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Material de Apoio Disciplina: Direito Processual Civil III Tema: Teoria Geral do Cumprimento de Sentença Introdução Quando discutimos cumprimento de sentença, partimos de duas premissas: que o título executivo seja judicial e que a obrigação seja líquida, haja vista que se não for líquida, haverá necessidade de realizar primeiro a liquidação e, posteriormente, iniciar o cumprimento de sentença. Tipos de Sentença e Exequibilidade a) Declaratória Esse tipo de pronunciamento é o único com previsão expressa no CPC. As pretensões declaratórias objetivam debelar uma crise de certeza, declarando a existência ou a inexistência de fato ou de relação jurídica ou do modo de ser da relação jurídica. Mas, por que crise de certeza? Porque toda vez que você tiver dúvida sobre a existência ou inexistência de um fato OU existência ou inexistência de uma relação jurídica OU a respeito do modo de ser ou não ser de uma relação jurídica, estarei diante de uma CRISE DE CERTEZA. Tem-se, portanto, que o objetivo é declarar a existência ou inexistência ou do modo de ser da declaração jurídica. Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; II - da autenticidade ou da falsidade de documento. Exemplo: Investigação de Paternidade - O objetivo é formular uma crise de certeza, cujo objetivo é a sentença do juiz indicando que a pessoa é pai do menor. ATENÇÃO, a pessoa não se torna pai a partir da sentença, mas sim que é pai desde o nascimento com vida e a sentença vem ACABAR COM O ESTADO DE DÚVIDA QUE PAIRAVA SOBRE AQUELA PATERNIDADE. - Portanto, encerra a incerteza jurídica que pairava sobre aquele fato. Em regra, as sentenças que são meramente declaratórias têm carga de eficácia completa. Portanto, elas não dependem de sentença para satisfazerem as partes. Assim, as sentenças declaratórias não precisam de complemento, ou seja, prescindem de cumprimento de sentença. b) Sentença Constitutiva - Desconstitutiva - Constitutiva Negativa O objetivo da sentença constitutiva é criar, modificar ou extinguir uma relação jurídica. Aqui, estamos diante de uma crise de uma situação jurídica. Diferentemente da sentença declaratória, aqui não há dúvida sobre a relação jurídica, visto que se distingue a própria relação jurídica com o objetivo de extinguir, modificar ou criar. Exemplo: Adoção - Ela nos leva a uma sentença constitutiva, haja vista que o torna as pessoas “pais” é a sentença constitutiva. Por que? Porque até a prolação da sentença não há nenhuma relação entre as partes e o menor, contudo, adotou passou a ter. Exemplo: Divórcio - Nos leva a uma sentença desconstitutiva ou constitutiva negativa, já que a relação jurídica chamada casamento será extinta. A partir deste momento cessa dever de coabitação, fidelidade recíproca, mútua assistência. Exemplos: Modificação de Contrato. Modificação de Guarda. Modificação de visita. REGRA GERAL: As sentenças constitutivas possuem carga eficacial completa. Portanto, elas não dependem do cumprimento de sentença, pois não dependem de ato nenhum daquela pessoa contra quem foi proferido o pronunciamento. c) Condenatória A sentença condenatória é a única que tem, ao mesmo tempo, o reconhecimento de uma obrigação, exigindo daquele contra quem foi feito o pronunciamento uma prestação e uma sanção, através de uma execução forçada com mecanismos de sub-rogação (substituição da vontade) e de coerção (pressão). Ou seja, o objetivo é que a parte cumpra aquilo que está sendo determinado na decisão sob pena de ser obrigado a cumpri-la de modo forçado. Neste sentido, de todas as sentenças que vimos, decisão condenatória é a única que exige um proceder da outra parte, por isso fala-se em “decisão executável por excelência”. Exemplo: Faça alguma coisa - Entregue alguma coisa - Pague alguma coisa. Perceba que todos os atos dependem de uma participação da parte contra quem foi proferida a decisão. E se a pessoa não faz, não entrega ou não paga, é necessário mecanismos para obrigar forçadamente a cumprir a prestação. E isso é o que chamamos de processo de execução ou cumprimento de sentença. OBSERVAÇÃO: Portanto, esses mecanismos processuais que temos para através de formas sub-rogatórias e/ou coercitivas obrigar o devedor a cumprir a obrigação. Exemplo: Parte foi condenada a pagar R$ 10.000,00. Em tese, a parte condenada deveria cumprir de modo voluntário a prestação, porém, se não paga, inicia o procedimento satisfativo. ● Pague sob pena de multa - Portanto, força o pagamento através de uma pressão de ser multado. ● Pague sob pena de penhora - Portanto, pague ou utilizarei de seu patrimônio para satisfazer a obrigação. Ex: penhora de valores em conta bancária. Essa execução pode ser feita através de: ● Nova Relação Jurídica: A execução através de nova relação jurídica processual continua sendo com mecanismos sub-rogatórios e coercitivos. A diferença é o início de um novo processo, inclusive com a citação do devedor. Exemplo: sentença arbitral. ● Sem Nova Relação Jurídica: Processo Sincrético - Sem Intervalo, através do cumprimento dentro do próprio processo. ○ É a regra geral no direito processual brasileiro. É aquilo que parcela da doutrina como “módulo processual”. Regime Jurídico do Cumprimento de Sentença a) Obrigação de Fazer e Não Fazer Quando estamos diante dessas obrigações, define-se que a execução é uma “Execução por Transformação”, porque depende do devedor transformar algo para entregar, já que depende do devedor/executado transformar algo que sairá de um estado e passará para outro. Exemplos: Parar de FAZER Barulho - PINTAR um Muro - FAZER um Show - DEIXAR de explorar uma atividade econômica b) Obrigação de Dar e/ou Entregar Quando estamos diante dessas obrigações, define-se que a execução é uma “Execução por Desapossamento”, porque é permitido ir atrás do devedor/executado para tomar aquilo que é devido, isto é, algo que deve ser tirado da posse do devedor/executado para a posse do credor/exequente. Exemplos: Pegar o carro para entregar ao Credor - Pegar o computador para entregar - Tomar o cavalo para entregar c) Obrigação de Pagar Quantia Quando estamos diante dessa obrigação, define-se como “Execução por Expropriação” porque o que interessa é pegar os bens do devedor e transformar em dinheiro. Exemplo: A deve R$ 5.000,00 para B, mas como não faz o pagamento, expropria bens de A suficientes para, ao serem alienados, serem transformados na quantia de interesse de B. ATENÇÃO: Regime jurídico no cumprimento de sentença é semelhante nos títulos executivos extrajudiciais. IMPORTANTE: Em regra, toda sentença que reconhece obrigação de pagar, fazer, não fazer ou entregar é condenatória. No entanto, a depender do tipo de obrigação, o procedimento executivo é diferente (conforme artigos listados acima nas letras “a”, “b” e “c”). ● Se a minha pretensão é o cumprimento de sentença de “fazer” e “não fazer”, o procedimento - modelo jurídico - é aquele previsto nos artigos 536 e 537 do CPC. ● Se a minha pretensão é o cumprimento de sentença de “dar” e/ou “entregar”, o procedimento - modelo jurídico - é aquele previsto no artigo 538 do CPC. ● Se a minha pretensão é o cumprimento de sentença de “pagar”, o procedimento - modelo jurídico - é aquele previsto nos artigos 523 a 527 do CPC. OBSERVAÇÃO: Conforme visto na parte geral do Código Civil, conforme previsão no artigo 139 do CPC, o juiz pode estabelecer medidas executivas ainda que não previstas em lei para poder compelir o devedor a cumprir a obrigação. Portanto, em relação aos poderes / deveres do juiz, há reconhecimento pelo STJ que o juiz pode impor medidas não previstas tipicamente em lei como forma de compelir o devedor a cumprir determinada obrigação. Inclusive, a 4ª Turma do STJ no RHC (Recurso em Habeas Corpus) n. 97.876/SP reconheceu a possibilidade das medidas atípicas. Execução e Autonomia no Cumprimento de Sentença Além dos títulos extrajudiciais que são autônomos (já que não são construídos pelo poderjudiciário), existe cumprimento de sentença autônoma. a) Sentença paraestatal ou parajudicial que reconhecem obrigação - São as decisões previstas no art. 515, VI, VII, VIII e IX ● Sentença penal condenatória transitada em julgado ● Sentença arbitral ● Sentença ou decisão estrangeira homologada pelo STJ Estas são as decisões formadas fora do âmbito da jurisdição nacional estatal cível e, por isso, mostram-se como autônomas em razão da impossibilidade de prosseguimento nos mesmos autos. ATENÇÃO: O juiz criminal não fará o cumprimento de sentença. O árbitro não tem força para fazer a execução, porque na arbitragem tem poder de declaração, mas não tem força de coerção. Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; VII - a sentença arbitral; VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça; § 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias. ATENÇÃO: Se a decisão for líquida, a citação será para o início do cumprimento de sentença, contudo, se for ilíquida, primeiro realiza a liquidação e, posteriormente, apurando valores, tem-se iniciada a fase satisfativa. Lembrando que a sentença paraestatal tem que reconhecer a existência de obrigação de pagar, fazer, não fazer e dar. Se porventura for constitutiva, desconstitutiva, declaratória, a decisão já é o bastante. ATENÇÃO: Apesar do artigo 515, § 1º ser no sentido de que se trata de um procedimento autônomo de cumprimento de sentença, ele é encerrado por uma decisão interlocutória agravável. Portanto, embora o réu seja citado, o procedimento não termina com uma sentença. b) Sentença que reconhece obrigação alimentar ● Valores vencidos no curso do processo: Não autônoma ○ Regra Geral do Sistema: O cumprimento de sentença se dará nos próprios autos. - Mas, o que vem a ser: “Vencidos no curso do processo?” - Exemplo: Imagine que você tenha uma ação de Investigação de Paternidade cumulada com Alimentos - Realiza-se o cumprimento de sentença nos próprios autos que reconheceu a obrigação. ● Prestações Vencidas (Recentes) ○ Aqui estamos diante das “três últimas prestações” vencidas, que podem ser executadas pelo rito da prisão. ○ Portanto, caso o devedor não pague as três últimas prestações, vencidas à data da propositura, além daquelas vencidas no curso da execução, é perfeitamente possível que, superado o prazo de três dias para pagar, provar que o já o fez ou justificar-se, o juiz decrete a prisão do devedor de alimentos. A dúvida a respeito do tema é: se eu preciso pegar a decisão que indica a condenação à prestação de alimentos e iniciar um procedimento autônomo, tal qual nas decisões paraestatais OU faria no próprio processo no qual houve a decisão condenatória? O artigo 528, § 9º indicia ser autônoma: - Art. 528, § 9º: “Além das opções previstas no art. 516, parágrafo único, o exequente pode promover o cumprimento da sentença ou decisão que condena ao pagamento de prestação alimentícia no juízo de seu domicílio”. Exemplo: Em uma ação processada em Juiz de Fora/MG, meu pai foi condenado a prestar alimentos, porém, atualmente resido em Teófilo Otoni/MG. De acordo com o artigo acima indicado, eu posso pegar cópia da decisão que condenou o genitor ao pagamento de prestação alimentar e distribuir uma execução na Vara de Família de Teófilo Otoni/MG. Este artigo nos permite interpretar que é possível ter uma execução de alimentos autônoma. Conforme o artigo 531, § 2º, a execução seria não autônoma: - Art. 531, § 2º: “O cumprimento definitivo da obrigação de prestar alimentos será processado nos mesmos autos em que tenha sido proferida a sentença”. Em contrapartida, o artigo 531, § 2º nos permite interpretar que seria um processo sincrético, portanto, não autônomo. Como é um tema controvertido na jurisprudência e doutrina, particularmente adoto a posição de OPÇÃO DO CREDOR, podendo ele optar por qualquer um dos modos - autônomo ou não autônomo. Porque o que interessa é proteger a parte mais fraca da relação, isto é, quem está necessitando receber a prestação alimentar. IMPORTANTE: Independente do tipo de execução/cumprimento de decisão que se pretende, ou seja, seja autônomo ou nos próprios autos, a parte poderá protestar o título executivo judicial que estabeleceu a prestação de pagar quantia. Trata-se de uma excelente ferramenta trazida pelo CPC para “pressionar” o devedor a realizar o cumprimento da obrigação. Assim, quando se tratar de obrigação de pagar quantia e decorrido o prazo estabelecido no artigo 523 do CPC, o credor poderá pegar a cópia da decisão e certidão da secretaria (cartório judicial) - indicando o valor da obrigação, a data do trânsito em julgado e a informação que não fez o pagamento no prazo legal - e levar a protesto no Cartório de Protesto de Títulos. E a vantagem? É que com o protesto, o nome do devedor fica “sujo”. Art. 517: A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523. Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. ATENÇÃO: Quando se tratar de execução de alimentos, autônoma ou não, o comportamento é diferente. Isso porque, decorridos três dias, o juiz mandará prender o devedor e protestar o título. Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. Art. 528, § 1º - Caso o executado, no prazo referido no caput, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517. Títulos executivos judiciais De acordo com a posição majoritária da doutrina, o rol dos títulos judiciais é fechado. Já que, para eles, não há títulos executivos judiciais em outras legislações extravagantes e nem em outros dispositivos do CPC. OBSERVAÇÃO: Porém, discordamos dessa posição, pois há ao menos um título judicial que não está no artigo 515 do CPC e que autoriza o cumprimento de sentença: mandado de pagamento da monitória convertido em título judicial pela inércia do devedor. Art. 701, § 2º: “Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702, observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial”. Resumidamente: Se você ajuíza uma ação monitória e no prazo legal o devedor não cumpre com a obrigação e nem apresentar os embargos monitórios, o artigo 701, § 2º indica que haverá a constituição de pleno direito o título executivo judicial. Esse título judicial não está previsto no rol dos incisos trazidos no artigo 515 e, ainda assim, dá ensejo ao cumprimento de sentença. OBSERVAÇÃO: Apesar de tratarmos sempre com a nomenclatura clássica e consagrada na doutrina, isto é, “títulos judiciais”, para muitos doutrinadores esta nomenclatura encontra-se superada, já que o artigo 515 não é composto apenas por títulos judiciais, como por exemplo a previsão trazida no inciso VII - sentença arbitral - título que dá ensejo ao cumprimento de sentença, porém, não é emitido pelo Poder Judiciário. Assim,entendem que a nomenclatura do artigo 515 deveria indicar títulos jurisdicionais e não mais títulos judiciais, já que espelharia muito melhor todo o conteúdo do artigo. a) Decisão que reconhece obrigação (prestação) (inciso I) Art. 515, I: “as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;” Regra Geral dos pronunciamentos condenatórios. E é regra geral em razão do tipo de decisão, já que é aquela proferida em processo civil que reconhece a exigibilidade de pagar quantia, fazer, não fazer ou de entregar. EXCEÇÃO: Há uma hipótese excepcional, reconhecida pelo STJ nos recursos especiais n. 1.100.820/SC e n. 588.202/PR, consistente na possibilidade da sentença declaratória, em caráter excepcional, ser título executivo judicial. Caso concreto: ajuizamento de ação declaratória para reconhecer o direito à compensação tributária (pretensão declaratória), julgada procedente e declarando que havia débito e crédito. Com a decisão judicial, o Autor da ação não precisaria cumprir a sentença, bastando a apresentação desta no exercício seguinte para compensar os tributos devidos pagos a mais no exercício fiscal anterior. Posteriormente, o Poder Público extinguiu o tributo. Portanto, o indivíduo tinha direito à compensação, mas ela se tornou inviável. Nesse caso, o STJ entendeu que como a sentença declaratória individualizou os elementos da obrigação (credor, devedor, valor, período) e reconheceu a norma jurídica aplicável ao caso concreto, seria perfeitamente possível o cumprimento de sentença. Isso porque, já que não posso compensar - em razão da extinção do tributo - quero a quantia devolvida para mim (ou para empresa). OBSERVAÇÃO: A partir do entendimento acima, alguns autores - tema não é pacífico - começaram a sustentar que a improcedência da ação declaratória negativa poderia ser executada. As ações declaratórias negativas são as ações que tem por objetivo declarar a inexistência de débito ou inexistência de relação jurídica, por exemplo. Exemplo: A ajuiza ação contra B visando declarar que não deve R$ 10.000,00 em razão do pagamento. E, o juiz julga improcedente a ação. Aqui, para julgar improcedente o pedido, ele tem que falar que o pagamento não foi realizado. Assim, parte da doutrina entende que, individualizado os elementos da obrigação - credor, devedor, valor, período - esta decisão de improcedência em ação declaratória negativa poderia formar título executivo judicial. b) Sentença homologatória de autocomposição (incisos II e III e § 2º) Art. 515: “II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza § 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.” Ao falarmos em autocomposição, eu não me resumo apenas a transação, que é uma das espécies da transação. São concessões mútuas e recíprocas. Exemplo: A ajuizar uma ação de cobrança em desfavor de B para receber R$ 5.000,00. Contudo, em uma audiência de conciliação, as partes transacionam e B pagará a A a quantia de R$ 4.000,00 em 4 prestações de R$ 1.000,00. Porém, a autocomposição também é representada pelo reconhecimento jurídico do pedido e na renúncia ao direito no qual se funda a ação. Exemplo: A ajuizar uma ação de cobrança em desfavor de B para receber R$ 5.000,00. Na audiência de conciliação B reconhece juridicamente o pedido e concorda em fazer o pagamento do valor cobrado. Exemplo: A ajuizar uma ação de cobrança em desfavor de B para receber R$ 5.000,00. Porém, na audiência de conciliação, B narra uma história bastante triste para A e este resolve renunciar ao direito de cobrar aquele valor. Todas as decisões - sentenças - que homologam a transação, o reconhecimento jurídico do pedido e a renúncia ao direito, são títulos executivos judiciais. OBSERVAÇÃO: Conforme vimos, esses são casos pensados e realizados com ações em andamento. Só que, de igual modo, se eventualmente as partes quiserem levar acordo realizado extrajudicialmente para homologação pelo juiz, elas podem. Nesse sentido, os interessados converterão o título executivo extrajudicial em título executivo judicial. Exemplo: Thiago é devedor de um automóvel para Antônio Carlos, porém, não conseguirá entregar o automóvel conforme prometido. Assim, resolveram, por escrito, indicar que Thiago pagará a Antônio Carlos o valor correspondente do automóvel, avaliado em R$ 35.000,00. Apesar de estar assinado pelas partes e duas testemunhas, formando título executivo extrajudicial, Antônio Carlos quer transformar o título extrajudicial em judicial, requerendo sua homologação perante o Poder Judiciário. Chamado de procedimento de jurisdição voluntária, na qual o Poder Judiciário intervém de modo a emprestar validade a negócio jurídico privado. OBSERVAÇÃO: Caso a parte não cumpra com a transação homologada, o interessado poderá, nos mesmos autos que pediu a homologação judicial, executar, isto é, realizar o procedimento de cumprimento de sentença. ATENÇÃO: O parágrafo 2º do art. 515 estabelece que a homologação pode versar sobre questão não posta em juízo e envolver quem não seja parte no processo (terceiro). Exemplo: Jurandir ajuíza ação contra Marcos cobrando o valor de R$ 5.000,00. No momento da audiência de conciliação, as partes chegam a um acordo e, além de estabelecer que o valor será quitado em 2 parcelas de R$ 2.500,00, consta que Marcos devolverá a bicicleta de Jurandir - que pegou emprestado há 3 anos. A bicicleta não tinha absolutamente nada a ver com o processo. Não tem problema, homologação pode versar sobre questão não posta em juízo. Exemplo: Jurandir ajuíza ação contra Marcos cobrando o valor de R$ 5.000,00. No momento da audiência de conciliação, Marcos indica que está apertado, mas que um amigo - João - vai pagar com (para) ele. c) Formal ou certidão de partilha (inciso IV) Art. 515. IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; Devemos ter em mente que o Inventário é um processo no qual tem-se como objetivo apurar quais são os bens do falecido e depois partilhá-los. O objetivo do processo de inventário é fazer com que o estado de indivisão dos bens - oriunda do princípio da saisine - que todo patrimônio do falecido seja transferido aos seus sucessores. O documento que quantifica, que divide e decide como será feita a divisão dos bens é chamado de “formal ou certidão de partilha”. Este documento faz a divisão dos bens do falecido. ATENÇÃO: Há diferença entre formal e certidão de partilha. Art. 655. Transitada em julgado a sentença mencionada no art. 654 , receberá o herdeiro os bens que lhe tocarem e um formal de partilha, do qual constarão as seguintes peças: I - termo de inventariante e título de herdeiros; II - avaliação dos bens que constituíram o quinhão do herdeiro; III - pagamento do quinhão hereditário; IV - quitação dos impostos; V - sentença. Parágrafo único. O formal de partilha poderá ser substituído por certidão de pagamento do quinhão hereditário quando esse não exceder a 5 (cinco) vezes o salário-mínimo, caso em que se transcreve nela a sentença de partilha transitada em julgado. OBSERVAÇÃO: O formal ou certidão de partilha só são títulos executivos judiciais contra os herdeiros, sucessores ou inventariantes, ou seja, só contra pessoas que foram parte no processo de inventário e partilha. Exemplo: Imagine que o inventariante, pessoa responsável por administrar os bens deixados pelo falecido enquanto não é finalizado o inventário e a partilha, resista a entregar um imóvel ou automóvel a um dos sucessores. Por conta disso, pode o sucessor (herdeiro) prejudicado, iniciar o procedimento de cumprimento de sentença para que o inventariante seja compelido a proceder a entrega do bem. ATENÇÃO: Se porventura o bem estiver em posse de terceiro, o formalou certidão de partilha só poderá ser usado como prova de titularidade, mas não como título executivo. d) Crédito do auxiliar da justiça homologado judicialmente (inciso V) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art654 No Código de 1973 o crédito do auxiliar da justiça, ainda que homologado judicialmente, era considerado título extrajudicial. Atualmente, o crédito do auxiliar da justiça, homologado por decisão ou sentença, é título executivo judicial. e) Sentença penal condenatória transita em julgado (inciso VI) Antes de tudo: Não existe execução provisória de sentença penal condenatória. ● A sentença penal condenatória só é título judicial após o trânsito em julgado da decisão. Enquanto não acabarem todos os recursos, não há possibilidade de fazer a liquidação e o cumprimento provisório da decisão. ● Mesmo quando havia o estabelecimento de prisão após a condenação em segunda instância, ainda assim, não havia que se falar em liquidação e cumprimento provisório, já que esta decisão dizia respeito unicamente à matéria penal. Em regra, a sentença penal condenatória é ilíquida. Portanto, antes da execução, é necessário proceder à liquidação de sentença. No entanto, excepcionalmente, há possibilidade de sentenças condenatórias líquidas, não sendo necessária a fase de liquidação. CPP, art. 387: “O juiz, ao proferir sentença condenatória: (...) IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; (...)”. Costuma ser uma sentença atípica aquela que fixa valor quantificando a indenização devida pelo condenado. Isso porque, segundo alguns processualistas civis, no processo criminal não há um debate verticalizado a respeito do valor do crime, do valor do salário, etc. Justamente porque, se não há debate, teria um desrespeito ao contraditório. ATENÇÃO: Fernando Gajardoni acredita que somente é possível a aplicação do dispositivo se houver pedido expresso do Ministério Público ou por assistente de acusação e contraditório. OBSERVAÇÃO: O inciso fala em valor mínimo, não impedindo que a parte pleiteie outro valor. Ou seja, a parte pode requerer o cumprimento de sentença quanto ao valor previamente fixado e a liquidação de sentença em relação a outros valores que pretende receber. A sentença penal condenatória só é título executivo judicial contra o réu condenado criminalmente. ATENÇÃO: O artigo abaixo diz para nós que enquanto estiver em apuração (pendente) fato que também enseja a responsabilidade civil, não preciso preocupar com a prescrição, porque, por exemplo, na data da absolvição, inicia o prazo prescricional para requerer a pretensão perante o juízo cível. Se porventura houver a condenação, após o trânsito em julgado há possibilidade de realizar a liquidação e o cumprimento daquela decisão. CC, art. 200: “Quando a ação se originar de fato que deva ser apurada no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva”. Por fim, o juízo criminal não precisa declarar na sentença condenatória a possibilidade de execução no cível, já que o dever de indenizar é um efeito secundário da sentença (CP, art. 91, I). Art. 91 - São efeitos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime f) Sentença arbitral que reconheça obrigação (inciso VII) A sentença arbitral - proferida pelo árbitro - tem os mesmos efeitos da sentença proferida pelo juiz togado. Lei n. 9.307/96, art. 17: “Os árbitros, quando no exercício de suas funções ou em razão delas, ficam equiparados aos funcionários públicos, para os efeitos da legislação penal”. Lei n. 9.307/96, art. 18: “O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário”. Lei n. 9.307/96, art. 31: “A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo”. ATENÇÃO: Se a sentença arbitral for prolatada dentro do território brasileiro, poderá ser imediatamente executada perante o Poder Judiciário. Lei n. 9.307/96, art. 34, parágrafo único: “Considera-se sentença arbitral estrangeira a que tenha sido proferida fora do território nacional”. Em razão do árbitro não ter força coercitiva, as partes se valem do Poder Judiciário para requerer o cumprimento da decisão arbitral. g) Sentença/decisão estrangeira homologada/exequatur pelo STJ (inciso VIII e IX) Previsão do procedimento para homologação de sentença estrangeira, inclusive arbitral e exequatur (cumpra-se) de carta rogatória, está estabelecido nos artigos 960 a 965 do CPC. Em que pese estabelecer que a sentença ou decisão estrangeira homologada ou com exequatur do STJ é título executivo, o que efetivamente será objeto do cumprimento é o ATO DE HOMOLOGAÇÃO ou EXEQUATUR pelo STJ. A sentença estrangeira sem homologação ou exequatur não é nada, já que depende desses atos para ter eficácia. Competência O CPC tem um regramento próprio para o cumprimento de sentença. Aqui veremos onde se dará este procedimento. E o artigo 516 do CPC afirma a regra geral do CPC, ou seja, o cumprimento de sentença ocorre onde houve a condenação, já que o processo civil brasileiro trabalha com a ideia de sincretismo, no qual a condenação e a execução ocorrem nos mesmos autos. a) Competência originária (funcional) (inciso I) (Reclamação n. 24.417 – STF) Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: I - os tribunais, nas causas de sua competência originária; Conforme previsão do inciso I do artigo 516, nas ações originárias, o cumprimento de sentença será realizado perante o Tribunal competente para o julgamento da causa. Exemplo: Em uma ação rescisória, por exemplo, pode ser fixado honorários sucumbenciais e, neste caso, a cobrança dos honorários será realizada perante o Tribunal. Portanto, nas ações originárias o cumprimento de sentença se fará perante o próprio Tribunal da condenação. Trata-se de uma hipótese de competência funcional (absoluta). Assim, qualquer hipótese de violação dessa regra vai fazer incidir automaticamente o que consta do artigo 64 do CPC. IMPORTANTE: A reclamação é uma ação originária, já se iniciando no âmbito dos Tribunais. Ela tem previsão no artigo 988 do CPC, objetivando preservar a competência dos Tribunais ou para os Tribunais afirmarem a autoridade de suas decisões. A reclamação tem cabimento com objetivo de, primeiro, preservar a competência dos Tribunais. Exemplo: Se um juiz de primeira instância ou um Tribunal de Justiça estiver julgando uma ação de competência do STF, cabe reclamação para o STF requerendo que ele se aproprie daquela ação, restabelecendo a sua competência. A reclamação tem cabimento com objetivo de, segundo, que os Tribunais sejam invocados para afirmarem a autoridade de suas decisões. Exemplo: Se o STJ e STF decidem a respeito de algo e o juiz, de instância inferior, não cumpre aquela determinação, possibilita ao prejudicado em razão do descumprimento do juiz, reclamar com a finalidade que o Tribunal reafirme sua autoridade e que o juiz cumpra o que foi determinado. Portanto, temos que a reclamação é uma ação de competência originária. Ocorre que, conforme decisão na Reclamação 24.417, apesar de ter confirmado a existência de sucumbência na reclamação - em razão da existência de uma parte “derrotada” - a execução dos honorários ocorreria em primeiro grau, perante juízo onde houve a decisão violada. ATENÇÃO: O STF entendeu que ele não vai fazer esta execução, ficando a cargo do juízo de primeiro grau. Continua válido para os outros Tribunais. b) Competência do juiz de 1º grau (funcional) (inciso II) Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; O juízo da execução do cumprimento de sentença será o juízo de primeiro grau que condenou à obrigação de fazer, não fazer, dar ou entregar coisa. Trata-se de umaregra de competência funcional, portanto, caso qualquer outro juízo iniciar o cumprimento de sentença, que não o juízo da condenação, a decisão é nula, pode ser rescindida, em razão do padrão da violação da competência absoluta (art. 64 do CPC). ATENÇÃO: Causas modificativas que autorizam que um juízo condene e outro execute, portanto, são exceções à regra de competência absoluta prevista no inciso II do art. 516. OBSERVAÇÃO: Tecnicamente, por ser uma competência funcional, ou seja, absoluta, não deveria ter exceções, contudo existem. Exceção 01: Causa modificativa legal Apesar de juridicamente não poder haver exceções à competência absoluta, o legislador pensou em facilitar a vida do jurisdicionado, buscando dar efetividade à satisfação da tutela obtida. Após a distribuição da ação, perpetua a jurisdição até o cumprimento de sentença. Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. Se eventualmente houver a extinção da vara na qual foi distribuída ou, em razão de reorganização judiciária, aquela comarca deixou de existir, a parte pegará aquela decisão e cumprirá em outro juízo. Exemplo: Ajuizei uma ação e ela foi distribuída perante a 3ª Vara Cível de Teófilo Otoni. Enquanto estava pendente recurso, a 3ª Vara Cível foi extinta, momento em que, assim que retorna do tribunal o processo será redistribuído para fins de prosseguimento da ação. Se houver alteração da competência absoluta, ou seja, o processo era de vara cível (genérica) e cria-se uma vara especializada (família), assim, em razão da competência material, ele tem que ser redistribuído para readequar a organização judiciária. Exemplo: Ajuizei uma ação e ela foi distribuída perante a 3ª Vara Cível de Teófilo Otoni. Enquanto estava pendente recurso, foi criada uma vara Especializada de Família, Sucessão e Ausência, momento em que, assim que retorna do tribunal o processo será redistribuído para fins de prosseguimento da ação. Exceção 02: Causas modificativas voluntárias Trata-se de causas modificativas que derivam da vontade da parte, por isso “voluntárias”. Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem. - Regra geral do cumprimento de sentença, portanto, aplicável a qualquer processo. Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos [...] § 9º Além das opções previstas no art. 516 , parágrafo único, o exequente pode promover o cumprimento da sentença ou decisão que condena ao pagamento de prestação alimentícia no juízo de seu domicílio. - Discussão da competência em razão da condenação em prestação de alimentos. Exemplo: Imagine que você está em Juiz de Fora, local em que foi processada a ação. Contudo, antes do trânsito em julgado da decisão, a parte muda para Porto Alegre/RS. Como a ideia é facilitar o cumprimento da obrigação, a parte requer a remessa dos autos para o juízo competente em Porto Alegre/RS, já que é mais fácil a comunicação dos atos processuais. ATENÇÃO: Não confunda com a precatória - que vai e volta. A partir do Requerimento, o processo vai para Porto Alegre e acaba lá. Exceção 03: Causa modificativas jurisprudenciais A jurisprudência, com o intuito de beneficiar grupos hipossuficientes ou presumidamente hipossuficientes, por exemplo idosos ou menores, tem ampliado o leque de causas modificativas de competência, permitindo que a condenação ocorra em um juízo e o cumprimento de sentença em outro. Em outras palavras, a jurisprudência tem caminhado para estender a regra do artigo 528, § 9º a idosos e menores, mesmo em causas que não sejam alimentares. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art516 c) Competência por distribuição (territorial) (títulos paraestatais) (inciso III) (CF, art. 109, X) Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo. Títulos paraestatais são aqueles relacionados à sentença arbitral, sentença estrangeira homologada pelo STJ ou sentença penal condenatória transitada em julgado. Portanto, o juízo não é estatal, nacional ou cível. Consequentemente, não há o mesmo órgão para seguir, dando ensejo ao cumprimento de sentença autônomo, considerando que o artigo 515, § 1º é no sentido de que o cumprimento de sentença, a execução de sentença ou a liquidação de sentença será distribuída perante o juízo que seria competente para a ação cível. Portanto, temos uma regra de competência territorial, aplicando o disposto no art. 65 do CPC. Isto quer dizer que se a parte interessada ajuizar a ação em local diverso daquele que seria competente para o processamento e julgamento da ação cível e a parte contrária não excepciona o juízo, haverá prorrogação desse. Quando se tratar de sentença arbitral estrangeira ou de sentença estatal estrangeira, a Constituição Federal determina que o cumprimento de sentença seja feito no âmbito da Justiça Federal (art. 109, X). Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
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