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isolamento e manipulação de genes → Exemplo: planta do tabaco, em que foi inserido o gene da luciferase do vagalume, fazendo essa planta fluorescente → Como um gene é isolado e amplificado por clonagem? → Temos que utilizar a tecnologia do DNA, que consiste nas técnicas coletivas para obtenção, amplificação e manipulação de fragmentos específicos de DNA → Essa amplificação pode ser feita em células bacterianas vivas (in vivo) ou em tubos de ensaio (in vitro) → Clonagem de DNA e PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE → Também chamada de Clonagem de DNA; → Clonagem: método utilizado para produzir cópias idênticas de uma molécula de DNA in vivo; → Quem são agentes importantes nesse processo? → Como em todos processos temos as enzimas, e as enzimas têm um papel fundamental nessa tecnologia do DNA recombinante → Endonucleases de restrição: enzimas que reconhecem sequências específicas de DNA (em geral 4 a 6 pares de bases) e clivam a dupla fita (rompem a ligação fosfodiéster) → Uma enzima de restrição cortará o DNA em vários fragmentos de restrição → De acordo com o tipo de enzima de restrição que for utilizada, teremos diferentes padrões de corte, e isso é muito importante, pois direciona o processo → Importante: essas endonucleases de restrição, ou seja, as extremidades coesivas geradas pelas enzimas de restrição permitem que quaisquer dois fragmentos de DNA possam ser unidos, desde que os fragmentos tenham sido gerados pela mesma nuclease de restrição, pois o padrão de corte vai ser o mesmo COMO É FORMADA UMA MOLÉCULA DE DNA RECOMBINANTE? → Tenho que ter um vetor e um DNA de interesse, e vou usar a mesma endonuclease de restrição para fazer o mesmo tipo de corte em ambos, tanto no DNA do vetor, quanto no DNA de interesse → Nesse figura usei a enzima EcoRI, cortei o meu vetor, e o meu DNA de interesse. Os cortes são iguais → Depois eu uso uma enzima, chamada de DNA Ligase, que vai ser usada para ligar as extremidades do DNA, através de Ligações Covalentes (ligação fosfodiéster) → Como o padrão de corte foi o mesmo, tem-se a sobreposição perfeita desses fragmentos, formando então a molécula de DNA recombinante → Microscopia mostrando esse processo, cortei o vetor e o DNA de interesse com a mesma endonuclease, e a DNA ligase formando o DNA recombinante Amanda Barreiros – Medicina Ufes → Mas como é o processo da tecnologia do DNA recombinante? TDR “VISTA GERAL” → Primeiro: clivagem do DNA de interesse pelas Endonucleases de Restrição (ER); → A mesma ER é usada para clivar o DNA de um vetor (no mesmo local, ou seja, no mesmo padrão de corte); → Uso de DNA ligases para juntar as extremidades → Foi formado o DNA Recombinante (DNA R) → Esse DNA recombinante tem que ser inserido na células hospedeira → E tenho que fazer a identificação da célula hospedeira que recebeu corretamente o vetor (normalmente uso um Gene que confira resistência a algum antibiótico) → Depois vão ser Geradas várias cópias do DNA de interesse → Então eu tenho o meu vetor, o DNA de interesse que foi cortado no mesmo local. Depois eu usei uma DNA ligase para unir esses fragmentos, formando o meu DNA recombinante. O DNA recombinante tem o gene de resistência e eu adiciono ampicilina ao meio. Essa bactéria recebeu o DNA recombinante, e essa não recebeu. Isso vai influenciar no que? Essa bactéria que não recebeu plasmídio, não tem gene de resistência ao antibiótico. Portanto não vai conseguir se manter viva no meio com ampicilina. Já a bactéria que recebeu corretamente o vetor tem o gene de resistência. Conclusão: apenas as bactérias que receberam corretamente o plasmídio e possuem o “Gene de Resistência” a antibiótico sobreviverão. → E ai eu tenho várias cópias do meu DNA de interesse → Quem são os vetores? VETORES → Sãos os veículos responsáveis pela inserção do DNA de interesse na célula hospedira → Tipos de vetores principais: o Plasmídeo o Bacteriófago o Fosmídeos o Cromossomo Artificial Bacteriano (BAC) VETOR: PLASMÍDEO → São pequenas moléculas circulares de DNA que replicam o seu DNA independentemente do cromossomo bacteriano → Possuem genes de resistência a fármacos (antibióticos) e fornecem um método eficiente de selecionar as células transformadas → Desvantagem: aceitam insertos de DNA estranho de apenas 100pb – 10 kb VETOR: BACTERÍOFAGO → Abriga DNA como um inserto “compactado” na partícula do fago → Vetor de clonagem efetivo para insertos de DNA com comprimento de 10 a 15 kb VETOR: FOSMÍDEO → São vetores que podem levar insertos de 35 a 45 kb → Eles são híbridos criados por engenharia genética de DNA do fago e DNA de plasmidio bacteriano → O inserto humano pode compreender até 80% da capacidade do fosmídeo VETOR: CROMOSSOMO ARTIFICIAL BACTERIANO (BAC) → Vetor mais popular para a clonagem de insertos muito grandes de DNA → Derivado do plasmidio F, ele carreia insertos de 100 a 200kb, uma quantidade muito grande de material genético → Inserto humano compreende até 90% do BAC → Quanto melhor a capacidade desse vetor carregar um inserto humano, mais eficiente ele vai ser → Resumo: → Qual a quantidade cada um desses vetores conseguem carregar → Como encontrar um ácido nucleico específico em uma mistura de ácidos nucleicos? → O primeiro passo para encontrar um ácido nucleico específico em uma mistura de ácidos nucleicos é a eletroforese → Eletroforese é uma técnica de separação de partículas carregadas, quando submetidas a um campo elétrico, sejam proteínas, DNA ou RNA ELETROFORESE → Precisa de um suporte (matriz ou gel), que podem ser feitas de diferentes substâncias, podem ser Geis de agarose, Géis de poliacrilamida, que servem como suporte. Formam tramas de poros de tamanhos variáveis, que possibilitam a separação → Trama formada por esse suporte, uma mistura de macromoléculas. As moléculas menores migram com mais velocidade, pois conseguem passar com maior facilidade por essa trama. As moléculas maiores têm maior dificuldade, então ficam mais retidas PARA O DNA → A técnica é: → 1º: uma mistura de moléculas lineares de DNA é colocada em cubas contendo gel de agarose → O gel é orientado de maneira que as concavidades estejam na extremidade catódica (de carga negativa) e o DNA migre para a extremidade anódica (de carga positiva), por causa de sua carga negativa → O DNA por ser um ácido possui carga negativa → A velocidade de migração das moléculas de DNA no gel é inversamente dependente do seu tamanho. Portanto, os fragmentos em classes de tamanhos distintos vão formar bandas distintas no gel, que pode ser visualizadas corando-se o DNA com brometo de etidio, que faz com que ele fique fluorescente a luz ultra-violeta → O tamanho absoluto de cada fragmento na mistura pode ser determinado comparando sua distância de migração com um conjunto de fragmentos padrão de tamanhos desconhecidos → Southern blotting: → É utilizado para DNA → Técnica: → 1. O DNA é separado por eletroforese → 2. A membrana é hibridizada com a sonda marcada → 3. Um autorradiograma revelara quaisquer bandas no gel que sejam complementares a sonda → A comparação dessas bandas com marcadores revela o número e o tamanho dos fragmentos nos quais as sequências-alvo são encontradas → Como o DNA é amplificado sem clonagem? Ou seja, como é a amplificação de um gene in vitro? PCR (REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE) → Método para produzir cópias de um segmento de DNA específico → Um sistema de clonagem “in vitro” → Reagentes utilizados nessa técnica: o Iniciadores “Primers” o Taq polimerase o dNTP’s (ATCG) o MG²+ o Tampão Tris-HCl → Figura do magnésio no sítio daenzima, ele é um cofator, e aqui a molécula de DNA “PRIMERS” OU INICIADORES: → São utilizados dois “primers”, que delimitam o segmento amplificado e determinam o crescimento exponencial do número de moléculas de DNA → Enzima Taq Polimerase: → Faz a polimerização, é uma enzima que foi isolada da bactéria Thermus thermophilus de águas quentes, e por isso ela suporta altas temperaturas → Polimerização é feita por uma DNA polimerase termoestável → É utilizada uma fita molde de DNA → A polimerase catalisa a síntese da fita complementar levando ao pareamento perfeito das bases – dupla hélice → Todas fazem adição 5’-3’ → Etapas do PCR → 1ª: extração do DNA de interesse, posso extrair esse DNA de sangue, de material dentário, de ossos, de cabelo (bulbo capilar – onde tem o material genético) → Depois vou misturar esse DNA com o “Mix”, que contém todos aqueles reagentes → E coloco isso então no Termociclador → Termociclador: equipamento em que vamos colocar diferentes temperaturas para que o processo aconteça → 1 – temperatura para separar filamentos de DNA (95°) → 2 – depois uma temperatura para anelar os “Primers” (55° a 65°) → 3 – e depois uma temperatura para sintetizar nova fita de DNA através da Taq Polimerase (72°) → Tenho a região que quero que seja amplificada; vai adicionar os reagentes e vai aquecer para separar a fita, e vai esfriar para que os primers possam se anelar; depois aquece a 72°C para permitir a síntese de DNA → Esse passo a passo é repetido várias vezes → E depois de 25 ciclos, a sequência-alvo foi amplificada em cerca de 106 vezes, o que é uma quantidade muito boa → Assistir a vídeo aula: como funciona o PCR em tempo real e qual a vantagem em relação ao PCR “convencional” → Como o DNA é analisado após a clonagem? → Depois da clonagem partimos para o sequenciamento → Desde 1996 já se utiliza o sequenciamento automático de DNA → Aplicação prática do sequenciamento: caso da Angelina Jolie, ela tinha mutação no gene BRCA 1 e 2 e histórico familiar de câncer de mama, então por isso ela retirou os seios e o ovário → Importância de fazer o sequenciamento e identificar mutações, que da ao paciente a opção de fazer uma cirurgia preventiva do desenvolvimento de câncer → Outra aplicação do sequenciamento muito interessante: genética forense → A impressão genética, os Fingerprints do DNA diz que o perfil genético consiste em um padrão do DNA que provê forte evidência de identidade individual de cada pessoa → Os perfis de DNA têm sido utilizados rotineiramente para identificar ou distinguir indivíduos, sendo uma ferramenta valiosa nos casos de identidade incerta como paternidade, casos de estupro, assassinato → Como funciona a técnica: → 1º - extração de DNA de diversas fontes → 2º - PCR para vários marcadores moleculares (com cores diferentes) → 3º - sequenciamento automático → 4º - análise do perfil genético → Temos PCR para vários marcadores moleculares diferentes → Como se observa o resultado do sequenciamento? No caso dos Exames de Paternidade → Tenho no meio o perfil genético da criança, vou comparar esse material, comparar a informação genética, com o material que veio da mãe e, o restante eu comparo com o do pai → Compara-se a informação genética que veio da mãe e, o restante, obrigatoriamente vem do “Suposto Pai” → Como se observa o resultado do sequenciamento? Em investigação criminal → Ex: Material genético que foi obtido de sangue na cena do crime e aqui vários marcadores. Esse material genético encontrado na cena do crime é do suspeito 1 ou 2? Suspeito 2, pois o material genético dele bate diretamente com o material genético que foi obtido na cena do crime. Isso é muito importante para resolver vários casos nessa área de genética forense ENGENHARIA GENÉTICA → Consiste no uso de técnicas de DNA recombinante para alterar o genótipo e o fenótipo de organismos → Um gene introduzido em uma célula ou organismo é chamado de transgene, para distinguir do gene endógeno → O organismo que carrega o gene introduzido é dito transgênico → Exemplo de Terapia gênica: foi diagnosticado um distúrbio genético recessivo chamado SCID (doença de imunodeficiência combinada grave – sistema imune não funcional), mais comumente conhecida como doença do menino da bolha → Com relação a SCID, um gene ADA normal é “transplantado” para células do sistema imunológico do paciente, possibilitando assim a sobrevivência e a função normal dessas células → O sistema imunológico da maioria dos pacientes mostrou melhora significativa → Entretanto, a terapia teve um grave feito colateral: dois dos pacientes desenvolveram leucemia → Em ambos os pacientes, o vetor retroviral inseriu-se (integrou-se) perto de um gene celular cuja expressão aberrante está associada a leucemia → Bioética → Questões importantes que devem ser avaliadas → Bioética e direitos humanos → O que é a verdade em matéria de ciência e tratamento? → A vida humana deve ser preservada independente de sua qualidade → É lícito adiar o morrer prolongando o sofrer? → Vale a pena prolongar a vida física de quem já perdeu a dignidade de viver? → Desafios da terapia gênica → Problema da indução de mutagênese → Necessidade de regulação precisa da atividade gênica → Aspectos éticos e morais → Conhecimento do metabolismo celular e seu controle → Doenças causadas por regulação de vários genes → Esperança: edição do DNA → Para casa: descrever como funciona a técnica de CRISPR, técnica que nos promete a edição do DNA
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