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Bruna França – Medicina UFAL Os neurônios são especialmente dotados da capacidade de se comunicarem de modo preciso e rápido com outras células em locais distantes no corpo. Apresentam um alto grau de assimetria funcional e morfológica: os neurônios apresentam dendritos receptores em uma extremidade e um axônio transmissor na outra. Esse arranjo é a base estrutural para a sinalização neuronal unidirecional e são elétrica e quimicamente excitáveis. A membrana celular do neurônio contém proteínas especializadas - canais iônicos e receptores - que facilitam o fluxo de íons inorgânicos específicos, desse modo redistribuindo a carga e criando correntes elétricas que alteram a voltagem através da membrana. Os dendritos de um único neurônio são coletivamente chamados de árvore dendrítica, ou arborização dendrítica, e cada ramo da árvore é chamado de ramo dendrítico. As grandes variedades de formas e tamanhos das árvores dendríticas são utilizadas para classificar os diferentes grupos de neurônios. Como os dendritos funcionam no neurônio de forma similar a antenas, eles recebem milhares de sinapses. A membrana dendrítica que está sob as sinapses (a membrana pós-sináptica) apresenta muitas moléculas de proteínas especializadas, chamadas de receptores, as quais detectam os neurotransmissores na fenda sináptica. Os dendritos de alguns neurônios estão recobertos por estruturas especializadas, chamadas de espinhos dendríticos, que recebem alguns tipos de aferências sinápticas. Inicia em uma região chamada de cone de implantação, que se torna afilado para formar o segmento inicial do axônio propriamente dito; finaliza-se em uma porção terminação axonal, ou botão terminal A terminação é o local onde o axônio entra em contato com outros neurônios (ou outros tipos de células) e passa a informação para eles (sinapse) - inervando a célula ou promovendo inervação Quando apresentam muitas ramificações curtas em suas regiões terminais, e cada ramificação forma uma sinapse com dendritos ou corpos celulares na mesma região, denomina-se arborização terminal. Outras vezes, os axônios formam sinapses com regiões dilatadas ao longo de sua extensão antes de terminarem em outro lugar: “boutons en passant”. Duas características marcantes distinguem o axônio do soma: 1. Não há RE rugoso no axônio e há poucos, ou nenhum, ribossomos livres nos axônios maduros. 2. A composição proteica da membrana do axônio é fundamentalmente diferente daquela observada na membrana do Os axônios frequentemente se ramificam, e essas ramificações são chamadas de colaterais axonais, Ocasionalmente, um colateral pode retornar e comunicar-se com a mesma célula que deu origem ao axônio ou com os dendritos de células vizinhas. Essas ramificações chamam-se colaterais recorrentes. O impulso nervoso – varia conforme o diâmetro do axônio. Quanto maior o calibre do axônio, mais rápida é a transmissão do impulso. Bruna França – Medicina UFAL A principal função dos oligodendrócitos e das células de Schwann é fornecer um material isolante que permite a rápida condução de sinais elétricos ao longo do axônio. Essas células produzem finas camadas de mielina que se enrolam concentricamente, muitas vezes, em volta do axônio. A mielina do sistema nervoso central, produzida pelos oligodendrócitos, é semelhante, mas não idêntica à mielina do sistema nervoso periférico, produzida pelas células de Schwann. Ambos os tipos de células gliais produzem mielina somente para segmentos dos axônios. Isso ocorre porque o axônio não é continuamente envolvido pela mielina, uma característica que facilita a propagação dos potenciais de ação. Uma célula de Schwann produz a bainha de mielina para um segmento de um único axônio, enquanto um oligodendrócito produz bainha de mielina para segmentos de até 30 axônios - os locais de espaço são denominados nódulo de Ranvier O número de camadas de mielina em um axônio é proporcional ao seu diâmetro - axônios maiores têm bainha mais espessa. Os astrócitos são células gliais em forma de estrela encontrados em todas as áreas do encéfalo, preenchendo espaço entre neurônios; Eles desempenham papéis importantes na nutrição dos neurônios e na regulação das concentrações de íons e de neurotransmissores no espaço extracelular. Os astrócitos e os neurônios também se comunicam uns com os outros para modular a sinalização sináptica. Os astrócitos podem também acumular K• localmente, dentro de seus processos citoplasmáticos, junto com íons Cl- e água. Também regulam a concentração de neurotransmissores no encéfalo. O acúmulo de íons e água nos astrócitos pode contribuir para edema encefálico grave após um traumatismo craniano. Micróglia atua como células fagocitárias que fazem a remoção de fragmentos celulares gerados pela morte ou degeneração de neurônios e da glia - macrófagos do SN As células do epêndima e do plexo coroide são derivadas do neuroepitélio imaturo. O epêndima, uma única camada de células cuboides ciliadas, recobre todos os ventrículos encefálicos, ajudando a mover o líquido cerebrospinal (LCS) através do sistema ventricular. Em vários locais nos ventrículos laterais e no quarto ventrículo, o epêndima é contínuo com células do plexo coroide, as quais recobrem os finos vasos sanguíneos que se projetam para o interior dos ventrículos. Essas células epiteliais do plexo coroide filtram o plasma do sangue e secretam este ultrafiltrado como LCS. Células satélite envolvem pericário dos gânglios sensitivos
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