MUSCULAÇÃO - PLANO DE INTERVENÇÃO

Prévia do material em texto

Centro Universitário Leonardo Da Vinci
Educacional Leonardo Da Vinci
TIAGO ALBERTO VIEIRA DOS SANTOS
(EFL1153)
PLANO DE INTERVENÇÃO
Estágio I
Bacharel Educação Física
2021
CIDADE
ANO
		Dado de Identificação da Instituição Concedente
Local do estágio: F1FIT ACADEMIA EIRELI
Coordenador(a) do estágio: Fernando Simplicio dos Santos – CREF.015700 – G/MG
Período: De 10 a 21 de maio de 2021
Nome do(a) acadêmico(a) estagiário(a): Tiago Alberto Vieira dos Santos
AREA DE CONCENTRAÇÃO: FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
Introdução e execução do trabalho e especificidades da musculação.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A história da musculação é muito antiga. Há relatos históricos que datam de tempos antes de Cristo e que mostram a prática da atividade física com pesos. Há esculturas datadas de 400 a.C que relatam formas harmoniosas de mulheres, mostrando preocupação com a estética na época e relatos de jogos de arremessos de pedras, que datam de 1896 a.C. Paredes de capelas funerárias situadas no Egito de 4.500 anos atrás, mostram os homens levantando pesos na forma de exercícios (PRAZERES, 2007). A concepção de sobrecarga progressiva do treino físico que é praticada atualmente é remetida a Milos de Crotona. Ele era atleta olímpico e discípulo do matemático Pitágoras. Realizava seu treinamento de força utilizando um bezerro: quanto mais o bezerro crescia e ficava mais pesado, mais a sua força aumentava, resultando assim em um aumento progressivo da carga (FRANCHINI e VECCHIO, 2011).
A Musculação é a modalidade de treino em que se integram as principais áreas de conhecimento sobre o comportamento fisiológico e motor do corpo humano. O treinamento de força ou hipertrofia muscular tem como objetivos a estética e/ou o bem-estar. As maiorias dos indivíduos praticam a musculação com fins estéticos e visam a hipertrofia muscular, mas há aqueles que se exercitam com o objetivo de fortalecer alguns grupos musculares que estão enfraquecidos ou atrofiados e/ou com a finalidade de recuperação de lesões. Essa prática também contribui na prevenção de alguns distúrbios do envelhecimento controlando a taxa hormonal, dentre outros fatores. A musculação pode ser praticada isoladamente ou de forma concorrente, que consiste em combiná-la com outra modalidade na mesma sessão de treino, como o treinamento aeróbio, por exemplo. O treinamento aeróbio tem como objetivo melhorar a capacidade do organismo de captar, fixar, transportar e utilizar o oxigênio. Ele visa aumentar o volume de oxigênio máximo (VO2 máx.), auxiliando na redução do peso corporal, melhorando a saúde e a qualidade de vida do indivíduo (ZANON et al, 2008).
A musculação quando praticada com a supervisão adequada é uma excelente opção para a manutenção da saúde e melhoria da qualidade de vida. São muitos os benefícios para aqueles que a pratica, desde que os protocolos sejam ajustados a sua realidade e objetivos. A prática regular da musculação pode auxiliar na manutenção e no aumento do metabolismo, na redução da gordura corporal, na melhoria o sono, na minimização da ansiedade e da depressão, na prevenção de doenças cardíacas, no controle de doenças com a diabetes e o colesterol, na diminuição dos riscos de quedas e de fraturas, no controle da pressão sanguínea fortalecendo o músculo cardíaco, no combate a osteoporose e na melhoria da autoestima. Também é usada de forma profilática ou terapêutica auxiliando na recuperação de lesões musculares e na correção de desvios posturais (PRAZERES, 2007).
OBJETIVOS 
	Formular ficha técnica de musculação de acordo com o objetivo do aluno e suas especificidades;
	Conhecer os aparelhos e suas funcionalidades;
	Ensinar os alunos o cadenciamento e execução de cada exercício de acordo com a ficha técnica.	
METODOLOGIA
Primeiramente faz-se uma anamnese com os alunos, verificando quais seus objetivos, suas dificuldades, suas restrições e suas limitações.
É apresentado ao aluno a ficha técnica de musculação e como interpretá-la.
Mostra-se ao aluno como executar cada exercício descrito na ficha, acompanhando-o durante sua execução. É fundamental que o profissional o mostre a velocidade de execução de cada exercício, o postural ergonômico no aparelho, a carga inicial para cada atividade e o tempo de descaso entre cada série.
RECURSOS
	O recursos destinados para a execução deste trabalho foi, em grande parte, os aparelhos de musculação. Além disso forma utilizados acessórios, tais como: suportes para flexão de braço, elásticos, steps, bastões, caneleiras, halteres, barras semi-olímpicas, dentre outros.
	O espaço físico da academia é amplo o suficiente para que se possa trabalhar exercícios, com ou sem carga, que exijam espaço para locomoção do aluno, como: avanço passada/afundo, flexões de braço, abdominais, dentre outros.
	A academia também dispõe de aparelhos, como bicicletas, elípticos e esteiras, que permitem o trabalho incisivo do setor cardiorrespiratório com os alunos.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
A preparação para a execução da ficha se obtém com um pré alongamento dos músculos destinados a ficha a ser seguida.
A ficha técnica de musculação é dividida por letras: A, B, C e D para homens e A, B, e C para mulheres, na maioria das vezes. Cada letra representa o grupo muscular a ser trabalho no dia.
O tempo de execução total da ficha em trabalho muscular unitário é estimado em um período de 40 minutos a 1 hora. Sendo agregados os trabalhos de abdominais, fortalecimentos lombares e todo o core.
Os exercícios aeróbicos são realizados tanto pré ou pós treino, podendo ser realizado na bicicleta ergométrica, esteira ou elíptico, conforme a orientação do professor.
Aula 1 – Dia 10/05: Aula de observação. Nesta fase foi-me apresentada a academia, os aparelhos e o espaço físico destinado a cada modalidade. O professor me mostrou, passo a passo, como realizar a anamnese e formulação de ficha para cada aluno, de acordo com suas especificidades.
Aula 2 – Dia 11/05: Aula de observação. O professor me ensinou a funcionalidade de cada aparelho e suas regulagens e quais os exercícios poderiam ser executados em cada um deles. Me mostrou os acessórios para os treinos musculares e como utilizá-los. Também foi-me mostrado como manusear os equipamentos de treinos aeróbios: bicicletas, esteiras e elípticos.
Aula 3 – Dia 12/05: Aula de observação. O professor me pediu que o observasse a passar a ficha aos alunos, de forma geral. As observações constituíam em: ergonomia nos aparelhos, velocidade de execução, postural, periodização e até mesmo carga.
Aula 4 – Dia 13/05: Foi pedido que eu somente instruísse os alunos, de maneira geral, sozinho e que se houvesse dúvidas eu poderia procurar o professor responsável para que as sanassem.
Aula 5 – Dia 14/05: Nesse dia instruí os alunos com fichas já formuladas pelo professor. Fui indicado a instruir uma gestante durante a realização dos exercícios, onde os treinos eram enfatizados em fortalecimento dos músculos da pelve e abdome. 
Aula 6 – Dia 15/05: O professor solicitou que eu fizesse a ficha de aluno que estaria iniciando os treinos na academia. O treino seria com ênfase hipertrófica, de um aluno jovem e sem histórico de lesão. Após algumas correções do professor consegui finalizar a ficha. Ao decorrer do dia continuei a fazer a instrução de alunos com fichas já formulados pelo professor.
Aula 7 – Dia 17/05: Nesse dia em específico, houve a primeira instrução a um aluno, de uma ficha formulada por mim. Essa ficha foi enfatizada em hipertrofia, à um jovem do sexo masculino. A ficha era dividida, de acordo com os grupos musculares, em A, B, C e D, sendo que a letra A da ficha era do grupo muscular: peitoral e tríceps. Ela era constituída pelos seguintes exercícios:
Peito
· Supino Reto (4 série de 8 repetições)
· Supino 45° (4 série de 8 repetições)
· Pull Over (4 série de 12 repetições)
· Crucifixo horizontal (4 série de 10 repetições)
Tríceps
· Tríceps Pulley na polia alta (4 série de 12 repetições)
· Tríceps Corda na polia alta (4 série de 10 repetições)
· Elevação de Tríceps com halter (4 sériede 8 repetições)
Após esse treino houve a execução de abdominais:
· Abdominal Militar simples (4 série de 20 repetições)
· Abdominais Infra – elevação de pernas bilateral (4 série de 30 repetições)
Depois das abdominais o aluno executou 15 minutos de corrida na esteira.
Aula 8 – Dia 18/05: Nesse dia passei a ficha técnica de musculação B. Ela era constituída pelos grupos musculares costas/dorsais e bíceps. Houve um pré alongamento destinado aos membros superiores e como forma de aquecimento corporal 10 minutos de esteira.
Costas/Dorsal
· Puxada atrás com a pegada aberta (4 séries de 14 repetições)
· Puxada frente com a pegada aberta (4 séries de 12 repetições)
· Pulldown com a pegada aberta (4 séries de 16 repetições)
· Remada unilateral com halter (4 séries de 10 repetições em cada membro)
Bíceps
· Rosca alternada com halter unilateral revezando (4 séries de 10 repetições)
· Rosca direta barra (4 séries de 12 repetições)
· Rosca Scott barra W (4 séries de 8 repetições)
Houve um trabalho de abdominais laterais obliquos :
· Flexão lateral do tronco em decúbito lateral (4 séries de 30 repetições cada lado)
· Abdominal lateral com perna cruzada em decúbito dorsal (4 séries de 20 repetições cada lado) 
Aula 9 – Dia 19/05: Nesse dia passei a ficha técnica de musculação C. Ela era constituída pelos grupos musculares ombros/deltoides, trapézio e antebraço. Houve um pré aquecimento do manguito rotador lateral e frontal.
Ombros/Deltoides
· Desenvolvimento ombro na barra guiada costas (4 séries de 12 repetições)
· Desenvolvimento ombro na barra guiada frente (4 séries de 10 repetições)
· Elevação lateral com halter bilateral (4 séries de 12 repetições)
· Elevação frontal com a barra (4 séries de 8 repetições)
Trapézio
· Remada alta-polia baixa (4 séries de 20 repetições)
· Encolhimento de ombro com halter (4 séries de 20 repetições)
Antebraço
· Rosca inversa na polia baixa (4 séries de 16 repetições)
· Rosca punho barra (4 séries de 20 repetições)
Após o treino o aluno fez 20 minutos de bicicleta ergométrica e um trabalho de fortalecimento lombar.
Aula 10 – Dia 20/05: Nesse dia passei a ficha técnica de musculação D. Ela era constituída pelos grupos musculares inferiores totalizado. Houve um pré aquecimento corporal na esteira durante 15 minutos.
Membros Inferiores
· Agachamento no Hack Machine (4 séries de 10 repetições)
· Leg Press 45° (4 séries de 16 repetições)
· Banco Extensor (4 séries de 12 repetições)
· Avanço Estático unilateral + step (4 séries de 10 repetições cada perna)
· Banco Flexor (4 séries de 16 repetições)
· Mesa Flexora (4 séries de 14 repetições)
· Adução (4 séries de 14 repetições)
· Abdução (4 séries de 12 repetições)
· Banco Panturrilha (4 séries de 20 repetições)
Após o termino houve alongamento dos membros inferiores e um trabalho abdominal do core.
Aula 11 – Dia 21/05: Houve uma breve conversa com o professor, por ser o último dia. Ele me instruiu como seriam os próximos passos que deveriam ser feitos na ficha do aluno que criei, no caso de troca de ficha dentro de 3 meses.
REFERÊNCIAS
FRANCHINI, Emerson; VECCHIO, Fabrício Boscolo Del. Estudos em modalidades esportivas de combate: estado da arte. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. Rev. bras. educ. fís. esporte vol.25 no.spe São Paulo Dec. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1807-55092011000500008&script=sci_arttext&tlng=pt / Acesso em 05 de jun. de 2021
PRAZERES, Marcelo Viale. A Prática Da Musculação E Seus Benefícios Para A Qualidade De Vida – 26/11/2007. Disponível em: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/53264511 /TCCE.pdf?1495648168=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3DUNIVER SIDADE_DO_ESTADO_DE_SANTA_CATARINA.pdf&Expires=1602410769&Signature=fVDakQL~Rf6MMTsCXOuTQwFumO4wYCjfIkoVxVl7mn709umbaF5KK6ZvrJ9wl6wiRT0yqN3Qapqj1qcQ1JYKTLf4URHJTT8O61k3NRrqNYcAumoovkC1EPdFqJnlG5UduUobpBKO6SWjfJjTtN6lAPeodRGnql1fWje7HsIouEga~l4zzKBLzLlidKQsJO4qWxPlymNQ48KSF9yx4SaKAh38ca93GG6S~9Pt1kB~gSOy1jT1pfd760rQwHpA8ijCXmfPJdtVO1qhB1SyR15nhW9k61Xm9VgmIBmYimvTy~pSJoNxc0AUNTqGpzT94sdNFL1NA6gFQ2Kwa51kyw__&Key-Pair-Id=APKAJ LOHF5GGSLRBV4ZA/ Acesso em 05 de jun. de 2021
ZANON, Alisson Rian Barni et al. Avaliação Da Interferência Do Treinamento De Força No Treinamento De Potência Aeróbia. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 1981-9900 versão eletrônica – 2008. Disponível em: file:///C:/Users/usuario/Downloads/82-Texto%20do%20artigo-277-1-10-20111211.pdf/ Acesso em 05 de jun. de 2021
 
_1156253328.bin
_1156253328.bin