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Aula 01 Direito Ambiental p/ Polícia Civil - DF (Delegado) Professor: Rosenval Júnior Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 100 A Constituição de 1988 e o meio ambiente. SUMÁRIO PÁGINA A Constituição de 1988 e o meio ambiente 2 - 36 MEMOREX do art. 225 37 Questões comentadas 38 - 77 Lista de questões + gabarito 78 - 95 Teste Final 96 "Quanto mais estudo, mais sorte eu tenho.☝ 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 100 Constituição Federal de 1988 e o meio ambiente A Constituição Federal de 1988 foi a primeira das Constituições brasileiras a dedicar um capítulo exclusivo para tratar especificamente sobre o meio ambiente, com enfoque protecionista. O art. 225 traz as diretrizes do direito ambiental. No entanto, a abordagem ambiental da CF/88 não fica restrita a esse artigo, estando presente ao longo de toda a Carta referências à proteção e defesa do meio ambiente. Vamos iniciar o estudo com as competências, mas antes vamos ver a classificação dos bens públicos. Em seguida analisaremos os dispositivos do artigo 225, o mais importante em matéria ambiental. Bens Públicos Ambientais Classificação dos bens públicos quanto à finalidade: Bens de uso comum: Podem ser usados por todos, indistintamente. Ex.: rios, mares, ilhas oceânicas, praias, estradas, ruas e praças. Bens de uso especial: Possuem uma destinação pública específica. Ex.: Terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental (art.20, II da CF/88) e as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios (art. 20, XI da CF/88). Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade especial, nem são de uso comum. Constituem o patrimônio da União, Estados ou dos Municípios, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Os bens dominicais representam o patrimônio disponível do Estado, pois não estão destinados ou afetados. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 100 Bens ambientais da União Os bens pertencentes à União estão previstos no art. 20 da Constituição Federal. I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 100 Bens dos Estados Os bens ambientais dos Estados estão dispostos no artigo 26 da Constituição e são os seguintes: As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; As áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; As terras devolutas não compreendidas entre as da União. Bens municipais Os bens municipais não foram expressamente listados na Constituição, no entanto os municípios possuem o domínio de bens como unidades de conservação municipais, jardins públicos, hortos florestais, praças, entre outros. Importante dizer que o fato de o constituinte ter anunciado que os bens do inciso III do artigo 20 ☜são da União☝, não transforma o Poder Público Federal em ☜proprietário☝ da água, mas sim em gestor daquele bem em benefício de e no interesse de todos. Da mesma forma os bens indicados no inciso I do art. 26, dentre eles, as águas subterrâneas, são bens que devem ser gerenciados pelos respectivos Estados que os tenham sob o domínio dos seus respectivos territórios. O meio ambiente está inserido na categoria dos direitos difusos, isto é, daqueles direitos pertencentes a uma coletividade indeterminada e que transcende a classificação tradicional de direito privado e direito público, tem-se que o conceito de dominialidade das águas não pode ser visto sob o ângulo do Direito Privado. Nesse sentido é preciso entender que a 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 100 dominialidade inerente, por exemplo, aos recursos hídricos não tem sinônimo de apropriação do bem, mas sim de gerenciamento. Isso se dá porque de acordo com a definição contida no art. 225 da Constituição Federal o meio ambiente é ☜bem de uso comum do povo☝ e por isso não pode ser qualificado como um bem que pertença a uma pessoa física ou jurídica privada ou pública, mas sim como um bem pertencente a uma coletividade indeterminada. Competências Constitucionais em Matéria Ambiental O Brasil adotou o Federalismo cooperativo, em que há coordenação entre a União e os demais entes. A repartição da competência legislativa está fundamentada no princípio da predominância do interesse, dessa forma compete à União assuntos de interesse nacional, aos Estados temas de interesse regional, e aos Municípios assuntos de predominante interesse local. Ao Distrito Federal foram atribuídas as competências de interesse predominantemente local (municipais) e regional (estaduais). 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 100 Há uma divisão das competências em Legislativa (poder de normatizar: elaborar leis e atos normativos) e material ou administrativa (atuação concreta, exercício do poder de polícia). A Constituição Federal de 1988 enumera expressamente as competências da União (artigos 21 e 22), a competência comum (art. 23) Princípio da predominância do interesse UNIÃO Interesse Nacional Estados Interesse Regional DF Regional/Local Municípios Interesse Local Competência Material ou Administrativa Poder de Polícia Legislativa Poder de Normatizar 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 100 e a concorrente (art. 24). No art. 25 temos as competências dos Estados e no art. 30 as dos Municípios. Assim temos: Expressamente as competências da União (Material: art. 21 e Legislativa: art. 22); Competência administrativa ou material comum outorgada a todos os entes federativos (U, E, DF e M) no art. 23; Competência legislativa concorrente entre a União, os estados e o Distrito Federal no art. 24; Competência remanescente ou residual aos Estados no art. 25, § 1°; Expressamente as competências dos municípios no art. 30; Ao Distrito Federal, regra geral, cabe as competênciasestaduais e municipais, de acordo com o art. 32, § 1°. Competência material: Ⅻ Exclusiva da União (art. 21) - É indelegável. Ⅻ Comum, c u m u l a t i v a o u paralela (art. 23) - Compete a todos os entes (U, E, DF e M) Competência legislativa: Ⅻ Privativa da União (art. 22) - Cabe somente à União legislar sobre determinados temas. No entanto, lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas. É delegável. Ⅻ Concorrente (art. 24) - União, Estados e Distrito Federal podem legislar sobre determinados assuntos. A União estabelece normas gerais. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 100 Vou fazer uma breve explicação que já ajudará a resolver as questões sem precisar memorizar uma lista gigante de competências. Importante que vocês saibam que compete a todos os entes políticos proteger o meio ambiente (é uma competência material ou administrativa COMUM, art. 23). Essa é a regra, ok?! A exceção é que determinadas competências materiais ou administrativas são EXCLUSIVAS da União, art. 21. Exemplo: explorar os serviços e instalações nucleares. No que se refere a legislar sobre meio ambiente, a regra é a competência CONCORRENTE, na qual cabe à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre meio ambiente, art. 24. Nesse caso, compete à União editar normas gerais. Os municípios também podem legislar sobre meio ambiente em se tratando de interesse local e no intuito de suplementar a legislação estadual e federal no que couber, de acordo com o art. 30. No que diz respeito à competência legislativa, temos uma exceção: Cabe PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre águas, energia, jazidas, minas e outros recursos minerais, e também sobre atividades nucleares de qualquer natureza, conforme preceitua o art. 22. Visto isso, vamos apresentar as competências em matéria ambiental de conhecimento obrigatório para a prova. Competência LEGISLATIVA PRIVATIVA Segundo o artigo 22 da CF/88, somente a União poderá legislar sobre os temas inseridos nesse dispositivo. Entretanto, há uma única 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 100 exceção: Lei Complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas no art. 22. Competência LEGISLATIVA PRIVATIVA É aquela outorgada à União, com possibilidade de delegação aos Estados, por meio de Lei Complementar. Do artigo 22 é importante que vocês saibam que compete privativamente à União legislar sobre: Direito Agrário Águas, Energia Jazidas, Minas, outros Recursos Minerais Populações Indígenas Atividades Nucleares Competência LEGISLATIVA CONCORRENTE Tem fundamente no artigo 24 da CF/88. Caracteriza-se por atribuir a competência de legislar sobre a mesma matéria a mais de um ente federativo. Cabe à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: Direito Urbanístico Florestas Caça, Pesca, Fauna Conservação da Natureza Defesa do Solo dos Recursos Naturais Proteção do Meio Ambiente 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 100 Controle da Poluição Proteção do Patrimônio Responsabilidade por Dano ao Meio Ambiente Resumo da história: Memorizem que cabe à U, E e DF legislar concorrentemente sobre: MEIO AMBIENTE (Regra geral) e RESPONSABILIDADE POR DANO AO MEIO AMBIENTE. No âmbito da competência legislativa concorrente caberá à União estabelecer normas gerais. O que não exclui a competência suplementar dos Estados. Os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender as suas peculiaridades, no caso de não existir Lei Federal sobre normas gerais. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual ou distrital, no que lhe for contrário. Notem que não é revogar, mas sim suspender aquilo que for contrário. Caso não haja contrariedade, as normas (federal e estadual) podem coexistir. Obs.: Os Municípios também podem legislar sobre matéria ambiental, no caso de interesse local (Art. 30, I da CF/88) e para suplementar a legislação federal e a estadual no que couber (Art. 30, II da CF/88). Diante disso, muito cuidado! Se na prova a questão afirmar que município pode legislar sobre meio ambiente, marque CERTO. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 100 Os municípios podem legislar sobre meio ambiente e também devem protegê-lo. Entretanto, é importante observar que eles não possuem competência legislativa concorrente, de acordo com a literalidade do art. 24 da CF/88. A competência legislativa dos Municípios é nos termos do art. 30. Se o item afirmar que os municípios possuem competência concorrente com fundamento no art. 24 está errado. Pessoal, essa é a posição da doutrina majoritária. No entanto, há autores que denominam essa competência dos municípios de "concorrente implícita". Fiquem atentos, pois é muito sutil a diferença e pode causar confusão na hora da prova. Vejam como esse assunto foi cobrado em concurso: (FGV - OAB - Set/2010) Legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição é de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com fundamento no artigo 24 da Constituição Federal. ERRADO. (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE ♠ 2009) O município não está elencado no artigo constitucional que trata da competência concorrente, mas pode legislar acerca do tema meio ambiente. CERTO. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 100 Competência MATERIAL ou ADMINISTRATIVA em matéria ambiental. São aquelas que indicam o campo de atuação político- administrativa do ente federado. São competências para atuação efetiva, para a exploração de atividade, que confere aos entes federativos poder de execução, de administrar. Divide-se em exclusiva e comum. Competência MATERIAL EXCLUSIVA São matérias de interesse geral, que competem apenas à União. É indelegável. Assim, no que diz respeito ao meio ambiente, compete à União: Competência Administrativa (Material) EXCLUSIVA da UNIÃO - Art. 21 Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água. Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e Competência Material Exclusiva (União) Art. 21 Comum (U, E, DF e M) Art. 23 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 100 definir critérios de outorga. Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos. Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; d) a responsabilidade civilpor danos nucleares independe da existência de culpa. (Responsabilidade Civil Objetiva) Estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. Competência MATERIAL COMUM, CUMULATIVA ou PARALELA É atribuída conjuntamente à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios com o objetivo de executarem o poder de polícia para proteção do meio ambiente, com fundamento no art. 23. Competência comum da U, DF, E e M - Art.23 Proteger os Documentos, Obras e outros Bens de Valor Histórico, Artístico e Cultural, os Monumentos, Paisagens Naturais Notáveis e os Sítios Arqueológicos. Proteger o Meio Ambiente 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 100 Combater a Poluição Preservar as Florestas, a Fauna e a Flora Saneamento Básico Combater as Causas da Pobreza Registrar, Acompanhar e Fiscalizar as Concessões de Direitos de Pesquisa e Exploração de Recursos Hídricos e Minerais em seus Territórios. Resumindo: Preservar e proteger o meio ambiente é competência COMUM da União, dos Estados, do DF e dos Municípios. De acordo com o parágrafo único do art. 23, leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Em dezembro de 2011 foi publicada a Lei Complementar 140/11, que fixou normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e alterou a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 100 RESUMÃO sobre as competências em Matéria Ambiental COMPETÊNCIAS EM MATÉRIA AMBIENTAL Competência Legislativa PRIVATIVA da União - Art. 22 Direito Agrário Águas, Energia Jazidas, Minas, outros Recursos Minerais Populações Indígenas Atividades Nucleares Competência Administrativa (Material) EXCLUSIVA da União - Art.21 Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água. Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga. Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos. Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 100 comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa. (Responsabilidade Civil Objetiva) Estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. Competência ADMINISTRATIVA COMUM da U, DF, E e M - Art.23 Proteger os Documentos, Obras e outros Bens de Valor Histórico, Artístico e Cultural, os Monumentos, Paisagens Naturais Notáveis e os Sítios Arqueológicos. Proteger o Meio Ambiente Combater a Poluição Preservar as Florestas, a Fauna e a Flora Saneamento Básico Combater as Causas da Pobreza Registrar, Acompanhar e Fiscalizar as Concessões de Direitos de Pesquisa e Exploração de Recursos Hídricos e Minerais em seus Territórios. Competência LEGISLATIVA CONCORRENTE (U, E, DF) Art. 24 Direito Urbanístico Florestas Caça, Pesca, Fauna Conservação da Natureza Defesa do Solo dos Recursos Naturais Proteção do Meio Ambiente Controle da Poluição Proteção do Patrimônio Responsabilidade por Dano ao Meio Ambiente 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 100 Competência Legislativa (E, DF) Art. 25, § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Competência Administrativa (E, DF) Art. 25, § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição. Explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado. Competência Legislativa (Municípios) Art.30 Legislar sobre assuntos de interesse local; Suplementar a legislação federal e a estadual no que couber. Competência Administrativa (Municípios) Art.30 Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 100 Meio Ambiente Cultural Segundo o art. 216 da CF/88, constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. Observem que o patrimônio cultural é constituído de bens materiais e imateriais, singulares ou coletivos, móveis ou imóveis. Muitas questões afirmam que são bens culturais apenas os bens materiais. Errado!!! Não caiam nessa pegadinha! Outra coisa: o rol apresentado pela constituição é exemplificativo, não taxativo, pois o constituinte utilizou a expressão "nos quais se incluem", o que nos leva a aceitar outros além dos apresentados na CF/88. O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de: inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, outras formas de acautelamento e preservação. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 100 Vou fazer alguns comentários sobre o tombamento por ser o instrumento mais comum em provas. Tombamento é o ato administrativo de inscrição de um bem material em um dos livros do Tombo. Uma vez que a proteção do patrimônio cultural é uma competência comum, admite-se o tombamento de um mesmo bempor mais de um ente político. Podem ser objeto de tombamento bens materiais de interesse cultural ou ambiental, móveis ou imóveis, tomados individualmente ou em sua coletividade. Obs.: De acordo com a doutrina ambiental, os bens imateriais serão objeto de registro, e não do tombamento! Pessoal, como todo bem ambiental, o patrimônio cultural tem natureza jurídica de bem difuso, que pertence a todos. Cabendo não só ao Poder Público, mas a toda sociedade o dever de preservá-lo. Sobre a competência sobre o patrimônio cultural é suficiente que vocês saibam que a competência material ou administrativa é comum e a competência legislativa é concorrente, de acordo com os artigos 23 e 24 da CF/88 respectivamente. "Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência." "Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico." 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 100 Meio Ambiente Artificial Constituem o meio ambiente artificial todo o espaço construído, os equipamentos públicos e todos os espaços habitáveis pelo homem. A política de desenvolvimento urbano executada pelo Poder Público municipal tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. A propriedade urbana cumprirá a sua função social quando atender às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor (instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana), que deve ser aprovado pela Câmara Municipal, e é obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes. Meio Ambiente do Trabalho Diz respeito às condições existentes no local de trabalho. Refere-se às condições inerentes à qualidade de vida do trabalhador. O meio ambiente do trabalho adequado é um direito fundamental, essencial à sadia qualidade de vida do trabalhador. De acordo com o art. 200, VIII da CF/88, compete ao sistema único de saúde (SUS), além de outras atribuições, nos termos da lei, colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 100 Artigo 225 da Constituição Federal de 1988 De acordo com o art. 225, caput da CF/88, todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Vejam que no caput temos a norma matriz "todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado" consagra o princípio da sadia qualidade de vida. Cabe dizer que o caput do art. 225 da CF/88 tem inspiração na doutrina ANTROPOCÊNTRICA, haja vista que dispôs o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como bem de uso comum do povo, ou seja, o equilíbrio ambiental serve aos interesses humanos. Em "impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo☝ temos o Princípio da Obrigatoriedade de Intervenção do Poder Público e da Participação. "Para as presentes e futuras gerações" temos disposto o Princípio do Acesso Equitativo aos Recursos Naturais ou Equidade Intergeracional ou Solidariedade Intergeracional, pois aqui temos um pacto entre gerações. As gerações presentes podem utilizar os recursos ambientais, mas de forma sustentável, sem comprometer o desenvolvimento das futuras gerações. Quando a Constituição diz "bem de uso comum do povo" quer dizer que o meio ambiente é um bem jurídico autônomo, de titularidade difusa, indisponível e insuscetível de apropriação. Observem que não só o Poder Público, mas também a coletividade tem o dever de defender e preservar o meio ambiente de modo a permitir a satisfação das necessidades das gerações presentes sem comprometer as gerações futuras. O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é difuso, bem de uso comum do povo, que não pertence a indivíduos 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 100 isolados, mas a toda a coletividade, e é direito de terceira dimensão ou geração, que está relacionado à fraternidade/solidariedade. Para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, a Constituição elencou uma séria de obrigações e instrumentos impostos ao Poder Público (Princípio da Obrigatoriedade de Intervenção Estatal), sendo de competência comum da União, dos Estados, do DF e dos Municípios a proteção do meio ambiente. Notem que o poder público não tem a faculdade de proteger o meio ambiente, na verdade, ele tem um dever constitucional, a obrigação de fazer, de zelar pela defesa e proteção do meio ambiente. Assim como o cidadão também tem o dever de preservar e defender o meio ambiente. Jurisprudência "O direito à integridade do meio ambiente ♠ típico direito de terceira geração ♠ constitui prerrogativa jurídica de titularidade coletiva, refletindo, dentro do processo de afirmação dos direitos humanos, a expressão significativa de um poder atribuído, não ao indivíduo identificado em sua singularidade, mas, num sentido verdadeiramente mais abrangente, à própria coletividade social. Enquanto os direitos de primeira geração (direitos civis e políticos) ♠ que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais ♠ realçam o princípio da liberdade e os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) ♠ que se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas ♠ acentuam o princípio da igualdade, os direitos de terceira geração, que materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e constituem um momento importante no processo de desenvolvimento, 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 100 expansão e reconhecimento dos direitos humanos, caracterizados, enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota de uma essencial inexauribilidade." (MS 22.164, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-10-1995, Plenário, DJ de17-11-1995.) No mesmo sentido: RE 134.297, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 13-6-1995, Primeira Turma, DJ de 22-9-1995. Abaixo os incisos, que trazem os instrumentos de garantia para a proteção do direito disposto no caput do artigo 225. Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas. Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético. Dispositivo regulamentado pela Lei 11.105/2005, Lei de Biossegurança, que estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre o cultivo, a produção, a manipulação, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismos geneticamente modificados (OGM) seus derivados. Diversidade ecológica ou biodiversidade é "a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo,dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.☝ (art. 2º, III, da Lei n. 9.985/2000). Definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 100 alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. O estudo prévio de impacto ambiental é uma espécie do gênero Avaliação de Impactos Ambientais. É um estudo exigido no licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades efetiva ou potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente. No caso de atividade ou empreendimento não causador de significativo impacto ambiental, outros estudos ambientais mais simplificados serão exigidos. Espaços Territoriais Especialmente Protegidos (ETEP): Unidades de Conservação (UC) (Lei 9.985/00) Áreas de Preservação Permanente (APP) (Código Florestal) Reserva Legal (RL) (Código Florestal) Outros: Jardins Zoológicos, Hortos, Jardins Botânicos, Quilombos, Terras Indígenas... 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 100 A Constituição em respeito ao Princípio da Informação determina a publicidade do EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental). Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente. Positiva no direito ambiental o Princípio do Limite. Uma aplicação seria o controle, inspeção e fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins. Outra seria o controle pelo Poder Público da produção e destinação de resíduos sólidos, gases e efluentes. Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente. A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, presente em todos os níveis formais ou informais. É um instrumento importante na conscientização pública para a preservação do meio ambiente. Educação ambiental é um processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir ♠ individual e coletivamente ♠ e resolver problemas ambientais presentes e futuros. Segundo o art. 1º e 2º da Lei 9.795/99, educação ambiental é o conjunto de processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Os poderes públicos devem definir políticas que incorporem as dimensões ambientais e promovam a participação da sociedade na 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 100 conservação, recuperação e manutenção das condições ambientais adequadas. Princípios básicos da educação ambiental: I - o enfoque: humanista, holístico, democrático e participativo; II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio- econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; III - o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo; VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural. Aplicada na educação ambiental, a transversalidade deve ser vista como uma forma de se tratarem temas que devem ser difundidos continuamente no ensino formal (através de todas as disciplinas e níveis de ensino) e não formal. As questões socioambientais são temas transversais, de natureza distinta das áreas convencionais. Sua complexidade perpassa diferentes campos do conhecimento, não podendo ser tratada isoladamente por uma disciplina. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 100 A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação, além dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações não- governamentais (ONGs) com atuação em educação ambiental. A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal. NÃO devendo ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino. Isso se deve ao seu caráter multidisciplinar e transversal. Isso é muito cobrado em prova. Portanto, fiquem atentos! A educação ambiental deve estar presente de forma integrada e não de forma isolada, como uma disciplina específica. No entanto, nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao aspecto metodológico da educação ambiental, quando se fizer necessário, é facultada a criação de disciplina específica. Nesse caso é facultativa a criação da disciplina específica. Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, em todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas. A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas. A coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental ficará a cargo de um órgão gestor, que será dirigido pelos Ministros do Meio Ambiente e Ministério da Educação. Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo: I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 100 ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem; III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, promover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação; V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivosobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente; VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais. Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. Este inciso tem clara inspiração nas linhas eco e biocêntricas (preservação da fauna e flora). Não confundir com o caput do art. 225, que segue a linha antropocêntrica. Convém citar que o STF tem declarado a inconstitucionalidade de leis estaduais que permitam práticas como as "rinhas de galo" ou a "farra do boi", pois o pleno exercício de direitos culturais não prescinde da 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 100 observância do inciso VII do art. 225 da Constituição, o qual veda práticas que submetam os animais à crueldade. (Não prescindir= Não dispensar) Ademais, atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime com pena de detenção, de três meses a um ano, e multa, de acordo com o art. 32 da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo (vivissecação), ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. Se houver a morte do animal a pena é aumentada de um sexto a um terço. A seguir os parágrafos 2º, 3º, 4º, 5º e 6º do art. 225, muito recorrentes em provas. Vocês precisam ter esses dispositivos no sangue! Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. (Art. 225, § 2º) Aplicação do princípio do poluidor-pagador, da reparação ou da responsabilidade, com a exigência do PRAD - Plano de Recuperação de Áreas Degradadas. A exploração de recursos minerais exige a recuperação do meio ambiente da região afetada por esse tipo de atividade, em que ao final da extração, o órgão competente fará vistoria e indicará a solução técnica cabível para a sua recuperação. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 100 penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. (Art. 225, § 3º) A CF/88 prevê a possibilidade de responsabilização da pessoa física e jurídica nas esferas penal, civil e administrativa (Art. 225,§3º da CF/88). É uma Tríplice responsabilização. A Lei 9.605/98 regulamenta a norma constitucional e dispõe sobre os crimes ambientais e as infrações administrativas. A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. (Art. 225, § 4º) PATRIMÔNIO NACIONAL: 1-Floresta Amazônica brasileira Responsabilidade pessoa física e pessoa jurídica PENAL CIVIL ADMINISTRATIVA 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 100 2-Mata Atlântica 3-Serra do Mar 4-Pantanal Mato-Grossense 5-Zona Costeira Vocês podem memorizar assim: FAB MATA SERRA PANTA ZONA Memorizem os 5! Nas questões os examinadores inserem outros biomas ou ecossistemas no intuito de confundir ou simplesmente afirmam que um ou outro não é patrimônio. As questões mais elaboradas cobram a posição do STF acerca do tema. Observem que não é patrimônio nacional de acordo com o art. 225: o cerrado, a caatinga e os pampas. Embora sejam biomas brasileiros. Patrimônio nacional NÃO quer dizer que seja bem público, que esteja entre o patrimônio disponível da União. São na verdade bens cuja preservação é do interesse de toda a coletividade. (...) O preceito consubstanciado no art. 225, § 4º, da Carta da República, além de não haver convertido em bens públicos os imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele referidas (Mata Atlântica, Serra do Mar, Floresta Amazônica brasileira), também não impede a utilização, pelos próprios particulares, dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam sujeitas ao domínio privado, desde que observadas as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias a preservação ambiental. (...) (RE 134.297/SP, Rel. Min. Celso Mello, Julgamento:12/06/1995, DJ 22/09/1995) 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 100 Logo, não há conversão de propriedades privadas em bens da União e nem a desapropriação indireta em decorrência do regime especial de proteção conferido a essas áreas pela constituição. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. (Art. 225, § 5º) Terras devolutas seriam as existentes no território brasileiro, que não se incorporaram legitimamente ao domínio particular e sem finalidade pública específica. As terras devolutas não compreendidas entre as da União pertencem aos Estados (Art. 26, IV da CF/88). Já as terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental são bens da união (art. 20, II da CF/88) e podem ser classificadas como bens públicos de uso especial e de uso comum, por possuírem destinação pública específica: a proteção dos ecossistemas naturais, sendo assim bens públicos indisponíveis. Dessa forma, as terras devolutas que concorrem para a proteção ambiental são indisponíveis! A ação discriminatória visa discriminar, separar, delimitar, demarcar aquilo que é devoluto daquilo que legitimamente tenha se incorporado ao domínio particular ou que seja de domínio público. As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em LEI FEDERAL, sem o que não poderão ser instaladas. (Art. 225, § 6º) Vocês vão ver que nas questões os examinadores colocam decreto, lei estadual, municipal, resolução...enfim, não interessa! As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua LOCALIZAÇÃO definida em LEI e precisa ser FEDERAL! Sem isso NÃO poderão ser instaladas! 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 100 Cabe dizer que além da lei federal definindo a sua localização, a usina que opere com reator nuclear deverá observar o prévio licenciamento ambiental e outras exigências legais. Ação Popular Ambiental É a ação intentada por qualquer cidadão com o objetivo de anular judicialmente atos lesivos ou ilegais aos interesses metaindividuais garantidos constitucionalmente, quais sejam a moralidade administrativa, o patrimônio público ou de entidade que o Estado participe, o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural. ☜Art. 5º, LXXIII da CF/88- qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;☝ Dessa forma, a Ação Popular é um remédio constitucional,que possibilita ao cidadão brasileiro (aquele que esteja em pleno gozo de seus direitos políticos) tutelar em nome próprio e no interesse da coletividade a anulação de atos lesivos ao patrimônio público ou de entidade custeada pelo Estado, ou ainda à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico cultural. Há três requisitos ou pressupostos principais para o cabimento da ação, quais sejam: a) o autor ser cidadão, b) que ocorra ilegalidade no ato e c) que exista lesividade do ato. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 100 Função Socioambiental da Propriedade A função social da propriedade foi reconhecida expressamente pela Constituição de 1988, no art. 5º, XXIII; 170, III; Art. 182 § 2º; e 186, inc. II. A Constituição impõe ao proprietário o dever de exercer o seu direito de propriedade em conformidade com a preservação do meio ambiente. No sentido de que, se ele não o fizer, o exercício do seu direito de propriedade não será legítimo. "Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;" "Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor; 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 100 VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País." A propriedade rural cumpre a sua função social quando atende, simultaneamente, quatro requisitos, entre eles aproveitamento racional e adequado e a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente. "Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Já a propriedade urbana para desempenhar a sua função social deve atender às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 100 Artigos importantes sobre meio ambiente na CF/88 Art. 5º, LXXIII Art. 129, III Art. 170 Art. 174, §3º Art. 176 Art. 177 Art. 182 Art. 186 Art. 200, VIII Art. 216 Art. 225 Art. 231 e 232 A função social da propriedade não se limita à propriedade rural. A propriedade urbana também deve cumprir a sua função social. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 100 MEMOREX do art. 225 da CF/88 para véspera de prova ETEP: Espaços Territoriais Especialmente Protegidos UF: Unidade da Federação PF: Pessoa Física PJ: Pessoa Jurídica 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 100 Questões resolvidas 1) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO ♠ 2011) É competência privativa da União a proteção, por meio do IPHAN, dos documentos, das obras e de outros bens de valor histórico, artístico e cultural, dos monumentos, das paisagens naturais notáveis e dos sítios arqueológicos. ERRADO. Trata-se de competência COMUM. Art. 23, III da CF/88. 2) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO ♠ 2011) Se determinado estado da Federação editar lei instituindo código florestal, a referida lei deverá ser considerada inconstitucional, visto que cabe à União, em caráter privativo, legislar sobre a matéria. ERRADO. Legislar sobre florestas é competência CONCORRENTE da União, dos Estados e do DF. Art. 24, VI da CF/88. 3) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás ♠ 2011) É concorrente entre União, Estados, Municípios e Distrito Federal a competência para proteger o meio ambiente, combater a poluição e preservar as florestas, a fauna e a flora. ERRADO. Proteger o meio ambiente, combater a poluição e preservar as florestas, a fauna e a flora. é competência COMUM. Art. 23, VI e VII da CF/88. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 100 4) (PGE-RO - Procurador ♠ 2011) É competência privativa da União legislar sobre responsabilidade civil ambiental. ERRADO. Legislar sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente é competência CONCORRENTE da União, dos Estados e do Distrito Federal. Art. 24, VIII da CF/88. 5) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO ♠ 2011) A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento de energia hidráulica constituem atividades da esfera de competência da União. Assim, uma vez que os recursos minerais pertencem a esse ente federativo, e não ao proprietário do solo, cabe à administração federal autorizar sua exploração. CORRETO. A propriedade do solo não abrange jazidas, minas e demais recursos minerais, e os potenciais de energia hidráulica. Esses se submetem ao regime de dominialidade pública, sendo assegurada ao proprietário do solo a participação nos resultados da lavra. Além disso, segundo o art. 21, XII, b é competência da União o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos. 6) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010) Deverá ser editada lei ordinária com as normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para o exercício da competência comum de defesa do meio ambiente. ERRADO. Não é lei ordinária, mas sim Lei COMPLEMENTAR. Essa lei, finalmente, foi editada em dezembro de 2011. Trata-se da LC 140/2011. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 100 7) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010) Legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição é de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com fundamento no artigo 24 da Constituição Federal. ERRADO. PEGADINHA CLÁSSICA! Vocês irão encontrar outras questões com essa abordagem. De acordo com a literalidade do art. 24 a competência concorrente cabe apenas à União, aos Estados e ao DF. A competência legislativa dos Municípios está no art. 30 da CF/88. Notem que a questão afirma que os municípios possuem competência concorrente com fundamento no art. 24 o que está errado! 8) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010) A competência executiva em matéria ambiental não alcança a aplicação de sanções administrativas por infração à legislação de meio ambiente. ERRADO.Óbvio que alcança. É competência comum exercer o poder de polícia no intuito de proteger o meio ambiente e para isso os entes federativos podem e devem fiscalizar, monitorar e impor sanções. 9) (TJ-PR - Juiz- 2010) A competência material dos Municípios é suplementar, cabendo- lhes proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 100 de suas formas subsidiariamente, nos termos de Lei Complementar. ERRADO. TODOS (U, E, DF e M) devem proteger o meio ambiente e combater a poluição. É competência material ou executiva COMUM. Art. 23, VI da CF/88. 10) (TJ-PR - Juiz- 2010) A competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente é privativa da União. ERRADO. A competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente é CONCORRENTE. Art. 24, VIII da CF/88. 11) (TJ-PR - Juiz- 2010) Na competência legislativa em matéria ambiental, a superveniência de Lei Federal revoga dispositivo de Lei Estadual no que lhe for contrário. ERRADO. Suspende apenas aquilo que for contrário. Art. 24, § 4º da CF/88. 12) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-RR ♠ 2008) No tocante à competência legislativa a ser exercida pelos estados, deve-se considerar que, no âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais e que esta exclui a competência suplementar dos estados. ERRADO. "A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados". Art. 24, § 2º da CF/88 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 100 13) (FGV - TJ-PA ♠ Juiz - 2008) A proteção do meio ambiente, o combate à poluição e a preservação das florestas, da fauna e da flora são de competência comum da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. CERTO. Art. 23, VI e VII da CF/88. 14) (FGV - TJ-PA ♠ Juiz - 2008) União, Estados, Municípios e Distrito Federal têm competência comum para proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos, bem como para preservar as florestas, a fauna e a flora. CERTO. Art. 23, III e VI da CF/88. 15) (FGV - TJ-PA ♠ Juiz - 2008) As normas para a cooperação entre União, Estados, Municípios e o Distrito Federal no exercício de sua competência executiva comum para proteger o meio ambiente deverão ser fixadas por decreto federal. ERRADO. De novo! Como gostam do parágrafo único do art. 23. É por Lei Complementar. A LC 140/2011. 16) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE ♠ 2009) Com fulcro no princípio da predominância do interesse, compete privativamente à União legislar sobre florestas, caça e pesca. ERRADO. Competência CONCORRENTE. Art. 24, VI da CF/88. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 100 17) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE ♠ 2009) Mesmo que exista atuação normativa por parte da União, o estado-membro pode tratar das normas gerais. ERRADO. Cabe à União estabelecer normas gerais, o que não exclui a competência suplementar dos Estados. No caso da União não editar as normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender as suas peculiaridades. Art. 24, §§ 1º, 2º e 3º da CF/88. 18) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE ♠ 2009) O município não está elencado no artigo constitucional que trata da competência concorrente, mas pode legislar acerca do tema meio ambiente. CERTO. Perfeito. Segundo o art. 24 da CF/88, apenas U, E e DF possuem competência concorrente. O que não impedi que os Municípios legislem sobre matéria ambiental de interesse local. Fiquem ligados. Encontrei esse tipo de cobrança em outras provas da banca Cespe. 19) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE ♠ 2009) O DF não pode legislar concorrentemente com a União na matéria ambiental, por ser a sede da República brasileira. ERRADO. Viagem total...Lógico que pode. Não só o DF, como a União e os Estados. Art. 24 da CF/88 20) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE ♠ 2009) Os estados podem legislar concorrentemente sobre jazidas e minas encontradas em seus territórios. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 100 ERRADO. Legislar sobre jazidas, minas, outros recursos minerais é competência PRIVATIVA da União. Art. 22, XII. Lembrando que os recursos minerais, inclusive os do subsolo são bens da União, Art. 20, IX da CF/88. 21) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007) Matéria relacionada a atividade nuclear de qualquer natureza é de competência exclusiva da União. CERTO. Art. 21 XXIII e Art. 22, XXVI da CF/88. 22) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007) No âmbito da legislação concorrente, os estados não podem legislar sobre matéria ainda não tratada pela União. ERRADO. Podem sim! Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender as suas peculiaridades, Art. 24, § 3º da CF/88. 23) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007) As normas gerais no âmbito da competência concorrente são atribuídas à União. CERTO. Art. 24, § 1º da CF/88. 24) (MPE-PR - Promotor de Justiça ♠ 2011) É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição, bem como, sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 100 CERTO. Art. 24, VI e VIII da CF/88. 25) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás ♠ 2011) É princípio informador da ordem econômica brasileira a defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado, conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação. CERTO. Art. 170, VI da CF/88. 26) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás ♠ 2011) É função institucional do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. CERTO. Art. 129, III da CF/88. 27) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás ♠ 2011) É função do Estado favorecer a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros. CERTO. Art. 174, § 3º da CF/88. 28) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás ♠ 2011) Compete ao Sistema Único de Saúde, dentre outras atribuições, colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. CERTO. Art. 200, VIII da CF/88. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 100 29) (PGE-RO - Procurador ♠ 2011) A instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de degradação ambiental exige estudo prévio de impacto ambiental. ERRADO. O EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental) ou EIA (Estudo de Impacto Ambiental) é exigido para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de SIGNIFICATIVA degradação do meio ambiente. ATENÇÃO! EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental) é exigido para impactos SIGNIFICATIVOS! Não é qualquer obra ou atividade potencialmente poluidora. Tem que causarimpactos SIGNIFICATIVOS! Obs.: EPIA ou EIA são sinônimos. A CF/88 utiliza o termo Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA). Já a Lei 6.938/81 e as Resoluções do Conama 237/97 e 01/86 utilizam EIA. Ambos querem dizer a mesma coisa, e são estudos ambientais prévios que subsidiam o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos de significativo impacto ambiental. 30) (PGE-RO - Procurador ♠ 2011) A desafetação de Unidade de Conservação de categoria Reserva Legal depende de lei. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 100 ERRADO. ATENÇÃO! Reserva Legal (RL) não é categoria de unidade de conservação. Trata-se na verdade de uma espécie de Espaço Especialmente Protegido, assim como as Áreas de Preservação Permanente (APP) e as Unidades de Conservação (UC). Esse assunto será estudado na aula sobre Código Florestal e Unidades de Conservação. Apenas no intuito de não deixar dúvidas para depois, adianto que as Unidades de Conservação (UC) dividem-se em 2 grupos: UC de proteção integral e UC de uso sustentável. Cada grupo é dividido em categorias, com características específicas. O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na lei do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação). Já as Unidades de Uso Sustentável visam compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Espaços Territoriais Especialmente Protegidos (ETEP): Unidades de Conservação (UC) Lei 9.985/00 Áreas de Preservação Permanente (APP) Lei 12.651/2012 Reserva Legal (RL) Lei 12.651/2012 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 48 de 100 UC Proteção Integral Preservar a natureza+uso indireto UC Uso Sustentável Conservação da natureza+uso sustentável 5 categorias de UC no grupo de UC de PROTEÇÃO INTEGRAL I - Estação Ecológica (EE); II - Reserva Biológica (ReBio); III - Parque Nacional (ParNa); IV - Monumento Natural (MN); V - Refúgio de Vida Silvestre (RVS). 7 categorias de UC no grupo de UC de USO SUSTENTÁVEL I - Área de Proteção Ambiental (APA); II - Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE); III - Floresta Nacional (FloNa); IV - Reserva Extrativista (ResEx); V - Reserva de Fauna (RF); VI ♠ Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS); e VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Pessoal, revisando: RL, APP e UC são espaços territoriais especialmente protegidos. RL e APP são áreas protegidas pelo Código Florestal. Unidades de Conservação também são espaços territoriais protegidos presentes na lei que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). São classificadas em 2 grupos, que se subdividem em categorias, conforme a tabela acima. Assim, se o item no lugar de RL colocasse APA (Área de Proteção Ambiental) aí estaria certo, pois APA é uma das categorias de unidade de conservação. 31) (PGE-RO - Procurador ♠ 2011) A responsabilidade penal da pessoa jurídica no direito ambiental está prevista em legislação ordinária, não tendo previsão constitucional. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 49 de 100 ERRADO. A responsabilidade administrativa, civil e penal (Tríplice responsabilização) da pessoa jurídica está prevista no art. 3º da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) e no art. 225,§ 3º da CF/88. Confiram: "As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade." Art. 3º da Lei 9.605/98. "As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados." Art. 225, § 3º da CF/88. 32) (FGV - TJ-PA ♠ Juiz - 2008) A Constituição da República conferiu tratamento especial ao meio ambiente, dedicando a esse um capítulo específico, incluído no Título "Da Ordem Social". CERTO. Título VIII, Capítulo VI, Art. 225 da CF/88. 33) (MPE-PR - Promotor de Justiça ♠ 2011) Para assegurar a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, as usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. CERTO. Art. 225, Caput, § 6º da CF/88. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 50 de 100 34) (TRT - 23ª REGIÃO - MT - Juiz ♠ 2011) A proteção ao meio ambiente deve ser assegurada em todas as suas dimensões, a despeito de a Constituição de 1988 não ter feito menção expressa ao meio ambiente do trabalho. ERRADO. A CF/88 - no Art. 200, VIII - dispõe expressamente sobre o meio ambiente do trabalho. "Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho." 35) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria Madalena - RJ - 2010) São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. CERTO. Art. 225, § 5º da CF/88. 36) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria Madalena - RJ - 2010) Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê- lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. CERTO. Art. 225, caput da CF/88. 37) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria Madalena - RJ - 2010) 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 51 de 100 As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. CERTO. Art. 225, § 6º da CF/88. 38) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria Madalena - RJ - 2010) Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. CERTO. Art. 225, § 2º da CF/88. 39) (Analista Jurídico ♠ Arquitetura - PG-DF - 2011) O meio ambiente ganhou muito relevo com o advento da Constituição Federal vigente, chegando-se a prever a responsabilização administrativa, cível e, mesmo penal, tanto para as pessoas físicas quanto as jurídicas. CERTO. "As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados." Art. 225, §3º da CF/88. 40) (Analista Jurídico ♠ Arquitetura - PG-DF - 2011) Em relação às terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, a Constituição garante a eles propriedade, sendo, portanto, inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas são imprescritíveis. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 52 de 100 ERRADO. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são patrimônio da União, art. 20, XI. Sendo de propriedade do ente federal, portanto bens públicos de natureza especialou sui generis, inalienáveis, indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis, art. 231, §4º. (...) as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, embora pertencentes ao patrimônio da União (CF, art. 20, XI), acham-se afetadas, por efeito de destinação constitucional, a fins específicos voltados, unicamente, à proteção jurídica, social, antropológica, econômica e cultural dos índios, dos grupos indígenas e das comunidades tribais. A QUESTÃO DAS TERRAS INDÍGENAS - SUA FINALIDADE INSTITUCIONAL. - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios incluem-se no domínio constitucional da União Federal. As áreas por elas abrangidas são inalienáveis, indisponíveis e insuscetíveis de prescrição aquisitiva. A Carta Política, com a outorga dominial atribuída à União, criou, para esta, uma propriedade vinculada ou reservada, que se destina a garantir aos índios o exercício dos direitos que lhes foram reconhecidos constitucionalmente (CF, art. 231, §§ 2º, 3º e 7º), visando, desse modo, a proporcionar às comunidades indígenas bem-estar e condições necessárias à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. A disputa pela posse permanente e pela riqueza das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios constitui o núcleo fundamental da questão indígena no Brasil. A competência jurisdicional para dirimir controvérsias pertinentes aos direitos indígenas pertence à Justiça Federal comum. (Primeira Turma, RE nº 183188/MS, Relator Ministro Celso de Mello, Julgamento:09/12/1996, DJU de 14.02.1997.) STF 41) (CESPE - OAB - Exame de Ordem Unificado ♠ 1ª Fase - Maio/2008) As usinas que operem com reator nuclear devem ter sua localização definida em lei estadual. 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 53 de 100 ERRADO. Lei FEDERAL, consoante Art. 225, § 6º da CF/88. 42) (MPE-SP - Promotor de Justiça ♠ 2011) Ao indicar a defesa do meio ambiente como um dos princípios da ordem econômica, a Constituição Federal submete o exercício da atividade econômica à preservação do meio ambiente. CERTO. Art. 170, VI da CF/88. 43)(CESPE - Advogado - IBRAM-DF ♠ 2009) O Ministério Público da União está legitimado para promover o inquérito civil e a ação civil pública visando proteção do meio ambiente, mas não para defender direitos difusos e coletivos. ERRADO. Conforme o art. 129, III da CF/88 o Ministério Público está legitimado a promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 44) (CESPE - Advogado - IBRAM-DF ♠ 2009) A administração pública das cidades brasileiras com mais de 20.000 habitantes está obrigada a elaborar o plano diretor do município a ser submetido e aprovado pela Câmara Municipal. A exigência ampara-se em preceito constitucional e visa orientar a política de desenvolvimento e de expansão urbana. CERTO. Art. 182, § 1º da CF/88. ☝O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana." 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 54 de 100 45) (FUMARC - Advogado - BDMG ♠ 2011) Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. CERTO. Art. 225, § 2º da CF/88. 46) (CESPE - TJ-PB - Juiz ♠ 2011) A floresta amazônica brasileira, a mata atlântica, a serra do Mar, o pantanal mato-grossense e a zona costeira são considerados patrimônio nacional pela CF, razão pela qual é vedada a utilização dos recursos naturais existentes nessas áreas, ainda que sujeitas ao domínio privado. ERRADO. Vejam a decisão do STF. (...)O preceito consubstanciado no art. 225, § 4º, da Carta da República, além de não haver convertido em bens públicos os imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele referidas (Mata Atlântica, Serra do Mar, Floresta Amazônica brasileira), também não impede a utilização, pelos próprios particulares, dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam sujeitas ao domínio privado, desde que observadas as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias a preservação ambiental. (...) (RE 134.297/SP, Rel. Min. Celso Mello, Julgamento:12/06/1995, DJ 22/09/1995) 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 55 de 100 47)(CESPE - OAB - 2009.3) O § 4º do art. 225 da CF estabelece que "a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato- Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais." Em face desse dispositivo os proprietários dos imóveis particulares inseridos nas florestas e matas referidas nesse dispositivo constitucional podem utilizar os recursos naturais existentes nessas áreas, desde que observadas as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias à preservação ambiental. CERTO. De acordo com decisão do STF reproduzida na questão anterior. 48) (CESPE - Analista Ambiental - 2011) A Constituição Federal de 1988, ao consagrar a proteção à Floresta Amazônica brasileira, à Mata Atlântica, à Serra do Mar, ao Pantanal Mato-grossense, e à Zona Costeira, definidos como patrimônio nacional, converteu em bens públicos os imóveis particulares abrangidos pelas referidas florestas e matas. ERRADO. É aí pessoal? Ficou fácil né? Cópia da decisão do STF. 49) (Advogado Júnior - UEGA - 2009) O direito ao desenvolvimento econômico tem sido um dos obstáculos à preservação do meio ambiente em Estados soberanos como o Brasil, motivo pelo qual a Constituição de 1988 promoveu uma clivagem entre desenvolvimento e meio ambiente. ERRADO. O que mais se busca atualmente é o chamado desenvolvimento sustentável, que vocês viram na primeira aula, busca conciliar 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval Júnior Aula 01 Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 56 de 100 desenvolvimento econômico, equilíbrio ambiental e justiça ou equidade social. A ordem econômica deverá observar, conforme os ditames da justiça social, dentre outros princípios, a função social da propriedade e a defesa do meio ambiente. Art. 170 caput, III e VI da CF/88. Só o artigo 170 é suficiente para afirmar que o item está errado. Notem que o constituinte buscou harmonizar o desenvolvimento econômico e social e a defesa do meio ambiente. Portanto, não há uma clivagem ou separação entre meio ambiente e desenvolvimento como afirmado na questão. 50) (Juiz - TRT - 9ª REGIÃO - 2006) Através do princípio do desenvolvimento sustentável, o direito ambiental busca realizar uma harmonização entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente. CERTO. Conforme explicado na questão anterior. 51) (Advogado Júnior - UEGA - 2009) A utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a preservação do meio ambiente constituem, nos termos da Constituição brasileira, um requisito da função social da propriedade rural. CERTO. Art. 186 da CF/88 - Função Social da Propriedade Rural A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e 60575261390 Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado) Prof. Rosenval
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