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1 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL BASES BIOLÓGICAS DA PRÁTICA MÉDICA IV 1ª AVALIAÇÃO TEÓRICA - 08/07/2021 Nome: William Raphael Whitaker /RGA: 2020.0744.043-9 ORIENTAÇÕES: ● Sua avaliação contém quinze (15) questões. Verifique se está completa. ● Não se esqueça de colocar seu nome e RGA no cabeçalho da avaliação. ● Faça download dessa prova antes de começar a responder às questões. ● Se possível entregue suas respostas dentro dos quadros coloridos que possui o R de Resposta ou que esteja colorido para inserção de sua resposta.. ● Leia atentamente a orientação de devolução de prova que foi enviada para o Classroom e siga-a corretamente. ● A avaliação terá duração de 4h, com início às 7:30h (fuso MS) e término às 11:30h (fuso MS). ● Atente-se para não perder o prazo de devolução no sistema Classroom, pois teremos tolerância de 5 minutos sem desconto do valor total da avaliação. ● Caso sua avaliação seja entregue entre 5 - 15 minutos de atraso, sua prova terá desconto de 10% do valor total. ● Caso sua avaliação seja entregue após 15 minutos de atraso, ela não será corrigida. ● Caso tenha problema no processo de devolução de sua avaliação ou qualquer outro imprevisto, entre em contato com o coordenador do eixo. Boa Prova!! CASO 1: Uma menina de 10 anos de idade foi levada ao médico porque sua mãe observou que a metade direita da face dela estava fraca e parecia não reagir a mudanças emocionais. Também se observou que a boca da paciente estava um pouco desviada para o lado esquerdo, especialmente quando ela se cansava. Ao ser inquirida, a paciente admitiu que os alimentos tendiam a se acumular dentro da bochecha direita e que o lado direito da face tinha uma “sensação engraçada”. A mãe observou as primeiras alterações faciais há 3 meses e, desde então, o distúrbio piorou progressivamente. Ao exame, havia fraqueza nítida dos músculos faciais à direita; os músculos faciais no lado esquerdo eram normais. A sensibilidade cutânea à estimulação da face era normal. O exame dos movimentos oculares revelou evidências de fraqueza leve do músculo reto lateral no lado direito. O exame dos movimentos dos membros mostrou fraqueza leve à esquerda. Questão 1. Assinale a alternativa correta: a. Essa menina de 10 anos de idade foi diagnosticada com um astrocitoma da ponte. A fraqueza facial unilateral direita, juntamente com a fraqueza do músculo reto lateral do olho direito, decorreu do envolvimento dos 2 núcleos dos nervos ambíguo e abducente direitos pelo tumor. A ausência de parestesia da face indicou que o núcleo sensitivo principal do nervo trigêmeo estava intacto nos dois lados. A fraqueza dos movimentos do braço e perna esquerdos adveio do envolvimento das fibras corticospinais na ponte. (Lembre-se que a maioria dessas fibras cruza para o lado oposto na decussação das pirâmides no bulbo.) b. Essa menina de 10 anos de idade foi diagnosticada com um astrocitoma da ponte. A fraqueza facial unilateral direita, juntamente com a fraqueza do músculo reto lateral do olho direito, decorreu do envolvimento dos núcleos dos nervos facial e troclear direitos pelo tumor. A ausência de parestesia da face indicou que o núcleo sensitivo principal do nervo trigêmeo estava intacto nos dois lados. A fraqueza dos movimentos do braço e perna esquerdos adveio do envolvimento das fibras corticospinais na ponte. (Lembre-se que a maioria dessas fibras cruza para o lado oposto na decussação das pirâmides no bulbo.) c. Essa menina de 10 anos de idade foi diagnosticada com um astrocitoma da ponte. A fraqueza facial unilateral direita, juntamente com a fraqueza do músculo reto lateral do olho direito, decorreu do envolvimento dos núcleos dos nervos facial e abducente direitos pelo tumor. A ausência de parestesia da face indicou que o núcleo sensitivo principal do nervo trigêmeo estava intacto nos dois lados. A fraqueza dos movimentos do braço e perna esquerdos adveio do envolvimento das fibras corticospinais na ponte. (Lembre-se que a maioria dessas fibras cruza para o lado oposto na decussação das pirâmides no bulbo.) d. Essa menina de 10 anos de idade foi diagnosticada com um astrocitoma da ponte. A fraqueza facial unilateral direita, juntamente com a fraqueza do músculo reto lateral do olho direito, decorreu do envolvimento dos núcleos dos nervos facial e abducente direitos pelo tumor. A ausência de parestesia da face indicou que o núcleo espinal do nervo trigêmeo estava intacto nos dois lados. A fraqueza dos movimentos do braço e perna esquerdos adveio do envolvimento das fibras corticospinais na ponte. (Lembre-se que a maioria dessas fibras cruza para o lado oposto na decussação das pirâmides no mesencéfalo.) R. Alternativa C CASO 2: Menina de 10 anos de idade foi levada a um neurologista porque seus pais perceberam que sua marcha estava se tornando desajeitada. Seis meses antes, a criança se queixara de que seu braço direito estava incoordenado, e ela derrubou um bule de chá da mesa inadvertidamente. Mais recentemente, sua família observou que os movimentos da mão dela estavam se tornando bruscos e desajeitados; isso era particularmente óbvio quando ela se alimentava com talheres. A mãe comentou que sua filha teve problemas com o pé direito desde o nascimento e ela teve pé torto. Ela também tinha escoliose e era assistida por um ortopedista. A mãe disse que estava particularmente preocupada com sua filha porque dois outros membros da família apresentaram sinais e sintomas similares. Ao exame físico, a criança apresentava 3 marcha cambaleante com tendência a jogar-se para a direita. Havia tremor de intenção no braço e perna direitos. Quando a força dos músculos dos membros era testada, os músculos da perna direita eram mais fracos que os da perna esquerda. Os músculos do braço e da perna direitos também eram hipotônicos. Ela apresentava pé cavo intenso do pé direito e pé cavo leve do pé esquerdo. Também havia cifoescoliose da parte superior da coluna vertebral torácica. Ao exame do sistema sensitivo, havia perda das sensações proprioceptiva e vibratória nas pernas, bem como da discriminação entre dois pontos na pele das pernas. Os reflexos patelares eram exacerbados, mas os reflexos aquileus estavam ausentes. Os reflexos bicipital e tricipital eram normais nos dois braços. Ela tinha reflexo de Babinski bilateral. Havia nistagmo leve nos olhos. Usando seu conhecimento de neuroanatomia, explique os sinais e sintomas citados para essa paciente. Questão 2. A degeneração de quais estruturas estão envolvidas no processo patológico? Explique (2 linhas): a. Marcha alterada, movimentos incoordenados do braço direito, tendência a cair para a direita, tremor de intenção do braço e perna direitos, hipotonia do braço e perna direitos e nistagmo ocular: R. Degeneração de vias cerebelares eferentes, possivelmente descerebilização, por afetar características de todos os tratos, como marcha, tônus e movimentos delicados distais. b. Perda da sensação vibratória, perda da discriminação entre dois pontos e perda da sensação proprioceptiva dos membros inferiores: R. Degeneração de Fascículo Grácil, que é o responsável por discriminação entre dois pontos e pela sensação proprioceptiva dos membros inferiores. c. Fraqueza das pernas e na presença da resposta plantar de Babinski: R. Degeneração de Trato Corticoespinal que regulava os movimentos e impulsos, gerando resposta plantar de Babinski. Questão 3. Os tipos de heranças genéticas das ataxias hereditárias podem ser de diferentes formas e são dependentes da etiologia da doença. Dentre as de herança autossômica dominante, a ataxia espinocerebelar Tipo 1 apresenta mutações no gene ATXN1. Sabendo que o membro da família II-1 do heredograma abaixo apresenta mutaçãono gene ATXN1 com penetrância completa, responda: a) O heredograma apresentado é condizente com o fenótipo apresentado? Explique? (4 linhas) R. Não, como se trata de uma herança autossômica dominante, pelo menos um dos seus pais deveria possuir um alelo dominante para explicar a presença da doença no membro II-1 4 b) Uma mulher com a mesma doença de II-1, porém com quadro clínico menos grave, se casou com um homem sem a doença e pretende ter filhos. Quais possíveis genótipos e fenótipos esperado para a sua prole? (2 linhas) R. A sua prole possui uma possibilidade de 50% para genótipos Aa (fenótipo de portador menos grave) e 50% para genótipos aa (fenótipo normal). CASO 3: Homem hipertenso de 57 anos de idade foi hospitalizado com o diagnóstico de hemorragia no mesencéfalo, possivelmente por um ramo da artéria cerebral posterior. Ao exame físico, ele apresentava paralisia no lado direito dos músculos levantador da pálpebra superior, reto superior, reto medial, reto inferior e oblíquo inferior. Ademais, a pupila direita estava dilatada e não reagia à exposição à luz ou à acomodação. O olho esquerdo era totalmente normal. Ele exibia hipersensibilidade ao toque na pele do lado esquerdo da face e perdera a sensibilidade cutânea na maior parte do braço e perna esquerdos. A perna esquerda também mostrava alguns movimentos lentos e espontâneos de contorção (atetose). Usando seu conhecimento de neuroanatomia, escolha a alternativa que melhor completa a sentença abaixo com as estruturas encefálicas envolvidas: Questão 4. O paciente sofreu hemorragia no lado ________________________, envolvendo o _____________________________. Os tratos ascendentes do ______________________________ também foram afetados. Após emergirem dos núcleos ____________________________, eles cruzam a linha média e ascendem através do _________________________________ no lado direito. A perda de sensibilidade observada nos membros superior e inferior esquerdos reflete o envolvimento dos _________________________________. Os movimentos atetóides da perna esquerda podem ser explicados por lesão ______________________. A ausência de espasticidade do braço e perna esquerdos indica que a lesão não envolveu os tratos ___________________________. a. Direito do tegmento do mesencéfalo, terceiro nervo craniano direito, nervo trigêmeo esquerdo, sensitivos do nervo trigêmeo esquerdo, lemnisco trigeminal, lemniscos medial e espinal direitos, do núcleo rubro direito, tratos descendentes direitos. b. Direito do tegmento do mesencéfalo, terceiro nervo craniano direito, nervo trigêmeo esquerdo, sensitivos do nervo trigêmeo direito, lemnisco trigeminal, lemniscos medial e espinal direitos, da substância negra direita, tratos descendentes direitos. 5 c. Direito do tegmento do mesencéfalo, quarto nervo craniano esquerdo, nervo trigêmeo direito, sensitivos do nervo trigêmeo esquerdo, lemnisco trigeminal, lemniscos medial e espinal direitos, do núcleo rubro direito, tratos descendentes direitos. d. Direito do tegmento do mesencéfalo, terceiro nervo craniano direito, nervo trigêmeo esquerdo, sensitivos do nervo trigêmeo esquerdo, lemnisco trigeminal, lemniscos medial e espinal esquerdo, da substância negra direita, tratos descendentes direitos. R. Alternativa A CASO 4: Mulher de 27 anos se envolveu com acidente automobilístico após ter uma crise epiléptica e perder a consciência enquanto dirigia. Segundo familiares, ela nunca havia apresentado epilepsia até então. Chegou inconsciente no pronto atendimento, não havia concentrações detectáveis de etanol no sangue e a pupila apresentava-se responsiva à luz e dilatada no exame de admissão hospitalar. Apresentou traumatismo craniano e fraturas nos braços e pernas, com necessidade de cirurgia ortopédica de emergência para colocação de pinos. A anestesia cirúrgica foi mantida com propofol, associado a relaxantes musculares e analgésico opioide (anestesia balanceada). Ainda em recuperação, a paciente passou a tomar fenitoína (100 mg 8/8h) para profilaxia pós- traumatismo a fim de reduzir a recorrência de crises epilépticas que poderiam se agravar frente ao trauma craniano. Foi estabelecido um retorno 30 dias após a alta hospitalar para consulta neurológica e avaliação do quadro epiléptico. Questão 5. Os opioides são utilizados juntamente a anestésicos gerais para aumentar o espectro analgésico durante procedimentos cirúrgicos, uma vez que os opioides ativam a via descendente da dor. Considerando que os analgésicos opioides apresentam mecanismos de ação associados a receptores inibitórios, explique como esse paradoxo aparente (ação inibitória levando à ativação de uma via nervosa) é possível, levando em consideração aspectos neuroquímicos da via descendente da dor (limite de 10 linhas). R. Os opioides atuam por meio de uma inibição sobre neurônios gabaérgicos presentes na PAG, que impediam a ação da via descendente da dor. Essa via é constituída por neurônios liberadores de glutamato presentes na PAG, que interagem com neurônios serotoninérgicos dos núcleos da Rafe que, por sua vez, podem atuar tanto em neurônios que produzem opioides, quanto nos que produzem gaba ou até mesmo diretamente sobre a sinapse espinal, todas essas na altura de corno dorsal medular. Sendo assim, temos que a “inibição da inibição gera uma ativação”. Questão 6. Após os 30 dias e retorno para consulta neurológica, familiares relataram que a paciente, que sempre fora meio “avoada”, apresentava uma piora clara após alta hospitalar, “desligando” de vez em quando e com pouca atenção. A paciente, no entanto, não relatou qualquer queixa nesse sentido. 6 Associando a anamnese com o resultado do eletroencefalograma, o diagnóstico sugestivo foi de crise de ausência. A fenitoína foi substituída por outro anticonvulsivante, com melhora rápida e desaparecimento completo dos eventos de ausência. Sugira pelo menos 1 agente anticonvulsivante que pode ter sido utilizado para o controle adequado desse quadro, relacionando o seu mecanismo de ação com a fisiopatologia da crise de ausência (limite de 6 linhas). R. O valproato é um medicamento de escolha para crises de ausência, sendo um bloqueador tanto de canais de sódio quanto dos canais de cálcio T, além de reduzir degradação de GABA. Pode ser utilizado ainda, como alternativa, o clonazepam. As questões abaixo se relacionam a casos específicos descritos nos seus enunciados. Questão 7. Sobre a vascularização da medula espinal, tronco encefálico e cerebelo, é correto afirmar que: a. A a. espinal posterior: vasculariza ⅓ da face posterior da medula espinal; a. espinal anterior: vasculariza as pirâmides, estruturas paramedianas do bulbo e ⅔ anteriores da medula espinal; a. cerebelar inferior posterior: vasculariza o cerebelo (inferior), face posterolateral da ponte, pedúnculo cerebelar inferior, plexo corióide do 4V e núcleos cerebelares; a. cerebelar inferior anterior: vasculariza a face inferior e média do cerebelo, pedúnculos cerebelares (inferior e médio), tegmento inferior da ponte e sup. do bulbo; a. cerebelar superior: vasculariza a face anterior do cerebelo, núcleos cerebelares, pedúnculos cerebelares (superior e médio). b. A a. espinal posterior: vasculariza ⅓ da face posterior da medula espinal; a. espinal anterior: vasculariza as pirâmides, estruturas paramedianas do bulbo e ⅔ anteriores da medula espinal; a. cerebelar inferior posterior: vasculariza o cerebelo (inferior), face posterolateral do bulbo, pedúnculo cerebelar inferior, plexo corióide do 4V e núcleos cerebelares; a. cerebelar inferior anterior: vasculariza a face inferior e média do cerebelo, pedúnculos cerebelares (inferior e médio), tegmento inferior da ponte e sup. do bulbo; a. cerebelar superior: vasculariza a face superior do cerebelo, núcleos cerebelares, pedúnculoscerebelares (superior e médio). c. A a. espinal posterior: vasculariza ⅔ da face posterior da medula espinal; a. espinal anterior: vasculariza as pirâmides, estruturas paramedianas do bulbo e ⅓ anteriores da medula espinal; a. cerebelar inferior posterior: vasculariza o cerebelo (inferior), face posterolateral do bulbo, pedúnculo cerebelar superior, plexo corióide do 4V e núcleos cerebelares; a. cerebelar inferior anterior: vasculariza a face inferior e média do cerebelo, pedúnculos cerebelares (inferior e médio), tegmento inferior da ponte e sup. do bulbo; a. cerebelar superior: vasculariza a face superior do 7 cerebelo, núcleos cerebelares, pedúnculos cerebelares (superior e médio). d. A a. espinal posterior: vasculariza ⅔ da face posterior da medula espinal; a. espinal anterior: vasculariza as pirâmides, estruturas paramedianas do bulbo e ⅓ anteriores da medula espinal; a. cerebelar inferior posterior: vasculariza o cerebelo (inferior), face posterolateral do bulbo, pedúnculo cerebelar superior, plexo corióide do 3V e núcleos cerebelares; a. cerebelar inferior anterior: vasculariza a face inferior e média do cerebelo, pedúnculos cerebelares (inferior e médio), tegmento inferior da ponte e sup. do bulbo; a. cerebelar superior: vasculariza a face superior do cerebelo, núcleos cerebelares, pedúnculo cerebelar (médio). R. Alternativa B Questão 8. Paciente com lesão traumática da metade esquerda da medula espinal ao nível do oitavo segmento cervical pode apresentar o(s) seguinte(s) sinal(is) e sintoma(s): a. Perda das sensações de dor e temperatura no lado esquerdo abaixo do nível da lesão b. Perda da sensação proprioceptiva na perna direita c. Hemiplegia direita d. Sinal de Babinski à esquerda e. Paralisia do neurônio motor inferior à direita no segmento da lesão e atrofia muscular R. Alternativa D Questão 9. A resposta imune adaptativa (celular e humoral) é de extrema importância no controle de infecções. Diferencie a ativação das respostas imunes celulares Th1, Th2 e Th17 completando o quadro abaixo: Padrão de Resposta Citocinas Tipo de Defesa Mecanismo de Ativação Funções efetoras Th1 IL-12, INF- gama Eliminação de microrganismos intracelulares Apresentação para antígeno via MHC-II, secreção de IL-12 por células dendríticas, estimulando o a célula T. Células NK secretam INF- gama, sendo essa junção responsável pela ativação de mecanismos de fosforilação e transcrição, ativando a própria produção de INF-gama por célula T e um padrão Th1 Secreção de INF-gama, interagindo com receptores de macrófagos, levando a um estímulo, assim como a ligação entre CD40 ao seu ligante na célula T efetora. Th2 IL-4, IL-5 e IL-13 Controle/eliminaçã o de parasitas Secreção de IL-4 pela própria célula T ativada (amplificação e retroalimentação) e por As citocinas atuam em uma ativação de eosinófilos e na produção de diarreia e 8 mastócitos e eosinófilos, gerando a ativação de fatores de transcrição para o padrão Th2 movimentos peristálticos, a fim de tentar expulsar os helmintos. Células T foliculares ativarão células B para produção de anticorpos, que se ligarão em membrana de eosinófilos e mastócitos, auxiliando a degranulação. Além disso, macrófagos do tipo M2 são ativados por IL- 13 e IL-4, produzindo IL-10 e TGF-beta, gerando efeitos antinflamatórios e de reparação de feridas Th17 IL-17 e IL- 22 Controle/eliminaçã o de microrganismos extracelulares Liberação de IL-6 e TGF-beta, gerando ativação de produção de IL-23 pelas células T, gerando amplificação e finalização do processo de maturação IL-22 é a responsável por estimular células teciduais a fazer função de barreira aumentada e a produção de peptídeos antimicrobianos. IL-17 fará migração de leucócitos e células teciduais para o local. Questão 10. Paciente de 10 anos, com febre alta (≥38,5°C), exantema máculo-papular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik, foi medicada pelos seus pais, com antitérmicos e analgésicos. Após três dias, houve aumento do quadro febril (39,0°C) com o aparecimento de sintomas como rigidez de nuca, cefaléia e vômito, sendo levada ao pronto atendimento do hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Após ser examinada pelo médico, a família foi questionada quanto a carteira de vacinação da criança. Os pais afirmaram que são contrários a vacinas, e não permitiram a vacinação do filho. Diante deste quadro, qual o possível agente etiológico da doença e quais mecanismos envolvidos na migração desse vírus para o SNC. a) Vírus do Sarampo, gênero: Morbillivirus, família: Paramyxoviridae. Estes vírus podem ganhar o SNC por: 1) Passagem através do bulbo olfatório; 2) Replicação viral em células endoteliais de capilares cerebrais; 3) Transmigração de monócitos infectados através da barreira hematoencefálica. b) Vírus do Sarampo, gênero: Rubulavirus, família: Paramyxoviridae. Estes vírus podem ganhar o SNC por: 1) Passagem através do nervo trigêmio; 2) Replicação viral em células endoteliais de capilares cerebrais; 3) Transmigração de linfócitos infectados através da barreira hematoencefálica. c) Vírus do Sarampo, gênero: Morbillivirus, família: Paramyxoviridae. Estes vírus podem ganhar o SNC por: 1) Passagem através do bulbo olfatório; 2) Replicação viral em células endoteliais de capilares cerebrais; 3) Transmigração de linfócitos infectados através da barreira hematoencefálica. d) Vírus do Sarampo, gênero: Rubulavirus, família: Paramyxoviridae. Estes vírus podem ganhar o SNC por: 1) Passagem através do nervo trigêmio; 2) Replicação viral em células endoteliais de capilares cerebrais; 3) Transmigração de monócitos infectados através da barreira hematoencefálica. 9 e) Vírus do Sarampo, gênero: Morbillivirus, família: Paramyxoviridae. Estes vírus podem ganhar o SNC por: 1) Passagem através do bulbo olfatório; 2) Passagem através do nervo trigêmio; 3) Transmigração de linfócitos e monócitos infectados através da barreira hematoencefálica. R. Alternativa A Questão 11. Um escolar de 7 anos apresenta febre diária de 38°C a 38,5°C há 24 horas, anorexia e queda do estado geral. Sua mãe o levou ao atendimento médico, onde foi avaliado e prescrito inicialmente cefalexina. Evoluiu com vômitos frequentes e sonolência. História vacinal completa pelo programa nacional de imunização. Ao exame, está irritado ao manuseio, torporoso, com pupilas isocóricas e fotorreagentes e rigidez de nuca. Na avaliação cardiorrespiratória está taquipneico e com auscultura pulmonar com murmúrio vesicular livre. Pele: presença de petéquias na região do quadril. Exame neurológico sem particularidades quanto à força e equilíbrio. Com base no caso clínico apresentado, analise as assertivas a seguir, marcando V para verdadeiro/correto e F para falso/incorreto. ( V ) A principal hipótese diagnóstica é meningite bacteriana. ( V ) No resultado bioquímico da análise do líquido cefalorraquidiano (LCR), deve-se observar pleocitose com hipoglicorraquia e hiperproteinorraquia. ( F ) Caso a bacterioscopia do LCR demonstre diplococos GRAM negativos, o provável agente etiológico é Haemophilus influenzae. ( V ) O rash hemorrágico (petéquias e equimoses na pele) é típico da sepse meningocócica (que alguns chamam de purpura fulminans), encontradas após o quadro de CIVD (Coagulação Intravascular Disseminada). ( F ) A ausência de positividade ao sinal de KERNING e BRUDZINSKY no paciente acima, pode-se excluir a hipótese diagnóstica de meningite. R. VVFVF Questão 12. As Meningites Bacterianas Agudas são infecções graves, verdadeiras urgências médicas, causadas por diversos microrganismos que atingem as meninges e o encéfalo, quando falham os mecanismos de defesa que os protegem associado aos fatores de virulência do microrganismo. Em crianças com idade superior a 5 anos e adultos,os agentes mais frequentes relacionados às meningites bacterianas são: A) pneumococo e estreptococo. B) estreptococo e estafilococo. C) meningococo e estafilococo. D) enterobactéria e estafilococo. 10 E) pneumococo e meningococo. R. Alternativa E Questão 13. Preencha a tabela a seguir: Agente causador da meningite População suscetível Qual a morfologia do microrganismo N. meningitidis R. Crianças menores de 5 anos, imunodeficientes e pacientes com Asplenia R. Diplococos gram negativos H. influenzae R. Crianças menores de 5 anos não vacinadas, imunodeprimidos e pacientes com Asplenia R. Cocobacilos gram negativos S. pneumoniae R.Crianças menores de 5 anos não vacinadas, imunodeprimidos R. Cocos Gram positivos L. monocytogenes R. Recém Nascidos e Idosos R. Bastonetes gram-positivos C. neoformans R. Imunocomprometidos R. fungo leveduriforme CASO 5: Homem de 27 anos é vítima de queda de moto sem capacete após tentativa de exibição para pessoas que se encontravam em um posto de gasolina. O resgate foi chamado e levou o paciente até a emergência. Na chegada, encontrava-se desacordado, com hematoma periorbital e saída de líquido róseo transparente pelos ouvidos e nariz. Foi encaminhado para Tomografia Computadorizada de crânio que revelou fratura de ossos da base de osso temporal esquerdo com presença de hematoma com aspecto biconvexo. Ao longo da internação, o paciente começou a exibir aumento da secreção nasal e otológica, além de sinais de hipertensão intracraniana e foi submetido à cirurgia para descompressão. Após 5 dias na UTI, começou a apresentar quadro de febre alta com taquicardia e piora do quadro cerebral, tornando-se irresponsível a qualquer estímulo. Foi realizado exame de líquor que sugeriu meningite bacteriana. Após alguns dias de tratamento com antibióticos, o 11 estado geral do paciente começou a melhorar e ele acordou. Apesar de apresentar algumas sequelas motoras, sensitivas e na fala, ele está agradecido por ter sobrevivido e promete não fazer mais este tipo de manobra. Com relação ao caso anterior, responda às perguntas 14 e 15: Questão 14. Assinale a opção correta referente a diversos parâmetros do paciente: A) Líquor: aumento de neutrófilos com aumento de glicose. Via de entrada do patógeno: exógena pela fratura (via nasal) Tipo de hematoma e artéria lesada: Hematoma Subdural e Artéria Meníngea Média Histopatologia da meninge: foto B) Líquor: baixa celularidade com diminuição de glicose. Via de entrada do patógeno: exógena pela cirurgia. Tipo de hematoma e artéria lesada: Hematoma Epidural e Artéria Meníngea Média Histopatologia da meninge: foto 12 C) Líquor: baixa celularidade com diminuição de glicose. Via de entrada do patógeno: endógena hamatogênica. Tipo de hematoma e artéria lesada: Hematoma subgaleal e Artéria Carótida média. Histopatologia da meninge: foto D) Líquor: alta celularidade mononuclear com diminuição de glicose. 13 Via de entrada do patógeno: exógena pela cirurgia e/ou fratura. Tipo de hematoma e artéria lesada: Hematoma Subdural e Veias Meníngeas. Histopatologia da meninge: foto E) Líquor: alta celularidade com polimorfonucleares e diminuição de glicose. Via de entrada do patógeno: exógena pela cirurgia e/ou fratura. Tipo de hematoma e artéria lesada: Hematoma Epidural e Artéria Meníngea Média Histopatologia da meninge: foto 14 Questão 15. Levando-se em consideração que houve lesão hipóxica e isquêmica de todo o tecido irrigado pelo vaso que se rompeu e formou o hematoma, assinale a alternativa que melhor explica os déficits que o paciente apresentou: A) Hemiparesia contralateral, perda sensorial na extremidade inferior e afasia. B) Hemiparesia contralateral, perda sensorial na face e extremidade superior, além de afasia. C) Hemianopsia ipsilateral. D) Vertigem. E) Ataxia.
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