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e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 1 UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 2 ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O ALUNO Caro aluno (a), Com o desenvolvimento da tecnologia das comunicações, o mundo moderno está cada vez mais conectado ao tempo, e neste sentido, a Educação não pode ficar de fora. Prova disso é a expansão dos cursos EAD no país, os quais possibilitam a você, aluno (a), estudar com o maior conforto e comodidade possível, sem perder de vista a qualidade do conteúdo. Por outro lado, a cultura de ensino-aprendizagem na modalida- de a distância na maioria das instituições que adota esse tipo de ensino, fomenta habilidades de pensamento, dando ênfa- se ao domínio das novas TIC’s – Tecnologia da Informação e Comunicação, para o aluno, o professor e o tutor (a). Assim, cursar uma disciplina a distância, exige do (a) aluno (a), auto- nomia, disciplina, comprometimento e dedicação. Estabeleça seu horário de estudo e dedique-se, pois embo- ra pareça fácil, esta nova metodologia de ensino, é hoje uma realidade no país, exige uma autodisciplina e determinação. Nós, professores, estaremos à disposição de você, aluno (a), para dirimir as possíveis dúvidas. Portanto, trilhar esse caminho é uma aventura que descor- tina novas paisagens e novos conhecimentos e nos leva a re- fletir sobre nossas possibilidades e limitações. Assim, espero que nosso aluno (a), aproveite ao máximo as trilhas da nossa disciplina e desfrute dessa aventura e das várias dimensões do ensino na modalidade EAD, com consciência de que suas atitudes e comportamentos são o elo ao ótimo desempenho na disciplina. Sucesso em mais uma caminhada. e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 3 PLANO DO CURSO DE ANÁLISE ECONÔMICA II A história do pensamento econômico é de vasta impor- tância para o mundo atual, uma vez que é através dela que se pode medir as consequências dos fatos antes ocorridos, melhorar e assim evoluir. Nesta primeira unidade vamos co- nhecer as ideias e os principais representantes das escolas do pensamento econômico, como: a fisiocrata, a clássica, a neoclássica, a marxista, neoclássica e a keynesiana. Em um segundo momento, faremos uma análise dos principais fa- tores que contribuíram para o desenvolvimento econômico do Brasil, ou seja, o estudo de uma conjuntura político-e- conômica entre Brasil colônia até à implantação dos planos econômicos. Além disso, conheceremos os instrumentos de Política Monetária, os efeitos da Política Monetária na econo- mia, as funções do Banco Central e uma breve explanação do Comércio Internacional OBJETIVOS Possibilitar ao aluno (a) melhor entendimento da evolução traçada pela teoria Econômica, desde os tempos mais rudi- mentares, até as mais modernas escolas da filosofia econô- mica. Entender, também, os ciclos econômicos vivenciados pelo Brasil, durante sua trajetória, deste seu descobrimento até os conhecidos planos econômicos. E, por fim, compreen- der Políticas Econômicas, que permitem equilibrar uma eco- nomia, compreendendo, também, com são controladas as relações econômicas internacionais, tão fundamentais para o desenvolvimento econômica de uma nação. e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 4 7 8 10 11 12 14 16 17 19 22 23 25 26 28 30 32 30 33 37 40 41 45 48 51 SUMÁRIO UNIDADE I 1. Evolução do Pensamento Econômico Mercantilismo Fisiocratas Clássica Marxista Neoclássica Keynesianismo 2. A Evolução Histórica da Moeda Escambo As mercadorias-moeda O metalismo A moeda-papel O papel-moeda A moeda escritural Funções da moeda Características da moeda 3. A Evolução dos Instrumentos Monetários 4. Os Meios de Pagamento nas Economias Modernas 5. A Moeda Escritural e seu Efeito Multiplicador UNIDADE II 1. Histórico da Economia Brasileira O Ciclo do Pau Brasil O Ciclo da Cana-de-açúcar O Ciclo do Ouro O Ciclo do café. e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 5 Industrialização A Era Vargas Metas de Kubitschek Milagre Econômico Década Perdida 1980 Planos Econômicos UNIDADE III 1. Noções sobre teoria monetária Teoria Monetária Política Monetária Controle da Oferta e Demanda de Moeda na Economia Inflação 2. Tópicos de Comércio Internacional Comércio Internacional Organização Mundial do Comércio (OMC) Globalização Balanço de pagamentos Taxa de Câmbio 54 57 68 74 74 76 78 82 86 86 97 99 103 107 67 61 58 e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 6 Prezado Aluno (a) Não diferentemente da Sociologia, da Ciência Política ou da Antropologia, a Economia é também uma ciência social, uma vez que seu objeto de estudo também é fruto da vida social. Mais especificamente, seu foco está em compreender como ocorrem as relações entre os indivíduos e as organiza- ções na sociedade do ponto de vista da produção, da troca e do consumo de mercadorias, de serviços e de bens em geral. Nos últimos séculos, a teoria econômica tem apresenta- do um dinamismo singular. O pensamento econômico evo- luiu paralelamente aos períodos da história humana. Desde a fase da agricultura primitiva que permitiu o surgimento de núcleos humanos sedentários, em substituição ao nomadis- mo dos povos caçadores, os atos, fatos e fenômenos foram sendo gradativamente objeto de análises de causas e efeitos, até a definitiva constituição da economia como ciência. Essa evolução, veremos a seguir observando as caracterís- ticas das escolas econômicas, bem como a evolução histórica da moeda, atendendo, assim, as necessidades de uma socie- dade em constante evolução, em se tratando de aspectos econômicos. Portanto, não há intenção de se tratar com profundidade dos temas específicos acima citados, mas facilitar ao máximo o entendimento da matéria sem prejuízo do conteúdo básico exigível. Além disso, os livros indicados na bibliografia básica e complementar do curso devem ser utilizados. Neles, você encontrará maiores detalhes sobre o conteúdo tratado. APRESENTAÇÃO e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 7 UNIDADE I 1. EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO O pensamento econômico passou por diversas fases, que se diferenciam amplamente, com muitas discrepâncias e oposições. No entanto, a evolução deste pensamento pode ser dividida em dois grandes períodos: Fase Pré-Científica e Fase Científica Econômica. A fase pré-científica é composta por três subperíodos. A Antiguidade Grega, que se caracteriza por um forte desen- volvimento nos estudos político-filosóficos. A Idade Média ou Pensamento Escolástico, repleta de doutrinas teológico- fi- losóficas e tentativas de moralização das atividades econô- micas. E, o Mercantilismo, onde houve uma expansão dos mercados consumidores e, consequentemente, do comércio. Como iremos tratar de um pensamento econômico que nos influencia até hoje só trataremos da fase científica. Apesar de fazer parte da fase científica, convém ressaltar que a Escola Neoclássica e o Keynesianismo, diferenciam-se dos outros períodos por elaborar princípios teóricos funda- mentais e revolucionar o pensamento econômico, merecen- do, portanto, destaque. e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 8 1.1 MERCANTILISMO O mercantilismo envolve um conjunto de práticas e teo- rias econômicas desenvolvidas ao longo da Idade Moderna. Nesse contexto histórico, observamos a relevante associação entre os Estados nacionais, que buscavam meios de fortale- cer seu poder político, e a classe burguesa responsável pelo empreendimento das atividades comerciais. Essa experiên- cia de longo prazo teve grande importância para a acumula- ção primitiva de capitais. Essa fase de acumulação de capitais (dinheiro, máquinas, bens de consumoe construções) seria de suma importância para que o sistema capitalista fosse instituído. A reunião des- sas riquezas foi possível por meio de importantes transfor- mações experimentadas no fim da Idade Média. Entre outros fatores podemos salientar a distensão das obrigações feu- dais, a apropriação dos meios de produção artesanal, a am- pliação do trabalho assalariado e a formação de um mercado mundial. O processo de complexificação da economia foi responsá- vel pela disputa comercial entre as nações que se formavam nesse período. A disputa pelos mercados criou uma situação de grande rivalidade onde cada um dos estados nacionais buscava a incessante ampliação de seus lucros e o fortale- UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 9 cimento da sua economia. Nesse sentido, a teria da balança comercial favorável estipulava que uma economia nacional forte dependeria de um volume de exportações superior ao das importações. No entanto, a manutenção de um alto nível de expor- tações exigia um tipo de economia dinâmica que atuasse em diferentes campos da produção manufatureira. Sem atender esse tipo de característica, uma economia nacional estaria à mercê dos produtos de outra nação, criando uma relação de dependência econômica. Uma outra tese defendida pela te- oria mercantilista exigia que o país fosse capaz de acumular um grande número de metais preciosos. Dessa forma, os go- vernos mercantilistas procuravam acumular metais preciosos e evitar a perda de moedas de sua economia. Em contexto econômico tão concorrencial, os Estados mercantilistas impunham pesadas taxas alfandegárias que encareciam a entrada de produtos importados em sua eco- nomia. Outra prática comum era a constituição de monopó- lios comerciais que privilegiassem a entrada de seus produtos em uma região colonizada ou em países que tivessem gran- de demanda de um determinado produto. De forma geral, a economia mercantilista concebeu a criação de um estado in- tervencionista capaz de atender as demandas de sua própria economia. A possibilidade de intervenção do Estado na economia era uma questão delicada no interior das monarquias nacio- nais europeias. Muitas vezes, as ações do governo iam de encontro com costumes outrora estabelecidos ou exigiam a quebra dos privilégios de determinados grupos sociais e eco- nômicos. Sendo uma experiência de longo prazo, o mercanti- lismo abriu portas para a criação de uma economia capitalis- ta integrada internacionalmente. UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 10 1.2 FISIOCRACIA A fisiocracia, considerada a primeira escola da economia científica, antes até mesmo da teoria clássica de Adam Smi- th, é uma teoria econômica que surgiu para se opor ao mer- cantilismo, se apresentando como fruto de uma reação ilumi- nista. Em síntese, a fisiocracia se baseia na afirmação de que toda a riqueza era proveniente da terra, da agricultura. O idealizador da teoria foi François Quesnay, médico da corte do rei francês Luís XV. Em seu livro “Tableau Economi- que”, escrito em 1758, Quesnay afirmava que era inútil tentar alterar a ordem natural da sociedade através de leis e regu- lamentos governamentais, confirmando assim, uma caracte- rística de sua teoria: o estado do laissez faire, ou seja, a não- -intervenção do Estado no sistema econômico. Para os fisiocratas, a agricultura era o verdadeiro e único modo de gerar riquezas pelo fato de que a mesma proporcio- na grandes lucros e exige poucos investimentos, por isso de- veria ser valorizada, contrariando assim, o pensamento mer- cantilista da acumulação de metais. Segundo a teoria, como a agricultura era a única fonte de riquezas, deveria haver um único imposto, pago pelos proprietários de terra, livrando o restante da sociedade de grandes quantidades de tributos. UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 11 Em 1774, o ministro das finanças Anne Robert Jacques Tur- got tentou introduzir a teoria dos fisiocratas na economia da França, no entanto, devido aos protestos dos proprietários de terras, a tentativa foi um fracasso. Embora a teoria da fi- siocracia tenha uma série de limitações, foi de grande impor- tância para a economia científica, visto que foi tomada como ponto de partida para a criação da teoria clássica de Adam Smith. 1.3 CLÁSSICA A ciência econômica é consolidada com a escola clássica. O marco fundamental é a obra Uma Investigação sobre a Na- tureza e Causas da Riqueza das Nações (1776), do escocês Adam Smith (1723-1790). Após a morte de Smi- th, três nomes aperfeiçoam e ampliam suas ideias: o francês Jean-Baptiste Say (1767-1832) e os ingleses Thomas Malthus (1766-1834) e David Ricardo (1772-1823). O pensamento clássico se desenvolve na segunda metade do século XVIII e no século XIX. Desse modo centra suas re- flexões nas transformações do processo produtivo, trazidas pela Revolução Industrial. Os clássicos alteram mais uma vez a noção de riqueza. Adam Smith afirma que não é a prata ou o ouro que determinam a prosperidade de uma nação, mas, sim, o trabalho humano. Em consequência, qualquer mudan- ça que aprimore as forças produtivas estará potencializando UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 12 o enriquecimento de uma nação. A principal delas – além da mecanização – é a divisão social do trabalho, amplamente es- tudada por ele. A escola também aborda as causas das crises econômicas, as implicações do crescimento populacional e a acumulação de capital. Os clássicos defendem o liberalismo e elaboram o concei- to de racionalidade econômica, no qual cada indivíduo deve satisfazer suas necessidades da melhor forma possível sem se preocupar com o bem-estar da coletividade. Essa busca egoísta e competitiva, no entanto, estaria na origem de todo o bem público porque qualquer intervenção nessas leis na- turais do comportamento humano bloquearia o desenvolvi- mento das forças produtivas. Usando a metáfora econômica de Smith, os homens, conduzidos por uma “mão invisível”, acabam promovendo um fim que não era intencional. 1.4 MARXISTA A principal reação política e ideológica ao classicismo foi feita pelos socialistas, mais precisamente por Karl Marx (1818-1883) e Frederic Engels. Criticavam a “ordem natural” e a “harmonia de interesses”, pois há concentração de renda e exploração do trabalho. UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 13 O pensamento de Marx não se restringe unicamente ao campo da economia, mas abrange, também, a filosofia, a so- ciologia e a história. Preconizava a derrubada da ordem capi- talista e a inserção do socialismo. Convém esclarecer que Marx não foi o fundador do socialismo, pois este já vinha se forman- do durante os períodos ora citados, tendo por início a obra “A República”, onde Platão demonstra sinais de ideologia socia- lista. No entanto, as obras anteriores ao Karl Marx, estiveram destituídas de sentido prático e nada mais fizeram do que con- trapor-se às práticas comerciais realizadas à época. Em contraposição aos clássicos, Marx afirmava que erra- ram ao afirmar que a estabilidade e o crescimento econômico seria efeito da atuação da ordem natural. E explica, dizendo que “as forças que criaram essa ordem procuram estabilizá- -la, sufocando o crescimento de novas forças que ameaçam solapá-la, até que essas novas forças finalmente se afirmem e realizem suas aspirações”. Ao afirmar que “o valor da força de trabalho é determina- do, como no caso de qualquer outra mercadoria, pelo tempo de trabalho à produção, e consequentemente à reprodução, desse artigo em especial”, Marx modificou a análise do valor trabalho (teoria objetiva do valor). Desenvolveu, também, a teoria da mais valia (exploração do trabalho), que é a origem do lucrocapitalista, de acordo com o pensamento marxista. Analisou as crises econômicas, a distribuição de renda e a acumulação de capital. No decorrer da evolução do pensamento econômico, Marx exerceu grande impacto e provocou importantes trans- formações com a publicação de duas conhecidas obras: Ma- nifesto Comunista e Das Kapital. Segundo sua doutrina, a industrialização vinha acompanhada de efeitos danosos ao proletariado, tais como, baixo padrão de vida, longa jornada de trabalho, reduzidos salários e ausência de legislação tra- balhista. UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 14 1.4.1 TEORIA DA MAIS VALIA: Marx afirmava que a força de trabalho era transformada em mercadoria, o valor de força de trabalho corresponde ao socialismo necessário. Tudo estaria bem, contudo o valor deste socialmente ne- cessário é um problema. Na realidade o que o trabalhador recebe é o salário de subsistência, que é o mínimo que assegura a manutenção e reprodução do trabalho. Mas apesar de receber um salário, o trabalhador acaba por criar um valor acrescentado durante o processo de produção, ou seja, fornece mais do que aquilo que custa é essa diferença que Marx chama de mais valia. A mais valia não pode ser considerado um roubo pois é apenas fruto da sociedade privada dos meios de produção. Mas, os capitalistas e os proprietários, procuram aumen- tar os seus rendimentos diminuindo o rendimento dos traba- lhadores, é esta situação de exploração da Força de Trabalho pelo Capital que Marx mais critica. 1.5 NEOCLÁSSICA UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 15 Neoclassicismo implica uma nova forma de classicismo. Os economistas neoclássicos eram marginalistas, no sentido de que enfatizavam a tomada de decisões e a determinação das variações na margem. No entanto, podemos perceber algu- mas diferenças entre eles. Primeiramente, que o pensamen- to neoclássico salientava que a oferta e a demanda determi- navam preços de bens e serviços, enquanto os marginalistas diziam que somente a demanda determinava os preços dos bens e serviços. Segundo muitos neoclássicos demonstraram maior interesse no papel da moeda do que muitos margi- nalistas. Os economistas neoclássicos expandiram a análise marginal para as estruturas do mercado além da livre-con- corrência, do monopólio e do duopólio. Todos os economis- tas marginalistas tiveram precursores e alguns conseguiram continuadores e formaram escolas. Embora as ideias que en- sinavam fossem mais ou menos parecidas, havia diferença de ênfase e de metodologia entre eles. Por exemplo, Walras se voltou em explicar o equilíbrio geral e a interdependência de todo sistema econômico e mostrou sua visão econômica em modos matemáticos. Já Jevons, de modo bem diferente, re- correu à modelos matemáticos, porém Carl Menger inspirou seus trabalhos nos princípios marginalistas em linguagem co- mum, não mostrando laços fortes com a matemática como Jevons e Walras, embora fosse um grande matemático. Os clássicos deram ênfase para as relações de produção que surgiam entre as pessoas, no processo produtivo. Trata- ram, portanto, das formas sociais do processo produtivo, já os marginalistas mudam de enfoque e restringem os campos de estudo da economia. Passam a estudar as relações entre pessoas e a produção. UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 16 1.6 KEYNESIANISMO Quando a doutrina clássica não se mostrava suficiente diante de novos fatos econômicos, surgiu o economista in- glês John Maynard Keynes que, com suas obras, promoveu uma revolução na doutrina econômica, opondo-se, principal- mente, ao marxismo e ao classicismo. Substituindo os estu- dos clássicos por uma nova maneira da raciocinar na econo- mia, além de fazer uma análise econômica reestabelecedora do contato com a realidade. Seus objetivos eram de, principalmente, explicar as flutu- ações econômicas ou flutuações de mercado e o desemprego generalizado, ou seja, o estudo do desemprego em uma eco- nomia de mercado, sua causa e sua cura. Opondo-se ao pensamento marxista, Keynes acreditava que o capitalismo poderia ser mantido, desde que fossem feitas reformas significativas, já que o capitalismo houvera se mostrado incompatível com a manutenção do pleno empre- go e da estabilidade econômica. Recebendo, portanto, mui- tas críticas dos socialistas no que se refere ao aumento da inflação, ao estabelecimento da uma lei única de consumo, ignorando as diferenças de classes. E, por outro lado, algu- mas de suas ideias foram agregadas ao pensamento socia- lista, como por exemplo, a política do pleno emprego e a do direcionamento dos investimentos. Keynes defendia a intervenção moderada do Estado. Afir- mava que não havia razão para o socialismo do Estado, pois não seria a posse dos meios de produção que resolveria os UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 17 problemas sociais, ao Estado compete incentivar o aumento dos meios de produção e a boa remuneração de seus deten- tores. Roy Harrod acreditava que Keynes tinha três talentos que poucos economistas possuem. Primeiramente a lógica, para assim poder ter se transformado num grande especialista na teoria pura da Economia. Dominar a técnica de escrever lúci- da e convincentemente. E, por fim, possuir um senso realista de como as coisas se realizarão na prática. Suas obras estimularam o desenvolvimento de estudos não só no campo econômico, mas também nas áreas da con- tabilidade e da estatística. Na evolução do pensamento eco- nômico, até agora, não houve nenhuma obra que provocasse tanto impacto quanto a Teoria Geral do Emprego, do juro e da moeda de Keynes. O pensamento Keynesiano deixou algumas tendências que prevalecem até hoje no nosso atual sistema econômico. Dentre as principais, os grandes modelos macroeconômicos, o intervencionismo estatal moderado, a revolução matema- tizante da ciência econômica. 2. A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MOEDA A moeda é uma unidade de valor padrão que se utiliza como instrumento de troca por uma sociedade. Pode ser de- finida, também, como meio pelo quais os preços são expres- sos, as dívidas liquidadas, as mercadorias e serviços pagos e a poupança efetuada. A moeda corrente é o dinheiro oficial de um país para todos os tipos de transações. Controlar a moe- UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 18 da é de suma importância para equilibrar uma economia ao mesmo tempo em que serve, também, para as relações entre comerciais entre países, por isso é criado sistema monetário internacional Para uma economia, moeda e crédito são termos bem re- levantes, principalmente em tempos de inflação ou quando há variação da moeda. Em se tratando de inflação, o assunto moeda é provavelmente o que mais chama a todos, desde os mais entendidos até aos leigos. O que o povo entende por dinheiro e o que os especialistas entendem são coisas total- mente diferentes. A partir daí, as regras do jogo da determinação do volume da moeda, da sua circulação e assim por diante estão, para o leigo, envolvidas por uma densa nuvem de mistério tecno- crático. Mas apesar de tudo isso, o que se verificou foi a gradativa evolução que sofreu a moeda desde sua criação, seus aspec- tos fundamentais e suas estruturas nos dias atuais. 2.1 ORIGEM Origem – Na Antiguidade, as mercadorias produzidas numa comunidade serviam como meio de pagamento para suas transações comerciais. Destacava-se sempre uma entre as de- mais. Como moedas, já circularam peles, fumo, óleo de oliva, sal, mandíbulas de porco, conchas, gado e até crânios huma- nos. O ouro e a prata ganham rapidamente preferência devido à beleza, durabilidade, raridade e imunidade à corrosão. Os primeiros registros do uso de moedas metálicas datam do século VIIa. C., quando eram cunhadas na Lídia, reino da Ásia Menor e também na região do Peloponeso, ao sul da Grécia. O papel-moeda (as notas) surge no século IX na Chi- na. A Suécia é o primeiro país europeu a adotá-lo, no século XVII. Fácil de transportar e de manusear, o seu uso difunde-se com rapidez. Até então, a quantidade de moedas correspon- UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 19 dia ao volume de ouro ou prata disponível para cunhagem. O papel-moeda, por não ser feito de metal, permite o aumento arbitrário da quantidade de dinheiro. Para combater o desvio, institui-se o padrão ouro, em que o volume de dinheiro em circulação deve ser igual ao valor das reservas de ouro de um país depositado nos bancos. Mesmo assim, tornou-se comum a emissão de notas em quantidades desproporcionais às reservas e que não tinham, em consequ- ência, o valor declarado. Tal prática leva à desvalorização da moeda, cuja credibilidade depende da estabilidade da econo- mia nacional e da confiança junto aos órgãos internacionais. Hoje, as moedas são feitas de níquel e alumínio e o seu valor nominal é maior que o de fato. 2.2 ESCAMBO Para fazer uma economia girar, é de fundamental impor- tância a figura do dinheiro. Fica difícil imaginar um mundo onde ele não se faça presente, porém nem sempre foi assim. A tal tecnologia alterou totalmente a forma como nos rela- cionamos, nos locomovemos e porque não dizer pagamos. Do escambo ao pagamento com moeda virtual foram muitos anos e significativas transformações. O Escambo, mais conhecido como troca de (troca de mer- cadorias), tem seus primeiros registros há cerca de 10 mil anos, desde o período histórico chamado de Neolítico. Esse período, também conhecido como Idade da Pedra Polida, foi o período da Pré-História em que ocorreu a chamada Revolu- UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 20 ção Agrícola, e foi praticado em todo o mundo por milhares de anos. O Escambo surgia dependendo da necessidade de cada um – os objetos nem sempre possuíam valores equiva- lentes. Assim, um agricultor poderia trocar o seu excedente por peixe que um pescador não fosse consumir. Quando do nosso descobrimento, os portugueses trocaram mercadoria com os nativos, ou seja, os índios. Dessa forma, cada um tro- cava o que tinha pelo o que precisava. O grande empecilho nesse sistema, era achar outra pessoa que estivesse procu- rando o que se era oferecido e vice-versa. Outro problema do escambo é a possibilidade sempre existente de um grande desequilíbrio na operação das trocas. Um comerciante mais esperto, sabendo da necessidade ou do desejo de um indivíduo por certo item, poderia muito bem assegurar uma troca extremamente desigual, explorando ob- viamente o grande desejo ou interesse de seu interveniente. Como características básicas, o escambo se apresenta como uma troca de produtos em estado natural, que variam de acordo com as condições do lugar onde se dão as trocas, as atividades desenvolvidas pelo grupo, e suas respectivas necessidades. Neste sistema, a própria mercadoria torna-se moeda, passando a representar também, medida de valor e de riqueza, assim como acontece em civilizações mais sim- ples. Seguindo esta mesma lógica, algumas mercadorias pas- sarão a ter uma procura maior que outras, tornando-se invo- luntariamente a moeda daquele grupo. Historicamente, os elementos mais utilizados no siste- ma do escambo foram o gado, o sal, açúcar, novelos, mea- das e tecidos, bem como peças de metal, em especial peças nos formatos de faca e chave, comuns na Ásia e na África. O conceito do dinheiro em forma de moeda, assim como o co- nhecemos atualmente surgirá na Lídia, território grego, no século VIII a.C. A partir do momento que alguns produtos passaram a ser mais procurados que outros, eles se tornaram moeda. Isso UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 21 ocorreu com o sal, por exemplo. Por ser um artigo difícil de se adquirir e de grande utilidade para conservar os alimen- tos, era considerado bastante valioso. Em algumas regiões as pessoas eram pagas com sal, e foi por causa disso que surgiu o termo “salário”. Muitos produtos foram utilizados ao longo dos anos até a descoberta do metal. Por ser raro, difícil de se conseguir e durável, ele serviu perfeitamente como moeda, em estado natural ou na forma de joias e armas. O valor variava de acor- do com a abundância do material, quanto mais raro, mais va- lioso. Com o tempo, as moedas passaram a ser cunhadas com o peso e valor padronizados. No início, o valor era correspon- dente ao material utilizado para confeccioná-la. Com a evo- lução da técnica, outros materiais passaram a ser utilizados na confecção e elas passaram a valer o que estava gravado na face e não o material que havia sido utilizado na confecção. Guardar as posses com ourives se tornou uma prática co- mum entre as pessoas, e foi assim que surgiram as primeiras cédulas. O recibo emitido como garantia passou a ser utili- zado como pagamento, circulando entre as pessoas. Mais tarde, os bancos passaram a emitir e a regular as cédulas. As moedas passaram a ser usadas como troco. De lá para cá muita coisa mudou, e sempre com a ajuda da tecnologia. Com o surgimento dos cartões de plástico e pagamentos eletrônicos, as cédulas estão sendo cada vez menos utilizadas. E a tendência é que diminua ainda mais. Atualmente, com apenas um smartphone já é possível re- alizar transações financeiras, sem a necessidade de carregar a carteira com cartões. E existem ainda as moedas virtuais, como a bitcoin, que estão contribuindo para que o dinheiro se torne cada vez menos físico. UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 22 2.3 AS MERCADORIAS-MOEDA Egito Babilônia, Assíria Pérsia Bretanha Índia China Ilhas Britânicas Alemanha Islândia Noruega Rússia China Japão Estados Unidos Austrália Canadá França Japão Cobre Cobre. prata, cevada Gado Barra de ferro, escravos Animais domésticos, arroz, metais Concha, seda, sal, cereais Moeda de ouro, gado, ouro, prata Gado cereais, mel Gado, tecido, bacalhau Gado, escravo, tecidos Gado, prata Arroz, chá, sal, estanho, prata Anéis de cobre, pérola, arroz Fumo, cereais, madeira, gado Rum, trigo, carne Peles, cereais Metais preciosos, cereais Arroz REGIÕES MERCADORAI-MOEDA ANTIGUIDADE (até 410) IDADE MÉDIA (410 A 1453) IDADE MODERNA (1453 A1789) As primeiras moedas foram mercadorias e deveriam ser suficientemente raras, para que tivessem valor, e, como já foi dito, ter aceitação comum e geral. Elas tinham, então, essen- UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 23 cialmente valor de uso; e como esse valor de uso era comum e geral elas tinham, consequentemente, valor de troca O abandono da exigência do valor de uso dos bens, em detri- mento do valor de troca, foi gradativo. Entre os bens usados como moeda está o gado, que tinha a vantagem, de multiplicar-se entre uma troca e outra — mas, por outro lado, o autor não atenta para a possibilidade de perder-se um rebanho inteiro com o surgimento de alguma doença —; o sal na Roma Antiga; o dinheiro de bambu na Chi- na; o dinheiro em fios na Arábia. Com o tempo, as moedas-mercadorias foram sendo des- cartadas. As principais razões para isso for • Elas não cumpriam satisfatoriamente a característi- ca de aceitação geral exigida nos instrumentos monetários. Além disso, perdia-se a confiança em mercadorias não ho- mogêneas, sujeitas à ação do tempo (como no caso dos ga- dos citado acima), de difícil transporte, divisão ou manuseio. • A dupla característica valor de uso e valor de troca tor- nava o novo sistema muito semelhante ao escambo e suas limitações intrínsecas. 2.4 O METALISMO A descoberta da moeda representaentão um avanço no- tável na História da Humanidade, pois como padrão de valor potência o entesouramento, a divisibilidade e a facilidade de UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 24 transporte. Surgem então no Séc. VII a.C. as primeiras moedas pare- cidas com o formato que hoje temos, isto é, pequenas peças de metal com peso e valor definidos, e com impressão de cunho oficial. Na Grécia são colocadas a circular as primeiras moedas com figuras de animais e plantas que representavam a belís- sima Ilha de Egina. Na Lídia, antiga região Ásia Menor, surgem pequenos lin- gotes ovais de uma liga de Ouro e Prata chamada Eletro, e as suas ilustrações são alusivas a Efígies. É atribuído aos Lídios a invenção da moeda. As moedas refletem a mentalidade de um povo e sua época e nelas se observam conteúdos políticos, tecnológi- cos e culturais. Os primeiros metais a serem usados na cunhagem das moedas foram o Ouro e a Prata, por serem materiais imunes à corrosão, de extrema beleza, raridade e também devido a fatores religiosos. Este tipo de cunhagem manteve-se por muitos séculos sendo as moedas uma garantia devido ao seu valor intrínse- co. Foi prática assente a cunhagem em ouro nas moedas de maior valor e a cunhagem em prata e em cobre em moedas de valor inferior. Este sistema manteve-se até o final do século passado e foi alterado com o Cuproníquel (liga metálica constituída por cobre e níquel) que acabaria por oferecer também uma boa resistência à corrosão e a fadiga. Com este passo a moeda passa a circular pelo seu valor UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 25 extrínseco, ou seja, pelo valor gravado na sua face, indepen- dentemente do valor do metal usado. As moedas variaram muito o seu aspecto físico ao longo dos séculos. Embora se tenha globalmente adoptado a forma oval, as moedas já se apresentaram quadradas, poligonais, etc. Quanto a sua cunhagem ela apresentou também diferen- tes materiais não metálicos, como a madeira e a porcelana. 2.5 A MOEDA-PAPEL A evolução de sistemas monetários provocou o apareci- mento de mais tipo de moeda: a moeda-papel. Essa, veio para amenizar os contratempos da moeda metálica (peso, risco de roubo), todavia valessem com lastro nela. Assim sur- gem os certificados de depósito, emitidos por casas de custó- dia em troca do metal precioso nela depositado. Essa nova moeda facilitou o surgimento da moeda fiduciá- ria, ou papel-moeda, modalidade de moeda não lastreada to- talmente. O lastro metálico integral mostrou-se desnecessá- rio quando foi constatado que a reconversão da moeda-papel em metais preciosos não era solicitada por todos os seus de- tentores ao mesmo tempo e ainda quando uns a solicitavam, outros pediam novas emissões. A passagem da moeda-papel para o papel-moeda é tida como “uma das mais importan- UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 26 tes e revolucionárias etapas da evolução histórica da moeda” (LOPES e ROSSETTI, 1991: 32). Com o desenvolvimento dos mercados, com multiplicação dos bens e serviços disponíveis e com o acentuado aumento das operações de troca, não só locais, o volume da moeda em circulação aumentaria consideravelmente. Ademais, o volu- me e o valor das transações entre os grandes mercadores e industriais vinham registrando persistente expansão. E, em consequência, o manejo das moedas metálicas, pelos riscos envolvidos, tornava-se desaconselhável para as transações de maior vulto. 2.6 O PAPEL-MOEDA Mas a evolução dos instrumentos monetários não pararia com descoberta da operacionalidade da moeda-papel. Os certificados emitidos, devido à sua aceitação já generalizada, passaram a circular mais que as próprias peças metálicas. Seu valor não decorreria ainda da regulamentação oficial de sua emissão, mas simplesmente da confiança geral em sua plena conversibilidade. Essas emissões monetárias trariam vantagens para pro- UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 27 dutores, comerciantes e banqueiros. Os primeiros passaram a ter acesso a uma nova fonte de financiamento, os comer- ciantes obtinham créditos suficientes para a expansão de seus negócios e os banqueiros beneficiavam-se das receitas correspondentes aos juros. Evidentemente, essa passagem histórica das primeiras formas de moeda-papel (certificados emitidos mediante lastro metálico integral) para as primeiras formas de papel- -moeda ou de moeda fiduciária (notas bancárias emitidas a partir de operações de crédito, sem lastro metálico) envol- veria consideráveis margens de risco. Como o valor das no- tas em circulação passou a ser maior do que as garantias de conversibilidade. Originalmente, os certificados de depósito em circulação eram iguais ao valor total de metais custodia- dos. Mas, com o desenvolvimento das operações de crédito e emissão de moeda fiduciária, o lastro metálico tornara-se apenas parcial. Se as casas bancárias não agissem com pru- dência, todo o sistema poderia desmoronar, desde que os possuidores do papel-moeda em circulação reclamassem, por desconfiança generalizada, a reconversão metálica em grande escala e em curtos intervalos de tempo. A insuficiên- cia de reservas desacreditaria essa nova forma de moeda – cuja aceitação se vinha processando lentamente, desde fins do século XVII e ao longo de todo o século XVIII. Os riscos então evidenciados conduziram os poderes pú- blicos a regulamentar o poder de emissão de notas bancárias, já então entendidas como papel-moeda ou moeda fiduciária. O direito à emissão de notas, em cada país, seria confiado a uma única instituição bancária oficial, surgindo, assim, os Bancos Centrais. Em síntese, essa evolução correspondeu à definitiva pas- sagem da moeda-papel ao papel-moeda – isto é, à passa- gem da fase em que as notas de banco eram emitidas com a correspondente e integral garantia metálica à fase em que, pouco a pouco, a conversibilidade deixou de existir. A partir UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 28 de então o papel-moeda passou a receber a garantia das dis- posições legais que envolviam a sua emissão, o seu curso e o seu poder liberatório. Sua aceitação geral como meio de pagamento passou a substituir as garantias metálicas que apoiavam a moeda-papel. 2.7 A MOEDA ESCRITURAL O dinheiro ou moeda escritural é o dinheiro disponível nas contas correntes de famílias e empresas. Também é chama- do de moeda bancária. É um lançamento contábil simples feito por uma instituição financeira (geralmente um banco). O dinheiro escritural é, portanto, intangível, diferentemente do dinheiro fiduciário (notas e moedas). No entanto, pode ser convertido em liquidez a qualquer momento. Se um agente econômico (família ou empresa) faz o contrário e deposita dinheiro em sua conta bancária, o di- nheiro é convertido em moeda virtual para aparecer em sua conta. 2.8 A MOEDA BANCÁRIA NA PRÁTICA O dinheiro depositado em uma conta corrente em um banco pode ser usado a qualquer momento para efetuar pa- gamentos. Para isso, o banco fornece às famílias e empresas vários meios de pagamento, sendo os principais: cartão de cré- dito, cheque, transferência bancária ou dinheiro eletrônico. O dinheiro escritural pode então circular entre agentes UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 29 econômicos. Nos países desenvolvidos, são usados em uma grande porcentagem de transações. Nos países do terceiro mundo, o dinheiro escritural é usado muito pouco. Os paga- mentos são feitos em dinheiro fiduciário, apesar disso, estar mudando rapidamente. Para que o dinheiro escritural seja usado como meio de pagamento, os agentes econômicos devem ter confiança no sistema financeiro. Se não for esse o caso, haveráacumula- ção e o dinheiro disponível na conta será convertido em di- nheiro fiduciário. 2.9 COMO É EMITIDA A MOEDA ESCRITURAL? Quando um agente econômico faz um depósito em uma conta corrente, ele se torna dinheiro escritural. Esse dinheiro é usado como recurso pelo banco para oferecer crédito a seus outros clientes. Uma nova linha contábil aparece na conta do mutuário. Esse novo dinheiro fictício pode ser usado e, por- tanto, injetado na economia real. O dinheiro desse crédito gerará renda para os produtores de bens e serviços que, por sua vez, podem depositar esse dinheiro em sua conta corrente. Créditos fazem depósitos futuros. É um recurso adicional para o banco, que tem a pos- sibilidade de conceder novos empréstimos. Isso é chamado multiplicador de crédito. Esse fenômeno contribui para a criação de dinheiro. UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 30 3. A EVOLUÇÃO DOS INSTRUMENTOS MONETÁRIOS A evolução histórica que acabamos de descrever pode ser interpretada como uma persistente busca de instrumentos e instituições que pudessem satisfazer plenamente às três clássicas funções exigidas da moeda: 3.1 AS FUNÇÕES DA MOEDA 3.1.1 FUNÇÃO INSTRUMENTO DE TROCA Nos dias de hoje, por exemplo, ao trabalhar para uma em- presa, estamos trocando nossa mão de obra por moeda, para podermos trocá-la por bens e serviços de nossa livre escolha, sem termos que nos preocupar com o aspecto de desejos e disponibilidades duplamente coincidentes. Assim, a moeda, como meio ou instrumento de troca, geralmente aceito pelos indivíduos na realização de suas transações, permitiu que a economia como um todo aumentasse sua eficiência, fazendo que novos produtos e serviços fossem colocados à disposi- ção dos indivíduos. Sem um meio de troca de padrão único, e aceito por todos, as modernas economias, baseadas na divi- são e especialização do trabalho, não poderiam existir. 3.1.2 FUNÇÃO MEDIDA DE VALOR UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 31 Uma função essencial que a moeda possui é a de me- dir os valores dos diversos bens e serviços existentes em uma economia. Todos os bens e serviços de uma economia têm um preço, que é expresso em uma unidade monetária co- mum. Mas, para que ela possa desempenhar esse papel, exis- te a necessidade de ter um valor, isto é, que ela seja também uma mercadoria. Entre as vantagens que a função de medi- da de valor apresenta para a economia podemos destacar a simplificação que ela traz aos registros contábeis, racionali- zando e aumentando o número de informações por meio do sistema de preços. Se essa função não existisse, seria prati- camente impossível apurarmos a contabilidade social, o nível do produto e da renda, o volume de consumo, poupança e investimento, enfim, analisarmos os agregados macroeco- nômicos. 3.1.3 FUNÇÃO DE RESERVA DE VALOR A moeda torna-se um elemento de entesouramento, de estoque de riqueza, quando é retirada de circulação. Como a moeda pode ser transformada em bens e serviços, a qualquer momento, ela pode ser definida como a representante uni- versal da riqueza. Pelo fato de podermos guardar moeda em qualquer quantidade, fica claro que somente a moeda que não se deprecia com os efeitos da inflação pode exercer essa função, ou seja, a moeda que representa estoque de riqueza UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 32 não pode perder o seu poder de compra; tem de ter um valor estável. 3.1.4 FUNÇÃO PADRÃO DE PAGAMENTO DIFERIDO Quando as operações de compra e venda de bens e ser- viços se fazem a crédito, a moeda intervém como meio de pagamento, ou seja, o produto é entregue ao comprador sem pagamento imediato, deixando expresso o valor do pa- gamento futuro. 3.2 AS CARACTERÍSTICAS DA MOEDA Para que a moeda possa desempenhar suas funções bási- cas, ela deve possuir um conjunto de características que são: - Indestrutibilidade e inalterabilidade; - Homogeneidade; - Divisibilidade; - Transferibilidade; - Facilidade de manuseio e Transporte. 3.2.1 INDESTRUTIBILIDADE A moeda deve resistir às inúmeras relações de troca a que estiver sujeita, exigindo-se, portanto, que ela seja impressa com material de excelente qualidade, para que não perca suas características nem se possa alterá-las. Se o papel utilizado para sua impressão não for de celulose pura, certamente após algumas centenas de operações a cédula estará deteriorada. UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 33 As técnicas modernas de impressão do papel-moeda, além de darem maior resistência às cédulas, visam protegê-las contra falsificações. 3.2.2 HOMOGENEIDADE Diferentes unidades monetárias, mas que possuam o mesmo valor de compra, devem ser rigorosamente iguais. 3.2.3 DIVISIBILIDADE A moeda-padrão ou moeda principal de uma econo- mia deve possuir múltiplos e submúltiplos, chamados moe- das subsidiárias, para permitir a realização de todos os tipos de transações comerciais. 3.2.4 TRANSFERIBILIDADE A moeda deve circular na economia sem nenhuma dificul- dade, facilitando o processo de troca. A razão principal para essa característica é o curso legal imposto pelo Estado, que permite e garante o papel-moeda em circulação. 3.2.5 FACILIDADE DE MANUSEIO E TRANSPORTE O papel-moeda de uma economia deve ser impresso de forma a facilitar o seu uso e o seu transporte, para evitar que a sua utilização seja dificultada e que, consequentemente, ela seja descartada. 4. OS MEIOS DE PAGAMENTO NAS ECONOMIAS MODERNAS UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 34 Contemporaneamente, segundo o conceito de moeda, geralmente expresso por M1, os meios de pagamento são constituídos pelo papel-moeda e pelas moedas metálicas divisionárias emitidas pelos Bancos Centrais e em poder do público, bem como pelos depósitos a vista disponíveis no sis- tema bancário. A composição dos meios de pagamento – atualmente ba- seados nos dois instrumentos definidos – varia em função do grau de maturidade e de desenvolvimento dos sistemas eco- nômicos. O uso do cheque (instrumento de manejo da moeda escritural) também varia em função desses mesmos fatores. Hoje, nas economias industrializadas do bloco ocidental, a moeda escritural representa entre 80 a 85% dos meios de pagamento, mantendo-se a moeda manual para liquidação de transações de valores menos expressivos, de que são exemplos compras pessoais no pequeno varejo. As razões da preferência pelas formas escriturais de pagamento são, em síntese: a) maior segurança; b) facilidade de manejo; c) manutenção de registros e controles, para fins contá- beis e de comprovação de pagamentos; d) ampliação das possibilidades, via manutenção de sal- dos bancários, de obtenção de empréstimos. 4.1 OS MEIOS DE PAGAMENTO NA ECONOMIA BRASILEIRA As alterações nos conceitos de meios de pagamentos promovidas pelo Banco Central do Brasil em 2001 consis- tem numa mudança quanto ao critério de ordenamento dos componentes agregados, diferente da abordagem clássica de agregação pelo nível de liquidez dos ativos e passando a defini-los conforme seus sistemas emissores, conforme esta- belecido pelo Fundo Monetário Internacional. De acordo com essa nova sistemática, os meios de pagamento ampliados são indicadores que antecedem pressões de demanda sobre o setor real – indústrias, famílias etc – melhores que os meios UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 35 de pagamento restritos (abordagem do grau da liquidez), dado que os avanços tecnológicos aplicados às transações fi- nanceiras permitem uma maior facilidade nas realocações de portfólio, propiciando que o agregado de maior liquidez, M1, esteja sempre em um nível suficiente para a realização das transações. Mesmo commodelos de política monetária com foco no controle da taxa de juros, como o modelo de metas de inflação (o qual o Brasil é adepto), os agregados monetá- rios continuam desempenhando um papel importante para acompanhamento de tais políticas, sejam como indicadores de liquidez da economia como também na distribuição dos meios de pagamento nesta. Alteração nos conceitos de meios de pagamento M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista. M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + quotas de fun- dos de renda fixa de curto prazo + títulos públicos de alta li- quidez. M3 = M2 + depósitos de poupança. M4 = M3 + Títulos emitidos por instituições financeiras. 4.2 O CONCEITO DE QUASE-MOEDA A quase moeda é um formato de ativo financeiro que é “não monetário”, isto é, não é uma moeda. Ou seja, você não pode levá-la até o mercado e comprar mercadorias e serviços na medida em que, em muitos casos, ela é intangível. UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 36 Ainda assim, uma quase moeda apresenta características interessantes, configurando-se sim em uma categoria de ati- vo que concede direitos aos seus proprietários. As principais delas são o baixo risco e a liquidez imediata. Neste sentido, vale lembrar que liquidez é a facilidade de converter um ativo em dinheiro. Um imóvel, por exemplo, tem baixíssima liquidez: é difícil vendê-lo e ter dinheiro dis- ponível em caixa. Uma quase moeda oferece o exato contrá- rio: facilidade em conversão do ativo em capital. 4.2.1 QUAIS SÃO OS EXEMPLOS DE QUASE MOEDA? A melhor forma de entender o que é uma quase moeda é deixando a teoria um pouco de lado e usar de um exemplo prático. Pois a melhor demonstração do conceito são os títu- los públicos de curto prazo. Pense, por exemplo, no Tesouro Selic (LFT). Essa é uma aplicação financeira oferecida pelo Tesouro Nacional que per- mite que você faça o seu dinheiro render acompanhando a nossa taxa básica de juros. Esse é um ativo que cumpre bem as funções de uma qua- se moeda. Você tem liquidez diária, ou seja, pode negociar a sua posição a qualquer momento, recebendo de acordo com a marcação a mercado. Além disso, também é uma opção bas- tante segura na medida em que acompanhará os juros do país. Ao mesmo tempo, você não pode ir até a padaria e comprar pão com o seu patrimônio investido em títulos públicos. Isso é UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 37 justamente o que a converte em uma quase moeda: há facili- dade na conversão em capital, mas ela não permite compras e aquisições como ter dinheiro na sua conta corrente. Outros exemplos desse tipo de ativo são depósitos na ca- derneta de poupança e recebíveis a prazo (os quais podem ser antecipados). Ambos possuem as mesmas características de uma quase moeda: altíssima liquidez e baixo risco, mas in- viabilidade de compras sem antes passar por uma conversão para moeda. 4.2.2 QUAL É A IMPORTÂNCIA DA QUASE MOEDA? A principal razão para isso é que nem toda reserva de valor (dinheiro) precisa estar líquida para uma pessoa. Você mesmo muito provavelmente não gasta nem perto de tudo que possui em termos de patrimônio. Sendo assim, deixar o “dinheiro parado” não faz muito sentido. É aqui que entram os investimentos. Só que, ao mesmo tempo, você pode precisar de parte desse capital em algumas ocasiões. É neste ponto que entra a reserva de emergência, alocando seu dinheiro em ativos que sejam uma quase moeda. Assim, você pode facilmente resgatar e convertê-los em moeda. Por fim, ainda é fundamental na medida em que esses ati- vos de altíssima liquidez ajudam a financiar a economia como um todo. Seja para instituições bancárias, seja para o gover- no, a aplicação do dinheiro em uma quase moeda configura- -se em um tipo de empréstimo valorizado pela taxa de juros acordada. 5. A MOEDA ESCRITURAL E SEU EFEITO MULTIPLICADOR O banco depositário (que recebe o depósito) pode realizar empréstimos com parte do dinheiro do correntista, que difi- cilmente irá sacar todo o seu dinheiro de uma só vez. Por lei, o banco precisa guardar apenas uma pequena fração do di- nheiro depositado, podendo emprestar o restante para criar UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b rfanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 38 crédito. A isso chama-se Sistema Bancário de Reservas Fra- cionárias. Imagine o seguinte: uma pessoa deposita R$ 1.000,00 no banco. O banco, por sua vez, empresta 90% do dinheiro, ou R$ 900,00, para algum cliente. Esse cliente então usa o dinheiro para comprar uma televisão, por exemplo. Quem vendeu a televisão provavelmente irá depositar o dinheiro no banco. Ou seja, pode-se recomeçar o ciclo várias vezes, multiplicando o dinheiro de forma artificial. Todo esse dinheiro efetivamente não existe, é só um valor no sistema eletrônico do banco. Quando o cliente saca algu- ma quantia, na verdade ele está pegando o dinheiro existen- te da reserva que o banco mantém dos vários clientes. O pro- blema é: e se todos os clientes, de repente, exigissem o seu dinheiro de volta? O banco não teria como fazer isso, pois só tem uma porção desse dinheiro. Esse é um dos problemas, muito criticado, do sistema bancário mundial. A multiplicação descontrolada de dinheiro pode causar muitas falências de bancos, empresas, pessoas e até países quando há uma crise financeira. Um instrumento de contenção da multiplicação de moeda escritural é o depó- sito compulsório, empregado pelos Bancos Centrais de todo o mundo para limitar a sua criação. O depósito compulsório é uma das formas que o Banco Central (BC) tem para controlar a quantidade de dinheiro na UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 39 economia. O compulsório obriga os bancos a depositar parte dos recursos captados dos clientes, via depósitos à vista, a prazo ou poupança, numa conta no BC. Ao aumentar a taxa do compulsório, o BC mostra que pretende reter mais dinhei- ro nessa conta, sobrando menos recursos, portanto, para os bancos emprestarem aos seus clientes. Quando diminui, ocorre o contrário. UNIDADE I e a d . f a n e s e . e d u . b r fanese_sergipe FaneseSergipe ANÁLISE ECONÔMICA II 113 |1| SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 32. |2| GANDAVO, Pero Magalhães. História da província Santa Cruz. São Paulo: Hedra, 2008, p. 66-67. |3| COUTO, Jorge. A gênese do Brasil. In.: MOTA, Carlos Gui- lherme (org.). Viagem incompleta: A experiência brasileira. São Paulo: Editora Senac, 1999, p. 57-58. Singer, Paul – 1032. Aprender economia / Paul Singer. 21º ed.- São Paulo: Contexto, 2002. 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