.
Prof.ª Elane Maria Bezerra Mendes
SÃO JOÃO DO CARÚ/MA
MAIO DE 2021
CURSO DE BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
MARIANA MELO DE SOUZA
SERVIÇO SOCIAL E EDUCAÇÃO: A INSERÇÃO SERVIÇO SOCIAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário UNINTA, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Serviço Social.
Aprovado em: ________ de ___________________ de ____________
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________ 
Profa. Elane Maria Bezerra Mendes
Orientadora
_____________________________________________________
Prof. Convidado 02
Membro da Banca 
_____________________________________________________
Prof. convidado 03
Membro da Banca 
	
Dedico este trabalho a todos os estudantes de Serviço Social e Assistentes Sociais, que assim como eu, se interessam por essa linha de pesquisa e que dentre suas reflexões visam contribuir com a coletividade bem como pela busca por uma educação pública, laica e de qualidade.
AGRADECIMENTOS
A realização desse estudo foi uma grande conquista na qual agradeço primeiramente a Deus, meu guia, socorro presente nas horas de angústia, pela vida e por me ajudar a superar todas as dificuldades encontradas ao longo do curso.
Aos meus pais que incentivaram nos momentos difíceis, por nunca terem medido esforços para me proporcionar um ensino de qualidade durante todo meu período acadêmico.
Aos meus irmãos, pelo companheirismo, pela cumplicidade e pelo apoio em todos os momentos delicados da minha vida.
A meu esposo e companheiro, meu eterno agradecimento por acumular muitas das minhas responsabilidades nestes últimos anos e por compreender todos os meus momentos e dificuldades, seu valioso e incansável apoio foi definitivo em todos os momentos deste trabalho.
A minha amiga e Assistente Social Kassia Michelle pelo companheirismo, paciência e incentivo durante essa jornada acadêmica, pois serviram para fortalecer ainda mais nossa amizade, serei eternamente grata.
A todo corpo docente, pelas correções e ensinamentos compartilhados, que contribuíram de forma extraordinária para meu fazer profissional saibam que cada aprendizado será lembrado na minha futura atuação.
 “A educação tem raízes amargas, mas seus frutos são doces”
Aristóteles
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 	08
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO.............................................................................................................. 10
2.1 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO NO BRASIL............................................................. 10
2.2 CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA DA PRÁTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO................................................................... 15
3. ANÁLISE SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NAS ESCOLAS................................................................................................................. 20
3.1. AS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO.............................................................................................................. 20
3.2 IDENTIFICAÇÃO DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL NA ESCOLA CONTEMPORANEA................................................................................................. 25
4. REFLEXÕES SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL NAS ESCOLAS................................................................................................................. 31
4.1. METODOLOGIA DA PESQUISA......................................................................31 4.2 LEGISLAÇÕES QUE NORTEIAM A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS: ............................................................................................. 33
4.3 SERVIÇO SOCIAL E O TRABALHO EM EQUIPE NO ÂMBITO EDUCACIONAL
....................................................................................................................................35
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 39
6 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 41
1. INTRODUÇÃO
Este estudo traz como tema que norteia esta pesquisa intitula-se: Serviço Social na Educação: as contribuições do assistente social nas Escolas Públicas que visa refletir acerca do debate existente sobre a inserção do Serviço Social na Educação. 
Nessa perspectiva, este estudo justifica-se a partir da premissa de que por ser notório o reflexo das desigualdades sociais estimulado pelo sistema capitalista e quando se trata de educação pública brasileira é possível identificar múltiplas expressões da questão social, realidade essa que a escola, como uma das principais instituições sociais, é desafiada continuamente em apresentar o conhecimento que é trabalhado no contexto educacional com o contexto social dos estudantes. 
Deste modo, é essencial que a escola acompanhe, em toda sua totalidade, a realidade social dos alunos, diminuindo a distância que a separa do âmbito familiar. Nessa perspectiva, o presente estudo pretende estudar as contribuições dos assistentes sociais na educação frente as expressões múltiplas expressões da questão social que irradiam o ambiente escolar. 
O problema deste estudo vem com a pergunta que levanta as seguintes reflexões: Quais as contribuições do assistente social no âmbito educacional? Possuindo como objetivo geral: analisar as contribuições do Assistente Social na Educação. Os objetivos específicos: I. Identificar as expressões da questão social na escola; II. Conhecer os desafios para atuação dos assistentes sociais e III. Sintetizar as contribuições do Assistente Social no âmbito escolar.
 A metodologia desta pesquisa tem como principal objetivo fundamentar o questionamento proposto na problemática. O presente estudo visa a construção de conhecimento científico, para tal será feito considerações sobre as contribuições da atuação do assistente social nas escolas. Desta forma, essa pesquisa foi de natureza bibliográfica com coleta de informações em livros, leis, artigos científicos e trabalhos de monografias.
 No que se refere a classificação quanto a natureza, a pesquisa consiste em ser básica, pois se refere ao estudo designado para acrescentar em uma base de conhecimento cientifico, ou seja, uma busca por meio de levantamentos bibliográficos a fim de dar resposta a problemática e discutindo as contribuições cientificas. Assim, a pesquisa qualitativa, preocupa-se, portanto com os aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais, dessa forma, o presente estudo tem por objetivo analisar as contribuições do Assistente Social nas escolas.
Portanto, em vista dos desafios que postos a profissão diariamente, os assistentes sociais devem ter um arcabouço cientifico atualizado de modo a promover a melhoria dos serviços prestados, neste sentido o presente estudo realiza uma revisão integrativa de literatura. A fundamentação teórica deste trabalho teve como base alguns autores principais dentre eles: Iamamoto (1998), Almeida (2000), Malainho (2010) que contribuíram na contextualização histórica do Serviço Social na Educação.
Quanto à estrutura do trabalho está sistematizado em três partes a saber: item I que traz as contribuições acerca da política de educação no Brasil ; No item II o trabalhofaz uma análise das contribuições do Serviço Social nas Escolas e o Item III faz uma reflexão do Projeto ético-político do Serviço Social e as legislações que norteiam a prática do Serviço Social nas Escolas, destacando suas atribuições privativas. 
Nesta monografia foi possível concluir com especial destaque a relevância que tem o Serviço Social na área da Educação, pois a escola está à mercê de inúmeros conflitos vividos por toda comunidade escolar, e visto que a ausência de profissionais capacitados em lidar, em toda sua totalidade com essa realidade, leva ao agravamento das refrações da questão social existentes nas Escolas Públicas.
 Ainda quanto a necessidade do acompanhamento do profissional assistente social junto as equipes multiprofissionais em processo de trabalho interdisciplinar, atendendo as expressões da questão social que se apresentam neste campo, e, por fim observou-se que na área educacional existem desafios e possibilidades para o desenvolvimento do trabalho profissional.
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO
O presente capítulo discute a contextualização do Serviço Social na Educação, relatando em seu primeiro item o contexto da Política de Educação e sua vigência no Brasil, desde seu percurso histórico até a Promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN. O item II traz a caracterização da prática do Serviço Social na Educação e reflete o contexto do debate acerca das expressões da Questão Social que se direcionam para o ambiente escolar e são alvo de intervenção desses profissionais no âmbito educacional. É importante salientar que somente ao longo dos anos com o amadurecimento da profissão no cenário social, foi possível delimitar as ações que compõem seu processo de trabalho no espaço escolar e compreender de forma significativa a natureza interventiva da profissão nas instituições educacionais.
2.1 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO NO BRASIL
Este item traz as considerações acerca da Política de Educação no Brasil, desde suas primeiras iniciativas até a Promulgação da Lei de Diretrizes e Bases que norteia a Educação Pública em todo o território nacional. Deste modo, as primeiras iniciativas educacionais executadas no Brasil, veio das práticas dos jesuítas e visavam apenas o controle social da ordem vigente, que a época se encontrava sob comando da Coroa de Portugal que iniciava seu trabalho de colonização no Brasil. 
Segundo o Figueira (2005, p. 239) “Os jesuítas também lhes davam aulas de moral e religião; mais receptivas que os adultos, as crianças poderiam, posteriormente, influenciá-los”. É sabido que ainda ensinavam artes às crianças. O resultado foi muito rápido e logo atingiu também os adultos. Anos mais tarde a Educação consolidou-se com a chegada da coroa portuguesa no Brasil, pois:
Para Portugal a aventura em terras brasileiras, na Colônia, se assemelhava ao investimento numa empresa, unicamente, voltada para a exploração e a esse fim manteve-se fiel. Para a Coroa Portuguesa não interessava a criação de instituições de ensino, muito menos universidades, pois não era importante dar autonomia para a Colônia e assim, aqui no Brasil, foram introduzidos alguns cursos, cuja sua conclusão ocorria em Portugal (SANTOS & CERQUEIRA, 2009, p. 03).
Como as classes abastadas tinham prioridade no acesso à educação formal, o ensino era diferenciado em relação às classes populares. Enquanto a primeira tinha acesso a um ensino diferenciado, com repertório sociocultural diverso, as classes mais diversas tinham acesso ao ensino das operações matemáticas básicas e as aulas de leitura. Tinham um ensino mais voltado ao preenchimento de vagas no mercado formal (SANTOS E CERQUEIRA, 2009). 
Esse aspecto foi apenas o início de uma série de lutas sociais que se iniciavam a partir do inconformismo da população em relação ao Estado monárquico que se negava a garantir o acesso de todos à educação formal. Anos mais tarde, com o advento da Proclamação da República e o crescimento significativo da industrialização em massa, os movimentos sociais em prol da educação ganhavam notoriedade, pressionado o Estado, agora no formato republicano a criar políticas públicas educacionais a todos os públicos-alvo da população brasileira (MAZZOTA, 2003). 
Nas primeiras décadas do século XX o Estado passou a investir em campanhas de acesso educacional de todos os cidadãos e apesar dos avanços, a educação ainda era voltada a instrumentalização de mão de obra voltada à indústria e preenchimento de mercado formal à medida que o sistema fabril avançava suas instalações no Brasil.
A partir da década de 1960 houveram a criação das primeiras políticas públicas que preconizam a educação como um direito, depois de inúmeras mobilizações populares. Nessa época o governo federal passou a realizar campanhas com o intuito de promover a inclusão de todos os cidadãos à educação, treinamento, reabilitação e assistência educacional (MAZZOTA, 1996 apud MIRANDA, 2003).
Contudo, essa Constituição sofreu uma Emenda em 1961, quando foi implantado o parlamentarismo, mas devido às frequentes crises causadas pela renúncia de Jânio Quadros, fez com que se realizasse um plebiscito, onde se optou pela volta do presidencialismo. Para Figueira (2005) no que diz respeito à educação a constituição determina a obrigatoriedade do ensino primário para todos e em língua pátria, e, gratuito se for oficial. 
Em 1961, foi aprovada a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de n°4.02/61(LDB) que fundamenta o atendimento educacional às pessoas à educação dentro do sistema de ensino vigente. Deste documento norteia-se toda a estrutura de ensino vigente em todo o território brasileiro. Mas por esta nova diretriz seguir os anseios do capital na expansão da educação, muitas mudanças ocorreram na estrutura de seu documento. Na década de 1960, a educação era ofertada com fins eleitoreiros para manutenção da política de época, sem que houvesse reflexão sobre a expansão do ensino. (FRANCO, 2008). 
Alguns anos mais tarde, na década de 1980, com a disseminação dos movimentos sociais em prol de direitos sociais como a saúde e a redemocratização do país puseram em debate o acesso à educação. Após intensos debates na arena política, houve a reestruturação da primeira LDB, assim em 20 de Dezembro de 1996 foi assinada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) sob a nova sigla que significou um marco no que tange à política de educação no país, trazendo importantes inovações, uma dessas é a transversalização do ensino de temas como a sexualidade, ética e raça. 
Apesar desses avanços alguns trechos de seu documento não se concretizaram, mesmo após vinte anos de sua promulgação que se trata da base nacional comum curricular. Sua contribuição para a educação no país foi fundamental para legislar a estrutura e funcionamento do sistema educacional vigente, colocando objetivos a serem atingidos reforçando o caráter federativo da educação brasileira. (BRASIL, 2017, [s.p]). 
No artigo 26, estabelece que “os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum”, determinando que esta base deve ser “complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos”. Assim o texto afirma que a base nacional deve respeitar a autonomia dos sistemas de ensino e das escolas na organização de seus currículos, premissa que também direciona o “Novo Ensino Médio”, que se tornou prioridade da gestão do ministro Mendonça Filho.
Em contraface à esses avanços, não se pode deixar de citar as responsabilidades do Estado quanto à efetivação e materialização das políticas educacionais. Nota-se os resultados abaixo da média de alunos tanto da educação básica quanto do ensino médio em pesquisas recentemente divulgadas, que se explicam a partir da premissa da “ausência de indicações claras do que os alunos devem aprender para enfrentar com êxito os desafiosdo mundo contemporâneo” (BRASIL, 2017, [s.p]). 
Porém, sabe-se que o Estado não cumpre com suas obrigações na manutenção do ensino público quanto ao material didático, estrutura de ensino e os salários dos professores responsáveis pelo ministramento das aulas, mas observa-se grandes esforços deste mesmo Estado na manutenção da iniciativa privada que atende os anseios do capital, tornando o setor público sucateado. É o que Behring (2011, p.01) denuncia em seu texto intitulado “os desafios contemporâneos das políticas sociais:
Tem-se a contrarreforma do Estado, com o redirecionamento do fundo público para assegurar as condições gerais de produção e reprodução do capital, processo este coordenado pelas necessidades do capital portador de juros. Neste passo, são alocados menos recursos à reprodução da força de trabalho, fragilizando as políticas sociais de caráter universal e forçando a lógica do custo benefício para a proteção social, e não a lógica do direito. Este movimento é acompanhado de alterações da estrutura tributária dos países, com menores taxas sobre a propriedade privada e as grandes fortunas e maior participação da renda dos trabalhadores nas cargas tributárias nacionais, atingindo mortalmente perspectivas redistributivistas de caráter social-democrata. A impressionante apropriação privada do fundo público no contexto da crise desencadeada pelo chamado “capitalismo tóxico” em 2008 e 2009, com a destinação de bilhões de dólares, euros e reais para operações de salvamento das empresas e contenção da espiral da crise, diz-nos muito sobre esse processo da contrarreforma e do redirecionamento das funções do Estado. Não há política social capaz de redistribuir renda com estruturas tributárias fortemente regressivas e tamanha expropriação privada dos recursos produzidos pela força do trabalho social. (BEHRING, 2011, p.01). 
Deste modo algumas linhas descritas sobre a materialização da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, encontram-se longe de sua real materialização no qual Estado e Sociedade Civil fecham os olhos quando o debate é a expansão da educação de qualidade. Notou-se também que veículos de imprensa e meios de comunicação de massas propagam a ideia de que a “reforma do ensino médio” trará benefícios aos adolescentes e jovens sob o discurso de democratização de ensino e respeito ás particularidades de cada Estado da federação quanto aos aspectos culturais e sociais. 
Trata-se apenas de mais uma manobra de Estado e empresariado para estabelecer os seus interesses na engrenagem do capital financeiro, que tem por objetivo o acúmulo de riquezas. Assim esta nova Base Nacional Comum Curricular retira da legislação, disciplinas e abordagens essenciais para o empoderamento desses jovens, suscitando o debate da educação de qualidade e colocando o “ensino médio de peão” apenas com o intuito de preenchimento de mercado formal e instrumentalização da força de trabalho que por sua vez visa atender os interesses da ordem vigente sob a faceta de democratização do conhecimento. (PINTO, 2017). 
Apesar de todas essas questões estarem presentes na contemporaneidade, esse é o mesmo pano de fundo apresentado na década de 1960, com a disseminação do Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, que apesar de parecer uma iniciativa produtiva, tinha um viés de controle social, pois permitia que o maior número de pessoas fossem alfabetizadas apenas para fins eleitoreiros uma vez que quem podia votar era aquele que sabia ler e escrever. (MIRANDA, 2003). 
Para contribuir com esses apontamentos o artigo 9º da LDBEN dispõe que caberia à União estabelecer, em colaboração com Estados e municípios, “competências e diretrizes” para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, deslocando o foco do currículo. No lugar dos conteúdos mínimos a serem ensinados, a lei orienta para a definição das aprendizagens pretendidas, o que significa dizer que os conteúdos curriculares estão a serviço do desenvolvimento de competências (da ordem vigente) (BRASIL, 1996). 
Todos esses pressupostos acima discutidos são essenciais para a formação continuada com base no aprimoramento intelectual que os assistentes sociais devem buscar, pautando na qualidade dos serviços prestados à população, incluindo a leitura aprofundada da Questão Social. 
Atualmente essa formação continuada encontra- se ameaçada por conta da precarização das unidades de ensino no que tange à mercantilização do ensino que transforma a educação em mercadoria. Sob a ótica da estrutura neoliberal que transformou a educação no que deveria ser direito social em mercadoria, ao expor as disparidades existentes entre os cursos, universidades e a grande oferta do ensino. Apesar do contexto revelar uma das mais sórdidas formas de precarização da educação esse não é o ponto a ser discutido. Em contrapartida a mercantilização da educação ganhou novos ares: 
[...] conforme disposto na última Lei de Diretrizes e Bases (LDBEN), Lei nº 9.394/1996, a configuração dos sistemas de ensino beneficiou os interesses privados, principalmente os relacionados às Instituições de Ensino Superior (IES) particulares, com vertiginoso crescimento quantitativo para estas instituições. A internacionalização, o empreendedorismo, os empréstimos, as fusões de corporações e as bolsas de valores invadiram o cenário da educação, subsidiados por documentos de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), ganhando forma material nos acordos de livre comércio entre algumas instituições de ensino superior (COSTA, 2011, [ s.p]).
A partir do exposto acima, observa-se que a mercantilização do ensino se trata de uma estratégia utilizada pelo capital para concessão de lucro e a partir do advento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, essa nova configuração beneficiou os grandes grupos financeiros como a Estácio, principalmente no que tange ao ensino superior. Assim, muitas instituições de ensino privado impulsionam suas ações com base no lucro e acumulação de riquezas, sem dar a devida atenção para os parâmetros da educação ancorados nos marcos legais estabelecidos. 
Observa-se cada vez mais a expansão do EAD, como alternativa de possibilitar o acesso democrático ao ensino, mas desqualifica a formação com base em ensino, pesquisa e extensão, precarizando a educação ofertada, onde normalmente há sucateamento não só do material, mas como da estrutura física. Isso vai refletir na construção docente deste novo profissional, que não terá senso crítico suficiente para direcionar o seu conhecimento de maneira proveitosa. 
Esses emblemas por sua vez se transformarão em expressões da questão social no ambiente escolar, pois aquele profissional formado que não se qualifica à medida que a realidade se metamorfoseia este também contribui para a precarização da Educação. Deste modo o próximo tópico deu ênfase ao debate teórico gerado em torno do Serviço Social e seu surgimento enquanto profissão como forma de enriquecer este estudo bibliográfico. 
2.2 CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA DA PRÁTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO: CONTEXTO BRASILEIRO E MUNDIAL. 
A origem do Serviço Social enquanto profissão se consolidou dentro de uma perspectiva burguesa como forma de encontrar meios para a garantia de sua existência, articulando forças sociais no sentido de promover uma maior relação da classe trabalhadora, adotadas e reguladas pelo Estado, a partir do advento do capitalismo monopolista (GUERRA, 2000). A Europa na medida que o capitalismo industrial dava as cartas para o controle das massas e relações sociais, foram sendo recrutados trabalhadores sociais, sempre com o intuito de amenizar as contradições que se materializavam sob o fenômeno do pauperismo. 
Compreende-se que é nessa conjuntura que surge, “a necessidade de criar instituições que se encarregassem de formar pessoas especificamente para realizar as tarefas de assistência social e colocarem pauta a institucionalização do Serviço Social” (ESTEVÃO, 1985 p. 14). Ao prestar serviços nas instituições de cunho social, as intervenções dos trabalhadores sociais estavam fixadas na assistência dedicada aos pobres e classes que viviam na exclusão social. Deste modo: 
[...] a origem do Serviço Social como profissão tem, pois, a marca profunda do capitalismo e do conjunto de variáveis que a ele estão subjacentes – alienação, contradição, antagonismo –, pois foi nesse vasto caudal que ele foi engendrado e desenvolvido (MARTINELLI, 2011, p. 66).
Trazendo o debate para a área da educação a origem do Serviço Social bem como a sua inserção se deu em meados de 1906, nos Estados Unidos, quando os centros sociais americanos designaram moças para a realização de visitas domiciliares com o intuito de estabelecer uma espécie de ligação com as escolas dos bairros, tendo o objetivo de averiguar o porquê de as famílias não enviarem seus filhos à escola, os fatores que ocasionavam a evasão escolar, a falta de rendimento das crianças e a adaptação destas à situação da escola (PIANA, 2009).
Na Europa este mesmo tipo de intervenção acontecia dentro do campo assistencial que recebia as questões de crianças abandonadas, mães solteiras, colocadas em domicílios substitutos ou para adoção e ocupação em estabelecimentos fechados. Neste sentido, vale ressaltar que a inserção do assistente social na esfera educacional deu-se a partir das várias demandas que permeavam a realidade no qual estavam inseridos os sujeitos em situação de vulnerabilidade e risco social. Segundo Vieira (1977 apud PIANA, 2009, p. 03) enfatiza que:
Em vários países, ocorria o atendimento às crianças em suas famílias que não recebiam orientações necessárias para o seu desenvolvimento e muitas eram vítimas de maus tratos por parte dos pais e responsáveis. Outros trabalhos na área escolar eram especializados no setor da saúde, resolvendo problemas de aprendizagem relacionados à saúde dos alunos VIEIRA (apud PIANA 2009, p. 03). 
 Neste sentido, Santos (2005) acrescenta que é importante ressaltar que o profissional de Serviço Social não está inserido dentro do âmbito educacional com intuito de desenvolver ações que substituem aquelas desempenhadas por profissionais tradicionais da área de Educação. Ou seja, sua contribuição se concretiza no sentido de subsidiar, auxiliando a escola e seus demais profissionais que estão ali inseridos. Logo, a intervenção desse profissional, se concretiza no enfrentamento de questões que integram a pauta da formação e do fazer do Assistente Social, sobre as quais, muitas vezes a escola não sabe como intervir.
Na América Latina, em países como o Chile e Uruguai a atuação profissional do assistente social na área educacional, por mais que realizasse um atendimento individual com os usuários, visava buscar a relação com a comunidade através da família dos alunos. Até recentemente o Serviço Social não visualizava a área da educação como um possível campo de trabalho, pois sua gênese se direciona para os “congressos internacionais e nacionais que estudavam a profissão em sua aplicação na sociedade para resolver os problemas apresentados de determinado campo” (VIEIRA, 1977 apud PIANA, 2009).
A profissão do Assistente Social tornou-se evidente no Brasil em meio a Revolução Industrial, sendo o Estado o maior impulsor para o desenvolvimento capitalista, ou seja, surgiu como executor terminal das políticas sociais, aquelas que visem a reprodução da força trabalho e a legitimação e consolidação da ordem.
Segundo Montaño (2000), as ações de assistência social surgiram para mediar conflitos, porém, atendia poucas pessoas, principalmente as pessoas que tinham carteira de trabalho, ou seja, era uma política segregada, pois atendia apenas quem vendia sua força de trabalho para o capital, dessa forma era mediadora, trazendo conformidade para os insatisfeitos.
Mas, foi por meio da Constituição de 1988 que a profissão se expressa no exercício de cunho interventivo e socioeducativo:
A Constituição Federal de 1988 traz uma nova concepção para a Assistência Social brasileira. Incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS em dezembro de 1993, como política social pública, a assistência social inicia seu trânsito para um campo novo: o campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal. A LOAS cria uma nova matriz para a política de assistência, inserindo-a no sistema do bem-estar social brasileiro concebido como campo da seguridade social configurando o triangulo juntamente com a saúde e a previdência social (PNAS/2004, p. 31).
Neste sentido, pode-se depreender que o trabalho do profissional de serviço social está direcionado em possibilitar aos indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade e risco social o acesso às políticas sociais públicas, na garantia de direitos, justiça e cidadania, ou seja, uma conjuntura de correlação de forças.
Os debates acerca da inserção do Serviço Social no âmbito escolar de acordo (CFESS, 2011) iniciou a partir da década de 1930, porém somente a partir da década de 1990, em consonância com o amadurecimento do projeto ético-político profissional é que se visualiza no Brasil um considerável aumento da inserção da categoria profissional na área da Educação. Logo, Malainho (2010, p.31) explica:
O Assistente Social, como um agente de mudança e de socialização, tem também o seu papel profissional para intervir na escola referente a aspectos de drogas e álcool, pois uma das suas finalidades é contribuir na resolução de problemas sociais, identificando novas pesquisas para o Serviço Social e possibilitar a reconstrução das práticas sociais. (Malainho, 2010, p.31)
Sendo assim, levado em consideração que o Assistente Social é um mediador de conflitos, desta forma na escola, um disseminador de informações, torna-se um instrumento essencial na sensibilização dos indivíduos quanto a superação das contradições e dificuldades individuais e coletivas, inerentes a relação escola, comunidade, família.
Desta forma, seguindo com avanços e mudanças, registra-se a promulgação da Lei de Diretrizes Básicas Educação – (LDB) 9.394/1996, que veio para reforçar as características contidas na Constituição, e organizar o ensino, artigo 2ª, também cita que: 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1996).
E em consonância com as mudanças, recentemente foi promulgado a Lei nº 13.935, de 11 de dezembro de 2019 a qual “Dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica” (Brasil, 2019)
Ressalta-se que, as conquistas expressas por leis só se tornaram possíveis a partir e nas intensas mobilizações e movimentos sociais organizados, ampliando as políticas públicas para todas as camadas populares.
	Logo, como esclarece Malainho (2010, p.31) o papel interventivo do assistente social é a mudança social, em qualquer intervenção que faz, tem o objetivo de produzir modificações numa determinada situação problema, com o objetivo de oferecer aos indivíduos maior bem-estar e qualidade de vida.
	Portanto, nessa conjuntura, coerente dizer que, a escola é um espaço de relações sociais onde há produção e apropriação do saber, nas quais se constituem as políticas públicas e se formam coletivamente ou não, em benefício dos objetivos de formação. Por conseguinte, as políticas educacionais para serem efetivas implicam o envolvimento e o comprometimento de gestores, professores assim como alunos e comunidade.
	Desta maneira, a intervenção do espaço educacional pode ser também um espaço de atuação do Serviço Social, voltado a desenvolver um trabalho junto a equipe multiprofissional com os indivíduos e suas famílias, visualizando todos os aspectos presentes na sociedade. Diante Do exposto, o próximotópico analisa as contribuições do Serviço Social no âmbito escolar, destacando as atribuições privativas doo seu papel no que tange a efetivação de direitos em relação às diversidades culturais, sociais, políticas e econômicas que estão no dia-a-dia da escola, identificando as expressões da questão social emergentes dentro desse contexto. 
3. ANÁLISE SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NAS ESCOLAS
Este tópico visa trazer uma análise aprofundada das contribuições do Assistente Social nas escolas, enfocando essa discussão a partir das atribuições privativas desse profissional que o permitam identificar as expressões da questão social nas escolas. Assim essas reflexões têm o intuito de enriquecer o debate proposto a partir dos objetivos traçados neste estudo. 
3.1. ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO
As considerações desse item se destinam a contextualizar as atribuições privativas do Serviço Social diante da demanda envolvendo as demandas escolares. Atualmente a sociedade passa por diversas mudanças e cada vez mais é demandada a atuação do assistente social em diversos espaços sociocupacionais onde antes não era possível enxergar algum parâmetro de trabalho. A área educacional é um desses campos. Segundo Freitas (2009, p.02): 
O trabalho profissional do Serviço Social sempre foi uma das dimensões exaustivamente discutidas pela profissão, seja em espaços de formação acadêmica ou de organização da categoria. Essa discussão está ligada ao fato de que a profissão historicamente tem sido chamada a intervenção na realidade, e na atual configuração da sociedade diversos são os setores que se constituem campo de trabalho para o assistente social. Essa reflexão sobre as estratégias de intervenção para o profissional inserido nesses diversos espaços de trabalho deve estar em consonância com os pressupostos do projeto ético-político profissional e, concomitantemente, com a disponibilidade para a construção do "novo", a partir da realidade observada (FREITAS, 2009, p.02). 
Neste sentido as contribuições que o Serviço Social pode trazer a equipe de educação vão desde a prestação de orientações à família e acompanhamento de crianças e adolescentes, com suporte dos profissionais da Psicologia, esse profissional é de suma importância para que haja efetivação dos direitos desses indivíduos, de modo que seja promovida uma educação de qualidade que contribua para o estreitamento de vínculo familiar e comunitário, e sua atuaçao deve estar alinhada aos princípios do Código de Ética Profissional. Deste modo a partir das consideraçoes do Projeto Ético do Serviço Social que diz:
O assistente social no seu exercício profissional, junto à um corpo de profissionais como psicólogos, advogados, representantes do Ministério Público e com órgão como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Conselho Tutelar, Fórum, Vara da Infância e Juventude, entre outros, deve sempre estar direcionado em busca da autonomia e emancipação do adolescente, defendendo seus direitos, empenhado na eliminação de qualquer forma de preconceito e incentivando o respeito à diversidade.[footnoteRef:1] (LUSCHETTI, 2010, p.18) [1: Art. 8º São deveres do/a assistente social:
Programar, administrar, executar e repassar os serviços sociais assegurados institucionalmente; 
Denunciar falhas nos regulamentos, normas e programas da instituição em que trabalha, quando os mesmos estiverem ferindo os princípios e diretrizes deste Código, mobilizando, inclusive, o Conselho Regional, caso se faça necessário;
Contribuir para a alteração da correlação de forças institucionais, apoiando as legítimas demandas de interesse da população usuária;
Empenhar-se na viabilização dos direitos sociais dos/as usuários/as, através dos programas e políticas sociais; e- empregar com transparência as verbas sob a sua responsabilidade, de acordo com os interesses e necessidades coletivas dos/as usuários/as. (BRASIL, 1993). ] 
Ao seguir todos os procedimentos formais dessa demanda, é possível delinear as possibilidades de inclusão social de crianças e adolescentes. A partir da promoção do tratamento de saúde adequado, frequência escolar em dia e atividades que possam contribuir para o desenvolvimento sadio e pleno do público infanto-juvenil, se tem a chance de contribuir com a formação de cidadãos conscientes do seu papel e de suas ações para com outras pessoas e propriedades, desde que as esferas do Poder Público Estatal possam se unir em prol da materialização das leis que normatizam a ação desse profissional. 
Segundo Freitas (2009), o maior desafio da categoria profissional se consiste na dificuldade do Estado em efetivar a Lei n. 13.935/2019 que dispõe a prestação de serviços da Psicologia e o Serviço Social nas escolas. A educação pública também enfrenta diversos desafios que impedem a execução de um serviço de qualidade para a população ocasionando a precarização dos serviços ofertado. 
A referida lei dispõe em seu artigo 1º que diz que “as redes públicas de educação básica contarão com serviços de psicologia e de serviço social para atender às necessidades e prioridades definidas pelas políticas de educação, por meio de equipes multiprofissionais”.
Porém, os profissionais da educação lotados em equipes interdisciplinares e multidisciplinares experimentam o descaso quanto aos seus direitos trabalhistas que consiste excessiva carga horária de trabalho, adoecimento, baixos salários, além de cortes substanciais sobre a Política de Educação: 
O que impede de se construir e articular uma rede é que entre os órgãos competentes para se inserir na rede há certa individualidade, ou seja, pensam somente no que vão ganhar diante esta rede ou em que irão perder. Enquanto deveriam pensar que a criança e ao adolescente devem ser vistos como seres em situação peculiar em desenvolvimento e que tem a prioridade absoluta (LUSCHETTI, 2011, p.23). 
Além desses agravantes fatores internos como a falta de infraestrutura adequada, materiais, orçamentos que comprometem a rotina institucional, além do cronograma de atividades diárias. É um ciclo de violação de direitos que atinge não só aos funcionários, mas também crianças e adolescentes e as comunidades escolares.
Apesar da promulgação desta lei, o profissional de Serviço Social enfrenta barreiras no seu cotidiano, impactos em relação à sua autonomia profissional, um desafio dentro do exercício de negociação política necessário ao seu trabalho, que limita, muitas vezes, sua prática profissional e com relação a inserção no meio educacional não é diferente. A importância desse profissional do seio educacional se caracteriza no sentido de:
Acredita-se que o trabalho desenvolvido por Assistentes Sociais nas escolas é uma estratégia que poderá criar condições para o exercício da cidadania, bem como para o protagonismo e inclusão de crianças, adolescentes e adultos, não apenas no âmbito escolar, mas na sociedade de forma geral. Dessa forma, o Serviço Social vem ser uma especialidade que colabora junto ao corpo técnico-administrativo e docente ao pensar também na formação continuada, na construção e realização de pesquisas e projetos, e na proposição de espaços de debates temático-transversais (CRUZ, SANTANA, PONTES E MEDEIROS, 2013, p.5)
	Por conseguinte, é possível perceber que as instituições escolares emergem inúmeras demandas e contemporaneamente a realidade social revela diversas manifestações da expressão da questão social, que muitas das vezes torna-se desafios para o meio educacional, o que apresenta como uma necessidade da inserção do profissional de Serviço Social, a fim de assumir as demandas e conflitos e reconhecendo a necessidade de um trabalho socioeducacional com os demais profissionais, tais como o psicólogo, pedagogos e toda equipe técnico administrativa. A luz de Iamamoto (2011):
A categoria profissional desenvolve uma ação de cunho socioeducativo na prestação de serviços sociais viabilizando o acesso aos direitose aos meios de exercê-los, contribuindo para que necessidades e interesses dos sujeitos de direitos adquiram visibilidade na cena pública e possam, de fato, ser reconhecidos. Esses profissionais afirmaram o compromisso com os direitos e interesses dos usuários, na defesa da qualidade dos serviços prestados, em contraposição à herança conservadora do passado. Importantes investimentos acadêmico-profissionais foram realizados no sentido de se construir uma nova forma de pensar e fazer o Serviço Social, orientadas por uma perspectiva teórico-metodológica apoiada na teoria social crítica e em princípios éticos de um humanismo radicalmente histórico, norteadores do projeto de profissão no Brasil (IAMAMOTO, 2011, p. 6).
	 Mas sabe que a conjuntura neoliberal é antagônica ao Projeto Ético-Político do Serviço Social, o que afeta de forma significativa à sua implementação, uma vez que anda na contramão dos interesses éticos, políticos e operacionais do mundo do mercado capitalista contemporâneo. Observa-se ainda que a realidade da prática profissional na escola que remete o profissional a um processo que exige competências teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas no espaço educacional. 
O Grupo de Trabalho (GT) elenca alguns desafios para essa inserção:
Ampliar a participação da categoria de assistentes sociais nos fóruns de controle social da Política de Educação, como os conselhos de educação, as conferencias municipais, estaduais e federal;
Articular e problematizar, com os/as demais profissionais da área da educação e com a sociedade, a importância e legitimidade do trabalho de assistentes sociais nesta política;
Construir fóruns de discussão e realizar debates por meio de oficinas, encontros, seminários locais e regionais, dentre outros, aprofundando as reflexões sobre as possibilidades e limites da atuação do/a assistente social nesta política;
Articular com a ABEPSS para que o debate em torno da inserção do serviço social na educação seja contemplado na formação profissional;
Fortalecer as ações em torno da realização de concursos públicos para assistentes sociais na Política de Educação, bem como para as demais trabalhadores e trabalhadoras dessa política. (GT, CFESS, 2011)
Portanto, essas são alguns dos desafios postos a profissão para a inserção dos profissionais de Serviço social nas escolas, tendo em vista que tal inserção visa a construção e o amadurecimento educacional brasileiro. Todavia, para que essas medidas sejam concretizadas se faz necessário novas medidas, pois não se pode restringir a educação a relação professor e aluno, dentro da sala de aula, esse contato vai além dos muros escolares, logo, se faz necessário a intervenção não só do assistente social, mas de uma equipe interdisciplinar.
Visto que, a inserção dos assistentes sociais na área de educação por não se constituir um fenômeno recente, tem uma ótica voltada a contribuir para a construção da cidadania, já que a educação e o Serviço Social são comprometidos com o exercício da cidadania, para a efetivação e igualdade de direitos sociais, civis e políticos dos sujeitos, por isso esta condição constitui um dos maiores desafios postos aos assistentes sociais no presente: “Desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim ser um profissional propositivo e não só executivo” (IAMAMOTO, 2005, p. 20. Grifo da autora).
Portanto, demanda um posicionamento crítico e criativo, uma formação da identidade profissional, visto que as demandas postas são decorrentes do contexto mais amplo da sociedade relacionado à questão econômica, condições de vida precárias, trabalho precoce, violência na família, entre outros. Verifica-se a forte presença das múltiplas expressões da questão social que invadem o cenário escolar levando uma gama de dificuldades que afetam de forma negativa no processo ensino aprendizagem.
Neste sentido, é importante levar em consideração que a educação não é espaço socio ocupacional novo de atuação para o Serviço Social e que essa relação possui uma bagagem histórica, todavia há muito o que percorrer para que haja a inserção desses profissionais nesse espaço ocupacional, e as entidades representativas da profissão estão se empenhando constantemente para que se efetive a Lei recentemente promulgada. 
O Estado impede a real cristalização das políticas públicas educacionais e gera sofrimento para quem lida diariamente com essas expressões da questão social como o corpo docente das escolas públicas. Para uma melhor visualização acerca dessa problemática o próximo tópico trata da identificação das expressões da Questão Social na escola e assim realizar alguns apontamentos analíticos a partir das leituras realizadas para construção desse estudo. 
3.2 IDENTIFICAÇÃO DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL NA ESCOLA CONTEMPORANEA
Este item traz algumas considerações acerca das expressões da questão social e sua identificação no ambiente escolar. Para conceituar essas questões, faz-se necessário apreender o significado de Questão Social, objeto de estudo do Serviço Social. Nessa perspectiva a Questão Social é definida como o: 
(...) conjunto das expressões das desigualdades sociais engendradas na sociedade capitalista madura, impensáveis sem a intermediação do Estado. Tem sua gênese no caráter coletivo da produção, contraposto à apropriação privada da própria atividade humana - o trabalho – das condições necessárias à sua realização, assim como de seus frutos. [...] expressa, portanto nas disparidades econômicas, políticas e culturais das classes sociais, mediatizadas por relações de gênero, características étnico-raciais e formações regionais, colocando em causa as relações entre amplos segmentos da sociedade civil e o poder estatal (IAMAMOTO, 2008, p. 16-17). 
Nos primórdios da vida comercial, mais especificamente da passagem do feudalismo para o capitalismo, trocas de mercadorias deram lugar à exploração das massas de camponeses e trabalhadores. Desse quadro desigual de distribuição de recursos surge a expressão questão social muito utilizada no século XIX, para nomear o fenômeno do pauperismo (IAMAMOTO, 2012).
Complementando essa questão José Paulo Netto (2011 p.42) contribui que “a pauperização da classe trabalhadora é fruto das contradições do capitalismo industrial e crescia da mesma maneira que aumentava a produção”. Sendo assim, a Questão social é produto e expressão da contradição entre capital e trabalho nascida a partir da produção e reprodução das relações sociais. 
Ao passo que as relações da vida em sociedade se complexificavam a questão social se tornou um desafio histórico estrutural, resultado das contradições concretas entre capital e trabalho, originado a partir do moderno processo de industrialização capitalista, e tem como fatores determinantes o empobrecimento da classe trabalhadora que gerou a consciência dessa classe e sua luta política dessa classe contra seus  opressores, no caso os capitalistas. (MARTINELLI, 2011)
Essa contradição se originou a partir do desenvolvimento da sociedade, em que o homem tem acesso à cultura, natureza, ciência e às forças produtivas do trabalho social, e do outro lado, cresce a distância entre concentração/acumulação de capital e aumenta a miséria, a pauperização. 
Deste modo, percebe-se que a questão social provém do antagonismo entre a relação capital x trabalho, gerada por meio da exploração do homem capitalista sobre o homem trabalhador. Estes, por sua vez, unem-se para o crescimento e produção da mais-valia, no qual, o capitalista detentor dos meios de produção contrata os indivíduos que possuem somente a sua força de trabalho, que a vende em troca de um salário. Porém os lucros que nascem dessa relação ficam nas mãos do capitalista, enquanto o trabalhador está alheio ao produto final de seu trabalho. 
Continuando o debate da questão social as consequências do pauperismo para a sociedade também se direcionampara os lares da classe trabalhadora e atingem a sua família, no passo que a industrialização, acompanhada pelo complexo processo da urbanização desenfreada se torna o elemento desencadeador da questão  social, no qual as relações  sociais e econômicas  pré-industriais foram desfeitas pelo enorme avanço das forças  produtivas que alcançam primariamente pelas mudanças estruturais.  A pobreza, para se tornar um pré requisito estrutural da questão social, necessitou de constante debate (MARTINELLI, 2011). 
Segundo Pereira (2003) os constantes desafios atuais que a sociedade vivencia são oriundos da contradição entre capital e trabalho, elemento esse que alimenta as raízes que sustentam a questão social em meados do século XIX e nos dias de hoje ganhou enormes proporções por ausência de maiores análises. 
Sendo assim a questão social só se institucionaliza “questão social” quando ela for discutida o suficiente, assumida e reconhecida pelos setores da sociedade, que vem a ter o objetivo de enfrentá-la, torná-la pública e transformá-la em demanda política, no sentido de dar solução aos problemas sociais. Não basta reconhecê-la enquanto realidade bruta da pobreza e da miséria; é preciso ser debatida em seus dilemas, mas no cenário da crise do nosso Estado de bem-estar, da justiça social, do papel do Estado e do sentido da responsabilidade pública essas questões são ignoradas por autoridades competentes. 
Sendo assim, a questão social só se apresenta por meio de suas manifestações em iniciativas que determinam prioritariamente os anseios do capital sobre o trabalho, no qual o objetivo é acumular capital e não garantir condições dignas de vida para a classe trabalhadora. E as consequências da apropriação desigual do produto social são as mais diversas como violência, desemprego, precarização da saúde, educação dentre outros (IAMAMOTO, 2012). 
Deste modo é na base da produção capitalista que se produz e reproduz a questão social, por meio da categoria trabalho que a questão social iniciou e até hoje se permanece, sendo necessário o deciframento dos determinantes e suas múltiplas expressões da questão social. Esta se encontra enraizada na contradição que divide a sociedade em classes, e assume novas formas a cada época (FALEIROS, 2001). 
Esse cenário torna-se propício para que o assistente social analise às constantes mudanças, sejam elas sociais, econômicas, e/ou culturais, pois são fatores que favorecem ou desafiam a sua atuação profissional. Com conhecimento teórico metodológico, é possível analisar a conjuntura para uma atuação técnico-operativa eficaz nesse modelo neoliberal contemporâneo (NETTO, 2011).
Trazendo esse debate para a ótica da temática aqui proposta, atualmente as expressões da questão social como divórcio, disputa de guarda, conflitos familiares e violência conjugal irradiam o ambiente escolar. Essa realidade torna-se propícia para atuação do Serviço Social. Em linhas gerais, o Serviço Social é considerado como uma especialização do trabalho e sua atuação profissional é uma manifestação de seu trabalho, inscrito na esfera de produção e reprodução da vida social (FALEIROS (2001). Deste modo a profissão vive a expansão profissional por meio de novos espaços de campo de trabalho e a (re) inserção no campo educacional. 
Diante disso pode-se dizer que a atuação do Serviço Social nas demandas envolvendo as expressões da Questão Social é interventiva, pois visa refletir a dimensão investigativa, e remeter-se a um trabalho desenvolvido pelos profissionais, sempre com o intuito de desmistificar e desvelar a realidade produtora e reprodutora de desigualdades, visando à autonomia, à participação e à emancipação dos indivíduos. 
A particularidade que envolve a intervenção com as famílias acometidas pelas expressões da Questão Social trabalha no sentido de revolucionar consciências e proporcionar novas discussões, de trabalhar as relações interpessoais e grupais, despertando o senso crítico desses sujeitos. Assim, a intervenção do assistente social é uma atividade veiculadora de informações trabalhando em consciências, com a linguagem que é a relação social em conjunto com as áreas de Pedagogia e Psicologia (MARTINELLI, 2011).
As expressões da questão social evidentes nas escolas estão à mercê da precariedade das políticas públicas, ocasionando, de certa forma, no que é divulgado pelos meios de comunicação: a drogadição, gravidez na adolescência, bullying, evasão escolar entre outras situações que acontecem por vários fatores sociais e econômicos, tornando-se tais problemáticas cada vez mais frequentes nas intuições escolares. Segundo o Conselho Federal de Serviço Social, CFESS (2001, p.7):
A inserção do profissional de Serviço Social nesse campo de atuação nos impõe [...] uma tarefa/desafio que é o de construir uma intervenção qualificada enquanto profissional da educação, que tem como um dos Princípios Fundamentais de seu Código de Ética Profissional o “posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática”. O que significa que precisamos empreender uma construção coletiva (enquanto profissional), que será caracterizada por caminhos e experiências diferenciadas, mas com o mesmo propósito. (CFESS, 2001, p.7)
Assim sendo, é necessário destacar que os desafios impostos à profissão na atuação no âmbito escolar, em virtude da atual conjuntura é a formulação de inúmeras propostas de políticas públicas frente as questões sociais, construídas a partir da proximidade com a comunidade, alunos e suas famílias, atuação experenciada nesse meio social que engrandece a relação da escola com a comunidade entorno dela, fortalecendo os vínculos e, consequentemente tendo êxito em suas ações.
Outro ponto que vale evidenciar, é a Lei nº 13.935, de 2019, que dispõe em seu 1º artigo que “As redes públicas de educação básica contarão com serviços de psicologia e de serviço social para atender às necessidades e prioridades definidas pelas políticas de educação, por meio de equipes multiprofissionais.”
Deste modo, as ações necessárias para o desenvolvimento da educação devem ser pautadas a partir de uma ótica que se efetive na necessidade do acompanhamento social para com os sujeitos envolvidos dentro das instituições de ensino. Os incisos I e II da mesma lei colocam em questão a atuação das equipes multiprofissionais tendo em vista o projeto político pedagógico, logo orientam que:
§ 1º As equipes multiprofissionais deverão desenvolver ações para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, com a participação da comunidade escolar, atuando na mediação das relações sociais e institucionais.
§ 2º O trabalho da equipe multiprofissional deverá considerar o projeto político-pedagógico das redes públicas de educação básica e dos seus estabelecimentos de ensino. (BRASIL, 2019)
	
Logo, fortalece a ideia do trabalho do trabalho dos assistentes sociais junto a escola no sentido de familiarizar-se a realidade social vivida pelos alunos, fortalecer os vínculos entre a entidade escola, família e comunidade a fim de contribuir com o processo educacional.
	Portanto, a escola como um espaço de possibilidades de intervenção social necessita de assistentes sociais habilitados a atuarem frente as questões que envolvem a realidade social de toda comunidade escolar, de forma efetiva que pressupõe a referência a uma concepção de educação emancipadora. Quanto a atuação dos Assistentes Sociais nas escolas, Almeida (2000, p.2) destaca que: 
[...] pensar sua inserção na área de educação não como uma especulação sobre a possibilidade de ampliação do mercado de trabalho, mas como uma reflexão de natureza política e profissional sobre a função social da profissão em relação as estratégias de luta pela conquista da cidadania através da defesa dos direitos sociais das políticas sociais. Almeida (2000, p.2)
Deste modo, a presença do assistente social junto à equipe técnica no âmbito escolar vem paracontribuir nas ações socioeducativas da escola e intermediar na resolução dos conflitos, levando em consideração que estes carregam consigo experiências sociais e levam para o seio escolar, desta forma, por meio da interdisciplinaridade, da intersetorialidade e da produção de conhecimento. 
Observa-se que, a integralização dos profissionais de serviço social com toda a equipe multiprofissional na Educação, se somam, no direcionamento de contribuir com a qualidade da educação e a efetivação dos direitos, ações, programas e projetos. Para complementar, Iamamoto (1998, p.75) ressalta que:
O desafio é redescobrir alternativas e possibilidades para o trabalho profissional no cenário atual; traçar horizontes para a formulação de propostas que façam frente à questão social e que sejam solidárias como o modo de vida daqueles que a vivenciam, não só como vítimas, mas como sujeitos que lutam pela preservação e conquista da sua vida, da sua humanidade. Essa discussão é parte dos rumos perseguidos pelo trabalho profissional contemporâneo. (IAMAMOTO, 1998, p.75)
Mediante o exposto, fica compreendido que é necessário construir, propor estratégias que vislumbrem a realidade social contemporânea, pois na maioria das vezes alunos, professores, gestores carregam consigo questões que afetam no processo escolar. 
Considerando o alcance da efetivação das políticas sociais públicas faz-se necessário a atuação do profissional de serviço social para atender essas demandas de cunho social, educativo e contribuir para a promoção da qualidade de ensino. Assim o próximo tópico traz reflexões sobre as contribuições do Serviço Social nas Escolas Públicas. 
4. REFLEXÕES SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL NAS ESCOLAS
Este item traz reflexões sobre as contribuições do Assistente Social nas escolas e em suas considerações iniciais traz o percurso metodológico da pesquisa, enfatizando as técnicas científicas empregadas para materialização deste estudo, bem como as discussões acerca das legislações que 
4.1. METODOLOGIA DA PESQUISA
O presente estudo visa a construção de conhecimento científico, para tal foram realizadas as reflexões sobre as contribuições da atuação do assistente social nas escolas. Portanto, partindo dos pressupostos de metodologia sua definição é baseada no emprego de um método que se define a partir de “[...] um conjunto de atividades sistemática e racionais, conhecimentos válidos e verdadeiro, traçando o caminho a ser seguido auxiliando as decisões cientificas (LAKATOS, 2003, p.83)
Vislumbrado que a metodologia desta pesquisa tem como principal objetivo fundamentar o questionamento proposto na problemática, Minayo (2007, p.44) complementa que “a metodologia se interessa pela validade do caminho escolhido para se chegar ao fim proposto pela pesquisa, portanto, não se deve ser confundida com conteúdo (teoria) nem com os procedimentos”. 
No que se refere a classificação quanto a natureza, a pesquisa consiste em ser básica, pois se refere ao estudo designado para acrescentar em uma base de conhecimento cientifico, ou seja, uma busca por meio de levantamentos bibliográficos a fim de dar resposta a problemática e discutindo as contribuições cientificas. 
Além disso, quanto aos objetivos a pesquisa se classifica a partir da modalidade exploratória, que de acordo com Gil (2012) “ é uma metodologia que costuma envolver: levantamentos bibliográficos; análises de exemplos que estimulem a compreensão”, ou seja, consiste na realização de estudos para a proximidade com objeto que está sendo investigado, que ofereça informações e orienta a formulação das hipóteses da pesquisa, tendo em vista o estímulo e compreensão do tema estudado.
Desta forma, essa pesquisa é de natureza bibliográfica com coleta de informações em livros, leis, artigos científicos e trabalhos de monografias. Sobre pesquisa bibliográfica, Michel (2009, p.40) diz que “o estudo bibliográfico é uma fase da pesquisa, cujo objetivo é auxiliar na definição de objetos e levantar informações sobre o objeto de estudo.” E para acrescentar, Lakatos (2003) afirma:
A pesquisa bibliográfica permite compreender, que, se de um lado a resolução de um problema pode ser obtida através dele, por outro, tanto a pesquisa de laboratório quanto a de campo (documentação direta) exigem, como premissa, o levantamento de estudo da questão que se propõem analisar e solucionar. A pesquisa bibliográfica pode, portanto, ser considerada como primeiro passo de toda pesquisa cientifica. (LAKATOS, 2003, p.44)
Logo, de acordo com a autora, será possível realizar uma pesquisa ampla e direta, de maneira a permitir conhecer e dispor de instrumentos, como: livros, artigos, trabalhos de monografia, entre outros, a fim de colher referencias imprescindíveis, com o intuito de organizar o estudo.
Quanto a abordagem da pesquisa é de cunho qualitativa, pois visa descrever e compreender os fenômenos que são recorrentes e exteriores aos sujeitos, que necessitam ser interpretada, ou seja, visa a análise de uma realidade que não será quantificada. Segundo Richardson (1999):
Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa apodem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais. Afirma ainda que a metodologia qualitativa pode contribuir no processo de mudanças de determinado grupo que possibilita em maior nível de profundidade o entendimento das particularidades dos indevidos (RICHARSON, 1999, p.80)
Assim, a pesquisa qualitativa, preocupa-se, portanto com os aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais, dessa forma, o presente estudo tem por objetivo analisar as contribuições do Assistente Social nas escolas.
Em vista dos desafios que postos a profissão diariamente, os assistentes sociais devem ter um arcabouço cientifico atualizado de modo a promover a melhoria dos serviços prestados, neste sentido o presente estudo realiza uma revisão integrativa de literatura. De acordo com Souza et al., 2010). 
O objetivo geral de uma revisão narrativa de literatura de pesquisa é reunir conhecimentos sobre um assunto, de modo a fundamentar um estudo significativo. Assim o próximo tópico traz considerações acerca das legislações que demarcam a atuação do Assistente Social na educação. 
4.2 LEGISLAÇÕES QUE NORTEIAM A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS 
Este item descreve as principais legislações que norteiam a Prática do Serviço Social nas Escolas públicas. Levando em conta o aspecto mediador das relações entre classe trabalhadora e o empresariado, sua prática é de caráter interventivo. De acordo com Yasbek (2009) podemos entender que: 
[...] a prática profissional do Serviço Social é necessariamente polarizada pelos interesses de classes sociais em relação, não podendo ser pensada fora dessa trama. Permite também apreender as dimensões objetivas e subjetivas do trabalho do assistente social. Objetivas: no sentido de considerar os determinantes sócio-históricos do exercício profissional em diferentes conjunturas. Subjetivas: no sentido de identificar a forma como o assistente social incorpora em sua consciência o significado de seu trabalho e a direção social que imprime ao seu fazer profissional. Supõe, portanto, também descartar visões unilaterais da vida social e da profissão, deixando de considerar, por um lado, as determinações históricas, econômicas, sociais, políticas e culturais sobre o exercício profissional do assistente social e, por outro, o modo como o profissional constrói sua intervenção, atribui-lhe significado, confere-lhe finalidades e uma direção social (YAZBEK, 2009, págs. 129-130).
Deste modo, os serviços sociais foram implementados para atender as exigências da classe trabalhadora, porém o Estado e o dono do capital tinham interesse em manter sua dominação, através de suas políticas de saúde, educação, habitação, cultura uma devolução de umapequena parcela do que o trabalhador produz e que é apropriada pelo empregador e pelo Estado.
Para a educação, como política social, é um campo social, de contradições e lutas de classes, que se institucionalizou a partir de um processo necessário para uma sociedade civil e se caracteriza também como uma área estratégica do Estado em resposta ao acirramento da questão social. Tendo em vista, os marcos teóricos, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205 dispõe que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988)
Observa-se que foi somente ao longo do processo de desenvolvimento da sociedade brasileira, provocada por profundas transformações é que a educação foi assegurada tanto na Constituição Federal de 1988 quantos em outros dispositivos legais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990). 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) dispõe em seu artigo 4º que “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, a saúde, à alimentação, à educação [...]. (BRASIL, 1990). Deste modo, a política de educação está no rol das políticas sociais, uma vez que são responsabilidade do Estado mantê-la e oferta-la de forma gratuita e igualitária a todas as camadas sociais, a fim de garantir os direitos da sociedade civil e minimizar as expressões da questão social.
	Logo, é nesse eixo social que o Assistente Social se faz necessário, pois levado em consideração que os conflitos existentes dentro da escola são advindos das relações sociais, onde os indivíduos vivenciam para além do ambiente escolar, ou seja, é um espaço social onde apresentam inúmeras expressões da questão social. Conselho Federal de Serviço Social (CFESS, 2011, p.16) reitera que:
A educação é um complexo constitutivo da vida social, que tem uma função importante na dinâmica da reprodução social, e que numa sociedade organizada a partir da contradição básica entre aqueles que produzem a riqueza social e aqueles que exploram e os seus produtores e expropriam sua produção. (CFESS, 2011, p.16)
	Portanto, de acordo com o supracitado, a educação é um dever do Estado e direitos de todos, é na visão do serviço social, uma política pública fragmentada no sentido de não possuir um profissional em seu grupo capaz de junto a comunidade escolar desenvolver ações que possam desvelar e dar respostas aos conflitos sociais. Logo, vale acrescentar segundo Barbosa (2012) que:
[...] a inserção dos assistentes sociais na Política de Educação assim como de outros/as profissionais poderá fortalecer a democratização desse espaço. Assim também, como o envolvimento da categoria profissional nesse debate, na perspectiva do nosso projeto ético político profissional, demonstra o interesse coletivo dos/as assistentes sociais em articular com outros sujeitos coletivos na luta contra a barbárie no capitalismo e, portanto, contribuir para a construção de uma política pública de educação emancipadora, necessária para a materialização de uma outra sociabilidade fundada na liberdade, justiça social, equidade, autonomia e na plena expansão dos indivíduos sociais (BARBOSA, 2012, p. 257).	
	Entende neste sentido que, a inserção desses profissionais na escola viabiliza um espaço de construção da cidadania e de fortalecimento do educando enquanto sujeito de direitos, e remetem para profissão além de um espaço de trabalho aos fatores essenciais para a promoção da materialização do Projeto Profissional do Serviço Social.
4.3 SERVIÇO SOCIAL E O TRABALHO EM EQUIPE NO ÂMBITO EDUCACIONAL
O presente tópico a ser descrito é desdobramento do parágrafo anterior e irá contextualizar o conceito de trabalho em equipe, com enfoque nas demandas educacionais de modo a expressar os principais benefícios da interdisciplinaridade das diversas áreas do conhecimento. A definição do trabalho em equipe segundo Ucha et al (2015, sd): 
Trabalho em equipe é uma forma de organização de um grupo; uma forma de compartilhar objetivos. Trabalho em equipe é aquele tipo de trabalho no qual se tenta conseguir que se realizem atividades dependentes entre si, que podem sobrepor a soma de trabalho de cada um dos seus membros. 
Neste sentido o trabalho em equipe é a soma de esforços coletivos em prol de um bem comum, que pode ser a prestação de serviços a um determinado público-alvo ou atingir determinada meta do ambiente de trabalho. O trabalho em equipe se torna eficiente quando todos os seus membros estão com objetivos traçados e há uma coesão no grupo que compõem a equipe. Para adentrar mais a fundo nesta temática será feito um pequeno resgate histórico das primeiras amostras de trabalho em equipe nos mais diversos espaços sócio-ocupacionais, visto que o homem é um ser que interage das mais variadas formas. Neste sentido, segundo Milhomem e Oliveira (2007, p.102): 
O homem é um ser em permanente construção, que vai se fazendo no tempo pela mediação de sua prática, de sua ação. É, assim, um ser histórico, que vai se construindo no espaço social; não é uma realidade dada, mas fundamentalmente um sujeito que vai construindo a sua realidade. Esta construção que o homem faz inicia-se com a sua relação com a natureza, que é a fonte da vida material e essa, por sua vez, cria novas necessidades.
 
As mudanças societárias estão em todos os setores de trabalho e da sociedade em geral, o que demanda novas formas de operacionalização dos serviços em instituições privadas e públicas. O homem é o protagonista deste processo, que constrói sua realidade dia após dia, acompanhando o ritmo gradativo das mudanças nesse aspecto social. 
Conforme a expansão se fazia presente na sociedade, o trabalho em equipe direcionou-se também para outras instituições com o intuito de facilitar a rotina de trabalho, intercalar diversos saberes e produzir a diversidade do conhecimento. Em outros setores: 
[...] o ‘trabalho em equipe’ emerge em um contexto formado por três vertentes: 1) A noção de integração, que constitui um conceito estratégico do movimento da medicina preventiva nos anos 50, da medicina comunitária nos anos 60 e dos programas de extensão de cobertura implantados no Brasil nos anos 70; 2) As mudanças da abordagem de saúde e de doença que transitam entre as concepções da unicausalidade e da multicausalidade; 3) As consequentes alterações nos processos de trabalho com base na busca de ampliação dos objetos de intervenção, redefinição da finalidade do trabalho e introdução de novos instrumentos e tecnologias. (PERDUZZI, 2005, p. 271). 
Neste sentido pode-se proferir que esta maneira de trabalhar também foi uma resposta do Estado frente às grandes transformações que a sociedade sofreu em seu bojo societário, pois cada profissão foi criada para responder determinada expressão da questão social seja de ordem social ou apenas para cumprir as ordens do capital. 
Conforme as mudanças iam se intensificando, propuseram outras formas de prática profissional, redefinindo radicalmente alguns papéis, “incorporando, pela primeira vez, em propostas curriculares de ensino de graduação, a ideia de trabalho em equipe multiprofissional” (IDEM). 
Com o passar dos anos o trabalho em equipe foi invadindo todos os outros setores para facilitar o acesso aos serviços públicos, e também como uma alternativa interprofissional de unir as atribuições em um só fazer profissional. Mas não se pode esquecer que todas as mudanças nessa maneira de trabalhar são frutos das raízes que sustentam o neoliberalismo e atende as aspirações do sistema capitalista, pois “ressalta-se ainda que o tema do funcionalismo público aparece em várias discussões, no entanto, sem o tratamento adequado e cuidadoso que deveriam os elementos por eles envolvidos” (FRANÇA, 1993 apud TAVARES, 2003, p.10). 
O trabalho em equipe surge dentro do funcionalismopúblico, ou seja, em instituições públicas pagas pelo Estado que mais demandam essa atuação profissional e isso engloba escolas, hospitais, tribunais dentre outras instituições. O senso comum propaga diversas definições para o funcionalismo público sem o devido conhecimento. Ainda abordando a década de 1980: 
[...] Com o avanço da crise Fiscal do Estado, e a preocupação do Estado em cortar gastos, o funcionalismo público vem ocupando papel de destaque entre as causas das crises do Estado no discurso neoliberal. Nesta direção, são precipitadamente justificadas as ações de enxugamento do quadro de pessoal no serviço público (PERDUZZI, 2005, 273). 
A partir desse pressuposto a ação em equipe revela a sua outra face: a precarização das condições de trabalho, os baixos salários, a burocratização dos serviços e que não permite autonomia da prática profissional. Consequentemente transforma esses profissionais em meros executores do serviço público. Em algumas localidades brasileiras e metrópoles devido ao grande crescimento populacional alguns locais de trabalho são completamente sucateados. 
Frequentemente há cortes de verbas ocasionando o atraso dos salários e redução do quadro de funcionários. Tudo isso influencia a desmotivação dos funcionários públicos, que tem seus direitos trabalhistas feridos, corroborando para a má prestação de serviços à população, que mais uma vez tem seus direitos também violados pelo Estado e este ciclo tende a se repetir e adquirir novas roupagens conforme o capitalismo assume outras faces. 
Cabe ressaltar que todos estes pontos de debate acima citados ao decorrer deste tópico revelam a lógica cruel do sistema que rege a órbita do capital. Toda essa forma de coerção social objetiva apenas um fator comum: o lucro e a perpetuação do controle das massas subalternas. Em suma, conclui-se que o trabalho em equipe ao mesmo tempo em que é essencial nas instituições que dela precisa, também é obrigado a sofrer transformações em sua estrutura organizacional, de modo que atenda as metamorfoses que passam o sistema capitalista, pois do mesmo modo que equipara os serviços e faz fluir a rotina do trabalho institucional, também revela o seu caráter impiedoso, que dissemina a coisificação em massa de funcionários públicos, usuários e instituições. 
Ao analisar, deve-se sempre levar em conta toda a conjuntura da contemporaneidade e as mutações pelos quais a população em geral está sujeita. É sempre importante frisar que o nosso cenário social atual é apenas uma reformulação do que ocorria no passado. Com isso cria-se diversos processos de trabalho e ocupações que visam apenas atender os interesses da ordem vigente, que adentra a produção e reprodução das relações sociais na sociedade. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo desse trabalho, foram discutidos os aspectos do tema central deste estudo que tratou da inserção dos assistentes sociais da política de Educação, conforme prevê as legislações vigentes no nosso país, no qual seu objetivo geral foi ancorado em estudar o processo de inserção do Serviço Social nas Escolas, para entender a gênese da profissão na esfera educacional que se trata de um terreno societário propício para o desenvolvimento da questão social e suas expressões como evasão escolar, exclusão social, conflitos familiares dentre outros. Levantou-se também um debate que vem ganhando forma nas bibliografias de Serviço Social: a Precarização da Educação tanto da esfera básica quanto da superior. 
Com base na pesquisa bibliográfica, a atuação do serviço social no espaço sócio ocupacional está em desenvolver atividades junto com toda comunidade escolar tomando assim uma equipe interdisciplinar, para dar respostas as mais variadas expressões da questão social que surgem nesse ambiente, visando um trabalho de prevenção de possíveis conflitos. 
Reitera-se que a materialização da presente pesquisa apresentou entraves quanto ao mapeamento bibliográfico por não haver bibliografia própria da temática na área de Serviço Social para a materialização de dados acerca do problema da pesquisa. 
Nesse sentido é importante salientar que as autoridades possam materializar o cumprimento da Lei 3688/2000 que respalda a atuação de assistentes sociais e psicólogos na educação básica e de nível médio, destacando que essa já é uma realidade nas instituições públicas de nível superior no país e que suas ações devem se direcionar para esse âmbito, possibilitando que esses profissionais possam implementar e fomentar a criação de políticas públicas em um trabalho conjunto de intervenção. 
sobre a ótica da pesquisa exploratória visando buscar o conhecimento do debate dessa temática onde foi possível responder a pergunta problema: Quais as contribuições do assistente social no âmbito educacional?
Nesse sentido, é importante ressaltar o assistente social como ator social principal inserido nessa correlação de forças, visa promover a viabilização dos direitos dos usuários, sendo necessário destacar o seu processo de trabalho como mola propulsora para garantir a cidadania plena dos alunos, com isso evidencia-se que a pesquisa foi positiva na busca pelos objetivos propostos bem como a resposta à pergunta problema proposta nesse trabalho durante a construção dos referenciais teóricos. 
Sabe-se que a trajetória da consolidação da educação se deu mediante muitas lutas e movimentos sociais e essa pesquisa se faz relevante porque enfatiza avanços conquistados ao longo dos anos e que estão expressos na lei e nos inúmeros decretos citados nessa pesquisa. Nota-se o crescimento cada vez mais acelerado do neoconservadorismo e a ofensiva neolibral que pauta as suas iniciativas destinadas apenas à manutenção das ordens do grande empresariado bem como o modo capitalista de produção. 
Diante disso, após as devidas reflexões feitas sobre o processo de trabalho do (a) Assistente Social no que tange a Educação pode-se considerar que a intervenção para o trabalho deste profissional é extremamente importante e possível para os alunos, dando-lhes a condição de participação plena na sociedade. Assim as sugestões de pesquisa acadêmica para próximos trabalhos são: As diretrizes Curriculares e sua cristalização nas instituições de ensino superior quanto ao Curso de Serviço Social e o Código de Ética como instrumento de concretização dos direitos e deveres dos assistentes sociais no âmbito educacional. 
Por fim, encerra-se que é preciso que o Estado possa refletir sobre seu papel enquanto entidade pública, sendo que seu dever primordial é a expansão dos espaços sociocupacionais em escolas municipais e estaduais para atuação do Serviço Social sempre com a premissa de contribuir para o exercício da cidadania por meio da educação de qualidade. 
Logo, vale ressaltar que, é importante para as instituições de ensino esta temática pela necessidade da inserção do assistente social em consonância com a equipe interdisciplinar para contribuir na garantia de direitos aos alunos e suas famílias, tendo em vista que a escola é um cenário para efetivar os direitos e minimizar as expressões da questão social tão presente nesse ambiente.
Portanto, observa que o trabalho do assistente social com seu arcabouço teórico metodológico, técnico operativo e direcionamento ético político são de suma importância e exerce um papel dentro da composição do projeto pedagógico e escolar, pois irão dar respaldo fundamental para o trabalho multiprofissional. Torna-se um elo de ligação entre instituição na qual está sendo desenvolvida as atividades da área com outras instituições parceiras sempre com o intuito de minimizar as dificuldades vivenciadas pelas escolas e servindo assim como um promotor do acesso aos direitos
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, N.L.T. O Serviço Social na educação. In: Revista Inscrita. Conselho Federal de Serviço Social. Brasília, n. 6, ano 3, jul.2000, p.19-24
BRASIL. Constituição Federal de 1988.
BRASIL. Política Nacional de Assistência Social de 2004.
BRASIL. Lei nº 13.935, de 11 de dezembro de 2019.
BRASIL.

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