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Resumo Mecanismo e Defesa II

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MDD II – Thayná Borba 
 1 
 
MECANISMO DE DEFESA E DOENÇA 
1. ADAPTAÇÕES CELULARES 
Alterações reversíveis em número, tamanho, fenótipo, atividade metabólica ou das funções celulares em 
resposta às alterações no seu ambiente. Conforme o estímulo recebido pela célula, está fica sujeita a sofrer a 
adaptação celular ou uma lesão celular sendo reversível (degeneração) ou irreversível (necrose/apoptose) 
se o estresse não for aliviado. 
Adaptações	fisiológicas	:	respostas celulares a estímulos normais por hormônios ou mediadores químicos 
endógenos. (gravidez – hormônios – aumento da mama e do útero) 
Adaptações	patológicas	:	resposta ao estresse que permitem as células modularem sua estrutura e função 
para escapar da lesão. (Aumento do músculo cardíaco na insuficiência cardíaca) 
Como	acontece	?		
Estímulo do meio extracelular -> células ativam mecanismo moleculares -> alteração na expressão de genes 
que comandam a diferenciação celular. 
Principais	adaptações	:		
Hipertrofia 
Hiperplasia 
Atrofia 
Metaplasia 
Displasia 
A. Hipertrofia 
i. Aumento	do	TAMANHO	de	células	incapazes	de	se	dividir	resultando em aumento do órgão. O 
órgão hipertrofiado não possui novas células, apenas células maiores. Esse aumento é devido a 
síntese de mais componentes estruturais como proteínas e organelas. 
ii. Pode	ser	fisiológica	ou	patológica	e é causada por aumento da demanda funcional ou por fatores 
de crescimento ou estimulação hormonal específica 
Fisiológica	:	reversível na ausência de estímulo (ex: gravidez – o útero além de sofrer hipertrofia 
também sofre hiperplasia; treinamento físico) 
Patológica	:	pode ser reversível sob tratamento. (Ex: infarto do miocárdio, hipertensão, doenças 
valvares, síndrome metabólica). 
iii. Hipertrofia cardíaca : pode ser induzida por ações conjuntas de sensores mecânicos (que são 
iniciadas por aumento da carga de trabalho), fatores de crescimento (incluindo TGF-beta, fator-1 de 
crescimento semelhante a insulina, fator de crescimento fibroblástico) e agentes 
vasoativos( agonistas alfa-adrenérgicos, endotelina-1, angiotensina II). Esses estímulos atuam 
coordenadamente para aumentar a síntese de proteínas musculares postáveis pela hipertrofia. 
Seja qual for a causa exata e o mecanismo da hipertrofia cardíaca, ela alcança um limite depois do 
qual o aumento da massa muscular deixa de ser capaz de compensar a sobrecarga. Assim ocorre 
MDD II – Thayná Borba 
 2 
várias alterações regressivas nas fibras miocárdicas, como a lise e perda de elementos contráteis 
miofibrilares. Em casos extremos ocorre a morte dos miócitos resultando em insuficiência cardíaca. 
Resumindo	:	sinais mecânicos e tróficos -> transdução de sinais -> expressão gênica -> síntese de 
proteínas celulares -> aumento da força contrátil. Estímulo persistente -> falha na vascularização e 
síntese proteica 
-> lesão tecidual. 
 
 
 
B. Hiperplasia 
i. Aumento	do	NÚMERO	de	células	devido a proliferação de células diferenciadas e substituição por 
células-tronco do tecido, processo induzido por fatores de crescimento. 
ii. Ocorre simultaneamente	com	a	hipertrofia	e em resposta ao mesmo estímulo. 
iii. Resulta em aumento do órgão; pode ser fisiológica ou patológica. 
iv. A proliferação celular pode ser estimulada principalmente por fatores de crescimento. 
v. Hiperplasia	fisiológica	:	 
Pode ser dividida em hiperplasia hormonal e hiperplasia compensatória 
Hiperplasia	hormonal	: aumenta a capacidade funcional de um tecido, quando necessário. 
(Hormônio aumenta proliferação do epitélio glandular da mama na puberdade ou gravidez) 
Hiperplasia	compensatória	: crescimento de tecido residual após a remoção ou perda da porção do 
órgão. (remoção parcial do fígado -> células sofrem mitose -> restauração do órgão) 
vi. Hiperplasia	patológica	:	 
o Aumenta a chance de desenvolvimento de tumores 
o Causada por excesso de hormônios ou fatores de crescimento atuando em células alvo. Ex: 
hiperplasia endometrial – causa comum de sangramento anormal na menstruação ; outro 
exemplo é a hiperplasia prostática benigna. 
o A hiperplasia é uma resposta característica a certas infecções virais, como os papilomavírus, 
que causam verrugas cutâneas e várias lesões de mucosas composta por epitélio 
hiperplásico. Nesses locais, fatores	de	crescimento	produzidos	por	genes	virais	ou	por	células	
infectadas	podem	estimular	a	proliferação	celular.	
	
MDD II – Thayná Borba 
 3 
C. Atrofia 
i. DIMINUIÇÃO	do	TAMANHO	das	células	(e	em	alguns	casos,	do	número	de	células); resulta na 
diminuição do tamanho do órgão. 
ii. Pode ser fisiológico ou patológico. A atrofia fisiológica é comum durante o desenvolvimento normal. 
(útero diminui de tamanho logo após o parto, esta é uma forma de atrofia fisiológica. A atrofia 
patológica depende da causa básica e pode ser local ou generalizada. 
iii. Causas comuns de atrofia : 
Diminuição	do	suprimento	sanguíneo	(isquemia)	pode	ser	consequência	de	doença	oclusiva	arterial.	
Na	idade	avançada,	o	cérebro	sofre	atrofia	avançada	devido	principalmente	pela	diminuição	do	
suprimento	sanguíneo.	
Desuso:	redução da carga de trabalho. 
Desenervação	:	a função normal de um músculo esquelético depende de seu suprimento nervoso. 
Uma lesão nos nervos leva a atrofia das fibras musculares supridas por esses nervos. 
Nutrição	inadequada: desnutrição proteico-calórica (marasmo) está associada ao uso do músculo 
esquelético como fonte de energia, após a depleção de outras fontes de reservas, como tecido 
adiposo. Isso resulta em emaciação muscular acentuada (caquexia), caquexia é observada também 
em pacientes com câncer e doenças inflamatórias crônicas. 
Perda	da	estimulavam	endócrina	: perda da estimulação estrogênica durante a menopausa -> atrofia 
fisiológica das mamas, útero e ovários. 
Atrofia	senil	(envelhecimento)	: processo está associado a perda celular, mais visto em tecido de 
células permanentes como o cérebro e coração. 
iv. Os mecanismos de atrofia afetam o equilíbrio entre a síntese e degradação de proteínas. Pode ser 
acompanhada de autofagia (“comer a si próprio”) 
v. Resulta da diminuição da síntese de proteínas (atividade metabólica reduzida) e aumento da 
degradação proteica. 
 
 
D. Metaplasia 
i. Alteração reversível na qual UMA	CÉLULA	ADULTA(mesenquimal ou epitelial) é SUBSTITUÍDA	
POR	OUTRA	CÉLULA	ADULTA	 (da mesma origem embrionária) MAIS	RESISTENTE	AO	
ESTRESSE. 
ii. Mutações, epigenética e ação hormonal + infecções/inflamação -> reprogramação de células-tronco 
(pode haver transdiferenciação) 
iii. Em uma alteração metaplásica, células precursoras diferenciam-se ao longo de uma nova via por 
sinais gerados por citocinas, fatores de crescimento e componentes da matriz extracelular no 
ambiente das células. Esses estímulos externos promovem a expressão de genes que direcionam as 
células para uma via específica de diferenciação. 
iv. Persistência de estímulos metaplásicos -> podem predispor a transformação maligna. 
v. Metaplasia epitelial mais comum é a colunar para escamosa como ocorre no trato respiratório em 
resposta a irritação crônica. (Fumantes : epitélio colunar ciliado da traqueia e dos brônquios é 
substituído por epitélio escamoso estratificado). Embora o revestimento epitelial se torne mais 
rígido, os importantes mecanismos de proteção contra infecção (secreção de muco e ação dos cílios 
do epitélio colunar removendo partículas) são perdidos. 
MDD II – Thayná Borba 
 4 
 
vi. Metaplasia do escamoso para colunar também pode ocorrer, como no esôfago de Barrett, no qual o 
epitélio escamoso é substituído por colunar semelhante ao intestinal sob influência do refluxo do 
ácido gástrico. Cânceres podem surgir nessas áreas e são tipicamente carcinomas glandulares. 
vii. Fatores que levam a metaplasia : pH vaginal baixo, infecção (H. Pylori), traumatismo, fumaça de 
cigarro, deficiência de vitamina A. 
viii. Metaplasia de tecido conjuntivo é a formação de cartilagem, osso ou tecido adiposo (tecidos 
mesenquimais)em tecidos que normalmente não contêm esses elementos. 
E. Displasia 
i. Caracterizado como um PADRÃO	DESORDENADO	DE	CRESCIMENTO,	no qual as células 
APRESENTAM	VARIAÇÕES	DE	TAMANHO	E	FORMA	e alterações nucleares. 
ii. Está associada ao número crescente de mutações nos genes associados ao controle do 
crescimento celular e a integridade do DNA. 
iii. Pode estar associada ou surgir de tecidos metaplásicos 
iv. Pode estacionar ou regredir 
v. Displasia mucosas (colo uterino, brônquios, gástrica) -> precedem o câncer 
vi. Atipia celular característica mais importante : cariomegalia 
2. TBL – NEOPLASIAS PULMONARES 
ü Tipos	de	câncer	de	pulmão	:	câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC) ; câncer de 
pulmão de células pequenas (SCLC); 
ü O câncer de pulmão é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens e mulheres. Nos homens 
o mais comum: câncer de próstata e em mulheres o mais comum: câncer de mama. 
ü Ocorre principalmente em pessoas mais velhas (65 anos ou mais – maioria dos diagnósticos) 
ü A cada ano mais pessoas morrem de câncer de pulmão do que câncer de próstata, mama e cólon 
combinados. 
ü Fatores	de	risco	posso	mudar	:	fumaça de tabaco ( principal fator de risco para o câncer de 
pulmão ); fumante passivo; exposição ao gás radônio (segunda principal causa de câncer de pulmão, 
principal causa entre os não fumantes); exposição ao amianto; exposição a outros agentes 
causadores no local de trabalho. 
MDD II – Thayná Borba 
 5 
ü Fatores	de	risco	que	não	posso	mudar	:	radioterapia prévia nos pulmões (radioterapia no peito 
para tratamento de outros cânceres tem mais chance de desenvolver câncer de pulmão); histórico 
pessoal ou familiar de câncer de pulmão. 
1. Câncer de pulmão de células NÃO pequenas (NSCLC) 	
o 80 a 85% dos cânceres de pulmão são de células não pequenas.	
o Subtipos : adenocarcinoma, carcinoma celular escamoso, carcinoma de células grandes; 
esses subtipos partem de diferentes tipos celulares porém são agrupados juntamente por 
apresentar tratamento e prognóstico muitas vezes semelhante. 	
o Adenocarcinoma:		
- Começam nas células que secretam substâncias como o muco. 
- acomete pacientes fumantes porém é um câncer comum visto em não fumantes também. 
- mais comum em mulheres 
- mais provável que ocorra em pessoas mais jovens. 
- geralmente encontrado nas partes externas do pulmão 
- mais provável que seja encontrado antes de se espalhar. 
- pessoas com adenocarcinoma in situ (carcinoma bronquioalveolar) tendem a ter melhor 
prognóstico do que outras pessoas com outros tipos de câncer de pulmão. 
o Carcinoma	de	células	escamosas:	
- começam em células escamosas (células planas que formam o interior das vias aéreas do 
pulmão) 
- frequentemente ligado a história de tabagismo 
- tendem a ser encontrado na parte central do pulmão perto de uma via aérea principal 
( brônquio ). 
o Carcinoma	de	células	grandes	(	indiferenciadas	): 
- pode aparecer em qualquer parte do pulmão 
- tende a crescer e se espalhar rapidamente o que pode dificultar o tratamento 
- subtipo de carcinoma de células grandes – carcinoma	neuroendócrino	celular	grande	:	
câncer	muito	semelhante	ao	câncer	de		
Pulmão	de	células	pequenas.	
2. Câncer de pulmão de células pequenas (SCLC) 
o 10 a 15% de todos os cânceres de pulmão são de células pequenas. 
o Tende a crescer e se espalhar mais rápido que o NSCLC 
o 70% das pessoas com SCLC quando diagnosticadas já apresentam metástase. 
o Visto que cresce rapidamente, esse tipo de câncer tende a responder bem a quimioterapia e 
radioterapia. 
o Para algumas pessoas o câncer voltará em algum momento. 
3. Mudanças genéticas que podem levar ao câncer de pulmão 
ü Alguns fatores de risco podem levar a modificações no DNA de células do pulmão, essas 
modificações podem levar ao crescimento anormal da célula e as vezes ao câncer. 
ü Genes responsáveis pelo crescimento, divisão ou manter a célula viva são denominados por 
oncogenes 
ü Genes que ajudam a controlar a divisão celular ou que fazem a célula morrer na hora certa 
são chamados genes	supressores	tumorais. 
ü Cânceres são resultado de alterações no DNA que ativam oncogene ou inativam genes 
supressores de tumor. 
ü Mudanças	genéticas	herdadas	: alguns cânceres de células não pequenas tem 
superexpressão de proteína EGFR (receptor do fator de crescimento epidermal) essa 
mudança genética é vista com mais frequência no adenocarcinoma de pulmão em mulheres 
MDD II – Thayná Borba 
 6 
jovens, não fumantes. Mas o excesso de proteína EGFR tem sido visto em mais de 60% dos 
NSCLCs metastáticos. 
ü Mudanças	genéticas	adquiridas	: mudanças genéticas relacionadas ao câncer de pulmão 
são geralmente adquiridas em vez de herdadas; podem ser resultado devido a exposição de 
fatores de risco ou também por eventos aleatórios que acontecem dentro de uma célula sem 
ter uma causa externa; mudanças	no	gene	supressor	de	tumor	RB1	são	consideradas	
importantes	no	desenvolvimento	do	SCLC;	mudanças	no	gene	supressor	de	tumor	p16	e	o	
oncogene	K-RAS,	são	consideradas	importantes	no	desenvolvimento	do	NSCLC;	alterações	no	
gene	supressor	de	tumor	TP53	e	cromossomo	3	podem	ser	vistas	tanto	no	SCLC	quanto	no	
NSCLC.	Nem todos os cânceres de pulmão compartilham as mesmas mutações genéticas. 
4. Sinais e sintomas do câncer de pulmão 
ü A maioria dos cânceres de pulmão não causam sintomas até se espalharem, mas algumas 
pessoas com câncer de pulmão precoce têm sintoma. 
ü Sintomas mais comum: 
- Tosse que não cessa ou piora 
- tossir sangue ou apresentar catarro cor de ferrugem 
- dor no peito que muitas vezes é pior com respiração profunda, tosse ou riso 
- rouquidão 
- perda de apetite 
- perda de peso inexplicável 
- falta de ar 
- cansaço ou fraqueza 
- bronquite e pneumonia recorrente 
Se o câncer se espalhar para outros lugares pode causar : 
- dor óssea (como nas costas ou quadris), quando há metástase para os ossos 
- mudanças no sistema nervoso ( dor de cabeça, tontura, fraqueza, dormência de um braço 
ou perna, problemas de equilíbrio, convulsões) quando há metástase para o cérebro. 
- amarelamento da pele e dos olhos quando há metástase para o fígado 
- inchaço de linfonodo do pescoço ou acima da clavícula quando há metástase para 
linfonodos. 
5. Taxa de sobrevivência do câncer de pulmão 
Uma taxa relativa de sobrevivência compara as pessoas com o mesmo tipo e estágio de câncer com as 
pessoas na população em geral. 
• Tumor localizado : não há sinais de que o câncer tenha se espalhado para fora do pulmão. 
• Tumor regional : tumor se espalhou para fora do pulmão, para estruturas próximas ou linfonodos 
• Tumor distante : tumor se espalhou para partes distantes do corpo. 
 
3. TBL – NEOPLASIAS HEPÁTICAS 
i. TUMORES E NÓDULOS HEPÁTICOS 
ü Fígado e pulmões são os órgãos viscerais mais envolvidos em metástase. 
ü Tumores	hepáticos	mais	comuns	são	carcinomas	metastáticos,	com	colón,	pulmão,	mama,	
encabeçando	a	lista	de	sítios	primários.	
MDD II – Thayná Borba 
 7 
ü Neoplasia	hepática	primária	são	quase	todos	carcinomas	hepatocelulares; outros dois 
tipos de câncer hepático primário são o hepatoblastoma e angiossarcoma sendo esses dois 
últimos citados, muito raros. 
ü Massas hepáticas podem gerar enchimento e desconforto epigástrico, podendo ser detectado 
por exame físico ou incidentalmente por estudos radiográficos com outras indicações. 
ii. TUMORES BENIGNOS 
ü Lesões benignas hepáticas mais comuns : hemangioma	cavernosos 
ü Essas	massas	consistem	canais	vasculares	delineados	por	células	endoteliais	e	um	estroma	
interveniente,	são	bem	circunscritas.	Aparecem	como	nódulos	macios,	delimitados,	vermelho-
azulado,	geralmente	menores	que	2cm	em	diâmetro,	frequência	diretamente	abaixo	da	cápsula. 
ü Não	confundir	com	tumores	metastáticos	! 
ü Complexos	de	Von	meyenburg	são	outros	achados	comuns	no	fígado.	São	compostos	por	ductos	
semelhantes	aos	biliares,	separados	por	um	estroma	moderado,	densamente	colagenado;	essas	
lesões	não	tem	potencial	maligno,mas	quando	são	múltiplas	podem	indicar	presença	de	doença	
fibropolicística	do	fígado 
Ø HIPERPLASIA	NODULAR	FOCAL	
ü Encontrada com mais frequência nos fígados normais. 
ü Lesão localizada, bem delimitada, mal encapsulada, consiste em nódulos de hepatócitos 
hiperplásicos com cicatriz central fibrosa e estrelada. 
ü Não é um neoplasma verdadeiro mas representa a resposta a um fluxo vascular anormal através 
de uma anomalia vascular congênita ou adquirida 
ü Pode variar de 1cm a muitos centímetros de diâmetro. 
ü Geralmente é um achado incidental, mais comum em mulheres em idade reprodutiva, nas quais 
podem crescer em resposta aos estrógenos, inclusive os de pílula anticoncepcional. 
ü Não apresentam risco de malignidade, porém podem causar sintomas por pressionar a cápsula 
hepática. 
 
 
 
Ø ADENOMA	DE	CÉLULAS	HEPÁTICAS	
ü São neoplasmas hepatocelulares benignos que geralmente ocorre em mulher com idade fértil 
que usaram pílula anticoncepcional orais e que regridem com a descontinuação de seu uso. 
ü Geralmente são tumores bem delimitados, mas não encapsulados, amarelo-bronze pálidos ou de 
coloração biliar. 
ü Atingem até 30cm em diâmetro 
ü Ao microscópio, adenomas de células hepáticas possuem cordões de células e lâminas que 
podem assemelhar-se aos hepatócitos normais ou ter alguma variação no tamanho celular e 
nuclear. 
ü São importantes por três razões : 
1. Quando se apresentam como massa intra- hepática podem ser confundidos com o mais 
ameaçador carcinoma hepatocelular. 
2. Adenomas subcapsulares tem tendência a romper-se, particularmente durante a gravidez 
(estímulo de estrogênio), causando hemorragia intraperitoneal grave 
MDD II – Thayná Borba 
 8 
3. Apesar de raramente sofrerem transformações malignas, os adenomas que portam mutações 
na beta-catenina podem se desenvolver em um carcinoma hepatocelular 
ü São classificados em três tipos distintos: 
o 35-40% dos adenomas tem inativação bialélica através de mutações somáticas (90%) ou 
germinativas (10%) do gene HNF1A (fator de transcrição dos hepatócitos) ou gene 
CYP1B1 (codifica o citocromo p-450). Esses adenomas são mais comuns em mulheres 
devido ao uso de anticoncepcional, carregam pouco risco de malignidade. 
o 10-15% dos adenomas tem mutações ativadores de beta-catenina, apresentam alto risco 
de transformação maligna, mais comuns em homens, e estão relacionados ao uso de 
esteroides anabolizantes e possivelmente , a doença gordurosa não alcoólica. 
o Mais de 50% dos adenomas são inflamatórios, sendo associados ao aumento da 
produção de proteínas reativas de fase aguda, como a proteína C reativa, amiloide sérica 
A no tumor, soro. 10% desses tumores apresentam mutações ativadores na beta-
Catenina e podem evoluir com transformação maligna. Comum em mulheres, associado 
a obesidade e doença hepática gordurosa. 
iii. LESÕES PRECURSORAS DE CARCINOMA HEPATOCELULAR 
ü Adenomas de células hepáticas raramente irão passar para via de malignidade. Embora 
poderem algumas vezes se pré-malignos 
ü Precursores mais comuns são alterações celulares e lesões nodulares encontradas no contexto 
de doença hepática crônica (hepatite viral crônica, doença hepática alcoólica e doenças 
metabólicas – hemocromatose hereditária). Normalmente se encontra em estágio bem 
avançado da doença. 
Ø Displasia	celular	 
ü São conhecidas duas	formas	de	displasia	hepatocelular	e ambas são mais comuns no 
contexto de hepatite	viral	crônica.	
ü Alterações de grandes	células	consiste	em	hepatócitos	dispersos	na	região	periportal	ou	
perisseptal,	que	são	maiores	que	os	hepatócitos	normais,	com	núcleo	pleomórficos.	Não	se	
acredita	que	essas	células	estejam	em	via	de	transformação	maligna,	mas	sejam	marcadores	
de	alteração	molecular	da	raiz	da	lesão	crônica	que	predispõem	outro	hepatócitos	normais	a	
evoluir	para	a	transformação	maligna. 
ü Alterações	de	pequenas	células	–	caracterizada	por	hepatócitos	menores	do	que	os	normais,	
com	núcleo	de	tamanho	normal,	hipercromáticos,	ovais	ou	angulados.	Essa	alteração	pode	
aparecer	em	qualquer	lobo	hepático,	frequentemente	com	a	formação	de	conjuntos	vagamente	
nodulares.	Considerada	diretamente	pré-maligna. 
Ø Nódulos	displásicos 
ü Principal via para o carcinoma hepatocelular em doença hepática crônica. 
ü Fígado cirrótico, os nódulos displásicos são distinguíveis pelo seu tamanho maior (1-2cm de 
espessura) 
ü São crescimentos neoplásico que englobam muitos lóbulos hepáticos adjacentes, sem 
deslocar os tratos portais. 
ü Lesões de alto risco de transformação maligna e de fato contém subnódulos claramente 
malignos. 
iv. CARCINOMAS HEPATOCELULARES 
ü Carcinoma hepatocelular (CHC), conhecido erroneamente como hematoma constitui 5,4% dos 
cânceres. 
MDD II – Thayná Borba 
 9 
ü 85% dos casos ocorrem em países com altas taxas de infecção crônica por HBV. Maiores 
incidências são encontradas na Ásia e em países da África Subsaariana. 
ü Muitas pessoas são expostas a aflatoxina, que, quando combinada com a infecção HBV, aumenta 
drasticamente o risco de carcinoma hepatocelular em comparação com população que não é 
infectada e exposta. 
ü O pico de incidência é entre 30-40 anos, e quase que 50% dos casos o tumor aparece na 
ausência de cirrose. 
ü Países do ocidente a incidência de CHC aumenta devido à epidemia de hepatite C. Nesses países 
raramente se manifesta antes dos 60 anos. 
ü Patogenia	:	 
• Associações etiológicas importantes: infecção por HBV ou HCV, cirrose alcoólica e 
exposição a aflatoxinas. 
• Fatores como idade, sexo, substâncias químicas, vírus, hormônios, álcool, nutrição 
interagem no desenvolvimento do CHC. (Tirosinemia	hereditária	–	condição	rara	na	qual	
40%	dos	pacientes	desenvolvem	esse	tumor) 
• Aflatoxinas	derivadas	do	fungo	Aspergillus	flavus	(encontrado	em	grãos	mofados	de	
amendoim.)	a	aflatoxina	pode	se	ligar	ao	DNA	resultando	em	mutações	genéticas	como	
TP53. 
• Apesar	do	conhecimento	detalhado	sobre	os	agentes	etiológicos	do	CHC,	a	patogenia	do	
tumor	permanece	incerta. 
• Na	maioria	dos	casos	ele	se	desenvolve	a	partir	de	nódulos	displásicos	de	alto	grau	com	
pequenas	células	em	fígado	cirrótico. 
• Acredita-se	que	os	tumores	se	originam	tanto	de	hepatócitos	quanto	de	células	
progenitoras	(células	ductulares	ou	ovais). 
• A	distinção	entre	nódulos	displásicos	de	alto	grau	é	um	CHC	inicial	é	difícil,	mesmo	em	
biópsias,	visto	que	não	há	marcadores	moleculares	específicos	para	esses	estágios.	Critério	
importante	é	a	vascularização	do	nódulo	que	é	uma	indicação	de	malignidade	clara. 
• Característica	quase	universal	do	CHC	é	a	presença	de	anomalias	cromossômicas	
estruturais	e	numéricas,	indicativo	de	instabilidade	genômica.	Não	se	sabe	a	origem	
precisa	dessa	instabilidade	genômica,	mas	há	fatores	que	exercem	relevância	como	:	 
-	inflamação	e	regeneração,	vistos	em	todas	as	formas	de	hepatite	crônica,	são	tidos	
como	os	principais	contribuintes	para	as	mutações	adquiridas	no	DNA.	
-mutações	adquiridas	em	oncogenes	específicos	(como	beta-catenina)	e	supressores	de	
tumor	(TP53)	contribuem	para	descontrolar	o	crescimento	e,	assim,	aumentar	a	
instabilidade	genômica.	
-defeitos	adquiridos	no	reparo	do	DNA.	
• Nem o HBC nem o HCV contêm oncogenes. 
 
 
 
ü Morfologia 
• Os carcinomas hepatocelulares podem ser localizados ou multifocais, tender a invadir 
vasos sanguíneos e recapitular a arquitetura hepática normal em graus variados. 
• CHC pode aparecer macroscopicamente como: 
MDD II – Thayná Borba 
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Massa solitária 
Tumor multifocal constituído de nódulos de tamanhos variados 
Câncer difusamente infiltrante 
• O CHC tem forte propensão a invadir canais vasculares 
• Microscopicamente, os CHC variam de bem diferenciados, que reproduzem hepatócitos 
organizados em padrões de cordões, trabéculas ou glandulares, a lesões indiferenciadas, 
frequentemente compostas de células gigantes multinucleadas altamente anaplásicas 
• Tumores diferenciados e moderadamente bem diferenciados, pode-se identificar 
glóbulos de bile nointerior do citoplasma das células e nos pseudocanalículos entre as 
células. Podem ser encontradas inclusões hialinas acidófilas no interior do citoplasma, 
semelhante a corpos de mallory. Na maioria dos CHC, é visto pouco estroma, o que 
explica a sua consistência macia. 
• Variedade clinicopatológica do CHC é o carcinoma	fibrolamelar.	Ocorre em adultos 
jovens, com igual prevalência entre homens e mulheres, e não tem associação com 
cirrose ou outro fator de risco. Geralmente ocorre como tumor único, com bandas 
fibrosas em seu interior, semelhante na sua superfície a hiperplasia nodular focal. Possui 
melhor prognóstico. 
ü Características Clínicas 
• Apesar de o CHC se manifestar com hepatomegalia silenciosa, é mais frequentemente 
encontrado em pessoas com cirrose sintomática. Nesse indivíduos, o rápido crescimento 
do fígado, súbita piora da ascite ou aparência de ascite hemorrágica, febre e dor chamam 
atenção para o desenvolvimento do tumor. 
• Não há bons testes sorológicos de triagem para o CHC 
• Marcador mais utilizado : alfa-fetoproteína sérica (só é elevado em tumores avançados e 
apenas em 50% dos pacientes). Resultados falso positivo são obtidos em tumores do 
saco vitelino e em muitas condições não neoplasicas (cirrose, hepatite crônica, gravidez, 
necrose hepática maciça) assim, esse teste não é nem específico nem sensível. 
• Triagem radiológica de pacientes com cirrose em intervalo de 6 meses é a prática clínica 
atual. 
• Ressecção cirúrgica pode ser curativa para uma única lesão pequena (variedade 
fibrolamelar), porém não previne o reaparecimento de novos CHC em fígado 
cronicamente doente. 
• Transplante pode ser curativo. 
• Sem ressecção o tempo médio de sobrevida é de 7 meses. 
• Tratamento com sorafenibe tem proporcionado algum benefício áqueles com doença 
avançada. 
• Medidas preventivas como imunização é eficaz em regiões endêmicas. 
4. NEOPLASIAS RENAIS 
ü Carcinoma de células renais (CCRs) - doença silenciosa; quando dão algum sinal podem estar 
em grau avançado piorando o prognóstico 
ü A maioria é de descoberta incidental em exames de imagem realizados por razões urológicas ou 
não. 
MDD II – Thayná Borba 
 11 
ü Há um nítido predomínio entre indivíduos do gênero masculino, representa cerca de dois terços 
dos casos 
ü Sintomas	prodômicos – sintomas iniciais inespecíficos (febre, dor de cabeça, fraqueza, mal 
estar, cansaço) 
ü Sintomas	patognomônico	– sintomas específicos para cada moléstia. 
ü Alterações	laboratoriais	mais	comuns	:	elevação	da	velocidade	de	hemossedimentação	(VHS)	–	
indica	que	há	algum	problema	relacionado	a	inflamação,	hipercalcemia,	hemoglobina	<10	em	
mulheres	e	<12	em	homens,	eritrocitose,	trombocitose	e	fosfatase	alcalina	elevada. 
ü Apesar	dos	grandes	avanços	terapêuticos,	as	doenças	renais	ainda	apresentam	elevada	taxa	de	
morbimortalidade. 
ü Sinais	e	sintomas	mais	comuns	em	neoplasias	renais	:	 
• Hematúria – sangue na urina (lesão tecidual -> lesão de vasos -> sangue migra para 
urina) 
• Dores lombares ou nos flancos 
• Massa palpável (nem todos possuem) 
• Emagrecimento característico 
• Febre 
• Sudorese noturna 
• Hipertensão 
ü As síndromes paraneoplásicas e alterações sistêmicas ocorrem em 20% dos pacientes com CCR, 
tendo como características, disfunção hepática, anemia, caquexia, perda de peso. 
ü O diagnóstico pode ser obtido por exames de imagem simples, como radiografia e urografia 
excretora (UE). 
ü Na radiografia simples quando observada a presença de uma massa renal parenquimatosa 
calcificada, ocorre suspeita de uma possível neoplasia maligna. 
ü Para detecção de tumores renais e de qualquer alteração parenquimatosa deve-se usar : 
• TC,	pela capacidade de acessar a densidade tecidual e vascularização de massas renais, 
possibilita a diferenciação entre cistos e nódulos sólidos, além de auxiliar na programação 
cirúrgica de tumores. 
• RM, consiste em um método de diagnóstico alternativo a TC, sendo especialmente indicada 
nos casos em que haja lesões duvidosas em pacientes com rim único ou com necessidades 
de repetidos exames de seguimento. 
ü Biópsia	renal	–	exame	histológico	 
ü Diferentes	subtipos	histológicos	de	carcinoma	renal 
• Carcinoma Renal de Células Claras (70 a 90% dos casos) – macroscopicamente	:	originado 
geralmente no tubo contorcido proximal (córtex renal), apresenta crescimento 
predominantemente expansivo, lesão sólida, amarelada, com graus variáveis de necrose, 
hemorragia e degeneração cística internas. Calcificações tumorais também pode ser 
encontradas. 
Microscopicamente	:	lesões apresentam células clara devido ao seu conteúdo 
citoplasmático rico em lipídeos e glicogênio. 
 
 
• Carcinoma papilar (10 a 15% dos casos) – podem ser esporádicos ou hereditários; são 
lesões sólidas, bem definidas e com crescimento lento; tendência a bilateralidade ( 4%) e/ou 
multifocalidade (22,5%) e estão associados a doença renal crônica adquirida. 
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 12 
Macroscopicamente	: lesões neoplásicas císticas, usualmente com conteúdo hemorrágico e 
projeções sólidas papilíferas murais hipovascularizadas 
Histologicamente	: células organizadas em arranjo fusiforme, podendo apresentar áreas de 
hemorragia interna e alterações císticas. 
 
 
• Carcinoma renal Cromófobo (4 a 5% dos casos) – possui baixa frequência; após 60 anos; são 
derivados de células intercaladas nos ductos coletores; melhor prognóstico de todos os 
subtipos. 
Macroscopicamente:	lesões são hipovascularizadas em relação ao córtex renal, possuem 
pseudocápsula e área de cicatriz central. Necrose pode ocorrer nas lesões volumosas. 
Histologicamente: grandes células pálidas, com citoplasma reticulado e halos perinucleares 
(só observadas se coradas). 
 
• Ductos Coletores (1% dos casos) – altamente agressivo, prognóstico ruim. 
Macroscopicamente:	lesões heterogêneas, hipovascularizadas, com sinal de hemorragia, 
necrose, componente cístico e calcificação. 
Microscopicamente: arranjo de células irregulares, infiltrativas, na parede dos ductos 
coletores com acentuada desmoplasia. 
 
• Carcinoma renal medular (1% dos casos) – rara variante dos CCR; associação com 
portadores de anemia falciforme e traço falcêmico. Neoplasia originária em néfron distal, 
nas células de ductos coletores. Derivada dos CCRDC. Altamente agressivos. 
Macroscopicamente	:	lesões infiltrativas que promovem a obstrução e dilatação de cálices. 
São lesões hipovascularizadas. 
Microscopicamente	: arranjo de células irregulares, acentuado pleomorfismo e núcleos 
hipercromáticos. 
ü O estadiamento	clínico	é estabelecido a partir de dados do exame físico e dos exames 
complementares pertinentes ao caso. 
ü O estadiamento	patológico	baseia-se nos achados cirúrgicos e no exame anatomopatológico do 
órgão. É estabelecido após o procedimento cirúrgico, determina a extensão da doença com maior 
precisão, pode ou não coincidir com o estadiamento clínico e não é aplicável a todos os tumores. 
ü 
ü Tratamento	–	CCR é tratado principalmente com cirurgia -> NEFRECTOMIA (Radical ou parcial) 
ü Fatores	de	risco	 
• Tabagismo 
• Sexo masculino 
• Idade (55-84anos) 
• Afrodescendentes 
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• Obesidade 
• Hipertensão 
• Histórico familiar 
 
 
 
5. CARCINOGÊNESE 
o A mutação não letal em uma célula, é o centro de formação de um câncer. Os danos genéticos podem 
ser adquiridos pela ação de carcinógenos: 
- substância química, radiação, vírus e bactérias, inflamação persistente. 
o Ou os danos podem ser herdados na linhagem germinativa. 
o Carcinogênese	é	um	processo	em	múltiplas	etapas,	tanto	a	nível	fenotípico	quanto	a	nível	genético,	
resultante	do	acúmulo	de	múltiplas	mutações.	
o Cada	câncer	deve	resultar	do	acúmulo	de	múltiplas	mutações	genéticas.	alterações	epigenéticas	
garantem	a	sobrevida	do	tumor	em	desenvolvimento. 
o O tumor é formado pela expansão clonal de uma única célula precursora que sofreu lesão genética. 
(tumores são monoclonais) 
o Apesar de a maioria dos tumoresmalignos serem de origem monoclonais, quando se tornam 
evidentes clinicamente suas células são extremamente heterogêneas. 
o Classes de genes reguladores normais : proto-oncogene promotores do crescimento; genes 
supressores de tumor que inibem o crescimento; genes que regulam a morte celular programada 
(apoptose); genes envolvidos no reparo do DNA. Essas classes são os principais alvos do dano 
genético. 
o Alterações	fisiológicas	celulares	fundamentais	que	juntas	determinam	o	fenótipo	maligno	de	
um	tumor	
Ø Autossuficiência	nos	sinais	de	crescimento – tumores apresentam capacidade de 
proliferação sem estímulos externos. As células tumorais exercem essa função podendo se 
agrupar nas cascatas de transdução de sinal mediadas por fatores de crescimento, ou na 
regulação do ciclo celular.	
Ø Capacidade	de	escapar	do	sistema	imune		
Ø Insensibilidade	aos	sinais	inibidores	do	crescimento	– eles podem não responder a 
moléculas que são inibidoras da proliferação de células normais.	
Ø Evasão	da	apoptose	– os tumores podem ser resistentes a apoptose como consequência da 
inativação do gene p53 ou ativação de genes antiapoptóticos.	
Ø Potencial	de	replicação	ilimitado – capacidade de proliferação sem restrições	
Ø Angiogênese	mantida	– células tumorais assim como as células normais, necessitam de 
suprimento vascular para nutrição, oxigenação e remoção dos produtos do catabolismo.	
Ø Capacidade	de	invadir	e	metastatizar		
Ø Defeitos	no	reparo	do	DNA	(instabilidade	genômica)		
Ø Metabolismo	alterado		
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Ø Inflamação	promotora	de	tumor	
	
A. Genes críticos 	
Oncogenes	 
-	promovem	o	crescimento	celular	autônomo	nas	células	cancerosas,	e	suas	contrapartes	celulares	não	
mutadas	são	chamadas	de	proto-onogenes.	
-	Oncogenes	são	criados	por	mutações	nos	proto-oncogenes,	são	caracterizados	pela	capacidade	de	
promover	o	crescimento	celular	na	ausência	de	sinais	promotores	de	crescimento	celular	normais.	
Proto-oncogene	–	modificações	–	oncogenes	->	crescimento	celular		
-	As	oncoproteínas	produzidas	pelos	oncogenes	capacitam	as	células	com	a	autossuficiência	no	
crescimento.	Elas	possuem	funções	semelhantes	às	proteínas	produzidas	pelo	proto-oncogene	(atuar	
como	fator	de	crescimento	ou	como	seus	receptores),	a	oncoproteína	produzida	pelo	oncogene	garante	
a	autossuficiência	no	crescimento.	
-	como	os	proto-oncogenes,	normalmente	“civilizados”	se	tornam	“inimigos	internos”?	
• Oncogene	MYC	
A	ativação	do	MYC	está	associada	a	proliferação	celular.	
É	o	fator	de	transcrição	envolvido	em	40%	dos	casos	de	tumores	humanos.	
Mutações	de	amplificação	e	translocação	de	MYC	são	as	mais	comuns.	
• Oncogene	RAS	
Proteínas	RAS	normais	oscilam	entre	um	estado	transmissor	de	sinal	excitado	e	um	estado	
quiescente.	
Mutações	pontuais	em	RAS	(30%	dos	cânceres	humanos)	->	ativação	constante	->	proliferação	
celular	descontrolada	
Ativação	constante	de	RAS	->	síntese	metabólica	->	proliferação	
• Ciclo	celular		
-	A	progressão	das	células	através	das	várias	fases	do	ciclo	celular	é	orquestrada	por	cinases	
dependentes	de	ciclinas	(CDK)	que	são	ativadas	quando	se	ligam	a	ciclinas.	
	-	O	complexo	ciclina-CDK	fosforilam	proteínas-alvo	cruciais	que	impulsionam	o	ciclo	celular.	
-	Mutações	que	desregulam	a	atividade	das	ciclinas	e	CDK	favorecem	a	proliferação	celular	
-	Pontos	de	controle	asseguram	que	as	células	com	cromossomos	danificados	não	completem	a	
replicação	->	acabam	então	entrando	em	apoptose	ou	senescência	
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 15 
-	Proteínas	p21,	p27,	p53	e	Rb	são	supressoras	de	tumor	->	regulam	o	ciclo	celular.	
-	superexpressão	de	ciclina	D	->	cânceres	de	mama,	esôfago,	fígado	e	alguns	linfomas		
-	amplificação	do	gene	CDK4	->	melanomas,	sarcomas	e	gioblastomas	
• Supressor	de	tumor	Rb	
-	genes	supressores	de	tumor	produzem	proteínas	com	a	finalidade	de	inibir	o	crescimento	
celular	descontrolado.	
-	produto	do	gene	Rb	é	uma	fosfoproteína	que	possui	papel	de	controlar	o	ciclo	celular.	
-	Rb	regula	o	pronto	de	controle	entre	G1	e	S.	
-	se	a	Rb	estiver	ausente	(como	consequência	de	mutações	no	gene)	ou	sua	habilidade	em	
regular	os	fatores	de	transcrição	da	E2F	estiver	prejudicada,	e	a	célula	segue	o	ciclo	celular.		
Mutações	em	Rb	->	desregulação	do	ciclo	celular	->	tumores	
-	a	Rb	gruda	no	DNA	e	não	permite	transcrição	(hipofosforilada);	quando	ela	está	
hiperfosforilada,	ela	libera	a	molécula	de	DNA	permitindo	a	transcrição.	
-	ao	perder	os	dois	alelos	de	Rb	->	retinoblastoma	
• Supressor	de	tumor	p53	
-	alvo	mais	comum	de	alterações	genéticas	em	tumores	humanos	
-	a	p53	age	como	um	“policial	molecular”	que	evita	a	propagação	de	células	geneticamente	
modificadas.	Ela	é	um	sensor	de	alterações	intracelulares	(dano	ao	DNA,	encurtamento	
de	telômeros,	hipóxia)	
-	mais	de	70%	dos	casos	de	cânceres	humanos	têm	mutação	em	p53	(perda	homozigótica	–	
perder	os	dois	alelos,	todo	supressor	de	tumor	ocorre	desse	jeito)	
-	com	a	mutação	a	célula	perde	sua	sensibilidade	a	estresse	e	está	proliferará.	
B.	Alterações celulares e moleculares na carcinogênese 
Ø A maioria dos cânceres -> 1.000 a 20.000 mutações	pontuais somáticas - consiste em trocar 
um nucleotídeo por outro 
Ø Células de diversos cânceres possuem conjuntos	cromossômicos	anormais	com	:	duplicação,	
deleção		
Ø Translocações – troca recíproca de pedaços 	
Mutação principal em leucemia mieloide crônica 
Ex: BCR-ABL -> gera uma tirosina quinase constitutivamente ativa -> proliferação celular 
descontrolada. 
Ø Modificações epigenéticas 
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 16 
Refere-se a alterações reversíveis e hereditária(herdado) na expressão gênica que ocorre sem 
mutação, não altera a sequência de DNA. Essas modificações envolvem alterações pós-tradução 
de histonas e metilação de DNA, ambas alterando a expressão gênica. 
- modificações que a histona pode sofrer : metilação,	acetilação,	fosforilação.	O	DNA	sofre	
apenas	metilação.	
- metilação constitui inativação de determinada sequência do DNA. 
-	metilação	e desmetilação de DNA -> regulação da transcrição. 
- no câncer há muitas vezes hipermetilação. 
- existem drogas responsáveis por demetilar. 
- acetilação e desacetilação (bloqueio da expressão de genes) de histonas -> regulação da 
transcrição 
Ø regulação da tradução por microRNAs (miRNAs) 
- microRNAs são RNA pequenos não codificantes, que são incorporados ao complexo de 
silenciamento a gênico pós-traducional induzido por RNA. Eles controlam o crescimento, 
diferenciação e sobrevivência celular, portanto fazem parte da carcinogênese. 
- eles fazem regulação da expresso gênica. 
- em células cancerosas os miRNAs sofrem mudanças em sua expressão. 
- dessa forma, eles podem participar da formação neoplásica pelo aumento da expressão de 
oncogenes ou pela diminuição de expressão de genes supressores de tumor. Levando a 
proliferação aumentada, diminuição de apoptose, maior invasão, angiogênese. 
Ø Defeito no reparo de DNA -> maior propensão ao câncer. 
- os genes que codificam proteínas responsáveis pelo reparo de DNA, são defeituosos. 
Ex:	Xeroderma	Pigmentoso	(defeito	no	reparo	de	danos	por	UV)	–	perda	de	hereditária	proteínas	
responsáveis	pela	excisão	de	nucleotídeos.	Ao	perder	qualquer	uma	dessas	proteínas,	pode-se	
originar	o	xeroderma	pigmentoso.	
Ø Efeito	Warburg	–	glicólise	aeróbica;	como	os	tumores	possuem	metabolismo	muito	ativo,	essas	
células	captam	glicose	mais	rápido	do	que	uma	célula	normal,	e	utiliza	essa	glicose	em	glicólise	
aeróbica	e	não	em	fosforilação	oxidativa	como	ocorre	em	células	normais.	A	glicólise	aeróbica	é	
vantajosa	para	essas	células	tumorais	por	produzir	intermediários	metabólicos	que	serão	
utilizados	na	síntese	de	proteínas,	ácidos	nucleicos,	lipídeos.	
Tal	mecanismo	de	compulsão	por	glicose	é	usado	clinicamente	para	visualizar	tumores,	através	do	
exame	de	tomografia	de	emissão	de	pósitrons	(PET),	os	pacientes	recebem	18F-fluorodeoxiglicose,	
que	é	captado	pelas	células	tumorais	assim	como	por	tecidos	normais	em	divisão	ativa.	A	maioria	
dos	tumoresé	PET-positivo.	
Ø Alguns	mediadores	de	apoptose	são	reduzidos.	
C. Metástase 
Ø A metástase é marca registrada de tumores malignos, são a principal causa de morbidade e 
mortalidade relacionadas ao câncer. 
Ø Para que as células tumorais se soltem do tumor primário, vá para os vasos e assim inicie um 
crescimento tumoral secundário em um sítio distante, elas devem passar por uma série de 
passos. Portanto essa cascata será dividida em duas fase : (1) invasão da matriz extracelular 
MEC; (2) disseminação vascular, instalação e colonização. 
Ø 1 – as células tumorais devem interagir com a MEC em diversos estágios da cascata metastática. 
Um carcinoma deve romper a membrana basal, passar pelo tecido conjuntivo intersticial e em 
MDD II – Thayná Borba 
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última instância ter acesso a circulação através da penetração da membrana basal vascular – 
Transição	epitélio-mesenquimal	(EMT),	esse processo pode ser separado em diversos 
passos : 
o Alterações do citoesqueleto e polaridade das células tumorais 
o Perda de adesão 
o Ganho de potencial migratório e invasivo 
Ø 2 – dentro da circulação, as células tumorais tendem a agregar-se formando massas. A formação de 
agregados plaqueta-tumor pode aumentar a sobrevida da célula tumoral e sua capacidade de se 
implantar. Elas também podem se ligar e ativar os fatores de coagulação, resultando na formação de 
êmbolos 
Após a invasão de um novo tecido -> transição mesênquima-epitelial 
Ø Medicina de precisão: drogas mais específicas possíveis para um determinado grupo de pacientes. 
Levando a efetividade em todos os tratamentos. 
6. NEOPLASIA 
ü Célula neoplásica – célula que perdeu o controle de proliferação e morte celular. 
ü Neoplasia = tumor 
ü Todo câncer é uma neoplasia, mas nem toda neoplasia é um tumor. 
ü Proliferação local de clones celulares atípicos. 
ü Surgem sem uma causa aparente 
ü Crescimento excessivo, progressivo e ilimitado, não coordenado e autônomo. 
ü Com tendência a perda de diferenciação celular 
ü As	neoplasias	ocorrem	em	geral	por	desordem	genética	devido	a	mutações	do	DNA	adquiridas	
espontaneamente	ou	induzidas	por	agressões	do	ambiente. 
ü TUMOR BENIGNO X TUMOR MALIGNO 
§ BENIGNO	–	 
-	permanecem	localizados,	não	tem	características	para	invadir	tecidos.	
-	Não	é	câncer	
-	será	sempre	benigno	(estrutura	e	função	sempre	mantidos)	
-	algumas	vezes	podem	causar	doença	grave.	
§ MALIGNO	–	 
- câncer 
- invasão tecidual e destruição de estruturas adjacentes 
- disseminar-se para locais distantes (metástase) 
ü Estrutura arquitetônica : (componentes básicos da neoplasia) 
§ Parênquima – células neoplásicas ou transformadas -> comportamento biológico 
§ Estroma – constituído por tecido conectivo, vasos sanguíneos, células inflamatórias, 
células normais. Garantem sustentação e crescimento. 
 
ü Nomenclatura – Tumores Benignos (tecido mesenquimal e tecido epitelial) 
• Tecidos mesenquimais: Nome	da	células	+	sufixo	“oma” / Ex:	adipoma,	fibroma,	condroma 
MDD II – Thayná Borba 
 18 
 
• Tecido epitelial: considerar	padrão	microscópico	e/ou	macroscópico	e	suas	células	de	
origem.	
 
§ Adenoma: derivada de glândulas (não é uma glândula); podem ou não formar 
estruturas glandulares 
§ Papiloma: células possui origem epitelial; produz projeção visível (micro e 
macroscópicas) 
§ Cistoadenomas: formam massas císticas (ex:ovário) 
§ Pólipos – neoplasia benigna ou maligna, com projeção visível sobre a superfície 
mucosa e projeção no lúmen gástrico ou colônico. 
ü Nomenclatura – Tumores Malignos (tecido mesenquimal e tecido epitelial) 
• Tecido mesenquimal – tumores	sólidos	ou	seus	derivados	:	sarcomas;	 
							Células mesenquimais sanguíneas : leucemia	ou	linfoma	
							Tecido fibroso : fibrossarcoma	
							Tecido cartilaginoso:	condrossarcoma	
• Tecido epitelial – denominados carcinomas	
	
	
	
MDD II – Thayná Borba 
 19 
	
ü Tumores Mistos	
• Diferenciação divergente: 	
Células neoplásicas benignas ou malignas, quase sempre são semelhantes, como se todas 
tivesse derivado de uma única progenitora, compatível com a origem monoclonal dos 
tumores. Em alguns casos incomuns, porém, as células tumorais sofrem diferenciação 
divergente, criando os chamados tumores mistos. 
TERATOMA:	Originam-se	de	células	germinativas	totipotentes;	células	germinativas	têm	
capacidade	de	se	diferenciar	em	quaisquer	tipos	celulares	no	corpo	adulto	e	podem	dar	origem	
a	neoplasias	que	simulam,	de	maneira	confusa,	porções	de	ossos,	epitélio,	músculo,	gordura,	
nervo	e	outros	tecidos.	
Ex: tumor misto de glândula salivar. 
 
ü Característica das Neoplasias 
• Como caracterizar um tumor benigno de um tumor maligno? 
a) Diferenciação x Anaplasia 
Neoplasia	benigna -> células	bem	diferenciadas (em	relação	a	células	tronco)	->	células	
assemelham-se	com	células	normais	
	
Neoplasia	maligna	-> células	indiferenciadas (pleomorfismo) -> não	assemelham-se	
com	células	normais	
MDD II – Thayná Borba 
 20 
Ex:	leiomioma do útero – tumor benigno, bem diferenciado; lipoma – constituído por células 
adiposas maduras carregadas com vacúolos lipídicos; condroma – constituído por células de 
cartilagem madura que sintetizam sua matriz cartilaginosa. 
 
§ Anaplasia	significa “formação retrógrada” -> sugerindo desdiferenciação ou perda 
de diferenciação estrutural e funcional das células normais. 
Ex: tumor anaplásico do músculo esquelético (rabdomiossarcoma) 
APESAR DAS EXCEÇÕES, QUANTO MAIS DEPRESSA CRESCER E MAIS ANAPLÁSICO FOR UM 
TUMOR, MENOS PROBABILIDADE HAVERÁ DE QUE TENHA ATIVIDADE FUNCIONAL 
ESPECIALIZADA. 
b) Velocidade x Crescimento 
• Tumores benignos – crescem lentamente 
• Tumores malignos – crescem mais depressa. Tumores mal diferenciados (anaplásicos) 
tendem a crescer mais rapidamente do que os tumores bem diferenciados. 
• Exceções: leiomioma do útero tendem a crescer devido a influência de estrógeno circulante 
c) Invasão Local 
• Tumores benignos : 
§ Permanecem localizados em seu sítio de origem 
§ Não tem capacidade de se infiltrar, invadir ou metastatizar para locais distantes 
§ A maioria desenvolve uma cápsula	fibrosa	envoltória	(nem todos) 
• Tumores malignos : 
§ Infiltração (ampla margem de excisão cirúrgica) 
§ Destruição 
§ Penetração do tecido circulante 
§ Não desenvolvem cápsula bem definida. 
d) Metástase 
• Acesso de células tumorais em vias disseminativas, elas se transportam e crescem em outros 
tecidos. (Massas celulares secundárias) 
• Identifica uma neoplasia como maligna 
• Em geral, quanto mais anaplásica e maior a neoplasia primária, maior a probabilidade de 
metástase. 
• Disseminam por três vias : 
§ Semeadura nas cavidades corporais : superfície dos espaços peritoneais, pericárdico ou 
subaracnóideos. 
§ Disseminação linfática : transporte de células tumorais para linfonodos regionais e de 
outras partes do corpo (típica do carcinoma) 
§ Disseminação hematogênica : segue o fluxo venoso (fígado e o pulmão são mais 
facilmente atingidos – típico de sarcoma) 
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 21 
 
ü Agentes Cancerígenos 
• Os efeitos cumulativos de diferentes agentes são os responsáveis pelo início, promoção, 
progressão e inibição do tumor 
§ Agente	oncoiniciador	– provoca dano genético diretamente das células, iniciando o 
processo de carcinogênese (ex: benzopireno, um composto da fumaça de cigarro e 
alguns vírus oncogênicos, entre outros) 
§ Agente	oncopromotor	– atua sobre as células iniciadas, transformando em 
malignas 
§ Agente	oncoacelerador	– caracteriza-se pela multiplicação descontrolada e 
irreversível das células alteradas atua no estágio final do processo. 
ü Lesões pré-neoplásicas 
• Metaplasia e displasia escamosas da mucosa bronquial, observadas em fumantes habituais. 
• Hiperplasia e displasia endometriais observadas em mulheres com estimulação estrogênica 
– fator de risco para carcinoma endometrial. 
7. EPIDEMIOLOGIA E DIAGNÓSTICO DAS NEOPLASIAS 
ü Dados INCA – 2020 
• Incidência de câncer separado por sexo – 30% em mulheres : mama;30% em homens : 
próstata 
• Mortalidade – câncer que mais matam mulheres é o câncer de mama; já os homens é câncer 
de pulmão. 
• Câncer de pulmão é o mais grave independente de sexo. 
ü Efeitos Sistêmicos das Neoplasias 
• Por que o câncer mata ? 
• Os efeitos sistêmicos geram as patologias 
• Divididos em dois grupos: 
1. Efeito	Sistêmico	Direto	– quando consegue associar o efeito diretamente a presença do 
tumor.	
§ Afeta	diretamente	a	funcionalidade	do	órgão	
§ Localização	e	compressão	de	estruturas	adjacentes	
MDD II – Thayná Borba 
 22 
§ Atividade	funcional	(ex:	síntese	se	hormônios	–	tumor	em	glândulas)	
§ Sangramento	e	infecções	(úlcera	em	superfícies	adjacentes)->	comum	em	tumor	
maligno	
§ Ruptura	ou	infarto	de	alguma	estrutura	tecidual.	
§ Caquexia	(alterações	de	vias	metabólicas	–	TNF	e	IL-1)	–	perda	de	massa	muscular,	
óssea,	lipídeos;	corpo	não	está	sabendo	metabolizar	nutrientes.	
§ TANTO	OS	TUMORES	MALIGNOS	QUANTO	OS	BENIGNOS	PODEM	CAUSAR	EFEITOS	
SISTÊMICOS.	
2. Efeito	Sistêmico	Indireto	–	não	se	associa	diretamente	a	presença	da	neoplasia	ao	efeito.	
§ Síndrome	paraneoplásica	–	complexo	de	sintomas	em	indivíduos	portadores	de	
câncer	que	não	podem	prontamente	ser	explicados,	quer	seja	por	disseminação	local	
do	tumor	ou	a	distância,	ou	pela	elaboração	de	hormônios	não	nativos	do	tecido	de	
origem	do	tumor.	
Manifestação	em	áreas	que	não	são	diretamente	afetadas	pela	neoplasia.	
Ex:	síndrome	de	Cushing	(mais	comum)	–	aumento	da	secreção	de	ACTH	–	câncer	no	
pulmão	que	está	levando	a	produção	de	hormônio.(aproximadamente	50%	dos	
pacientes	com	essa	endocrinopatia	apresentam	carcinoma	de	pulmão,	
principalmente	do	tipo	de	células	pequenas)	
ü Diagnóstico	das	Neoplasias		
• Prevenção	e	detecção	
• Rastreamento	das	neoplasias	–	medida	de	prevenção	secundária	para	o	reconhecimento	
precoce	do	câncer	em	uma	população	assintomática	
§ Observação		
§ Palpação		
§ Exames	de	imagem		
§ Exames	laboratoriais	(marcadores	tumorais)	
a) Observação	:	método	ABCDE	
b) Palpação		
Mama,	tireoide,	próstata	(apartar	dos	50	anos)	
c) Exames	de	imagem	
Colposcopia	(observar	a	parede	da	vagina	e	colo	do	útero	para	identificar	se	
tem	lesões)	+	papanicolau	(coleta	de	células	para	diagnóstico	de	câncer)	
MDD II – Thayná Borba 
 23 
Mamografia	-	+40	anos	e	50	anos	(	em	mulheres	de	20/30	anos	é	preferível	
ultrassom)	
Colonoscopia	–	acha-se	lesões	diversas,	pólipos.	
d) Marcadores	tumorais	
§ PSA	–	proteína	exclusiva	da	próstata	(marcado	tumoral	específico)	
(não	dispensa	o	exame	de	toque)	
§ CEA	–	presente	em	células	embrionárias	do	intestino,	mama,	pâncreas,	
fígado.	(Marcador	tumoral	inespecífico)	
§ hCG	–	homófono	produzido	pela	placenta	–	câncer	de	células	
germinativas	de	testículo.	
• Diagnóstico	
• Métodos	Citológicos	e	Histológicos	
§ Citológico	–	avalia	a	célula;	esfregaço	do	tecido	tumoral	ou	não;	ex:		papanicolau	
(avalia	células	anormais;	não	se	faz	apenas	para	as	células	do	útero	mas	também	
em	drenagem	do	mamilo,	lavagens	anais,	líquido	pleural	ou	peritoneal	e	lavagens	
gástricas.	
	
§ Histológico	–	biópsia;	avalia	a	característica	do	tecido;	remoção	de	uma	amostra	
de	tecido;		
Biópsia	de	excisão:	remoção	completa	da	neoplasia	
Aspiração	por	agulha	fina	–	aspira	uma	porção	do	nódulo.	
	
§ Imuno-histoquímica	–	avalia	estruturas	diferentes;	marcação	com	anticorpos	
específicos	marcado	com	molécula	fluorescente	(fluorocomo).	
Característica	das	neoplasias	:	ajuda	no	prognóstico	e	na	escolha	de	
tratamento	
Identificar	origem	das	metástases	(detecção	imunoquímica	de	antígenos	
específicos	de	tecido	ou	órgãos	pode	ajudar	a	identificar	a	origem	da	neoplasia)	
	
§ Diagnóstico	molecular	(microarrays)	–	caracterizar	o	perfil	genético	
Diagnostico	de	malignidade		
Prognóstico	e	escolha	de	tratamento	
Detecção	de	residual	(pós	tratamento)	
Diagnóstico	de	pré-disposição	hereditária		
	
§ DIAGNÓSTICO	=	EXAME	FÍSICO	+	EXAME	IMAGEM	+	EXAME	LABORATORIAL	+	
CITOPATOLOGIA	
ü Classificação	do	Câncer	
• Graduação	:	características	histológicas	ou	celulares	da	neoplasia		
• Estadiamento	:	de	acordo	com	a	propagação	clínica	da	doença	
• Ajuda	a	determinar	o	curso	da	doença	e	auxiliar	na	seleção	do	tratamento	ou	manejo	
adequado.	
	
	
MDD II – Thayná Borba 
 24 
a. Graduação	–	existem	tumores	com	muita	anaplasia	e	pouca.	
Grau	I	
Grau	II	
Grau	III	
Grau	IV		
b. Estadiamento	–	o	quão	avançado	está	o	câncer	
§ Sistema	TNM	(classificação	de	tumores	malignos	–	UICC)	
T:	características	(extensão	e	distribuição)	do	tumor	primário	
N:	características	do	linfonodos	drenantes	(próximo	a	neoplasia)	
M:	presença	ou	ausência	de	metástases		
	
8. IMUNOLOGIA DE TUMORES 
ü O sistema imunológico controla o crescimento tumoral? Ajuda o tumor a crescer mas depende do 
tipo de célula. 
ü Imunodeficiente possui maior dificuldade de controlar o crescimento tumoral 
ü Célula tumoral pode ser eliminada pelo sistema imunológico ou em ambiente imunossupressor, as 
células são resistentes e são capazes de progredir. 
ü Célula tumoral -> presença de MHC I -> linfócito T citotóxico pode matar esse tumor. 
ü Tumores podem apresentar: 
o Pouca infiltração de linfócitos (exclusão imune) 
o Muita infiltração de linfócitos (tumor inflamado) 
o Desenvolvimento de estrutura linfoide terciária (TLS) (se assemelha ao linfonodo) 
ü Tumor	quente	– alta infiltração de linfócito – melhor prognóstico 
ü Tumor	frio	– baixa infiltração de linfócitos – pior prognóstico 
ü Antígenos tumorais 
o Linfócitos possuem PD-1 que se ligam ao PDL-1, promovendo uma sinalização negativa para 
o linfócito T e bloqueia sua resposta. Uma principal imunoterapia é injetar anticorpos contra 
PD-1 e PDL-1 
Aumento da anaplasia ou perda da 
diferenciação 
MDD II – Thayná Borba 
 25 
o Modificação da quantidade e o momento que está sendo expresso induz uma resposta do 
linfócito 
o Se o tumor apresenta antígenos novos produto de mutação irá ocorrer uma indução 
imunológica efetiva (células muito imunogênicas) 
o Tumores são heterogêneos quanto a expressão de antígenos 
ü Ativação de linfócitos T 
o Células dendríticas -> captação de antígenos tumorais -> ativação de linfócitos T 
o Apresentação por MHC classe II -> ativação de linfócitos T CD4+ 
o Apresentação cruzada por MHC classe I -> ativação de linfócitos T CD8+ 
ü Linfócito T CD4+ promovem 
o Indução de morte de célula tumoral (menos eficiente) 
o Recrutamento, proliferação e ativação de linfócito T CD8+ -> morte de célula tumoral 
o Recrutamento e ativação de célula dendrítica 
o Recrutamento e ativação de macrófago 
o Recrutamento e ativação de célula NK 
*alguns subtipos de linfócitos T CD4+ podem induzir imunossupressão e angiogênese 
aumentando a progressão tumoral. 
ü Linfócito T reguladores 
o Produz citocinas reguladoras e diminui a resposta imunológica. 
ü Linfócito T CD8+ 
o São os principais efetores contra tumores 
o Produção de IFN-gama -> maior expressão de MHC 
o Principais funções: citotoxicidade,	produção	de	citocinas	inflamatórias 
ü Células NK 
o Principais funções: citotoxicidade	e	produção	de	citocinas	inflamatórias 
ü Linfócito B 
o Produzem anticorpos que promovem: 
Fagocitose de células tumorais 
Ativação do complemento 
Citotoxicidade 
o Os linfócitos B também podem contribuir para o desenvolvimento tumoral ao induzir: 
Linfócitos T reguladores 
Macrófagos M2 (supressores) 
Células MDSC (supressoras) 
ü Macrófagos 
o Os macrófagos não modulados pelo tumor e contribuem para a progressão tumoral ao 
suprimir a resposta imunológica 
o Contribuem também para : 
Angiogênese	
Invasão	tecidual	
Metástase	
ü Células MDSC	
o Bloqueio de atividade de célula NK	
o Indução de conversão M1 -> M2 no macrófago	
o Indução de diferenciação Linfócito T regulador	
o Bloqueio de recrutamento, atividade, proliferação, indução de apoptose de linfócito T efetor.	
	
MDD II – Thayná Borba 
 26 
ü Evasão	imune	e	progressão	tumoral	
o Os tumores possuem mecanismo de evasão imune: 	
§ exclusão	de	linfócitos	T,	seleção	de	células	tumoraispouco	imunogênicas	
§ Inibição	de	ativação	de	células	imunes	
§ Inibição	do	recrutamento	de	células	imunes	
§ Indução	de	apoptose	de	células	imunes	
§ Perda	de	expressão	de	antígenos	
§ Perda	da	expressão	de	MHC	
§ Expressão	de	moléculas	imunossupressoras	
ü Imunoterapia		
o Bloqueadores de checkpoint	
o Vacinas de neoantígenos	
o Terapia por CAR T CELL	
§ Linfócitos T reconhecem antígenos apresentados no MHC	
§ O receptor quimérico CAR permite que linfócitos	T	reconheçam	antígenos	na	
superfície	da	célula,	sem	necessidade	do	MHC	apresentar.	
9. ANTITUMORAIS 
ü Como combater um tumor ? Três abordagens principais para o tratamento do câncer: excisão	
cirúrgica,	irradiação,	tratamento	farmacológico 
ü Esses tratamentos interferem no tumor nos mecanismos de sobrevivência, migração proliferação. 
ü Terapias contra o tumor 
o Curativa – consegue controlar completamente o tumor. 
o Adjuvante – após o procedimento cirúrgico, com o objetivo de esterilizar células residuais 
locais ou circulantes 
o Neoadjuvante ou prévia – indicada para reduzir o tumor, visando uma complementação 
terapêutica cirúrgica ou radioterápica 
o Paliativa – não tem finalidade curativa. 
ü Como podemos classificar 
1. Em	relação	a	ação	
a. Ciclo	inespecífico	–	agem	nas	células	independente	de	estar	no	ciclo	proliferativo	
b. Ciclo	específico	–	agem	nas	células	que	se	encontram	em	proliferação	
c. Fase	específico	–	agem	em	fases	específicas	do	ciclo	celular	
2. Em	relação	às	classes	
a. Agentes	alquilantes	e	compostos	relacionados	
b. Antimetabólitos	e	inibidores	da	dihidrofolato	redutase	
c. Agentes	antimitóticos	
d. Inibidores	das	topoisomerases	
e. Inibidores	da	atividade	hormonal	e	agentes	correlatos	
f. Novos	fármacos	
ü Como agem geralmente	
o A	maioria	dos	fármacos	anticâncer,	sobretudo	os	citotóxicos,	afeta	apenas	um	aspecto	
característicos	da	biologia	da	célula	cancerosa:	divisão	celular	
MDD II – Thayná Borba 
 27 
o Não	tem	nenhum	efeito	inibidor	específico	na	invasividade,	na	perda	de	diferenciação	
ou	na	tendência	para	criar	metástases		
o Em	muitos	casos,	a	ação	antiproliferativa	deriva	de	ação	durante	a	fase	S	do	ciclo	
celular,	e	o	dano	resultante	ao	DNA	inicia	a	apoptose.	
ü Quais são os efeitos tóxicos derivados da antiproliferativa? 	
o Alvo:	tecidos	normais	em	divisão	rápida	
o Efeitos:		
§ toxicidade	à	medula	óssea	(mielossupressão),	com	queda	na	produção	de	
leucócitos	e,	portanto,	queda	na	resistência	a	infecções;	
§ Comprometimento	da	cicatrização	
§ Perda	de	pelos/cabelos	(alopecia)	
§ Dano	ao	epitélio	gastrointestinal	(incluindo	membranas	da	mucosa	oral)	
§ Depressão	do	crescimento	em	crianças	
§ Esterilidade	
§ Teratogenicidade	–	alta	afinidade	pelo	feto	
§ Carcinogenicidade	–	porque	muitos	fármacos	citotóxicos	são	mutagênicos	
§ A	rápida	destruição	celular	acarreta	o	catabolismo	extenso	da	purina	(as	
purinas	sofrem	degradação	em	hipoxantina	que	se	transforma	em	xantina,	a	
xantina	oxidase	transforma	a	xantina	em	ácido	úrico	e	este		em	urato	sódio).	
§ Os	uratos	podem	precipitar-se	nos	túbulos	renais	e	causar	lesão	renal	a	
maioria	dos	ursos	são	produzidos	no	fígado	provenientes	do	desdobramento	das	
proteínas	endógenas	e	exógenas)	
§ Quase	todos	os	agentes	citotóxicos	produzem	produzem	náuseas	e	vômitos	
graves	(profilaxia	antiemética).	
1. Agentes Alquilantes 
o Prejudicar a ligação entre	as	bases	nitrogenadas	do	DNA	
o Grupo	farmacofórico – parte da molécula que vai ter ação biológica do medicamento 
o Mecanismo de ação das mostardas	nitrogenadas	e	nitrosureia:	
§ Cl atrai os elétrons; N fica mais positivo e ocorrerá atração pelo DNA 
§ Ligação	cruzada	–	mecanismo	principal	de	ação	dos	agentes	alquilantes	
§ Perde integridade do DNA – impedindo a replicação celular e está célula não irá 
avançar em seu crescimento. 
o Ciclofosfamida		
§ Para ser ativada precisa passar pelo fígado, enzimas irão ativar a molécula (CYPs 
hepáticas) 
§ Precisa-se que tenha garantia de ativação no máximo de aldofosfamida (irá 
alquilar o DNA) para gerar efeito tóxico. 
o Problemas 
§ Todos os agentes alquilastes - Cistite hemorrágica, deprimem a função da medula 
óssea, causam perda de cabelo, transtornos GI, nefrotoxicidade, neurotoxicidade 
(perda de audição e parestesia de pés e mãos). 
§ Efeito prolongado ocorrem dois outros efeitos adversos: depressão	da	
gametogênese (homens), aumento do risco	do	desenvolvimento	de	leucemia 
não linfocítica aguda e outras malignidades. 
MDD II – Thayná Borba 
 28 
 
o Compostos de Platina – Cisplatina 
§ Indicação: câncer	testicular,	pulmonar,	ovário,	bexiga	
§ Se liga a base nitrogenada e desestrutura a conformação de dupla-hélice 
2. Antimetabólitos e inibidores da Dihidrofolato redutase 
I. INIBIDORES DE DI-HIDROFOLATO REDUTASE 
o Atuam como antimetabólitos, atuam na fase S celular, comprometendo várias rotas metabólicas 
o Mecanismo de ação: 
§ Folato – importante para síntese	de	DNA e divisão	celular;	adquirimos através de 
dieta, suplementação medicamentosa. 
§ 
§ O metotrexato	inibe a di-hidrofolato	redutase,	evitando a geração de tetrahidrofolato, 
que interfere na síntese de DNA. 
o Problemas 
§ Metotrexato – baixa lipossolubilidade – não atravessa a barreira hematoencefálica. 
 
II. ANTIMETABÓLITOS 
o Análogos	das	purinas : mercaptopurina	(convertida	em	nucleotídeo	falso)	e	tioguanina 
o Análogos	das	pirimidinas	: flouracila,	gencitabina,	citarabina	(inibe	DNApolimerase) 
*essas duas classes interferem impedindo a síntese de DNA. 
3. Agentes Antimitóticos 
o Impedem a formação de microtúbulos 
o Mecanismo de ação: Taxanos	(inibem	a	despolimerização	dos	microtúbulos)	e	alcalóides	da	vinca	
(inibem	a	polimerização	dos	microtúbulos) 
4. Inibidores da Topoisomerase 
o DNA irá se enrolar, a molécula ficará instável e se romperá 
5. Inibidores da atividade hormonal e agentes correlatos 
o Células tumorais são ricas em receptores hormonais 
o Tamoxifeno – inibe estrógeno; impede o crescimento tumoral alterando a distribuição hormonal 
6. Anticorpos monoclonais 
o Linfoma : proliferação de linfócito B -> produção de anticorpo 
o Retuximabe	
o Se liga a proteína CD20 
o Lise do linfócito B 
o Imatinibe		
MDD II – Thayná Borba 
 29 
o Inibe	ação	de	quinase	oncogênica		
o Prejudica	a	ativação	de	um	oncogene	
o Não	terá	proliferação	de	um	tumor	
ü Tumor	pode	se	tornar	resistente	a	antineoplásico		
o Alteração	da	expressão	de	enzima	
o Prejudicar	a	expressão	de	p53	->	inativação	do	processo	de	apoptose	
o Hiperexoressão	de	bomba	de	efluxo	geral	de	fármacos		
 
10. CÂNCER COLORRETAL 
A. Pólipos intestinais 
ü Os pólipos são estruturas teciduais, benignas, mais	comuns	no	cólon, mas podem ocorrer no 
esôfago, estômago, intestino delgado. 
ü Os pólipos podem ser pedunculados	ou	sésseis 
ü Eles podem ser classificados como não	neoplásicos	ou	neoplásicos. 
ü Pólipo neoplásico mais comum é o adenoma, possui potencial para evoluir para um câncer. 
ü Pólipos não	neoplásicos	podem ser classificados em : inflamatório, hamartomatoso ou 
hiperplásico. 
v Não	Neoplásicos	 
Ø Pólipos inflamatórios : 
- se forma devido a ciclos	crônicos	de	lesão	a	cicatrização	(tecido mucosal inflamado) 
Ø Pólipos Hamartomatosos : 
- são crescimentos semelhantes a tumores, compostos de tecidos maduros (céls. 
Maduras – células bem diferenciadas) 
- um dos tipos mais comum de pólipo hamartomatoso é o pólipo	juvenil	:	eles podem 
ser esporádicos	ou	sindrômicos	(maior susceptibilidade ao desenvolvimento de 
adenocarcinoma de cólon).	A maioria dos pólipos juvenis ocorre em crianças com menos 
de 5 anos. A maioria dos pólipos juvenis se encontra no reto e se apresenta com 
sangramento retal. 
Ø Pólipos Hiperplásicos : 
- são proliferações epiteliais comuns, tipicamente descobertas com 60-70 anos de idade. 
- estima-se que essas lesões não possuam potencial maligno. 
v Neoplásicos 
Ø Adenoma 
- pólipos benignos que são os precursores da maioria dos adenocarcinomas colorretais. 
- adenomas são neoplasmas epiteliais que variam de pequenos póliposfrequentemente 
pedunculados a grades lesões sésseis. 
- a maioria dos adenomas não evolui para adenocarcinoma. Embora existe forte relação 
de transformação. 
- recomendação : colonoscopia de vigilância a partir dos 50 anos. (50% dos adultos 
ocidentais acima dos 50 anos podem apresentar adenomas) 
- aqueles que possuem histórico familiar recomenda-se mapeamento com 10 anos antes 
da idade que o parente foi diagnosticado. 
- são	caracterizados	pela	presença	de	displasia	epitelial	
- adenomas são silenciosos clinicamente, com exceção de pólipos grandes que produzem 
sangramento oculto e anemia. 
MDD II – Thayná Borba 
 30 
- podem sem pedunculados	ou	sésseis,	superfície	de	ambos	possui	textura	semelhante	
ao	veludo	ou	framboesa.	
-	Tamanho	:	podem variar de 0,3 – 10cm de diâmetro. -> característica importante que 
se relaciona com o risco de malignidade. Quanto maior o pólipo maior sua chance de 
malignidade. 
- displasia	de	alto	grau	é fator de risco para o câncer. 
	-	Embora	a	maioria	dos	adenomas	colorretais	sejam	benignos,		uma	pequena proporção 
pode abrigar câncer invasivo no momento da detecção 
Ø Polipose	Adenomatosa	Familiar	(PAF)	
	
- doença autossômica dominante, na qual os pacientes desenvolvem numerosos 
adenomas colorretais quando adolescentes. 
- causada por mutações no gene APC (polipose	adenomatosa	do	cólon)	
-	10%	dos	casos	apresentam	mutações	em	genes	de	reparo	do	DNA.	
-	pelo	menos	100	pólipos	devem	estar	presentes	para	ser	feito	o	diagnóstico.	
-	adenocarcinomas	colorretais	se	desenvolvem	em	maior	parte	dos	pacientes	que	possuem	
PAF	não	tratada,	frequentemente	antes	dos	30	anos	de	idade.	
-	colectomia	profilática	é	a	terapia	padrão	para	os	indivíduos	com	mutações	no	APC.	
	
Ø Câncer	Colorretal	Não	Polipose	Hereditário	(CCNPH)	
	
- também conhecido como síndrome de Lynch 
- maior incidência de câncer 
- indivíduos apresentam maior incidência de câncer quando jovens : cólon, endométrio, 
estômago, ovário, ureteres, cérebro, intestino delgado, trato hepatobiliar e pele. 
- causado por mutações herdadas nos genes de reparo do DNA. 
- adenomas	serrilhado	sésseis são os mais comuns e evoluem para adenocarcinoma	
mucinoso.	
	
Ø Adenocarcinoma	
- países desenvolvidos são mais acometidos 
- 3° câncer mais diagnosticado no mundo ( câncer de pele e pulmão são os mais 
frequentes ) 
- 2° que mais leva a óbito, perde para o câncer de pulmão. 
- adenocarcinoma colorretal é a neoplasia mais comum do TGI 
- pico de incidência entre 60-70 anos de idade, incidência maior em homens. Menos de 
20% dos casos ocorrem antes dos 50 anos. 
- 3° câncer mais frequente entre os homens 
- 3° que mais mata, perde para o câncer de próstata e pulmão. 
- múltiplos	fatores	que	contribuem	para	a	incidência	do	câncer:	
• Dieta	inadequada	(consumo	de	carne	processada	e	pouca	fibra);	
• Gordura	visceral;	
• Susceptibilidade	genética;	
• Maior	expectativa	de	vida;	
• Bebida	alcoólica;	
• Fumo;	
• Sedentarismo;	
MDD II – Thayná Borba 
 31 
-	a	maioria	dos	casos	ocorrem	de	forma	esporádica	(	sem	histórico	familiar	)	
-	em	segundo	lugar	a	história	familiar	tem	certa	influência.	
-	em	terceiro	caso,	ocorre	devido	a	síndromes	
-	segundo	estudos	:	carne	vermelha	seria	um	fator	de	risco	convincente,	a	obesidade	
(indivíduo	apresenta	1,05%	de	chance	a	mais	de	desenvolver	a	patologia)	também	um	
fator	de	risco	convincente.	Já	a	Aspirina	é	vista	como	um	fator	protetor.	
-	sinais	e	sintomas	:	(não	necessariamente	o	paciente	irá	apresentar,	estes	estão	
presentes	em	situações	mais	tardias	da	doença)	
• Sangramento	oculto	nas	fezes;	
• Mudanças	nos	hábitos	intestinais;	
• Cólicas;	
• Perda	de	peso;	
• Anemia	ferropriva;	(perda	de	ferro	através	do	sangramento	oculto;	alteração	da	
extensão	do	intestino)	
-	fatores	prognósticos	:	
• Profundidade	de	invasão	
• Presença	ou	ausência	de	metástases	linfonodais	:	linfonodos	regionais,	
geralmente	não	acomete	linfonodos	distais;	pulmões;	ossos;	fígado	(local	mais	
comum)	
• A	–	adenoma	(presença	de	fator	de	risco)	->	pólipo	maior	
	->	adenocarcinoma	(pode	levar	de	10	a	20	anos	para	desenvolver)	->	metástase.	
(devido	a	mutação	no	gene	APC.)	
• B	–	pólipo	hiperplásico	->	câncer	
• C	–	episódios	de	inflamação	->	displasia	->	câncer	
• A	sequência	adenoma	->	carcinoma	responde	por	até	80%	dos	tumores	de	
cólon	esporádicos	
• Principal	causa	->	inativação	do	gene	APC	(supressor	de	tumor)	por	mutação	
e/ou	epigenética	
• Inativação	de	p53	está	presente	em	70-80%	dos	cânceres	do	cólon	(fases	tardias)	
• WNT	–	sinalizador	molecular,	capaz	de	induzir	a	proliferação	celular	através	de	
ativação	bioquímica	
• Situação	A	:	em	célula	normal,	se	não	tiver	estímulo	à	célula	não	prolifera,	e	beta-
catenina	é	degradada.	
• Situação	B	:	WNT	ativando	via	bioquímica	->	ativação	de	beta-catenina	->	núcleo	
->	dispara	proliferação	
• Situação	C	:	célula	cancerígena	:	mesmo	sem	estímulo	->	beta-catenina	fica	livre	
para	entrar	no	núcleo	porque	o	gene	APC	está	bloqueado	->	ativação	da	
proliferação	celular.	(Início	da	formação	do	adenoma	até	a	formação	em	
adenocarcinoma,	porém	não	necessariamente	um	adenoma	se	transformará	em	
adenocarcinoma)	
• O	gene	supressor	de	tumor	APC	(polipose	adenomatosa	colônica)	codifica	uma	
proteína	que	promove	degradação		da	beta-catenina	e	bloqueio	da	replicação	
celular.	
MDD II – Thayná Borba 
 32 
11. DEMÊNCIA DE ALZHEIMER 
Fundamentos 
ü Definição : doença neurodegenerativa crônica com início insidioso(leve) e progressivo. Ela é um 
tipo de demência mais comum. 
ü Pode ser classificada como leve, moderada ou grave 
ü Na doença de Alzheimer o cérebro do paciente é atrofiado pela perda excessiva de neurônios. 
Região do hipocampo é a região mais prejudicada com o avanço da doença (responsável pela 
memória e cognição). Ocorre também aumento dos ventrículos 
ü Sintomas apresentados : 
• Perda de memória 
• Deficiência nas atividades diárias 
• Anormalidades neurocomportamentais (a pessoa fica mais agressiva ou passiva demais; 
perde-se a personalidade do indivíduo) 
• Distúrbios visuais e mioclonia (contração muscular subtida) são mais comuns em 
encefalopatias espongiformes. 
ü Início do sintoma à morte : 10 a 12 anos. 
ü Por ser uma doença progressiva, caracteriza-se o paciente em fases: 
1. Fase	Assintomática	(pré-clínica) – alterações neuropatológicas mas a capacidade 
cognitiva é normal. 
2. Fase	Sintomática	(prodrômica	ou	pré-demência) – declínio cognitivo progressivo antes 
do início de comprometimento funcional e demência evidente. 
3. Demência – comprometimento cognitivo pode ser detectado bem antes do início dos 
sintomas de demência. 
ü Histopatologia na doença de Alzheimer: 
• O tecido nervoso de uma pessoa com Alzheimer é caracterizado pela presença das placas	
senis,		os	emaranhados	neurofibrilares	e	perda	neuronal	importante.	O excesso de produção 
ou à diminuição de clearence do peptídeo beta-amiloide, levam ao acúmulo e formação de 
placas, que causam um processo inflamatório causando lesão sináptica e morte das células. 
• Formação	das	Placas	senis:	
As células nervosas tem a expressão de uma proteína transmembrana chamada APP 
(proteína precursora amiloide), essa proteína pode ser mutada, pode apresentar uma 
mutação hereditária, ou elas podem se degradar com o tempo devido ao envelhecimento. 
Toda proteína que perde sua forma, deve ser eliminada (clearence). Existem enzimas que 
promovem a degradação para eliminação, porém alguns fragmentos (peptídeos) são 
liberados como os beta-amiloides. Estes irão se grudar e formar as placas senis ou placa 
beta-amiloide. Essas se encontram no meio extracelular e irão atrapalhar o funcionamento 
dos neurônios. No Alzheimer ocorre uma formação intensa de placas, levando ao processo 
inflamatório induzida por elas, na tentativa de eliminar essa condição. Diversas cascatas são 
ativadas no meio intracelular levando a diminuição de células nervosas e comprometimento 
das sinapses. 
• Formação	dos	emaranhados	neurofibrilares:	
Os neurônios possuem citoesqueletono meio intracelular. Os microtúbulos são as 
estruturas mais importantes do citoesqueleto para essas células, são proteínas fibrosas que 
fazem transporte interior de vesículas no interior do neurônio. Para se manterem estáveis 
eles contam com a ajuda da proteína TAU. No Alzheimer, essas proteínas estão 
hiperfosforiladas, perdendo sua função de estabilização dos microtúbulos, estes vão se 
desfazendo, e as proteínas TAU irão formar os emaranhados neurofibrilares no meio 
MDD II – Thayná Borba 
 33 
intracelular. Isso começa a comprometer o funcionamento de transporte dentro do 
neurônio, podendo levar à morte dos neurônios. 
• Na doença de Alzheimer ambas as situações estão ocorrendo. 
ü Já foi notado que o aparecimento das placas senis começam principalmente na região do 
hipocampo, por isso que no início da doença já é perceptível a alteração de memória e com o avanço 
da doença vai ocorrendo o comprometimento de outras funcionalidades. 
ü Estágios	iniciais	:	as placas se formam nas regiões envolvidas em aprendizagem e memória, 
pensamento e planejamento. 
ü Estágio	de	leve	a	moderado	:	as placas se espalham para regiões envolvidas com fala, 
compreensão de discurso, percepção de onde o corpo está em relação aos objetos ao seu redor. 
ü Estágio	grave	:	perda da capacidade de se comunicar, reconhecer a família e de cuidar de si mesmo. 
ü Epidemiologia do Alzheimer : acima dos 65 anos, estima-se que a DA seja responsável por 35% a 
50% dos casos de demência; em muitos países a prevalência da DA aumenta para 30% em pessoas 
com mais de 80/90 anos pois o processo de envelhecimento favorece o Alzheimer, mas não é 
qualquer indivíduo, e sim aqueles que possuem fatores genéticos que podem levar ao aparecimento 
da doença; o início precoce de DA é frequentemente hereditário autossômico dominante e 
representa menos de 1% dos casos, portanto podemos classificar a doença de Alzheimer em dois 
grupos : doença de Alzheimer precoce ( familiar ) e a doença de Alzheimer tardia. 
Alguns fatores ambientais podem sim induzir a DA. Mas não são considerados mais importantes 
quando comparados a fatores genéticos. 
 
1) Doença de Alzheimer familiar – está relacionada com herança de genes mutados. 
2) Doença de Alzheimer tardia – também está relacionada com fundo genético mas está mais 
associada a polimorfismos de vários genes que culminam ao processo de degradação das 
proteínas APP. 
ü 35-40 milhões de indivíduos no mundo todo, apresentam DA. 
ü Até 2050 estima-se 106 milhões de pessoas afetadas 
ü 70% das causas são genéticas mas se desconhece todos os fatores genéticos associados 
- Já é conhecido mutações nas APPs , mas proteínas responsáveis pela degradação de APPs – 
presinilinas 1 e 2 fazem parte da doença de Alzheimer familiar. 
- Existem outros polimorfismos que aumentam a chance de formação das placas senis (DA tardio) 
ü 30% são por causas ambientais – estilo de vida e fatores ambientais: tabagismo, obesidade e dieta 
rica em gorduras. 
ü Fisiopatologia da DA: tanto na DA precoce quanto na DA tardia, os mecanismos de fisiopatologia são 
os mesmos : aparecimento das placas senis e dos emaranhados neurofibrilares. Ambas 
comprometem o funcionamento e levam à morte da célula. 
ü Medidas de prevenção (retardar o surgimento da doença em casos mais tendenciosos) 
• Consumo moderado de café 
• Tratamento de fatores de risco para doenças cardiovasculares 
• Terapia de reposição hormonal (estrogênio) 
ü Diagnóstico : 
- baseia-se em um diagnóstico clínico e de exclusão de outras doenças de demência. Quanto antes 
diagnosticar, consegue-se retardar a evolução dos sintomas. Mas como triar? Testes cognitivos 
como o MEEM (Miniexame de Estado Mental) porém eles não conseguem avaliar o 
comprometimento cognitivo leve (CCL). Este teste só é utilizado para avaliação de demência. 
ü Diagnóstico clínico : história familiar, exame físico, rastreamento cognitivo, exclusão de outras 
causas de demência. 
ü Existem diversos critérios clínicos para encaixar o paciente ao quadro de DA 
MDD II – Thayná Borba 
 34 
ü Testes cognitivos : 
• miniexame do estado mental mais usado, porém não detecta CCL 
• Para detecção de CCL existem outros testes, que demoram mais, são várias etapas que o 
paciente passa, sendo possível detectar alterações leves. 
ü O exame físico normalmente não apresenta nada digno de nota nos estágios iniciais. Na doença 
avançada os pacientes podem se apresentar vestidos de forma descuidada, confusos, apáticos e/ou 
desorientados, marcha lenta e arrastada, postura inclinada. A doença terminal é marcada por 
rigidez, incapacidade de caminhar e falar. 
ü Exames solicitados : 
• Testes cognitivos 
• Hemograma completo – para exclusão de anemia pois anemia constante pode levar a um 
quadro de demência devido a baixa oxigenação. 
• Perfil metabólico – descartar acúmulo de níveis anormais de sódio, glicose, 
• Hormônio estimulante da tiroide (TSH) sérico – exclusão de hipertireoidismo ou 
hipotireoidismo 
• Vitamina b12 – deficiência de b12 -> demência 
• Exame de urina para detecção de drogas 
• Tomografia computadorizada – excluir lesões e outros efeitos de demência que não sejam 
relacionados ao Alzheimer. 
ü Fatores de risco considerados fortes no desenvolvimento da doença : 
• Idade avançada 
• Histórico familiar 
• Fatores genéticos 
• Síndrome de Down (devido a alterações no cromossomo 21) 
• Hiperlipidemia (aumento de gordura circulante) 
• Baixa escolaridade 
ü Tratamento : 
- conforme a doença vai progredindo é necessário uma equipe multiprofissional para o tratamento 
desse paciente (médicos, enfermeiros, nutricionista, assistente social, entre outros); apoio familiar; 
fazer suporte dos sintomas; tratamento farmacológico : utilização de inibidor de colinesterase 
(enzima responsável pela degradação de acetilcolina), com isso aumentará o nível de ACh e isso é 
sugestivo de redução do avanço da DA, porém não é um tratamento curativo. 
12. ESCLEROSE MÚLTIPLA 
ü Doença	desmielinizante	inflamatória	autoimune		
ü Caracterizada por presença de episódios	de	disfunção	neurológica em, pelo menos, duas	áreas	
do	sistema	nervoso	central (cérebro, medula espinhal e nervos ópticos) separados	no	tempo	e	
no	espaço.	(Dois pontos no cérebro distintos sendo afetados)	
ü Principais sintomas	
• Fadiga	intensa,	depressão,	fraqueza	muscular,	alteração	do	equilíbrio	da	coordenação	motora,	
dores	articulares,	disfunção	intestinal	e	da	bexiga.	
ü EM é a causa	mais	comum	de	incapacidade	neurológica	entre	adultos	jovens	
ü EM afeta	a	substância	branca	e	cinzenta	do	sistema	nervoso	
ü EM é poligênica	e	multifatorial (influência ambiental)	
ü Principais genes envolvidos (presença	de	polimorfismos) : 
MDD II – Thayná Borba 
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• HLA (MHC) classe I e II -> apresentação de antígenos (algumas	variantes	de	MHC	são	mais	
eficientes	em	apresentação	de	antígeno	próprio	->	ativação	de	linfócito	T	 
• IL-2 e receptor de IL-7 -> ativação e proliferação de linfócitos T. 
ü Fatores	de	risco	: 
o fumante, EBV (vírus) – mimetismo	molecular	(peptídeo derivado do vírus parecido a 
antígeno derivado do sistema nervoso central acaba contribuindo para o processo de EM) 
o vitamina	D (fator protetor; fator importante para controlar o sistema imune; se você tiver 
menos vitamina D do que o recomendado sua capacidade imunossupressores diminuída 
facilitando processos inflamatórios) 
o indivíduos	obesos. 
ü Epidemiologia	:	 
• Aproximadamente 2,3 milhões de pessoas tem EM em todo o mundo 
• Mais frequente em indivíduos de descendência europeia (inidviduos são menos expostos ao 
sol) 
• Rara em indivíduos de descendência asiática, africana e nativos americanos 
• Estima-se que 35mil brasileiros tenham EM 
• Diagnóstico entre 20 e 40 anos de idade 
• Pode ocorrer na faixa etária pediátrica a partir dos 2 anos de idade 
• Diagnosticada em inidviduos na sexta ou sétima década de vida que podem ter sido 
assintomáticos por anos 
• Proporção do sexo feminino em relação ao masculino de cerca

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