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Memória e áreas corticais - Córtex cerebral comunicação e memória

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O córtex cerebral tem uma relação importante 
com o tálamo. Quando o tálamo é lesado, junto 
com o córtex, a perda de função cerebral é muito 
maior do que quando apenas o córtex é lesado, 
porque a excitação talâmica é necessária pra 
quase toda a atividade cortical. 
 
 
Recebem sinais simultâneos de múltiplas 
regiões. Temos 3 principais: parieto-
occitotemporal, pré frontal e límbica. 
 
 
Parieto-occitotemporal 
Interpreta os sinais das áreas somatossensorial, 
visual e do córtex auditivo. 
Na sua parte que vai do córtex parietal posterior 
até o córtex occipital, ocorre a análise das 
coordenadas espaciais do corpo, como o cálculo 
das coordenadas visuais, auditivas e que 
circundam o corpo. 
Nele também está a área de Wernickle – 
compreensão da linguagem, a área do giro 
angular (dá significado às palavras percebidas 
visualmente) e a área para a nomeação de 
objetos (em partes do lobo occipital e lobo 
temporal). 
Pré frontal 
Recebe muitas informações por feixes 
subcorticais, que conectam essa área à parieto-
occitotemporal. Sua eferência é o caudado e as 
informações se dirigem ao córtex motor. Essa 
área planeja padrões complexos e sequências de 
movimentos e armazena, a curto prazo, as 
“memórias de trabalho”. 
Área de Broca: onde ocorre o planejamento dos 
padrões motores, para a expressão de palavras 
individuais ou, até mesmo, de frases curtas são 
iniciadas e executadas. 
 
 
 
Límbica 
Responsável pela maioria dos impulsos 
emocionais que ativam outras áreas do encéfalo, 
fornecendo comando motivacional para o 
próprio processo de aprendizado. Está 
envolvida com o comportamento, emoções e 
motivação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem 2 aspectos da comunicação: 
• Sensorial: é o aspecto aferente da 
linguagem, envolve os olhos e ouvidos. 
• Motor: é o aspecto eferente, envolve a 
vocalização e seu controle. 
Os processos mentais da fala envolvem 2 
estágios principais. 
1) Formação dos pensamentos que serão 
expressos e a escolha das palavras que 
serão usadas 
2) Controle motor da vocalização e o ato de 
vocalizar em si mesmo. 
A formação do pensamento e a escolha das 
palavras são funções da parte sensorial. 
Lesões de porções das áreas associativas 
auditivas ou visuais do córtex pode resultar em 
incapacidade de entender a palavra falada ou 
escrita. 
Afasia receptiva auditiva: incapacidade de 
entender a palavra falada; também chamada de 
surdez de palavras. 
Afasia receptiva visual: incapacidade de 
entender a palavra escrita; também chamada de 
cegueira de palavras ou dislexia. 
Afasia de Wernickle ou sensorial: é uma lesão 
na área de Wernickle, que deixa a pessoa incapaz 
de interpretar o pensamento que é expresso. Ela 
ainda consegue entender a palavra falada e a 
escrita. 
Afasia global: quando a lesão, além de pegar a 
área de Wernickle, se estende para o giro 
angular ou parte inferior do temporal ou na 
fissura de Sylvius. A pessoa fica quase 
totalmente incapacitada da linguagem ou 
comunicação. 
A pessoa tanto com afasia global quanto de 
Wernickle é incapaz de formular os 
pensamentos que devem ser comunicados. 
Afasia de Broca ou motora: a pessoa decide o 
que ela quer dizer, mas não consegue fazer com 
que o sistema vocal emita as palavras, só ruídos. 
Isso acontece porque todos os padrões motores 
sutis como o controle da laringe, lábios, boca etc. 
da fala são iniciados nessa área. 
Via envolvida com audição e fala 
1) Recepção de sinais sonoros que 
codificam as palavras na área auditiva 
primária 
2) Interpretação das palavras na área de 
Wernickle 
Área para reconhecimento de faces: 
Prosofenosia: incapacidade de reconhecer 
faces. 
Ocorre por uma lesão extensa na superfície 
inferior e medial de ambos os lobos 
occipitais e da parte medioventral dos 
temporais. 
Essa área tem importante conexão com o 
sistema límbico. 
 
3) Determinação dos pensamentos e 
palavras a serem ditos na área de 
Wernickle 
4) Transmissão dos sinais da área de 
Wernickle para a área de broca pelo 
fascículo arqueado 
5) Ativação dos programadas de 
habilidades motoras para controlar a 
formação das palavras na área de Broca 
6) Transmissão de sinais apropriados ao 
córtex motor para controlar os músculos 
da fala 
 
Via envolvida com a visão e fala 
1) Recepção dos sinais visuais que 
codificam as palavras na área visual 
primária 
2) A informação para por estágios iniciais 
de interpretação no giro angular 
3) Chega à área de Wernickle 
4) Segue os mesmos passos da via audição-
fala 
 
 
Capacidade que temos de adquirir, armazenar e 
posteriormente evocar uma informação. 
É uma função cognitiva. 
Pode ser dividida em relação ao tempo em: 
Memória de curto prazo: relacionada ao lobo 
frontal, duração de segundos a minutos, 
capacidade limitada, conseguimos armazenar 
+/- 7 pedaços de informação. 
Longo prazo: depende de outras estruturas 
além do lobo frontal; dividida em memória: 
• declarativa/explicita 
- o hipocampo é importante 
-subdividida em 
episódica/autobibliográfica e semântica 
- capacidade limitada 
• não declarativa/implícita 
-procedimentos 
- priming 
- aprendizado associativo 
(condicionamento clássico e 
condicionamento operante) 
- aprendizado não associativo 
(habituação e sensibilização) 
Habituação: é a capacidade de ignorar 
informações que não nos geram consequências. 
Esse processo ocorre pela inibição sináptica e é 
uma memória do tipo negativa. 
Sensibilização: capacidade de armazenar e 
“realçar” informações “mais importantes”. 
Resulta da facilitação sináptica e é uma 
memória positiva. 
Esses processos acontecem tanto nas memórias 
de curto quanto de longo prazo. 
 
Memória de... 
Curto prazo não é igual a recente 
Longo prazo não é igual a remota 
O neurônio sensorial estabelece um terminal 
sensorial no neurônio que deve ser estimulado e, 
na superfície desse terminal, existe ainda o 
terminal facilitador. 
Na habituação, o terminal sensorial é 
estimulado rapidamente várias vezes, gerando 
nas primeiras vezes uma grande resposta. Mas o 
terminal facilitador não é estimulado e isso faz 
com que a resposta ao estímulo diminua com a 
estimulação repetitiva. Desse jeito, o circuito 
neuronal uma hora para de responder a 
estímulos repetidos que são insignificantes → 
inibição. 
Já na sensibilização, ocorre o contrário. O 
terminal facilitador é estimulado ao mesmo 
tempo que o sensorial e isso faz com que, a cada 
novo estímulo, a resposta aumente → 
facilitação. 
 Toda a informação que chega no cérebro fica 
armazenada temporariamente na memória 
sensorial (é uma memória de curtíssimo prazo). 
Existe uma memória sensorial para cada uma 
das modalidades sensitivas. A mais importante é 
a relacionada a estímulos visuais (memória 
icônica) e a ecoica (sensações auditivas). 
Como não é possível armazenar tudo que chega, 
existe um filtro atencional, regulado pelo lobo 
frontal, que despreza informações irrelevantes. 
A informação relevante fica retida 
temporariamente na memória de curto prazo. 
Tem duração de mais ou menos 1 minuto. 
Relacionada as áreas sensoriais e ao lobo 
frontal. 
Memória de trabalho/operacional: é a 
capacidade de manipular a informação contida 
na memória temporária (tem fontes que usam 
como sinônimo da memória de curto prazo, não 
como um tipo). 
Modelo de Baddeley & Hitch: existe um 
componente executivo central que regula a alça 
fonológica (ex: decorar e depois dizer um 
número de telefone) e o esboço visuoespacial 
(ex: olhar uma imagem e depois desenhá-la). Se 
isso for utilizado de maneira constante, a 
informação é transferida da memória de 
trabalho (curto prazo) para a de longo prazo. 
Atenção: é a capacidade de manter o foco em 
uma atividade ou alternar para outra atividade. 
A motivação afeta positivamente a atenção e o 
cansaço,negativamente. 
Para a memória a longo prazo realmente se 
desenvolver, são necessárias mudanças 
estruturais na sinapse (aumento do número de 
vesículas com neurotransmissores, do número 
de terminais pré sinápticos etc.) 
Pode ser dividida em: explícita/declarativa ou 
implícita/não declarativa. 
1ª etapa: codificação, entrada da informação; 
transformamos a energia a que estamos sendo 
expostos em informações sensoriais. Levamos 
essas informações para o lobo frontal. 
2ª etapa: armazenamento temporário; é a 
transferência da memória de curto prazo para a 
de longo prazo. As estruturas envolvidas são as 
mediais do temporal, principalmente o 
hipocampo. 
3ª etapa: consolidação; ocorre nos córtices 
sensoriais, diversos aspectos dessa memória 
serão armazenados nessas regiões. O sono é 
importante para a consolidação efetiva das 
informações. 
4º etapa: evocação; processo em que recriamos 
os cenários que vivenciamos e levamos de volta 
a informação para o lobo frontal. 
Amnésia: pode ser causada por uma perda de 
informação da memória em si ou ser o resultado 
de uma interferência no mecanismo de acesso à 
informação. 
Pode ser dividida em episódica/autobiográfica e 
semântica. 
Episódica/autobiográfica: são as memórias 
dos fatos que ocorreram na vida (ex: saber o que 
comeu no café, o que fez no aniversário...) 
Semântica: é a memória do significado das 
coisas (ex: saber que o céu é azul, o que é um 
potencial de ação etc.) 
As estruturas mediais do temporal são as mais 
importantes, particularmente o hipocampo. 
Pode ser dividida em: 
Memória de procedimento: capacidade de 
aprender algo motor, como algum esporte. 
Envolve áreas motoras, núcleos da base etc. 
Priming: quando uma informação passa por 
você inconscientemente e você também a 
reproduz inconscientemente (ex: eu conto pra 
Gabi que vi Friends hoje. Se amanhã Ciça pedir 
uma indicação de série, ela pode indicar Friends 
– porque o subconsciente dela “lembrou”). 
Aprendizado associativo: 
• condicionamento clássico 
- ex de mari tourinho: toda vez que se dá 
comida ao cachorro, a sirene toca e ele 
saliva. Se você fizer isso repetidamente, 
vai chegar uma hora em que a sirene 
toca e ele saliva mesmo sem comida 
• condicionamento operante 
- é a associação de um comportamento a 
uma reação 
- ex de mari tourinho: um bebê chora 
porque sabe que quando faz isso, vai 
receber o que quer 
Aprendizado não associativo: acontecem os 
fenômenos de habituação e sensibilização (que 
você já viu ali em cima). 
Todos esses tipos de memória não dependem do 
hipocampo e das outras estruturas mediais do 
lobo parietal.

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