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Estudo de Impacto Ambiental Estruturas de Disposição de Rejeitos 9 Projeto EDR9

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Sistematização 2: Estudo de Impacto Ambiental “Estruturas de Disposição de Rejeitos 9 Projeto EDR9”
O Estudo de Impacto Ambiental escolhido, detalhado por meio do Relatório e Impacto Ambiental, trata sobre estruturas para acomodação dos resíduos produzidos no processamento de nióbio no Complexo Minério Industrial da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração - CBMM, localizado no município de Araxá, em Minas Gerais (VAZ Consultoria Ambiental, 2020). 
 Assim sendo, produziram EIA, e posteriormente uma RIMA, em obediência à Resolução 237/1997 do CONAMA, buscando o licenciamento ambiental do empreendimento. Observa-se que o Art. 2º da supracitada resolução afirma que para a localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente (BRASIL, 1997). Vejamos o artigo 1º, inciso III da Resolução 237/1997 do CONAMA:
 Art. 1º, III- Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco. 
Vale dizer que Resolução 237/1997 do CONAMA estabelece em seu Art. 10 que procedimento de licenciamento ambiental obedecerá a etapas, sendo elas 
I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida;
II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade;
III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA , dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias;
IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA, uma única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios;
V - Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente;
VI - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, decorrentes de audiências públicas, quando couber, podendo haver reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios;
VII - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico;
VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade
§ 1º - No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o caso, a autorização para supressão de vegetação e a outorga para o uso da água, emitidas pelos órgãos competentes.
§ 2º - No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de impacto ambiental - EIA, se verificada a necessidade de nova complementação em decorrência de esclarecimentos já prestados, conforme incisos IV e VI, o órgão ambiental competente, mediante decisão motivada e com a participação do empreendedor, poderá formular novo pedido de complementação
(BRASIL, 1997).
Assim sendo, inicialmente o Relatório apresenta considerações sobre o Licenciamento Ambiental. Vale ressaltar que conforme o art. 1º, I da Resolução 237 de 1997 do CONAMA, o Licenciamento Ambiental é um procedimento administrativo no qual uma Instituição Ambiental legitimada licencia a instauração, localização, expansão e a execução de atividades que usam de recursos ambientais, as quais são reputadas como poluentes ou potencialmente poluente, ou ainda as que de algum modo possam causar danos (BRASIL, 1997). 
Ademais, Estudo também evidência as localidades que devem passar por maiores ingerências com o implemento de operação do empreendimento, que são conhecidas como áreas de influência; bem como, as providências ambientais propostas para monitorar, diminuir, conduzir e neutralizar as ingerências negativas; as medidas para fomentar as ingerências positivas; e, por fim, a atestar a viabilidade ambiental do Projeto EDR9 (VAZ Consultoria Ambiental, 2020). 
Ademais, o RIMA afirma que conforme a Lei Federal no 6.938, de 02 de setembro de 1981, o órgão ambiental competente fixará as condições, restrições e medidas as quais devem ser observadas pelo empreendedor responsável do empreendimento. O Projeto EDR9 encontrava-se na fase de planejamento, isto é, quando no processo de licenciamento ambiental é emitida Licença Prévia por já restar atestado a viabilidade ambiental do empreendimento (VAZ Consultoria Ambiental, 2020). 
Conforme estudado na disciplina, o Art. 8º, I da Resolução 237/97 do CONAMA, a Licença Prévia é aquela concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação (BRASIL, 1997). Vale ressaltar que, segundo o Art. 18 supramencionada resolução, o prazo para obtenção da licença não pode ser superior a 5 anos (BRASIL, 1997).
Explica-se também que as etapas posteriores seriam a expedição da Licença de Instalação, em seguida a implementação do empreendimento, onde desenvolvem-se os programas ambientais indicados, e logo após a emissão da Licença de Operação, permite o começo da fase de operação e por fim a fase de fechamento, que se dá quando o empreendimento chega ao fim (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Conforme o Art. 8º, III da Resolução 237/97 do CONAMA, a Licença de Operação autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação (BRASIL, 1997). Vale ressaltar que, segundo o Art. 18 supramencionada resolução, o prazo para obtenção da licença não pode ser inferior a 4 anos e não superior a 10 anos (BRASIL, 1997).
Sobre a localização do Projeto, informa-se que se dará no município de Araxá, em Minas Gerais, no Complexo Minero Industrial da CBMM, na Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
O Projeto consiste visa recepcionar a necessidade de disposição dos rejeitos produzidos em razão da exploração de Nióbio, no período de 2027 a 2049, sendo a solução encontrada a implementação das seguintes estruturas: a) uma pilha de rejeito de magnetita compactado com capacidade de 17,5 Mm3; b) Uma pilha de rejeito de flotação grosso compactado com capacidade de 38,5 Mm3; c) Uma barragem de rejeito de flotação espessado com capacidade de 81 Mm3 (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Ademais, evidencia que deverão ser instaladas uma estrutura para recolher a água do rejeito de magnetita e do rejeito de flotação. O desaguamento do rejeito de magnetita ocorrerá em um ponto de geração na unidade industrial, enquanto o de flotação será levado por tubulações, passando pelo córrego de Bocaina até uma estrutura chamada sump, que se trata que uma escavação impermeável com uma geomembrana, visando obstar qualquer vazamento ou contaminação do solo (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
O projeto ocorrerá em quatro fases: Planejamento, Implantação, Operação e Fechamento. A fase dePlanejamento, em resumo, é o momento onde desenvolve-se estudos de viabilidade técnicos, econômicos e ambientais do empreendimento, por exemplo o EIA e o RIMA. Destacando-se o Estudo de Ruptura Hipotética da barragem de rejeitos que integra o Projeto EDR9, sendo este estudo necessário posto que o Estado de Minas Geral não concede mais licença ambiental para barragens onde há comunidade na zona de autossalvamento (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
A fase de Implementação consiste no momento em que se iniciarão atividades substanciais às operações das estruturas de acomodação dos rejeitos do Projeto EDR9, momento em que será erguido o canteiro de obras. Vale ressaltar que esta fase só se inicia quando emitida em Licença de Instalação (LI) (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
A fase de Operação é quando ocorre os rejeitos são desaguados e alocados em pilhas e na barragem do Projeto EDR9, ocorrendo após a emissão da Licença de Operação (LO) (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
 E por fim, na fase de fechamento é quando encerrasse a capacidade de armazenamento das barragens e das pilhas de alocarem os rejeitos.
A Empresa apresenta alguns conceitos essenciais ao entendimento do estudo tais como: 
a) Rejeito: material resultante do processo de produção de produtores de nióbio e que não tem aproveitamento;
b) Magnetita: mineral cuja base é ferro. Está associado na matéria prima do nióbio, contudo para a sua obtenção é preciso que se separe dele, gerando o rejeito de magnetita.
c) Flotação: processo a úmido para separar o nióbio das impurezas.
d) Espessamento ou Desaguamento: processo de retirada da água, gerando rejeito expressado ( que parece uma pasta).
e) Compactação: Forma de gerar pilhas mais estáveis de rejeitos de magnetita e flotação, reduzindo vazios e aplicando pressão 
(VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
O estudo de alternativas locacionais é uma etapa obrigatória do EIA que tem como objetivo analisar locais viáveis para implementação do empreendimento, os quais causem menos impacto ambiental (VAZ Consultoria Ambiental, 2020). Deste modo, o Projeto foi concebido levando em conta 3 possíveis estruturas de rejeitos a pilha de rejeito de flotação grosso compactado, a barragem de rejeito de flotação espessado e a pilha de rejeito de magnetita compactado. Também se considerou quatro possíveis localidades, dentro da área disponível na propriedade da CBMM para disposição de 270 Mt de rejeitos: Barragens e Pilhas no Vale do Córrego Bocaina, Barragens e Pilhas no Vale do Córrego SD-1, Barragem no Vale do Córrego Jatobá e Pilhas no Vale do Córrego Bocaina e Barragem no Vale do Córrego SD-1 e Pilhas no Vale do Córrego Bocaina (VAZ Consultoria Ambiental, 2020). 
Neste sentido as Barragens e Pilhas no Vale do Córrego SD-1 foi elegida como mais apropriada para alocação das estruturas de disposição de rejeitos do Projeto EDR9, por ostentar menores ingerência socioambiental (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Ademais, afirma-se que as barragens da CBMM seguem um padrão criterioso tomando as seguintes medidas: a) os rejeitos são transformados em materiais e construção; b) a estrutura que assegura a contenção dos rejeitos no reservatório fica comprimida em camadas de solo de 20 em 20 cm, nos anos iniciais de construção ela é aterrada pelo método jusante, o que garante um maior controle de qualidade construtivo. Ademais, buscando precaver rompimento de barragens, a empresa assegura que é utilizado o sistema de drenagem vertical e horizontal; c) o reservatório é coberto por uma geomembrana impermeável de PEAD, visando impedir a poluição de nascentes e águas fluviais; d) a barragem se utiliza de um sistema de bombeamento que absorve água do reservatório reutilizando-a na planta; e) o vertedouro de emergência da barragem tem capacidade para aguentar as maiores chuvas num período de 10.000 anos, sendo mais uma forma de prevenir o rompimento da barragem (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
O estudo se divide a análise das seguintes variáveis: meio físico, biótico e socioeconômico, identificação e avaliação dos impactos ambientais, áreas de influência, programas ambientais (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
O diagnóstico ambiental, que envolve o estudo do meio físico, biótico e socioeconômico, foi produzido com o auxílio de uma equipe técnica contendo especialistas do meio físico, isto é, geólogos, engenheiros, agrônomos e geógrafos, do meio biótico com a participação de biólogos e na seara socioeconômica com a presença de geógrafos e historiadores, além de profissionais de geoprocessamento e da área administrativa (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
 No que concerne ao Meio Físico, trata-se de análise sobre as condições climáticas e meteorológicas, observando-se características de : revelo, solo, águas superficiais, aquíferos rochas, qualidade do ar qualidade do ar. Para o estudo do climático da localidade do Projeto EDR9 foram coletados dados das estações climatológicas, localizadas no centro da cidade de Araxá e no Complexo Mínero Industrial da CBMM, operadas respectivamente, pelo Instituto Nacional de Meteorologia – INMET e pela CBMM (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
O clima da localidade escolhida foi identificado como subtropical de inverno frio e seco e verão quente e úmido, cuja temperaturas médias anuais oscilam entre 17ºC a 27ºC, também foi identificada que a temporada de chuvas ocorre de outubro a março, com maior intensidade em dezembro e janeiro (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
O estudo da qualidade do ar da localidade se deu utilizando-se dados de das estações localizadas no Barreiro e no centro urbano de Araxá, em que é acompanhado o parâmetro Partícula Totais em Suspensão – PTS mensalmente (VAZ Consultoria Ambiental, 2020). Tendo-se concluído que na localidade escolhida para execução do Projeto EDR9 já se encontram fontes de poluição do ar, dadas por as atividades de extração e processamento de minério fosfatado pela empresa Mosaic Fertilizantes, as atividades de extração e processamento de minério de nióbio no Complexo Mínero Industrial da CBMM e COMIPA. No entorno da localidade em que se pretende a instalação do projeto encontram-se propriedades rurais, e a ocupação urbana no bairro de Barreiro, na quais foram identificada poluição do ar por poeira do solo (fonte natural), escapamento e motores e eventualmente, queimadas (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
A principal preocupação do estudo era o material particulado, considerado o maior poluente do ar, que poderia ser gerado na implantação e operação do Projeto EDR9 (VAZ Consultoria Ambiental, 2020). Este material consiste num agrupamento de poluentes formado por poeiras, fumaças e qualquer tipo de material sólido e líquido que subsiste suspenso no ar por causa de seu pequeno tamanho, e que pode ser inaladas pelo homem (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Como conclusão ao estudo da qualidade do ar da localidade do Projeto EDR9, avaliados dados de 2016, 2017 e 2018, constatou-se uma qualidade “Boa”, posto que está abaixo do limite máximo permitido para 24 horas (240 μg/m3) (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Já no que concerne no estudo do ruído foi acompanhado periodicamente o ruído em 16 pontos no limite da propriedade para analisar se as atividades realizadas na área do Complexo Minério Industrial causam algum desconforto às propriedades vizinhas. Ressalta-se que no que concerne à exploração do Nióbio não é utilizado explosivos, não tendo sido necessário realizar monitoramento de vibração (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Como resultado do estudo das 96 medições observadas por dia, apenas três medições na madrugada e uma a noite ultrapassaram o limite de ruído fixado para o período considerado, determinado pelo município de Araxá por meio da Lei n° 6.342, de 13 de março de 2013 (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Quanto ao estudo realizado em relação às rochas da localidade em que se pretende realizar o EDR9, isto é, na serra da Bocaína foram identificadas quartzitos do Grupo Canastra em contato com xistos do Grupo Ibiá, e ainda, uma CoberturaSuperficial Endurecida (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).. A Cobertura Superficial Endurecida é formada por seguimentos de rocha ligados por um cimento férrico natural originado das rochas da localidade, gerando algo similar a uma argamassa. Também. No caso dos quartzitos considera-se uma rocha resistente às ações da natureza, como infiltração de água. Já no caso dos xistos são rochas menos resistentes em relação ao quartzito, observou-se que elas estão mais presentes no terreno onde se visa realizar o Projeto EDR9 (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
No estudo relevo identificou-se Patamares da Canastra ao sul da área de estudo, na mesma área dos quartzitos do Grupo Canastra, sendo um importante alinhamento rochoso da região e divisor hidrográfico, por separar os cursos d’água da bacia do córrego Jatobá ao sul e da bacia do ribeirão Pirapitinga ao norte (VAZ Consultoria Ambiental, 2020). A serra da Bocaina é bastante montanhosa e ondulada, sendo encontrado ao sul alguns declives que oscilam entre muito onduladas e pouco onduladas. Há também um Planalto Rebaixado do Paranaíba/Quebra Anzol, ao norte da área em que se pretende realizar o projeto EDR9, encontram-se na área onde foi identificado os xistos dos Grupos Ibiá e Araxá. As declividades predominantes (VAZ Consultoria Ambiental, 2020). 
No estudo dos solos na localidade, foram identificados local quatro classes de solo: Cambissolo, Latossolo, Neossolo e Gleissolo (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
O estudo das águas se dividiu entre águas superficiais e aquíferos, isto é, subterrâneas (VAZ Consultoria Ambiental, 2020). No que diz respeito às águas superficiais observou-se a localidade estudada para o projeto encontra-se inserida na bacia hidrográfica do Rio Araguari, de acordo com a divisão do Conselho Estadual de Recursos Hídricos. Além disso, constatou-se também a bacia Araguari está contida na bacia do rio Paranaíba, que é parte da bacia do rio Paraná (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Também foi observado, que o Projeto EDR9 será realizado em localidades que drenam para a sub-bacia do rio Capivara, sendo assim as estruturas do Projeto como: a pilha de rejeito de flotação compactado, a barragem de rejeitos de flotação, e a pilha de rejeito de magnetita compactado, estarão inseridas na bacia do córrego sem identificação (SD-1), que é um afluente do córrego Bocaina. Algumas estruturas do projeto estarão localizadas em outras localidades , as quais são drenadas pelos córregos Bocaina e dos Bastos (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Os resultados em relação às amostras das águas superficiais apresentaram uma boa qualidade em geral, com alguns problemas particulares no que concerne aos elementos ferro e manganês, que excederam os padrões durante o período chuvoso, contudo sua maior presença foi atribuída ao arraste de partículas de solo, isto é, se deu de forma natural sem interferência do homem (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Quanto aos aquíferos foi na área do Projeto EDR9, foram identificados que correm na direção sudoeste para nordeste, de acordo com o relevo natural, podendo voltar à superfície como nascentes ou ao longo dos cursos d’água superficiais. Na área em das estruturas do projeto foram identificadas 93 nascentes ou olhos d’agua (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Foram também estudadas às presenças de cavernas na localidade em que se realizará o projeto, tendo sido identificadas as cavidades naturais três cavidades na Serra da Bocaina, a maior possuindo 20 m de desenvolvimento linear e as outras duas encontradas menos de 5 m (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
O Diagnóstico de Estudo do Meio Biótico foi de grande importância pois foi constatado que existem duas Reservas Particular do Patrimônio Natural (RPPN) na propriedade da CBMM, sendo elas São Sebastião I e São Sebastião II. Essas reservas são Unidades de Conservação criada a partir da iniciativa de proprietários particulares para conservação da natureza. Ademais, o projeto está contido numa área de Importância Biológica Muito Alta e Prioridade de Ação Extremamente Alta, em que a prioridade é a regularização ambiental dos imóveis rurais, isto é, são alvos de conservação da biodiversidade (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
A vegetação da localidade foi identificada como em maior parte sendo Cerrado, o segundo maior bioma do Brasil, contudo outras vegetações foram identificadas tais como Floresta estacional semidecidual em estágio avançado de regeneração, Cerrado sentido restrito, Cerradão, Campo cerrado, Campo úmido, Mosaico campo rupestre/campo cerrado, Pastagens (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
 Na análise da Floresta Estacional Semidecidual foi identificado resultou na identificação 164 espécies de vegetais, dentre essas espécies, nove podem ser consideradas ameaçadas de extinção, rara ou protegidas por lei, sendo elas: o cedro, a canela-sassafrás e o palmito juçara. No cerrado em sentido estrito foram identificadas 41 espécies de árvores, sendo duas protegidas por lei, o pequizeiro e o ipê-amarelo, esta última proibido ser cortada sem autorização do órgão ambiental competente (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
No Estudo foi percebido que para a realização do Projeto EDR9 seria preciso interferir algumas áreas de preservação permanente (APPs), essas áreas são protegidas pelo Código Florestal Brasileiro (Lei 12.61/2012) visando a preservação de recursos hídricos, de paisagem, de estabilidade das rochas, de biodiversidade, de interação entre a fauna e flora, proteção do solo e de assegurar o bem-estar dos seres humanos (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Assim sendo, foi observado que na localidade em que se pretende instalar o Projeto EDR9 está localizado 153,38 ha de APPs, se dividindo em 55,93 ha em entorno de nascentes, 16,56 ha em entorno de reservatórios de água, 80,30 ha em faixas marginais de cursos d ́águas e 0,59 há no entorno de áreas com declividade elevada. Haverá também intervenções em APP com cobertura vegetal, prevendo-se a intervenção em 76,85 ha, sendo a maior parte em áreas de floresta estacional semidecidual (71,43ha) (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Também foi realizado um estudo sobre a Fauna na localidade em que se pretende realizar o projeto EDR9, sendo feito um inventário de aves, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes, biota aquática e insetos. Buscou-se identificar espécies endêmicas, isto é, que vivem apenas em uma determinada região ou em um tipo de vegetação ou ameaçadas de extinção (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
No estudo sobre as aves foram registradas 278 espécies de aves, dentre as quais 23 espécies são consideradas endêmicas da Mata Atlântica, oito endêmicas do Cerrado e uma endêmica da Caatinga. Entre as espécies endêmicas foram identificados: Tucano-de-bico-verde que é endêmico da Mata Atlântica, Tangarazinho que é endêmico da Mata Atlântica, Papagaio-galego que é endêmico do Cerrado e Cisqueiro-do-rio que e endêmico do Cerrado. Também foram identificadas quatro espécies ameaçadas de extinção sendo elas :o tapaculo-de-brasília, a água-cinzenta, o mutum-de-penacho e o cabeça-seca (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Quanto aos estudos dos mamíferos foi divido entre pequenos mamíferos e mamíferos de grande e de médio porte. Quinze espécies foram identificadas na classificação de mamíferos de pequeno porte não sendo nenhuma delas ameaçada de extinção, e uma endêmica da Mata Atlântica. Já entre os mamíferos de médio e grande porte foram identificadas 32 espécies, sendo uma delas endêmica da Mata Atlântica, no caso de guigó, e dez ameaçadas de extinção sendo elas: a jaguatirica, o lobo-guará, a raposinha, o gato-do-mato-pequeno, o tamanduá-bandeira, a lontra, a onça-parda, o cateto, o gato-mourisco e a anta (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
No estudo dos Anfíbios foram identificadas 22 espécies de répteis e 18 espécies de anfíbios para na área de estudo local. Entre elas, somente uma espécie de anfíbio é endêmica do Cerrado. Também ressalta-se que nenhum réptil ou anfíbio foi identificado como ameaçado de extinção (VAZ ConsultoriaAmbiental, 2020).
Foi estudado mosquitos transmissores de doenças na área em que se pretende realizar o projeto sendo encontrada sete espécies de mosquitos transmissores de doença como arboviroses e febre amarela silvestre (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
No estudo dos peixes foram encontradas 23 espécies de peixes, nenhuma estando ameaçada de extinção. Sendo três espécies consideradas endêmicas à bacia do Alto rio Paraná tais como: o lambari-do-rabo-amarelo, o acará e o cascudinho (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
No estudo da Biota aquática registrou-se 31 espécies de fitoplâncton, 24 espécies de zooplâncton e 45 tipos de zoobentos, não sendo considerados endêmicos, exóticos ou ameaçados de extinção (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
No diagnóstico socioeconômico foi analisado o município de Araxá, considerando coleta de dados já disponibilizados por institutos de pesquisa, instituições públicas e organismos internacionais. Foi analisado o censo demográfico do município constatando-se que em 2018, foi atestado pelo IBGE, que Araxá teria 105.083 residentes. Foi constatado também pelo Censo Demográfico que a taxa de analfabetismo decaiu em três décadas, sendo analisado os anos de 1991, 2000 e 2010 (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Este diagnóstico faz sentido de acordo com o estudado no Capítulo 6 do E- Book da disciplina (UNICEUB, 2021, p. 64), pois segundo Antunes (2016) quanto mais empenho se coloca em defender o meio ambiente, maior o nível de bem estar social e econômico da população.
Na análise de condição de vida foi considerado o sistema educacional de Araxá, contando com todos os níveis de ensino, da educação infantil, ao ensino superior. Sendo observado também a presença de ensino técnico com oferta de cursos técnicos em Eletrônica, Edificações, Mineração e Mecânica todos ligados ao ensino médio. Já no ensino superior foi constatado a presença de curso superior de Engenharia de Controle e Automação Industrial e Engenharia de Minas (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
O sistema de saúde do Município tem 377 estabelecimentos com : 441 leitos de internação, 18 unidades básicas de saúde, 3 centros de atenção psicossocial, 298 consultórios, 17 unidades de apoio a diagnoses e terapia, 25 clínicas especializadas, 1 pronto atendimento, 6 policlínicas e 4 hospitais, dentre outros (Datasus, 2019, apud, (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
O IDH de Araxá tem pontuação de 0,772 considerado alto, o PIB de 2016 foi de R$ 4.081.732.000 (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Para a implementação do Projeto EDR9 foi feito uma análise de estudo do meio socioeconômico pelo o entorno imediato da propriedade CBMM, onde será instalado o Projeto EDR9, sendo constado que a única comunidade próxima denominada é de Boca da Mata localizada às margens da rodovia MG-428, contudo, como o empreendimento será instalado em terras de propriedade da CBMM, não será necessário a realocação de pessoas (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Em avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico, foi observado que a área que se pretende instalar o Projeto EDR9 tem alto potencial arqueológico. Entretendo, este potencial não constitui uma limitação à implantação do empreendimento, desde que ocorram ações de proteção do patrimônio arqueológico e acompanhamento das obras por arqueólogos para verificar a presença mais vestígios na área, caso encontrados dos vestígios encontrados serão encaminhado à um museu (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Os resultados do relatório de avaliação de impacto ao patrimônio Imaterial indicaram que o empreendimento EDR9 não afetará a dinâmica cultural do modo de fazer queijo artesanal ou a prática da Congada em Araxá estão solidificados na cultura de Araxá (VAZ Consultoria Ambiental, 2020). Neste ponto a empresa demonstrou preocupação em preservar os patrimônios imateriais de Araxá, obedecendo ao Art. 216 da Constituição Federal, vejamos:
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
(BRASIL, 1984)
Foi realizado um estudo prévio de impacto cultural/relatório de impacto no patrimônio cultural, no qual foi identificado que não há bens culturais materiais e/ou imateriais na área de interferência direta do Projeto EDR9 (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Ressalta-se que conforme estudado na disciplina, o meio ambiente cultural decorre da criação humana, por meio de tradições e transmissão do conhecimento. A cultura se constitui com um bem da coletividade, devendo ser protegida, apoiada e incentivada pelo Estado (UNICEUB, 2021). Sendo uma preocupação relevante por parte da CBMM a sua preservação.
Na identificação e avaliação dos impactos ambientais foi apresentado todos os impactos previstos e as respectivas medidas de contenção. Vejamos: 
Meio Físico
· Alteração das Propriedades Dos Solos: possível alteração no solo por trânsito de veículos e maquinas que compactarão o solo, aumento do volume e da velocidade do escoamento da água de chuva podendo gerar erosões do solo e por fim, possível alteração química do solo por contaminação com óleos, graxas e resíduos em geral gerados no canteiro de obras. Medidas ambiental sugeridas : Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD, Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e Efluentes Líquidos.
· Alteração do Nível de Ruído: possível aumento no nível de ruido por conta das máquinas e veículos utilizados no empreendimento. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Controle e Monitoramento de Ruído, Programa de Comunicação Social.
· Alteração da Qualidade do Ar: possível alteração da qualidade do ar por geração e poeira em movimentação do solo, uso de máquinas e veículos, ação do vento sobre o terreno sem a respectiva vegetação, emissão de gases pelos veículos e máquinas, podendo essas partículas alcançar o sul de Araxá, na comunidade Boca da Mata. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Controle das Emissões Atmosféricas e de Monitoramento da Qualidade do Ar, Programa de Comunicação Social, Programa de Gestão de Tráfego, Segurança e Alerta.
· Interferências em Nascentes: prevista para ocorrer quando for retidas a vegetação , contudo as nascentes que estão na área das pilhas e barragem não entrarão em contato com os rejeitos e serão descarregadas a jusante do maciço da barragem no córrego SD-1. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Monitoramento de Vazão, Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD, Programa de Comunicação Social.
· Interferência na Morfologia Fluvial: ocorrerá posto que será necessário canalizar de aproximadamente 12,35 km de cursos d’água. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Controle de Processos Erosivos e Assoreamento de Cursos D’Água.
· Alteração na Topografia e Morfologia das Encostas: ocorrerá devido à movimentação do solo nas atividades de terraplenagem na fase de implantação e à a disposição dos rejeitos nas pilhas e na barragem na fase de operação. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Controle de Processos Erosivos e Assoreamento de Cursos D’Água, Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD, Programa de Monitoramento Geotécnico.
· Indução de Processos Erosivos: pode ocorrer por retirada da cobertura vegetal, movimentação de solo, compactação e impermeabilização do solo. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Controle de Processos Erosivos e Assoreamento de Cursos D’Água, Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD, Programa de Monitoramento da Qualidadedas Águas Superficiais e Efluentes Líquidos.
Assoreamento De Corpos Hídricos: pode ocorrer por exposição do solo pela remoção da cobertura vegetal e movimentação do solo.
Medidas ambientais sugeridas: Programa de Controle de Processos Erosivos e Assoreamento de Cursos D’Água, Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD, Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e Efluentes Líquidos.
· Alteração Da Qualidade Das Águas Superficiais: pode ocorrer em diversas fases do empreendimento, visto estar ligada às atividades que tem potencial de gerar sedimentos, por exemplo da remoção da cobertura vegetal, movimentação do solo e/ ou transporte de rejeitos para as estruturas de disposição de rejeitos, bem como a
geração de efluentes líquidos, oleosos e resíduos sólidos. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e Efluentes Líquidos, Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Programa de Controle de Processos Erosivos e Assoreamento de Cursos D’Água
· Alteração da Qualidade das Águas Subterrâneas: pode acontecer na fase de operação, visto a disposição dos rejeitos nas pilhas e barragem, e geração de efluentes líquidos, oleosos e resíduos sólidos nas atividades e instalações de apoio ao empreendimento, os quais tem a capacidade de alterar diretamente as propriedades do solo e contaminar as águas subterrâneas. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Monitoramento das Águas Subterrâneas
· Alteração da Dinâmica Hídrica: podem ocorrer na fase de implantação do projeto, visto á necessidade de remoção da cobertura vegetal, movimentação do solo, compactação e impermeabilização do solo. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Monitoramento de Vazão, Programa de Comunicação Social.
· Interferência nos Usos da Água: pode ocorrer na fase de implementação do empreendimento, visto a possível alteração da qualidade das águas superficiais, dada pelo transporte de sedimentos das áreas com solo exposto e do descarte inadequado de efluentes líquidos e resíduos. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Monitoramento de Vazão, Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e Efluentes Líquidos, Programa de Comunicação Social
· Interferência Na Área De Influência Da Cavidade Cbmm_003: pode ocorrer alteração do ecossistema da caverna, posto que com a remoção da cobertura vegetal na fase de implementação do empreendimento partículas de poeira podem ser depositadas nela, causa da alteração no ecossistema. Medida ambiental sugerida: Programa de Compensação Ambiental. 
· Interferência Na Área De Influência Das Cavidades Cbmm_001 E Cbmm_002: pode ocorrer alteração do ecossistema da caverna, posto que com a remoção da cobertura vegetal na fase de implementação do empreendimento partículas de poeira podem ser depositadas nela, causa da alteração no ecossistema. Medida ambiental sugerida: Programa de Compensação Ambiental, Programa de Controle das Emissões Atmosféricas e de Monitoramento da Qualidade do Ar.
· Redução do Uso de Água Nova: ocorrerá posto o reuso da água dos rejeitos. Medida ambiental sugerida: Programa de Monitoramento de Vazão
· Alteração Na Qualidade Ambiental: ocorrerá devido à função das atividades de movimentação do solo e reconstituição da cobertura vegetal na fase de fechamento. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Fechamento, Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD
MEIO BIÓTICO
· Aumento da Pressão da Caça: ocorrerá devido a remoção da cobertura vegetal ao tempo da implementação do empreendimento causando afugentamento de indivíduos da fauna, a aumento a chance do encontro dos animais com as pessoas, podendo ser capturados. Medida ambiental sugerida: Programa de Comunicação Social, Programa de Educação Ambiental.
· Aumento do Atropelamento da Fauna: poderá ocorrer devido à constatação do estudo biótico de que existe a presença de animais de pequeno, médio e grande porte na região do empreendimento, e devido à necessidade de se usar maquinas e veículos há chances de atropelamentos ocorrerem. Medida ambiental sugerida: Programa de Educação Ambiental, Programa de Gestão de Tráfego, Segurança e Alerta e Programa de Comunicação Social.
· Afugentamento da Fauna: ocorrerá devido a remoção da cobertura vegetal ao tempo da implementação do empreendimento causando afugentamento de indivíduos da fauna. Medida ambiental sugerida: Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna Durante a Supressão da Vegetação, Programa de Resgate da Informação Científica do Tapaculo-de-Brasília, Programa de Educação Ambiental e Programa de Compensação Ambiental.
· Alteração na Composição e Estrutura da Comunidade da Fauna: Com a retida da cobertura vegetal remoção, geração de ruídos e da movimentação de máquinas haverá o afugentamento da fauna, deste modo ocorrerá uma migração dos animais para áreas adjacentes causando um desequilíbrio momentâneo. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Monitoramento da Fauna, Programa de Resgate da Informação Científica do Tapaculo-de-Brasília, Programa de Conservação do Tapaculo-de-Brasília, Programa de Compensação Ambiental.
· Perda de Espécimes da Flora: ocorrerá pela remoção da cobertura vegetal nativa, com a consequente redução do número de espécies ameaçadas de extinção. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Controle da Supressão da Vegetação e Programa de Resgate de Epífitas e de Espécies de Importância Ecológica e Ameaçadas e Programa de Compensação Ambiental.
· Intervenção em Áreas de Preservação Permanentes – APPS: ocorrerá devido à remoção da cobertura vegetal para implantação do empreendimento. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Controle da Supressão da Vegetação Programa de Resgate de Epífitas e de Espécies de Importância Ecológica e Ameaçadas e Programa de Compensação Ambiental
· Aumento da Fragmentação da Paisagem e Incidência de Efeito de Borda: ocorrerá com a remoção da cobertura vegetal, que que acarretará o isolamento das áreas de vegetação nativa, a interrupção da dispersão de sementes e a troca genética entre as populações vegetais. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Compensação Ambiental.
· Reabilitação De Habitat: ocorrerá na fase de fechamento com reconstituição da cobertura vegetal com plantio de plantas nativas. Medida ambiental sugerida: Programa de Fechamento, Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD.
MEIO SOCIOECONÔMICO
· Aumento do Conhecimento Técnico-Científico sobre a Região: com a realização do Estudo de Impacto Ambiental e a publicização do RIMA foram produzidos estudos aumentam o conhecimento técnico e científico da região de inserção do Projeto EDR9,sendo benéfico para região de Araxá. Medida ambiental sugerida: Programa de Comunicação Social.
· Geração de Expectativas na População em Relação ao Empreendimento: como empreendimento do Projeto EDR9 pela CBMM gerou-se muitas incerteza e expectativas por parte da população do município de Araxá, dos representantes do poder público local, do mercado imobiliário, e por parte da população residente pela comunidade Boca da Mata. Medida ambiental sugerida: Programa de Comunicação Social
· Alteração dos Níveis de Emprego e Renda no Município: com o empreendimento do projeto EDR9 há expectativa de contratação de 800 trabalhadora pelo período de 9 anos, dinamizando a economia do município. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Qualificação e Oportunidades para a Mão de Obra e Fornecedores Locais e Programa de Comunicação Social. 
· Alteração da Arrecadação Pública Municipal: ocorrerá pela remoção da cobertura vegetal, terraplenagem, execução de obras civis na fase de implantação e na fase de operação do empreendimento, será perceptível com o aumento das pilhas (ambas com altura prevista de 80 metros) e o surgimento de lâmina de rejeitos de 339 hectares em função de formação de barramento, que terá altura máxima de 86,5 metros. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Comunicação Social e Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD, Programa de Fechamento. 
· Alteração das Condiçõesde Tráfego nas Vias de Acesso ao Empreendimento: será percebido visto à interferência na rotina dos habitantes da área do empreendimento, em que haverá alteração da qualidade ambiental (qualidade da água, ar, ruído), e os níveis de conforto existentes. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Controle e Monitoramento de Ruídos Programa de Controle das Emissões Atmosféricas e de Monitoramento da Qualidade do Ar, Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e Efluentes Líquidos, Programa de Comunicação Social, Programa de Educação Ambiental e Programa de Gestão de Tráfego, Segurança e Alerta. 
· Interferência no Patrimônio Arqueológico: foi identificado a presença de um sítio arqueológica na localidade do empreendimento, que será afetado por ele, visto a remoção da cobertura vegetal e terraplenagem. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico (salvamento do sítio e monitoramento arqueológico durante a implantação, programa de educação patrimonial) e Programa de Educação Ambiental
· Prolongamento da Vida Útil do Complexo e Manutenção dos Níveis de Emprego e Renda Associados: ocorrerá devido á continuidade das atividades da CBMM em Araxá e das contratações promovidas pela empresa. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Comunicação Social e Programa de Qualificação e Oportunidades para a Mão de Obra e Fornecedores Locais.
· Manutenção e Arrecadação Pública Municipal: ocorrerá devido a manutenção dos níveis de emprego e renda, além, da manutenção dos pagamentos de encargos sociais, tributos, impostos e “royalties” de minério. Medidas ambientais sugeridas: Programa de Comunicação Social e Programa de Qualificação e Oportunidades para a Mão de Obra e Fornecedores Locais.
(VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Essa identificação e avaliação de impactos ambientais coaduna com o princípio da prevenção, o qual encontra suporte na certeza científica do impacto ambiental, buscando a adoção de medidas para diminuir ou extinguir os impactos conhecidos (UNICEUB, 2021). Também coaduna com o princípio da educação ambiental, uma vez que entre as medidas está o Programa de Educação Ambiental, mesmo não sendo responsabilidade da empresa , e sim do Estado brasileiro, está empenha-se em fazer sua parte para promover a educação ambiental no munício de Araxá (UNICEUB, 2021).
Também se observa a preocupação de preservar a diversidade biológica da área em que se realizará o empreendimento, após sua finalização com o Programa de Compensação Ambiental, o que se mostra de grande valor uma vez que o desmatamento do cerrado aumentou 13% e bioma perdeu 7,3 mil km² de vegetação nativa em 2020 (WFF- BRASIL, 2020).
A conclusão do RIMA afirma o compromisso do Projeto EDR9 de conforme determina a Lei Estadual no 23.291/2019, estabelecer as melhores práticas fixadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM), a disposição dos rejeitos em estruturas alternativas a barragens, bem como, redução do aporte de água para a barragem. Garantindo-se uma maior segurança para a comunidade, colaboradores e meio ambiente foram os critérios principais para a seleção da melhor técnica disponível, a qual resultou em 39% dos rejeitos secos e empilhados e 61% espessados e dispostos em barragem. Considerou-se um grande avanço em relação à tecnologia atual que dispõe 100% dos rejeitos não espessados em barragem (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Constatou-se que a realização do empreendimento beneficiária a economia de Araxá, do ponto de vista socioeconômico (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Restou identificado para cada impacto constatado soluções de controle, monitoramento, mitigação e/ou compensação consolidadas em 23 programas ambientais específicos, visando promover a reversibilidade da maioria das reais interferências negativas e potencializar as positivas nas áreas de influência do Projeto EDR9 (VAZ Consultoria Ambiental, 2020).
Vale ressaltar que mesmo como todas as promessas e propostas feitas pela CBMM, é preciso que a sociedade acompanhe de perto para ter certeza que a empresa não está apenas se utilizando do discurso da responsabilidade social e ambiental para ocultar práticas indevidas que prejudiciais ao meio ambiente e a comunidade. Isto é, que estaria apenas “perfumando” atividades nocivas ao meio ambiente com discursos de proteção ambiental (UNICEUB, 2021).
Ademais, é de reconhecer que a empresa ao menos se mostra empenhada em respeitar o direito fundamental de terceira geração, constitucionalmente estabelecido, firmado pelo Art. 225 da Constituição federal o qual afirma: 
Art. 225 “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
Atendendo por tanto ao princípio do desenvolvimento sustentável, que visa suprir as necessidades da geração atual não comprometendo a das futuras, visando um crescimento econômico relacionado com equilíbrio ambiental e justiça social (UNICEUB, 2021).
REFERÊNCIAS
BRASIL, 1984. Constituição Federal da República. Brasília, 5 de outubro de 1988.
BRASIL, 1997. Resolução nº 237 , de 19 de dezembro de 1997.
UNICEUB. Direito Ambiental. E-Book- Apostila. Brasília, 2021.
VAZ Consultoria Ambiental, 2020. Estruturas De Disposição De Rejeitos 9 Projeto EDR9. Araxá, 2020. 
WFF- BRASIL. Desmatamento no Cerrado aumenta 13% e bioma perde 7,3 mil km² de vegetação nativa. Disponível em: https://www.wwf.org.br/?77608/cerrado-prodes-desmatamento-aumenta-123-perde-73-mil-km2. Acesso em: 20.06.2021.

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