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Slides_Aula_06_Psicoterapia_Infanto_Juvenil

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Psicoterapia Infanto-
Juvenil
PROFª Mª MAYRA CAMPOS FRÂNCICA DOS SANTOS 
Unidade 2
FOCO, PRIORIDADE E 
TÉCNICA 
PSICOTERÁPICA
2
Abordagens 
psicoterápicas 
infantis: 
prioridades e 
técnicas III
AULA 06
3
4
Recapitulando...
AULA 01
Psicopatolog
ias e início 
dos 
trabalhos
AULA 02
Caixa lúdica: 
apresentaçã
o
AULA 03
Caixa lúdica, 
uso e 
cuidados
AULA 04
Abordagens 
psicoterápic
as infantis: 
prioridades e 
técnicas I -
Psicanálise
AULA 05
Abordagens 
psicoterápic
as infantis: 
prioridades e 
técnicas II –
Behaviorismo 
e TCC
Contextualização
• O MÉTODO FENOMENOLÓGICO;
• A VISÃO DA GESTALT-TERAPIA SOBRE 
A CRIANÇA;
• O MÉTODO NÃO-DIRETIVO DE 
VIRGÍNIA M. AXLINE;
• A PERSPECTIVA DA GESTALT-TERAPIA 
COM CRIANÇAS.
5
Momento de 
perguntas
6
http://blogs.correio24horas.com.
br/correiodefuturo/wp-
content/uploads/2019/01/pergu
ntas.jpg
O método 
fenomenológico
7
8
A fenomenologia
 Surgiu com o matemático e 
filósofo Edmund Husserl (1859-
1938), que buscava uma 
fundamentação rigorosa para o 
conhecimento;
 Voltou-se primeiramente para as 
ciências exatas e, em seguida, 
para a filosofia, ao procurar a 
fundamentação das primeiras. https://static.todamateria.com.br/upload/ed/mu/edmundhusserl.jpg
9
Fenomenologia
Fenomenologia
Deriva do verbo grego 
phainomenon = brilhar, 
fazer ver, indicar, 
mostrar-se aparecer e 
logos = estudo, ciência
Fenômeno
É o que se mostra 
ou aparece
10
Fenomenologia
 Husserl vai tornar independente aquilo que aparece na consciência 
do objeto exterior, da existência da coisa em si mesma, à qual o 
fenômeno estivera aprisionado na tradição. O fenômeno que antes 
era pensado sempre como relativo a um objeto, exterior, ficará 
agora encerrado no campo da consciência:
 Sem negar qualquer relação a um objeto exterior, Husserl prescindirá dele 
radicalmente, considerando o fenômeno na sua pureza absoluta, como 
aparecimento em si mesmo, isto é, como a própria coisa simplesmente 
enquanto revelada à consciência, - e por isso caracterizá-lo-á 
de puro ou absoluto. [...] A fenomenologia [...], no sentido husserliano, 
será, portanto, o estudo dos fenômenos puros ou absolutos, isto é, uma 
"fenomenologia pura' (Fragata, 1959, p. 80, grifos do autor)
11
Objetivo da Fenomenologia
Descrever com 
rigor os 
fenômenos, ou 
seja, as coisas 
consideradas 
como meros 
aparecimentos na 
consciência
"Nada está em 
contato mais 
íntimo conosco do 
que a própria 
consciência"
A descrição 
atende apenas 
ao que aparece 
na consciência
12
Fenomenologia
De um modo geral e no seu sentido mais vasto, fenômeno 
estende-se a tudo aquilo de que podemos ter consciência, 
de qualquer modo que seja. Portanto, não só objetos de 
consciência, mas também os próprios atos enquanto 
conscientes, sejam eles intelectivos, volitivos ou afetivos, 
são para Husserl "fenômenos”. 
Fragata (1959) apud MATTAR (2010) 
13
A Fenomenologia
 Essa sutil, mas relevante diferença, traz consigo um novo modo de 
concepção do conhecimento e de representação do mundo.
 As coisas do mundo não existem por si, da mesma forma que a 
consciência não possui uma independência dos fenômenos. Há uma 
forte crítica à separação entre sujeito e objeto, tradicional das 
ciências.
 Para Husserl, o conhecimento é construído a partir de inúmeras e 
pequenas perspectivas da consciência, que quando organizadas e 
retiradas as suas particularidades, produzem a intuição sobre a 
essência de um fato, ideia ou pessoa. São os chamados fenômenos 
da consciência.
Momento de 
perguntas
14
http://blogs.correio24horas.com.
br/correiodefuturo/wp-
content/uploads/2019/01/pergu
ntas.jpg
A visão da 
Gestalt-terapia 
sobre a criança
15
16
A visão da Gestalt-terapia sobre a criança
 a Gestalt entende a criança a partir de uma holística, ou seja, 
ela é percebida como uma totalidade: mente, corpo e 
espírito deixam de ser vistos como partes isoladas, 
valorizando-se relação existente entre eles;
 Assim, não podemos compreender um sintoma isolado, pois 
ele nada mais é do que uma parte da criança que diz de sua 
totalidade;
 Como consequência, temos o princípio de que as partes 
sempre afetarão o todo, uma vez que esse é configurado pela 
relação entre elas.
(BARBOSA, 2011)
17
A visão da Gestalt-terapia sobre a criança
Portanto, não podemos compreender uma parte que se 
destaca (figura) em um determinado momento se não a 
integramos em seu contexto de relações (fundo). 
(BARBOSA, 2011)
18
visão da Gestalt-terapia sobre a criança
 Não apenas as partes da criança se encontram em relação, 
mas a criança também é enxergada pela Gestalt-terapia 
como um ser de (relação) e em constante relação com o 
mundo que a cerca. Nesse sentido, o ser-humano está 
sempre se transformando, é um incessante vir-a-ser;
 A noção de linearidade e causalidade é abandonada, pois 
organismo e meio estão em interação a todo o momento, 
havendo uma reciprocidade entre eles, na qual o organismo 
transforma o meio e é transformado simultaneamente por 
ele nesse movimento.
(BARBOSA, 2011)
O método não-
diretivo de 
Virgínia Axline
19
20
O método não-diretivo de Virgínia Axline
 Na psicoterapia infantil, pode-se dizer que o brincar será o modo indireto 
de ir onde a criança se encontra, partindo daí a fim de ajudá-la no 
autorreconhecimento;
 A perspectiva da ludoterapia desenvolvida por Virginia May Axline (1911-
1988), a partir da não diretividade, em muito se aproxima desta forma de 
comunicação indireta;
 Axline trabalhou com Carl Rogers (19021987), fundador da Abordagem 
Centrada na Pessoa. Adotando o método não diretivo no atendimento a 
crianças, Axline publicou, em 1947, a obra Ludoterapia (1972), que viria a 
se tornar, ao lado do conhecido Dibs em busca de si mesmo (1989), uma 
referência para o psicoterapeuta infantil não diretivo. 
(MATTAR, 2010)
21
O método não-diretivo de Virgínia Axline
Axline (1972) resume em oito as atitudes básicas do 
terapeuta junto à criança. São elas:
 (1) O terapeuta deve desenvolver um amistoso e cálido 
relacionamento com a criança, de forma que logo se 
estabeleça o rapport. O contato inicial é de imensa 
importância para o sucesso da terapia. 
 (2) É necessário aceitar a criança exatamente como ela é, 
aceitar genuinamente o que ela diz ou faz, já que a criança 
pode perceber a rejeição, mesmo que velada. 
(MATTAR, 2010)
22
O método não-diretivo de Virgínia Axline
 (3) O terapeuta deve estabelecer uma sensação de permissividade 
no relacionamento com a criança, de forma que esta se sinta livre 
para expressar por completo os seus sentimentos. 
 (4) O terapeuta fica atento para reconhecer os sentimentos que a 
criança está exprimindo e os reflete de maneira tal que possibilite a 
ela obter uma visão interior do seu comportamento.
 (5) O terapeuta mantém um profundo respeito pela capacidade da 
criança de solucionar seus próprios problemas, se uma 
oportunidade lhe for dada.
(MATTAR, 2010)
23
O método não-diretivo de Virgínia Axline
 (6) O terapeuta não tenta dirigir os atos ou a conversa da 
criança de maneira alguma. É ela quem o faz e indica o 
caminho, o terapeuta a acompanha.
 (7) O terapeuta não tenta abreviar a duração da terapia. É um 
processo gradativo e assim deve ser reconhecido por ele. 
 (8) Por fim, o terapeuta estabelece apenas aqueles limites 
necessários para que se situe a terapia no mundo da realidade 
e para que a criança tome consciência de sua responsabilidade 
no relacionamento. Os limites são poucos, mas importantes. 
(MATTAR, 2010)
24
O método não-diretivo de Virgínia Axline
 Por fim, Axline (1972, p. 124) resume o que compreende por 
psicoterapia infantil:
A experiência terapêutica é uma experiên cia de crescimento. Dá-se 
à criança a oportunidade de se libertar de suas tensões, de se 
desfazer, por assim dizer, de seus sentimentos mais perturbadores e, 
assim fazendo, de ganhar uma compreensão de si mesma que lhe 
permita autocontrolar-se.Através dessa viva experiência na sala de 
brinquedos, ela descobre a si mesma como uma pessoa, assim 
como novos caminhos que lhe permitam ajustarse ao 
relacionamento humano, de maneira saudável e realista
(MATTAR, 2010)
Momento de 
perguntas
25
http://blogs.correio24horas.com.
br/correiodefuturo/wp-
content/uploads/2019/01/pergu
ntas.jpg
A perspectiva 
da Gestalt-
terapia com 
crianças
26
27
Violet Oaklander e a abordagem gestáltica com crianças
Considerada uma referência para a prática da Gestalt-Terapia voltada para 
o atendimento infantil
Sua obra descreve a abordagem gestáltica com crianças, cuja meta é 
ajudar a criança a tomar consciência de si mesma e da sua existência em 
seu mundo 
As técnicas propostas pela autora são vistas como meios de promover uma 
expressão de si mesmo que ajude a estabelecer a autoidentidade e 
proporcione uma forma de expressar sentimentos
(BARBOSA, 2011)
28
Violet Oaklander e a abordagem gestáltica com crianças
A maioria das crianças consideradas 
necessitadas de ajuda possui uma 
coisa em comum: alguma 
deficiência em suas funções de 
contato: olhar, falar, tocar, escutar, 
mover-se, cheirar e sentir o gosto
Crianças com problemas são 
incapazes de fazer bom uso de uma 
ou mais de suas funções de contato 
ao se relacionarem com os adultos 
de suas vidas ou com o ambiente 
em geral
A forma como fazemos uso de nossas funções de contato 
evidencia a força ou fraqueza relativa que sentimos. Se um 
senso de eu forte predispõe a um bom contato, Oaklander
(1980) não se admira de que quase toda criança que atende 
em terapia não pense muito bem de si mesma, embora possa 
fazer tudo ao seu alcance para manter este fato oculto
(BARBOSA, 2011)
29
Violet Oaklander e a abordagem gestáltica com crianças
 As crianças fazem o que podem para ir em frente, para sobreviver, 
em direção ao crescimento, ou seja, elas se protegem de alguma 
maneira:
 Algumas se retraem para não serem feridas;
 Algumas criam fantasias para se entreterem e tornarem suas vidas mais 
fáceis de serem vividas;
 Algumas brincam, trabalham e aprendem como se nada importasse, 
deixando de fora o que é doloroso;
 Algumas se protegem, querendo "aparecer", e estas são as que recebem 
mais atenção, o que tende a incentivar o comportamento mais detestado 
pelos adultos
(BARBOSA, 2011)
30
O terapeuta na abordagem gestáltica com crianças
Trabalha para 
construir o senso 
de eu da criança, 
para fortalecer as 
funções de contato 
e para renovar o seu 
próprio contato com 
seus sentidos, 
sentimentos e uso do 
intelecto
A sua consciência é 
redirigida para a 
percepção sadia de 
suas próprias funções 
de contato, seu 
próprio organismo, 
em direção a 
comportamentos 
mais satisfatórios
Para isso, Oaklander
(1980) sugere 
diversas técnicas, 
como a da fantasia, 
dos desenhos de 
família, e materiais 
diferentes ao longo 
do livro, como argila, 
tinta para pintura a 
dedo etc
(BARBOSA, 2011)
31
O terapeuta na abordagem gestáltica com crianças
Tem por objetivo a retomada do curso satisfatório de 
desenvolvimento da criança
O fio condutor do processo terapêutico está na relação 
estabelecida entre a criança e o psicoterapeuta, por 
intermédio da metodologia fenomenológica e das técnicas 
facilitadoras
(BARBOSA, 2011)
32
Objetivo geral da Gestalt-terapia com crianças
 [...] reencontrar a vivacidade e o contato pleno com o 
mundo através da desobstrução de seus sentidos, do 
reconhecimento do seu corpo, da identificação, aceitação 
e expressão de seus sentimentos suprimidos, da 
possibilidade de realizar escolhas e verbalizar suas 
necessidades, bem como de encontrar formas para 
satisfazê-las, além de aceitar quem ela é na sua 
singularidade (AGUIAR, 2005, p. 186).
(BARBOSA, 2011)
33
Escolha pelo método fenomenológico
Dá-se pelo fato de que este não visa interpretar ou prescrever, mas sim descrever o significado do 
que é expresso pela criança na sessão terapêutica
Na interpretação se concede um significado ao que é trazido pela criança, pautado em um a 
priori teórico
Na prescrição, o terapeuta estabelece formas específicas do uso de recursos lúdicos para que a 
criança resolva o que traz como problema
Na descrição fenomenológica, o terapeuta possibilita que a própria criança "construa 
gradativamente o significado do material que traz para a sessão terapêutica, sem a interferência 
de qualquer "a priori' do terapeuta, seja ele de caráter teórico ou oriundo de seus próprios valores
(BARBOSA, 2011)
34
Referências
 MATTAR, Cristine Monteiro. Três perspectivas em 
psicoterapia infantil: existencial, não diretiva e Gestalt-
terapia. Contextos Clínic, São Leopoldo , v. 3, n. 2, p. 76-
87, dez. 2010 . Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid
=S1983-34822010000200001&lng=pt&nrm=iso>. 
 BARBOSA, P. G. – A criança sob o olhar da Gestalt-Terapia 
Revista IGT na Rede, V. 8 Nº. 14, 2011. Página 2 de 22. 
Disponível em http://www.igt.psc.br/ojs/ ISSN 1807-2526
35
COSTA, M.I.M. A prática da psicoterapia infantil a partir 
do referencial teórico do Psicodrama, Gestalt Terapia e 
Abordagem Centrada na Pessoa, sob as óticas de 
Bermúdez, Ferrari, Oaklender e Axline. Dissertação 
(Mestrado em Psicologia Clínica), Universidade Católica 
de Pernambuco, 2003.

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