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MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA Professora: Me. Anna Beatriz Cautela Tvrzská de Gouvêa Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Projeto Gráfico Thayla Guimarães Designer Educacional Marcus Vinicius Almeida da Silva Machado Editoração Flávia Thaís Pedroso DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; GIOVANELA, Adriana; GOUVÊA, Anna Beatriz Cautela Tvrzská de. Liderança e Desenvolvimento de Equipes. Adriana Giovanela; Anna Beatriz Cautela Tvrzská de Gouvêa. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 39 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Liderança 2. Equipes 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 650 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 04 sumário 06| MOTIVAÇÃO: TEORIA E PRÁTICA 16| ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO NA PRÁTICA GERENCIAL 21| PRINCIPAIS TEORIAS DE LIDERANÇA 28| CONCEITOS DE LIDERANÇA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Recordar as teorias da motivação. • Refletir sobre a importância do líder no gerenciamento de equipes. • Conhecer os tipos de liderança e compreender a evolução do papel do líder nas organizações. • Entender a importância da liderança na obtenção dos resultados. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Motivação: teoria e prática • Administração do tempo na prática gerencial • Principais teorias de liderança • Conceitos de liderança MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA INTRODUÇÃO introdução Caro(a) aluno(a), Nesta quarta e última unidade, discutiremos sobre motivação e liderança, assuntos que vêm para complementar os tópicos vistos na unidade anterior. Motivação é uma palavra muito utilizada por todos nós, seja no campo pessoal, seja no profissional, pois um indivíduo sem motivação não produz. Estamos sempre em busca da motivação, porém veremos que existem dois tipos de motivação: a interna, que vem de dentro de cada um, e a externa. A motivação organizacional é muito discutida pelos líderes e gestores que estão sempre em busca do melhor para a sua equipe, pois uma equipe motivada faz toda a diferença para atingir os resultados da organização. A motivação é uma das quatro atividades básicas inter-relacionadas da função de influenciar que os gestores devem ter para orientar o comportamento dos indivíduos da organização, para que possam atingir os resultados esperados. Motivação e liderança são assuntos que andam lado a lado. As equipes mais produtivas são as mais motivadas e, por consequência, são as que possuem bons líderes. Trataremos, também, sobre a importância da liderança no gerenciamento das equipes, afinal, há muita diferença entre ser chefe e ser líder. Possuir apenas habilidades gerenciais, nos dias de hoje, não é mais suficiente para o sucesso como executivo no mundo dos negócios. É preciso entender a diferença entre gerenciar e liderar, e, principalmente, saber combinar os dois papéis se quiser ter sucesso no mundo organizacional. Existem vários tipos diferentes de liderança e nem todos contribuem para manter um ambiente saudável na organização. É preciso muito cuidado para que, ao invés de unir as equipes, a liderança não coloque em risco os resultados da organização. A gestão do tempo também será abordada nesta unidade. O tempo de uma reunião não determina a sua produtividade e o não cumprimento do prazo de entrega dos relatórios ou trabalhos pode ser crucial para o alcance dos objetivos da organização. Pós-Universo 6 MOTIVAÇÃO TEORIA E PRÁTICA Pós-Universo 7 Para começar esta unidade, vamos tratar um tema muito interessante: a motivação. Mas, afinal, o que é a motivação? Como ela acontece? Motivação é a mola propulsora que acionamos quando estamos em busca de um objetivo. A palavra motivação vem do latim movere e significa mover. Para Chiavenato (2004), a motivação está relacionada com três aspectos: 1. A direção do comportamento (objetivo). 2. A força e a intensidade do comportamento (esforço). 3. A duração e persistência do comportamento (necessidade). Os três pontos fundamentais para a definição de motivação são: objetivos organizacionais, esforço e necessidade individuais (CHIAVENATTO, 2004). Já para Robbins (2006), a motivação é a concentração de esforços para atingir uma meta definida. Tais esforços incluem as características de persistência, intensidade e direção, e a reação às situações pode variar de indivíduo para indivíduo. Certo (2003) define motivação como um conjunto psicológico (estado interno) de motivos e causas que fazem com que o indivíduo se porte de modo que assegure a realização de alguma meta. Independente da definição, fica claro que a motivação é essencial na vida de todos nós e está relacionada aos fatores internos e externos. A motivação baseia-se em dois pilares: o primeiro deles é a necessidade. Se você precisa, vai “correr atrás” e se dedicar. O segundo é a paixão. Se você gosta, ama o que faz, vai querer melhorar sempre. (Bernardo Rocha de Rezende). reflita Existem diversos estudos e teorias que definem os tipos de motivação, porém, antes de estudá-los, vamos entender como surgiram esses estudos. Pós-Universo 8 Teoria das Necessidades de Maslow A teoria tem esse nome, pois foi o psicólogo americano Abraham Maslow (1908-1970), considerado o pai do humanismo na psicologia, que a desenvolveu e publicou em seu livro “Motivation and Personality” (Motivação e Personalidade) em 1954. Talvez esse seja o estudo mais conhecido entre as teorias motivacionais. Segundo essa teoria, para que os indivíduos se sintam motivados, precisam ter as necessidades atendidas. Para Certo (2003), essa é a descrição mais amplamente aceita das necessidades humanas. Maslow (1954) afirma que os seres humanos possuem cinco necessidades básicas e teoriza que elas podem ser dispostas em uma hierarquia de importâncias, ou seja, a ordem em que os indivíduos, geralmente, procuram satisfazê-las: Necessidades de auto realização Necessidades Secundárias Necessidades Primárias Sequência da satisfação Necessidades de estima Necessidades sociais Necessidades de segurança Necessidades básicas Figura 1: Pirâmide de Maslow Fonte: Certo (2003, p. 349). Pós-Universo 9 Conforme a abordagem de Maslow (CERTO, 2003), as necessidades estão divididas em: Fisiológicas Seriam as necessidades essenciais para a sobrevivência do indivíduo: fome, sede, abrigo, sexo e outras necessidades corporais. Segurança Estão relacionadas com a segurança e proteção contra danos físicos e emocionais. Sociais Necessidade de ser aceito(a) e fazer parte de determinado grupo. Estima Divididas entre fatores internos: respeito, realização e autonomia; e fatores externos, a saber: status, reconhecimento e atenção. Autorrealização Autodesenvolvimento, crescimento pessoal e profissional, atingindo o potencial existente. Robbins (2006) explica que, para a Teoria de Maslow, as necessidades ainda estão subdivididas em primárias e secundárias. As necessidades secundárias são as que estão no topo da pirâmide (autorrealização, estima e sociais) e, de acordo com a teoria, são realizadasextrinsecamente. Já as necessidades primárias constituem a base da pirâmide e, conforme a teoria, são realizadas intrinsicamente (ROBBINS, 2006). De acordo com essa teoria, o indivíduo, quando está satisfeito com as necessidades de um nível, busca a satisfação no nível seguinte. Pós-Universo 10 Chiavenato (2008) aponta que, conforme as necessidades são satisfeitas, não mais influenciam o comportamento dos indivíduos. Todavia, quando aparece uma barreira que impeça a satisfação dessa necessidade, o indivíduo fica frustrado e, consequentemente, essa frustração aparece em seu comportamento (CHIAVENATO, 2008). Teoria dos Dois Fatores Outra teoria que também explica a motivação é a teoria dos dois fatores. Ela foi estudada por Frederick Herzberg e publicada pela primeira vez em 1959, sob o título “Motivação para Trabalhar”. Essa teoria define quais fatores intrínsecos são responsáveis pela satisfação do trabalho e quais são os fatores extrínsecos causadores da insatisfação. Robbins (2006) explica que, nessa teoria, o comportamento das pessoas é orientado por dois fatores: fatores higiênicos e motivacionais. Fatores higiênicos: também denominados de fatores de manutenção ou, ainda, extrínsecos e aparecem em torno da função e afetam a insatisfação. Segundo a teoria criada por Herzberg, os fatores higiênicos estão relacionados com as condições físicas do ambiente de trabalho, tais como salário, políticas da organização, clima organizacional e oportunidades de crescimento, os quais não motivam os funcionários: apenas evitam que eles se sintam desmotivados. A ausência desses fatores desmotiva, mas a sua presença não serve como elemento motivador (ROBBINS, 2006). Esses fatores estão alocados no próprio ambiente e englobam as condições que influenciam o desempenho do trabalho. Alguns dos fatores higiênicos são: salário, benefícios sociais, tipo de líder etc.: Pós-Universo 11 Tabela 1: Fatores de higiene e motivadores de Herzeberg INSATISFAÇÃO: Fatores de higiene ou manutenção SATISFAÇÃO: Fatores de motivação Política e administração da empresa Oportunidade de realização Supervisão Oportunidade de reconhecimento Relacionamento com o supervisor Trabalho em si Relacionamento com os pares Responsabilidade Condição de trabalho Progresso Salário Crescimento pessoal Relacionamento com os subordinados Fonte: Certo (2003, p. 356). Segundo essa teoria, quando os fatores de higiene de uma determinada situação de trabalho são indesejáveis, os trabalhadores ficarão insatisfeitos. Tornar esses fatores mais desejáveis, aumentando o salário, por exemplo, raramente motivará as pessoas a fazerem um trabalho melhor, mas impedirá que fiquem insatisfeitas. “Em contrapartida, quando os fatores de motivação de uma situação específica de emprego são altos, os trabalhadores, geralmente, são motivados a fazer um trabalho melhor” (CERTO, 2003, p. 356). De modo geral, os indivíduos tendem a ser mais motivados e produtivos na medida que mais fatores motivadores são inseridos em sua situação de trabalho. Teoria ERG de Alderfer Essa teoria é de Clayton Alderfer, um psicólogo americano e foi apresentada em 1969 em um artigo de nome “Um teste empírico de uma nova teoria das necessidades humanas”. Essa teoria responde algumas críticas dos trabalhos de Maslow, sobre as necessidades humanas, identificando três categorias básicas de necessidades (CERTO, 2003): 1. Necessidade de existência (existence): está associada com a necessidade de bem estar físico. 2. Necessidade de ligação (relatedness): está associada com a necessidade de satisfazer relacionamentos interpessoais. Pós-Universo 12 3. Necessidade de crescimento (growth): está associada com a necessidade de crescimento e desenvolvimento pessoal contínuo. A teoria de ERG de Alderfer recebeu esse nome, pois as três primeiras letras das necessidades formam essa sigla. Para Robbins (2006), essa teoria se diferencia da de Maslow em três aspectos importantes. São eles: 1. Alderfer identificou apenas três tipos de necessidades, enquanto Maslow identificou cinco níveis. 2. Além disso, na sua teoria, em algumas situações, os indivíduos ativam as necessidades de nível superior antes de estarem completamente satisfeitos em suas necessidades de nível inferior. 3. Por último, ele conclui que o movimento em sua hierarquia das necessidades humanas nem sempre é de baixo para cima. Para Chiavenato (2008), as teorias de Maslow e Alderfer implicam no gerenciamento das equipes, pois os funcionários frustrados, com atividades que não oferecem oportunidade de crescimento e desenvolvimento no cargo que ocupam, podem concentrar sua energia tentando ganhar mais dinheiro, regredindo a um nível inferior de necessidade. Para contrapor essa regressão de nível, a gerência poderia usar estratégias de enriquecimento no cargo destinadas a ajudar os indivíduos a atender em as suas necessidades de ordem superior. A Teoria de Mcclelland Outro psicólogo americano, David McClelland (1917–1998), em 1961, também desenvolveu uma teoria referente às necessidades humanas, conhecida como a teoria das necessidades adquiridas de McClelland, pois se concentra nas necessidades que as pessoas adquirem por meio de suas experiências de vida. Essa teoria, estudada na década de 60, foca em três, das várias necessidades que os seres humanos desenvolvem durante a vida (CERTO, 2003): Pós-Universo 13 Necessidade de Realização Associada ao desejo de fazer algo melhor ou de modo mais eficiente do que já foi feito antes (certa carência por se realizar). Necessidade de Afiliação Associada ao desejo de manter relacionamentos pessoais íntimos e agradáveis (relações emocionais positivas). Necessidade de Poder Associada ao desejo de controlar, influenciar os outros ou ser responsável por eles (comando x autoridade x realizar o seu “sonho”). Independente da teoria, observamos que as necessidades e motivações estão sempre relacionadas aos fatores internos e externos. De modo geral, são eles: FATORES INTERNOS: necessidades, aptidões, interesses, habilidades, competências. FATORES EXTERNOS: recompensas, ambiente de trabalho, natureza do trabalho, qualidade da liderança. Fonte: a autora. quadro resumo Quando falamos em motivação, não podemos deixar de mencionar a Teoria Comportamental da Administração, uma visão menos romântica das Teorias das Relações Humanas estudadas anteriormente. Essa teoria trouxe um conceito inédito que tratava da abordagem da ciência do comportamento. A Escola Comportamental nasceu da necessidade que as empresas tinham, no início do século XX, em proporcionar mais satisfação aos seus funcionários. Pós-Universo 14 Na tentativa de aplicar os princípios da psicologia na gestão das empresas, Mary Follett afirmava, em seu estudo, que o homem era motivado em seu trabalho por circunstâncias similares aos que o motivavam em outras ocasiões e circunstâncias. Uma dessas necessidades era o fato de poder ter o controle da situação, demonstrando que, melhor que a intimidação, a base para a administração seria a coordenação (MAXIMIANO, 2012). Ao se tratar da Teoria do Comportamento, Robbins (2006) afirma que um dos principais eventos foi o experimento de Hawthorne, realizado entre 1927 e 1932. Ele tem esse nome, pois foi realizado em uma fábrica em Chicago, no bairro de Hawthorne, pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos. O estudo tinha, por finalidade, determinar a relação entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários, usando a produção como medida (MAXIMIANO, 2012). Quem conduziu esse estudo foi o professor Elton Mayo, até o ano de 1947, conseguindo provar que as relações interpessoais eram um dos fatores mais importantes para determinar o desenvolvimento e o desempenho individual. O professor publicou um livro em 1933, intitulado “The Human Problems of an Industrial Civilization” (Os problemas humanos nacivilização industrial), em que afirma que o desempenho dos operários depende mais dos fatores comportamentais do que dos métodos de trabalho (CERTO, 2003). A Teoria Comportamental teve por finalidade compreender o sistema social da organização e qual é a influência desse sistema na empresa e no seu desenvolvimento. Pode-se afirmar que o comportamento organizacional é o estudo dos grupos, dos indivíduos e da maneira como eles interagem entre si e com a empresa (ROBBINS, 2006). Outra teoria sobre comportamento e motivação é o Behaviorismo ou Comportamentalismo. Trata-se de um estudo do comportamento baseado em experiências de laboratório usando animais. Após conhecermos algumas das principais teorias sobre a motivação, vamos, agora, verificar como essas teorias podem ser aplicadas no âmbito organizacional. Se as pessoas são motivadas a terem determinado comportamento para satisfazerem as suas necessidades pessoais, do ponto de vista gerencial, a motivação é o processo de fornecer, aos membros da organização, a oportunidade de satisfazer as suas necessidades em ativar um comportamento produtivo dentro da organização (CERTO, 2003). Pós-Universo 15 Os gestores não motivam as pessoas. Eles criam ambientes em que os indivíduos, em uma organização, motivem-se mutuamente. A motivação é considerada por Certo (2003) como uma das atividades básicas, inter-relacionadas com a função de influenciar o comportamento dos funcionários a obterem o resultado esperado pela organização. Nesse sentido, o esquema a seguir aponta que as necessidades não satisfeitas podem levar os membros da organização a ativar em comportamentos adequados ou não: NECESSIDADES 1. Fisiológica 2. Segurança 3. Social 4. Estima 5. Auto-realização EXEMPLOS DE COMPORTAMENTO INADEQUADO 1. Afastamento externo (sair) 2. Agressão 3. Afastamento interno (absenteísmo) Necessidades não satisfeitas Feedback Feedback Tensão e frustação Busca pelo comportamento para aliviar a tensão e a frustação COMPORTAMENTO ADEQUADO Figura 2: Necessidades não Satisfeitas Fonte: Certo (2003, p. 353). Os gestores de sucesso procuram minimizar o comportamento inadequado e maximizam o comportamento adequado entre sua equipe. Com isso, aumentam a probabilidade de que a produtividade aumente e reduzem a probabilidade dela diminuir (ROBBINS, 2006). Motivação: energização do comportamento humano por algum motivo. Motivação para o trabalho: estado psicológico de disposição para realizar tarefas. Fonte: a autora. atenção Pós-Universo 16 ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO NA PRÁTICA GERENCIAL Pós-Universo 17 Assim como o tópico principal desta unidade, a liderança também tem um papel fundamental na liderança de uma equipe e no seu funcionamento. Quando abordamos o funcionamento da equipe, isso inclui, também, a gestão do tempo de execução das atividades e das reuniões, pois, se o líder passar muito tempo em reunião com sua equipe, a entrega do trabalho, certamente, ficará comprometida. Para iniciar, vamos ver algumas definições de equipe: Certo (2003, p. 379) define equipe como “um grupo cujos membros influem uns nos outros em direção à realização das metas organizacionais”. O autor ainda deixa bem claro que grupo e equipe não são sinônimos. Nem todos os grupos nas organizações são equipes, mas todas as equipes são grupos. (Samuel C. Certo) reflita Para Chiavenato (2008), as equipes partilham a tomada de decisão e sua característica principal é possuir habilidades multifuncionais. Certo (2003) aponta que um grupo se qualifica como uma equipe somente se seus integrantes se concentrarem na ajuda mútua para atingir em as metas organizacionais. Os bons gestores devem trabalhar continuamente para que os grupos se transformem em equipes. Essa definição de equipe fica bem clara quando analisamos os esportes. Os times de vôlei, futebol, basquete, se não forem equipes, não conseguirão atingir o objetivo, que é a vitória. Cinco técnicas de gerenciamento do tempo: 1. Faça e utilize listas. 2. Crie pastas de arquivos de follow up. 3. Diminua as reuniões. 4. Bloqueie seu tempo. 5. Ganhe tempo. Fonte: Fernandes (2013, on-line)1. saiba mais Pós-Universo 18 Kestenbaum (2007) afirma que a tarefa de comunicação, nas organizações, está cada vez mais difícil, em função do tempo e do déficit de atenção das pessoas. Cada vez mais, os executivos têm menos tempo disponíveis: sendo assim, a gestão do tempo, nas reuniões, é um desafio para o líder. Para o autor, a qualidade da informação e a clareza de raciocínio são fundamentais para determinar o sucesso ou fracasso de uma ideia ou projeto. Além disso, essa qualidade não está relacionada ao tempo utilizado para transmiti-la, mas sim, ao conteúdo em si (KESTENBAUM, 2007). O líder, segundo Certo (2003), tem papel fundamental na gestão do tempo de sua equipe, não sobrecarregando-a com informações desnecessárias ou agendando reuniões cujos assuntos podem ser resolvidos por conversas rápidas. Para que nós façamos nossas atividades com eficiência e eficácia, é necessário utilizar um determinado tempo. Todavia, quando não conseguimos planejar nossas atividades, acabamos utilizando muito tempo para uma tarefa mais simples ou pouco tempo para tarefas mais complexas, o que é ainda mais sério. Montana e Charnov (2003) apontam algumas dicas para administrar o tempo. São elas: • Fazer o planejamento do dia é essencial para identificar os assuntos importantes, os quais devemos dedicar mais tempo, e aqueles que podem ser deixados para depois. • Estabelecer prazos para as atividades também é importante. Assim, se não forem cumpridas, você saberá que seu tempo está sendo perdido. • Procure reservar algum tempo por dia para pensar e criar, pois, normalmente, as primeiras horas do dia são as melhores. • Concentre-se em fazer uma coisa de cada vez. Quando fazemos muitas coisas ao mesmo tempo, dispensamos mais tempo no final e o risco de algo dar errado é maior. Em seu planejamento, comece pela tarefa que está consumindo seus pensamentos, depois, estabeleça um equilíbrio entre tarefas importantes e tarefas necessárias. • Faça uma pausa de cinco ou dez minutos a cada duas horas. Relaxe os músculos e a mente, depois, comece outra atividade. Certamente, a próxima atividade renderá mais. Pós-Universo 19 É claro que planejar também leva tempo. Entretanto com o planejamento, conseguimos identificar prioridades e nos organizamos para realizar as tarefas de acordo com a necessidade. Para Montana e Charnov (2003), existem três maneiras de utilizar o tempo de forma mais vantajosa. São: produção, administração e delegação. No caso da produção, é preciso separar o essencial do não essencial. É preciso ter a capacidade de saber iniciar um projeto e terminá-lo. É preciso ser persistente, tendo sempre a capacidade de despender esforços para realizar as tarefas. Outro ponto importante é desenvolver a capacidade de trabalhar em locais diferentes: é preciso ser flexível e se adaptar a novos ambientes. A segunda área importante é a administração, que se encarrega da parte de implementação do trabalho. Pense em cada atividade, enumere da mais importante até a menos importante e dedique mais tempo para as atividades mais importantes. Assim, a preocupação deve estar centrada em conseguir desenvolver por completo a tarefa. A terceira é a delegação das atividades, pois, dificilmente, você conseguirá fazer tudo sozinho. Quando tratamos de gestão do tempo, isso inclui, também, o tempo utilizado nas reuniões, afinal, é uma prática comum das organizações. Muitas decisões importantes são tomadas nas reuniões. Dessa forma, uma das atividades do gestor é planejar e conduzir as reuniões para que as decisões sejam tomadas do modo correto. Você pode se perguntar: mas todas as reuniões são produtivas? Esse é o problema, muitas vezes (porque não dizer na maioria das vezes), as reuniões não sãoutilizadas como uma ferramenta de comunicação ou para tomada de decisões. Isso, sem falar que a falta de foco nas reuniões faz com que elas se tornem cansativas e os participantes fazem qualquer coisa, menos prestar atenção no que está sendo tratado. Outro aspecto importante diz respeito aos participantes das reuniões. É comum, nas reuniões, existir pessoas que não opinam sobre o assunto, nem tomam decisões, as famosas “testemunhas”; logo, o que estão fazendo lá? Por isso, quem vai liderar uma reunião deve, antes de convocar os participantes, fazer, pelo menos, duas perguntas: esse assunto tem que ser discutido com a equipe de trabalho? Se sim, quem deverá participar? Se não, como vou informá-las sobre a decisão que foi tomada? Pós-Universo 20 Isso, sem falar no custo de uma reunião. Os participantes deixaram de fazer suas tarefas. Outras, tiveram deslocamento, o que também gera custos. Por isso, o planejamento antecipado das reuniões é imprescindível. Alguns pontos devem ser tratados para que uma reunião seja eficaz. Dentre eles, podemos destacar: • A reunião deve ter foco nos resultados e deve ser conduzida para que as pessoas possam participar e chegar a um consenso. • Deve ser sempre levada em consideração a opinião de quem está participando. Caso contrário, não precisaria de reunião. • Durante a reunião, devem ser utilizados termos que todos os presentes conheçam. Termos técnicos somente se a reunião for com uma equipe em que todos tenham conhecimento adequado na área. • A reunião deve ter um tempo adequado para não se tornar cansativa. O melhor é fazer reuniões mais curtas e com mais frequência. • Por fim, é preciso planejar antecipadamente a reunião. Preparar o espaço onde ela irá acontecer e proporcionar um ambiente propício para o desenvolvimento de ideias e que estimule a criatividade. Planeje uma apresentação para durar cinco minutos. atenção Pós-Universo 21 PRINCIPAIS TEORIAS DE LIDERANÇA Pós-Universo 22 Vamos voltar ao assunto principal desta unidade: a liderança. Contudo, agora, focaremos nas suas principais teorias. Liderança é um termo muito comum no mundo dos negócios e nos dias atuais, porém, sua função existe desde os primórdios da civilização. A palavra líder vem do inglês to lead, que significa, entre outras coisas, conduzir, dirigir, guiar, comandar, persuadir, encaminhar, encabeçar, capitanear, atravessar (ROBBINS, 2006). Santiago (2007) realizou uma pesquisa etimológica sobre o termo liderança e aponta que o primeiro registro dessa palavra está datado em 825 d.C. Os diversos conceitos a ela ligados relacionam-se com os do latim, ducere, que significa conduzir. Em 1300, documentou-se leader, como “condutor, guiador, capitaneador”, aquele que exerce a função de conduzir, guiar. “A palavra “líder” remonta ao século XIV, indicando aquele que conduz, enquanto “liderança” é encontrada na língua inglesa somente no início do século XIX (MARQUIS; HOUSTON, 1999 , apud SANTIAGO, 2007, p. 31). Na segunda metade do século XIX, a língua portuguesa incorpora o vocábulo lead e seus derivados. Já no início do século XX, por volta das décadas de 30 e 40, o radical foi integrado à morfologia, adaptando-se o termo para a língua portuguesa: líder, liderança, liderar. Várias outras línguas incorporaram lead e alguns de seus derivados ao seu vocabulário, sempre preservando o seu significado inicial (SANTIAGO, 2007). Embora o termo líder, hoje, aplique-se muito no contexto organizacional, é possível identificar a presença de grandes líderes na nossa história, como Alexandre, o Grande, Julio Cesar, Napoleão e entre outros. No entanto, o que eles tinham em comum? Buscavam alcançar seus objetivos sem deixar de lado a hierarquia e o poder. Para Burns (1974), a preocupação define as características e os comportamentos comuns dos líderes se dão em função das grandes lideranças na História. Todavia, também existiram lideranças conduzidas por indivíduos que não detinham poder, mas que eram considerados referências em suas áreas de atuação, como escritores, artistas e filósofos da Antiguidade que foram capazes de influenciar naturalmente as pessoas que admiravam os seus atributos (SANTIAGO, 2007). Pós-Universo 23 Ao transpor para os dias atuais, essas pessoas são consideradas formadoras de opinião. Borges (2010) afirma que, por milênios, o perfil de liderança era o do líder sábio, místico e intuitivo. Nessa época, as civilizações não se fixavam à terra, somente a religião os mantinham mais estáveis. Depois, na sociedade agrícola, o papel do líder era desempenhado pelo dono da fazenda, o detentor de terras que gerenciava seus funcionários com repreensões, originando os líderes feudais. Um novo perfil de liderança surgiu na era da Revolução Industrial: esse líder se caracterizava pelo pensamento analítico, mas centralizava, em suas mãos, as decisões, sem a interferência de seus funcionários (BORGES, 2010). Avaliando a história da liderança, percebe-se que, na maioria das vezes, liderar significava impor ou mandar, enquanto os demais apenas obedeciam. Após essa passagem pela história e evolução do papel de liderança, vamos, agora, conhecer as principais teorias que abordam a liderança. Teoria dos Traços de Liderança A teoria dos Traços de Liderança foi uma das primeiras teorias sobre liderança e se baseia nas primeiras pesquisas sobre liderança. Nessa abordagem, o líder nascia pronto. Nessas pesquisas sobre liderança, a descrição dos líderes era de sucesso, da maneira mais precisa possível. Robbins (2006) explica que os pesquisadores da época queriam traçar um perfil completo com as características do líder de sucesso, a fim de facilitar e identificar os indivíduos que deveriam ou não ser colocados na posição de liderança. Certo (2003, p. 317) aponta um resumo das principais características dos líderes bem-sucedidos identificadas por essa teoria: “ 1. Inteligência, incluindo julgamento e capacidade verbal. 2. Realização anterior em bolsas de estudo e nos esportes. 3. Maturidade emocional e estabilidade. 4. Confiabilidade, persistência e um impulso para a realização contínua. 5. Habilidade de participar socialmente e de se adaptar a vários grupos. 6. Desejo de status e posição socieoeconômica. Pós-Universo 24 Chiavenato (2008) afirma que a Teoria dos Traços, embora popular, no meio organizacional, pode trazer implicações e a principal delas se refere a uma maior valorização conferida para a seleção do que ao treinamento. Dessa maneira, podemos considerar que uma empresa que adote essa teoria estará preocupada em admitir gerentes com determinados traços de liderança. Os espaços deixados pela teoria dos traços levaram os pesquisadores a investigarem outras teorias sobre a liderança. Os estudiosos começaram a avaliar o comportamento de certos líderes, na tentativa de descobrir se havia algo em comum na maneira de se comportarem. Desses estudos, surgiram as teorias comportamentais de liderança. Teorias Comportamentais Depois das teorias dos traços, em 1940, os pesquisadores passaram a acreditar que os comportamentos determinavam um bom líder. Os estudos que fazem parte das teorias comportamentais são: estudos da Universidade Estadual de Ohio, estudos da Universidade de Michigan, o grid gerencial e os estudos escandinavos. Cada um desses estudos aborda o comportamento dos líderes por um ponto de vista. De modo geral, as teorias comportamentais tiveram sucesso na identificação de relações consistentes entre o comportamento de liderança e o desempenho do grupo. Mais à frente, vamos observar os fatores situacionais que têm influência no sucesso ou no fracasso da liderança (ROBBINS, 2006). Prever o sucesso da liderança é muito mais complexo do que simplesmente identificar traços de comportamento ou comportamentos. Após os estudos sobre as teorias comportamentais, iniciaram-se os estudos com foco na influência da situaçãosobre a liderança. Com isso, surgiram as teorias das contingências. Pós-Universo 25 Teoria das Contingências A relação entre estilo de liderança e eficácia sugere que o estilo de liderança pode ser mais ou menos adequado de acordo com a situação apresentada. O pioneiro nos estudos da teoria das contingências foi Fred Fiedler, que, segundo Chiavenato (2008), propõe que a eficiência do desempenho do grupo depende da adequação entre o estilo do líder e o quanto de controle da situação é proporcionado a ele. Fiedler aponta que um fator essencial para o sucesso é o estilo de liderança do indivíduo. Por meio de um questionário denominado LPC desenvolvido por ele, é possível identificar três dimensões contingenciais que definem os fatores situacionais básicos que determinam a eficácia da liderança. São elas: 1. Relação entre líder e liderados: o grau de confiança, credibilidade e respeito que os membros do grupo têm em seu líder. 2. Estrutura da tarefa: o grau de procedimentos estabelecidos no trabalho (ou seja, se as tarefas são estruturadas ou não estruturadas). 3. Poder da posição: o grau de influência que um líder tem sobre as variáveis de poder, tais como o poder de contratar, demitir, tomar ações disciplinares, conceder promoções e aumento de salários (ROBBINS, 2006). Robbins (2006) acrescenta que as conclusões dos estudos de Fiedler apontavam que, se uma situação requer um líder orientado para a tarefa e a pessoa em posição de liderança é orientada para o relacionamento, ou a situação terá de ser modificada, ou o líder substituído, para que a eficácia ótima possa ser conseguida. Abílio Diniz é considerado um líder nato e esteve por muito tempo na liderança do Grupo Pão de Açúcar. Veja o que esse líder tem a dizer sobre liderança e motivação no link a seguir: <http://abiliodiniz.com.br/lideranca/#all>. saiba mais Pós-Universo 26 Líder versus Gerente Ainda que, por muito tempo, as duas palavras tenham sido utilizadas como sinônimo, há grande diferença entre o líder e o gerente. Certo (2003) sustenta que apenas possuir as habilidades gerenciais não é suficiente para o sucesso como executivo no mundo dos negócios. Os gestores modernos precisam entender a diferença entre gerenciar e liderar e, preferencialmente, combinar os dois papéis para atingirem os objetivos exigidos, a fim de obterem êxito. Chiavenato (2008) assevera que um gerente garante que uma atividade seja feita e um líder concentra-se nos indivíduos que executam o trabalho e se preocupa com eles. Para Robbins (2006), saber combinar gerenciamento e liderança exige foco nos processos organizacionais (gerenciamento) com interesse sincero pelos trabalhadores como pessoas (liderança). A eficácia dos gerentes é nossa maior esperança para tornar a sociedade moderna economicamente produtiva e socialmente viável. (Peter Ferdinand Drucker). reflita Em seguida, observe o esquema desenvolvido por Certo (2003) e que ilustra bem a distância entre gerente e líder: Gerentes que também são líderes Gerentes Líderes Líderes que não são gerentes Gerentes que não são líderes Figura 3: Distância entre gerente e líder Fonte: Certo (2003, p. 316). Pós-Universo 27 Para o autor, os gerentes mais eficazes são aqueles que, ao longo do tempo, também são líderes. Diferença entre gerente e líder: Quadro 1: Diferença entre gerente e líder Gerente Líder Focam em sistemas Focam em pessoas Baseiam-se no controle Baseiam-se na confiança Organizam e formam equipes Alinham pessoas a um objetivo Enfatizam táticas Enfatizam a filosofia Perguntam como e quando Perguntam o quê e o porquê Motivam a cumprir padrões Inspiram pessoas a mudar Usam a influência posição a posição Usam a influência pessoa a pessoa Recebem um cargo Tomam iniciativa para liderar Fonte: adaptado de Certo (2003). quadro resumo Pós-Universo 28 CONCEITOS DE LIDERANÇA Pós-Universo 29 O papel do líder tem sido visto como fundamental em todos os campos de atuação, principalmente, quando se trata de ambientes coorporativos e organizacionais. Para Robbins (2006), liderar é exercer alguma forma de poder. O poder é a capacidade de influenciar alguém. A liderança é o estilo de exercitar esse poder. Uma pessoa “exerce liderança” quando influencia o comportamento de outras. Liderança é o processo de direcionar o comportamento dos outros para a realização de algum objetivo (CERTO, 2003). Nesse sentido, segundo o autor, direcionar significa fazer com que os indivíduos ajam de determinada maneira ou sigam um determinado caminho. A liderança tem sido considerada um pré-requisito para o sucesso organizacional. Hoje, considerando-se a maior capacidade possibilitada pelos aprimoramentos da tecnologia de comunicação e o aumento dos negócios internacionais, a liderança é mais importante que nunca. Elementos chave nos conceitos de liderança: • Trabalho em grupo. • Influenciar pessoas. • Atingir resultados. • Fonte: a autora. quadro resumo Para Chiavenato (2008), a liderança é uma forma de influência. A influência é o processo em que um indivíduo age para modificar ou provocar o comportamento de outra pessoa, de maneira intencional. Robbins (2006) define liderança como a capacidade de influenciar um grupo para alcançar as metas. A origem dessa influência pode ser formal, conferida por cargo; e a informal, que é a capacidade de influenciar os outros fora da estrutura formal da organização. Chiavenato (2008) aponta que algumas teorias sobre liderança estudam os estilos de comportamento do líder em relação aos seus liderados, ou seja, de qual maneira o líder desempenha sua influência. Além disso, a liderança pode ser vista como um fenômeno social, pelo fato dela ocorrer em grupos sociais. Pós-Universo 30 Sendo assim, um estudo explica a liderança por meio de estilos de comportamento, sem se preocupar com características de personalidade. Esse estudo nos leva a três estilos de liderança: autocrática, liberal (laissez-faire) e a democrática. Assim, cabe ao líder decidir o estilo de liderança que mais combina com a sua personalidade ou combinar estilos diferentes, conforme a situação exigir (CHAVENATO, 2008). Os estilos de liderança se desenvolvem em cada gestor de acordo com as características individuais e conforme a cultura das pessoas e da organização. Pode-se fazer um resumo comparando os três estilos de liderança com as principais características do líder, a forma como aborda as tarefas e como age com os subordinados: Liderança Autocrática Liderança Liberal Liderança Democrática Tomada de decisões Apenas o líder decide e fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo. Total liberdade para a tomada de decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder. As diretrizes são deba- tidas e decididas pelo grupo que é estipulado e assistido pelo líder. Programação dos trabalhos O líder determina provi- dências para a execução das tarefas, uma por vez, na medida em que são necessárias e de modo imprevisível para o grupo. A participação do líder no debate é limitada, apresentando apenas alternativas ao grupo, es- clarecendo que poderia fornecer informações desde que solicitadas. O próprio grupo esboça providências e técnicas para atingir o alvo com o aconselhamento técnico do líder. Divisão do trabalho O líder determina qual é a tarefa que casa com um, o qual deverá exe- cutá-la, e com outro, que será seu companheiro de trabalho. Tanto a divisão das tarefas como a escolha dos colegas ficam por conta do grupo. Absoluta falta de partici- pação do líder. A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada membro tem liber- dade de escolher seus próprios colegas. Participação do líder O líder é pessoal e domi- nador nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada um. O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou regular o custo das coisas. Faz apenas co- mentáriosquando perguntado. O líder procura ser um membro normal do grupo. É objetivo e esti- mula com fatos, elogios ou críticas. Figura 4: Estilos de liderança Fonte: Chiavenato (2004) Pós-Universo 31 Além desses três estilos de liderança, podemos, ainda, citar outros dois que, nos dias atuais, não são mais tão evidentes: a tirania, que seria caracterizada pelo excesso de autoridade, e, no lado oposto, a demagogia, que seria a falta de autoridade. 85% das pessoas deixam os chefes, e não as empresas em que trabalham. A melhor maneira de reter talentos é ter líderes incríveis. Fonte: Magalhães (2013, on-line)².. fatos e dados Independentemente da teoria ou estilo de liderança, algumas características essenciais ao líder e que aparecem na literatura são, na sua maioria, comportamentais, conforme é descrito a seguircom base em Santiago (2007): a. Modelos conceituais que favorecem o diálogo, a visão compartilhada. b. Saber aprimorar o pensamento sistêmico. c. Sentir paixão e entusiasmo pelo trabalho. d. Crença em si mesmo (a). e. A capacidade de relacionamento interpessoal. f. Força emocional para gerenciar a própria ansiedade e a dos outros. g. Senso de responsabilidade profissional. Em contrapartida ao comportamento, também aparecem alguns traços de caráter, os quais são indispensáveis aos líderes: honestidade, integridade, transparência e flexibilidade. O melhor líder é aquele que tem senso suficiente para pegar homens bons para fazer o que ele quer e o autocontrole para não se intrometer enquanto eles o fazem. (Theodore Roosevelt). reflita atividades de estudo 1. O estado interior de um indivíduo que o leva a se portar de certo modo para assegurar o cumprimento de uma meta é: a) Ambição. b) Impulso. c) Motivação. d) Necessidade. e) Liderança. 2. Sobre a gestão de equipes, é possível afirmar: a) Grupo e equipe são sinônimos. b) Todo grupo é uma equipe. c) Toda equipe é um grupo. d) Grupos são apenas informais. e) Equipes atuam apenas nos esportes coletivos. 3. Qual alternativa a seguir é verdadeira sobre as conclusões tiradas da abordagem de traços de personalidade relacionados com a liderança? a) A abordagem dos traços identifica os traços que distinguem coerentemente líderes e não líderes. b) Há certos traços que garantem que um líder terá sucesso. c) Liderança é uma questão simples de descrever os traços de líderes de sucesso. d) A abordagem de traços se baseia nas primeiras pesquisas que supõem que um bom líder tem qualidades natas e não pode ser formado. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. atividades de estudo 4. Julgue as afirmativas a seguir com (V) para as Verdadeiras e (F) para as Falsas: )( Os líderes transformacionais modificam as organizações executando planos estratégicos e enfatizando apenas ligeiramente os valores que os seguidores podem ter. )( Os estilos superlíder e liderança empreendedora são, basicamente, os mesmos. )( Embora haja situações em que um líder tem pouco ou nenhum impacto no resultado, ele nunca é uma parte importante do gerenciamento. A sequência correta é: a) V, V, F. b) F, F, V. c) V, V, V. d) F, V, F. e) F, F, F. resumo Motivação é a mola propulsora que acionamos quando buscamos de um objetivo e ela está relacionada com três aspectos: objetivo, esforço e necessidade. Os conceitos de objetivos organizacionais, o esforço e a necessidade individual estão intimamente relacionados ao termo motivação. A motivação pode estar associada a fatores internos e externos. As teorias de Maslow, Teoria dos dois fatores, Teoria ERG, Teoria de McClelland foram as principais que se debruçaram para entender a motivação. Tal motivação deve ser trabalhada, nas equipes, pelo líder, seja equipe de trabalho ou equipe esportiva. Embora muito associado aos esportes, as equipes são imprescindíveis nas organizações. Muitas empresas têm grupos de trabalho, porém não tem o mesmo efeito. A principal característica de uma equipe é o fato de todos os seus integrantes estarem em busca do mesmo objetivo, além de possuírem características multifuncionais. A gestão de equipes é um fator essencial para o sucesso organizacional: por essa razão, é importante que os grupos sejam, aos poucos, transformados em equipes. A gestão do tempo é outro ponto muito importante na gestão organizacional. As reuniões são importantes para a comunicação e tomada de decisões, mas também são responsáveis pelo desperdício de tempo. Muitas reuniões são improdutivas e muitas pessoas participam delas sem necessidade. O bom planejamento das reuniões, a convocação dos profissionais e o foco no assunto a ser discutido são fundamentais para a economia de tempo e, muitas vezes, de dinheiro para as empresas. Liderança pode ser definida como a arte de influenciar as pessoas a realizarem determinada atividade para atingir um objetivo. Existem diversos tipos de liderança, mas as principais são: Liderança autoritária: é focada apenas nas tarefas. As decisões são tomadas de forma isolada, sem a participação da equipe. Liderança democrática: as decisões levam em consideração a opinião dos membros da equipe. É um estilo de liderança participativa. Liderança laissez faire: deixa a equipe à vontade para realizar as tarefas sem supervisão constante. É um estilo de liderança liberal. Não existe um estilo ideal de liderança: o melhor é que o líder se adapte às necessidades, tanto da equipe quanto da organização. material complementar O Monge e o Executivo: Uma História sobre a Essência da Liderança Autor: James C. Hunter Editora: Sextante / Gmt Sinopse: nesta história, Leonard Hoffman é um famoso empresário que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge em um mosteiro beneditino. O livro ensina, de forma clara e agradável, os princípios fundamentais dos verdadeiros líderes. O líder nasce pronto? Todos podemos ser líder? Qual é o melhor estilo de liderança? Essas e outras questões são respondidas neste livro sobre liderança, valores e princípios essenciais em toda e qualquer organização. referências BORGES, V. E. A evolução do papel do líder nas organizações: um enfoque histórico. Revista Acadêmica Sumaré, v.1, 2010. BURNS, J. M. Leadership. New York: Harper Forchbooks, 1979. CERTO, S. C. Administração Moderna. 9. ed. 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MOTIVAÇÃO TEORIA E PRÁTICA
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