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1 - Hipofise

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Hipófise 
Introdução 
- A hipófise é a “grande comandante” da maioria das glândulas do nosso organismo
- No entanto, existe um comandante maior, o “grande maestro da sinfonia hormonal”, 
que é o hipotálamo 
Divisão da Hipófise 
- Adenohipófise (hipófise anterior):
• Comunica-se com o hipotálamo através de vasos sanguíneos 
- Neurohipófise (hipófise posterior):
• Comunica-se com o hipotálamo através de fibras nervosas 
- A haste hipofisária comunica o hipotálamo com a hipófise anterior e posterior
- A ocitocina e o ADH são produzidos pelos núcleos paraventricular e supraóptico, 
sendo armazenados na hipófise posterior 
- A ocitocina irá agir na glândula mamária fazendo a expulsão do leite e também irá 
realizar as contrações do útero
- O ADH irá agir nos néfrons, realizando a reabsorção tubular de água 
Relação Hipófise-Hipotálamo 
- Hipotálamo e hipófise atuam de forma coordenada para harmonizar muitos sistemas 
endócrinos
- Controlam o funcionamento da tireoide, da suprarrenal, das glândulas reprodutoras, 
regulam o crescimento, a produção do leite materno e a osmorregulação 
- O hipotálamo controla a secreção dos hormônios através de mecanismo neurais e 
hormonais 
- Como já comentado, o hipotálamo comunica-se com a adeno-hipófise através de 
neuropeptídeos
- Esses neurpeptídeos são denominados fatores de liberação (releasing factor - RF)
- Através dos vasos portais os RFs atingem a hipófise anterior 
Hipotálamo como centro regulador da fome e da saciedade 
- O hipotálamo é responsável pelo reconhecimento dos sinais periféricos em relação a 
fome a saciedade
- Centro da Fome:
• Neurohormônios responsáveis pela fome
• Composto pelos Neuropeptídeo Y, Neuropeptídeo AGOUTI e pela Melanocortina 
- Centro Saciedade:
• Neurohormônios responsáveis pela sensação de saciedade
• Composto pela POMC (propiomelanocortina), CART (transcrito relacionado a 
anfetamina) e MCR4 (receptor 4 da melanocortina)
- A sinalização periférica é realizada por um hormônio produzido pelo tecido adiposo - a 
leptina 
- A insulina age concomitante a leptina, tornando os neurônios hipotalâmicos mais 
sensíveis à leptina 
- Quando o indivíduo come, a leptina se eleva no sangue e age estimulando o centro da 
saciedade
- Quando o indivíduo esta com fome, a leptina está baixa, não estimulando o centro da 
saciedade. Dessa forma, o centro da fome permanece ativado 
- Além disso, a leptina é um importante sinalizador da puberdade. Ela sinaliza que o 
indivíduo atingiu um peso X determinado geneticamente 
- ONS: No indivíduo obeso com resistência insulínica e síndrome metabólica essa 
sinalização de comer menos e gastar mais não ocorre por distúrbios hormonais
Fatores de Liberação Hipotalâmicos - Sistema Porta 
- Os hormônios da hipófise anterior são estimulados pelos fatores de liberação 
produzidos pelo hipotálamo
ESTOQUE SINAIS HORMONAIS ESTADO CATABOLIZANTE RESPOSTA
Diminuição de peso Diminuição da leptina e insulina 
Diminuição da POMC e da 
CART
Aumento do neuropep. Y e 
AGOUTI
Coma mais
Gaste menor 
Neutro (peso mantido) Produção fisiológica de leptina e insulina 
Aumento da POMC e da 
CART
Diminuição do neuropep. Y a 
AGOUTI
OBS: o centro da saciedade, 
fisiologicamente, está 
sempre sobrepujando o 
centro da fome 
Coma o mesmo do 
que seu gasto
Aumento do peso Aumento da leptina e insulina
Aumento da POMC e da 
CART
Diminuição do neuropep. Y a 
AGOUTI
Coma menor
Gaste mais
Fator de Liberação 
(Hipotálamo)
Hormônio secretado (Hipófise 
anterior) Órgão alvo
Somatotrófos Hormônios do crescimento (GH)
Cartilagem (de forma direta) e 
ossos (de forma indireta, através 
do IGF-1 secretado pelo fígado)
Gonadotrófos Hormônios folículo-estimulando (FSH) e Luteinizante (LH) Gônadas
Lactotrófo Prolactina (PRL) Glândula mamária (produção de leite)
Inibidores Hipotalâmicos 
- Não apenas os fatores de liberação atuam na hipófise anterior, mas existem também 
fatores de inibição, sendo os principais: dopamina e somatostatina 
- A dopamina inibe a secreção da prolactina 
- A somatostatina inibe a secreção do GH
Especificidade da Ação Hormonal 
- Os hormônios circulam de duas maneiras:
1. Ligados a alguma proteína
2. Livres 
- Um hormônio só consegue agir no receptor hormonal quando está na sua forma livre, 
não ligado a proteína
- Existem hormônios que podem ocupar o receptor de outro hormônio. O principal 
exemplo é o IGF-1 (fator de crescimento like insulina 1), que pode ocupar o receptor da 
insulina (causando hipoglicemia). Da mesma forma, a insulina pode ocupar o receptor 
de IGF-1 (causando crescimento celular). 
- OBS: A estimulação do receptor do IGF-1 pela insulina explica o motivo de pacientes 
diabéticos com hiperinsulinemia terem maior propensão a desenvolver câncer 
- Os receptores hormonais podem estar situados em 3 locais:
1. Trans-membrana
2. Citoplasmáticos
3. Nucleares (ex: os esteróides se ligam diretamente no núcleo da célula)
Eixo 
- Existem 2 tipos de eixos:
1. Alça Curta: 
• Hipotálamo < —> hipófise 
2. Alça Longa: 
• Hipotálamo < —> hipófise < —> glândula efetora (produção periférica de 
hormônios)
- Existem 3 possibilidades de afecções:
1. Afecção primária: atinge a glândula efetora (ex: hipotireoidismo primário, 
atingindo diretamente a glândula tireoide)
2. Afecção secundária: atinge a hipófise (ex: hipotireoidismo secundário)
3. Afecção terciária: atinge o hipotálamo (ex: hipotireoidismo terciário)
Corticotrófos Adrenocortcotropina (ACTH) Supra-renal
Tireotrófos Hormônio tireoestimulante / tireotrofina (TSH) Tireóide 
Deficiência Hormonais Isoladas 
- São mais raras 
- Síndrome de Kallmann: 
• É um hipogonadismo hipotalâmico (terciário)
• Ocorre por um erro de migração embrionária (as células produtoras de 
gonadotrofina estão no bulbo olfatório, uma vez que o bulbo não fez a migração 
correta)
• O paciente apresenta hiposmia ou anosmia e hipogonadismo hipogonadotrófico 
(não há FSH nem LH) 
• Mais frequente nos homens
- Nanismo hipofisário: 
• Existem vários tipos 
• Pode ocorrer por alterações da secreção hormonal ou por alterações genéticas 
(alteração no gene PIT-1, que faz deficiência de GH, TSH e PRL)
- Hipotireoidismo congênito: 
• Falta do TSH ou do TRH (tireotrófico)
• Pacientes apresenta grandes bócios 
- Hipoplasia Adrenal Congênita: 
• É uma condição rara, relacionada a queda do ACTH
• Hipoplasia total leva a morte
• Quando pequena pode passar despercebida e só causar insuficiência adrenal 
quando o paciente passa por grandes situações de estresse, como na gravidez ou 
uma infecção.
Insuficiência Hipofisária (Panhipopituitarismo) 
- Panhipopituitarismo é a deficiência de pelo menos 2 hormônios 
- CAUSAS:
• Tumor:
• Tumor da própria hipófise
• Invasão de tumores (ex: tumor do hipotálamo que invade a hipófise)
• Diabetes insipidus (raro)
• Metástase (mais comumente de tumor de mama)
• Infarto Hipofisário: 
• Etiologia vascular:
• Infarto hipofisário pós-parto (Sd. De Sheehan)
• Tumor levando à apoplexia hipofisária (tumor sofre uma hemorragia e causa 
ptose palpebral, hipertensão intracraniana, etc)
• Diabetes mellitus (alteração microvascular)
• Sd. Anticorpo anti fosfolipídio 
• Hipofisite:
• É uma doença auto imune
• De forma geral, as insuficiência hipofisárias apresentam uma cronologia de 
perda hormonal, sendo que o ACTH é o último hormônio a parar de ser 
secretado. No entanto, na hipofisite não há cronologia hormonal e o ACTH é a 1ª 
perda hormonal 
• Pode causar insuficiência adrenal secundária 
• É possível visualizar espessamento da haste hipofisária na RM 
• Atinge mais mulheres 
• Cirugias da hipófise:
• Normalmente causa diabetes insipidus (pode ser transitório ou permanente)
• Radioterapia:
• Faz panhipopituitarismo a longo prazo
• Por isso, a radioterapia de hipófise é a última alternativa de tratamento
• Trauma:
• Normalmente causa uma alteração hipofisária que cursa com diabetes insipidus 
• Infecioso:• Decorrente de encefalite ou meningite 
• Funcional:
• Ocorre em pacientes submetidos a fome, estresse, anorexia nervosa ou atletas 
de alto nível
• O corpo realiza isso como um mecanismo de proteção 
• Síndrome da sela vazia:
• A sela túrcica é preenchida pelo líquido cerebrospinal, rechaçando a hipófise
• Aparece em 28% das RMs 
• Idiopático 
- DIAGNÓSTICO: 
• Todos os paciente que tem hipopituitarismo completo apresentam hipogonadismo, 
hipotireoidismo secundário, insuficiência adrenal e deficiência de GH (devido 
ao diagnóstico tardio)
• Se o diagnóstico fosse mais precoce poderia ocorrer apenas deficiência hormonal 
parcial
• Cronologia de perda hormonal: PRL —> GH —> FSH e LH —> TSH —> ACTH 
• Exceção: hipofisite 
- SÍNDROME DE SHEEHAN:
• Necrose hipofisária devido a hemorragia pós-parto e hipovolemia, levando a um 
hipopituitarismo imediato ou evolutivo no decorrer de anos 
• Diagnóstico: história de hemorragia pós parto, dificuldade em amamentar 
(diminuição de PRL), amenorréia após a última gestação e diminuição de pelos 
axilares e pubianos (diminuição de FSH e LF)
- SINAIS E SINTOMAS DO PANHIPOPITUITARISMO:
• OBS: 
• Deficiência de GH nas crianças não irá afetar o crescimento fetal, , pois o GH 
não atua na etapa fetal, os responsáveis pelo crescimento nesse período são o 
IGF-1, o IGF-2 e a insulina (por isso mães com diabetes gestacional apresentam 
fetos macrossômicos, com 4kg ou mais)
• Deficiência de GH no adulto passa despercebido. As únicas queixas podem 
ser de dificuldade em realizar exercício físico e hipoglicemia discreta 
- EXAMES DIAGNÓSTICOS:
• T4 Livre:
• Se a minha suspeita é de hipotireoidismo secundário (disfunção da hipófise) não 
há motivo para solicitar TSH, uma vez que ele pode estar normal
• Por isso, T4 livre é o exame de escolha para diagnosticar hipotireoidismo 
secundário 
• Prolactina:
• A prolactina pode estar elevada por dois motivos:
• Tumor produtor de PRL
• Tumor que causa efeito de massa, que causa compressão tumoral das fibras 
dopaminérgicas, que passam a não conseguir inibir as células produtoras de 
PRL
• Dica: se a prolactina esta muito elevada é provavelmente porque há um 
tumor produtor de prolactina. Por outro lado, se a PRL está pouco elevada é 
provavelmente um tumor que esta comprimindo as fibras dopaminérgicas 
• Glicemia:
• A glicemia encontra-se mais baixa pois não há o antagonismo à insulina 
causado pelo GH e pelo cortisol 
• Essa hipoglicemia ocorre principalmente em crianças 
• “Mega Teste”:
• Aplica-se insulina no paciente e observa 
• Se o paciente tiver panhipopituitarismo a hipoglicemia será rápida e 
significativa. 
• Indica falência do GH e do cortisol (mas pode ser usado para avaliar nanismo 
em pacientes sem GH também).
• Cortisol Basal:
• Valor normal = 18 mcg/ml
• Valor menor ou igual a 5 mcg/ml há suspeita importante
• Valor menor que 3 mcg/ml é certeza diagnóstica (não necessitando realizar o 
teste com insulina) 
- TRATAMENTO:
• Se a causa for tumoral, o tratamento é cirúrgico 
• É necessário repor cortisol nesse paciente antes de mandar ele para cirurgia: 
Hidrocortisona 100mg no pré-cirúrgico e depois a cada 8 horas
• Depois de repor o cortisol seguir para a reposição com levotiroxina

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