Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DEFINIÇÃO PAN-HIPOPITUITARISMO DISFUNÇÃO DOS HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS O hipopituitarismo é quando se tem deficiên- cia de um hormônio hipofisário. Já quando se tem deficiência de mais de um hormônio é chamado de pan-hipopituitarismo. Pituitária = hipófise Glândula mestre, que produz vários hormônios que agem em diferentes órgãos. Localiza-se dentro da sela túrcica/turca, cercada por ossos. Na parte de cima localiza-se a meninge. A adenohipófise é a responsável pela produção hormonal, enquanto a neurohipófise apenas armazena e secreta ADH e ocitocina. LESÃO DA HIPÓFISE OU NA HASTE Quando se tem lesão na hipófise ou na haste, o paciente apresentará pan-hipopituitarismo com prolactina alta. Isso porque, os fatores hipotalâmicos não chegaram até a hipófise, dessa forma, a dopamina não estará inibindo a produção de prolactina, enquanto os outros fatores (TRH, CRH, GnRH, GHRH) não estarão chegando para estimular a produção dos outros hormônios hipofisários (TSH, ACTH, FSH e LH, GH). Diferentemente da lesão de hipófise, em que todos os hormônios estarão baixos, inclusive a prolactina. ETIOLOGIAS Adenomas hipofisários (macro > 1 cm) Craniofaringioma → comum na infância (marcado por microcalcificações na TC) Tumores peri-hipofisários (meningeomas, gliomas) Metástases (câncer de mama e pulmão) Histiocitose X Sarcoidose Hemocromatose Meningocefalites Tuberculose Sífilis Abscessos Síndrome de Sheehan Apoplexia hipofisária → quando tem infarto/ Radioterapia Aneurisma de carótida Cirurgias TCE Sela vazia Hipopituitarismo familiar Síndrome de Kallmann → alteração hipotalâmica que cursa com anosmia. TUMORES: LESÕES INFILTRATIVAS: Cursam com hiperpro-lactinemia, porque lesam o hipotálamo e a haste INFECÇÕES: GENÉTICOS: Mutações do Pit-1 e PROP-1 (são fatores de transcrição dos hormônios hipofisários). NECROSE/INFARTO: necrose do tumor. AUTOIMUNIDADE: Hipofisite linfocítica (raro). OUTROS: LESÃO DO III PAR: LESÃO DO III PAR: LESÃO DO QUIASMA: É muito comum ter lesão dos pares de nervos cranianos que passam próximos à hipófise (III, IV, V, VI), sendo o III e o VI os mais acometidos. Tem prejuízo na inervação do músculo reto- medial, causando estrabismo divergente, associado à apoptose palpebral. Tem prejuízo na inervação do músculo reto- lateral, o que causa oftalmoplegia (estrabismo convergente). Pode lesar as fibras do centro (fibras da parte nasal da retina). Como as fibras nasais da retina enxergam o campo temporal, nesse caso, o paciente perde a visão temporal (hemianopsia temporal). O diagnóstico é feito por um conjunto de exames laboratoriais. Primeiramente, pode ser feito uma RNM de hipófise para verificar a causa mais comum: adenohipofisário. Além disso, pode-se dosar os hormônios: ↓ prolactina → dosagem de prolactina e teste de TRH para prolactina ↓ ACTH → cortisol basal, dosagem de ACTH, ITT ↓ GH → ITT, IFG-1 basal ↓ TSH → TSH e T4 livre ↓ FSH/LH → LH, FSH, estradiol e testosterona Caso ainda tenha dúvidas do diagnóstico, pode ser feito o MEGATESTE: Injeta TRH, para ver a resposta de TSH e da prolactina. Injeta LHRH/GnRH para ver a resposta do LH e FSH. Injeta insulina, para provocar uma hipoglicemia, e dosar o GH e o cortisol. São todos testes de estímulo feitos ao mesmo tempo, isso porque diante de uma hipótese de insuficiência hormonal, deve-se fazer um teste de estímulo para diagnosticar. QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICOLESÃO DE NERVOS TRATAMENTO
Compartilhar