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GESTÃO ORGANIZACIONAL Professora: Me. Adriana Giovanela Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Projeto Gráfico Thayla Guimarães Designer Educacional Marcus Vinicius Almeida da Silva Machado Editoração Flávia Thaís Pedroso DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; GIOVANELA, Adriana; GOUVÊA, Anna Beatriz Cautela Tvrzská de. Liderança e Desenvolvimento de Equipes. Adriana Giovanela; Anna Beatriz Cautela Tvrzská de Gouvêa. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 42 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Liderança 2. Equipes 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 650 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 sumário 06| ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS ABERTOS 18| COMPETÊNCIAS GERENCIAIS 27| TOMADA DE DECISÃO GERENCIAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Compreender a gestão por meio dos sistemas e refletir sobre as mudanças organizacionais, suas causas e efeitos. • Apreender os conceitos de competências e os tipos de competência. • Compreender os riscos e incertezas da tomada de decisão. Refletir sobre o papel do gestor e da informação na tomada de decisão. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Organizações como sistemas abertos • Competências Gerenciais • Tomada de Decisão Gerencial GESTÃO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO introdução Estamos em um mundo globalizado e em constante transformação: assistimos países em crises financeiras, economias em decadência e tecnologias sendo utilizadas em favor da saúde. É dentro dessas transformações globais que estão as organizações compostas por pessoas, tecnologias, equipamentos e demais recursos que também sofrem transformações, atualizações e são constantemente afetadas por esses cenários globais. Para que as organizações passem por essas situações com menores efeitos colaterais, cabe a nós administrar as mudanças de forma eficiente e lembrar que não é só o que ocorre entre as quatro paredes da empresa que influencia em seu êxito dela, mas sim, tudo o que se relaciona com a organização. A empresa deve ser administrada como um sistema integrado, no qual todos os fatores se relacionam. Para que essas ações cheguem ao êxito organizacional, teremos que efetivar mudanças na organização para nos adequar à nova realidade de mercado. Essas alterações podem ser provocadas por fatores econômicos, mudanças de hábitos dos consumidores, dificuldades de fornecedores atuais ou até mesmo por uma nova estratégia adotada nos produtos/serviços oferecidos. Mudar, entretanto, não é tarefa fácil. É necessário, além de novas estruturas, muita competência gerencial para conduzir a mudança, pois estarão envolvidos não só investimentos, mas pessoas, elas realmente têm grande resistência a mudar. Ao mesmo tempo em que as pessoas resistem à mudança, o gestor precisa delas para que a alteração ocorra. Por isso, faz-se necessário amenizar e deixar claro o que se quer com as mudanças, pois a organização e as pessoas passarão por inúmeros riscos e incertezas no momento em que decidirão por mudanças, as quais terão que ser superadas juntas, em busca do objetivo organizacional. Assim, uma forma de amenizar os riscos e as incertezas perante as decisões que deverão ser tomadas é a busca por informações que permitam gerar argumentos, fatos e suporte em prol da decisão mais acertada. Pós-Universo 6 ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS ABERTOS Pós-Universo 7 As organizações são sistemas vivos, interligados tanto internamente quanto externamente. Para que essas ligações fluam com eficiência, é necessária uma gestão competente e o reconhecimento da necessidade do trabalho em conjunto. Além disso, para que haja um melhor entendimento das organizações como sistemas, vamos iniciar pelo conceito de gestão. Gestão Para iniciarmos nosso estudo sobre as organizações enquanto sistemas, precisamos nos remeter, primeiramente, ao conceito do que é a gestão. Você já deve ter ouvido falar que gestão é o ato de gerir/administrar um negócio, uma empresa ou até mesmo a sua família ou vida pessoal. Então, somos gestores independentemente da formação quando tratamos da gestão da nossa própria vida. Assim, vejamos o que os estudiosos na área de gestão nos dizem. “Gestão é, principalmente, a tarefa de planejar, coordenar, motivar e controlar o esforço dos outros para uma gestão objetiva” (LUNDY apud ROBBINS,1999, p. 85). Já Mooney e Railey (1993 apud ROBBINS, 1999, p. 15), afirmam que “gestão é a arte de dirigir e inspirar as pessoas”. Você pode perceber que o conceito de gestão está diretamente ligado com aquilo que envolve os objetivos organizacionais, ou seja, os recursos que são necessários para alcançá-los, e caberá ao gestor a correta utilização deles. Conforme Howard Carlisle (1994 apud ROBBINS 1999, p. 49), gestão é definida como “o processo pelo qual os elementos de um grupo são integrados, coordenados e/ou utilizados de forma eficaz e eficiente para atingir os objetivos organizacionais”. Para facilitar a gestão, as organizações representam seus cargos e funções por meio do organograma, o que permite, dessa forma, gerenciar visualmente os responsáveis por cada tarefa e direcionar as cobranças e resultados. Pós-Universo 8 RD PRESIDENTE ENGENHARIA PRODUÇÃO VENDAS CONTABILIDADE GER. PRODUTO GER. COMERCIAL GER. FINANCEIRO Figura 1: Organograma Fonte: Muller. (2014, on-line)1. Na figura 1, você pode facilmente verificar a hierarquia de cada setor/função e, assim, poderá organizar as suas decisões enquanto gestor(a) da melhor forma. Entendido o conceito de gestão, vamos entender o que é a Gestão de Sistemas. Gestão de Sistemas As organizações estão constantemente passando por transformações, sejam elas exigidas pelo mercado, pelos clientes, pela concorrência ou pelas ações do governo, como, por exemplo, as leis. São vários os fatores que levam as empresas a passarem por mudanças bem aceleradas: o que, hoje, para elas é um produto/serviço de grande diferencial, amanhã, não mais será. Williams (2010, p. 38) explica que “uma maneira de lidar com a complexidade organizacional e ambiental consiste em adotar uma visão sistêmica das organizações”. Não só, mas também sustenta que os sistemas são diversas partes inter-relacionadas que necessitam de ligação para operacionalizar-se. Assim como você observou na Figura 1, a qual apresenta o organograma, são diversos “retângulos” que representam os gestores/ou setores. Nesse caso, é necessário que o gestor do setor A visualize que existe, na organização, o gestor do setor B, que está interligado com o gestor C, e todos são conectados e dependentes um do outro. Essas conexões representadas pelos retângulos também são conhecidas como subsistemas que irão criar a sinergia do trabalho. Pós-Universo 9 Você deve estar acompanhando a taxa de juros e o aumento que ela teve, conforme o relato a seguir: De acordo com o Banco Central, em notícia no site G1, os juros do cheque especial cresceram 6% de abril de 2015 a maio de 2015. Isso significaum aumento de 232% ao ano. Esse é o maior patamar medido desde 1995, quando a taxa era de 242.2% ao ano. Essa diferença nos rendeu o maior nível de juros em 20 ano. Fonte: Martello. (2015, on-line)2. fatos e dados Na figura 02, você poderá perceber como as partes dos sistemas operam juntas e como elas interagem com o ambiente e dependem umas das outras para existirem: Economia Fornecedores Tendências político-legais Regulamentação do setor Feedback dos ambientes Tendências técnicas Concorrentes clientes Produtos Serviços Dados/insumos dos ambientes geral e específico Dados transformados em resultados Organização • Conhecimento adimistrativo • Técnicas de fabricação, produção e prestação de serviços Figura 2: Visão Sistêmica da organização Fonte: Williams (2010, p. 39). Sistemas e empresas: essas palavras estão intimamente ligadas, pois a empresa é um sistema e, dentro dela, existem diversos sistemas independentemente do uso ou não da Tecnologia da Informação e seus recursos (CHIAVENATO, 1999). Sendo assim, Williams (2010) afirma que a visão sistêmica oferece vantagens para a organização. Pós-Universo 10 A primeira vantagem força os gestores a encarar em a sua organização como parte integrante e sujeita às forças de ordem competitiva, econômica, social tecnológica e legal/regulatória em seus ambientes”. Essa informação mostra claramente a influência externa da organização. A segunda vantagem “também força os gestores a ter consciência de como ambiente afeta as partes específicas da organização” (WILLIAMS, 2010, p. 39). Nessa segunda vantagem, fica claro que tudo dentro da organização está interligado e inter-relacionado, causando efeito no resultado final. Já a terceira é : “em razão da complexidade e dificuldade para tentar obter as sinergias entre as partes diferentes da organização, a visão sistêmica incentiva os gestores a se concentrarem em melhor comunicação e cooperação no interior da organização” (WILLIAMS, 2010, p. 39). Williams (2010, p. 39) também esclarece que “a sobrevivência também depende de assegurar que a organização continue a satisfazer grupos de interesse importantes que atuam no ambiente, como acionistas, governos e comunidades locais”. Já que as organizações estão interligadas com os ambientes internos e externos, os quais estão em constantes transformações e adaptações, faz-se necessário realizar mudanças que, por vezes, devem ocorrer rapidamente. Para isso, a organização deve estar preparada, conduzindo a mudança de forma tranquila e com o menor efeito colateral possível. Ao ter cinência desse fato, vamos estudar a mudança organizacional? Mãos à obra! Mudança Organizacional Mudar é uma virtude! Se você ficar parado em um lugar, tende a ser atropelado ou passado pra trás: isso acontece com você e com as organizações. Saber quando e como mudar interna e externamente pode significar o sucesso ou o fracasso da empresa. Quando um sapo é colocado em uma panela de água fervente, ele pula na hora. No entanto, se ele é colocado em uma panela com água fria, a qual se aquece lentamente, ele fica na panela até morrer, pois não percebe a água se aquecendo. Uma empresa rígida é como o sapo que morre na água aquecendo. Fonte: (Paulo Buchsbaum e Marcio Buchsbaum). reflita Pós-Universo 11 Chiavenato (2010) destaca que a mudança é vivida como um rito de passagem. Dessa forma, ela representa o processo de transformação, interrupção, rompimento do que se tinha e do que se terá. Ela pode vir de forma gradual, em doses homeopáticas, ou de forma rápida, gerando um grande impacto. Segundo Chiavenato (2010, p. 426), “ Ela rompe o estado de equilíbrio alcançado na situação anterior e o substitui por um estado de provisoriedade, de tensão, de incômodo. Nas organizações, as mudanças estão ocorrendo a todo instante. Do lado de fora, clientes mudam seus hábitos de compra e de preferência, fornecedores mudam características e preços das matérias-primas, prestadores de serviço impõem diferentes condições e esquemas de trabalho, concorrentes mudam suas estratégias, sindicatos iniciam novas reivindicações, o governo impõe alterações nas leis, e isso tudo nunca acaba. Por isso, os gestores precisam estar preparados para enfrentar todos os tipos de mudança, pois elas necessitam de pró-atividade, e não reatividade. Tipos de Mudança Lussier (2010) descreve quatro tipos de mudança nas áreas de estratégia, de estrutura, de tecnologia e de pessoas. É necessário recordar que, pelo fato de que as organizações estão trabalhando com a visão sistêmica, quando é gerada uma ação sobre um desses elementos, essa ação afetará o todo, cabendo, aos gestores, pensar sobre os efeitos que a mudança em uma variável pode ter nas outras, a fim de, novamente, planejar a situação. Mudança na estrutura: segundo Lussier (2010), uma mudança na estrutura acarretará uma mudança na estratégia, pois uma segue a outra. O exemplo de Lucent (1999 apud LUSSIER, 2010) exemplifica as duas mudanças: Pós-Universo 12 Quadro 1: Tipos de Mudança ESTRATÉGIA ESTRUTURA TECNOLOGIA PESSOAS Corporativa (crescimento, estabilida- de, reversão e retração) Princípios (unidade de comando e de direção, cadeia de comando, amplitude de contro- le, divisão do trabalho, coordenação, respon- sabilidade e autoridade equilibradas, delegação e flexibilidade) Máquinas Processos de sistemas Processos da informação Automação Habilidades Desempenho Atitudes Comportamento Cultura Negócios (prospectar novos clien- tes e negócios, manter os atuais e analisar oportunidades) Autoridade (formal e informal, níveis de autoridade, linha e equipe, centralizada e descentralizada) Funcional (marketing, operações, finanças e recursos humanos) Projeto organizacional (departamentalização) Projeto do trabalho (sim- plificação do trabalho, rodízio, ampliação, enri- quecimento e equipes de trabalho) Fonte: Lussier (2010, p. 214). É possível perceber, no Quadro 1, que cada mudança gerada na estratégia propiciou uma mudança na estrutura, o que ocorreu de forma paliativa com as tecnologias e pessoas, pois a mudança na estratégia possibilitou o uso das tecnologias, pessoas e dos equipamentos já existentes. O que muda nessa situação é a maneira com que as pessoas e as tecnologias são empregadas. Quando se trata de mudança de tecnologia, por exemplo, mudança de computadores, e-mail e internet, as velocidades das mudanças são maiores. A tecnologia, geralmente, é um fator de aumento de competitividade, pois a tendência no emprego da tecnologia é o aumento da produtividade e a redução dos custos operacionais. Pós-Universo 13 Por fim, temos a mudança de pessoas, que engloba todas as tarefas dentro da organização as quais são atribuídas para as pessoas. Então, se mudamos a estratégia, mudamos as tarefas e, automaticamente, precisaremos mudar as habilidades e atitudes das pessoas. Lussier (2010, p. 214) afirma que “qualquer mudança só será eficaz se as pessoas envolvidas estiverem engajadas no processo e dispostas a mudar”. Agora, você deve estar se perguntando: mas de que forma pode ocorrer a mudança? Já explicamos que ela poderá ser feita em doses homeopáticas ou rapidamente. Tais mudanças são, respectivamente, chamadas de mudança incremental e/ou radical. A mudança incremental: “é a melhoria continua que acontece na estrutura e no sistema organizacional, bem como no conjunto de valores adotados, praticados e aceitos por toda a organização” (LUSSIER, 2010, p. 214). Essa mudança é de suma importância para que a empresa sobreviva, porque permite que ela se atualize e varie o seu jeito de fazer negócios. A mudança radical: “é a mudança rápida na estratégica, na estrutura, na tecnologia ou nas pessoas. A mudança radical altera a estrutura, os sistemas e o conjunto de valores previamente aceitos” (LUSSIER, 2010, p. 215). Muitas das mudanças podem afetar, inclusive, a cultura organizacional,assim como exposto. No entanto, vamos fazer uma pausa para relembrar o que é a cultura organizacional. Ao se tratar de cultura, vamos entender que essa expressão é o modelo de vida, crenças e valores de uma determinada organização. Portanto, a cultura é tudo aquilo que, de alguma maneira, identifica uma determinada organização, ao mesmo tempo em que regula as ações de quem faz parte dela, porque todos devem seguir os costumes, valores e crenças que lá são praticados. É nesse momento que a mudança organizacional se atrela com a cultura organizacional. Chiavenato (1999) elenca, no Quadro 2, as mudanças e transformações da cultura organizacional, no que diz respeito as diferentes abordagens na maneira como trabalhar com pessoas no século XX: Pós-Universo 14 Quadro 2: Evolução da Cultura Eras: Era da industrialização clássica Era da industrialização Neoclássica Era da informação Período: 1900-1950 1950-1990 Após 1990 Estrutura Organizacional Predominante Burocrática, funcional, piramidal, centralizadora, rígida e inflexível ênfase nos órgãos. Mista Matricial, com ênfase na departamen- talização por produtos, serviços ou unidades es- tratégicas de serviços. Fluida, ágil e flexível, totalmente descen- tralizada. Ênfase nas redes de equipes multifuncionais. Cultura Organizacional Predominante Teoria X. Foco no passado, nas tradições e nos valores conser- vadores. Ênfase na manutenção do status quo. Valorização da tra- dição e da experiência. Transição. Foco no pre- sente e no atual. Ênfase na adaptação ao am- biente. Valorização da renovação e da revitalização. Teoria Y. Foco no futuro e no destino. Ênfase na mudança e na inovação. Valorização do conheci- mento e da criatividade. Ambiente Organizacional Estático, previsível, poucas e gradativas mu- danças. Poucos desafios ambientais. Intensificação e acele- ração das mudanças ambientais. Mutável, imprevisível, turbulento, com grandes e intensas mudanças. Modo de lidar com as pessoas Pessoas como fatores de produtos inertes e está- ticos. Ênfase nas regras e controles rígidos para regular as pessoas. Pessoas como recur- sos organizacionais que devem ser administrados. Ênfase nos objetivos or- ganizacionais para dirigir as pessoas. Pessoas como seres humanos proativos e in- teligentes que devem ser impulsionados. Ênfase na liberdade e no comprometimento para motivar pessoas. Administração de pessoas Relações Industriais. Administração de recur- sos humanos. Gestão de Pessoas. Fonte: Chiavenato (1999, p. 27). Status quo significa estado atual e é um termo em latim. O status quo está relacionado ao estado de fatos, situações e coisas, independente do momento. Ele é, geralmente, acompanhado por outras palavras, tais como manter, defender, mudar etc. Fonte: Significados (2018, on-line)³. atenção Pós-Universo 15 O quadro 02, evidencia que é um processo contínuo a forma como as empresas lidam com a mudança, o que afeta tanto a estrutura da organização quanto a forma com que as pessoas se relacionam. Todas essas mudanças que ocorrem na organização nem sempre são aceitas da melhor forma por quem está condicionado a elas e, por diversas vezes, os gestores sofrem forte resistência. Por isso, vamos ver quais são as causas dessa resistência e de que forma podem ser gerenciadas. Resistência a Mudança Constatamos até aqui que é difícil mudar tanto as organizações quanto as pessoas. Willians (2010, p. 132) cita um exemplo em que: “ [...] um estudo com pacientes que sofreram operações de pontes de coronária no coração, os médicos disseram aos participantes, de modo direto, que deveriam alterar seus hábitos de alimentação e de saúde ou morreriam. Inacreditavelmente um total de 90% dos participantes não fizeram qualquer mudança em seus hábitos. Dessa forma, a pergunta é: por que resistimos tanto a mudanças? Segundo Lussier (2010), as pessoas resistem à mudança por cinco motivos principais: I. Incerteza: as consequências de uma mudança geram aflição, pois o desconhecido sempre gera um desconforto. II. Ansiedade da aprendizagem: aprender algo novo gera ansiedade. Sentimos que, temporariamente, somos incompetentes para uma nova função ou o ambiente traz essa ansiedade da aprendizagem e faz com que reajamos defensivamente. III. Interesse próprio: os funcionários ficam mais preocupados com seu próprio interesse do que com o da organização, o que não é produtivo no processo de mudança organizacional. Pós-Universo 16 IV. Temor de perda: mudanças podem gerar desemprego. Podem ocorrer cortes de benefícios, além de cortes das relações sociais entre os colaboradores. V. Temor da perda do controle: mudar pode, também, resultar na perda de poder, status, segurança e de controle. As pessoas podem sentir que seus destinos estejam sendo controlados por outras pessoas. Entretanto, de que forma é possível vencer essa resistência? Lussier (2010, p. 218) elenca sete etapas para superar a resistência à mudança. Vamos lê-las? 1. Desenvolver uma atmosfera positiva em relação à mudança: deixe os funcionários perceberem que você está preocupado com os interesses deles, procure desenvolver a confiança. Deixes os funcionários sempre participarem, com sugestões de mudanças, e implemente as novas ideias. 2. Planejar: para ter sucesso nas mudanças, é necessário planejamento. É importante que o gestor identifique as possíveis resistências e como superá- las. Coloque-se no lugar do funcionário. Deixe claro para todos no que consiste a mudança e de que forma ela irá afetá-los. 3. Estabeleça, com clareza, por que a mudança é necessária e como afetará os funcionários: quem não se comunica, confunde-se. Então, na mudança, a comunicação é ainda mais essencial. Os funcionários precisam e querem saber o que irá mudar e de que forma isso os afetará, para melhor ou para pior. Não deixe que os boatos tomem conta do ambiente: seja honesto. Pós-Universo 17 4. Crie uma situação mutuamente vantajosa: as relações humanas buscam atender às necessidades dos funcionários e, ao mesmo tempo, atingir os objetivos da organização. Você, como gestor(a), deverá procurar atender todos os questionamentos dos funcionários, até mesmo os não verbalizados, como o famoso “o que eu ganho com isso”, pois, sempre que sabemos o que nos beneficiará, fica mais fácil aceitar as mudanças. Afinal, se a organização se beneficiará, o funcionário também deve. 5. Envolva os funcionários: faça com que os funcionários participem das mudanças. Os que são envolvidos na implementação delas estão mais comprometidos e aceitam melhor do que os funcionários aos quais a mudança foi simplesmente ditada. 6. Ofereça apoio: para que os funcionários superem a mudança, eles precisam saber que os gestores estão dispostos a ajudá-los com os novos desafios. Procure tornar o processo menos estressante, ofereça apoio e treinamento. 7. Mostre a urgência: o sentimento de urgência é um estimulo ótimo para a ação. Se algo é percebido como urgente, será considerado de alta prioridade. Agora que você já sabe como poderá lidar com a resistência à mudança, basta colocar tudo em prática. Lembre-se sempre que as mudanças podem ser vistas com muito bons olhos pelos funcionários quando o(a) gestor(a) sabe conduzi-las com clareza e honestidade. Pós-Universo 18 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS Pós-Universo 19 Chegamos a um tema bastante interessante, o senso comum, quando se trata de competência. A competência se refere as pessoas que têm excelência no que fazem, são eficientes e eficazes. Em 1973, McClelland publicou um trabalho que, de alguma forma, iniciou o estudo sobre competências entre os administradores e psicólogos nos Estados Unidos. Para ele, a competência é uma característica que está relacionada com o desempenho superior com que se faz alguma tarefa ou atividade. Dessa forma, ele diferenciou competência de aptidão, que é o talento natural dapessoa. Prahalad e Hamel (1990) discutem que, quando conduzimos isso para dentro das organizações, com as rápidas mudanças do mercado, alcançar um objetivo e estar seguro com ele é algo apenas temporário, afinal, mudamos de opinião, gostos e desejos muito rapidamente. Nesse sentido, as empresas precisam se reinventar, criar novos mercados. Os gestores, juntamente com as empresas, precisam criar produtos e serviços que necessitamos, mas que ainda nem sabemos disso: isso trará competitividade ao mercado em que ela está inserida. Essa competitividade se sustenta, a curto prazo, pelo preço, prazo, qualidade e o desempenho do produto. Agora, pare para pensar: quanto tempo uma empresa consegue se diferenciar pelo preço? Diria que apenas o tempo de outra vender o mesmo produto pelo mesmo preço, e isso pode levar uma semana apenas. Por essa razão, as empresas precisam buscar um diferencial a longo prazo, construído pela confecção de produtos com menor custo, mas rápido, gerenciando tecnologias em âmbito corporativo e nas habilidades de produção em competências que oportunizem a mutação da organização, deixando-as competitivas (PRAHALAD; HAMEL, 1990). Williams (2010, p. 103) denomina essas habilidades de competências diferenciadas/ essenciais e afirma que elas são tangíveis: “por exemplo, um produto ou serviço é mais rápido, mais econômico ou melhor, mas as capacidades básicas que geram competências diferenciadas.” Dessa forma, podemos afirmar que as competências essenciais são a base para que a organização se sustente e, ao mesmo tempo, tenha um diferencial perante seus concorrentes. Pós-Universo 20 Competência Essencial, para Prahalad e Hamel (1990), é baseada no envolvimento profundo e comprometimento com a comunicação, além de não se limitar aos muros da organização. Por isso, a competência essencial envolve todos os níveis de pessoas e todas as funções. Novamente, teremos as equipes para agregar valor ao produto e criar o diferencial perante os concorrentes. Dessa forma, as competências essenciais são disseminadas por meio do compartilhamento e da aplicação, lembrando sempre de alimentá-las, pois tudo o que não é cuidado acaba sendo esquecido. É delas que depende o desenvolvimento de novos negócios. Por isso, vai caber a você, gestor(a), integrar a empresa/negócio, a fim de que as competências essenciais sejam formadas e fortalecidas. Para que uma empresa possa identificar a sua competência essencial, Prahalad e Hamel (1990) propõem que: 1. Uma competência essencial provê acesso potencial a uma ampla variedade de mercados. 2. Uma competência essencial deve ser uma contribuição significativa para os benefícios percebidos dos clientes do produto final. 3. Uma competência essencial deve ser de difícil imitação para os concorrentes. Fleury e Fleury (2004, p. 7) enfatizam que as competências não necessitam ser específicas. Elas podem estar relacionadas com o processo completo do negócio: “ Uma competência essencial não precisa necessariamente ser baseada em tecnologia strictu sensu ela pode estar associada ao domínio de qualquer estágio do ciclo de negócios, como, por exemplo um profundo conhecimento das condições de operação de mercados específicos. Não obstante, para ser considerado uma competência essencial, esse conhecimento deve estar associado a um sistemático processo de aprendizagem, que envolve descobrimento/inovação e capacitação de recursos humanos. Abordamos até aqui principalmente as competências essenciais que são a força motriz da organização e trazem o diferencial competitivo para elas. É importante, porém, sabermos as diferentes competências organizacionais. Veja-as, no Quadro 3, a seguir. Pós-Universo 21 Quadro 3: Competências Organizacionais Competências essenciais Competências e atividades mais elevadas, no nível corporativo, que são chave para a sobrevivência da empresa e centrais para a estratégia. Competências distintas Competências e atividades que os clientes reconhecem como diferenciadores de seus concorrentes e proveem vantagens competitivas. Competências organizacionais ou das unidades de negócio Competências e atividades-chave esperadas de cada unidade de negócios da empresa. Geralmente, em pequeno número, de três a seis. Competências de suporte Atividade valiosa para apoiar um leque de outras atividades. Capacidades dinâmicas Capacidade da empresa em adaptar suas competências com o tempo. É diretamente relacionada aos recursos importantes para a mudança. Fonte: adaptado de Mills et al. (2002 apud FLEURY; FLEURY, 2004). De acordo com Zarifian (1999 apud FLEURY; FLEURY, 2004, p. 7), as competências organizacionais configuram diferentes áreas no desenvolvimento de competências. São elas: • Competências sobre processos: conhecimentos sobre o processo de trabalho. • Competências técnicas: conhecimentos específicos sobre o trabalho que deve ser realizado. • Competências sobre a organização: saber organizar os fluxos de trabalho. • Competências de serviço: aliar a competência técnica à pergunta: qual é o impacto que esse produto ou serviço terá sobre o consumidor? • Competências sociais: saber ser, incluindo atitudes que sustentam o comportamento das pessoas. O autor identifica três domínios dessas competências: autonomia, responsabilização e comunicação. Pós-Universo 22 Podemos perceber que essas competências organizacionais giram em torno das pessoas, visto que, sem elas, a ação não acontece. Por essa razão, as competências organizacionais estão relacionadas com as competências individuais. Fleury e Fleury (2004, p. 5) afirmam que “tanto as essenciais como as organizacionais são constituídas a partir da combinação de recursos e de múltiplas competências individuais, de tal forma que o resultado total é maior do que a soma das competências individuais”. Então, vamos aprender a como utilizar essas competências como estratégias alinhadas para um diferencial competitivo. Estratégias Organizacionais “ Estratégia é um termo grego militar. Diante de uma guerra, os lideres planejavam de forma macro as escolhas que deveriam ser feitas e as ações decorrentes dessas escolhas para se atingir o objetivo, que, no caso, era ganhar a guerra (BUCHSBAUM; BUCHSBAUM, 2012, p. 214). Tal excerto reforça o que estudamos a respeito da guerra, a forma de ter diferenças competitivas em prol de mercado que se quer ganhar/manter. Lussier (2010) chama a estratégia organizacional de estratégia corporativa e a divide em estratégia principal, estratégia de crescimento e análise de portfólio. O autor considera um passo após o desenvolvimento da missão. Vamos, na sequência, observar cada uma dessas estratégias: Pós-Universo 23 Estratégia Principal Essa estratégia se refere a organização, de forma geral, para o crescimento, estabilidade ou reversão e retração, ou as duas combinadas. No crescimento, a empresa faz tentativas agressivas para aumentar o seu mercado, como um grande aumento nas vendas. Então, esse é o momento da empresa aparecer para seus clientes. Lussier (2010, p. 140) cita a Vivo a Tim e a Claro como empresas em franca estratégia de crescimento, o que acontece ainda. Você acha o mercado de celulares promissor? A prova que esse mercado está em plena expansão se dá por meio dos dados de crescimento do mercado de celulares. Em junho de 2015, o Brasil aferiu 282.5 milhões de celulares, o que dá 138.23 celulares por habitantes. Fonte: adaptado de Teleco (2015, on-line)⁴. saiba mais A estabilidade é quando a empresa cresce lentamente ou tenta manter seu tamanho atual, pois muitas empresas estão satisfeitas com seu status quo. Lussier (2010) exemplifica a WD40 como a empresa de estratégia estável produtora do lubrificante antiferrugem desde 1950. Ela lançou, também, muito lentamente, um sabão para sujeira pesada, especial para mecânicos. A reversão e retração é o momento em que a empresa tenta reverter umnegócio em declínio. É quando a empresa para de investir ou até mesmo liquida os ativos. Um exemplo é a Ford, que, em 2010, perdeu o título de segunda colocada na fabricação mundial de automóveis para a Toyota, que aplicou uma estratégia de retração de bilhões de dólares nos Estados Unidos, cortando custos, produzindo menos e demitindo milhares de funcionários (LUSSIER, 2010, p. 141). Por fim, a combinação ocorre quando a empresa busca o crescimento, a estabilidade e o binômio redução-retração nas suas diferentes áreas de operações ou linhas de negócio. Como exemplo, tem-se a “PepsiCo que vendeu as subsidiárias KFC, Pizza Hut e Taco Bell para a Yum! Brands, mas, também, adquiriu a Quaker e a Gatorade” (LUSSIER, 2010, p. 215). ] Pós-Universo 24 Estratégia de Crescimento A organização utiliza essa estratégia assim como o próprio nome diz: para crescer. Assim, a empresa pode crescer por meio da concentração, integração (para trás ou para frente) e diversificação (relacionada ou não relacionada). Quando tratamos de concentração, é o momento em que a empresa cresce agressivamente em suas linhas de negócio já existentes. Exemplos são a Wal-Mart, Subway e McDonald’s, que crescem abrindo mais e mais lojas (LUSSIER, 2010, p. 141). A japonesa Toyota é a primeira colocada entre as montadoras que vendem mais carros no mundo, seguida da alemã Volkswagem e da americana Ford. Esse dado é baseado nas 50 principais marcas de veículos do mundo. Fonte: adaptado de Terra ([2019], on-line)⁵. fatos e dados Na integração, a empresa integra a sua linha de negócios, acrescida dos negócios da mesma linha. Quando a integração ocorre para frente, é quando ela adquire uma linha que, na cadeia produtiva, está mais próxima do consumidor final/consumo. Quando a integração é para trás, é o contrário, pois é quando ela adquire uma linha que está mais distante do consumidor final. Segundo Lussier (2010, p. 141), a Spoleto, que resolveu fabricar seus molhos, optou pela integração para trás. Já a Apple tem preferência pela integração para frente, quando abre lojas que vendem seu produto diretamente ao cliente. A diversificação dos negócios é quando a empresa pode seguir de forma relacionada ou não aos produtos existentes. Por exemplo, a Nike usou a diversificação relacionada (concêntrica) quando diversificou suas linhas de calçados e roupas esportivas, para, depois, atuar no mercado de equipamentos esportivos. Já a Reebok usou a diversificação não relacionada (conglomerado) quando passou dos produtos esportivos para a administração de acadêmicas de ginástica (LUSSIER, 2010, p. 142). Pós-Universo 25 Análise de Portifólio É o processo que determina em quais linhas de negócios a empresa trabalhará e de que forma investirá em cada uma delas. Você verá muito a UEN – Unidade Estratégica de Negócio ou linha de negócio. A UEN varia para cada empresa, mas pode ser uma divisão subsidiária ou única de produto. Lussier (2010, p. 144) cita a Petrobras como exemplo, já que ela possui diversos negócios básicos, tais como o petróleo, o gás natural, o óleo de motor e os produtos refinados. Não só, mas também há a distribuição de derivados de petróleo e álcool. Uma boa maneira de analisar o portifólio é analisar a concorrência que possui o mesmo ramo de negócios. A figura 03 mostra o modelo de Matriz de Crscimento Compartilhado BCG. Você deve ter visto diversas vezes e em diversas formas a Matriz BCG. Contudo, se ainda não viu, vamos ver resumidamente a estratégia de negócio de cada um dos quadrantes da matriz: Participação de Mercado Relativa Alta Baixa Ta xa d e Cr es ci m en to d o M er ca do A lta Estrelas (estratégia de crescimento) Lojas globais Pontos de interrogação (estratégia de crescimento) Vendas de mercadorias Vendas de produtos de super- mercados (sorvete e café) Ba ix a Vacas Leiteiras (estratégia de estabilidade) Lojas em todo o território Abacaxis (estratégia de revisão e retração) Vendas pela internet Figura 3: Modelo de Matriz BCG Fonte: Lussier (2010, p. 144). Pós-Universo 26 • Vacas leiteiras: geram mais recursos do que utilizam, crescem pouco, mas têm alta participação no mercado. São exemplos: Coca-cola, Volkswagem, entre outros e, usualmente, se utilizam da estratégia de estabilidade que você já viu anteriormente. • Estrelas: são negócios de alto crescimento e alta participação no mercado. É necessário que se façam investimentos contínuos dos lucros obtidos até que se tornem vacas leiteiras. Exemplo disso é a Diet Coke para a Coca-Cola. E, aqui, a estratégia tende a ser de crescimento. • Pontos de interrogação: estão em entrada de novos negócios e com mercados que irão crescer muito. Quando iniciam, não há retorno e sua participação no mercado é baixa. Nesse caso, outros negócios precisam investir aqui, para que os pontos de interrogação se desenvolvam e se tornem estrelas. Além disso, e a estratégia também tende a ser a de crescimento. • Abacaxis: estes negócios são de baixo retorno, possuem um mercado de baixo crescimento e com baixa participação no mercado. Geralmente, são encerrados quando não oferecem os lucros aceitáveis, como as televisões preto e branco e toca fitas, por exemplo. Nesse caso, a estratégia é de reversão e retração (LUSSIER, 2010, p. 144). Utilizando as estratégias que você viu até aqui, você saberá ou terá uma melhor visão de onde alocar os valores dos seus negócios, garantindo, dessa forma, que o planejamento e os objetivos traçados tenham maior êxito. Pós-Universo 27 TOMADA DE DECISÃO GERENCIAL Pós-Universo 28 Estamos o tempo todo tomando decisões e essa é uma das atividades mais importantes que o ser humano executa: ele está o tempo todo escolhendo entre uma alternativa ou outra, e o fato de não escolher também é uma decisão. Daft (2010, p. 309) afirma que tomar uma decisão “é uma escolha feita entre as alternativas disponíveis”. Já Lussier (2010, p. 91) lembra que “a tomada de decisão é uma das três habilidades gerenciais fundamentais. Os administradores tomam muitas decisões em seu dia a dia e alguns têm consequências significativas para o desempenho da organização”. Tomar a decisão é o processo de selecionar um curso de ação que resolverá um problema. E qual o primeiro passo para tomar uma decisão? Williams (2010) explana que o primeiro passo é identificar o problema e defende a ideia que existe um problema quando há uma distância entre o que se deseja e o que realmente se pode conseguir. Em outras palavras, teremos um problema toda vez que temos uma diferença entre o que está realmente acontecendo e o que você e o gestor querem que aconteça. Por esse motivo, você, gestor(a), terá que tomar as decisões ponderando a necessidade de tomá-las, o tempo que você irá gastar e até mesmo se deve ou não fazer algo para solucionar o problema. Lacombe e Heilborn (2008) classifica, em duas categorias, as decisões que foram criadas por Herbert Simon: a decisão programada e a decisão não programada. As decisões programadas são aquelas que ocorrem frequentemente por serem decisões mais fáceis de serem tomadas, mas são mais numerosas. Nesse caso, para facilitar o dia a dia dos gestores, as organizações criam normas, políticas e procedimentos, de modo a direcionar a decisão programada. Por sua vez, as decisões não programadas são as que não ocorrem frequentemente, são novas e os gestores não possuem dados anteriores para se basearem. Por isso, essas decisões tomarão mais tempo e necessitam de mais atenção. Vamos, então, ver os modelos de tomada de decisão? Pós-Universo 29 Modelos de Tomada de Decisão Como a administração está em constante aprimoramento e o mundo está em constante transformação, tomar decisão não vem com a descrição, assim como uma receita médica. A literatura traz diversos modelos de tomada de decisão, porém, aqui, vamos utilizar os modelos citados por Lussier (2010), que os classificaem dois modelos básicos: o racional (também chamado de clássico) e o de racionalidade limitada (também chamado de modelo administrativo). No modelo racional ou clássico, o tomador de decisão procura otimizar, selecionar a melhor alternativa possível. É nesse modelo que são enfatizados os procedimentos formais e lógicos das decisões gerenciais, focados na economia da organização. Esse modelo, segundo Daft (2010), é fundamentado a partir de quatro premissas: i) o tomador de decisão trabalha para alcançar metas que são conhecidas e acordadas; II) o tomador de decisão se dedica para obter condições de certeza, juntando informações completas; iii) os critérios para avaliá-las são as alternativas conhecidas, assim, o tomador de decisão seleciona a alternativa que maximizará o retorno econômico; iv) o tomador de decisão é racional e usa da lógica para atribuir valores, avaliar as alternativas e decidir sobre a alternativa para alcançar a meta da organização. Por essa razão, o modelo clássico é considerado normativo, pois apresenta a forma com que o tomador de decisão deve proceder. Além disso, fornece diretrizes para que os gestores tomem decisão e não se preocupa em mostrar como o processo realmente acontece. Passos do processo de tomada de decisão racional: 1- Definir o problema; 2 - Identificar os critérios de decisão; 3 - Ponderar os critérios; 4 - Gerar linhas de ação alternativa; 5 - Avaliar cada alternativa; 6 - Quantificar a decisão ótima. Fonte: Williams (2010, p. 90). saiba mais No modelo de racionalidade limitado ou administrativo, o tomador de decisão se dá por satisfeito com a primeira alternativa que atende os critérios mínimos, mesmo que essa decisão poderia ser tomada, eventualmente, de uma forma melhor (LUSSIER, 2010). Pós-Universo 30 Daft (2010), baseado nos estudos de Simon, afirma que a racionalidade limitada é a limitação das pessoas sobre o racional baseado na incapacidade do ser em ser racional o tempo todo e em qualquer decisão. Da mesma forma, como as organizações são complexas, os gestores possuem tempo e capacidade limitada para processar em as informações e, posteriormente, tomarem as decisões. A decisão satisfatória reflete a escolha da alternativa que satisfaça os critérios mínimos de decisão. Aqui, o tomador de decisão não irá avaliar todas as alternativas, mas sim aquelas que, possivelmente, resolvem o problema naquele momento e fará a opção. No caso desse modelo, o foco são os pressupostos que influenciam as decisões pessoais, sendo mais realista que o modelo clássico. Segundo Daft (2010), o modelo administrativo é considerado descritivo, visto que ele busca descrever e atender às decisões como realmente ocorrem, enquanto situações complexas, e reconhece as limitações humanas e ambientais que envolvem a tomada de decisão. Riscos e Incertezas na Tomada de Decisão A tomada de decisão envolve diversos fatores e, dentre eles, estão os riscos que se corre e as incertezas que se passam no momento da decisão. Para que possamos entender o significado do risco e da incerteza, vamos recorrer ao Dicionário Aurélio ([2019], on-line)⁶, o qual define risco como: “perigo; probabilidade ou possibilidade de perigo: estar em risco”. Já incerteza diz respeito a “condição ou natureza do que é incerto; qualidade daquilo que incita dúvida(s); indecisão. Que não possui certeza; em que há indecisão ou hesitação; imprecisão” (AURÉLIO, [2019], on-line)⁷. Você pode perceber que o risco é algo que você poderá enfrentar, mas que consegue mensurar o perigo que corre. Já a incerteza não lhe possibilidade a aferição, pois não se sabe em qual campo irá se atuar. O mesmo raciocínio, Costa e Machado (2012, p. 1) definem: “ Risco e incerteza são elementos associados à tomada de decisão e ao empreendedorismo. Alguns estudos sobre a racionalidade do comportamento têm levado a várias preocupações em relação à capacidade de investidores em identificar estratégias de longo prazo, fato esse que está associado ao futuro ser desconhecido e ter elevadas doses de incerteza e risco. Pós-Universo 31 Nesse momento, você pode perceber que o risco e a incerteza se confundem, já que ambos trazem uma carga de desconhecimento do que poderá acontecer. Isso influencia o mercado em que o negócio está inserido. Você já deve ter se deparado com o famoso investimento na bolsa de valores e certamente lhe informaram que, quanto maior o risco, maior a rentabilidade; em contraste, quanto menor o risco, menor rentabilidade. Então, cabe a você tomar a decisão de quanto risco você vai correr. Quando se trata de risco e incerteza, Knight (1972) afirma que risco representa uma quantidade suscetível de medição, algo que pode ser calculado e medido, podendo usar de probabilidade para chegar a um consenso. Assim, poderá ser entendida a tomada de decisão em melhores condições, pois isso poderá ser calculado. Exemplo disso pode ser o lançamento de um produto em que foi calculada a probabilidade de vender para os quatro primeiros meses. No caso da incerteza, não é possível haver essa mensuração: o que poderá acontecer é apenas uma estimativa. Isso ocorre ou por haver pouco conhecimento pelo fato de haver poucas variáveis conhecidas, ou por ter um número elevado de variáveis e, por isso, ocasiona a existência de pouco conhecimento sobre elas. Lussier (2010, p.96) explica que “a maioria das decisões gerenciais é feita sob condições de risco e, normalmente, os gestores de nível superior tendem a tomar mais decisões incertas. Embora o risco e a incerteza não possam ser eliminados, eles podem ser reduzidos com informação”. O risco e a incerteza geram um ambiente incerto, que, por sua vez, é a quantidade e a qualidade da informação. Muitas vezes, o que se têm são informações incompletas ou distorcidas sobre determinada situação, o que impossibilita uma análise mais precisa sobre as variáveis envolvidas. A fim de amenizar o risco e a incerteza, e deixar o ambiente mais propício para tomada de decisão, Costa e Machado (2012) sugerem a busca pelo conhecimento e informação. Assim, quanto mais informação se tem, com qualidade, em tempo, melhor será o resultado da tomada de decisão. Pós-Universo 32 Estilos de Tomada de Decisão Todos somos diferentes. Temos características tanto físicas quanto psíquicas bem distintas e isso afeta a maneira com a qual tomamos as decisões. Isso define o estilo de tomada de decisão, o qual Daft (2010) classifica em quatro tipos: Estilo Diretivo Caracterizado por tomadores de decisões simples e bem definidas. Geralmente, utilizado para decisões rápidas. Lussier (2010, p. 93), classifica este estilo como impulsivo, ou seja, o gestor que age rapidamente tem, como lado positivo, não gastar tempo para obter informações. Já como lado negativo, o autor aponta que “tomar decisões rápidas pode levar ao desperdício e à duplicação do processo, se a melhor alternativa possível não for percebida”. Estilo Analítico As pessoas que utilizam este estilo costumam reunir muitas informações para se basear antes da tomada de decisão. Lussier (2010, p. 93) chama este estilo de ponderado. É o gestor que gosta de reunir muitas informações e diversas alternativas. Como ponto positivo, “não toma decisões precipitadas” e, como ponto negativo, “pode adiar a decisão e desperdiçar tempo e outros recursos valiosos”. Estilo Conceitual Da mesma forma que o estilo analítico, o estilo conceitual reúne um grande número de informação, mas usam de criatividade na solução dos problemas. Aqui, Lussier (2010, p. 94) chamou o tomador de decisão de consistente, que é aquele que “tende a não se apressar nem desperdiçar tempo. Ele sabe quando tem informações suficientes e conhece as alternativas possíveis”. Estilo Comportamental Este estilo é característico de gestores que gostam de conversar com as pessoas envolvidas no negócio e compreender os sentimentos dos colaboradores para nãotomar decisões que os afetem negativamente. Pós-Universo 33 Uma boa forma de ajudar na criatividade das soluções dos problemas é a participação da equipe e a utilização de técnicas como o brainstorming, que é “o processo de sugerir o maior número de alternativas, sem resistência e sem avaliação imediata. Diante de um problema, o grupo gera tantas soluções quanto possível, incluindo as mais radicais e ousadas”. Fonte: adaptado de Lussier (2010, p. 103). atenção Devemos destacar que o estilo de decisão, além de variar de acordo com cada gestor, varia de acordo com as decisões a serem tomadas. Portanto, em algumas situações, o gestor(a) passará por um modelo diretivo e, em outras, por um comportamental: To le râ nc ia à a m bi gu id ad e Alta Baixa Maneira de pensar Racional Intuitivo Analítico Conceitual ComportamentalDiretivo Figura 4: Estilos de tomada de decisão Fonte: Robbins (2006). Informação e a Tomada de Decisão Estamos a todo instante sendo bombardeados por informações: elas ficaram disponíveis a todos e a todo o momento. O importante é utilizá-las de forma correta, pois a informação é o meio para a tomada decisão e é baseado nela que o gestor buscará o melhor caminho para alcançar os objetivos organizacionais. Pós-Universo 34 Lussier (2010) comenta que o gestor do século XXI utiliza fatos, informações e conhecimento nas suas decisões, pois elas não podem mais ser baseadas apenas em intuição. O autor comenta, também, que as informações geram diversas alternativas e o gestor(a) deve tomar o cuidado, visto que quanto mais alternativas e informações geradas, mais complexa será a decisão. É nessa situação que entra a tecnologia como apoio para o gerenciamento dessas informações para a posterior tomada de decisão. Você sabe quanta informação há disponível no mundo? Uma pesquisa conduzida da Universidade do Sul da Califórnia estima que de 1986 a 2007, foram produzidas 296 exabytes de informações. Que formaria uma barra de 400 metros de diâmetro e ultrapassaria a distância da terra e a lua. Fonte: Smaal B. (2011, on-line)⁸. fatos e dados Neste contexto, para Sordi (2008 apud SORDI; MEIRELES, 2011), para que a informação tenha a qualidade desejada, é necessário fazermos alguns questionamentos quanto as dimensões da informação: • Abrangência e escopo: a informação que o público-alvo necessita é completa e sem excessos? Seu público sabe o que você quer vender ou passar pra ele? Tome cuidado para não deixar seu público perdido no meio de muita informação. • Integridade: a informação presente está íntegra ou alterada? Outro cuidado é de não ter o efeito “telefone sem fio”. Verifique se a informação está correta como saiu da fonte. • Veracidade: a informação é fiel aos fatos que ela apresenta? Confira suas fontes e a fidelidade delas: não deixe dúvida nos fatos. • Confidencialidade: a informação é acessada somente por quem de direito? Não deixe que a informação vaze, que seja direcionada a quem não a interpretará corretamente ou até mesmo quem não deveria ter essa informação. Pós-Universo 35 • Disponibilidade: a informação é facilmente acessada por quem precisa? Para quem deve receber a informação, ela deve vir de forma simples, de fácil acesso. Informações que veem como um “quebra-cabeças” dificultam o processo. • Atualidade: a informação é gerada no tempo certo para o público-alvo? Se a informação demora a chegar, está desatualizada: tome cuidado! • Ineditismo: trata-se de uma informação de fácil obtenção, do ponto de vista de ser escassa? Se todos têm acesso a essa informação, ela não é um diferencial. • Contextualização: a informação é atraente ao público-alvo? • Precisão: a informação está suficientemente detalhada para o uso? Preocupe- se em detalhar as informações, pois o que para você é claro, para outro pode ser muito obscuro. • Confiabilidade: a fonte e o conteúdo da informação têm credibilidade para o público-alvo? A informação só é de confiança se quem a repassa a informação tem credibilidade. Fontes sem credibilidade devem ser ignoradas. • Originalidade: a informação é original? Vem direto da fonte geradora? A originalidade da fonte traz credibilidade também. • Existência: qual é o local em que a informação está disponível: físico ou virtual? Preocupe-se em utilizar informações que possam ser consultadas, principalmente as virtuais, que são rapidamente excluídas. • Agregação de valor: o quanto a informação é importante para o público- alvo naquele momento? • Identidade: a informação é representativa e fiel ao conteúdo? • Audiência: a informação está sendo acessada pelo público-alvo? Verifique se a sua informação realmente interessou ao público. Controle o acesso do público e o interesse, para que sua ação seja reorganizada, caso não tenha levado interesse ao público. A tomada de decisão alcançará seus objetivos se tiver uma base de informação consolidada, ou seja, será tão boa quanto a informação na qual foi baseada para se tomar a decisão. atividades de estudo 1. A mudança, nas organizações, ocorre de duas formas: por meio da mudança incremental ou mudança radical. Assinale a alternativa que apresenta o que é a mudança incremental: a) É a melhoria contínua que acontece na estrutura e no sistema organizacional, bem como no conjunto de valores adotados, praticados e aceitos por toda a organização. b) É a mudança rápida na estratégica, na estrutura, na tecnologia ou nas pessoas. A mudança radical altera a estrutura, os sistemas e o conjunto de valores previamente aceitos. c) É a melhoria rápida que acontece na estrutura e no sistema organizacional, bem como no conjunto de valores adotados, praticados e aceitos por toda a organização. d) É a melhoria que acontece de forma impositiva e rápida, para que a empresa possa continuar no mercado. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 2. A estratégia de crescimento é utilizada pelas organizações para o crescimento de seu mercado atual e ela pode ser desenvolvida de três formas. Quais são elas? a) Concentração, integração e diversificação. b) Concentração, integração e customização. c) Customização, integração e foco no cliente. d) Concentração, customização e parceria com fornecedores. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 3. Dentro do processo de tomada de decisão, temos vários estilos. Assinale a alternativa que apresenta esses estilos: a) Analítico, Conceitual, Diretivo e Comportamental. b) Comportamental, Indireto, Conceitual e Metódico. c) Analítico, Conceitual, Diretivo e Metódico. d) Analítico, Conceitual, Indireto e Comportamental. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. resumo Muito bem! Mais uma vez, missão cumprida! Vamos, aqui, resumir os principais tópicos para relembrar o que você estudou? Observamos que a gestão é a maneira com a qual as organizações são geridas por meio do planejamento, organização, direção e controle. Além disso, estudamos os sistemas de gestão e as formas de lidar com a complexidade organizacional, adotando uma visão sistêmica das organizações inter-relacionando os ambientes internos e externos e todas as partes envolvidas, a fim de operacionalizar o todo. Você viu o que são as mudanças organizacionais, o que ocasionam essas mudanças, que podem ser fatores internos e externos, bem como o fato que elas podem ser radicais ou incrementais. Ademais, constatamos que são diversos os fatores que causam resistência às mudanças, como as incertezas, a ansiedade da aprendizagem, o interesse próprio, o temor de perda e o temor da perda do controle da situação em que se está inserido, além do emprego de recursos que podem não estar disponíveis no momento necessário. Depois disso, você estudou as competências gerenciais, a saber: as distintas, as organizacionais ou das unidades de negócio, as de suporte e as essenciais, que você viu com mais detalhes, pois são as que envolvematividades mais elevadas no nível corporativo. Elas são chave para a sobrevivência da empresa e centrais no quesito estratégia. Ainda, você estudou a tomada de decisão gerencial, que é a situação que cabe ao gestor selecionar uma melhor alternativa para solução de determinado problema. Conheceu o modelo clássico e o de racionalidade limitada que fazem parte da tomada de decisão. Não só, mas tabém teve conhecimento sobre os riscos e as incertezas que fazem parte desta tarefa de tomar decisão e a importância da informação nesse caso. Por fim, você estudou sobre a importância da informação na tomada de decisão e alguns critérios que as informações devem seguir, como a qualidade, a veracidade e o tempo de entrega, pois informação demais, de menos ou, ainda, de má qualidade, não se torna útil para sua tomada de decisão e sucesso da organização. material complementar Doze Homens e uma Sentença Ano: 1957 Sinopse: um jovem porto-riquenho é acusado do brutal crime de ter matado o próprio pai. Quando ele vai a julgamento, doze jurados se reúnem para decidir a sentença, levando em conta que o réu deve ser considerado inocente até que se prove o contrário. Onze dos jurados têm plena certeza de que ele é culpado e votam pela condenação, mas um jurado acha que é melhor investigar mais, para que a sentença seja correta. Para isso, ele terá que enfrentar diferentes interpretações dos fatos e a má vontade dos outros jurados, que só querem ir logo para suas casas. Comentário: este filme já é antigo, mas, nele, você poderá perceber quantos fatores estão envolvidos em uma tomada de decisão e o quanto é difícil toma-lá em grupo e eliminar os riscos e incertezas, evidenciando que a melhor decisão é apenas a melhor naquele momento. referências BUCHSBAUM, P.; BUCHSBAUM, M. Negócios S/A: Administração na prática. São Paulo: Cengage Learning, 2012. COSTA, D. de L. C.; MACHADO, H. V. Reflexões sobre Noções de Incerteza e Risco e Possíveis Implicações para a Ação Empreendedora. In: ENCONTRO DE ESTUDOS SOBRE EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DE PEQUENAS EMPRESAS, 7., 2012, Florianópolis. Anais... Florianópolis: EGEPE, 2012. CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999. ______. Comportamento organizacional. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. DAFT, R. L. Administração. São Paulo: Cengage Learning, 2010. FLEURY, M. T. L.; FLEURY, A. C. C. Alinhando estratégia e competências. 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Perspectivas em Ciência da Informação, v. 16, n. 4, p. 119-149, out./dez. 2011. WILLIAMS, C. ADM. São Paulo: Cengage Learning, 2010. referências REFERÊNCIAS ON-LINE: ¹Em: <https://www.oficinadanet.com.br/artigo/1554/tipos_de_organograma>. Acesso em: 22 mar. 2019. ²Em: <http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/06/juro-do-cheque-e-o-maior- em-quase-20-anos-e-do-cartao-vai-360-ao-ano.html>. Acesso em: 22 mar. 2019. ³Em: <https://www.significados.com.br/status-quo/>. Acesso em: 22 mar. 2019. ⁴Em: <http://www.teleco.com.br/ncel.asp>. Acesso em: 10 set. 2015. ⁵Em: <https://www.terra.com.br/economia/infograficos/maiores-montadoras-do-mundo/>. Acesso em: 22 mar. 2019. ⁶Em: <https://www.dicio.com.br/risco/>. Acesso em: 25 mar. 2019. ⁷Em: <https://www.dicio.com.br/incerteza/>. Acesso em: 25 mar. 2019. ⁸Em: <https://www.tecmundo.com.br/curiosidade/8567-pesquisadores-estimam-a-quantidade- de-informacao-existente-no-mundo.htm>. Acesso em: 25 mar. 2019. resolução de exercícios 1. a) É a melhoria contínua que acontece na estrutura e no sistema organizacional, bem como no conjunto de valores adotados, praticados e aceitos por toda a organização. 2. a) Concentração, integração e diversificação. 3. a) Analítico, Conceitual, Diretivo e Comportamental. ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS ABERTOS
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