Buscar

Gabarito Brasil Colônia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PáginaLista de Exercícios 1
- Gramática
TEMÁTICAS - FEUDALIZAÇÃO/ CRISE FEUDAL/ EXPAN-
SÃO MARÍTIMA E COMERCIAL/ “DESCOBRIMENTO”/ CO-
LONIZAÇÃO DAS AMÉRICAS/ BRASIL COLÔNIA
01.	Possuímos	demasiadas	coisas	supérfluas.	Contentemo-nos	
com	 o	 que	 Deus	 nos	 deu	 e	 tomemos	 só	 aquilo	 de	 que	
necessitamos	para	viver.	Porque	o	necessário	é	obra	de	
Deus	e	o	supérfluo	obra	da	cobiça	humana.	O	supérfluo	
dos	ricos	é	o	necessário	dos	pobres.	Quem	possui	um	bem	
supérfluo	possui	um	bem	que	lhe	não	pertence.
Santo	Agostinho.	A	cidade	de	Deus,	(escrito	413-426).
Esse	texto,	extraído	da	obra	A	cidade	de	Deus,	teve	grande	
influência	sobre	o	pensamento	religioso	na	Idade	Média	e:	
A)	 Afirma	que	os	cristãos	não	devem	ver	o	lucro	como	um	
fim	em	si,	mas	como	remuneração	do	trabalho.
B)	 Define	a	posição	dos	cristãos	em	relação	à	posse	de	
bens	materiais.
C)	 Estabelece	a	doutrina	cristã	sobre	o	empréstimo	a	juro.
D)	 Condena	a	prática	do	comércio,	segundo	os	doutores	
da	Igreja.
E)	 Discute	porque	os	cristãos	devem	considerar	a	prática	
de	usura	como	sendo	em	si	injusta.
02.	Como	o	rei,	cada	um	dos	sires	(senhores)	sente-se	encar-
regado	de	manter	em	nome	de	Deus	a	paz	e	a	justiça,	e	
toda	a	rede	de	direitos	que	lhe	permite	cumprir	esse	ofício	
converge	para	 seu	castelo.	A	 torre,	 antigamente	 símbolo	
da	cidade	soberana,	da	majestade	real	[…]	aparece	agora	
como	símbolo	de	um	poder	pessoal.
Georges	Duby.	No	tempo	das	catedrais:	a	arte	e	a	sociedade	(980-1420).	
Lisboa:	Imprensa	Universitária,	1979.	P.	44.
Sobre	as	 relações	e	as	atribuições	 sociais	no	 século	XI,	
período	de	plenitude	do	Feudalismo	no	Ocidente	Europeu,	
é	correto	afirmar	que:	
A)	 As	cidades	simbolizavam	o	poder	dos	senhores	feudais	
e	submetiam	a	nobreza	à	sua	legislação	centralizadora.
B)	 Os	senhores	encarnavam	o	poder	de	governo,	impon-
do	a	sua	força	armada	e	controlando	a	administração	
da	justiça	e	a	cobrança	de	impostos.
C)	 Submetidos	ao	regime	de	escravidão,	os	servos	eram	
impedidos	de	ter	acesso	às	terras	comunais.
D)	 A	nobreza,	sem	função	definida,	passou	por	acelerado	
processo	de	desestruturação,	que	levou	à	sua	substi-
tuição	pelo	clero	na	sociedade	feudal.
E)	 A	reação	contra	o	pagamento	dos	impostos	senhoriais	
gerou	grande	contingente	de	camponeses	desenraiza-
dos,	que	se	organizavam	em	bandos	armados	a	servi-
ço	dos	nobres	contrários	ao	processo	de	feudalização.
03.	O	senhorio	era	a	unidade	básica	de	produção	do	Feudalis-
mo	e	o	traço	característico	desse	sistema.	Entretanto,	em	
certas	condições,	o	senhorio	podia	transformar-se	em	feu-
do.	Isso	ocorria	quando	um	grande	senhor,	proprietário	de	
um	vasto	domínio,	concedia	um	senhorio	a	outro	senhor.	
Dentre	as	obrigações	dos	suseranos	medievais,	podemos	
destacar	a:	
A)	 Prestação	de	obrigações	como	a	corveia,	a	 talha	e	a	
banalidade.
B)	 Concessão	do	Benefício,	no	momento	em	que	recebia	
a	Homenagem.
C)	 Prestação	de	serviço	militar	ao	seu	senhor	em	determi-
nado	período	do	ano.
D)	 Contribuição	 para	 o	 dote	 das	 filhas	 de	 um	 vassalo,	
quando	elas	fossem	casar.
E)	 Fortificação	das	defesas	do	castelo	do	seu	senhor	feu-
dal.
04.	Tripla	é	pois	a	casa	de	Deus	que	se	crê	una:	embaixo	(quer	
dizer,	na	Terra),	uns	rezam,	outros	combatem,	outros	ainda	
trabalham;	os	três	grupos	estão	juntos	e	não	suportam	ser	
separados;	de	forma	que	sobre	a	função	de	um	repousam	
os	trabalhos	dos	outros	dois,	todos	por	sua	vez	entre	aju-
dando-se”.	
(ADALBERÃO,	In	MICELI,	p.	31)
Indique	a	proposição	ou	proposições	que	 revelam	 ideias	
presentes	 no	 texto,	 associadas	 aos	 seus	 conhecimentos	
sobre	sociedade	feudal.	
(__)	 A	configuração	de	um	sistema	social	baseado	numa	
economia	urbana	e	caracterizado	pela	centralização	
político-administrativa.
(__)	 A	proposta	de	superação	das	diferenças	sociais	atra-
vés	do	advento	de	uma	sociedade	de	classes.
(__)	 A	ideologia	da	Igreja	Medieval,	a	partir	da	existência	
de	uma	sociedade	de	ordens,	imobilista	e	hierarquiza-
da.
(__)	 A	 projeção	 de	 uma	 sociedade	 tripartite,	 a	 partir	 da	
analogia	com	a	Trindade	Cristã:	Pai,	Filho	e	Espírito	
Santo.
(__)	 A	intenção	da	Igreja	em	defesa	dos	seus	próprios	in-
teresses,	 objetivando	 a	 manutenção	 dos	 privilégios	
feudais.
(__)	O	reconhecimento	da	desigualdade	social	e	a	propos-
ta	de	sua	superação	através	de	um	confronto	entre	as	
classes.
(__)	 A	expressão	das	relações	feudo-vassálicas	que	con-
sistia	numa	troca	de	favores	e	obrigações	em	níveis	
hierarquicamente	superpostos.
05. 
“Ouro, Grandeza e Glória”
(Arcebispo	de	Canterbury)
A	frase	do	arcebispo	resume	os	princípios	do	mercantilis-
mo,	pautados	na
A)	 acumulação	de	ouro	e	prata	pela	burguesia,	o	que	le-
vou	os	 reis	absolutistas	a	se	oporem	ao	processo	de	
expansão	 marítima,	 temerosos	 do	 fortalecimento	 do	
poder	dos	comerciantes.
B)	 exploração	das	minas	de	ouro	e	prata	na	Europa,	como	
prioridade	dos	Estados	absolutistas,	em	detrimento	da	
exploração	das	matérias-primas	coloniais.
Aluno(a): __________________________________________________________ Data: ___ /____/ 2019
Professor: Jorge France Turma: Site Assunto: 
 Lista de ExercíciosPágina2
C)	 livre	concorrência	como	pressuposto	para	o	desenvol-
vimento	industrial,	enriquecimento	e	fortalecimento	do	
poder	real	na	Europa.
D)	 utilização	do	ouro	para	o	embelezamento	das	cidades,	
como	fortalecimento	do	orgulho	nacional	e	minimização	
dos	problemas	sociais.
E)	 intervenção	do	Estado	na	economia,	objetivando	a	acu-
mulação	de	metais	preciosos	e	o	fortalecimento	do	Es-
tado	absolutista.
06.	A	região	indicada,	no	mapa,	pela	letra	A	
A)	 pertenceu	à	Espanha	por	força	da	Bula	Inter-Coetera.
B)	 dominou	os	países	índicos	por	todo	o	século	XIX.
C)	 permaneceu	sob	o	domínio	 inglês	até	os	anos	80	do	
século	atual.
D)	 atuou	como	o	centro	administrativo	do	comércio	orien-
tal	português	até	o	século	XVII.
E)	 tem	sido	 instrumento	da	dominação	americana	na	re-
gião,	até	os	dias	atuais.
07.	A	letra	B	indica	a	área	
A)	 que	foi	disputada,	nos	séculos	XVI	e	XVII,	por	interes-
ses	mercantis	portugueses,	franceses	e	holandeses.
B)	 onde	prevaleceu,	 do	 século	XVII	 ao	XVIII,	 o	 trabalho	
assalariado	sobre	o	trabalho	servil.
C)	 que	se	destacou	pelo	predomínio	do	minifúndio	na	pro-
dução	agrícola.
D)	 onde	se	registraram	as	sangrentas	guerras	de	religião	
no	século	XVI.
E)	 de	convivência	pacífica	entre	índios	e	colonizadores.
08.	A	letra	C	registra	uma	área	que,	no	apogeu	do	antigo	siste-
ma	colonial,	se	destacou	
A)	 pela	disputa	entre	portugueses	e	espanhóis	no	controle	
da	exploração	do	marfim	e	do	ouro.
B)	 pela	maior	concentração	do	tráfico	de	escravos	em	di-
reção	ao	Brasil	e	ao	Caribe.
C)	 pela	incessante	exportação	de	escravos	para	a	Europa	
e	o	Oriente	Médio.
D)	 pela	presença	marcante	de	traficantes	indianos	no	mer-
cado	local.
E)	 pelo	 cultivo	 de	 cereais	 destinados	 ao	mercado	 euro-
peu.
09.	Em	D,	do	século	XVIII	ao	XIX,	registrou-se	a	concorrência	
com	a	produção	brasileira	
A)	 do	charque	concentrado	na	região	Sul.
B)	 de	“drogas	do	sertão”	retiradas	da	Amazônia.
C)	 do	cacau	cultivado	no	litoral	sul	da	Bahia.
D)	 do	petróleo	e	seus	derivados	no	Recôncavo	Baiano.
E)	 do	 açúcar	 produzido	 no	 Nordeste	 e	 no	 Recôncavo	
Baiano.
10.	O	 trabalho	 da	Companhia	 de	 Jesus	 foi	 um	 dos	 elemen-
tos	que	contribuiu	para	colonização	do	território	brasileiro.	
Sobre	a	participação	dos	padres	jesuítas	nesse	processo,	
assinale	a	alternativa	correta.	
A)	 Os	jesuítas	destacaram-se	na	ocupação	da	região	nor-
te	do	território	brasileiro,	que	assumiu,	no	século	XVII,	
o	papel	de	área	central	do	pacto	colonial.
B)	 Os	jesuítas,	através	de	sua	ação	missionária,	colabo-
raram	para	a	consolidação	do	controle	da	Coroa	Portu-
guesa	sobre	as	áreas	coloniais.
C)	 Graças	à	atuação	do	Marquês	de	pombal,	e	por	meio	
da	aliança	do	Estado	com	a	Companhia	de	Jesus,	fo-
ram	criadas	as	condições	políticas	para	a	ação	dos	je-
suítas.
D)	 Os	índios,	os	jesuítas	e	os	bandeirantes	coexistiram	deforma	harmônica,	consolidando	e	ampliando	a	domina-
ção	portuguesa	sobre	os	 territórios	do	Paraguai	e	do	
Uruguai.
E)	 A	 catequese	 converteu	 o	 indígena	 em	 mão-de-obra	
disponível	 e	majoritária,	 na	 agricultura	 de	 exportação	
durante	o	período	colonial.
11. Entre	as	funções	desempenhadas	pela	Igreja	Católica	no	
período	colonial,	destaca-se:	
A)	 o	incentivo	à	escravização	dos	nativos,	pelos	colonos,	
por	meio	da	qualificação	de	todos	os	índios	como	cria-
turas	sem	alma.
B)	 A	 tentativa	 de	 restringir	 a	 utilização	 de	 mão-de-obra	
escrava	 indígena,	 apenas	 aos	 serviços	 agrícolas	 nas	
áreas	de	extração	do	ouro	e	da	prata.
C)	 A	orientação	da	educação	indígena,	no	sentido	de	es-
timular	a	formação,	na	colônia,	de	uma	elite	intelectual	
católica.
D)	 A	 imposição	dos	princípios	cristãos	por	meio	da	cate-
quese,	favorecendo	o	avanço	do	processo	colonizador.
E)	 A	promoção	da	plena	alfabetização	com	a	conversão	
de	todos	os	índios	e	negros	á	fé	católica.
12. 
E TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO...”
Sobre	as	questões	históricas	e	atuais	das	comunidades	na-
tivas	do	continente	americano	não	é	possível		afirmar	que:
A)		Os	índios	da	América	Central	como	os	maias	e	os	aste-
cas	possuíam	uma	forte	estrutura	estatal,	burocrática	e	
religiosa.
B)		No	Brasil	as	comunidades	indígenas	praticavam	a	coope-
ração	entre	as	diferentes	tribos,	gerando	um	processo	de	
comunismo	primitivo.
C)		As	doenças	e	a	pólvora	mataram	milhões	de	índios	em	
todo	continente	americano.
D)		A	antropofagia	era	um	ritual	realizado	pelos	índios	que	
estava	inserido	no	universo	cultural	e	mítico	da	guerra	
e	da	coragem.
E)		A	 moralidade	 católica/jesuítica	 introduziu	 nos	 índios	
brasileiros	o	medo	de	Deus	e	a	vergonha	do	corpo.
PáginaLista de Exercícios 3
13.	O	casamento	não	é	objeto	de	nenhuma	cerimônia,	e	a	ace-
lerada	circulação	matrimonial	dos	jovens	faz	dele	um	negó-
cio	corriqueiro.	No	entanto,	sempre	que	uma	união	se	torna	
pública	com	a	mudança	de	domicílio	de	alguém,	produz-se	
uma	sutil	comoção	na	aldeia.	O	novo	casal	começa	 ime-
diatamente	a	ser	visitado	por	outros	casais,	seu	pátio	é	o	
mais	alegre	e	bulhento	à	noite;	ali	se	brinca,	os	homens	se	
abraçam,	as	mulheres	cochicham	e	riem.	Dentro	de	alguns	
dias,	nota-se	uma	associação	frequente	entre	o	recém-ca-
sado	e	um	outro	homem,	bem	como	entre	sua	mulher	e	
a	mulher	deste.	Os	dois	casais	começam	a	sair	 juntos	à	
mata,	a	pintar-se	e	decorar-se	no	pátio	do	casal	mais	novo.	
Está	criada	a	relação	deapihi-pihã.
Fonte:	 Instituto	Socioambiental.	Disponível	em:	<http://pib.socioambiental.
org/pt/povo/arawete/106>	Acesso	em	13	dez.	2012.
O	 texto	 descreve	 como	 se	 constroem	 as	 alianças	matri-
moniais	e	as	relações	de	amizade	entre	os	Araweté,	grupo	
indígena	que	vive	atualmente	no	estado	do	Pará.
Com	base	no	texto,	conclui-se	que
A)	 o	casamento	deve	ser	sempre	constituído	por	pessoas	
de	sexos	opostos.
B)	 o	casamento,	por	ser	uma	construção	social,	pode	exis-
tir	de	formas	diversas.
C)	 o	casamento	existe	somente	na	sociedade	ocidental.
D)	 todo	casamento	pressupõe	um	rito	de	passagem.
E)	 o	casamento	é	desejado	somente	pelas	mulheres.
14.	Considere	o	ato	de	conceber	uma	criança	no	pensamento	
dos	 índios	Tupi,	do	Brasil	Central.	 “Para	estes,	a	criança	
depende	 exclusivamente	 do	 pai.	 Ela	 existe	 anteriormen-
te	como	uma	espécie	de	semente	no	 interior	do	homem,	
muito	tempo	mesmo	antes	do	ato	sexual	que	a	transferirá	
para	o	ventre	da	mulher.	No	interior	desta,	a	criança	se	de-
senvolve	sem	estabelecer	nenhuma	relação	consanguínea	
com	a	esposa	do	pai.	A	mulher	não	passa,	então,	de	um	
recipiente	próprio	para	o	desenvolvimento	do	novo	ser.”
(Laraia	1986:93).
Para	essa	teoria	Tupi,	é	permitido
I.	 o	matrimônio	entre	jovens	que	tenham	a	mesma	mãe,	
mas	pais	diferentes.
II.	 o	matrimônio	entre	 jovens	que	 tenham	o	mesmo	pai,	
mas	mães	diferentes.
III.	 em	qualquer	caso,	o	matrimônio	entre	 jovens	meio	 ir-
mãos.
Está	correto	apenas	o	que	se	afirma	em
A)	 II	e	III.
B)	 III.
C)	 I.
D)	 I	e	II.
E)		I,II	e	III.
“Folga,	nego,	branco	não	vem	cá;
Se	vier,	o	diabo	há	de	levar.
Samba,	nego,	branco	não	vem	cá;
Se	vier,	pau	há	de	levar.”
Cantiga	de	Quilombo,	dança	folclórica	alagoana
15.	Sobre	a	utilização	do	 trabalho	escravo,	podemos	afirmar	
que:	
A)	 a	Igreja	católica	condenava	a	imposição	da	escravidão	
aos	africanos	e	estimulava	as	fugas,	em	protesto	contra	
as	práticas	cruéis.
B)	 a	habilidade	dos	africanos	em	atividades	como	a	cria-
ção	de	animais	e	a	agricultura	era	uma	das	vantagens	
oferecidas,	apesar	de	os	africanos	serem	menos	resis-
tentes	às	epidemias.
C)	 a	utilização	dos	escravos	africanos	permitia	aumentar	o	
lucro	gerado	pelo	tráfico	intercontinental,	apesar	de	os	
africanos	 resistirem	à	dominação,	organizando-se	em	
quilombos.
D)	 a	submissão	dos	indígenas	foi	eficiente,	pois	eles	não	
ofereciam	resistência	à	dominação,	já	que	eram	fami-
liarizados	com	o	meio	ambiente.
E)	 a	escravização	dos	indígenas	não	foi	satisfatória,	pela	
oposição	das	ordens	religiosas,	apesar	do	apoio	da	le-
gislação	oficial	à	utilização	desses	indivíduos.
16.	Em	1585,	os	colonos	de	São	Vicente,	São	Paulo	e	Santos	
enviaram	uma	petição	ao	capitão-mor	de	São	Vicente	na	
qual	solicitaram	uma	autorização	para	organizar	uma	ex-
pedição	de	guerra	contra	uma	tribo	 indígena,	 justificando	
“(...)	que	Sua	Mercê	com	a	gente	desta	dita	capitania	faça	
guerra	 campal	 aos	 índios	 denominados	 carijós,	 os	 quais	
a	têm	há	muitos	anos	merecida	por	terem	mortos	de	qua-
renta	anos	a	esta	parte	mais	de	cento	e	cinqüenta	homens	
brancos	(...)”.
O	contexto	no	qual	essa	petição	foi	elaborada	nos	permite	
afirmar	que:	
A)	 não	ocorreram	conflitos	intertribais	entre	os	nativos,	o	
que	dificultava	a	ação	das	expedições	de	apresamento	
indígena,	que	constantemente	enfrentavam	o	perigo	e	
a	morte	para	realizar	a	captura	de	mão-de-obra.
B)	 para	descumprir	as	ordens,	vindas	da	Coroa,	de	proibi-
ção	à	escravização	dos	nativos,	os	colonos	alegavam	
motivos	relacionados	a	sua	segurança	pessoal	e	à	mo-
ralização	dos	costumes,	haja	vista	os	 inúmeros	casa-
mentos	mistos	realizados	nessa	região.
C)	 a	 escravidão	 indígena	 foi	 usada	 em	 toda	 a	 colônia,	
como	 solução	 econômica	 secundária	 para	 a	 falta	 ou	
escassez	de	escravos	africanos,	mas	fracassou,	dentro	
do	contexto	de	exploração	colonial,	como	solução	prin-
cipal	para	o	problema	da	mão-de-obra.
D)	 a	utilização	da	mão-de-obra	 indígena	se	 fazia	neces-
sária	 nesse	momento	 pela	 falta	 de	 braços	 africanos,	
já	que	essa	região	era	uma	importante	fonte	de	renda	
para	a	Metrópole.
E)	 a	escravidão	indígena	foi	a	solução	adotada	principal-
mente	nas	áreas	mais	prósperas,	como	Pernambuco	e	
Bahia,	onde	a	exportação	açucareira	exigia	um	elevado	
contingente	humano	para	a	realização	do	trabalho.
 
17.	Escrevendo	sobre	fatores	que	contribuíram	para	a	adoção	
do	trabalho	escravo	no	Brasil	colonial,	um	importante	his-
toriador	brasileiro	indagava:
Por	que	se	apelou	para	uma	 relação	de	 trabalho	odiosa	a	
nossos	olhos,	que	parecia	semi-morta,	exatamente	na	época	
chamada	pomposamente	de	aurora	dos	tempos	modernos?
Das	proposições	abaixo,	quais	se	combinam	para	respon-
der	corretamente	à	indagação	feita?	
I.	 Não	 havia,	 na	 Metrópole,	 contingente	 suficientes	 de	
trabalhadores	dispostos	a	emigrar	para	a	colônia,	onde	
pudessem	 trabalhar	 em	 regime	de	 semi-dependência	
ou	 assalariamento,	 nem	 esse	 regime	 se	 ajustava	 ao	
caráter	mercantilista	da	exploração	colonial.
II.	 O	comércio	de	escravos	africanos	representou,	desde	
seu	início,	no	século	XV,	uma	atraente	fonte	de	lucros	
para	os	comerciantes	metropolitanos	e,	indiretamente,	
para	a	própria	Coroa.
 Lista de ExercíciosPágina4
III.	 Os	colonizadores	europeus	perceberam	a	inexistência	
de	uma	inclinação	natural	dos	africanos	à	liberdade,	o	
que	facilitava	sua	acomodação	rápida	ao	regime	de	tra-
balho	compulsório.
IV.	 Em	Portugal,	 nem	 a	Coroa	 nem	 a	 Igreja	Católica	 le-
vantaram	 impedimentos	 jurídicos	 ou	 religiososcontra	
a	escravidão	de	nativos	comprados	ou	aprisionados	na	
África.
A)	 II,	III	e	IV	 	 	
B)	 I,	III	e	IV	 	 	
C)	 I,	II,	III	e	IV		 	
D)	 I,	II	e	III	 	 	
E)	 I,	II	e	IV	
18.	Com	 relação	 ao	 período	 colonial,	 tanto	 na	América	 Por-
tuguesa		quanto	na	América	Espanhola,	considere	as	se-
guintes	afirmações:
1.	 a	mão-de-obra	escrava	africana,	empregada	nas	ativi-
dades	econômicas,	era	a	predominante.
2.	 as	Coroas	 controlavam	 as	 economias	 por	 intermédio	
de	monopólios	e	privilégios.
3.	 os	nascidos	nas	Américas	não	sofriam	restrições	para	
ascender	nas	administrações	civis	e	religiosas.
4.	 a	alta	hierarquia	da	Igreja	Católica	mantinha	fortes	la-
ços	políticos	com	as	Coroas.
5.	 as	rebeliões	manifestavam	as	insatisfações	políticas	de	
diferentes	grupos	sociais.
Das	afirmações	acima,	são	verdadeiras	apenas	
A)	 3,	4	e	5	 	 	
B)	 1,	3	e	4	 	 	 	
C)	 2,	4	e	5	 	 	 	
D)	 1,	2	e	3	 	 	 	
E)	 2,	3	e	5
19.	“Eu,	el-rei	D.	João	III,	 faço	saber	a	vós,	Tomé	de	Sousa,	
fidalgo	da	minha	casa	que	ordenei	mandar	fazer	nas	terras	
do	Brasil	uma	fortaleza	e	povoação	grande	e	forte	na	Baía	
de	Todos	os	Santos.	(...)	Tenho	por	bem	enviar-vos	por	go-
vernador	das	ditas	terras	do	Brasil.”
Regimento	de	Tomé	de	Sousa,	1549
As	determinações	do	rei	de	Portugal	estavam	relacionadas	
A)	 a	um	projeto	que	abrangia	conjuntamente	a	exploração	
agrícola,	a	colonização	e	a	defesa	do	território.
B)	 aos	projetos	administrativos	da	nobreza	palaciana	vi-
sando	à	criação	de	fortes	e	feitorias	para	atrair	missio-
nários	e	militares	ao	Brasil.
C)	 ao	plano	de	inserir	o	Brasil	no	processo	de	colonização	
escravista	semelhante	ao	desenvolvido	na	África	e	no	
Oriente.
D)	 à	necessidade	de	colonizar	e	povoar	o	Brasil	para	com-
pensar	 a	 perda	das	demais	 colônias	agrícolas	Portu-
guesas	do	Oriente	e	da	África.
E)	 aos	planos	de	defesa	militar	do	império	português	para	
garantir	as	rotas	para	a	Índia,	Indonésia,	Timor,	Japão	
e	China.
20.		A	Idade	Moderna	foi	um	período	de	transição	caracteriza-
do	pelo	desaparecimento	das	estruturas	feudais	e	o	surgi-
mento	das	estruturas	que	iriam	caracterizar	o	capitalismo.
Dentre	os	elementos	que	contribuíram	para	essa	transição,	
pode-se	citar
A)		o	Renascimento,	cujo	antropocentrismo	criticou	violen-
tamente	a	crença	em	Deus,	consolidando	uma	mentali-
dade	racionalista	e		atéia	na	Europa	moderna.
B)	a	Reforma	Protestante,	que,	ao	defender	o	fato	e	que	
toda	atividade	 feita	 com	honestidade	agrada	a	Deus,	
justificou	a	prática	do	comércio	e	os	interesses	burgue-
ses.
C)	o	Mercantilismo,	que,	com	sua	teoria	de	que	a	riqueza	
provinha	da	 liberdade	de	produção	e	do	 trabalho,	cri-
ticou	as	obrigações	feudais	que	 limitavam	as	práticas	
comerciais.
D)	a	Expansão	Marítima	e	Comercial,	que,	ao	enriquecer	
os	 burgueses	 e	 enfraquecer	 o	 poder	 real,	 contribuiu	
para	a	tomada	do	poder	pela	burguesia.
E)		o	Sistema	Colonial,	que,	ao	propiciar	o	surgimento	de	
uma	forte	burguesia	nativa	colonial,	minou	o	poder	da	
Igreja,	possuidora	da	maioria	das	terras	européias	e	co-
loniais.
21.	Considere	o	texto	abaixo.
(...)	o	sistema	feudal	não	se	mostrou	incompatível	com	o	
comércio	e	a	 indústria.	Ao	contrário,	desde	os	primórdios	
do	período	medieval,	comerciantes	e	artesãos	assegura-
ram,	ainda	que	em	bases	precárias,	a	produção	e	circu-
lação	 de	 bens	 entre	 os	 domínios	 senhoriais.	Essas	 pes-
soas	habitavam	os	burgos	(...)	O	estilo	de	vida	burguesa	
mostrava-se	bem	diferente	daquela	que	ocorria	dentro	do	
feudo	(...)
(Myriam	B.	Mota	e	Patrícia	R	Braick.	História:	das	cavernas	ao	terceiro	
milênio.	São	Paulo:	Moderna,	1997.	p.	87)
A	partir	do	 texto	e	dos	conhecimentos	históricos	pode-se	
afirmar	que	os	burgos
A)	 impulsionaram	a	retomada	da	vida	urbana	na	Europa	
ocidental.
B)	 limitavam	as	exportações	de	manufaturas	das	cidades	
feudais.
C)	 controlavam	o	abastecimento	de	produtos	agrícolas	na	
Europa	feudal.
D)	 exportavam	o	excedente	de	produção	gerado	na	Euro-
pa	ocidental
E)	 eram	 centros	 administrativos	 locais	 de	 resistência	 ao	
poder	feudal.
22.	Assinale	 a	 proposição	 ou	 proposições	 que	 apresentam	
pontos	 comuns	 entre	 as	 diferentes	 práticas	 mercantilis-
tas	adotadas	pelos	Estados	europeus	nos	séculos	XVII	e	
XVIII.
(__)	O	trabalho,	em	geral,	constituía	a	verdadeira	fonte	de	
riqueza	da	sociedade.
(__)	 	A	moeda	ou	os	metais	preciosos	eram	considerados	
como	a	mais	importante	fonte	de	riqueza	do	pais.
(__)	 A	balança	de	pagamentos	 favorável	era	um	 recurso	
para	evitar	a	saída	de	moedas	do	país.
(__)	O	Estado	tinha	a	função	de	proteger	a	economia	na-
cional,	intervindo	no	mercado,	estimulando	a	exporta-
ção	e	restringindo	a	importação.
(__)	 	O	Estado	forte	era	condição	necessária	para	viabili-
zar	uma	política	mercantilista,	tanto	no	plano	interno	
quanto	no	externo.
(__)	 A	terra	era	a	única	fonte	de	riqueza,	por	isso	o	comér-
cio	deveria	ser	subordinado	à	agricultura.
(__)	O	combate	ao	absolutismo	monárquico	sob	todas	as	
formas	era	um	meio	de	defender	governos	represen-
tativos,	constitucionais	e	parlamentares.
PáginaLista de Exercícios 5
I.
II.
 
23.		A	análise	dos	mapas	e	os	conhecimentos	sobre	as	rotas	
comerciais	terrestres	e	marítimas,	na	Idade	Média	(I)	e	no	
início	da	Idade	Moderna	(II),	permitem	afirmar:
(__)	O	 desconhecimento	 dos	 europeus,	 na	 Baixa	 Ida-
de	Média,	 sobre	as	 terras	do	Extremo	Oriente	e	do	
Oriente	Médio	impedia	as	trocas	comerciais	de	sedas	
e	especiarias	na	bacia	do	Mediterrâneo.
(__)	O	norte	da	África	constituiu	uma	região	de	importância	
considerável	na	economia	da	Europa	da	Baixa	Idade	
Média,	uma	vez	que	os	comerciantes	árabes	faziam	
chegar	 à	Europa,	 através	daquela	 região,	mercado-
rias	vindas	do	interior	do	continente.
(__)	O	conhecimento	adquirido,	no	século	XV,	pelos	gran-
des	navegadores	portugueses,	 sobre	a	 trajetória	 da	
corrente	 fria	do	Labrador	e	sobre	o	mecanismo	dos	
alíseos	 de	 sudeste	 no	 Atlântico	 Norte,	 foi	 decisivo	
para	que	todos	aqueles	que	se	deslocassem	das	ter-
ras	lusitanas,	no	Oriente,	pudessem	alcançar	a	Amé-
rica,	no	Ocidente.
(__)	 A	Europa	passou	a	consumir	produtos	orientais	(espe-
ciarias,	sedas	e	armas),	na	sua	vida	cotidiana,	somen-
te	após	a	abertura	daqueles	mercados	pelos	navega-
dores	portugueses,	que	lá	chegaram	entre	os	séculos	
XV	e	XVI.
(__)	 A	 posição	 estratégica	 do	 mar	 Mediterrâneo	 explica	
o	 grau	 de	 relações	 políticas,	 militares	 e	 comerciais	
estabelecidas	entre	a	África	do	Norte	e	os	europeus,	
desde	a	Antiguidade	até	a	Baixa	Idade	Média.
(__)	Os	principais	portos	comerciais	da	África	Oriental,	do	
sul	da	Arábia,	da	Índia	e	do	Sudeste	Asiático	constituí-
ram	fator	de	disputa	entre	os	interesses	dos	árabes,	já	
estabelecidos,	e	os	dos	portugueses,	que	chegavam	
com	o	objetivo	de	conquistá-los.
(__)	O	 estabelecimento,	 pelos	 ibéricos,	 de	 rotas	 comer-
ciais	no	Oceano	Atlântico,	fortaleceu	as	antigas	rotas	
terrestres	 e	marítimas	 que	 alimentavam	 o	 comércio	
entre	o	Ocidente	e	o	Oriente.
24.	 (...)	 a	 descoberta	 da	América,	 ou	 melhor,	 a	 dos	 ameri-
canos,	 é	 sem	 dúvida	 o	 encontro	mais	 surpreendente	 de	
nossa	história.	Na	 “descoberta”	dos	outros	continentes	e	
dos	outros	homens	não	existe,	realmente,	este	sentimento	
radical	de	estranheza.	Os	europeus	nunca	 ignoraram	 to-
talmente	a	existência	da	África,	ou	da	Índia,	ou	da	China,	
sua	lembrança	esteve	sempre	presente,	desde	as	origens.	
(...)	No	início	do	século	XVI,	os	índios	da	América	estão	ali,	
bem	presentes,	mas	deles	nada	se	sabe,	ainda	que,	como	
é	de	se	esperar,	sejam	projetadas	sobre	os	seres	recente-
mente	descobertos	imagens	e	idéias	relacionadas	a	outras	
populações	distantes.	O	encontro	nunca	mais	atingirá	 tal	
intensidade,	se	é	que	esta	é	a	palavra	adequada.	O	sécu-
lo	XVI	veria	perpetrar-se	o	maior	genocídio	da	história	da	
humanidade.
(TODOROV,	p.	4-6)
A	análise	do	 texto	e	os	conhecimentos	sobre	o	encontro	
entre	as	culturas	 indígenas,	negro-africanas	e	européias,	
no	Novo	Mundo,	permitem	afirmar:
(					)	O	caráter“surpreendente”	do	descobrimento,	referido	
no	texto,	 influiu,	no	Período	Colonial,	as	políticas	de	
aproximação,	de	catequese	e	de	exploração	do	euro-
peu	em	relação	ao	homem	americano.
(					)	O	 homem	 americano	 encontrado	 pelos	 europeus	
apresentava	 um	 grau	 considerável	 de	 diversidade	
cultural,	que	variava	do	estágio	neolítico	de	povos	da	
América	do	Sul,	ao	estágio	de	complexidade	econô-
mica	e	social	de	povos	da	América	Central.
(					)	O	genocídio	referido	no	texto	incidiu,	preponderante-
mente,	sobre	as	populações	das	ilhas	do	Caribe,	visto	
que	as	 outras	 regiões	 foram	protegidas	 pelas	 bulas	
decretadas	pela	Igreja.
(					)	Os	 interesses	 comerciais	 presentes	 no	 tráfico	 de	
africanos	 escravizados	 entre	 os	 séculos	 XVI	 e	 XIX	
levaram	à	predominância	demográfica	e	cultural	das	
etnias	africanas	em	certas	áreas	do	Novo	Mundo,	em	
detrimento	da	influência	indígena	nesse	mesmo	perí-
odo.
(					)	O	 equilíbrio	 entre	 os	 padrões	 culturais	 europeus	 e	
afro-indígenas,	 no	 Novo	 Mundo,	 está	 associado	 à	
ação	catequética	e	pedagógica	de	ordens	religiosas,	
instituições	eclesiásticas	e	associações	missionárias	
que	atuaram	no	Período	Colonial.
(					)	A	baixa	fecundidade	dos	negros	e	mestiços,	na	Amé-
rica	Latina,	explica	o	aumento	do	contingente	popula-
cional	de	brancos	nesse	continente.
25.	Em	fins	da	Idade	Média,	no	decorrer	do	século	XV,	verificou-se	
na	Europa	ocidental	o	processo	de	esfacelamento	do	regime	
feudal	que	foi	gradualmente	substituído	por	Estados	dinásti-
cos	de	governo	absoluto.	Sob	essa	forma	de	governo:
A)	 A	fundação	de	impérios	coloniais	trouxe	grandes	rique-
zas,	dando	aos	monarcas	poder	para	armar	exércitos	
mercenários	e	substituir	as	obrigações	feudais	pelo	pa-
gamento	de	um	imposto	nacional	único.
B)	 A	expansão	dos	negócios	dos	mercadores,	banqueiros	
e	 manufatureiros	 levou-os	 a	 apoiarem	 os	 soberanos	
contra	a	classe	de	cavaleiros	que	prejudicava	o	desen-
volvimento	e	impedia	o	mercantilismo.
C)	 O	soberano	não	permitia	que	seus	ministros	encarce-
rassem,	sem	julgamento,	pessoas	suspeitas	de	desle-
aldade,	reunia	as	cortes	para	a	aprovação	de	seus	de-
cretos	e	dispensava	iguais	favores	a	todos	os	súditos.
D)	 Os	soberanos	reduziam	os	nobres	feudais	ao	nível	dos	
cortesões,	consideravam	seus	ministros	como	simples	
funcionários,	 fiscalizavam	pessoalmente	 todos	os	ne-
gócios	do	Estado	e	possuíam	exércitos	permanentes.
E)	 O	soberano,	esclarecido	pelos	filósofos	da	época,	go-
vernava	apoiando-se	no	povo	contra	o	clero,	aristocra-
tas,	industriais	e	grandes	e	pequenos	proprietários	de	
terras.
26.	Renascimento,	Expansão	Marítima	e	Comercial	Européia,	
Estado	Nacional,	Reforma	são	assuntos	que	necessaria-
mente	devem	ser	relacionados,	pois	o	processo	histórico	
que	envolve	a	Europa	Ocidental	na	época	é	globalizante	e	
os	fatos	se	interpenetram.”
 Lista de ExercíciosPágina6
A	afirmativa	acima	pode	ser	considerada
A)	 verdadeira	 –	 pois	 os	 fenômenos	históricos	da	época,	
para	a	região	assinalada,	não	podem	ser	tomados	em	
separado,	sob	pena	de	não	entendimento	do	processo	
histórico	do	Ocidente.
B)	 falsa	–	pois	o	Renascimento	foi	um	movimento	intelec-
tual,	 artístico,	 sem	nenhuma	 relação	com	o	processo	
da	evolução	comercial,	política	ou	religiosa	européia.
C)	 falsa	 –	 pois	 o	 Estado	Nacional	 teve	 seus	 fundamen-
tos	em	etapa	posterior,	principalmente	no	século	XVIII,	
com	a	Revolução	Francesa,	enquanto	os	demais	movi-
mentos	indicados	são	do	século	XVI.
D)	 verdadeira	–	se	entendermos	Renascimento	e	Expan-
são	Marítima	e	Comercial	Européia	como	um	só	fato,	o	
do	Renascimento	Comercial	no	Ocidente	Mediter-
râneo.
E)	 falsa	–	pois	o	movimento	comercial	europeu	estava	li-
gado	exclusivamente	ao	 fechamento	do	Mediterrâneo	
pelos	turcos,	em	nada	se	relacionando	com	o	Renasci-
mento	ou	a	Reforma,	que	são	de	fundo	religioso.
27. O	quadro	abaixo	apresenta	algumas	características	da	co-
lonização	da	América	pelos	 ingleses,	 espanhóis	 e	 portu-
gueses.
Os	números	I,	II	e	III	representam,	respectivamente,	a	co-
lonização:
A)	 portuguesa,	espanhola,	inglesa;
B)	 espanhola,	inglesa,	portuguesa;
C)	 inglesa,	espanhola,	portuguesa;
D)	 portuguesa,	inglesa,	espanhola;
E)	 inglesa,	portuguesa,	espanhola.
28.	“Criar	grandes	companhias,	obrigar	os	mercadores	a	par-
ticipar	delas,	conceder-lhes	grandes	privilégios”.	Assim	se	
expressava	o	Cardeal	Richelieu	em	1627,	revelando	nes-
tes	princípios	alguns	aspectos	das	concepções	econômi-
cas	 vigentes	 à	 época	 do	Mercantilismo.	 Posteriormente,	
estas	práticas	foram	contestadas	pelos	economistas	clás-
sicos	que/num	sentido	inverso	advogavam	a	necessidade:
A)	 de	diminuir	o	número	de	companhias	comerciais	e	de	
ampliar	as	corporações	de	ofício;
B)	 das	 relações	econômicas	serem	 regidas	pelos	princí-
pios	 da	 livre-empresa,	 livre-concorrência	 e	 livre-cam-
bismo;
C)	 de	estabelecer	barreiras	alfandegárias	contra	produtos	
de	outros	países;
D)	 do	Estado	 intervir	no	processo	econômico	no	sentido	
de	promover	a	produção	manufatureira;
E)	 de	promoção	dos	 investimentos	na	agricultura,	consi-
derada	como	a	atividade	mais	rentável	do	país.
29.	A	Europa,	no	século	XVI,	apresentou	 rápido	crescimento	
econômico	e	um	dos	traços	marcantes	da	economia	dessa	
época	foi:
A)	 A	 expansão	 do	 crédito,	 sobretudo	 a	 partir	 de	 1560,	
quando	os	grandes	banqueiros,	como	os	Fuggers	e	os	
Medicis,	passaram	a	atuar	mais	intensamente.
B)	 O	aumento	do	nível	geral	dos	preços	em	decorrência	
da	expansão	da	colonização	da	América.
C)	 O	 desenvolvimento	 do	 comércio	 das	 especiarias	 no	
Mediterrâneo,	após	a	abertura	da	rota	do	Cabo	da	Boa	
Esperança,	por	Vasco	da	Gama,	em	1498.
D)	 A	liberdade	de	comércio,	especialmente	depois	que	Es-
panha	e	Portugal	renunciaram	ao	monopólio	comercial	
exercido	pela	Casa	de	Contratacion	e	a	Casa	da	Índia,	
respectivamente.
E)	 A	concentração	dos	grandes	centros	de	produção	 in-
dustrial	 na	 Europa	 Ocidental,	 face	 à	 decadência	 da	
Hansa	como	organização	mercantil.
30.	Exploração	de	metais	preciosos	encontrados	na	América	
Portuguesa,	 no	 final	 do	 século	 XVII,	 trouxe	 importantes	
conseqüências	tanto	para	a	colônia	quanto	para	metrópo-
le.	Entre	elas	
A)	 o	 intervencionismo	 regulador	metropolitano	 na	 região	
das	Minas,	o	desaparecimento	da	produção	açucareira	
do	nordeste	e	a	instalação	do	Tribunal	da	Inquisição	na	
capitania
B)	 a	solução	temporária	de	problemas	financeiros	em	Por-
tugal,	alguma	articulção	entre	áreas	distintas	da	Colô-
nia	e	o	deslocamento	de	seu	eixo	administrativo	para	o	
centro-sul.
C)	 A	separação	e	autonomia	da	capitania	das	minas	Ge-
rais,	a	concessão	do	monopólio	da	extração	dos	metais	
aos	paulistas	e	a	proliferação	da	profissão	de	ourives.
D)	 A	proibição	do	ingresso	de	ordens	religiosas	em	Minas	
Gerais,	o	enriquecimento	generalizado	da	população	e	
o	êxito	no	controle	do	contrabando.
E)	 O	incentivo	da	Coroa	à	produção	das	artes,	o	afrouxa-
mento	do	sistema	de	arrecadação	de	impostos	e	a	im-
portação	dos	produtos	para	a	subsistência	diretamente	
da	metrópole	
INSTRUÇÕES: As questões de 31 a 33 referem-se ao 
texto abaixo. Leia todo o texto antes de resolver as ques-
tões. Ao responder, volte ao texto sempre que necessário.
“Os	primeiros	150	anos	da	presença	espanhola	nas	Amé-
ricas	foram	marcados	por	grandes	êxitos	econômicos	para	a	
Coroa	e	para	a	minoria	espanhola	que	participou	diretamente	
da	conquista	(...)	e	pela	articulação	de	vastas	regiões	em	torno	
de	pólos	dinâmicos,	cuja	principal	função	era	produzir	um	ex-
cedente	sob	a	forma	de	metais	preciosos,	o	qual	se	transferia	
para	a	Espanha	de	forma	quase	unilateral.
Os	segundos	150	anos	se	caracterizaram	pelo	declínio	da	
produção	mineira	(...)	e	pelo	enfraquecimento	dos	vínculos	en-
tre	as	regiões	cuja	 interdependência	se	reduziu.	Na	América	
Portuguesa	essas	duas	fases	se	apresentaram	de	certa	forma	
invertidas.	Nos	primeiros	150	anos	formou-se	uma	economia	
agrícola	de	exportação	constituída	de	unidades	isoladas,	vin-
culadasdiretamente	com	o	exterior	e	sem	qualquer	articulação	
com	outras	áreas	do	país,	exceto	o	interior	pecuário	que	surgiu	
como	dependência	da	economia	açucareira.	O	primeiro	terço	
da	segunda	fase	de	150	anos	foi	marcado	pela	depressão	eco-
nômica.	(...)	O	último	século	da	época	colonial	se	caracterizou	
pela	formação	do	pólo	produtor	de	ouro	e	diamantes,	ao	qual	
coube	o	duplo	papel	de	acelerar	o	povoamento	de	origem	eu-
ropéia	e	a	formação	de	um	mercado	articulador	das	distintas	
regiões	do	país.”
PáginaLista de Exercícios 7
INSTRUÇÕES: As questões apresentam uma afirmati-
va baseada no texto. Leia-as com atenção e responda: 
A)	 Se	a	afirmativa	é	uma	interpretação	inteiramente	com-
provada	pelo	texto.
B)	 Se	a	afirmativa	ultrapassa	o	que	é	apresentado	no	texto	
e	não	pode	ser	comprovada	por	ele.
C)	 Se	a	afirmativa	contradiz	o	que	é	apresentado	no	texto.
31.	A	 evolução	 econômica	 da	 América	 Portuguesa	 indicava	
condições	mais	favoráveis	à	preservação	de	sua	unidade	
territorial	do	que	a	da	América	Espanhola.	
32. Nos	primeiros	150	anos	da	presença	portuguesa	na	Améri-
ca,	as	atividades	econômicas	se	caracterizaram	pela	articu-
lação	das	diversas	regiões	em	função	do	mercado	interno.
33. Foi	 na	América	 Espanhola	 que	 primeiro	 se	 descobriram	
metais	preciosos,	o	que	acarretou	a	integração	da	referida	
área	durante	o	período	de	extração	dessa	riqueza.
34.	Assinale	a	alternativa	certa.
A	Revolução	Comercial	é	o	nome	dado	ao	conjunto	de	trans-
formações	ocorridas	na	Europa	nos	séculos	XV	e	XVI	e	que	
se	caracterizou	pelo	desenvolvimento	comercial,	cujo	des-
dobramento	levou	às	grandes	navegações	e	à	formação	dos	
impérios	coloniais.	Podemos	concluir,	portanto,	que:
A)	 A	Revolução	Comercial	foi	diretamente	responsável	pe-
las	grandes	navegações
B)	 A	Revolução	Comercial	foi	um	fenômeno	local	europeu,	
sem	resultados	significativos	fora	da	Europa
C)	 A	Revolução	Comercial	não	contribuiu	para	a	formação	
dos	impérios	coloniais	na	América,	na	África	e	na	Ásia
D)	 A	Revolução	Comercial	foi	responsável	pelo	caráter	ru-
ral	da	economia	européia	durante	a	Idade	Média
E)	 A	Revolução	Comercial	 não	provocou	a	 formação	de	
grandes	companhias	comerciais	monopolistas,	que	fo-
ram	conseqüência	da	Revolução	Industrial.
35. A	conquista	das	terras	americanas	pelos	espanhóis,	duran-
te	o	séc.	XVI,	possibilitou	a	ocupação	de	imensos	territó-
rios	que	se	estendiam	da	América	do	Norte	à	extremidade	
sul	 do	 continente.	 Dominando	 as	 populações	 indígenas,	
fundando	núcleos	urbanos,	os	conquistadores	estabelece-
ram	as	“haciendas”,	para	plantio	e	criação,	e	organizaram	
a	exploração	intensiva	das	minas.
No	mapa	ao	lado,	compreendendo	os	territórios	da	Améri-
ca	espanhola,	estão	indicadas	numericamente	cinco	das	
regiões	 mais	 importantes	 para	 o	 domínio	 espanhol,	 do	
ponto	de	vista	histórico-geográfico,	destacando-se	como	
seus	dois	verdadeiros	“pólos”,	na	verdade,	as	seguintes	
regiões:
1.	 A	 ilha	 de	 Cuba,	 dada	 sua	 posição	 estratégica	 nas	
rotas	dos	galeões	carregados	de	metais	preciosos	e	
também	como	área	exportadora;
2.	 A	Nova	Espanha	(México),	cujas	minas	de	ouro	e	de	
prata	 forneceram	 durante	 quase	 três	 séculos	 uma	
parte	considerável	do	“tesouro”	americano;
3.	 Buenos	Aires,	no	estuário	do	Rio	da	Prata,	importante	
centro	de	contrabando	de	mercadorias	vinda	do	Bra-
sil;
4.	 O	Peru,	fatalmente	associado	às	ricas	minas	do	Poto-
si,	de	valor	econômico	e	estratégico	inestimável;
5.	 O	Istmo	do	Panamá,	 ligando	o	Atlântico	ao	Pacífico,	
passagem	 obrigatória	 dos	 produtos	 que	 iam	 ou	 vi-
nham	entre	as	Filipinas	e	Sevilha.
Assinale:
A)	 Se	as	afirmativas	1	e	3	estiverem	certas.
B)	 Se	as	afirmativas	2	e	5	estiverem	certas.	
C)	 Se	as	afirmativas	2	e	4	estiverem	certas.
D)	 Se	as	afirmativas	3	e	4	estiverem	certas.
E)	 Se	as	afirmativas	1	e	5	estiverem	certas.
36. Aconteceu	num	debate,	num	país	europeu.	Da	assistên-
cia,	alguém	me	lançou	a	seguinte	pergunta:
—	Para	si	o	que	é	ser	africano?
Falava-se,	 inevitavelmante,	 de	 identidade	 versus	 globa-
lização.
Respondi	com	uma	pergunta:
—	E	para	si	o	que	é	ser	europeu?
O	homem	gaguejou.	Ele	não	sabia	responder.	Mas	o	inte-
ressante	é	que,	para	ele,	a	questão	da	definição	de	uma	
identidade	 se	 colocava	 naturalmente	 para	 os	 africanos.	
Nunca	 para	 os	 europeus.	 Ele	 nunca	 tinha	 colocado	 a	
questão	ao	espelho.
Mia	Couto.	In:	Leila	Leite	Hernandez.	A	África	na	sala	de	aula.	Visita	à	
história	contemporânea,	2005.
Segundo	o	texto,	o	autor
A)	 valoriza	a	ideia	de	que	existe	uma	identidade	natural	
entre	os	povos	europeus,	favorecendo	a	globalização.
B)	 denuncia	 a	 ideia	 genérica,	 presente	 entre	 os	 euro-
peus,	de	que	há	uma	suposta	identidade	natural	entre	
os	africanos.
C)	 lembra	o	 fato	de	que	a	Europa	 tem	uma	história	de	
tendência	à	globalização,	em	função	da	ausência	de	
conflitos	entre	seus	Estados-nação.
D)	 defende	a	existência	de	uma	essência	natural	do	que	
é	ser	europeu	e	do	que	é	ser	africano.
E)	 indica	os	valores	culturais	e	nacionais	europeus	e	afri-
canos	como	fundadores	do	processo	de	globalização
37. O	desenho	do	artista	uruguaio	Joaquín	Torres-García	tra-
balha	com	uma	representação	diferente	da	usual	da	Améri-
ca	Latina.	Em	artigo	publicado	em	1941,	em	que	apresenta	
a	imagem	e	trata	do	assunto,	Joaquín	afirma:
 Lista de ExercíciosPágina8
Quem	e	com	que	 interesse	dita	o	que	é	o	norte	e	o	sul?	
Defendo	a	chamada	Escola	do	Sul	porque,	na	realidade,	
nosso	norte	é	o	Sul.	Não	deve	haver	norte,	senão	em	opo-
sição	ao	nosso	sul.	Por	isso	colocamos	o	mapa	ao	revés,	
desde	já,	e	então	teremos	a	justa	ideia	de	nossa	posicão,	e	
não	como	querem	no	resto	do	mundo.	A	ponta	da	América	
assinala	insistentemente	o	sul,	nosso	norte.
TORRES-GARCÍA,	J.	Universalismo	constructivo.
Buenos	Aires:	Poseidón,	1941;	com	adaptações.
O	referido	autor,	no	texto	e	imagem	acima,	
A)	 privilegiou	a	visão	dos	colonizadores	da	América.
B)	 questionou	as	noções	eurocêntricas	sobre	o	mundo.
C)	 resgatou	a	imagem	da	América	como	centro	do	mundo.
D)	 defendeu	a	Doutrina	Monroe	expressa	no	lema	“Améri-
ca	para	os	americanos”.
E)	 propôs	que	o	sul	fosse	chamado	de	norte	e	vice-versa.
38.	“O	brilhante	século	XVI	viu	o	surgimento	do	Antigo	Sistema	
Colonial,	 das	Reformas	 religiosas,	de	Estados	Modernos	
já	francamente	consolidados,	de	uma	produção	artística	e	
intelectual	impressionante.
(...)	 Os	 sentidos	 eram	 então	 fundamentalmente	 diversos	
dos	nossos.	No	início	da	Época	Moderna,	a	audição	tinha	
importância	maior	do	que	a	visão,	o	que	parece	próprio	de	
uma	sociedade	 iletrada	e	muito	dependente	da	 transmis-
são	oral	de	conhecimento.	Os	monstros	povoavam	a	vida	
cotidiana	dos	europeus,	e	narrativas	de	viagens	reais	rela-
tavam	acontecimentos	 inverossímeis	e	descreviam	seres	
fantásticos.”
(SOUZA.	In:	FARIA	et	al.,	p.	38-9)
Com	base	na	análise	do	texto	e	nos	conhecimentos	a	ele	
relacionados,	pode-se	afirmar:
(__)	O	Antigo	Sistema	Colonial	baseava-se	numa	relação	
de	 igualdade	 entre	 Colônia	 e	 Metrópole,	 conhecida	
como	Pacto	Colonial.
(__)	O	surgimento	dos	Estados	Modernos	 contou	 com	o	
apoio	da	nobreza	feudal	e	da	burguesia	que,	em	tro-
ca,	receberam	do	rei	o	direito	de	cobrar	impostos.
(__)	 A	 “produção	 artística	 e	 intelectual	 impressionante”,	
mencionada	no	 texto,	ficou	conhecida	como	Renas-
cimento	e	representou	uma	mudança	de	mentalidade	
que	impregnou	o	dia-a-dia	dos	diversos	segmentos	da	
sociedade	europeia.
(__)	O	descompasso	entre	os	 interesses	capitalistas	e	a	
ética	 cristã	medieval,	 em	 relação	 ao	 acúmulo	 de	 ri-
quezas,	foi	um	dos	fatores	motivadores	da	Reforma.
(__)	 A	Reforma	Católica	rejeitou	antigos	métodos	repres-
sivos	utilizados	pela	Igreja,	como	o	Tribunal	do	Santo	
Ofício	e	a	pena	de	excomunhão.	
(__)	 As	viagens	ultramarinas	ocorreram	a	despeito	do	ima-
ginário	aterrador	europeu,	tornando	possível	a	forma-
ção	de	impérios	coloniais.
(__)	O	Brasil	 foi	 transformado	em	colônia	de	exploração,	
devido	 às	 possibilidades	 que	 a	 produçãoindígena	
oferecia	para	a	empresa	mercantil.
39.	Na	verdade,	o	que	Portugal	queria	para	sua	colônia	ameri-
cana	é	que	fosse	uma	simples	produtora	e	fornecedora	dos	
gêneros	úteis	ao	comércio	metropolitano	e	que	se	pudes-
sem	vender	com	grandes	lucros	nos	mercados	europeus.	
Este	 será	 o	 objetivo	 da	 política	 portuguesa	 até	 o	 fim	 da	
Era	Colonial.	 E	 tal	 objetivo	 ela	 o	 alcançaria	 plenamente,	
embora	mantivesse	o	Brasil,	para	isto,	sob	um	rigoroso	re-
gime	de	restrições	econômicas	e	opressão	administrativa;	
e	abafasse	a	maior	parte	das	possibilidades	do	país.”
Prado	Júnior,	C.	--	História	do	Brasil
Pela	leitura	do	texto	e	pelos	seus	conhecimentos	históricos	
e	geográficos,	é	possível	concluir	que	dentre	as	caracterís-
ticas	gerais	do	período	colonial	brasileiro	destaca-se:
(__)	 uma	 sociedade	 escravocrata	 que,	 apesar	 de	 estar	
estruturada	sobre	o	Pacto	Colonial,	possuía	livre	co-
mércio	com	os	holandeses	e	ingleses	devido	à	neces-
sidade	da	venda	do	açúcar	aqui	produzido.
(__)	 a	utilização	da	mão-de-obra	indígena	no	Brasil,	até	o	
governo	de	D.	João	VI,	e	a	sua	substituição,	no	perío-
do	joanino,	pela	mão-de-obra	do	escravo	negro.
(__)	 o	 trabalho	 dos	missionários	 jesuítas,	 que	 consegui-
ram	proteger	e	conservar	a	cultura	original	de	nossos	
primeiros	habitantes	-	chamados	de	índios.
(__)	 o	 surgimento	 de	 pequenas	 e	 médias	 propriedades,	
possibilitado	 pelos	 donatários	 das	 capitanias,	 para	
ocupar	nosso	extenso	litoral.
(__)	 a	montagem	da	produção	açucareira,	que	ocorreu	de	
acordo	com	o	sistema	de	“plantation”,	originando	uma	
sociedade	patriarcal	e	escravista.
(__)	 a	montagem	da	empresa	colonial	obedecia	aos	princí-
pios	do	mercantilismo	e,	nesse	sentido,	Lisboa	preo-
cupou-se	em	incentivar	na	Colônia	as	atividades	com-
plementares	à	economia	metropolitana.
40.	Das	várias	 instituições	que	contribuíram	para	a	formação	
e	o	desenvolvimento	do	Estado	e	da	própria	civilização	do	
Ocidente,	a	Igreja	se	destaca	como	bastante	influente.	So-
bre	a	formação	e	o	papel	do	Catolicismo,	podemos	afirmar:
(__)	 A	negação	dos	preceitos	e	crenças	judias	fez	do	Cris-
tianismo	uma	religião	completamente	ocidentalizada.
(__)	Os	primeiros	séculos	do	Cristianismo	foram	marcados	
por	 uma	 intensa	 perseguição	 por	 parte	 dos	 impera-
dores	de	Roma,	até	sua	aceitação,	no	século	IV,	e	a	
oficialização	como	religião	do	Estado.
(__)	O	movimento	das	Cruzadas,	além	de	objetivar	o	do-
mínio	 do	 corredor	Sírio-Palestino,	 empreendeu	 uma	
longa	guerra	pela	reconquista	da	Terra	Santa,	carac-
terizando	este	movimento	como	exclusivamente	reli-
gioso.
(__)	 As	Cruzadas	do	Ocidente	ou	Guerras	de	Reconquista	
não	contaram	com	o	apoio	da	Igreja,	pois	visavam	o	
enfraquecimento	dos	Bárbaros,	aliados	de	Roma.
(__)	 A	catequese	dos	índios	na	época	do	Brasil	Colônia	se	
deu	no	contexto	da	Contra-Reforma	destacando-se	os	
jesuítas	como	baluarte	da	Igreja	Católica,	que	reagia	
ao	avanço	da	Reforma	Protestante.
PáginaLista de Exercícios 9
41.	Sobre	o	trabalho	compulsório	na	América	Espanhola,	du-
rante	o	período	colonial,	é	possível	afirmar	que	o	mesmo
A)	 baseou-se	 na	 predominância	 da	 escravidão	 negra,	
como	aconteceu	no	Brasil.	A	importância	e	a	força	da	
Igreja	Católica	na	Espanha	contribuiu	para	que	a	escra-
vidão	indígena	fosse	proibida.
B)	 	 caracterizou-se	pela	 escravidão	 continuada	dos	 indí-
genas,	como	nas	culturas	 incas	e	astecas.	Nestas	ci-
vilizações	pré-agrárias	a	escravidão	era	o	sustentáculo	
da	economia.
C)	 apoiou-se	 em	 formas	 diversas	 de	 exploração	 do	 tra-
balho	 indígena	 e	 na	 escravidão	 negra.	 A	 Mita	 e	 a	
Encomienda	 foram	 as	 fórmulas	 encontradas	 para	 a	
utilização	do	trabalho	compulsório	de	comunidades	in-
dígenas.	No	Caribe	 e	 norte	 da	Colômbia	 foi	 utilizada	
ainda	a	escravidão	negra.
D)		restringiu-se	a	sistemas	particulares	de	coerção	como	
no	 caso	 da	 encomienda.	 Essa	 situação	 fez	 com	 que	
os	colonizadores	buscassem	formas	alternativas	para	
suprir	a	necessidade	de	mão-de-obra.
E)	manteve	 um	sistema	organizado	 e	 dirigido	 pelos	 pró-
prios	caciques	indígenas.
42.	Sobre	a	conquista	e	colonização	da	América,	pode-se	afir-
mar:
I.		 O	 conquistador	 nunca	 estava	 só,	 fazia	 parte	 de	 um	
grupo	sob	o	comando	de	um	líder	com	capacidade	de	
mobilizar	homens	e	recursos	para	guiá-los	até	a	vitória	
na	luta	contra	os	indígenas	da	América.
lI.		 O	caudilho	tinha	de	atender	ás	exigências	dos	seus	fi-
nanciadores,	e	satisfazer	as	expectativas	do	grupo	não	
menos	individualista	que	haviam	se	colocado	sob	seu	
comando.
III.		A	Igreja	garantia	a	sanção	moral	que	elevava	uma	ex-
pedição	de	pilhagem	ao	nível	de	cruzada,	enquanto	a	
aprovação	do	Estado	era	necessária	para	 legitimar	a	
aquisição	de	senhorio	de	terras.
IV.		Cabia	ao	rei,	na	qualidade	de	senhor	supremo	controlar	
a	distribuição	das	terras	conquistadas	ou	por	conquistar.
V.	 Cabia	à	Igreja	ministrar	a	justiça	a	partir	do	tribunal	da	
Santa	Inquisição	e	garantir	o	bom	governo	das	colônias.
 Estão	corretas	as	afirmações
A)	 I,	II,	apenas.	 	 D)		I,	II,	III	e	V,	apenas.
B)	 I,	II	e	III,	apenas.	 	 E)		I,	II,	III	e	IV,	apenas.
C)	 I,	II,	III,	IV	e	V.
43.	Considere	os	itens	abaixo
I.		 O	desenvolvimento	da	navegação	através	do	Oceano	
Atlântico	possibilitou	o	acesso	a	vastíssimas	regiões	do	
globo	até	então	desconhecidas	dos	europeus,	tornando	
o	comércio	uma	atividade,	de	escala	mundial.
lI.		 A	descoberta	das	jazidas	americanas	assegurou	o	aflu-
xo	das	grandes	quantidades	de	metais	preciosos,	solu-
cionando	o	problema	de	carência	monetária	europeia.
III.	A	 intensificação	 das	 trocas	 proporcionou	 enormes	 lu-
cros	 aos	 grupos	 mercantis,	 que	 puderam	 aumentar	
continuamente	seus	capitais,	reinvestindo-os	em	novos	
negócios.
 Os	itens	identificam:
A)	 o	conjunto	de	medidas	econômicas	criadas	e	pratica-
das	pelos	governos	europeus	entre	os	 séculos	XIII	 e	
XVI,	que	induziam	os	agentes	econômicos	a	procede-
rem	de	acordo	com	os	interesses	do	Estada,	conhecido	
como	mercantilismo.
B)	 o	processo	de	intensificação	da	produção	de	exceden-
tes	manufaturados	 para	 o	mercado	 internacional,	 du-
rante	os	séculos	XVII	e	XVIII,	dando	início	a	acumula-
ção	primitiva	 de	 capitais,	 conhecido	 como	Revolução	
Industrial.
C)	 o	conjunto	de	mudanças	que	se	operaram	na	econo-
mia	mundial	entre	os	século	XV	e	XVII,	consolidando	
de	 forma	definitiva	os	alicerces	do	mundo	capitalista,	
conhecido	como	Revolução	Comercial.	
D)	 o	conjunto	de	acontecimentos	que	ocorreram	na	Europa	
Ocidental	 durante	os	 séculos	XII	 e	XV,	promovendo	a	
desagregação	do	sistema	feudal	e	impulsionando	o	de-
senvolvimento	comercial	entre	o	Oriente	e	o	Ocidente,
E)	 as	condições	essenciais	desenvolvidas	pela	economia	
mundial	entre	os	séculos	XIV	e	XV,	que	possibilitaram	
de	forma	consolidada	a	formação	do	capitalismo	tecno-
lógico.
44. Os	textos	abaixo	referem-se	à	integração	do	índio	à	cha-
mada	civilização	brasileira.
I	-	“Mais	uma	vez,	nós,	os	povos	indígenas,	somos	vítimas	
de	um	pensamento	que	separa	e	que	tenta	nos	elimi-
nar	cultural,	social	e	até	fisicamente.	A	justificativa	é	a	
de	que	somos	apenas	250	mil	pessoas	e	o	Brasil	não	
pode	suportar	esse	ônus.(...)	É	preciso	congelar	essas	
ideias	colonizadoras,	porque	elas	são	irreais	e	hipócri-
tas	e	também	genocidas.(...)	Nós,	índios,	queremos	fa-
lar,	mas	queremos	ser	escutados	na	nossa	língua,	nos	
nossos	costumes.”
Marcos	Terena,	presidente	do	Comitê	Intertribal	Articulador	dos	Direitos	Indígenas	na	
ONU	e	fundador	das	Nações	Indígenas,	Folha	de	S.	Paulo,	31	de	agosto	de	1994.
II	-	“O	Brasil	não	terá	índios	no	final	do	século	XXI	(...)	E	
por	que	 isso?	Pela	 razão	muito	simples	que	consiste	
no	fato	de	o	índio	brasileiro	não	ser	distinto	das	demais	
comunidades	primitivas	que	existiram	no	mundo.	A	his-
tória	não	é	outra	coisa	senão	um	processo	civilizatório,	
que	conduz	o	homem,	por	conta	própria	ou	por	difusão	
da	cultura,	a	passar	do	paleolítico	ao	neolítico	e	do	ne-
olítico	a	um	estágio	civilizatório.”
HélioJaguaribe,	cientista	político,	Folha	de	S.	Paulo,	2	de	setembro	de	1994.
 Pode-se	afirmar,	segundo	os	textos	que
A)		tanto	Terena	quanto	Jaguaribe	propõem	ideias	inadequa-
das,	pois	o	primeiro	deseja	a	aculturação	feita	pela	“civili-
zação	branca”,	e	o	segundo,	o	confinamento	de	tribos.
B)		Terena	quer	transformar	o	Brasil	numa	terra	só	de	ín-
dios,	pois	pretende	mudar	até	mesmo	a	língua	do	país,	
enquanto	a	ideia	de	Jaguaribe	é	anticonstitucional,	pois	
fere	o	direito	à	identidade	cultural	dos	índios.
C)	Terena	compreende	que	a	melhor	solução	é	que	os	bran-
cos	aprendam	a	língua	tupi	para	entender	melhor	o	que	
dizem	os	índios.	Jaguaribe	é	de	opinião	que,	até	o	final	
do	século	XXI,	seja	feita	uma	limpeza	étnica	no	Brasil.
D)		Terena	 defende	 que	 a	 sociedade	 brasileira	 deve	 res-
peitar	a	cultura	dos	índios	e	Jaguaribe	acredita	na	ine-
vitabilidade	do	processo	de	aculturação	dos	índios	e	de	
sua	incorporação	à	sociedade	brasileira.
E)	Terena	propõe	que	a	integração	indígena	deve	ser	lenta,	
gradativa	e	progressiva,	e	Jaguaribe	propõe	que	essa	
integração	resulte	de	decisão	autônoma	das	comunida-
des	indígenas.
45.	Na	primeira	carta	disse	a	V.Rev.	a	grande	perseguição	que	
padecem	 os	 índios,	 pela	 cobiça	 dos	 portugueses	 em	 os	
cativarem...	O	modo	como	esses	índios	recebiam	os	por-
tugueses	era	ordinariamente	de	paz...	E	perguntando	eu	
 Lista de ExercíciosPágina10
a	um	dos	cabos	desta	entrada	como	se	haviam	com	eles	
me	respondeu	com	grande	desabafo	e	paz	de	alma:	a	es-
ses	davámos-lhe	 uma	 carga	 cerrada,	 caíam	uns,	 fugiam	
outros,	entrávamos	nas	aldeias	e	 tomávamos	aquilo	que	
havíamos	mister...	Todos	estes	latrocínios	e	homicídios	se	
toleram	em	um	 reino	 tão	 católico	 como	Portugal...	Estas	
são,	Padre	Provincial,	as	notícias	que	posso	dar	a	V.	Rev.	a	
desta	conquista	do	Maranhão	de	onde	faço	esta.”	(Antônio	
Vieira).
Considerando	 o	 texto	 10,	 Carta	 de	 Padre	Antônio	 Vieira	
ao	Padre	Provencial	dos	Jesuítas,	em	1635,	assinale	a	al-
ternativa	que	 interpreta,	historicamente,	os	 interesses	do	
Estado	português,	dos	colonos,	e	dos	padres	 jesuítas	na	
colonização.
 
A)	O	 Estado	 português	 queria	 fazer	 do	 índio	 um	 súdito,	
os	colonos	reduzi-los	ao	trabalho	escravo	e	os	jesuítas	
convertê-los	à	fé	cristã	e	utilizá-los	como	mão	de	obra.
B)	 O	 Estado	 português	 desejava	 o	 extermínio	 da	 raça	
para	que	os	colonos	pudessem		transferir	populações	
africanas	para	a	América	e	os	jesuítas	estimulavam	a	
escravidão	indígena.
C)		A	coroa	portuguesa	aliada	aos	franceses	iniciou	o	pro-
cesso	de	aculturação	e	desmantelamento	das	nações	
indígenas	para	facilitar	o	trabalho	dos	colonos.
D)	Os	jesuítas,	cumprindo	ordens	da	metrópole,	 isolaram	
os	índios	em	missões,	no	litoral,	facilitando	o	aprisiona-
mento	deles	pelos	colonos	para	quem	“o	índio	bom	era	
o	índio	morto”.
E)	 Os	 colonos	 utilizaram	 os	 jesuítas	 na	 escravidão	 dos	
gentios	e	o	Estado	português,	em	compensação,	dis-
tribuiu	sesmarias	somente	às	ordens	religiosas	que	ha-
viam	participado	da	conquista.
46.	Sobre	as	questões,	fundamentos	históricos,	contradições	e	
perspectivas	sociológicas	dos	sistemas	educacionais,	po-
de-se	afirmar
(__)	 a	educação	ao	longo	da	história	tem	sido	parâmetro	
para	a	segregação	social	e	econômica.	Em	pleno	sé-
culo	XXI	a	educação,	ainda,	não	é	um	direito	de	todos.
(__)	 os	 jesuítas	 tiveram	um	 importante	papel	na	constru-
ção	da	educação	brasileira.	Por	cerca	de	dois	séculos	
a	 educação	 católica-jesuítica	 marcou	 a	 história	 e	 a	
identidade	 do	Brasil.	Métodos	 educacionais	 jesuítas	
como	a	palmatória	foram	incorporados	nas	escolas	do	
Brasil.
(__)	 o	acesso	ao	ensino	superior	no	Brasil	relacionava-se	
a	critérios	de	cor/raça,	gênero	e	renda.	No	século	XIX,	
por	exemplo,	os	bancos	universitários,	praticamente,	
não	 tinham	negros,	mulheres	e	pobres.	No	entanto,	
este	quadro	passou	a	mudar	na	segunda	metade	do	
século	XX,	pois	o	acesso	ao	ensino	superior	passou	a	
se	democratizar.
(__)	 a	cultura	bacharelesca	marca	a	identidade	do	Brasil.	
Ainda	no	século	XXI	ocorre	uma	valorização	dos	pro-
fissionais	do	direito	e	da	medicina,	cursos	superiores	
que	formavam	as	elites	do	Brasil	desde	a	chegada	de	
Dom	João	VI.	Em	contrapartida,	os	cursos	de	licencia-
tura	são	vistos	com	maus	olhos	pela	sociedade,		pela	
mídia	e	pela		juventude	nacional.
(__)	 a	educação	é	um	importante	fator	para	o	salto	de	um	
país	nos	setores	econômicos	e	tecnológicos.	Países	
como	Japão	e	tigres	asiáticos	como	Coréia	do	Sul	e	
Tailândia,	 se	 destacam	 nas	 relações	 internacionais,	
graças	aos	 investimentos	educacionais	por	parte	do	
governo	e	ativa	participação	das	famílias	e	da	socie-
dade	no	processo	educacional	da	juventude.
(__)	 as	 cotas	 nas	 universidades,	 fazem	parte	 das	 ações	
afirmativas	de	 inclusão	social	e	racial	desenvolvidas	
no	Brasil	contemporâneo.	No	entanto,		a	implantação	
das	cotas	geram	polêmicas	em	diferentes	setores	do	
Brasil.	Para	alguns,	as	cotas	representam	democrati-
zação	e	reparação,	para	outros,	uma	forma	injusta	e	
preconceituosa	de	ingresso	nas	universidades.
47. Os	portugueses	foram	os	primeiros	europeus	a	lançarem-se	
no	 processo	 de	 expansão	 marítima,	 no	 século	 XV.	 Isto	
ocorreu	devido	a	 inúmeros	 fatores	de	ordem	interna,	 tais	
como:	 a	 precoce	 centralização	 política	 a	 uma	 burguesia	
forte	e	uma	certa	experiência	em	navegação.	Em	relação	a	
outros	fatores	que	favoreceram	a	expansão	marítima	por-
tuguesa,	podemos	citar:	
A)	 a	 necessidade	 de	 descobrir	 novas	 jazidas	 de	metais	
preciosos	 para	 cunhagem	 de	moedas	 e	 o	 desejo	 de	
chegar	às	Índias	para	monopolizar	o	comércio	de	espe-
ciarias;
B)	 a	 necessidade	 de	 descobrir	 novas	 jazidas	 de	metais	
preciosos	 para	 cunhagem	 de	 moedas	 e	 a	 feitura	 de	
uma	aliança	com	a	Espanha,	visando	uma	ação	con-
junta	em	relação	ao	descobrimento	da	América;
C)	 a	 necessidade	 de	 descobrir	 novas	 jazidas	 de	metais	
preciosos	para	a	cunhagem	de	moedas	e	o	desejo	de	
fundar	novas	cidades	na	costa	africana,	levando-lhes	o	
desenvolvimento	técnico	dos	europeus;
D)	 a	necessidade	de	expandir	a	fé	católica,	bem	como	a	
necessidade	 de	 se	 chegar	 às	 Índias	 viajando	 para	 o	
Ocidente,	a	fim	de	divulgar	os	novos	preceitos	do	Cal-
vinismo;
E)	 a	 necessidade	 de	 descobrir	 novas	 jazidas	 de	metais	
preciosos	para	cunhagem	de	moedas	e	o	objetivo	de	
chegar	às	Índias	para	desenvolver	a	cultura	de	ambos	
países.
48.	Portugal	no	contexto	dos	Grandes	Descobrimentos	apre-
sentava	elementos	medievais	e	modernos	que	conduziram	
a	um	tipo	peculiar	de	colonização.	No	Brasil,	heranças	por-
tuguesas	mesclaram-se	àquelas	provenientes	da	presença	
indígena	 e	 africana,	 conduzindo	 a	 um	 tipo	 específico	 de	
formação	social.	Baseando-se	nessas	considerações,	as-
sinale	a	alternativa	correta	de	acordo	com	as	afirmativas	
abaixo:	
I.	 No	imaginário	português,	o	mar	apresentava-se	como	a	
morada	de	seres	lendários	e	míticos;	condição	de	pur-
gatório	ou	paraíso	para	aqueles	que	o	atravessavam.	
Paralelamente,	 a	 nação	 portuguesa	 apresentava-se	
como	o	símbolo	da	possibilidade	de	dominar	o	mar,	ao	
criar	um	grande	 império	comercial	e	sacralizá-lo	atra-
vés	da	disseminação	do	Cristianismo.
II.	 A	expansão	colonial	reforçou	a	velha	prática	medieval	
em	Portugal	de	distribuição	de	privilégios	para	a	nobre-
za,	fortalecendo	seu	parasitismo.	No	Brasil,	tal	prática	
realizava-	se	pela	distribuição	de	cargos	político-buro-
cráticos,	além	de	sesmarias,	gerando	as	bases	para	a	
constituição	de	uma	elite	colonial.
III.	 A	ordem	jurídica	da	sociedade	portuguesa	era	a	esta-
mental,	classificando	os	indivíduos	entre	nobreza,	clero	
e	povo.	No	Brasil,	não	havia	diversificação	na	hierar-
quia	social.	O	único	critério	de	divisão	social	baseava-se	
no	estatuto	jurídico:	homens	livres	X	cativos.
A)	 Todas	estão	corretas.
B)	 Somente	I	e	II	estão	corretas.
C)	 Somente	II	e	III	estão	corretas.
D)	 Somente	I	e	III	estão	corretas.
E)	 Todas	estão	erradas.
PáginaLista de Exercícios 11
49.“Guaixará”.	
Esta	virtude	estrangeira
me	irrita	sobremaneira.
Quem	a	teria	trazido,
com	os	seus	hábitos	polidos
estragando	a	terra	inteira?
(...)
Quem	é	forte	como	eu?
Como	eu,	conceituado?
Sou	diabo	bem	assado,
a	fama	me	precedeu:
Guaixará	sou	chamado
(...)
Que	bom	costume	é	bailar!
Adornar-se,	andar	pintado,
tingir	pernas,	empenado
fumar	e	curandeirar,
andar	de	negro	pintado.
(...)
Para isso
com	os	índios	convivi.
Vêm	os	tais	padres	agora
com	regras	fora	de	hora
para	que	duvidem	de	mim.
Lei	de	Deus	que	não	vigora.”
ANCHIETA,	José	de.	“Auto	de	São	Lourenço”	In:	Teatro	de	Anchieta.	São	
Paulo,	Loyola,	pp.61-62.
A	 leitura	de	Anchieta	nos	permite	afirmar	que	a	ação	da	
Companhia	de	Jesus	no	processo	da	colonização	do	Brasil	
foi	marcada	pela(o):
A)	 completa	aceitação	das	práticas	culturais	 indígenas	e	
pela	 sua	 incondicional	 defesa	diante	da	Coroa	portu-
guesa;
B)	 intolerância	radical	com	relação	às	comunidades	indí-
genas	 e	 pela	 defesa	 da	 escravização	 indiscriminada	
destas	comunidades;
C)	 aceitação	da	cultura	indígena	e	afirmação	dos	seus	va-
lores	em	detrimento	das	bases	culturais	do	catolicismo	
ocidental;
D)	 mecanismo	 de	 apropriação	 da	 cultura	 indígena,	 utili-
zando	seus	elementos	como	 forma	de	empreender	a	
catequese	dos	nativos	sob	os	moldes	católicos;
E)	 indiferentismo	em	 relação	 à	 cultura	 indígena,	 por	 ser	
considerada	demoníaca	e	irrecuperável,	mesmo	diante	
dos	ensinamentos	cristãos.
50.	O	processo	de	colonização	portuguesa	sobre	o	Brasil	tem	
como	um	de	seus	pressupostos	básicos	a	manutenção	do	
PACTO	COLONIAL,	que	regula	as	relações	entre	Colônia	
e	Metrópole.	Este	pacto	pode	ser	definido	como	um:	
A)	 acordo	celebrado	entre	os	portugueses	recém	chega-
dos	ao	Brasil	e	os	nativos,	com	o	objetivo	de	viabilizar	a	
exploração	de	pau-brasil	e	a	utilização	da	mão-de-obra	
indígena	para	a	realização	desse	trabalho;
B)	 acordo	feito	entre	os	proprietários	de	terras	na	colônia,	
os	 Governadores	 Gerais	 e	 o	 rei	 de	 Portugal,	 com	 o	
objetivo	de	evitar	a	concorrência	econômica	entre	me-
trópole	e	colônia,	definindo-se	os	bens	que	cada	parte	
produziria;
C)	 instrumento	 de	 dominação	 e	 de	 imposição	 religiosa,	
muito	utilizada	pelos	jesuítas	em	sua	missão	de	evan-
gelização	e	de	conversão	dos	indígenas	ao	catolicismo,	
o	que	veio	a	facilitar	a	criação	das	Reduções,	como	a	
de	São	Miguel	Arcanjo,	no	Rio	Grande	do	Sul;
D)	 instrumento	de	dominação	política	e	econômica	exerci-
da	pela	metrópole,	que	se	caracterizava	pelo	monopó-
lio	do	comércio	colonial	e	pela	complementaridade	da	
produção	colonial	em	relação	à	metrópole,	sendo	proi-
bida	a	criação	de	manufaturas	na	região	colonizada;
E)	 acordo	celebrado	entre	Portugal,	Espanha	e	suas	res-
pectivas	colônias,	a	fim	de	se	evitarem	os	conflitos	ter-
ritoriais	e	de	se	garantir	uma	maior	produtividade	das	
regiões	 exploradas,	 evitando-se	 a	 concorrência	 entre	
elas,	que	deveriam	produzir	bens	complementares	en-
tre	si.
51.	“Até	agora	não	pudemos	saber	se	há	ouro	ou	prata	nela,	ou	
outra	coisa	de	metal	ou	ferro;	nem	lha	vimos”.	Contudo	a	ter-
ra	em	si	é	de	muito	bons	ares	frescos	e	temperados	como	os	
de	Entre-Douro	e	Minho,	porque	neste	tempo	dagora	assim	
os	achávamos	como	os	de	lá.	(As)	águas	são	muitas;	infini-
tas.	Em	tal	maneira	é	graciosa	que,	querendo-a	aproveitar,	
dar-se-á	nela	tudo;	por	causa	das	águas	que	tem!
Contudo,	o	melhor	 fruto	que	dela	se	pode	tirar	parece-me	
que	será	salvar	esta	gente.	E	esta	deve	ser	a	principal	se-
mente	que	Vossa	Alteza	em	ela	deve	lançar.	E	que	não	hou-
vesse	mais	do	que	ter	Vossa	Alteza	aqui	esta	pousada	para	
essa	navegação	de	Calicute	 (isso)	bastava.	Quanto	mais,	
disposição	para	se	nela	cumprir	e	fazer	o	que	Vossa	Alteza	
tanto	deseja,	a	saber,	acrescentamento	da	nossa	fé!”
CAMINHA,	Pero	Vaz.	Carta	de	Pero	Vaz	de	Caminha	ao	Rei	de	Portugal,	
em	1º/5/1500.
Seguindo	a	evidente	preocupação	de	descrever	ao	Rei	de	
Portugal	tudo	o	que	fora	observado	durante	a	curta	esta-
dia	na	terra	denominada	de	Vera	Cruz,	o	escrivão	da	frota	
cabralina	menciona,	na	citada	carta,	possibilidades	ofereci-
das	pela	terra	recém-conhecida	aos	portugueses.
Dentre	essas	possibilidades	estão:	
A)	 a	extração	de	metais	e	pedras	preciosas	no	interior	do	
território,	área	não	explorada	então	pelos	portugueses;
B)	 a	 pesca	 e	 a	 caça	 pela	 qualidade	 das	 águas	 e	 terras	
onde	aportaram	os	navios	portugueses;
C)	 a	extração	de	pau-brasil	e	a	pecuária,	de	grande	valor	
econômico	naquela	virada	de	século;
D)	 a	conversão	dos	indígenas	ao	catolicismo	e	a	utilização	
da	nova	terra	como	escala	nas	viagens	ao	Oriente;
E)	 a	conquista	de	Calicute	a	partir	das	terras	brasileiras	e	
a	cura	de	doenças	pelos	bons	ares	aqui	encontrados.
52.	Durante	o	chamado	Período	Pré-colonizador,	a	ocupação	
portuguesa,	a	atividade	econômica	básica	e	a	mão	de	obra	
nela	empregada	ficaram	caracterizadas,	 respectivamente	
pelas:	
A)	 feitorias,	exploração	do	pau-brasil	e	a	mão	de	obra	in-
dígena;
B)	 capitanias	 hereditárias,	 cultivo	 da	 cana-de-açúcar	 e	
pelo	índio	sob	regime	de	escravidão;
C)	 feitorias,	exploração	do	pau-brasil	e	mão	de	obra	escra-
va;
D)	 capitanias	hereditárias,	exploração	do	pau-brasil	e	mão	
de	obra	indígena	submetida	à	orientação	dos	jesuítas;
E)	 feitorias,	cultivo	da	cana-de-açúcar	e	pelo	indígena	pa-
cificado.
53. ”Coloquemo-nos	 naquela	 Europa	 anterior	 ao	 século	 XVI	
isolada	dos	trópicos,	só	indireta	e	longinquamente	acessí-
veis	e	imaginemo-la,	como	de	fato	estava,	privada	quase	
inteiramente	de	produtos	que	se	hoje,	pela	sua	banalidade,	
parecem	secundários,	eram	então	prezados	como	requin-
tes	de	luxo.	Tome-se	o	caso	do	açúcar,	que	embora	se	cul-
 Lista de ExercíciosPágina12
tivasse	em	pequena	escala	na	Sicília	era	artigo	de	grande	
raridade	e	muita	procura;	até	nos	enxovais	de	rainhas	ele	
chegou	a	figurar	como	dote	precioso	e	altamente	prezado.”
PRADO,	Jr.	Caio.	Formação	do	Brasil	 contemporâneo.	São	Paulo:	Brasi-
liense.	1961.
A	colonização	do	Brasil,	a	partir	do	século	XVI,	permitiu	à	Co-
roa	Portuguesa	usufruir	das	vantagens	trazidas	pelas	rique-
zas	tropicais.	Caracterizam	a	economia	colonial	brasileira:	
A)	 o	monopólio	comercial,	a	monocultura	de	exportação,	o	
trabalho	escravo	e	o	predomínio	das	grandes	proprie-
dades	rurais;
B)	 o	livre	comércio,	a	indústria	do	vestuário,	o	trabalho	li-
vre	e	o	predomínio	das	pequenas	propriedades	rurais;
C)	 o	liberalismo	econômico,	o	trabalho	assalariado,	a	mo-
nocultura	canavieira	e	o	predomínio	das	grandes	pro-
priedades	rurais;
D)	 o	exclusivo	colonial,	o	trabalho	escravo,	a	exportação	
de	ferro	e	aço	e	o	predomínio	das	pequenas	proprieda-
des	rurais;
E)	 o	monopólio	comercial,	o	trabalho	assalariado,	a	produ-
ção	para	o	mercado	interno	e	o	predomínio	das	gran-
des	propriedades	rurais.
54.	A	 divisão	 do	 Brasil	 em	 capitanias	 hereditárias	 não	 seria	
apenas	 a	 primeira	 tentativa	 oficial	 de	 colonização	 portu-
guesa	 na	América,	mas	 também	a	 primeira	 vez	 que	 eu-
ropeus	transportaram	um	modelo	civilizatório	para	o	Novo	
Mundo.	A	esse	respeito	é	correto	afirmar	que:	
A)	 o	modelo	implantado	era	totalmente	desconhecido	dos	
portugueses	e	cada	donatária	 tinha	 reduzidas	dimen-
sões.
B)	 representava	uma	experiência	feudal	em	terras	ameri-
canas,	sem	nenhum	componente	econômico	mercanti-
lista.
C)	 atraiu	sobretudo	a	alta	nobreza	pelas	possibilidades	de	
lucros	rápidos.
D)	 a	coroa	com	sérias	dívidas	transferia,	para	os	particula-
res,	as	despesas	da	colonização,	temendo	perder	a	co-
lônia	para	os	estrangeiros	que	ameaçavam	nosso	litoral.
E)	 o	sistema	de	capitanias	fracassou	e	não	deixou	como	
consequências	a	questão	fundiária	e	a	estrutura	social	
excludente.
55. 	Ao	longo	do	século	XIX,	uma	das	discussões	mais	impor-
tantes	foi	sobre	a	composição	racial	do	povo	brasileiro.	Vi-
sitantes	estrangeiros	e	boa	parte	da	elite	nacional	viam	na	
elevada	dose	de	 “sangue”	 não-branco	 em	nosso	povo	o	
grande	problema	do	Brasil.	Ainda	nas	primeiras	décadas	
do	século	XX,	para	muitos,a	salvação	viria	pelo	“embran-
quecimento”	através	de	práticas	eugênicas	e	da	imigração	
européia.	Isso	nos	redimiria	do	pecado	da	mistura.	
(CASTRO,	2006,	p.	98).	
A	análise	do	texto	e	os	conhecimentos	relativos	à	discus-
são	atual	sobre	as	relações	étnicas	na	sociedade	brasileira	
permitem	afirmar:
(__)	 A	“elevada	dose	de	‘sangue’	não-branco”,	menciona-
da	 no	 texto,	 influía	 pouco	 nas	 hierarquias	 sociais	 e	
nos	critérios	de	participação	política	do	Brasil	no	Perí-
odo	Monárquico.
(__)	 A	 cordialidade	 que	 marcou	 a	 convivência	 cotidiana	
entre	 senhores	 e	 escravos	 domésticos	 ao	 longo	 da	
história	 da	 escravidão	 no	Brasil,	 explica	 a	 ausência	
de	preconceito,	racismo	e	outros	conflitos	entre	esses	
segmentos	da	sociedade,	no	Período	Colonial.
(__)	 A	mestiçagem	entre	negros,	brancos	e	 índios	 regis-
trada	na	História	do	Brasil	gerou	uma	sociedade	inte-
grada,	harmônica,	na	qual	as	diferenças	de	cor	estão	
diluídas,	a	ponto	de	não	interferirem	nas	relações	so-
ciais.
(__)	 A	crença	sobre	a	existência	de	uma	“democracia	ra-
cial”,	na	qual	 índios,	brancos,	negros	e	mestiços	al-
cançam	 iguais	 oportunidades	 de	 realização	 social,	
tem	contribuído	para	desviar	a	atenção	da	sociedade	
das	práticas	de	preconceito	e	de	discriminação	exis-
tentes	no	Brasil.
(__)	 A	 busca	 do	 “embranquecimento”	 pelos	 segmentos	
negros	ou	mestiços	 relaciona-se	diretamente	com	a	
pobreza,	com	a	exclusão	e	com	o	preconceito	enfren-
tados	por	eles	no	mercado	de	trabalho,	na	educação	
e	na	ocupação	dos	espaços	sociais.
(__)	 As	desigualdades	sociais	resultantes	de	fatores	eco-
nômicos,	habitacionais	e	educacionais,	dentre	outros,	
aprofundam	as	diferenças	étnicas	e	dificultam	a	toma-
da	de	consciência	e	de	cidadania	por	parte	de	gran-
des	contingentes	da	população	afro	descendente	no	
Brasil.
56. Com	base	 na	 análise	 dos	 gráficos	 e	 nos	 conhecimentos	
sobre	as	regiões	brasileiras,	pode-se	afirmar:
(__)	 A	 ocupação	da	Região	Sul	 se	 deu	 com	a	 presença	
de	 colonos	europeus,	 principalmente	alemães	e	 ita-
lianos,	que,	inicialmente,	enfrentaram	dificuldades	de	
adaptação	e	exerceram	atividades	econômicas	dife-
renciadas	das	demais	regiões,	o	que	concorreu	para	
a	existência	de	paisagens	culturais	diversas.
(__)	 A	predominância	de	mães	de	origem	genética	ame-
ríndia	na	Região	Norte	tem	raízes	históricas	no	Perío-
do	Colonial,	quando	um	pequeno	número	de	homens	
brancos	gerou	filhos	em	grande	número	de	mulheres	
índias.
(__)	O	percentual	de	pais	de	origem	genética	europeia,	na	
Região	Sul,	 excluiu	 a	 possibilidade	 de	 formação	 de	
setores	mestiços	na	sociedade	regional,	visto	que	sua	
preferência	 por	 mulheres	 brancas	 impediu	 o	 cruza-
mento	interétnico.
(__)	 As	 colunas	 indicadoras	 da	 origem	 étnica	 das	mães	
nas	 regiões	 Nordeste	 e	 Sudeste	 mostram	 a	 predo-
minância	afro	descendente	na	população	da	Região	
Nordeste	 e	 o	 relativo	 equilíbrio	 entre	 mestiços	 afro	
descendentes	e	ameríndios	no	Sudeste.
(__)	 A	distribuição	étnica	do	país	registra	a	concentração	
diferenciada	de	afro	descendentes,	índios	e	brancos	
nas	diversas	regiões,	apesar	da	predominância	gené-
tica	de	pais	europeus	na	formação	do	povo	brasileiro.
(__)	 A	presença	marcante	de	japoneses	e	coreanos	em	to-
das	as	regiões	remete	à	sua	influência	na	composição	
genética	do	povo	brasileiro	desde	o	século	XVI,	espe-
cificamente	nas	antigas	áreas	produtoras	de	gêneros	
agrícolas.
(__)	 A	diversidade	étnica	e	cultural	registrada	atualmente	
na	totalidade	do	povo	brasileiro	é	o	resultado	da	mes-
tiçagem	entre	europeus	ao	longo	de	cinco	séculos.
57. Sobre	os	primeiros	50	anos	de	ocupação	do	Brasil,	pode-
mos	afirmar	que:
PáginaLista de Exercícios 13
I.		 Foi	um	período	marcado	pela	exploração	do	pau-brasil,	
exploração	 essa	 realizada	 principalmente	 a	 partir	 do	
escambo	com	os	indígenas.
II.	 Não	 havia	 um	 projeto	 sistemático	 de	 colonização	 por	
parte	de	Portugal,	já	que	o	comércio	com	as	Índias	era	
mais	 atraente.	Nesse	primeiro	 período,	Portugal	 bus-
ca	ocupar	o	território	por	meio	da	cessão	de	capitanias	
hereditárias.
III.	 Em	 1549,	 com	 o	 estabelecimento	 do	Governo-Geral,	
Portugal	busca	um	controle	maior	e	mais	efetivo	daque-
la	que	já	havia	se	tornado	sua	colônia	mais	promissora,	
já	que	os	negócios	orientais	começavam	a	declinar.
A)	apenas	I	e	II	estão	coretas																												
B)	apenas	I	e	III	estão	corretas																									
C)	I,	II	e	III	estão	corretas.
D)	apenas	III	está	correta
E)	apenas	II	está	correta
58. “A	crueldade	e	impunidade	dos	participantes	das	entradas	
contra	os	indígenas	foi	denunciada	pelo	Pe.	Antônio	Vieira.	
...	e	assim	fala	toda	esta	gente	nos	tiros	que	deram;	nos	
que	fugiram...	nos	que	mataram,	como	se	falassem	de	uma	
caçada	e	não	valessem	mais	as	vidas	dos	índios	que	a	dos	
animais.”
Carta	do	Pe.	Antônio	Vieira,	1653,	Maranhão,	destinada	ao	Padre	Provincial.	In:
Coletânea	de	Documentos	Históricos	para	o	1º	Grau	-	5ª	à	8ª	séries.	SE/CENP	1979,	
p.25.
Considerando	este	depoimento	é	correto	afirmar	que:
A)		as	 aldeias	 indígenas	 consolidavam	 a	 solidariedade	
existente	as	tribos.
B)		a	população	indígena,	sobretudo	no	interior,	sofreu	um	
verdadeiro	extermínio,	vítima	da	escravidão.
C)		o	bandeirismo	contribuiu	para	o	crescimento	das	vilas	
indígenas	no	atual	território	de	São	Paulo.
D)		a	 caça	 ao	 elemento	 indígena	 pelos	 bandeirantes	 foi	
condenada	pelos	senhores	de	terras.
E)		a	colonização	indígena	sofreu	uma	significativa	queda	
com	o	início	das	Missões	dos	Jesuítas.
59.		Leia	estes	trechos	de	documentos	relacionados	ao	Brasil	
Colonial,	atentando	para	os	processos	históricos	a	que	se	
referem:
I...	A	grande	constância	de	outros,	desprezando	as	 incle-
mências	do	tempo,	desatendendo	ao	trabalho	das	mar-
chas,	vencendo	os	descômodos	da	vida,	e	perdendo	o	
temor	aos	assaltos,	 continuavam	a	cortar	bosques,	a	
abrir	caminhos,	a	penetrar	sertões,	a	combater	com	o	
gentio	bárbaro,	fazendo	a	muitos	e	algumas	mulheres	
prisioneiros...
II.	 	 ...	Quem	vir	 na	escuridão	da	noite	 aquelas	 fornalhas	
tremendas,	perpetuamente	ardentes;	as	labaredas	que	
estão	saindo	a	borbotões	de	cada	uma	pelas	duas	bo-
cas,	ou	ventas,	por	onde	respiram	o	incêndio;	os	etío-
pes,	ou	cíclopes,	banhados	em	suor	tão	negros	como	
robustos	que	subministram	a	grossa	e	dura	matéria	ao	
fogo	(...)	não	poderá	duvidar,	ainda	que	tenha	visto	Et-
nas	e	Vesúvios,	que	é	uma	semelhança	de	inferno.
III.	Ali	ignora-se	o	uso	da	verruma,	o	método	de	conhecer	
o	interior	e	as	diversas	camadas	de	terras:	as	ciências	
naturais,	a	mineralogia,	a	química,	o	conhecimento	da	
mecânica,	das	 leis	do	movimento	e	da	gravidade	dos	
corpos,	 tudo	 está	 ali	 muito	 na	 sua	 infância;	 das	má-
quinas	hidráulicas	apenas	se	conhece	ainda	muito	im-
perfeita,	a	que,	pela	sua	figura	e	construção,	chamam	
rosário...
IV.	...o	conde	enriqueceu	e	ornou	com	edifícios	vilas	e	ci-
dades.	Construiu	pontes	e	palácios	para	utilidade	e	be-
leza.	Erigiu,	em	parte	por	sua	munificência,	um	templo	
para	a	piedade	e	para	o	serviço	divino.	Teve	consigo	e	
favoreceu,	na	paz	e	na	guerra,	os	mais	eminentes	artis-
tas	(...)	para	que	eles	mostrassem,	vencidos,	(...)	os	lu-
gares,	as	terras	e	as	cidades	que	ele	próprio	vencesse.
Os	trechos	I,	II,	III	e	IV	fazem	referência,	respectivamente,
A)		à	ação	dos	quilombolas,	aos	motins	coloniais,	às	ativi-
dades	agrícolas	indígenas	e	à	construção	da	cidade	de	
Salvador;
B)		à	pecuária,	ao	batuque	dos	negros,	à	arte	naval	portu-
guesa	e	à	transferência	da	Corte	portuguesa	para	o	Rio	
de	Janeiro;
C)		ao	bandeirantismo,	aos	engenhos	de	açúcar,	às	técni-
cas	de	mineração	e	à	presença	holandesa	no	nordeste	
açucareiro;
D)		ao	tráfico	negreiro,	aos	rituais	indígenas,	às	moendas	
de	açúcar	e	à	urbanização	das	vilas	das	Minas	Gerais.
60.	Leia	as	estrofes	do	poema	“A	canção	do	africano”.
“Lá	na	úmida	senzala,
Sentado	na	estreita	sala,
Junto	ao	braseiro,	no	chão,
Entoa	o	escravo	o	seu	canto,
E	ao	cantar	correm-lhe	em	pranto
Saudades	do	seutorrão...
De	uma	lado,	uma	negra	escrava
Os	olhos	no	filho	crava,
Que	tem	no	colo	a	embalar...
E	à	meia	voz	lá	responde
Ao	canto,	e	o	filhinho	esconde,
Talvez	p’ra	não	a	escutar!
´Minha	terra	é	lá	bem	longe,
Das	barras	de	onde	o	sol	vem;
Esta	terra	é	mais	bonita,
Mas	à	outra	eu	quero	bem!
´Lá	todos	vivem	felizes,
Todos	dançam	no	terreiro;
A	gente	lá	não	se	vende
Como	aqui,	só	por	dinheiro.
O	escravo	então	foi	deitar-se,
Pois	tinha	de	levantar-se
Bem	antes	do	sol	nascer,
E	se	tardasse	coitado,
Teria	de	ser	surrado,
Pois	bastava	escravo	ser.
E	a	cativa	desgraçada
Deita	seu	filho,	calada,
E	põe-se	triste	a	beijá-lo,
Talvez	temendo	que	o	dono
Não	viesse,	em	meio	ao	sono,
De	seus	braços	arrancá-lo!”
ALVES	Castro,	Recife,	1863.	In:	GOMES,	Eugênio	(org.)	Castro	Alves:	obra	completa.	
Rio	de	Janeiro:	Nova	Aguilar,	1976.
As	 estrofes	 espelham	 a	 situação	 do	 africano,	 escraviza-
do	e	exposto	a	uma	nova	realidade	e	condições	de	vida,	
diferentes	daquelas	a	que	estava	habituado,	restando-lhe	
poucas	opções.
Tendo	 como	base	 de	 referência	 esse	 poema,	 analise	 as	
seguintes	afirmações:
 Lista de ExercíciosPágina14
I.		 A	 opção	 pela	 escravidão	 do	 africano	 deveu-se,	 prin-
cipalmente,	à	possibilidade	de	ampliação	do	 lucrativo	
comércio	que	se	estabeleceu	entre	a	Colônia	brasileira	
e	a	burguesia	metropolitana	portuguesa.
II.		 Os	africanos	vinham	para	o	Brasil	em	navios	negreiros.	
Por	se	tratar	de	uma	carga	 lucrativa,	os	traficantes	ti-
nham	o	maior	cuidado	em	transportá-los	,	tomando	me-
didas	cautelares,	no	que	dizia	 respeito	à	alimentação	
e	a	higiene	a	fim	de	evitar	a	proliferação	de	doenças	
dentro	das	embarcações.
III.		A	ordem	geral	imposta	pelo	proprietário	era	a	obediên-
cia	do	escravo	e,	caso	não	fosse	cumprida,	ele	era	sub-
metido	a	castigos	corporais	cruéis.	A	principal	 reação	
dos	escravos	era	fugir	em	busca	de	liberdade	e	para	se	
defenderem	 da	 perseguição	 formavam	 comunidades	
chamadas	quilombos.
Está	(ão)	correta(s)	apenas:
A)	I	E	III								 	 	 D)	II
B)	II	E	III		 	 	 E)	I
C)	III							
 
61.	Leia	este	trecho:	
De	acordo	com	um	documento	de	1781,	era	a	Capitania	
de	Minas	Gerais	povoada	“de	mineiros,	negociantes	e	ofi-
ciais	de	diferentes	ofícios”.	Os	mineiros	eram	os	que	da-
vam	maior	lucro	à	Coroa,	em	razão	dos	quintos,	mas	eram	
os	“mais	pensionados,	pelas	grandes	despesas	que	fazem	
em	 escravos,	 ferro,	 aço,	 pólvora	 e	madeiras,	 tudo	 indis-
pensável	para	a	laboração	de	suas	feitorias”.	Os	roceiros	
e	fazendeiros	ocupavam-se	das	suas	culturas	e	da	criação	
de	gado,	pagando	dízimo	de	sua	produção.	Os	negocian-
tes,	por	 sua	vez,	eram	 “utilíssimos”,	 deles	 redundando	a	
“S.	Majestade	a	utilidade	do	contrato	das	entradas”.	Final-
mente,	 “os	mais	povos	das	minas	se	ocupa	cada	um	no	
exercício	que	têm,	e	dão	a	Sua	Majestade	a	utilidade	con-
forme	o	uso	de	seu	viver,	ainda	que	haja	muitos	vadios,	e	
pela	sua	vadiação,	chegam	a	ser	facinorosos	e	homicidas,	
o	que	não	aconteceria	se	houvesse	modo	de	os	reprimir	e	
conservar	debaixo	de	uma	rigorosa	sujeição,	porém,	como	
nas	minas	 têm	os	seus	habitantes	a	 liberdade	de	darem	
de	comer	a	todos	aqueles,	que	às	horas	o	procuram,	dão	
assim	causa	a	muitas	desordens”.
Descrição	 Geographica,	 topographica,	 histórica	 e	 política	 da	 Capitania	
de	 Minas	 Geraes.	 Revista	 do	 Instituto	 Histórico	 e	 Geográfico	 Brasileiro.	
71(1908).	p.	190.	(Adaptado)
A	partir	das	 informações	contidas	nesse	 trecho	de	docu-
mento,	é	CORRETO	afirmar	que:
A)	 os	 roceiros	e	 fazendeiros,	ocupados	com	suas	 terras	
de	plantar	e	de	criar,	 eram	 isentos	do	pagamento	de	
impostos,	o	que	lhes	possibilitava	um	lucro	maior	que	o	
dos	mineradores.
B)	 os	segmentos	da	sociedade	mineira	dedicados	a	outros	
negócios	e	ofícios,	além	dos	de	minerar,	plantar	e	criar,	
não	geravam	riquezas	para	Portugal,	porque	não	paga-
vam	os	direitos	de	entrada	na	Capitania.
C)	 os	 vadios,	 que	 tendiam,	 em	 razão	 do	 seu	 ócio,	 a	 se	
tornar	malfeitores,	eram	perseguidos	pela	população	e	
duramente	reprimidos	pelas	autoridades,	que	temiam	a	
generalização	das	desordens	nos	núcleos	urbanos.
D)	 os	mineradores,	responsáveis	por	grandes	investimen-
tos	 na	 atividade	 de	 extração	 do	 ouro,	 eram	 aqueles	
que,	por	meio	do	pagamento	do	quinto,	mais	contribuí-
ram	para	o	enriquecimento	do	Real	Erário.
E)	 investimento	 de	 capitais	 estrangeiros	 na	 atividade	
agroexportadora	açucareira,	para	fazer	frente	ao	rápido	
processo	de	crescimento	da	mineração.
62. “As	 festas	 e	 as	 procissões	 religiosas	 contavam	 entre	 os	
grandes	divertimentos	da	população,	o	que	se	harmoniza	
perfeitamente	com	o	extremo	apreço	pelo	aspecto	externo	
do	culto	e	da	religião	que,	entre	nós,	sempre	se	manifestou	
(…).	O	que	está	sendo	festejado	é	antes	o	êxito	da	empre-
sa	aurífera,	do	que	o	Santíssimo	Sacramento.	A	festa	tem	
uma	enorme	virtude	congraçadora,	orientando	a	sociedade	
para	o	evento	e	fazendo	esquecer	da	sua	faina	cotidiana.	
(…).	A	festa	seria	como	o	rito,	um	momento	especial	cons-
truído	pela	sociedade,	situação	surgida	 “sob	a	égide	e	o	
controle	do	sistema	social”	e	por	ele	programada.	A	men-
sagem	social	de	riqueza	e	opulência	para	todos	ganharia,	
com	a	festa,	enorme	clareza	e	força.	Mas	a	mensagem	vi-
ria	como	cifrada:	o	barroco	se	utiliza	da	ilusão	e	do	parado-
xo,	e	assim	o	luxo	era	ostentação	pura,	o	fausto	era	falso,	
a	riqueza	começava	a	ser	pobreza,	o	apogeu	decadência.”
(Adaptado	de	SOUZA,	Laura	de	Mello	e.	Os	desclassificados	do	Ouro.	Rio	de	Janeiro,	
Graal,	1990,	pp.	20-23.)
Segundo	a	autora	do	texto,	a	sociedade	nascida	da	ativida-
de	mineradora,	no	Brasil	do	século	XVIII,	teria	sido	marca-
da	por	um	“fausto	falso”	porque:	
A)	 a	mineração,	 por	 ter	 atraído	 um	 enorme	 contingente	
populacional	para	a	região	das	Gerais,	provocou	uma	
crise	 constante	 de	 subalimentação,	 que	 dizimava	 so-
mente	os	escravos,	a	mão-de-obra	central	desta	ativi-
dade,	o	que	era	compensado	pela	realização	constante	
de	festas;
B)	 o	conjunto	das	atividades	de	extração	aurífera	e	de	dia-
mantes	era	volátil,	dando	àquela	sociedade	uma	apa-
rência	opulenta,	porém	tão	fugaz	quanto	a	exploração	
das	jazidas	que	rapidamente	se	esgotavam;
C)	 existia	um	profundo	contraste	entre	os	que	monopoli-
zavam	a	grande	exploração	de	ouro	e	diamantes	e	a	
grande	maioria	da	população	livre,	que	vivia	em	estado	
de	penúria	total,	enfrentando,	inclusive,	a	fome,	devido	
à	alta	concentração	populacional	na	região;
D)	 a	 riqueza	era	a	 tônica	dessa	sociedade,	sendo	distri-
buída	por	todos	os	que	nela	trabalhavam,	livres	e	es-
cravos,	o	que	tinha	como	contrapartida	a	promoção	de	
luxuosas	cerimônias	religiosas,	ainda	que	fosse	falso	o	
poderio	da	Igreja	nesta	região;
E)	 a	luxuosa	arquitetura	barroca	era	uma	forma	de	conven-
cer	a	todos	aqueles	que	buscavam	viver	da	exploração	
das	jazidas	que	o	enriquecimento	era	fácil	e	a	ascensão	
social	aberta	a	todas	as	camadas	daquela	sociedade.
63. A	exploração	dos	metais	preciosos	encontrados	na	Améri-
ca	Portuguesa,	no	final	do	século	XVII,	trouxe	importantes	
consequências	tanto	para	a	colônia	quanto	para	a	metró-
pole.	Entre	elas,	
A)	 o	 intervencionismo	 regulador	metropolitano	 na	 região	
das	Minas,	o	desaparecimento	da	produção	açucareira	
do	nordeste	e	a	instalação	do	Tribunal	da	Inquisição	na	
capitania.
B)	 a	solução	temporária	de	problemas	financeiros	em	Por-
tugal,	alguma	articulação	entre	áreas	distantes	da	Co-
lônia	e	o	deslocamento	de	seu	eixo	administrativo	para	
o	centro-sul.
C)	 a	separação	e	autonomia	da	capitania	das	Minas	Ge-
rais,	a	concessão	do	monopólio	da	extração	dos	metais	
aos	paulistas	e	a	proliferação	da	profissão	de	ourives.
D)	 a	proibição	do	ingresso	de	ordens	religiosas	em	Minas	
Gerais,	o	enriquecimento	generalizado	da	população	e	
o	êxito	no	controle	do	contrabando.
E)	 o	incentivo	da	Coroa	à	produção	das	artes,	o	afrouxa-
mento	do	sistema	de	arrecadação	de	impostos	e	a	im-
portação	dos	produtos	para	a	subsistência	diretamente	
da	metrópole.
PáginaLista de Exercícios 15

Outros materiais