Buscar

Slide-1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Slide : O processo de preparação do combustível nuclear consistiu na dissolução do pó de óxido de urânio em ácido nítrico em um tanque de dissolução, seguido pela transferência dele (já como solução de nitrato de uranila pura) para uma coluna de armazenamento que fazia a mistura antes de ser transferida para um tanque de precipitação. 
Fala: Esse processo foi bem pensado e desenvolvido com base nos requisitos gerais de licenciamento para limitação de massa e volume, tanto do tanque quanto da coluna de armazenamento, que definia a quantidade de material transferido para o tanque.
Slide: No entanto, em novembro 1996,
Fala:esse procedimento de trabalho da usina foi modificado sem a permissão das autoridades. E o objetivo disso era permitir que o óxido de urânio fosse dissolvido em baldes de aço inoxidável ao invés do tanque de dissolução, tudo para acelerar o processo ao despejar a substância diretamente no tanque de precipitação. 
Fala: Desse modo, o que era para acontecer na coluna de armazenamento foi feito por agitação mecânica, impedindo um controle de criticalidade (uma reação em cadeia de fissão autossustentável). Para piorar, não havia um controle da quantidade despejada no tanque de precipitação de 100 litros, só aumentando o risco de algo dar errado.
Slide: Em 29 de setembro de 1999, Hisashi Ouchi (35), Masato Shinohara (39) e Yutaka Yokokawa (54) estavam preparando o combustível para despejar no reator JOYO — o de número 3 da usina.
Fala: Apesar de exercerem a função há muitos anos, eles não tinham nenhum conhecimento científico de como todo o processo funcionava, portanto só estavam cumprindo ordens.
Slide: Eles dissolveram o pó de octóxido de triurânio em ácido nítrico nos baldes de aço inoxidável e despejaram a solução diretamente no tanque de precipitação. Foram 16 litros de óxido de urânio enriquecido a 18%, mais 8 litros de urânio-235 distribuídos entre 4 baldes.
Slide :Na manhã de 30 de setembro daquele ano, quando o volume alcançou 40 litros, o equivalente a 16 quilos de urânio, uma capacidade muito maior do que a indicada, a massa crítica necessária para iniciar uma reação de fissão nuclear foi alcançada, mantida e acompanhada pela emissão de neutrões e radiação gama.
Fala: Ouchi e Shinohara misturavam o combustível no tanque enquanto Yokokawa, que deveria inspecionar esse processo, estava sentado a uma mesa cerca de 4 metros de distância dos colegas. Era aproximadamente 10h35 quando Ouchi acrescentou o 7º balde de nitrato de urânio e viu um clarão azul que se espalhou por todo o local. A criticalidade havia acontecido, causando a fissão nuclear e disparando uma rajada de raios gama e nêutrons.
Fala eles vomitaram, sentiram falta de ar e começaram a passar mal. Os homens desmaiaram assim que colocaram os pés na sala de descontaminação. O desastre nuclear estava acontecendo.

Outros materiais