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ANO 24 • EDIÇÃO 280
SETEMBRO 2021
www.revistanursing.com.br
Mala Direta Básica
CNPJ 18.590.546/0001-05 
DR/SPM/SP 
Cliente 
MPM COMUNICAÇÃO LTDA
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
A importância das especializações para o 
aluno, para a pesquisa nacional e para a 
comunidade. Fot
o:
 Im
ag
em
 Il
us
tr
at
iv
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 C
an
St
oc
kP
ho
to
ARTIGOS
Fragilidades e vivências de 
enfermeiros na abordagem a família 
do doador de órgãos e tecidos
Relação entre pneumonia 
associada à ventilação mecânica 
e a permanência em unidade de 
terapia intensiva
O papel do enfermeiro gestor em 
pediatria: revisão integrativa da 
literatura 
Percepção de puérperas 
atendidas em um centro de parto 
normal público de Pernambuco
24214_007_ANUNCIO_REVISTA_NURSING_FERIDAS_JUNHO_S_ASS_202x266.pdf 1 14/05/21 18:03
6119Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6119-6120
expediente
Revista Científica de Enfermagem
EDITORA CIENTÍFICA
Profa. Dra. Claudia Jaqueline Martinez Munhoz
Graduação em Enfermagem Fundação Educacional de Fernandopolis – SP/ djunto da 
Universidade Federal do Mato Grosso/ Doutorado em Ciências da Saúde (Famerp) São 
José do Rio Preto – SP 
 http://lattes.cnpq.br/8132058586176170
ASSESSOR CIENTÍFICO
Prof. Me Jefferson Carlos de Oliveira
Centro Universitário Anhanguera de São Paulo- Vila Mariana, UNIAN.
São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/5219445594942021
EDITORA EXECUTIVA
Maria Aparecida dos Santos
REDAÇÃO
Alex Nicolau
jornalista1@mpmcomunicacao.com.br
DIAGRAMAÇÃO
Jeniffer Crispim
GERENTE DE MARKETING
Lucas Soares 
(lucas@mpmcomunicacao.com.br)
ASSINATURAS 
assinaturas@mpmcomunicacao.com.br 
PUBLICIDADE
maria.aparecida@mpmcomunicacao.com.br
ENVIO DE ARTIGOS 
artigo1@mpmcomunicacao.com.br ou 
www.revistas.mpmcomunicacao.com.br/ 
ATENDIMENTO AO CLIENTE
Karen Dias
artigo1@mpmcomunicacao.com.br
ENDEREÇO
Editora MPM Comunicação
Av. Dr. Yojiro Takaoka, 4384, Sala 705, Conjunto 5209 - Alphaville - 
Santana do Parnaiba - CEP: 06541-038
Periodicidade: mensal | Tiragem: 20 mil exemplares
Impresso no Brasil por: Artes Graficas Freire LTDA / Ano 22 / R$880,00 
O número no qual se inicia a assinatura corresponde ao mês seguinte ao do 
recebimento do pedido de assinatura em nossos escritórios.
www.facebook.com 
revistanursingbrasil
Propriedades e direitos
Direitos de autor: todos os artigos, desenhos e fotografias estão sob a proteção do Código de Direitos 
de Autor e não podem ser total ou parcialmente reproduzidos sem permissão prévia, por escrito, da 
empresa editora da revista. A Nursing envidará todos os esforços para que o material mantenha 
total fidelidade ao original, pelo que não pode ser responsabilizada por erros gráficos surgidos. As 
opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente à opinião dos editores. 
Todo o conteúdo desse periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma 
Licença Creative Commons
Acesse: www.revistanursing.com.br
www.instagram.com/
nursing.brasil
A edição brasileira da Revista Nursing, criada em julho de 1998 e atualmente 
publicada pela editora MPM Comunicação Ltda., é uma publicação mensal 
destinada à divulgação de conhecimento científico na área da Enfermagem. 
Tem como finalidade contribuir com a construção do saber dos profissionais 
deste campo por meio de divulgação de conteúdos científicos. 
www.revistanursing.com.br 
O conselho da revista Nursing é independente, não apresentando, desta forma, conflitos 
de interesse de nenhuma espécie com o conhecimento científico veiculado.
Os trabalhos deverão preservar a confidencialidade, respeitar os princípios éticos da 
Enfermagem e trazer a aceitação do Comitê de Ética em Pesquisa (Resolução CNS – 466/12).
INDEXAÇÃO: Banco de Dados de Enfermagem: Lilacs, Cuiden, Cabi e Global 
Health, CINAHL, CUIDEN, BDENF, LATINDEX, Google Acadêmico.
Conselho Científico da Edição Brasileira
Prof. Dr. Adilson Lopes Cardoso 
Enfermagem/FMB/UNESP
São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/5852234126107972
Prof.ª Dra. Agueda Mª Ruiz Zimmer Cavalcante
Universidade Federal de Goiás, UFG.
Goiânia, GO – Brasil | http://lattes.cnpq.br/2468197020621699
Prof.ª Dra. Ana Claudia Puggina
Faculdade de Medicina de Jundiaí, FMJ, Brasil.
Jundiaí, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/0770048879298045
Prof.ª Dra. Ana Claudia Torres de Medeiros
Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, Enfermagem
São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/9746118157794302
Prof.ª Dra. Ana Lúcia Queiroz Bezerra
Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Enfermagem e Nutrição.
Goiânia, GO – Brasil | http://lattes.cnpq.br/0088227879433410
Prof.ª Dra. Ana Paula Dias França Guareschi
Centro Universitário São Camilo. 
São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/4209449928426580
Prof. Dr. Bruno Bordin Pelazza 
Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, Docente 
Guarapuava,PR – Brasil | http://lattes.cnpq.br/3090765697805317
Prof.ª Dra. Camila Takáo Lopes
Universidade Federal de São Paulo, Departamento de Enfermagem. 
São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/4904538541897667
Prof. Dr. Carlos Leonardo Figueiredo Cunha
Universidade Federal do Pará (UFPA), Faculdade de Enfermagem.
Belém, PA- Brasi| http://lattes.cnpq.br/9603271880856443
Prof.ª Dra. Cassiane Dezoti da Fonseca
Universidade Federal de São Paulo, Departamento de Enfermagem. 
São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/0639643818813583
Prof.ª Dra. Célia Scapin Duarte
Universidade Federal de Pelotas, UFPEL.
Rio Grande do Sul, RS – Brasil | http://lattes.cnpq.br/8127543996029041
Prof.ª Dra. Claudia Jaqueline Martinez Munhoz
Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT. 
Campus Sinop, MT – Brasil | http://lattes.cnpq.br/8132058586176170
Prof. Dr. David Lopes Neto
Universidade Federal do Amazonas, Escola de Enfermagem de Manaus.
Manaus, AM – Brasil | http://lattes.cnpq.br/2310111492854434
Prof.ª Dra. Débora Cristina Modesto Barbosa
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – FMRP/USP, 
Doutora em Ciências
São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/5358434107422288
Prof.ª Dra. Dorisdaia Carvalho de Humerez
Conselho Federal de Enfermagem – COFEN.
Brasília, DF – Brasil | http://lattes.cnpq.br/0167547566933143
Prof ª. Dra. Eveline Menezes Caçote Barbosa
Universidade do Estado do Amazonas, Enfermagem
Manaus, AM – Brasil | http://lattes.cnpq.br/0856865344519028
Prof. Dr. Francisco Antonio da Cruz Mendonça
Enfermeiro da Maternidade Escola Assis Chateaubriand – UFC e Professor do Centro 
Universitário Estácio do Ceará
Fortaleza, CE – Brasil | http://lattes.cnpq.br/6880769206710181
Prof.ª Dra. Glilcianre Morceli
Universidade do Estado de Minas Gerais/UEMG/Unidade Passos
Belo Horizonte, MG – Brasil | http://lattes.cnpq.br/9829229885197371
Prof.ª Dra. Isabel Cristina Kowal Olm Cunha
Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Enfermagem.
São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/8695765272291430 
Prof.ª Dra. Jeane Cristina Anschau Xavier de Oliveira 
Instituto de Ciências da Saúde da UFMT- ICS-CUS, Campus de Sinop-MT. 
http://lattes.cnpq.br/7399161976551375
Prof.ª Dra. Letícia França Fiuza Bacelar
Universidade Federal de Minas Gerais
Belo Horizonte, MG – Brasil | http://lattes.cnpq.br/5486591260239848
Prof. Dra. Leise Rodrigues Carrijo Machado
Centro Universitário de Votuporanga, Curso de Enfermagem. 
Votuporanga, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/7048406445105932
Prof ª. Dra. Luciana Mara Monti Fonseca
Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública da Escola de 
Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo São Paulo, SP – Brasil | 
http://lattes.cnpq.br/2405356819478086
expediente
6120 Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6119-6120
Prof.ª Dra. Luiza Watanabe Dal bem 
APRIRE Crescimento Profissional e Bem-Estar. 
São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/7584771338101641
Prof. Dr. Luiz Miguel Picelli Sanches
Universidade Federal de Pernambuco, Núcleo de Enfermagem
Recife, PE – Brasil | http://lattes.cnpq.br/5335858117403492Prof.ª Dra. Margarida Maria da Silva Vieira
Universidade Católica Portuguesa.
Porto – Portugal | http://lattes.cnpq.br/0029658554723903 
Prof.ª Dra. Maria Aparecida Munhoz Gaiva
Universidade Federal de Mato Grosso, Pró-Reitoria de Ensino e Graduação, 
Faculdade de Enfermagem. 
Cuiabá, MT – Brasil | http://lattes.cnpq.br/4660957137805739
Prof.ª Dra. Maria João Baptista dos Santos de Freitas
Universidade Católica Portuguesa
Lisboa – Portugal | http://lattes.cnpq.br/0626148761000951
Prof.ª Dra. Marluce Maria Araújo Assis
Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de Saúde, Saúde. 
Feira de Santana, BA – Brasil | http://lattes.cnpq.br/2575132348486048
Prof.ª Dra. Mirna Albuquerque Frota
Universidade de Fortaleza, Diretoria do Centro de Ciências da Saúde.
Fortaleza, CE – Brasil | http://lattes.cnpq.br/7250891036415096
Prof. Dr. Neudson Johnson Martinho 
Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, Doutorado em Educação
Cuiabá, MT– Brasil | http://lattes.cnpq.br/4035705050238581
Prof ª. Dra. Orquídea da Silva Fernandes
Faculdade de Imperatriz
Imperatriz, MA – Brasil | http://lattes.cnpq.br/3548880360479496
Prof.ª Dra. Sandra Lúcia Arantes
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde.
Natal, RN – Brasil | http://lattes.cnpq.br/1165754115171652
Prof.ª Dra. Sandra Maria de Oliveira Marques Gonçalves Queiroz
Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias - Grupo CEU - 
Cooperativa de Ensino Universitário. Lisboa – Portugal |
Prof. Dr. Sérgio Luís Alves de Morais Júnior
Universidade Nove de Julho, Departamento de Saúde III. 
São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/3015509051693108
Prof. Dr. Sérgio Henrique Simonetti
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, Assessoria de Pesquisa em Enfermagem.
São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/4306791867788079
Prof. Dr. Renato Batista Paceli
Instituto do Coração - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/3306254157079590
Prof.ª Dra. Soraia Silva de Souza
Centro Universitário do Triângulo (UNITRI), Enfermagem
Uberlândia, MG – Brasil | http://lattes.cnpq.br/4237920096808215
Prof.ª Dra. Tânia Ramos Silva
Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí - FAFIPA, Enfermagem
Paranavaí, PR – Brasil | http://lattes.cnpq.br/8026546935038700
Prof.ª Dra. Valdete Marques Arnaut
Universidade Federal do Paraná, Enfermagem e Obstetrícia
Curitiba, PR – Brasil | http://lattes.cnpq.br/2439435482639516
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO
A Revista Nursing, edição brasileira, tem por objetivo a divulgação de assuntos de Enfermagem, colaborando, assim, com o desenvolvi-
mento técnico-científico dos profissionais. Para a publicação na Nursing, o trabalho deverá atender às seguintes normas:
01 Devem ser feitas as submissões via site e/ou e-mail: www.revistasaudecoletiva.com.br/submissão, artigo1@mpmcomunicacao.com.br acompanhados 
de solicitação para publicação e de termo de acessão de direitos autorais assinados pelos autores.
02 Será cobrado após aprovação do estudo um valor de R$800,00 por artigo publicado.
03 Os autores devem checar se descritores utilizados no artigo constam no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde).
04 Não ter sido publicado em nenhuma outra publicação nacional.
05 Ter, no máximo, 10 páginas de texto, incluindo resumo (português, inglês e espanhol – inclusive título do artigo) com até 19 mil caracteres com espaço, 
ilustrações, diagramas, gráficos, esquemas, referências bibliográficas e anexos, com espaço entrelinhas de 1,5, margem superior de 3 cm, margem inferior de 2 
cm, margens laterais de 2 cm e letra arial tamanho 12. Os originais deverão ser encaminhados em formato Word.
06 Será cobrado após aprovação do estudo uma taxa de Revisão e Tradução. (Apenas para Assinantes)
07 Caberá à redação julgar o excesso de ilustrações, suprimindo as redundantes. A ela caberá também a adaptação dos títulos e subtítulos dos trabalhos, bem como 
o copidesque do texto, com a finalidade de uniformizar a produção editorial.
08 As referências bibliográficas deverão estar de acordo com os requisitos uniformes para manuscritos apresentados a revistas médicas elaborado pelo Comitê 
Internacional de Editores de Revistas Médicas (Estilo Vancouver).
09 Evitar siglas e abreviaturas. Caso necessário, deverão ser precedidas, na primeira vez, do nome por extenso. Solicitamos destacar frases ou pontos-chave. 
Explicitar os unitermos.
10 É OBRIGATORIO conter, no final do Documento Word, o endereço completo do(s) autor(es), e-mail e telefone(s) e, no rodapé, a função que exerce(m), a insti-
tuição a que pertence(m), o ORCID, títulos e formação profissional. Pode conter para cada estudo até 06 (seis) autores.
11 É OBRIGATORIO conter, resumos nos idiomas português, inglês e espanhol
12 Não será permitida a inclusão no texto de nomes comerciais de quaisquer produtos. Quando necessário, citar apenas a denominação química ou a designação científica.
13 O Conselho Científico pode efetuar eventuais correções que julgar necessárias, sem, no entanto, alterar o conteúdo do artigo.
14 O original do artigo não aceito para publicação será devolvido ao autor indicado, acompanhado de justificativa do Conselho Científico.
15 O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Os trabalhos publicados terão seus direitos autorais resguardados pela Editora 
MPM Comunicação LTDA. e só poderão ser reproduzidos com autorização desta.
16 Os trabalhos deverão preservar a confidencialidade, respeitar os princípios éticos da Enfermagem e trazer a aceitação do Comitê de Ética em Pesquisa 
(Resolução CNS – 466/12).
17 Ao primeiro autor do artigo será enviado o PDF da revista.
18 Caso os autores possuam fotos que possam ilustrar o artigo, a Nursing agradece a colaboração, esclarecendo que as mesmas serão devolvidas após a publicação.
19 Os trabalhos, bem como qualquer correspondência, deverão ser enviados para: NURSING – A/C DO CONSELHO CIENTÍFICO, Av. Dr. Yojiro Takaoka, 4384, Sala 
705, Conjunto 5209 - Alphaville - Santana do Parnaiba - CEP: 06541-038.
Errata
Ano 24 Edição 279 Agosto 2021
Artigo “Qualidade de vida relacionada ao ambiente ocupacional dos 
agentes penitenciários do estado do Maranhão” autores foi creditado 
como Raimundo Nonato Gomes Silva Gomes. Porém, o nome correto do 
autor é Raimundo Nonato Silva Gomes.
Correção realizada na plataforma: http://revistas.mpmcomunicacao.com.br
sumário/contents
6121Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6121-6122
Setembro de 2021 - ano 24 - Número 280
Editorial 6124
Matéria 6128
Notícia 6126
Agenda 6126
Artigos Científicos
O papel do enfermeiro gestor em pediatria: revisão integrativa da literatura 
The role of the manager nurses in pediatrics: integrative literature review
El papel de las enfermeras directivas en pediatría: revisión integradora de la literatura 
Maria Aurélia da Silveira Assoni, Aryadne O’neil de Oliveira Souza Lourenço, Edna Ramos da Silva, Iraides Andrade Maia 6135
Rastreamento de depressão em idosos residentes em instituições de longa permanência
Tracking depression in institutionalized older adults
Detección de depresión en ancianos institucionalizados
Clarice de Andrade, Eliane Ribeiro dos Santos, Hercules de Oliveira Carmo, Silvia Maria de Carvalho Farias 6179
Denúncias da enfermagem brasileira sobre a exposição a riscos laborais durante a pandemia de COVID-19 
Complaints of Brazilian Nursing about exposure to occupational risks during the COVID-19 pandemic
Denuncias de la Enfermería Brasileña sobre la exposición a riesgos laborales durante la pandemia de COVID-19 
Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto, Maria Helena Machado, Neyson Pinheiro Freire, Manoel Carlos Neri da Silva, 
Betânia Maria Pereira dos Santos, Mônica Carvalho de Mesquita Werner Wermelinger 6191
Percepção de puérperas atendidas em um centro de parto normal público de Pernambuco
Perception of pregnancy care at a public normal childhood center in Pernambuco
Percepción de la atencióndel embarazo en un centro público de infancia normal de Pernambuco
Renali Silva dos Santos, Thamires Mirelly Ramos dos Santos, José William Araújo do Nascimento, Maria Eduarda da Silva Lira, 
Josian Silva de Medeiros, Suzane Brust de Jesus 6169
Fragilidades e vivências de enfermeiros na abordagem a família do doador de órgãos e tecidos
Fragilities and experiences of nurses in the approach to the family of the organ and tissue donor
Fragilidades y experiencias de enfermeras en el acercamiento a la familia del donante de órganos y tejidos
Fabiano Fernandes de Oliveira, Adaíza Kelly Honorato, Leticia dos Santos Goulart Oliveira 6157
O olhar de enfermeiros assistenciais frente a implantação do programa Lean nas emergências hospitalares
The assistant nurses' perspective facing the implementation of the Lean program in hospital emergencies
Perspectiva de enfermeros clínicos ante la implementación del programa Lean en emergencias hospitalarias
Pamela Regina dos Santos, Nelsi Salete Tonini, Maristela Salete Maraschin, Fabieli Borges, Daniele Lopes 6147
Destaque 6134
sumário/contents
6122 Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6121-6122
Revista Nursing - Edição Brasileira - vol.24, n.280 (2021) - 26,6cm - Mensal - ISSN 1415-8264
Publicada por Editora MPM Comunicação
1. Enfermagem – Brasil – Periódico. 
Condutas do enfermeiro em cuidados paliativos: uma revisão integrativa
Nurses conduct in palliative care: an integrative review
Conducta de las enfermeras en cuidados paliativos: una revisión integrativa
Tony José de Souza, Amanda Gabrielly Machao dos Santos Coelho, Laiane Luzia Correia de Lima, Julia Maria Vicente de Assis, 
Jussara Conceição Santos Pires, Solange da Silva Lima 6211
Fatores de risco cardiovascular em estudantes de enfermagem de uma universidade do interior do Amazonas
Cardiovascular risk factors in nursing students at a university in the interior of Amazonas
Factores de riesgo cardiovascular en estudiantes de enfermería de una universidad del interior de Amazonas
Esmael Marinho da Silva, Deyvylan Araujo Reis 6221
Síndrome da rubéola congênita: análise dos casos notificados no Brasil entre 1990 a 2016
Congenital rubella syndrome: analysis of cases notified in Brazil from 1990 to 2016
Síndrome de rubéola congénita: análisis de los casos notificados en Brasil entre 1990 y 2016
Nathália Nepomuceno da Silva, Tiago Gusmão Freitas, Patrick Leonardo Nogueira da Silva, Ana Patrícia Fonseca Coelho Galvão, 
Simone Guimarães Teixeira Souto, Edna de Freitas Gomes Ruas 6235
Cuidado multiprofissional em saúde de crianças e adolescentes com diabetes: estudo da literatura
Multiprofessional caution in health of children andteenagers with diabetes: literature study
Precaución multiprofesional en salud de niños y adolescentes con diabetes: estudio de literatura
Kátia Cristina Barbosa Ferreira, Maria Clara Ribeiro Costa, Luana Gomes Leitão Rodrigues, Lúcia Gomes de Souza Silva, 
Luciene de Souza Santos Albuquerque, Raeuna Gabrielly Barros da Costa 6247
Efetiva reparação tecidual 1,2,5
Reduz signi�cativamente o tempo de cicatrização 3-5
Previne a formação de queloides e tecido �broso retrátil 2-4
Fácil manipulação e remoção 1,4,5
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SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
Referências: 1. Voinchet et al.Efficacy and safety of hyaluronic acid in the management of acute wounds. Am J Clin 
Dermatol. 2006; 7(6):353-7. 2. Frenkel JS. The role of hyaluronan in wound healing. Int Wound J.2014; 11(2): 159-63. 
3. Burd, A. Hyaluronan and Scarring. Chemistry and Biology of Hyaluronan. H.G. Garg and C.A. Hales. Kindingliton, 
Elsevier: 367-394, 2004. 4. Da Silva MN et al. Efeitos do tratamento tópico com ácido hialurônico 0,2% em queimadu-
ra de segundo grau: um relato de experiência. Rev Bras Queimaduras. 2017; 16(1):49-52. 5. Gonçalves, N., et al. 
Comparação dos efeitos do ácido hialurônico 0,2% e ácidos graxos essenciais em paciente com queimadura por 
fertilizante: relato de um caso. Rev Bras Queimaduras. 2016, 15(3):175-178. 
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■ INDICAÇÕES: Hyaludermin® é um creme cicatrizante. É indicado para situações em que é necessário acelerar o processo de recuperação da pele, como 
acontece em casos de feridas de várias causas, como cortes, arranhões, queimaduras, esfolamentos e outros tipos de ferimentos. Nesse caso, também é útil 
no tratamento de feridas de solução mais complexa, tais como: lesões por pressão, úlceras de origem vascular (associadas a varizes ou insufi ciência arterial) 
e úlceras crônicas em pacientes diabéticos. ■ CONTRAINDICAÇÕES: pacientes com história de hipersensibilidade a qualquer um dos seus componentes. 
■ POSOLOGIA: realizar 1 a 3 aplicações tópicas ao dia, até que se obtenha a resolução total da lesão. ■ REAÇÕES ADVERSAS: é possível a ocorrência de 
fenômenos de sensibilização. Todavia sua frequência ainda não está bem estabelecida. ■ ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: aconselha-se assepsia 
rigorosa antes de cada aplicação tópica. O uso do produto, quando prolongado, pode dar origem a fenômenos de sensibilização. Na ocorrência de qualquer 
reação desagradável, é necessário interromper o tratamento e procurar orientação médica. Categoria de risco “B” na gravidez; ou seja, os estudos em animais não 
demonstraram risco fetal, mas não há estudos controlados em mulheres grávidas. ■ APRESENTAÇÕES: creme contendo 2 mg de ácido hialurônico (sal sódico) 
por grama. Embalagens contendo: bisnaga com 10 g ou bisnaga com 30 g. Reg. MS - 1.0341.0053 - VENDA SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA
Acelerando a cicatrização
ESSE ÁCIDO HIALURÔNICO TEM HISTÓRIA
Religiosidade: estratégias de enfrentamento da síndrome de burnout em profissionais da enfermagem
Religiosity: strategies to confront burnout syndrome in nursing professionals
Religiosidad: estrategias para enfrentar el síndrome de burnout en profesionales de enfermería
Rafael Ferreira Pureza de Oliveira, Michele de Oliveira Pereira, Patrícia de Fátima Alves Dias, Ronaldo Cardoso de Oliveira, 
Kelly Ramos do Rosário, Renata Kabyelle da Silva Correia Oliveira 6199
Efetiva reparação tecidual 1,2,5
Reduz signi�cativamente o tempo de cicatrização 3-5
Previne a formação de queloides e tecido �broso retrátil 2-4
Fácil manipulação e remoção 1,4,5
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Referências: 1. Voinchet et al.Efficacy and safety of hyaluronic acid in the management of acute wounds. Am J Clin 
Dermatol. 2006; 7(6):353-7. 2. Frenkel JS. The role of hyaluronan in wound healing. Int Wound J.2014; 11(2): 159-63. 
3. Burd, A. Hyaluronan and Scarring. Chemistry and Biology of Hyaluronan. H.G. Garg and C.A. Hales. Kindingliton, 
Elsevier: 367-394, 2004. 4. Da Silva MN et al. Efeitos do tratamento tópico com ácido hialurônico 0,2% em queimadu-
ra de segundo grau: um relato de experiência. Rev Bras Queimaduras. 2017; 16(1):49-52. 5. Gonçalves, N., et al. 
Comparação dos efeitos do ácido hialurônico 0,2% e ácidos graxos essenciais em paciente com queimadura por 
fertilizante: relato de um caso. Rev Bras Queimaduras. 2016, 15(3):175-178. 
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e úlceras crônicas em pacientes diabéticos. ■ CONTRAINDICAÇÕES: pacientes com história de hipersensibilidade a qualquer um dos seus componentes. 
■ POSOLOGIA: realizar 1 a 3 aplicações tópicas ao dia, até que se obtenha a resolução total da lesão. ■ REAÇÕES ADVERSAS: é possível a ocorrência de 
fenômenos de sensibilização. Todavia sua frequência ainda não está bem estabelecida. ■ ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: aconselha-se assepsia 
rigorosa antes de cada aplicação tópica. O uso do produto, quando prolongado, pode dar origem a fenômenos de sensibilização. Na ocorrência de qualquer 
reação desagradável, é necessário interromper o tratamento e procurar orientação médica. Categoria de risco “B” na gravidez; ou seja, os estudos em animais não 
demonstraram risco fetal, mas não há estudos controlados em mulheres grávidas. ■ APRESENTAÇÕES: creme contendo 2 mg de ácido hialurônico (sal sódico) 
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6124 Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6124
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A Pós-Graduação de Enferma-gem Brasileira passa por pro-fundas e significativas trasn-
formações no atual momento, cabendo 
aos pós-graduandos e pesquisadores a 
sua parcela de contribuição para consoli-
dação da Enfermagem como ciência e do 
cuidado de Enfermagem como excelên-
cia a serviço da comunidade. 
Desde seu surgimento, a pós-gradu-
ação em Enfermagem acompanhou e 
buscou contemplar as necessidades da 
profissão em nosso país. Suas origens 
remotas tratam do surgimento de cursos 
de especialização, quando na década de 
1940, ainda com um número reduzido 
de enfermeiros diplomados no Brasil, as 
especializações eram o primeiro e único 
caminho após a obtenção do diploma de 
graduação, podendo ser encontradas úni-
ca e exclusivamente em grandes centros. 
A formação de enfermeiros espe-
cialistas possibilitou ampliar o número 
de cursos de graduação em enfermgem, 
cada vez mais qualificados, dentro das 
possibilidades existentes naquele con-
texto. Imediatamente após esse período, 
reconhecendo-se a necessidade de forta-
lecer ainda mais a Enfermagem nacional, 
o caminho para a realização de cursos de 
mestrado e doutorado no exterior foi per-
corrido por diferentes enfermeiros vincu-
lados aos cursos de graduação existentes 
— fato que se extendeu até a década de 
1970, quando passam a surgir as primei-
ras pós-graduações em nível de mestrado 
em território brasileiro. 
Passados aproximadamente 50 anos, 
mesmo reconhecendo os grandes avan-
ços e conquistas da pós-graduação em 
Enfermagem no Brasil — já com um sig-
nificativo número de cursos de mestrado 
e doutorado acadêmicos ou mestrados 
profissionais muitas assimetrias ainda 
são percebidadas, tais como a diferente 
distribuição de cursos e programas nas 
diferentes regiões do Brasil, assim como 
na quantidade de mestres e doutores. No 
entanto, para além dessas assimetrias, em 
vias de acompanhar as transformações 
nos formatos de avaliação do sistema 
de pós-graduação brasileiro, nos encon-
tramos no período mais importante des-
de o surgimento dos primeiros cursos: é 
chegada a hora de avaliar o impacto dos 
nossos cursos, egressos e produtos, assim 
como das nossas atuações como pós-gra-
duandos e pesquisadores. 
O atual momento vivenciado pela 
Pós-Graduação de Enfermagem Brasileira 
reconhece que não basta apenas atingir 
a publicação de exclência em periódicos 
nacionais e internacionais, tanto em ter-
mos de quantidade como de qualidade, 
mas vai além: chegou o momento em 
que somos desafiados a ampliar cada 
vez mais o impacto e abrangência dos 
resultados das nossas pesquisas, que de-
vem em primeiro lugar proporcionar as 
soluções e transformações necessárias à 
nossa sociedade. 
De posse dessa nova realidade apre-
sentada pela Coordenação de Aperfei-
çoamento de Pessoal de Nível Superior 
(CAPES), cumpre-nos olhar para nossas 
carreiras de pesquisadores, para nossas 
pesquisas, publicações, grupos de pes-
quisa e orientandos, refletindo: qual o 
impacto social dos produtos das nossas 
pesquisas? Qual perfil de mestres e dou-
tores temos contribuído para formar? O 
quanto temos contribuído em termos de 
efetivação e consolidação das políticas 
de saúde do Sistema Único de Saúde 
brasileiro? Temos colaborado para a pro-
moção da saúde em nossos microespa-
ços de atuação? Estamos suficientemente 
engajados e atuantes em nossos grupos e 
comunidades? Estamos produzindo no-
vas ideias, rompendo paradigmas e efeti-
vando novas formas de implementar com 
qualidade o cuidado de Enfermagem? 
Essas são apenas as primeiras questões 
que surgem para nortear nossas ações, no 
que diz respeito à pesquisa e pós-gradua-
ção no período atual, cabendo a todos nós 
a efetivação deste novo modelo de cres-
cimento qualitativo e o real engajamento 
com as necessidades sociais. 
Pesquisa e Pós-Graduação na Enfermagem 
brasileira
Prof. Dr. Edison Luiz Devos Barlem
Enfermeiro, Doutor em Enfermagem. Diretor 
da Escola de Enfermagem da FURG. Tem 
experiência na área de Enfermagem, com 
ênfase em Ética e Bioética. Bolsista de Pro-
dutividade 1D do CNPq.
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6126 Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6126
agenda
EVENTO DATA LOCAL INFORMAÇÕES
Congresso Acadêmico da 
Faculdade de Enfermagem da 
Unicamp (CAFEU)
06 a 07/11/2021 Campinas/SP
https://doity.com.br/congresso-academico-da-fenf-u-
nicamp
12º Congresso Brasileiro Nursing 25 e 26/11/2021 São Paulo/SP (em breve): http://congressonursing.com.br/congresso
Congresso Brasileiro de Preven-
ção e Tratamento de Feridas
30/11 a 3/12/2021 São Paulo/SP www.copastur.com.br
COFEN normatiza atuação do enfermeiro em Pilates
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) aprovou, 
durante a 531º Reunião Ordinária de Plenário (ROP), a 
Resolução Cofen 675/2021 que normatiza a atuação do 
enfermeiro na área de Pilates. Para atuar na reabilitação de 
pacientes ou como instrutor utilizando o método, o profis-
sional graduado deverá comprovar especialização.
A conselheira relatora, Tatiana Melo, ressaltou a impor-
tância da ampliação do escopo da atuação da Enfermagem. 
“Essa aprovação é de grande avanço para a Enfermagem, 
visto que os profissionais que já são capacitados na área e 
os que ainda estão se especializando, agora terão respaldo 
legal para atuar com Pilates”, destacou.
A normatização teve início após consulta apresentada 
pelo enfermeiro Pedro Ferreira de Sousa Filho, do Coren-
-TO. Em resposta, parecer técnico ressaltou a legalidade da 
atuação dos enfermeiros em Pilates. A resolução foi elabo-
rada com ampla participação popular, incluindoa realiza-
ção de consulta pública. As contribuições foram consolida-
das pela Câmara Técnica de Legislação e Normas (CTLN).
O método de condicionamento físico foi desenvolvido 
por Joseph Pilates, que atuou como enfermeiro na primeira 
guerra mundial. O treino possui foco na reabilitação física 
de pacientes e mistura força e flexibilidade. Grande parte 
dos exercícios são executados com a pessoa deitada.
A Resolução foi publicada no Diário Oficial da União 
em 9 de agosto e entrou em vigor a partir da sua publicação.
Fonte: Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)
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6128 Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6128-6133
matéria
Cursos de pós-graduação em Enfermagem colaboram na missão de estimular a pesquisa científica 
nacional, formar gerações de novos especialistas e atender a demanda de assistência em regiões 
carentes do País.
Com o passar do tempo, o papel da Enfermagem na sociedade se mostra cada vez mais reno-
vado, necessitando a ela novas diretrizes 
que acompanham as constantes mudanças 
políticas e sociais. O avanço da educação 
é um fator imprescindível nessa missão, 
resultando em diversos benefícios que vão 
desde a geração de novos empregos no 
setor de saúde até a maior eficiência no 
cuidado e atendimento à comunidade. 
Diante desse contexto, a pós-gradua-
ção se apresenta com a missão de estimu-
lar a produção na ciência, formar novos 
especialistas nas mais diversas áreas rela-
cionadas à Enfermagem (incluindo novas 
áreas de atuação) e, principalmente, aten-
der à população em sua totalidade.
No Brasil, instituições e universidades 
avaliam que a pós-graduação em Enfer-
magem registra avanços significativos. De 
acordo com prof. Larissa Chaves Pedreira, 
coordenadora do Programa de Pós-Gra-
duação em Enfermagem e Saúde da Uni-
versidade Federal da Bahia (UFBA), há um 
crescimento tanto no modelo profissional 
como no acadêmico. “Considero que es-
tamos avançando, e precisamos avançar 
mais especialmente com a oferta de mo-
delos profissionais, que ainda é escassa 
em muitas regiões”, afirma. 
Apesar da existência de programas nes-
sa modalidade de formação no Brasil, prof. 
Mirna Frota, coordenadora do Programa de 
Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Uni-
versidade de Fortaleza (UNIFOR) e Membro 
da Comissão de Programas de Pós Gradu-
ação Stricto Sensu do Conselho Federal de 
Enfermagem - Cofen, acredita que a adesão 
ainda está aquém do ideal. “Ainda são pou-
cos os profissionais que têm acesso, seja 
pelo número reduzido de programas ou por 
tratar-se de uma modalidade autofinancia-
da. Além disso, normalmente os enfermeiros 
mestrandos não obtêm a liberação das insti-
tuições de saúde para frequentar os cursos 
de pós-graduação”, afirma. 
Com o objetivo de fomentar a pós-
-graduação em Enfermagem no país, uma 
das ações mais notáveis nos últimos anos 
foi o surgimento do Mestrado Profissional 
Cofen-CAPES. A iniciativa surgiu em 2014 
em função da criação de um grupo de 
trabalho pelo Cofen (Conselho Federal de 
Enfermagem), que tinha como finalidade 
a elaboração de um projeto para custear 
a formação de enfermeiros na modalidade 
de pós-graduação stricto sensu. 
De acordo com Cláudia Queda de Tole-
do, presidente da CAPES (Coordenação de 
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe-
rior), o projeto espera a longo prazo formar 
um número cada vez maior de enfermeiros 
capacitados, visando a melhoria dos proces-
sos de trabalho e promovendo a formação 
de profissionais em regiões desprovidas de 
programas de pós-graduação stricto sensu. 
“O Acordo de Cooperação celebrado entre 
CAPES e Cofen tem por finalidade a coope-
ração técnico-científica entre as partes, com 
o objetivo de formar recursos humanos em 
Enfermagem e no desenvolvimento de pes-
quisa científica e tecnológica, com foco na 
Sistematização da Assistência e implemen-
tação do Processo de Enfermagem”, afirma. 
Para o ano de 2022, o Cofen e a CAPES arti-
culam um novo programa de mestrado pro-
fissional em Enfermagem, 100% financiado 
pelo Cofen. A parceria pretende ofertar 500 
novas vagas de mestrado em três editais.
Para adentrar ao tema da pós-graduação 
em Enfermagem e áreas correlacionadas, 
sua importância e sua atual conjuntura no 
Brasil, reunimos alguns depoimentos de 
coordenadores de universidades federais e 
instituições privadas do País. Leia a seguir: 
Diretrizes da pós-graduação em enfer-
magem no Brasil
Com a aprovação dos cursos de 
mestrado e doutorado profissionais pela 
portaria normativa nº 17 — que dispõe 
sobre o mestrado profissional no âmbito 
da Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Nível Superior (Capes) —, no-
tamos um avanço que nos possibilita uma 
realidade na assistência, levando-nos a 
acreditar em um nível de excelência. 
Porém, apesar dos avanços da pós-
-graduação no Brasil, ainda são poucos 
os profissionais que têm acesso aos pro-
gramas nessa modalidade de formação, 
seja pelo número reduzido de programas 
ou por tratar-se de uma modalidade au-
tofinanciada. Além disso, normalmente 
os enfermeiros mestrandos não obtêm a 
liberação das instituições de saúde para 
frequentar os cursos de pós-graduação. 
Por Alex Nicolau
Um passo à frente
Prof. Mirna Albuquerque Frota
Coordenadora do Programa de Pós Gradu-
ação em Saúde Coletiva - PPGSC/UNIFOR 
Profa. Titular do Mestrado Profissional em 
Tecnologia e Inovação em Enfermagem - 
MPTIE/UNIFOR Membro da Comissão de 
Relações Internacionais do Conselho Federal 
de Enfermagem - Cofen
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Há, portanto, uma demanda reprimi-
da de enfermeiros assistenciais, sobretu-
do nas regiões desprovidas de programas 
de pós-graduação dessa natureza, como 
é o caso do Norte e do Centro-Oeste, por 
exemplo. Isso justifica a criação do Pro-
grama de Mestrado Profissional do Cofen. 
A iniciativa corrobora com um dos 
objetivos do mestrado e doutorado pro-
fissionais descrito na Portaria no. 389 de 
2017 do Ministério da Educação: “ca-
pacitar profissionais qualificados para o 
exercício da prática profissional avan-
çada e transformadora de procedimen-
tos, visando atender demandas sociais, 
organizacionais ou profissionais e do 
mercado de trabalho” e “transferir co-
nhecimento para a sociedade, atendendo 
demandas específicas e de arranjos pro-
dutivos com vistas ao desenvolvimento 
nacional, regional ou local”.
Transformações referentes à educação e 
novas especializações na Enfermagem
É possível identificar mudanças signifi-
cativas no cenário da saúde, relacionadas 
à complexidade de assistência especiali-
zada, qualificação para assunção de car-
gos e expansão do mercado de trabalho 
em áreas específicas, com tecnologias ino-
vadoras. À exemplo disso, destacamos as 
tecnologias e inovações do cuidado de En-
fermagem; observatórios científicos e tec-
nológicos; grupos e projetos de pesquisas 
interinstitucionais e multicêntricos; ofertas 
de cursos fora de sede; gerenciamento de 
risco; áreas de conhecimento e atuação 
(Enfermagem forense, pilates, Enfermagem 
estética e empreendedorismo).
O surgimento e os objetivos do programa 
de Mestrado Profissional Cofen-CAPES
O Conselho Federal de Enfermagem 
(Cofen) inseriu em seu plano de ação a 
proposta de financiamento de um Pro-
jeto de Mestrado Profissional (MP) para 
atender uma demanda reprimida de pro-
fissionais de Enfermagem vinculados ao 
Sistema Único de Saúde (SUS) e, por con-
seguinte, contribuir para a melhoria da 
qualidade da Assistência de Enfermagem 
Sistematizada. Assim foram lançados edi-
tais nas áreas de Sistematização da Assis-
tência de Enfermagem (SAE); o segundofoi acrescentado Gestão em Enfermagem; 
e, no último edital, o tema Tecnologia e 
Inovação em Enfermagem. 
Em 2017, o Cofen realizou um contra-
to com a Universidade de Brasília (UNB), 
para a oferta de 100 vagas de Mestrado 
Profissional em Gestão Econômica de 
Finanças Públicas, para os empregados 
públicos, que atuavam no Sistema Cofen/
Conselhos Regionais de Enfermagem. 
O propósito desse contrato foi o desen-
volvimento das ações administrativas 
com qualidade, desde o planejamento 
estratégico, controle e monitoramento, 
supervisão, auditoria interna, ouvidoria, 
gestão financeira, contábil e orçamen-
tária de autarquia pública federal. Para 
2022, como projeto futuro, está prevista 
uma capacitação profissional (Mestrado 
Profissional em Gestão do Trabalho e da 
Educação na Saúde) para o Sistema Co-
fen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
Avanços e obstáculos da pós-graduação 
em Enfermagem
No Brasil, a pós-graduação em Enfer-
magem vem crescendo, tanto no modelo 
profissional como no acadêmico. O mo-
delo de mestrado e doutorado profissio-
nal tem uma proposta mais ligada à práti-
ca, com a pesquisa relacionada a resolver 
problemas desta prática. O mestrado e 
doutorado acadêmico tem um perfil mais 
ligado à docência. Nesse sentido, consi-
dero que estamos avançando, e precisa-
mos avançar mais especialmente com a 
oferta de modelos profissionais, que ain-
da é escassa em muitas regiões. 
Apesar do avanço, a pós-graduação 
enfrenta problemas e, entre estes, con-
sidero crucial o financiamento de bolsas 
de pesquisa e recursos para mobilida-
de acadêmica de docentes e discentes 
— principalmente doutorandos — para 
grandes centros de pesquisa. Estes recur-
sos têm sido reduzidos ao longo dos anos 
pelas agências de fomento, provocando 
dificuldades aos discentes em relação à 
experiência e troca de saberes, à articula-
ção com outros programas e à dedicação 
exclusiva para suas pesquisas.
A falta de dedicação exclusiva, por 
exemplo, pode levar a atrasos na realiza-
ção da pesquisa, ao não aprofundamento 
desta e, consequentemente, à redução da 
produção discente. A falta de mobilidade 
reduz as possibilidades para o programa e 
para a pesquisa, e afeta o conhecimento e 
o intercâmbio de experiências. Por outro 
lado, a dificuldade da produção discente, 
sua redução e os atrasos na finalização da 
dissertação ou tese, assim como a falta de 
uma boa articulação com outros centros de 
pesquisa, interferem na avaliação dos pro-
gramas pela CAPES (Coordenação de Aper-
feiçoamento de Pessoal de Nível Superior). 
A boa avaliação dos programas é um 
dos fatores que interfere no recebimento 
de recursos para o seu andamento. É im-
portante que o discente participe da pós-
-graduação desde a sua graduação, quando 
um perfil investigativo pode ser estimulado 
através de oferta de bolsa de iniciação cien-
tífica, em parcerias com pós-graduandos, e 
oferta de disciplinas com vagas para a gra-
duação. São experiências que tenho e que 
considero importantes, inclusive para me-
lhor entrada ao campo de trabalho. 
Sobre a avaliação da pós-graduação 
no Brasil, acredito que o maior problema 
Prof. Larissa Pedreira Chaves
Coordenadora do Programa de Pós-Gradua-
ção em Enfermagem e Saúde da Universida-
de Federal da Bahiade Enfermagem - Cofen
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6130 Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6128-6133
matéria
é a falta de investimento e incentivos atra-
vés de bolsas de estudo. Considero que 
a nossa pós-graduação tem uma rigoro-
sa avaliação pela CAPES, que, visando o 
impacto dos programas, tem dedicado di-
versos itens para a avaliação do egresso. 
Aspectos positivos e negativos do Ensino 
à Distância (EAD)
Não me considero adepta de cursos 
à distância, principalmente em uma pro-
fissão na qual o contato é tão importan-
te. Além disso, tenho pouca experiência 
nessa modalidade. Entretanto, na pós-
-graduação stricto sensu, com a pande-
mia, percebi aspectos positivos com a 
oferta de disciplinas à distância, como a 
possibilidade da participação de pessoas 
de todo o país — e até do exterior — em 
disciplinas e eventos oferecidos pela pós-
-graduação. Também houve a possibilida-
de de maior participação de professores 
do exterior em bancas, dando grande vi-
sibilidade ao programa, e possibilitando a 
troca de experiência e articulações.
A pós-graduação em Enfermagem no 
Brasil no contexto atual
De forma geral, a pós-graduação no 
Brasil pode ser dividida nas categorias 
stricto sensu e lato sensu. As pós-gra-
duações stricto sensu são aquelas que 
compreendem os cursos de mestrado e 
doutorado, primando pela formação de 
recursos humanos qualificados e pela 
produção de conhecimento científico 
que promova o avanço e o fortalecimen-
to da profissão. Já as pós-graduações lato 
sensu preparam os profissionais para 
exercerem funções especializadas, visan-
do o aprofundamento de conhecimentos 
teórico-práticos e o aperfeiçoamento das 
atividades desempenhadas.
Na minha avaliação, os avanços que 
perpassam a qualificação dos ambientes 
e práticas de saúde estão diretamente rela-
cionados aos resultados da pós-graduação 
em Enfermagem, que vem se consolidando 
e se expandindo rapidamente nos últimos 
anos. Referente à pós-graduação scrito 
sensu, acredito que, apesar da ênfase aca-
dêmica, essa também se constitui de uma 
importante oportunidade de aprimoramen-
to, com impactos positivos na prática dos 
profissionais de Enfermagem. Além disso, 
podemos considerar que a expansão do 
mestrado profissional ainda é recente na 
área da Enfermagem, enfrentando desafios 
como número reduzido de vagas e assime-
trias entre as diferentes regiões do país.
Ainda, é oportuno destacar que, 
atualmente, o Sistema Nacional de Pós-
-graduação Stricto Sensu vem instituindo 
um novo modelo de avaliação de seus 
programas, o que na Enfermagem tem 
repercutido na busca pelo crescimento 
qualitativo dos programas, com ênfase 
em produções científicas e formação de 
recursos humanos qualificados, conside-
rando o impacto social de suas pesquisas 
e a inserção profissional de seus egressos.
Aspectos positivos e negativos do Ensino 
à Distância (EAD)
É possível observar que o ensino à 
distância vem crescendo e ganhando 
espaço rapidamente, sobretudo após o 
surgimento da pandemia por COVID-19, 
que impôs o distanciamento social. A 
expansão de tal modalidade de ensino 
sinaliza uma importante preocupação 
na área da Enfermagem, tendo em vista, 
especialmente, suas exigências de expe-
riências práticas nos diferentes ambientes 
de saúde, para que se possa assegurar o 
desenvolvimento de habilidades e com-
petências para a prática profissional.
Em relação à pós-graduação lato 
sensu na modalidade EAD, no âmbito 
da Enfermagem, acredito que os aspec-
tos positivos estejam associados à facili-
dade de acesso ao conhecimento, além 
da flexibilidade de horários e do custo 
relativamente baixo em comparação ao 
presencial. Entre os aspectos negativos, 
poderia destacar as dificuldades referen-
tes ao sistema de avaliação e de interação 
entre professores e estudantes. 
Transformações referentes à educação e 
novas especializações na Enfermagem
Acredito que as constantes mudanças 
que ocorrem na sociedade, assim como 
o estabelecimento de novas políticas pú-
blicas, impulsionam a demanda por no-
vos conhecimentos e por profissionais de 
Enfermagem cada vez mais qualificados. 
A própria pandemia por COVID-19, ao 
mesmo tempo que tem trazido grande vi-
sibilidade aos enfermeiros, também tem 
gerado importantes avanços tecnológicos 
e científicos no cenário de saúde, exigin-
do profissionais capazes de lidar com essas 
transformações e de incorporar soluções 
tecnológicas em seu cotidiano de trabalho.
As especializações no âmbito da 
Enfermagem, além de ampliar as pos-
sibilidades de inserção no mercado de 
trabalho, contribuem também para o for-
talecimento da autonomia profissional. 
Os enfermeiros se tornam mais prepara-
dos para lidar com os desafios do cená-
rio de saúde que, porsua vez, atravessa 
constantes mudanças e exige profissio-
nais qualificados e atualizados. 
O surgimento de novas especializa-
ções na Enfermagem é uma realidade no 
Brasil e no mundo, e vem contribuindo 
para a expansão do mercado de traba-
lho para os profissionais de Enfermagem, 
uma vez que amplia as áreas de atuação 
da profissão. Além disso, as novas espe-
cializações têm sido responsáveis, em 
parte, pelo aumento do número de con-
sultórios de Enfermagem, sobre os quais 
Prof. Jamila Barlem
Coordenadora Adjunta da Pós-Graduação 
em Enfermagem da Universidade Federal do 
Rio Grande (FURG)
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6131Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6128-6133
há uma forte perspectiva de crescimento, 
visto que sua regulamentação, pela Re-
solução Cofen 568/2018, ainda pode ser 
considerada recente.
O impacto atual da pós-graduação em 
Enfermagem 
O mercado de trabalho está cada vez 
mais exigente, competitivo e seguindo 
a lógica de contar com profissionais al-
tamente especializados nos serviços. A 
graduação tem por diretriz formar pro-
fissionais generalistas. Por esta razão, ao 
se formar, o aluno precisa fazer escolhas 
para seu aperfeiçoamento e atendimento 
às demandas atuais. A atuação enquanto 
especialista, além de ser exigência legal 
para coordenar alguns setores ou para 
atuação profissional, coloca o enfermeiro 
em posição de destaque para seleções e 
aumenta sua remuneração de forma con-
siderável. Algumas especializações con-
ferem ao profissional autonomia para atu-
ação em consultórios e clínicas próprias. 
Aspectos positivos e negativos do Ensino 
à Distância (EAD)
Os aspectos positivos são diversos. O 
ensino digital confere ao aluno uma maior 
autonomia e controle sobre seu aprendiza-
do. Rompe as barreiras geográficas e per-
mite flexibilização de tempo e espaço para 
melhor organização de vida e de trabalho. 
Alcança um grande número de pessoas que 
não teriam condições de cursar a pós-gra-
duação presencial com os custos de deslo-
camento e alimentação, por exemplo. Isso 
amplia o acesso à qualificação profissional 
aos locais mais longínquos em todo territó-
rio nacional, democratizando o acesso ao 
ensino de qualidade. 
Sobre os aspectos negativos, como 
muitos alunos vem de um ensino tradi-
cional, alguns necessitam de adaptação 
na organização dos estudos, pois o en-
sino digital exige disciplina e autonomia 
para um bom desempenho. Alguns cur-
sos são procurados por profissionais que 
já atuam no mercado de trabalho e pre-
cisam da certificação para galgar outros 
cargos em suas empresas. E para isto, os 
cursos de pós-graduação EAD são exce-
lentes, pois trazem o que há de melhor 
ao profissional que já possui habilidades.
Iniciativas para oferta de bolsas de estudo
Assim como os alunos da graduação 
podem, eventualmente, passar por dificul-
dades financeiras para se manterem no cur-
so, tal realidade atinge também alunos de 
pós-graduação. Muitos iniciam a especia-
lização logo após a formação generalista, 
mesmo ainda não tendo vivência profissio-
nal. E a demanda do mercado de trabalho 
vem exigindo profissionais especialistas. 
Nossa instituição oferece descontos 
através de parcerias e convênios com vá-
rias empresas e órgãos públicos, bem como 
mantém como tripé de formação (ensino, 
extensão e pesquisa) com incentivos de 
continuidade no processo de formação dos 
estudantes. Todos os alunos podem receber 
bolsa de estudos como egressos. 
O cenário atual da educação 
As mudanças sociais vêm influencian-
do a educação e transformando o ensino 
em todo o mundo, principalmente com os 
avanços tecnológicos. A forma de intera-
ção social também se remodelou, e atual-
mente temos alunos mais conectados. Tal 
conjuntura traz a necessidade de uma pro-
posta atualizada e diferenciada de ensino, 
que permita maior autonomia e participa-
ção dos alunos. O mercado de trabalho 
vem exigindo dos colaboradores habilida-
de para atuação e interação em meio digi-
tal, bem como aprendizagem à distância, 
pois até mesmo os aperfeiçoamentos e os 
processos de educação continuada — que 
são ofertados pelo Sistema Único de Saú-
de e pelas instituições de saúde — vêm 
sendo oferecidos na modalidade EAD. 
O impacto atual da pós-graduação nas 
áreas da saúde 
Ninguém sai pronto de um curso de 
graduação. Com as demandas do mun-
do atual, a velocidade das mudanças e 
evolução do conhecimento, é preciso 
ampliar horizontes e aprofundar o co-
nhecimento em algumas áreas. Uma es-
pecialização abre portas e janelas para 
novos horizontes, mostra a interface entre 
o que se aprendeu na graduação, a área 
de atuação e para onde se pode ir neste 
novo campo de conhecimento. A ideia 
é aperfeiçoar as competências existentes, 
desenvolver novas e realizar uma transi-
ção de carreira quando necessário. 
Nosso curso, o CEAHS (Curso de Es-
pecialização em Administração Hospi-
talar e de Sistemas de Saúde), existe há 
mais de 40 anos. Por ele passaram gran-
des nomes da administração em saúde, 
boa parte deles oriundos das profissões 
de saúde. A EAESP FGV apresenta os alu-
nos para o mundo da gestão, o mundo 
Prof. Joyce Muniz
Gestora Nacional do Curso de Graduação 
em Enfermagem da Estácio
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Laura Schiesari
Coordenadora do Curso de Especialização 
em Administração Hospitalar e de Sistemas 
de Saúde da FGV
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6132 Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6128-6133
matéria
"business", pouco conhecido de muitos, 
e tão necessário para transitar com de-
senvoltura no setor de saúde hoje em dia, 
tanto na área privada quanto pública.
A proposta do curso de especialização 
em Administração Hospitalar
O curso prepara os profissionais para 
atuar na gestão dos sistemas e serviços de 
saúde, bem como nos diferentes contextos 
do setor de saúde. As diferentes disciplinas 
que integram a gestão em saúde tais como 
mercado de saúde, negociação, gestão da 
informação em saúde, gestão de pessoas, 
serviços de saúde, reúnem o conhecimen-
to desejável e apoiam o desenvolvimento 
da capacidade dos profissionais para assu-
mirem cargos de liderança no setor. 
O enfermeiro tem papel central nos 
cuidados em saúde, permite que o cui-
dado transcorra da melhor forma possível 
e é o responsável, na prática, pela gestão 
de boa parte dos serviços. Portanto, com 
este curso o enfermeiro completa a baga-
gem trazida da graduação, potencializan-
do sua atuação no cotidiano dos serviços 
de saúde e preparando seu futuro, seja na 
gestão ou no cuidado.
O mercado da saúde está em ple-
na ebulição. Portanto, o curso deve dar 
conta desta transformação e apoiar os 
especializandos no desenvolvimento das 
competências necessárias para atuar nes-
te novo contexto. O curso foi diretamente 
impactado pela pandemia, e está sendo 
revisto para consolidação da aprendiza-
gem do setor de saúde e da educação 
executiva em especial. 
O cenário atual da educação 
A educação de modo geral foi alta-
mente afetada pela pandemia. Em alguns 
casos, sobretudo no ensino médio e nos 
segmentos menos favorecidos, os efeitos 
danosos estão sendo apontados por vá-
rios especialistas. A educação executiva 
e os cursos de pós-graduação encontram-
-se hoje em um cenário muito diversifica-
do. As possibilidades de intercâmbio com 
universidades e organizações estrangei-
ras ou de outros estados aumentou muito 
com as aulas online. Houve redução no 
tempo de deslocamento para muitos edu-
candos, mas muitos sofreram com a falta 
do networking presencial. 
Os profissionais da saúde se dividem: 
muitos gostaram da possibilidade de per-
manecer em seus locais de residência ou 
trabalho, mas todos lastimam a distância 
e têm nostalgia dos encontros presenciais 
com trocas mais afetivas. Afinal de con-
tas, um curso de um ano e meio promove 
laços importantes, e os profissionais con-
tinuam atuando presencialmente em suas 
organizações. Estas diferentes reações e 
possibilidades estão apontando a neces-
sidade de reconfiguraçãodo ensino, da 
necessidade de flexibilização e de maior 
aproximação com modelos híbridos.
O impacto atual da pós-graduação em 
Enfermagem 
É um diferencial. Especializar-se é 
estar preparado para um mercado cada 
vez mais competitivo. Ter um certificado 
e grau de especialista é abrir novos hori-
zontes e, claro, requisito para novas vagas 
não alcançáveis somente com a gradua-
ção. Hoje entende-se que o especialista 
é o profissional capacitado para ter um 
desempenho de maior rendimento e de 
maior complexidade. Penso que, mais do 
que nunca, a pós-graduação é um passo 
complementar e necessário à graduação. 
Quando se trata da área da saúde como 
um todo e, em especial, na Enfermagem, 
tudo é muito dinâmico e continuamen-
te atualizado. Ter o preparo e as devidas 
atualizações exigidas pelo mercado de 
trabalho é uma carta na manga.
Aspectos positivos e negativos do Ensino 
à Distância (EAD)
A comodidade da modalidade EAD al-
cança e torna o estudo possível para muitas 
pessoas, incluindo aqueles que talvez não 
tenham disponibilidade presencial. Ser ca-
paz de assistir uma aula fora da sala, recor-
rer às videoaulas e aos materiais interativos 
também é algo a se mencionar. Hoje as 
plataformas são capazes de disponibilizar 
materiais que não seriam produzidos pre-
sencialmente. Um exemplo são os vídeos: 
neles, o aluno pode pausar, acelerar, re-
duzir a velocidade e repetir certas partes 
quantas vezes quiser. Imagine quantas dú-
vidas deixam de ser tiradas em sala de aula 
por timidez ou vergonha? Algo terrível. 
A interação em tempo real também 
ocorre, visto que hoje as plataformas e 
aulas síncronas também se tornaram mais 
populares, didáticas e até mesmo acessí-
veis, tornando possível o contato com 
profissionais que muitas vezes residem 
em outro estado. Os pontos negativos são 
as dificuldades muitas vezes observadas 
quanto à velocidade da internet, apare-
lhos celulares, notebooks disponíveis e 
até mesmo a educação digital — algo 
que não era tão comum em gerações 
passadas. Em cursos de pós-graduação, 
as práticas geralmente são mantidas, ima-
ginando-se um modelo híbrido, de aulas 
teóricas remotas e práticas presenciais. 
Iniciativas para oferta de bolsas de estudo
As bolsas servem de estímulo e fo-
mentam a educação no escopo social. 
Agora como centro universitário, a oferta 
de vagas e bolsas se torna um valor im-
portante na LS. Temos bolsas para ex-alu-
nos, por acreditarmos que a educação é 
um processo contínuo. Participamos de 
programas como o Quero Bolsa, ProUni, 
dentre outros. Além disso, temos progra-
Krain Melo
Coordenador de Pós-Graduação/Extensão 
dos cursos de Enfermagem da LS Educacio-
nal Brasília
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6133Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6128-6133
mas de bolsas internas, bolsas para gru-
pos de alunos, além de parcerias com 
empresas do ramo da saúde e hospitais 
no Distrito Federal. Ter o networking e 
estar conectado ao mercado de trabalho 
é algo que aproxima a instituição da so-
ciedade e insere de forma mais orgânica 
o aluno em diferentes vagas de trabalho. 
Essas bolsas e opções contemplam todos 
os nossos cursos de pós-graduação: Ur-
gência e emergência, UTI Adulto, UTI 
Neonatal, Oncologia Multiprofissional, 
entre outros. 
O cenário atual da educação 
Educar é uma missão fluida, contínua 
e multifacetada. Nunca, em tão pouco 
tempo, a educação evoluiu tanto. Perce-
be-se que hoje precisamos de diferentes 
mídias associadas para transmitir uma 
mensagem: redes sociais, plataformas de 
vídeo, sistemas integrados, dentre outros. 
Esse cenário requer uma percepção tênue 
da sociedade e mercado de trabalho em 
demandas que surgem em diferentes áre-
as. Nota-se que alguns termos, como a 
multidisciplinaridade, surgiram organica-
mente e foram transformados em cursos: 
oncologia multiprofissional, por exem-
plo. Entender o mercado de trabalho e 
traduzir as expectativas de diferentes ge-
rações em diferentes cursos é realizar a 
missão educacional.
O impacto atual da pós-graduação em 
Enfermagem 
Uma pós-graduação em Enferma-
gem nos dias de hoje significa uma 
atualização técnica e científica ao pro-
fissional. Representa capacitação, for-
talecimento dos conhecimentos para o 
mercado de trabalho e benchmarking 
na sua especialidade, além de fortale-
cer seu marketing pessoal e abrir novos 
caminhos na sua atuação profissional e 
no plano de carreira dentro da institui-
ção onde atua.
Aspectos positivos e negativos do Ensi-
no à Distância (EAD)
Como aspectos positivos, o aluno 
tem autonomia, aprende a ter uma dis-
ciplina maior de estudo, elaborando 
seu próprio cronograma e aproveitando 
melhor seu tempo. Não há obrigação 
de deslocamento. Esta vem a ser uma 
nova cultura de estudo para o brasilei-
ro. Para este “novo normal” pós-pande-
mia, existe um novo normal também no 
contexto da educação. 
Em relação aos aspectos negativos, 
sabemos que o Brasil tem realidades 
distintas, e nem todos têm acesso aos 
recursos tecnológicos essenciais para a 
modalidade EAD, como celulares, com-
putadores e conexão wi-fi. Além disso, 
é realmente necessário que o aluno 
tenha muita disciplina, pois seu apren-
dizado depende 100% do seu compro-
metimento.
Na pós-graduação de Enfermagem 
do Centro Universitário São Camilo, os 
alunos se adaptaram bem à modalida-
de. Estamos trabalhando com pratica-
mente todos os cursos neste formato e 
com diferencial das aulas práticas pre-
senciais, oferecendo flexibilidade e um 
novo formato de aprendizado ao aluno.
Iniciativas para oferta de bolsas de estudo
As ofertas de bolsas de estudos 
propicia aos alunos que não tem con-
dições econômicas uma oportunida-
de de se capacitarem e se atualizarem 
em seu contexto profissional. Uma das 
nossas iniciativas é oferecer bolsa de 
estudos para cursos de pós-graduação 
para o melhor aluno da graduação do 
Centro Universitário São Camilo. Além 
disso, temos parcerias com hospitais e 
sociedades de especialistas. Os alunos 
egressos Camilianos e profissionais que 
atuam na rede São Camilo têm direito 
a descontos.
O cenário atual da educação 
Eu visualizo o cenário atual da 
educação como um grande desafio 
pela frente, com quebra de paradigmas 
e uma nova cultura de aprendizado e 
ensino com a chegada da tecnologia, 
acelerada pela pandemia. O ano de 
2021 ainda é marcado por grandes mu-
danças e transformações com a educa-
ção híbrida. Os docentes estão cada 
vez mais se reinventando, buscando 
atualizações nas novas ferramentas 
tecnológicas de ensino; essa evolução 
do ensino on-line é um novo futuro da 
educação brasileira. 
Alguns cursos de pós-graduação 
em Enfermagem apresentaram uma alta 
procura, devido à exigência do merca-
do e à urgência de profissionais espe-
cialistas para atender a demanda atual. 
Com relação ao impacto deste cenário, 
sabendo que há desigualdades sociais 
de acesso, devemos zelar pelo sistema 
educacional e acolher a gestão até che-
gar ao aluno. É importante lembrar das 
dificuldades sofridas a partir de 2020 
e que, por esta razão, estamos em um 
processo de avaliação diagnóstica para 
uma reestruturação, resgatando possí-
veis perdas de conteúdo pelo aluno. 
Além disso, é preciso ainda in-
vestir em formação contínua dos pro-
fessores e em um ensino mais perso-
nalizado, para aproveitar ainda mais 
as possibilidades tecnológicas ofere-
cidas pelas escolas. Apesar das difi-
culdades, educadores defendem que 
não devemos considerar 2020 um ano 
perdido. Novas competências foram 
adquiridas justamente neste período 
de pandemia. 
Profa. Soraya Palazzo 
Coordenadora de Pós-Graduação em Enfer-
magem em CC, CME e RA do Centro Univer-
sitário São Camilo
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6134 Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6134
destaque
Doenças negligenciadas – a importância da enfermagem para sua 
prevenção e combate
Doenças associadas à pobreza, produtos da exclusão social 
e iniquidades sociais, afetam a humanidade há muito tempo, de 
modo veemente nos países pobres e emdesenvolvimento. A 
estas doenças, a Organização Mundial da Saúde (OMS) as de-
nominou de “doenças Tropicais negligenciadas - DTN”, as quais 
estão fortemente associadas à pobreza, se proliferando sobretudo 
em ambientes marcados pela exclusão social, caracterizados por 
ausência de saneamento básico, de moradia digna, alimentação 
saudável, educação e não acesso ao sistema de saúde.1
As DTN são causadas por uma variedade de patógenos 
como vírus, bactérias, protozoários e helmintos, endêmicas em 
149 países e afetam mais de 1,74 bilhão de pessoas no mundo, 
sendo responsáveis por 500 mil mortes anuais, sendo as popula-
ções mais pobres, principalmente presentes nos países da África, 
Ásia e América Latina, as que tem maior número de adoecidos.2 
Atualmente a OMS relacionou 20 DTN, desta relação no 
Brasil existem 18, sendo cinco as mais destacadas: chagas, 
dengue, chikungunya, hanseníase e leishmaniose. Visando 
o controle e possível erradicação, a Organização Mundial da 
Saúde apontou metas a serem cumpridas no período de 2021 
à 2030, caracterizadas por: 1) Erradicação: dracunculose, bou-
ba; 2) Eliminação (interrupção da transmissão): tripanossomíase 
africana (Trypanosoma brucei gambiense), hanseníase, onco-
cercose; 3) Eliminação como problema de saúde pública: do-
ença de Chagas, tripanossomíase africana (Trypanosoma bru-
cei rhodesiense), leishmaniose visceral, filariose linfática, raiva, 
esquistossomose, geohelmintoses, tracoma; 4) Controle: úlcera 
de Buruli, dengue, equinococose, trematodioses de transmissão 
alimentar, leishmaniose cutânea, micetoma/cromoblastomico-
se/outras micoses profundas, escabiose/outras ectoparasitoses, 
envenenamento por picada de cobra e teníase/cisticercose.3
O alcance destas metas requer dos países investimento em 
seus sistemas de saúde, sendo imprescindível nesse processo que 
a formação na área de saúde com foco no desenvolvimento das 
mais diversas competências necessárias ao trabalho dos profis-
sionais se torne uma política indutora nos espaços formativos e 
serviços, objetivando a garantia do combate efetivo às DTN. 
Mas, existem enormes desafios de âmbito global, sendo a 
escassez de profissionais de saúde, especialmente de Enferma-
gem. Este fenômeno tem vários determinantes, sendo a má dis-
tribuição geográfica tanto dentro dos próprios países como entre 
os países, somada à diversidade dos processos formativos que 
torna frágil e heterogênea as competências e habilidades profis-
sionais, necessitam ser pensados de forma propositiva à nível glo-
bal, considerando que a Enfermagem é a profissão da saúde que 
mais está próxima da comunidade, sendo suas ações de extrema 
importância para o resgate e manutenção da saúde dos povos. 
Mendes e Ventura (2017) afirmam que parcerias são im-
portantes para que este processo seja viabilizado e assegurado, 
considerando que o comprometimento político e institucional 
é necessário para que as diversas barreiras (econômicas, cultu-
rais) sejam superadas, para que realmente tenhamos um siste-
ma de saúde efetivo no que tange ao cuidado numa perspectiva 
não apenas curativa, mas, sobretudo, preventiva e de promoção 
à saúde. Tal sistema nunca existirá se prescindir em formar e 
inserir mais enfermeiros nas equipes de saúde, profissionais 
mais qualificados e com práticas avançadas de Enfermagem. 
Com a presença destes profissionais, os serviços ficarão mais 
qualificados, reverberando em ações de educação em saúde 
que possivelmente contribuirão para a prevenção das DTN e 
diminuição da incidência e potencial erradicação. 4 
Tedros Ghebreyesus, atual diretor da OMS, em uma de suas 
entrevistas, ressaltou que é preciso uma mudança urgente na 
abordagem atual quanto às DTN para que se consigamos acabar 
com o mal causado pelas mesmas, chamando atenção para que 
mais esforços no âmbito da prevenção e novos tratamentos de-
vam ser pensados e executados, cujo cuidado seja centrado nas 
pessoas. Esta afirmação do Tedros vem corroborar a importância 
da Enfermagem para este cenário de mudanças, considerando 
a característica de educação em saúde por excelência que está 
ontologicamente presente na formação dos enfermeiros. Por-
tanto, é necessário que os sistemas políticos e a sociedade civil 
realmente reconheçam e conferirem valor a estes profissionais 
essenciais para alavancar os sistemas de saúde no mundo. 
Referências
1 World Health Organization. Department of Control of Neglected Tro-
pical Diseases. Neglected tropical diseases. Hidden successes, emerging 
opportunities. Genebra: WHO; 2006 [acesso 3 abr 2012]. Disponível: 
http://whqlibdoc.who.int/hq/2006/WHO_CDS_NTD_2006.2_eng.pdf.
2 Accelerating Work to Overcome the Global Impact of Neglected Tropical 
Diseases: A Roadmap for Implementation. World Health Organization, 2012.
3 SBMT. OMS lança novo roteiro 2021-2030 para as Doenças Tropicais Ne-
gligenciadas. Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Brasília-DF; 2021 
[acesso 7 jun 2021]. Disponível: https://www.sbmt.org.br/portal/oms-lan-
ca-novo-roteiro-2021-2030-para-as-doencas-tropicais-negligenciadas/
4 Mendes IAC, Ventura CAA. Nursing Protagonism in the UN Goals 
for the people’s health. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2017;25:e2864. 
[Acesso 7 jun 2021]; Available in: https://www.eerp.usp.br/rlae/2017 
DOI: http://dx.doi. org/10.1590/1518-8345.0000.2864. 
Por Neudson Johnson Martinho
6135Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6135-6140
pediátricaAssoni, M.A.S.; Lourenço, A.O.O.S; Ramos da Silva, E.; Maia, I.A.;O papel do enfermeiro gestor em pediatria: revisão integrativa da literatura 
INTRODUÇÃO
Dentre as diversas profissões atuantes na área da saúde, a enfermagem se destaca por ser 
dinâmica, incorpora condutas terapêuticas 
com a utilização de instrumentos e é rea-
lizada, essencialmente, pela intervenção 
do trabalhador. Esta profissão é fortemente 
caracterizada por trabalhar em equipe e as-
sume, na modernidade, um papel voltado 
para o cuidado, centrado na racionalização 
das ações e na divisão do trabalho. Dessa 
forma, é uma área da saúde que requer 
uma gestão eficiente, que promove a orga-
nização interna das equipes e a estrutura-
ção das relações profissionais.1 
A gestão é uma atribuição do enfer-
meiro que impacta diretamente na pro-
moção da qualidade assistencial e de 
melhores condições do ambiente em que 
desempenha sua função. O profissio-
nal que atua como gestor é responsável 
por viabilizar condições adequadas de 
trabalho, fazendo com que a relação da 
equipe de enfermagem, entre si e com os 
seus pacientes, não atrapalhe a qualidade 
do atendimento prestado.2 Contudo, os 
enfermeiros-gestores enfrentam, frequen-
temente, dilemas relacionados à falta ou 
inadequação do espaço para o atendi-
mento, falta de protocolos, conflito com 
colegas de trabalho, entre outros fatores 
que podem afetar seu desempenho e, 
consequentemente, a qualidade do aten-
dimento aos pacientes.3 
Recebido em: 02/06/2021
Aprovado em: 15/06/2021
Maria Aurélia da Silveira Assoni
Edna Ramos da Silva
Aryadne O’neil de Oliveira Souza Lourenço
Enfermeira. Mestre em Ensino em Saúde. 
MBA Executivo em Saúde. Especialista em 
Preceptoria do SUS, Docência e Cuidados 
Intensivos e Emergência à Criança e ao 
Adolescente. Hospital de Amor de Barretos.
ORCID: 0000-0002-6460-9267
Iraides Andrade Maia
Enfermeira com Pós-graduação em Gestão 
e Liderança em Enfermagem e Urgência e 
Emergência. Santa Casa de Misericórdia 
de Barretos
ORCID:0000-0003-0240-0932
Enfermeira com Pós-graduação em Docên-
cia, Enfermagem em UTI Neonatal e Pediá-
trica e Gestão e Liderança em Enfermagem. 
Santa Casa de Misericórdia de Barretos.
ORCID: 0000-0002-6622-7756
Enfermeira com Pós-graduação em Gestão 
e Liderança em Enfermagem, Licenciatura e 
Qualificação em Coaching Integrado. Santa 
Casa de Misericórdia de Barretos.
ORCID: 0000-0003-0236-1494
RESUMO | Objetivo: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa que tem como objetivo identificar o que a literatura 
científica tem abordado sobre o papel do gestorde enfermagem pediátrica. Método: O material utilizado foi coletado nas 
bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs, com o auxílio de descritores consultados no DeCS. O critério de inclusão foi o ano 
de publicação dos artigos e o critério de exclusão foi a ausência de palavras-chaves no título e no resumo. Resultado: Foram 
encontrados 2.917 artigos, dos quais, 17 atenderam aos critérios de elegibilidade e foram incluídos nesta revisão. Conclusão: 
A literatura abordou três principais esferas que abrangem o papel do gestor como educador que promove e apoia a educação 
permanente; no dimensionamento de equipes e na promoção de um bom ambiente de trabalho; e no gerenciamento do 
atendimento de qualidade e na segurança do paciente.
Palavras-chaves: Papel; Gestão; Enfermagem; Pediátrica.
ABSTRACT | Objective: This study is an integrative review that aims to identify what the scientific literature has addressed about 
the role of the pediatric nursing manager. Method: The material used was collected in the PubMed, Scielo and Lilacs databases, 
with the help of descriptors consulted in DeCS. The inclusion criterion was the year of publication of the articles and the exclusion 
criterion was the absence of keywords in the title and abstract. Results: 2,917 articles were found, of which 17 met the eligibility 
criteria and were included in this review. Conclusion: The literature addressed three main spheres that cover the role of the 
manager as an educator who promotes and supports continuing education; in sizing teams and in promoting a good work; 
environment and in managing quality care and patient safety.
Keywords: Role; Administration; Nursing; Pediatric.
RESUMEN | Objetivo: Este estudio es una revisión integradora que tiene como objetivo identificar qué ha abordado la literatura 
científica sobre el rol del gerente de enfermería pediátrica. Método: El material utilizado fue recolectado en las bases de datos 
PubMed, Scielo y Lilacs, con la ayuda de descriptores consultados en DeCS. El criterio de inclusión fue el año de publicación de 
los artículos y el criterio de exclusión fue la ausencia de palabras clave en el título y el resumen. Resultados: se encontraron 2.917 
artículos, de los cuales 17 cumplieron con los criterios de elegibilidad y fueron incluidos en esta revisión. Conclusión: La literatura 
abordó tres ámbitos principales que abarcan el rol del gerente como educador que promueve y apoya la educación continua; 
en el dimensionamiento de equipos y en la promoción de un buen clima laboral; y en la gestión de la calidad asistencial y la 
seguridad del paciente.
Palabras claves: Papel; Gestión; Enfermería; Pediátrico.
O papel do enfermeiro gestor em pediatria: 
revisão integrativa da literatura 
DOI: https://doi.org/10.36489/nursing.2021v24i280p6135-6146
6136 Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6135-6140
pediátrica Assoni, M.A.S.; Lourenço, A.O.O.S; Ramos da Silva, E.; Maia, I.A.;O papel do enfermeiro gestor em pediatria: revisão integrativa da literatura 
Nesta linearidade, este estudo tem 
como objetivo identificar o papel do ges-
tor de enfermagem pediátrica e discutir 
essas informações em forma de revisão 
integrativa, com o intuito de apoiar me-
lhorias no ambiente de trabalho e na 
relação das equipes de enfermagem. Es-
pera-se que o conhecimento em relação 
ao papel do gestor ajude os profissionais 
na resolução dos dilemas enfrentados no 
dia a dia, potencializando a eficiência 
no atendimento à criança e no suporte a 
seus familiares. 
MÉTODOS 
O presente estudo trata-se de uma re-
visão integrativa da literatura, uma meto-
dologia que tem como finalidade agrupar 
e integrar temáticas referentes a um de-
terminado assunto. A revisão integrativa 
proporciona a síntese das informações e a 
incorporação de resultados significativos 
de artigos na prática, sendo muito utiliza-
da na área da saúde.4
Para a coleta do material na literatura 
científica foram utilizadas três bases de 
dados com grande expressividade e con-
fiabilidade dentro do contexto da saúde: 
PubMed, Scielo e Lilacs. Os descritores 
para a pesquisa foram consultados com 
o auxílio do Descritores em Ciências da 
Saúde (DeCS) e do Medical Subject He-
adings (MeSH).
Para a construção da estratégia de 
busca, as palavras-chave “papel”, “ges-
tão”, “enfermagem” e “pediátrica” foram 
inseridas no DeCs, resultando nos descri-
tores “Role”, “Administration”, “Nursing” 
and “Pediatric”. Posteriormente, os des-
critores foram inseridos no MeSH, com o 
intuito de encontrar todos os seus sinô-
nimos indexados, o que permitiu a ela-
boração da seguinte estratégia de busca: 
("Pediatric Nursing") AND ("Organization 
and Administration").
O critério de inclusão utilizado foi o 
ano de publicação, sendo selecionados 
apenas os artigos publicados nos últimos 5 
anos e o critério de exclusão foi a ausência 
das palavras-chave no título e no resumo. 
Para selecionar a literatura que se en-
quadraram ao tema e ao propósito desta 
revisão, foram lidos os títulos e resumos de 
artigos científicos em português, inglês e 
espanhol, publicados nos últimos 5 anos, 
buscando as seguintes palavras-chave: pa-
pel, gestão, enfermagem e pediátrica. 
Após a seleção dos artigos, foi reali-
zada uma leitura mais aprofundada, com 
o intuito de identificar o que os estudos 
abordaram acerca do papel do gestor de 
enfermagem pediátrica. Os dados foram 
analisados e tratados com o auxílio de fer-
ramentas do Pacote Office (Word e Excel). 
RESULTADOS 
Foram encontrados 2.917 artigos, 
sendo que 17 atenderam aos critérios de 
inclusão e exclusão e foram incluídos 
nesta revisão (Figura 1 e Quadro 1). 
DISCUSSÃO 
A partir da leitura dos artigos selecio-
nados, entende-se que as principais te-
máticas abordadas na literatura acerca do 
papel do gestor de enfermagem pediátrica 
podem ser divididas em três esferas, sen-
do elas: o papel do gestor como educador 
que promove e apoia a educação perma-
nente, o papel do gestor no dimensiona-
mento de equipes e na promoção de um 
bom ambiente de trabalho e o papel do 
gestor no gerenciamento do atendimento 
de qualidade e na segurança do paciente. 
O papel do gestor como educador que 
promove e apoia a educação permanente.
A profissão de enfermagem está en-
frentando desafios, principalmente em 
termos de aumento das demandas de 
 
Figura 1: Detalhamento do número de artigos encontrados nas bases de dados e 
selecionados para a revisão integrativa. 
Critério de inclusão: 
Publicado no últimos 5 anos
Critério de exclusão: Ausência 
das palavras-chaves no título 
e no resumo 
PubMed Scielo Lilacs
2.873 26
2.917
231 
Elegíveis
18
9 PubMed 8 Scielo 0 Lilacs
17 
Incluídos
Fonte: Autoria própria, 2021. 
6137Revista Nursing, 2021; 24 (280): 6135-6140
Assoni, M.A.S.; Lourenço, A.O.O.S; Ramos da Silva, E.; Maia, I.A.;
O papel do enfermeiro gestor em pediatria: revisão integrativa da literatura 
Base de dados Título em português Tipo de estudo
Participantes do 
estudo
Autor e Ano de publi-
cação
PubMed
O papel do enfermeiro pediátrico no 
planejamento da transição da atenção à 
saúde: pesquisa nacional de descobertas 
e implicações práticas.
Estudo descritivo 
quantitativo
1.814 enfermeiros Disabato et al., 2019
PubMed
Conceituações de desenvolvimento 
profissional dos enfermeiros da equipe 
pediátrica.
Estudo correlacional
74 enfermeiras pediá-
tricas
Horn et al., 2019
PubMed
Produção da subjetividade e autonomia 
dos profissionais de enfermagem em 
Pediatria.
Exploratório e descri-
tivo, com abordagem 
qualitativa
44 profissionais e gesto-
res de enfermagem
Ribeiro et al., 2019
PubMed
Associação da carga de trabalho do 
enfermeiro com falta de assistência 
de enfermagem na unidade de terapia 
intensiva neonatal.
Estudo prospectivo
136 enfermeiros neo-
natais
Tubbs-Cooley et al., 
2019
PubMed
Cuidados paliativos na unidade neonatal: 
percepções da equipe de enfermagem 
neonatal sobre facilitadores e barreiras 
em um berçário terciário regional
Entrevistas

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