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Ventilação Mecânica - Modos

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Ventilação Mecânica - Modos 
@eu_fisioestudante – Helen Pereira 
VENTILAÇÃO CONTROLADA POR VOLUME (VCV) 
A VCV entra um volume de ar até que um platô seja atingido, logo é iniciado um 
ciclo expiratório. O volume gerado pela máquina é suficiente para o ciclo respiratório, 
entretanto, a pressão inspiratória gerada no pulmão pode variar dependendo da 
conformidade da resistência das vias aéreas com a parede pulmonar e do peito. Se a 
resistência das vias aéreas estiver aumentada ou a complacência pulmonar estiver 
diminuída, a pressão inspiratória irá aumentar mesmo que o volume corrente seja 
constante. 
Na VCV fixa-se a frequência respiratória, o volume corrente e o fluxo inspiratório. 
O disparo ocorre de acordo com FR pré-estabelecida, o como de sensibilidade é 
desativado, sendo controlado por tempo. A ciclagem (transição entre inspiração e 
expiração) ocorre após a liberação do volume corrente pré-estabelecido em velocidade 
determinada pelo fluxo. 
Neste modo, a pressão inspiratória aumenta conforme o volume corrente é 
entregue ao pulmão, sendo o pico de pressão inspiratória quando o volume corrente é 
totalmente entregue. O pico de pressão inspiratória pode ser representado por uma 
imagem que assemelha a uma barbatana de tubarão: 
 
Figura 1 - Forma de onda da VCV. Ponto A: início da ventilação iniciada pela máquina. A pressão cria uma 
onda ascendente atingindo o pico de pressão inspiratória (ponto B). O eixo representa o tempo em 
segundos. 
 
 
 
 
Ventilação Mecânica - Modos 
@eu_fisioestudante – Helen Pereira 
O padrão clássico da VCV é uma onda quadrada (fig. 2) criada devido ao do fluxo 
de ar, qual é mantido até o início da expiração. Esse modo permite um controle preciso 
do volume corrente, aplicando o VC desejável até mesmo quando é feito com baixos 
volumes. 
 
Figura 2 - Esse padrão é controlado por volume/onda, onde o fluxo é constante do início até o fim. O 
segmento A - B representa o tempo inspiratório e o segmento B - C representa o tempo expiratório. O 
segmento D representa o pico de fluxo inspiratório e o E representa o pico de vazão expiratória. 
A VCV de baixo volume corrente é feita com volumes entre 4 e 8 mL/Kg (peso predito 
do paciente) para prevenir a distensão alveolar. Os estudos mais recentes mostram a 
ventilação com baixo volume corrente possui benefícios em pacientes que não possuem 
síndrome do desconforto respiratório agudo, mas tem risco potencial de 
desenvolvimento de lesão pulmonar devido a maior volume corrente. 
VENTILAÇÃO CONTROLADA POR VOLUME A/C (Assisto-controlada) 
Nesse modo, os parâmetros que se mantem fixos são o volume corrente e o 
fluxo, entretanto, a frequência respiratória pode variar de acordo com o esforço 
inspiratório do paciente, ou seja, ele começa o movimento (inspiração) e o ventilador 
finaliza completando o volume corrente. É utilizado para reduzir a fadiga respiratória e 
promover funcionamento respiratório em sincronia do paciente com a máquina. 
Caso a sensibilidade não seja atinida e o paciente não consia fazer esforço 
inspiratório, a VCV A/C irá manter os ciclos ventilatórios de acordo com a FR mínima 
indicada pelo operador da ventilação mecânica. 
Ventilação Mecânica - Modos 
@eu_fisioestudante – Helen Pereira 
 
Figura 3 - Ventilação mecânica assistido controlada limitada por volume. 
 
VENTILAÇÃO CONTROLADA POR PRESSÃO (VCP) 
Na VCP ao invés de ser definido um volume corrente, o fluxo de ar é entregue de 
acordo com um limite de pressão inspiratória. Neste modo fixa-se a FR, o tempo 
inspiratório ou a relação inspiração:expiração (Ti/TE) e o limite de pressão inspiratória. 
O disparo ocorre de acordo com a FR e ciclagem de acordo com o tempo inspiratório ou 
relação Ti/TE. O volume corrente depende da pressão inspiratória pré-estabelecida, das 
condições de impedância do sistema respiratório e do tempo inspiratório selecionado 
pelo operador. 
Neste modo, o volume corrente depende da resistência das vias aéreas e da 
complacência da parede pulmonar, se a resistência das vias aumentar ou tiver 
diminuição da complacência pulmonar, a pressão inspiratória pode ser atingida mais 
rapidamente, limitando o volume corrente. O contrário é verdadeiro, visto que a 
melhora da complacência pulmonar pode resultar em maiores níveis de volume 
corrente. 
O formato de onda na VCP é mais quadrado que na VCV, devido ao aumento 
rápido da pressão inspiratória e sustentação do limite de pressão pré-definido, que dura 
do tempo inspiratório selecionado até a ciclagem e expiração. 
Ventilação Mecânica - Modos 
@eu_fisioestudante – Helen Pereira 
 
Figura 4 - Formato de onda na VCP. Aumento rápido na pressão atingindo o platô, mantendo até o fim do 
tempo inspiratório até a ciclagem para expiração. 
Um dos benefícios da VCP é a limitação da pressão. Deste modo a pressão 
inspiratória pode ser mantida abaixo do platô de proteção pulmonar: 30 cm H2O e uma 
pressão inspiratória consistente e sustentada por ser útil para o recrutamento de 
alvéolos colapsados. Uma estratégia associada a VCP é a distribuição inversa da 
ventilação, alterando a distribuição fisiológica para uma em que o tempo inspiratório é 
maior que o expiratório, como 1:1, 2:1 ou 3:1. A inversão pode prevenir a expiração do 
pulmão antes da próxima respiração do ventilador, gerando uma sustentação na 
insuflação alveolar. Essa insuflação quando mantida cria uma PEEP intrínseca ou auto-
PEEP, sendo que a última auxilia o recrutamento alveolar. Um efeito adverso da inversão 
da distribuição é a hiperinsuflação pulmonar dinâmica, qual causa hipotensão devido a 
diminuição da pré-carga cardíaca e aumento da pós-carga no ventrículo direito. 
 
VENTILAÇÃO CONTROLADA POR PRESSÃO A/C (Assito-controlado) 
Neste modo, os ciclos ocorrem de acordo com o esforço do paciente, que deve 
ser suficiente para ultrapassar a sensibilidade do ventilador. O volume corrente que será 
obtido pelo paciente também passa a ser obtido conforme o esforço e utilização do drive 
respiratório. 
 
Figura 5 - Ventilação Mecânica asssitido-controlada limitado a pressão 
Ventilação Mecânica - Modos 
@eu_fisioestudante – Helen Pereira 
VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE SINCRONIZADA – SIMV 
Na SIMV o disparo dos ciclos mandatórios ocorre em sincronia com a pressão 
negativa ou fluxo positivo gerado pelo paciente. O ventilador oferece ciclos 
determinados pela frequência pré-determinada. Este modo está presente em todos os 
ventiladores modernos. 
Na SIMV por volume fixa-se a FR, volume corrente, fluxo inspiratório e a 
sensibilidade. Já a SIMV por pressão os parâmetros definidos são FR, TI ou relação Ti:TE, 
limite de pressão inspiratória e sensibilidade. A SIMV pode ocorrer com volume ou 
pressão controlada. No volume controlado, os ciclos mandatórios têm como variável de 
controle o volume, são limitados a fluxo e ciclados a volume, caso o paciente faça uma 
apneia, o próximo ciclo ocorre a tempo até que o paciente recupere as incursões 
respiratórias.Na pressão controlada, a variável de controle é a pressão, são limitados a 
pressão e ciclados a tempo. 
 
Figura 6 – SIMV 
 
Figura 7 - SIMV com apneia 
 
Ventilação Mecânica - Modos 
@eu_fisioestudante – Helen Pereira 
VENTILAÇÃO COM PRESSÃO DE SUPORTE (PSV) 
É um modo de ventilação mecânica totalmente espontânea, o ventilador é 
disparado e ciclado pelo paciente, por isso é necessário a presença de um drive 
respiratório. A função do ventilador é a manutenção de uma pressão positiva pré-
determinada durante a inspiração até a redução do fluxo inspiratório à um nível crítico, 
geralmente 25% do pico de fluxo inspiratório atingido. Dessa maneira o paciente tem o 
controle da FR, Ti e do volume de ar inspirado. 
O volume corrente é dependente do esforço inspiratório, da pressão de suporte 
pré-definida e da mecânica do sistema respiratório. Os parâmetros definidos na PSV são: 
nível de pressão de suporte, sensibilidade,porcentagem do fluxo expiratório, FiO2 e 
PEEP. 
 
Figura 8 - Ventilação com Pressão de Suporte (PSV)

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