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Aula 01-09

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Aula 01
Direito Ambiental p/ Polícia Civil - DF (Delegado)
Professor: Rosenval Júnior
Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado)
Prof. Rosenval Júnior
Aula 01
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 100
A Constituição de 1988 e o meio ambiente.
SUMÁRIO PÁGINA
A Constituição de 1988 e o meio ambiente 2 - 36
MEMOREX do art. 225 37
Questões comentadas 38 - 77
Lista de questões + gabarito 78 - 95
Teste Final 96
"Quanto mais estudo, mais sorte eu tenho.☝
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Constituição Federal de 1988 e o meio ambiente
A Constituição Federal de 1988 foi a primeira das Constituições
brasileiras a dedicar um capítulo exclusivo para tratar especificamente
sobre o meio ambiente, com enfoque protecionista. O art. 225 traz as
diretrizes do direito ambiental. No entanto, a abordagem ambiental da
CF/88 não fica restrita a esse artigo, estando presente ao longo de toda a
Carta referências à proteção e defesa do meio ambiente.
Vamos iniciar o estudo com as competências, mas antes vamos ver
a classificação dos bens públicos. Em seguida analisaremos os dispositivos
do artigo 225, o mais importante em matéria ambiental.
Bens Públicos Ambientais
Classificação dos bens públicos quanto à finalidade:
Bens de uso comum: Podem ser usados por todos, indistintamente.
Ex.: rios, mares, ilhas oceânicas, praias, estradas, ruas e praças.
Bens de uso especial: Possuem uma destinação pública específica.
Ex.: Terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental (art.20, II
da CF/88) e as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios (art. 20,
XI da CF/88).
Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade especial,
nem são de uso comum. Constituem o patrimônio da União, Estados ou
dos Municípios, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma
dessas entidades. Os bens dominicais representam o patrimônio
disponível do Estado, pois não estão destinados ou afetados.
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Bens ambientais da União
Os bens pertencentes à União estão previstos no art. 20 da
Constituição Federal.
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser
atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e
à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de
seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de
limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro
ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias
fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros
países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,
excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal,
e as referidas no art. 26, II;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona
econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e
pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
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Bens dos Estados
Os bens ambientais dos Estados estão dispostos no artigo 26 da
Constituição e são os seguintes:
As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de
obras da União;
As áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio,
excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
As terras devolutas não compreendidas entre as da União.
Bens municipais
Os bens municipais não foram expressamente listados na
Constituição, no entanto os municípios possuem o domínio de bens como
unidades de conservação municipais, jardins públicos, hortos florestais,
praças, entre outros.
Importante dizer que o fato de o constituinte ter anunciado que os
bens do inciso III do artigo 20 ☜são da União☝, não transforma o Poder
Público Federal em ☜proprietário☝ da água, mas sim em gestor daquele
bem em benefício de e no interesse de todos. Da mesma forma os bens
indicados no inciso I do art. 26, dentre eles, as águas subterrâneas, são
bens que devem ser gerenciados pelos respectivos Estados que os
tenham sob o domínio dos seus respectivos territórios.
O meio ambiente está inserido na categoria dos direitos difusos, isto
é, daqueles direitos pertencentes a uma coletividade indeterminada e que
transcende a classificação tradicional de direito privado e direito público,
tem-se que o conceito de dominialidade das águas não pode ser visto sob
o ângulo do Direito Privado. Nesse sentido é preciso entender que a
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dominialidade inerente, por exemplo, aos recursos hídricos não tem
sinônimo de apropriação do bem, mas sim de gerenciamento.
Isso se dá porque de acordo com a definição contida no art. 225 da
Constituição Federal o meio ambiente é ☜bem de uso comum do povo☝ e
por isso não pode ser qualificado como um bem que pertença a uma
pessoa física ou jurídica privada ou pública, mas sim como um bem
pertencente a uma coletividade indeterminada.
Competências Constitucionais em Matéria Ambiental
O Brasil adotou o Federalismo cooperativo, em que há
coordenação entre a União e os demais entes.
A repartição da competência legislativa está fundamentada no
princípio da predominância do interesse, dessa forma compete à
União assuntos de interesse nacional, aos Estados temas de interesse
regional, e aos Municípios assuntos de predominante interesse local. Ao
Distrito Federal foram atribuídas as competências de interesse
predominantemente local (municipais) e regional (estaduais).
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Há uma divisão das competências em Legislativa (poder de
normatizar: elaborar leis e atos normativos) e material ou
administrativa (atuação concreta, exercício do poder de polícia).
A Constituição Federal de 1988 enumera expressamente as
competências da União (artigos 21 e 22), a competência comum (art. 23)
Princípio da
predominância
do interesse
UNIÃO
Interesse
Nacional
Estados
Interesse
Regional
DF Regional/Local
Municípios
Interesse
Local
Competência
Material ou
Administrativa
Poder de
Polícia
Legislativa
Poder de
Normatizar
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e a concorrente (art. 24). No art. 25 temos as competências dos Estados
e no art. 30 as dos Municípios.
Assim temos:
Expressamente as competências da União (Material: art. 21 e
Legislativa: art. 22);
Competência administrativa ou material comum outorgada a todos
os entes federativos (U, E, DF e M) no art. 23;
Competência legislativa concorrente entre a União, os estados e o
Distrito Federal no art. 24;
Competência remanescente ou residual aos Estados no art. 25, §
1°;
Expressamente as competências dos municípios no art. 30;
Ao Distrito Federal, regra geral, cabe as competênciasestaduais e
municipais, de acordo com o art. 32, § 1°.
Competência material:
Ⅻ Exclusiva da União (art. 21) - É indelegável.
Ⅻ Comum, c u m u l a t i v a o u paralela (art. 23) -
Compete a todos os entes (U, E, DF e M)
Competência legislativa:
Ⅻ Privativa da União (art. 22) - Cabe somente à União
legislar sobre determinados temas. No entanto, lei complementar
poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas. É
delegável.
Ⅻ Concorrente (art. 24) - União, Estados e Distrito Federal
podem legislar sobre determinados assuntos. A União estabelece normas
gerais.
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Vou fazer uma breve explicação que já ajudará a resolver as
questões sem precisar memorizar uma lista gigante de competências.
Importante que vocês saibam que compete a todos os entes
políticos proteger o meio ambiente (é uma competência material
ou administrativa COMUM, art. 23). Essa é a regra, ok?!
A exceção é que determinadas competências materiais ou
administrativas são EXCLUSIVAS da União, art. 21. Exemplo:
explorar os serviços e instalações nucleares.
No que se refere a legislar sobre meio ambiente, a regra é a
competência CONCORRENTE, na qual cabe à União, aos Estados e ao
Distrito Federal legislar sobre meio ambiente, art. 24. Nesse caso,
compete à União editar normas gerais. Os municípios também podem
legislar sobre meio ambiente em se tratando de interesse local e
no intuito de suplementar a legislação estadual e federal no que
couber, de acordo com o art. 30.
No que diz respeito à competência legislativa, temos uma exceção:
Cabe PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre águas, energia,
jazidas, minas e outros recursos minerais, e também sobre
atividades nucleares de qualquer natureza, conforme preceitua o art.
22.
Visto isso, vamos apresentar as competências em matéria
ambiental de conhecimento obrigatório para a prova.
Competência LEGISLATIVA PRIVATIVA
Segundo o artigo 22 da CF/88, somente a União poderá legislar
sobre os temas inseridos nesse dispositivo. Entretanto, há uma única
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exceção: Lei Complementar poderá autorizar os Estados a legislar
sobre questões específicas das matérias relacionadas no art. 22.
Competência
LEGISLATIVA
PRIVATIVA
É aquela outorgada à União, com possibilidade de
delegação aos Estados, por meio de Lei
Complementar.
Do artigo 22 é importante que vocês saibam que compete
privativamente à União legislar sobre:
Direito Agrário
Águas, Energia
Jazidas, Minas, outros Recursos Minerais
Populações Indígenas
Atividades Nucleares
Competência LEGISLATIVA CONCORRENTE
Tem fundamente no artigo 24 da CF/88. Caracteriza-se por atribuir
a competência de legislar sobre a mesma matéria a mais de um
ente federativo.
Cabe à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
Direito Urbanístico
Florestas
Caça, Pesca, Fauna
Conservação da Natureza
Defesa do Solo dos Recursos Naturais
Proteção do Meio Ambiente
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Controle da Poluição
Proteção do Patrimônio
Responsabilidade por Dano ao Meio
Ambiente
Resumo da história:
Memorizem que cabe à U, E e DF legislar concorrentemente
sobre:
MEIO AMBIENTE (Regra geral) e
RESPONSABILIDADE POR DANO AO MEIO AMBIENTE.
No âmbito da competência legislativa concorrente caberá à União
estabelecer normas gerais. O que não exclui a competência
suplementar dos Estados.
Os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender
as suas peculiaridades, no caso de não existir Lei Federal sobre normas
gerais.
A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual ou distrital, no que lhe for contrário. Notem que
não é revogar, mas sim suspender aquilo que for contrário. Caso não haja
contrariedade, as normas (federal e estadual) podem coexistir.
Obs.: Os Municípios também podem legislar sobre matéria
ambiental, no caso de interesse local (Art. 30, I da CF/88) e para
suplementar a legislação federal e a estadual no que couber (Art.
30, II da CF/88).
Diante disso, muito cuidado! Se na prova a questão afirmar que
município pode legislar sobre meio ambiente, marque CERTO.
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Os municípios podem legislar sobre meio ambiente e
também devem protegê-lo.
Entretanto, é importante observar que eles não possuem
competência legislativa concorrente, de acordo com a literalidade do art.
24 da CF/88.
A competência legislativa dos Municípios é nos termos do art. 30.
Se o item afirmar que os municípios possuem competência concorrente
com fundamento no art. 24 está errado.
Pessoal, essa é a posição da doutrina majoritária. No entanto, há
autores que denominam essa competência dos municípios de
"concorrente implícita".
Fiquem atentos, pois é muito sutil a diferença e pode causar
confusão na hora da prova.
Vejam como esse assunto foi cobrado em concurso:
(FGV - OAB - Set/2010)
Legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição é
de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, com fundamento no artigo 24 da
Constituição Federal.
ERRADO.
(CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE ♠ 2009)
O município não está elencado no artigo constitucional que trata
da competência concorrente, mas pode legislar acerca do tema
meio ambiente.
CERTO.
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Competência MATERIAL ou ADMINISTRATIVA em matéria
ambiental.
São aquelas que indicam o campo de atuação político-
administrativa do ente federado. São competências para atuação
efetiva, para a exploração de atividade, que confere aos entes
federativos poder de execução, de administrar.
Divide-se em exclusiva e comum.
Competência MATERIAL EXCLUSIVA
São matérias de interesse geral, que competem apenas à
União. É indelegável.
Assim, no que diz respeito ao meio ambiente, compete à União:
Competência Administrativa (Material) EXCLUSIVA da UNIÃO -
Art. 21
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão
os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento
energético dos cursos de água.
Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e
Competência
Material
Exclusiva
(União)
Art. 21
Comum
(U, E, DF e M)
Art. 23
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definir critérios de outorga.
Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,
saneamento básico e transportes urbanos.
Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e
exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento
e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares
e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida
para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a
utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e
industriais;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização
e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;
d) a responsabilidade civilpor danos nucleares independe da
existência de culpa. (Responsabilidade Civil Objetiva)
Estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de
garimpagem, em forma associativa.
Competência MATERIAL COMUM, CUMULATIVA ou PARALELA
É atribuída conjuntamente à União, aos Estados, ao DF e aos
Municípios com o objetivo de executarem o poder de polícia para
proteção do meio ambiente, com fundamento no art. 23.
Competência comum da U, DF, E e M - Art.23
Proteger os Documentos, Obras e outros Bens de Valor Histórico,
Artístico e Cultural, os Monumentos, Paisagens Naturais Notáveis
e os Sítios Arqueológicos.
Proteger o Meio Ambiente
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Combater a Poluição
Preservar as Florestas, a Fauna e a Flora
Saneamento Básico
Combater as Causas da Pobreza
Registrar, Acompanhar e Fiscalizar as Concessões de Direitos de
Pesquisa e Exploração de Recursos Hídricos e Minerais em seus
Territórios.
Resumindo: Preservar e proteger o meio ambiente é
competência COMUM da União, dos Estados, do DF e dos
Municípios.
De acordo com o parágrafo único do art. 23, leis complementares
fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e
do bem-estar em âmbito nacional.
Em dezembro de 2011 foi publicada a Lei Complementar 140/11,
que fixou normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do
parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações
administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas
à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente,
ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das
florestas, da fauna e da flora; e alterou a Lei 6.938, de 31 de agosto de
1981.
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RESUMÃO sobre as competências em Matéria Ambiental
COMPETÊNCIAS EM MATÉRIA AMBIENTAL
Competência Legislativa PRIVATIVA da União - Art. 22
Direito Agrário
Águas, Energia
Jazidas, Minas, outros Recursos Minerais
Populações Indígenas
Atividades Nucleares
Competência Administrativa (Material) EXCLUSIVA da União -
Art.21
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou
permissão os serviços e instalações de energia elétrica e o
aproveitamento energético dos cursos de água.
Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos
e definir critérios de outorga.
Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive
habitação, saneamento básico e transportes urbanos.
Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e
exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o
enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios
e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será
admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso
Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a
utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e
industriais;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção,
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comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou
inferior a duas horas;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da
existência de culpa. (Responsabilidade Civil Objetiva)
Estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade
de garimpagem, em forma associativa.
Competência ADMINISTRATIVA COMUM da U, DF, E e M - Art.23
Proteger os Documentos, Obras e outros Bens de Valor
Histórico, Artístico e Cultural, os Monumentos, Paisagens
Naturais Notáveis e os Sítios Arqueológicos.
Proteger o Meio Ambiente
Combater a Poluição
Preservar as Florestas, a Fauna e a Flora
Saneamento Básico
Combater as Causas da Pobreza
Registrar, Acompanhar e Fiscalizar as Concessões de Direitos de
Pesquisa e Exploração de Recursos Hídricos e Minerais em seus
Territórios.
Competência LEGISLATIVA CONCORRENTE (U, E, DF)
Art. 24
Direito Urbanístico
Florestas
Caça, Pesca, Fauna
Conservação da Natureza
Defesa do Solo dos Recursos Naturais
Proteção do Meio Ambiente
Controle da Poluição
Proteção do Patrimônio
Responsabilidade por Dano ao Meio Ambiente
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Competência Legislativa (E, DF) Art. 25, § 3º
Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões,
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções
públicas de interesse comum.
Competência Administrativa (E, DF) Art. 25, § 1º
São reservadas aos Estados as competências que não lhes
sejam vedadas pela Constituição.
Explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de
gás canalizado.
Competência Legislativa (Municípios) Art.30
Legislar sobre assuntos de interesse local;
Suplementar a legislação federal e a estadual no que couber.
Competência Administrativa (Municípios) Art.30
Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial,
mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da
ocupação do solo urbano;
Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local,
observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
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Meio Ambiente Cultural
Segundo o art. 216 da CF/88, constituem patrimônio cultural
brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à
ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais
espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico,
ecológico e científico.
Observem que o patrimônio cultural é constituído de bens materiais
e imateriais, singulares ou coletivos, móveis ou imóveis.
Muitas questões afirmam que são bens culturais apenas os bens
materiais. Errado!!! Não caiam nessa pegadinha!
Outra coisa: o rol apresentado pela constituição é exemplificativo,
não taxativo, pois o constituinte utilizou a expressão "nos quais se
incluem", o que nos leva a aceitar outros além dos apresentados na
CF/88.
O Poder Público, com a colaboração da comunidade,
promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio
de:
inventários,
registros,
vigilância,
tombamento e desapropriação,
outras formas de acautelamento e preservação.
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Vou fazer alguns comentários sobre o tombamento por ser o
instrumento mais comum em provas.
Tombamento é o ato administrativo de inscrição de um bem
material em um dos livros do Tombo.
Uma vez que a proteção do patrimônio cultural é uma
competência comum, admite-se o tombamento de um mesmo bempor mais de um ente político.
Podem ser objeto de tombamento bens materiais de interesse
cultural ou ambiental, móveis ou imóveis, tomados individualmente ou
em sua coletividade.
Obs.: De acordo com a doutrina ambiental, os bens imateriais serão
objeto de registro, e não do tombamento!
Pessoal, como todo bem ambiental, o patrimônio cultural tem
natureza jurídica de bem difuso, que pertence a todos. Cabendo não só
ao Poder Público, mas a toda sociedade o dever de preservá-lo.
Sobre a competência sobre o patrimônio cultural é suficiente
que vocês saibam que a competência material ou administrativa é comum
e a competência legislativa é concorrente, de acordo com os artigos 23 e
24 da CF/88 respectivamente.
"Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios: III - proteger os documentos, as
obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a
descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de
acesso à cultura, à educação e à ciência."
"Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre: VII - proteção ao patrimônio
histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico."
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Meio Ambiente Artificial
Constituem o meio ambiente artificial todo o espaço construído, os
equipamentos públicos e todos os espaços habitáveis pelo homem.
A política de desenvolvimento urbano executada pelo Poder Público
municipal tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
A propriedade urbana cumprirá a sua função social quando atender
às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano
diretor (instrumento básico da política de desenvolvimento e de
expansão urbana), que deve ser aprovado pela Câmara Municipal, e é
obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes.
Meio Ambiente do Trabalho
Diz respeito às condições existentes no local de trabalho. Refere-se
às condições inerentes à qualidade de vida do trabalhador.
O meio ambiente do trabalho adequado é um direito fundamental,
essencial à sadia qualidade de vida do trabalhador.
De acordo com o art. 200, VIII da CF/88, compete ao sistema único
de saúde (SUS), além de outras atribuições, nos termos da lei, colaborar
na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
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Artigo 225 da Constituição Federal de 1988
De acordo com o art. 225, caput da CF/88, todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações.
Vejam que no caput temos a norma matriz "todos têm direito
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado" consagra o princípio
da sadia qualidade de vida. Cabe dizer que o caput do art. 225 da
CF/88 tem inspiração na doutrina ANTROPOCÊNTRICA, haja vista que
dispôs o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado como bem de uso comum do povo, ou seja, o equilíbrio
ambiental serve aos interesses humanos.
Em "impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá- lo☝ temos o Princípio da Obrigatoriedade de
Intervenção do Poder Público e da Participação. "Para as presentes e
futuras gerações" temos disposto o Princípio do Acesso Equitativo aos
Recursos Naturais ou Equidade Intergeracional ou Solidariedade
Intergeracional, pois aqui temos um pacto entre gerações. As gerações
presentes podem utilizar os recursos ambientais, mas de forma
sustentável, sem comprometer o desenvolvimento das futuras gerações.
Quando a Constituição diz "bem de uso comum do povo" quer
dizer que o meio ambiente é um bem jurídico autônomo, de
titularidade difusa, indisponível e insuscetível de apropriação.
Observem que não só o Poder Público, mas também a coletividade
tem o dever de defender e preservar o meio ambiente de modo a permitir
a satisfação das necessidades das gerações presentes sem comprometer
as gerações futuras.
O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é difuso,
bem de uso comum do povo, que não pertence a indivíduos
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isolados, mas a toda a coletividade, e é direito de terceira
dimensão ou geração, que está relacionado à
fraternidade/solidariedade.
Para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, a Constituição elencou uma séria de
obrigações e instrumentos impostos ao Poder Público (Princípio da
Obrigatoriedade de Intervenção Estatal), sendo de competência
comum da União, dos Estados, do DF e dos Municípios a proteção do meio
ambiente.
Notem que o poder público não tem a faculdade de proteger o
meio ambiente, na verdade, ele tem um dever constitucional, a
obrigação de fazer, de zelar pela defesa e proteção do meio
ambiente. Assim como o cidadão também tem o dever de preservar e
defender o meio ambiente.
Jurisprudência
"O direito à integridade do meio ambiente ♠ típico direito de
terceira geração ♠ constitui prerrogativa jurídica de titularidade
coletiva, refletindo, dentro do processo de afirmação dos direitos
humanos, a expressão significativa de um poder atribuído, não ao
indivíduo identificado em sua singularidade, mas, num sentido
verdadeiramente mais abrangente, à própria coletividade social. Enquanto
os direitos de primeira geração (direitos civis e políticos) ♠ que
compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais ♠ realçam o
princípio da liberdade e os direitos de segunda geração (direitos
econômicos, sociais e culturais) ♠ que se identificam com as liberdades
positivas, reais ou concretas ♠ acentuam o princípio da igualdade, os
direitos de terceira geração, que materializam poderes de
titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as
formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e
constituem um momento importante no processo de desenvolvimento,
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expansão e reconhecimento dos direitos humanos, caracterizados,
enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota de uma essencial
inexauribilidade."
(MS 22.164, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-10-1995,
Plenário, DJ de17-11-1995.) No mesmo sentido: RE 134.297, Rel.
Min. Celso de Mello, julgamento em 13-6-1995, Primeira Turma, DJ de
22-9-1995.
Abaixo os incisos, que trazem os instrumentos de garantia para a
proteção do direito disposto no caput do artigo 225.
Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover
o manejo ecológico das espécies e ecossistemas.
Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do
País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação
de material genético.
Dispositivo regulamentado pela Lei 11.105/2005, Lei de
Biossegurança, que estabelece normas de segurança e mecanismos de
fiscalização sobre o cultivo, a produção, a manipulação, a pesquisa, a
comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte
de organismos geneticamente modificados (OGM) seus derivados.
Diversidade ecológica ou biodiversidade é "a variabilidade de
organismos vivos de todas as origens, compreendendo,dentre outros, os
ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os
complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a
diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.☝ (art.
2º, III, da Lei n. 9.985/2000).
Definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e
seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a
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alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos
que justifiquem sua proteção;
Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade.
O estudo prévio de impacto ambiental é uma espécie do gênero
Avaliação de Impactos Ambientais.
É um estudo exigido no licenciamento ambiental de
empreendimentos ou atividades efetiva ou potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente.
No caso de atividade ou empreendimento não causador de
significativo impacto ambiental, outros estudos ambientais mais
simplificados serão exigidos.
Espaços Territoriais
Especialmente Protegidos
(ETEP):
Unidades de Conservação
(UC)
(Lei 9.985/00)
Áreas de Preservação
Permanente (APP)
(Código Florestal)
Reserva Legal (RL)
(Código Florestal)
Outros: Jardins Zoológicos,
Hortos, Jardins Botânicos,
Quilombos, Terras
Indígenas...
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A Constituição em respeito ao Princípio da Informação determina a
publicidade do EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental).
Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a
qualidade de vida e o meio ambiente.
Positiva no direito ambiental o Princípio do Limite. Uma aplicação
seria o controle, inspeção e fiscalização de agrotóxicos, seus componentes
e afins. Outra seria o controle pelo Poder Público da produção e
destinação de resíduos sólidos, gases e efluentes.
Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente.
A educação ambiental é um componente essencial e permanente da
educação nacional, presente em todos os níveis formais ou informais. É
um instrumento importante na conscientização pública para a preservação
do meio ambiente.
Educação ambiental é um processo permanente, no qual os
indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio e adquirem
conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os
tornam aptos a agir ♠ individual e coletivamente ♠ e resolver problemas
ambientais presentes e futuros.
Segundo o art. 1º e 2º da Lei 9.795/99, educação ambiental é o
conjunto de processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade.
Os poderes públicos devem definir políticas que incorporem as
dimensões ambientais e promovam a participação da sociedade na
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conservação, recuperação e manutenção das condições ambientais
adequadas.
Princípios básicos da educação ambiental:
I - o enfoque:
humanista,
holístico,
democrático e
participativo;
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade,
considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-
econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
III - o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva
da inter, multi e transdisciplinaridade;
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as
práticas sociais;
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais,
regionais, nacionais e globais;
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade
individual e cultural.
Aplicada na educação ambiental, a transversalidade deve ser vista
como uma forma de se tratarem temas que devem ser difundidos
continuamente no ensino formal (através de todas as disciplinas e níveis
de ensino) e não formal.
As questões socioambientais são temas transversais, de natureza
distinta das áreas convencionais. Sua complexidade perpassa diferentes
campos do conhecimento, não podendo ser tratada isoladamente por uma
disciplina.
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A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera de
ação, além dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de
Meio Ambiente - Sisnama, instituições educacionais públicas e
privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações não-
governamentais (ONGs) com atuação em educação ambiental.
A educação ambiental será desenvolvida como uma prática
educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e
modalidades do ensino formal. NÃO devendo ser implantada como
disciplina específica no currículo de ensino. Isso se deve ao seu caráter
multidisciplinar e transversal.
Isso é muito cobrado em prova. Portanto, fiquem atentos! A
educação ambiental deve estar presente de forma integrada e não de
forma isolada, como uma disciplina específica.
No entanto, nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas
voltadas ao aspecto metodológico da educação ambiental, quando se
fizer necessário, é facultada a criação de disciplina específica. Nesse
caso é facultativa a criação da disciplina específica.
Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional,
em todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética
ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas.
A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação
de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas.
A coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental
ficará a cargo de um órgão gestor, que será dirigido pelos Ministros
do Meio Ambiente e Ministério da Educação.
Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito
à educação ambiental, incumbindo:
I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição
Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão
ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de
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ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e
melhoria do meio ambiente;
II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de
maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem;
III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -
Sisnama, promover ações de educação ambiental integradas aos
programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;
IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira
ativa e permanente na disseminação de informações e práticas
educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão
ambiental em sua programação;
V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e
privadas, promover programas destinados à capacitação dos
trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivosobre o
ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo
produtivo no meio ambiente;
VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à
formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a
atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a
identificação e a solução de problemas ambientais.
Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a
extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
Este inciso tem clara inspiração nas linhas eco e biocêntricas
(preservação da fauna e flora). Não confundir com o caput do art.
225, que segue a linha antropocêntrica.
Convém citar que o STF tem declarado a inconstitucionalidade de
leis estaduais que permitam práticas como as "rinhas de galo" ou a "farra
do boi", pois o pleno exercício de direitos culturais não prescinde da
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observância do inciso VII do art. 225 da Constituição, o qual veda práticas
que submetam os animais à crueldade. (Não prescindir= Não dispensar)
Ademais, atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais
silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime com
pena de detenção, de três meses a um ano, e multa, de acordo com o art.
32 da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). Incorre nas mesmas
penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo
(vivissecação), ainda que para fins didáticos ou científicos, quando
existirem recursos alternativos. Se houver a morte do animal a pena é
aumentada de um sexto a um terço.
A seguir os parágrafos 2º, 3º, 4º, 5º e 6º do art. 225, muito
recorrentes em provas. Vocês precisam ter esses dispositivos no sangue!
Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o
meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida
pelo órgão público competente, na forma da lei. (Art. 225, § 2º)
Aplicação do princípio do poluidor-pagador, da reparação ou da
responsabilidade, com a exigência do PRAD - Plano de Recuperação de
Áreas Degradadas.
A exploração de recursos minerais exige a recuperação do meio
ambiente da região afetada por esse tipo de atividade, em que ao final da
extração, o órgão competente fará vistoria e indicará a solução técnica
cabível para a sua recuperação.
As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções
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penais e administrativas, independentemente da obrigação de
reparar os danos causados. (Art. 225, § 3º)
A CF/88 prevê a possibilidade de responsabilização da pessoa
física e jurídica nas esferas penal, civil e administrativa (Art.
225,§3º da CF/88). É uma Tríplice responsabilização.
A Lei 9.605/98 regulamenta a norma constitucional e dispõe sobre
os crimes ambientais e as infrações administrativas.
A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar,
o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio
nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de
condições que assegurem a preservação do meio ambiente,
inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. (Art. 225, § 4º)
PATRIMÔNIO NACIONAL:
1-Floresta Amazônica brasileira
Responsabilidade
pessoa física e
pessoa jurídica
PENAL
CIVIL
ADMINISTRATIVA
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2-Mata Atlântica
3-Serra do Mar
4-Pantanal Mato-Grossense
5-Zona Costeira
Vocês podem memorizar assim:
FAB MATA SERRA PANTA ZONA
Memorizem os 5! Nas questões os examinadores inserem outros
biomas ou ecossistemas no intuito de confundir ou simplesmente afirmam
que um ou outro não é patrimônio. As questões mais elaboradas cobram
a posição do STF acerca do tema.
Observem que não é patrimônio nacional de acordo com o art. 225:
o cerrado, a caatinga e os pampas. Embora sejam biomas brasileiros.
Patrimônio nacional NÃO quer dizer que seja bem público, que
esteja entre o patrimônio disponível da União. São na verdade bens cuja
preservação é do interesse de toda a coletividade.
(...) O preceito consubstanciado no art. 225, § 4º, da Carta da
República, além de não haver convertido em bens públicos os
imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele
referidas (Mata Atlântica, Serra do Mar, Floresta Amazônica
brasileira), também não impede a utilização, pelos próprios
particulares, dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam
sujeitas ao domínio privado, desde que observadas as prescrições legais e
respeitadas as condições necessárias a preservação ambiental. (...)
(RE 134.297/SP, Rel. Min. Celso Mello, Julgamento:12/06/1995, DJ
22/09/1995)
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Logo, não há conversão de propriedades privadas em bens da
União e nem a desapropriação indireta em decorrência do regime especial
de proteção conferido a essas áreas pela constituição.
São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos
Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos
ecossistemas naturais. (Art. 225, § 5º)
Terras devolutas seriam as existentes no território brasileiro, que
não se incorporaram legitimamente ao domínio particular e sem finalidade
pública específica.
As terras devolutas não compreendidas entre as da União
pertencem aos Estados (Art. 26, IV da CF/88). Já as terras devolutas
indispensáveis à preservação ambiental são bens da união (art. 20, II da
CF/88) e podem ser classificadas como bens públicos de uso especial e de
uso comum, por possuírem destinação pública específica: a proteção dos
ecossistemas naturais, sendo assim bens públicos indisponíveis.
Dessa forma, as terras devolutas que concorrem para a proteção
ambiental são indisponíveis!
A ação discriminatória visa discriminar, separar, delimitar, demarcar
aquilo que é devoluto daquilo que legitimamente tenha se incorporado ao
domínio particular ou que seja de domínio público.
As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua
localização definida em LEI FEDERAL, sem o que não poderão ser
instaladas. (Art. 225, § 6º)
Vocês vão ver que nas questões os examinadores colocam decreto,
lei estadual, municipal, resolução...enfim, não interessa! As usinas que
operem com reator nuclear deverão ter sua LOCALIZAÇÃO definida em
LEI e precisa ser FEDERAL! Sem isso NÃO poderão ser instaladas!
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Cabe dizer que além da lei federal definindo a sua localização, a
usina que opere com reator nuclear deverá observar o prévio
licenciamento ambiental e outras exigências legais.
Ação Popular Ambiental
É a ação intentada por qualquer cidadão com o objetivo de
anular judicialmente atos lesivos ou ilegais aos interesses
metaindividuais garantidos constitucionalmente, quais sejam a
moralidade administrativa, o patrimônio público ou de entidade que o
Estado participe, o meio ambiente e o patrimônio histórico e
cultural.
☜Art. 5º, LXXIII da CF/88- qualquer cidadão é parte legítima para
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência;☝
Dessa forma, a Ação Popular é um remédio constitucional,que
possibilita ao cidadão brasileiro (aquele que esteja em pleno gozo de seus
direitos políticos) tutelar em nome próprio e no interesse da coletividade a
anulação de atos lesivos ao patrimônio público ou de entidade custeada
pelo Estado, ou ainda à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico cultural.
Há três requisitos ou pressupostos principais para o cabimento da
ação, quais sejam: a) o autor ser cidadão, b) que ocorra ilegalidade no
ato e c) que exista lesividade do ato.
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Função Socioambiental da Propriedade
A função social da propriedade foi reconhecida expressamente pela
Constituição de 1988, no art. 5º, XXIII; 170, III; Art. 182 § 2º; e 186,
inc. II.
A Constituição impõe ao proprietário o dever de exercer o
seu direito de propriedade em conformidade com a preservação
do meio ambiente. No sentido de que, se ele não o fizer, o exercício do
seu direito de propriedade não será legítimo.
"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;"
"Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os
seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
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VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de
seus processos de elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração
no País."
A propriedade rural cumpre a sua função social quando atende,
simultaneamente, quatro requisitos, entre eles aproveitamento racional e
adequado e a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e
preservação do meio ambiente.
"Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural
atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência
estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e
preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de
trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e
dos trabalhadores.
Já a propriedade urbana para desempenhar a sua função social
deve atender às exigências fundamentais de ordenação da cidade
expressas no plano diretor.
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Artigos importantes sobre meio ambiente na CF/88
Art. 5º, LXXIII
Art. 129, III
Art. 170
Art. 174, §3º
Art. 176
Art. 177
Art. 182
Art. 186
Art. 200, VIII
Art. 216
Art. 225
Art. 231 e 232
A função social da propriedade
não se limita à propriedade rural.
A propriedade urbana também deve
cumprir a sua função social.
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MEMOREX do art. 225 da CF/88 para véspera de prova
ETEP: Espaços Territoriais Especialmente Protegidos
UF: Unidade da Federação
PF: Pessoa Física
PJ: Pessoa Jurídica
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Questões resolvidas
1) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO ♠ 2011)
É competência privativa da União a proteção, por meio do IPHAN,
dos documentos, das obras e de outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, dos monumentos, das paisagens naturais
notáveis e dos sítios arqueológicos.
ERRADO. Trata-se de competência COMUM. Art. 23, III da CF/88.
2) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO ♠ 2011)
Se determinado estado da Federação editar lei instituindo código
florestal, a referida lei deverá ser considerada inconstitucional,
visto que cabe à União, em caráter privativo, legislar sobre a
matéria.
ERRADO. Legislar sobre florestas é competência CONCORRENTE da
União, dos Estados e do DF. Art. 24, VI da CF/88.
3) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás ♠ 2011)
É concorrente entre União, Estados, Municípios e Distrito Federal a
competência para proteger o meio ambiente, combater a poluição
e preservar as florestas, a fauna e a flora.
ERRADO. Proteger o meio ambiente, combater a poluição e preservar as
florestas, a fauna e a flora. é competência COMUM. Art. 23, VI e VII da
CF/88.
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4) (PGE-RO - Procurador ♠ 2011)
É competência privativa da União legislar sobre responsabilidade
civil ambiental.
ERRADO. Legislar sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente é
competência CONCORRENTE da União, dos Estados e do Distrito
Federal. Art. 24, VIII da CF/88.
5) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO ♠ 2011) A pesquisa e a
lavra de recursos minerais e o aproveitamento de energia
hidráulica constituem atividades da esfera de competência da
União. Assim, uma vez que os recursos minerais pertencem a esse
ente federativo, e não ao proprietário do solo, cabe à
administração federal autorizar sua exploração.
CORRETO. A propriedade do solo não abrange jazidas, minas e demais
recursos minerais, e os potenciais de energia hidráulica. Esses se
submetem ao regime de dominialidade pública, sendo assegurada ao
proprietário do solo a participação nos resultados da lavra. Além disso,
segundo o art. 21, XII, b é competência da União o aproveitamento
energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se
situam os potenciais hidroenergéticos.
6) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010)
Deverá ser editada lei ordinária com as normas para a cooperação
entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para
o exercício da competência comum de defesa do meio ambiente.
ERRADO. Não é lei ordinária, mas sim Lei COMPLEMENTAR. Essa lei,
finalmente, foi editada em dezembro de 2011. Trata-se da LC 140/2011.
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7) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010)
Legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição é
de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, com fundamento no artigo 24 da
Constituição Federal.
ERRADO. PEGADINHA CLÁSSICA! Vocês irão encontrar outras
questões com essa abordagem.
De acordo com a literalidade do art. 24 a competência concorrente
cabe apenas à União, aos Estados e ao DF. A competência legislativa dos
Municípios está no art. 30 da CF/88. Notem que a questão afirma que os
municípios possuem competência concorrente com fundamento no art. 24
o que está errado!
8) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010)
A competência executiva em matéria ambiental não alcança a
aplicação de sanções administrativas por infração à legislação de
meio ambiente.
ERRADO.Óbvio que alcança. É competência comum exercer o poder de
polícia no intuito de proteger o meio ambiente e para isso os entes
federativos podem e devem fiscalizar, monitorar e impor sanções.
9) (TJ-PR - Juiz- 2010)
A competência material dos Municípios é suplementar, cabendo-
lhes proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer
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de suas formas subsidiariamente, nos termos de Lei
Complementar.
ERRADO. TODOS (U, E, DF e M) devem proteger o meio ambiente e
combater a poluição. É competência material ou executiva
COMUM. Art. 23, VI da CF/88.
10) (TJ-PR - Juiz- 2010)
A competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao
meio ambiente é privativa da União.
ERRADO. A competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao
meio ambiente é CONCORRENTE. Art. 24, VIII da CF/88.
11) (TJ-PR - Juiz- 2010)
Na competência legislativa em matéria ambiental, a
superveniência de Lei Federal revoga dispositivo de Lei Estadual
no que lhe for contrário.
ERRADO. Suspende apenas aquilo que for contrário. Art. 24, § 4º da
CF/88.
12) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-RR ♠ 2008)
No tocante à competência legislativa a ser exercida pelos estados,
deve-se considerar que, no âmbito da legislação concorrente, a
competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais e
que esta exclui a competência suplementar dos estados.
ERRADO. "A competência da União para legislar sobre normas gerais
não exclui a competência suplementar dos Estados". Art. 24, § 2º da
CF/88
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13) (FGV - TJ-PA ♠ Juiz - 2008)
A proteção do meio ambiente, o combate à poluição e a
preservação das florestas, da fauna e da flora são de competência
comum da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal.
CERTO. Art. 23, VI e VII da CF/88.
14) (FGV - TJ-PA ♠ Juiz - 2008)
União, Estados, Municípios e Distrito Federal têm competência
comum para proteger os documentos, as obras e outros bens de
valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
naturais notáveis e os sítios arqueológicos, bem como para
preservar as florestas, a fauna e a flora.
CERTO. Art. 23, III e VI da CF/88.
15) (FGV - TJ-PA ♠ Juiz - 2008) As normas para a cooperação
entre União, Estados, Municípios e o Distrito Federal no exercício
de sua competência executiva comum para proteger o meio
ambiente deverão ser fixadas por decreto federal.
ERRADO. De novo! Como gostam do parágrafo único do art. 23.
É por Lei Complementar. A LC 140/2011.
16) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE ♠ 2009)
Com fulcro no princípio da predominância do interesse, compete
privativamente à União legislar sobre florestas, caça e pesca.
ERRADO. Competência CONCORRENTE. Art. 24, VI da CF/88.
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17) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE ♠ 2009)
Mesmo que exista atuação normativa por parte da União, o
estado-membro pode tratar das normas gerais.
ERRADO. Cabe à União estabelecer normas gerais, o que não exclui a
competência suplementar dos Estados. No caso da União não editar as
normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender as suas peculiaridades. Art. 24, §§ 1º, 2º e 3º da CF/88.
18) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE ♠ 2009)
O município não está elencado no artigo constitucional que trata
da competência concorrente, mas pode legislar acerca do tema
meio ambiente.
CERTO. Perfeito. Segundo o art. 24 da CF/88, apenas U, E e DF possuem
competência concorrente. O que não impedi que os Municípios legislem
sobre matéria ambiental de interesse local.
Fiquem ligados. Encontrei esse tipo de cobrança em outras provas da
banca Cespe.
19) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE ♠ 2009)
O DF não pode legislar concorrentemente com a União na matéria
ambiental, por ser a sede da República brasileira.
ERRADO. Viagem total...Lógico que pode. Não só o DF, como a União e
os Estados. Art. 24 da CF/88
20) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE ♠ 2009)
Os estados podem legislar concorrentemente sobre jazidas e
minas encontradas em seus territórios.
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ERRADO. Legislar sobre jazidas, minas, outros recursos minerais é
competência PRIVATIVA da União. Art. 22, XII. Lembrando que os
recursos minerais, inclusive os do subsolo são bens da União, Art. 20, IX
da CF/88.
21) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007)
Matéria relacionada a atividade nuclear de qualquer natureza é de
competência exclusiva da União.
CERTO. Art. 21 XXIII e Art. 22, XXVI da CF/88.
22) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007)
No âmbito da legislação concorrente, os estados não podem
legislar sobre matéria ainda não tratada pela União.
ERRADO. Podem sim! Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os
Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender as suas
peculiaridades, Art. 24, § 3º da CF/88.
23) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007)
As normas gerais no âmbito da competência concorrente são
atribuídas à União.
CERTO. Art. 24, § 1º da CF/88.
24) (MPE-PR - Promotor de Justiça ♠ 2011)
É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal
legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do
meio ambiente e controle da poluição, bem como, sobre
responsabilidade por dano ao meio ambiente.
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CERTO. Art. 24, VI e VIII da CF/88.
25) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás ♠ 2011)
É princípio informador da ordem econômica brasileira a defesa do
meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado,
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus
processos de elaboração e prestação.
CERTO. Art. 170, VI da CF/88.
26) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás ♠ 2011)
É função institucional do Ministério Público promover o inquérito
civil e a ação civil pública para a proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e
coletivos.
CERTO. Art. 129, III da CF/88.
27) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás ♠ 2011)
É função do Estado favorecer a organização da atividade
garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio
ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
CERTO. Art. 174, § 3º da CF/88.
28) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás ♠ 2011)
Compete ao Sistema Único de Saúde, dentre outras atribuições,
colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho.
CERTO. Art. 200, VIII da CF/88.
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29) (PGE-RO - Procurador ♠ 2011)
A instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
degradação ambiental exige estudo prévio de impacto ambiental.
ERRADO. O EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental) ou EIA (Estudo
de Impacto Ambiental) é exigido para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de SIGNIFICATIVA degradação do meio
ambiente.
ATENÇÃO!
EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório
de Impacto Ambiental) é exigido para impactos SIGNIFICATIVOS! Não
é qualquer obra ou atividade potencialmente poluidora. Tem que
causarimpactos SIGNIFICATIVOS!
Obs.: EPIA ou EIA são sinônimos. A CF/88 utiliza o termo Estudo
Prévio de Impacto Ambiental (EPIA). Já a Lei 6.938/81 e as Resoluções do
Conama 237/97 e 01/86 utilizam EIA. Ambos querem dizer a mesma
coisa, e são estudos ambientais prévios que subsidiam o licenciamento
ambiental de atividades ou empreendimentos de significativo impacto
ambiental.
30) (PGE-RO - Procurador ♠ 2011)
A desafetação de Unidade de Conservação de categoria Reserva
Legal depende de lei.
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ERRADO.
ATENÇÃO! Reserva Legal (RL) não é categoria de unidade de
conservação. Trata-se na verdade de uma espécie de Espaço
Especialmente Protegido, assim como as Áreas de Preservação
Permanente (APP) e as Unidades de Conservação (UC).
Esse assunto será estudado na aula sobre Código Florestal e
Unidades de Conservação.
Apenas no intuito de não deixar dúvidas para depois, adianto que as
Unidades de Conservação (UC) dividem-se em 2 grupos: UC de proteção
integral e UC de uso sustentável. Cada grupo é dividido em categorias,
com características específicas.
O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a
natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos
naturais, com exceção dos casos previstos na lei do SNUC (Sistema
Nacional de Unidades de Conservação). Já as Unidades de Uso
Sustentável visam compatibilizar a conservação da natureza com o uso
sustentável de parcela dos seus recursos naturais.
Espaços
Territoriais
Especialmente
Protegidos (ETEP):
Unidades de
Conservação (UC)
Lei 9.985/00
Áreas de
Preservação
Permanente (APP)
Lei 12.651/2012
Reserva Legal (RL)
Lei 12.651/2012
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UC Proteção Integral Preservar a natureza+uso indireto
UC Uso Sustentável Conservação da natureza+uso sustentável
5 categorias de UC no grupo de UC de PROTEÇÃO INTEGRAL
I - Estação Ecológica (EE);
II - Reserva Biológica (ReBio);
III - Parque Nacional (ParNa);
IV - Monumento Natural (MN);
V - Refúgio de Vida Silvestre (RVS).
7 categorias de UC no grupo de UC de USO SUSTENTÁVEL
I - Área de Proteção Ambiental (APA);
II - Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE);
III - Floresta Nacional (FloNa);
IV - Reserva Extrativista (ResEx);
V - Reserva de Fauna (RF);
VI ♠ Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS); e
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
Pessoal, revisando: RL, APP e UC são espaços territoriais
especialmente protegidos. RL e APP são áreas protegidas pelo Código
Florestal. Unidades de Conservação também são espaços territoriais
protegidos presentes na lei que institui o Sistema Nacional de Unidades
de Conservação (SNUC). São classificadas em 2 grupos, que se
subdividem em categorias, conforme a tabela acima. Assim, se o item no
lugar de RL colocasse APA (Área de Proteção Ambiental) aí estaria certo,
pois APA é uma das categorias de unidade de conservação.
31) (PGE-RO - Procurador ♠ 2011)
A responsabilidade penal da pessoa jurídica no direito ambiental
está prevista em legislação ordinária, não tendo previsão
constitucional.
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ERRADO. A responsabilidade administrativa, civil e penal (Tríplice
responsabilização) da pessoa jurídica está prevista no art. 3º da Lei de
Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) e no art. 225,§ 3º da CF/88.
Confiram:
"As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa,
civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua
entidade." Art. 3º da Lei 9.605/98.
"As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções
penais e administrativas, independentemente da obrigação de
reparar os danos causados." Art. 225, § 3º da CF/88.
32) (FGV - TJ-PA ♠ Juiz - 2008)
A Constituição da República conferiu tratamento especial ao meio
ambiente, dedicando a esse um capítulo específico, incluído no
Título "Da Ordem Social".
CERTO. Título VIII, Capítulo VI, Art. 225 da CF/88.
33) (MPE-PR - Promotor de Justiça ♠ 2011)
Para assegurar a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, as usinas que operem com reator nuclear
deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não
poderão ser instaladas.
CERTO. Art. 225, Caput, § 6º da CF/88.
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34) (TRT - 23ª REGIÃO - MT - Juiz ♠ 2011)
A proteção ao meio ambiente deve ser assegurada em todas as
suas dimensões, a despeito de a Constituição de 1988 não ter
feito menção expressa ao meio ambiente do trabalho.
ERRADO. A CF/88 - no Art. 200, VIII - dispõe expressamente sobre o
meio ambiente do trabalho.
"Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei: colaborar na proteção do meio ambiente, nele
compreendido o do trabalho."
35) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria
Madalena - RJ - 2010)
São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos
Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos
ecossistemas naturais.
CERTO. Art. 225, § 5º da CF/88.
36) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria
Madalena - RJ - 2010)
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
CERTO. Art. 225, caput da CF/88.
37) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria
Madalena - RJ - 2010)
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As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua
localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser
instaladas.
CERTO. Art. 225, § 6º da CF/88.
38) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria
Madalena - RJ - 2010)
Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o
meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida
pelo órgão público competente, na forma da lei.
CERTO. Art. 225, § 2º da CF/88.
39) (Analista Jurídico ♠ Arquitetura - PG-DF - 2011)
O meio ambiente ganhou muito relevo com o advento da
Constituição Federal vigente, chegando-se a prever a
responsabilização administrativa, cível e, mesmo penal, tanto para
as pessoas físicas quanto as jurídicas.
CERTO. "As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções
penais e administrativas, independentemente da obrigação de
reparar os danos causados." Art. 225, §3º da CF/88.
40) (Analista Jurídico ♠ Arquitetura - PG-DF - 2011)
Em relação às terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, a
Constituição garante a eles propriedade, sendo, portanto,
inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas são
imprescritíveis.
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ERRADO. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são
patrimônio da União, art. 20, XI. Sendo de propriedade do ente federal,
portanto bens públicos de natureza especialou sui generis, inalienáveis,
indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis, art. 231, §4º.
(...) as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, embora
pertencentes ao patrimônio da União (CF, art. 20, XI), acham-se
afetadas, por efeito de destinação constitucional, a fins específicos
voltados, unicamente, à proteção jurídica, social, antropológica,
econômica e cultural dos índios, dos grupos indígenas e das comunidades
tribais. A QUESTÃO DAS TERRAS INDÍGENAS - SUA FINALIDADE
INSTITUCIONAL. - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios
incluem-se no domínio constitucional da União Federal. As áreas
por elas abrangidas são inalienáveis, indisponíveis e insuscetíveis de
prescrição aquisitiva. A Carta Política, com a outorga dominial atribuída à
União, criou, para esta, uma propriedade vinculada ou reservada, que se
destina a garantir aos índios o exercício dos direitos que lhes foram
reconhecidos constitucionalmente (CF, art. 231, §§ 2º, 3º e 7º), visando,
desse modo, a proporcionar às comunidades indígenas bem-estar e
condições necessárias à sua reprodução física e cultural, segundo seus
usos, costumes e tradições. A disputa pela posse permanente e pela
riqueza das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios constitui o
núcleo fundamental da questão indígena no Brasil. A competência
jurisdicional para dirimir controvérsias pertinentes aos direitos indígenas
pertence à Justiça Federal comum.
(Primeira Turma, RE nº 183188/MS, Relator Ministro Celso de Mello,
Julgamento:09/12/1996, DJU de 14.02.1997.) STF
41) (CESPE - OAB - Exame de Ordem Unificado ♠ 1ª Fase -
Maio/2008)
As usinas que operem com reator nuclear devem ter sua
localização definida em lei estadual.
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ERRADO. Lei FEDERAL, consoante Art. 225, § 6º da CF/88.
42) (MPE-SP - Promotor de Justiça ♠ 2011)
Ao indicar a defesa do meio ambiente como um dos princípios da
ordem econômica, a Constituição Federal submete o exercício da
atividade econômica à preservação do meio ambiente.
CERTO. Art. 170, VI da CF/88.
43)(CESPE - Advogado - IBRAM-DF ♠ 2009)
O Ministério Público da União está legitimado para promover o
inquérito civil e a ação civil pública visando proteção do meio
ambiente, mas não para defender direitos difusos e coletivos.
ERRADO. Conforme o art. 129, III da CF/88 o Ministério Público está
legitimado a promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos.
44) (CESPE - Advogado - IBRAM-DF ♠ 2009)
A administração pública das cidades brasileiras com mais de
20.000 habitantes está obrigada a elaborar o plano diretor do
município a ser submetido e aprovado pela Câmara Municipal. A
exigência ampara-se em preceito constitucional e visa orientar a
política de desenvolvimento e de expansão urbana.
CERTO. Art. 182, § 1º da CF/88. ☝O plano diretor, aprovado pela
Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil
habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento
e de expansão urbana."
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45) (FUMARC - Advogado - BDMG ♠ 2011)
Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o
meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida
pelo órgão público competente, na forma da lei.
CERTO. Art. 225, § 2º da CF/88.
46) (CESPE - TJ-PB - Juiz ♠ 2011)
A floresta amazônica brasileira, a mata atlântica, a serra do Mar, o
pantanal mato-grossense e a zona costeira são considerados
patrimônio nacional pela CF, razão pela qual é vedada a utilização
dos recursos naturais existentes nessas áreas, ainda que sujeitas
ao domínio privado.
ERRADO. Vejam a decisão do STF.
(...)O preceito consubstanciado no art. 225, § 4º, da Carta da República,
além de não haver convertido em bens públicos os imóveis
particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele
referidas (Mata Atlântica, Serra do Mar, Floresta Amazônica
brasileira), também não impede a utilização, pelos próprios
particulares, dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam
sujeitas ao domínio privado, desde que observadas as prescrições legais e
respeitadas as condições necessárias a preservação ambiental. (...)
(RE 134.297/SP, Rel. Min. Celso Mello, Julgamento:12/06/1995, DJ
22/09/1995)
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47)(CESPE - OAB - 2009.3)
O § 4º do art. 225 da CF estabelece que "a Floresta Amazônica
brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua
utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que
assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao
uso dos recursos naturais." Em face desse dispositivo os
proprietários dos imóveis particulares inseridos nas florestas e
matas referidas nesse dispositivo constitucional podem utilizar os
recursos naturais existentes nessas áreas, desde que observadas
as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias à
preservação ambiental.
CERTO. De acordo com decisão do STF reproduzida na questão anterior.
48) (CESPE - Analista Ambiental - 2011)
A Constituição Federal de 1988, ao consagrar a proteção à
Floresta Amazônica brasileira, à Mata Atlântica, à Serra do Mar, ao
Pantanal Mato-grossense, e à Zona Costeira, definidos como
patrimônio nacional, converteu em bens públicos os imóveis
particulares abrangidos pelas referidas florestas e matas.
ERRADO. É aí pessoal? Ficou fácil né? Cópia da decisão do STF.
49) (Advogado Júnior - UEGA - 2009)
O direito ao desenvolvimento econômico tem sido um dos
obstáculos à preservação do meio ambiente em Estados soberanos
como o Brasil, motivo pelo qual a Constituição de 1988 promoveu
uma clivagem entre desenvolvimento e meio ambiente.
ERRADO. O que mais se busca atualmente é o chamado desenvolvimento
sustentável, que vocês viram na primeira aula, busca conciliar
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desenvolvimento econômico, equilíbrio ambiental e justiça ou equidade
social.
A ordem econômica deverá observar, conforme os ditames da
justiça social, dentre outros princípios, a função social da propriedade e a
defesa do meio ambiente. Art. 170 caput, III e VI da CF/88.
Só o artigo 170 é suficiente para afirmar que o item está errado.
Notem que o constituinte buscou harmonizar o desenvolvimento
econômico e social e a defesa do meio ambiente. Portanto, não há
uma clivagem ou separação entre meio ambiente e desenvolvimento
como afirmado na questão.
50) (Juiz - TRT - 9ª REGIÃO - 2006)
Através do princípio do desenvolvimento sustentável, o direito
ambiental busca realizar uma harmonização entre o
desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente.
CERTO. Conforme explicado na questão anterior.
51) (Advogado Júnior - UEGA - 2009)
A utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a
preservação do meio ambiente constituem, nos termos da
Constituição brasileira, um requisito da função social da
propriedade rural.
CERTO.
Art. 186 da CF/88 - Função Social da Propriedade Rural
A função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência
estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e
60575261390
Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado)
Prof. Rosenval

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