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MAYOMBE

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Prévia do material em texto

QUESTÕES MAYOMBE 
 
1) Mayombe do escritor angolano Pepetela trata da guerra de libertação por meio da 
história de guerrilheiros vindos de regiões diferentes de Angola, com etnias 
diferentes e de diferentes classes .Era preciso dar voz aqueles que até então 
estavam destinados ao silêncio, tanto o silêncio violento da polícia política 
portuguesa − Polícia Internacional e de Defesa do Estado PIDE − ou no silêncio 
ideológico do racismo. Todos os grupos abaixo tiveram a chance de se manifestar 
na obra, exceto: 
 
a) Os kimbundos 
b) Os tugas 
c) Os umbundos 
d) Os kaluandas 
e) Os kikongos 
 
2. Leia este excerto da obra “Mayombe” do escritor angolano Pepetela, em que o 
personagem Teoria se apresenta: 
“Os meus conhecimentos levaram-me a ser nomeado professor da Base. Ao mesmo tempo, sou 
instrutor político, ajudando o Comissário. A minha vida na Base é preenchida pelas aulas e pelas 
guardas. Por vezes, raramente, uma ação.” 
 
Teoria é o guerrilheiro responsável por divulgar os preceitos marxistas-leninistas em suas aulas 
nos locais que o grupo conquista. Na obra “Angústia” de Grailiano Ramos , a personagem que 
carrega panfletos incendiários e inicia Luís nos valores comunistas é:] 
 
a) Moisés 
b) Ivo 
c) Julião Tavares 
d) Ramalho 
e) Pimentel 
 
3. “Mayombe”, do escritor angolano Pepetela, é uma obra cujo enredo ocorre durante a 
Guerra Colonialista Portuguesa que tentava resistir aos desejos de liberdade política e 
de independência das colônias lusófonas africanas. Todos os países abaixo são países 
lusófonos africanos, exceto. 
 
a) Timor Leste. 
b) Guiné-Bissau. 
c) São Tomé e Príncipe. 
d) Moçambique. 
e) Cabo Verde. 
 
4. O Comissário apertou-lhe mais a mão, querendo transmitir-lhe o sopro de vida. Mas a 
vida de Sem Medo esvaía-se para o solo do Mayombe, misturando-se às folhas em 
decomposição [...] Mas o Comissário não ouviu o que o Comandante disse. Os lábios já 
mal se moviam. A amoreira gigante à sua frente. O tronco destaca- se do sincretismo da 
mata, mas se eu percorrer com os olhos o tronco para cima, a folhagem dele mistura-se 
à folhagem geral e é de novo o sincretismo. Só o tronco se destaca, se individualiza. Tal 
é o Mayombe, os gigantes só o são em parte, ao nível do tronco, o resto confunde-se na 
massa. Tal o homem. As impressões visuais são menos nítidas e a mancha verde 
predominante faz esbater progressivamente a claridade do tronco da amoreira gigante. 
As manchas verdes são cada vez mais sobrepostas, mas, num sobressalto, o tronco da 
amoreira ainda se afirma, debatendo- se. Tal é a vida. [...] Os olhos de Sem Medo ficaram 
abertos, contemplando o tronco já invisível do gigante que para sempre desaparecera 
no seu elemento verde. 
Pepetela, Mayombe. 
Considerando-se o excerto no contexto de Mayombe, os paralelos que nele são 
estabelecidos entre aspectos da natureza e da vida humana podem ser interpretados como 
uma 
a) reflexão relacionada ao próprio Comandante Sem Medo e a seu dilema característico 
entre a valorização do indivíduo e o engajamento em um projeto eminentemente coletivo. 
b) caracterização flagrante da dificuldade de aceder ao plano do raciocínio abstrato, típica 
da atitude pragmática do militante revolucionário. 
c) figuração da harmonia que reina no mundo natural, em contraste com as dissensões que 
caracterizam as relações humanas, notadamente nas zonas urbanizadas. 
d) representação do juízo do Comissário a respeito da manifesta incapacidade que tem o 
Comandante Sem Medo de ultrapassar o dogmatismo doutrinário. 
e) crítica esclarecida à mentalidade animista que tende a personificar os elementos da 
natureza e ao tribalismo, ainda muito difundidos entre os guerrilheiros do Movimento 
Popular de Libertação de Angola (MPLA) 
 
5. O escritor angolano Pepetela mostra, em Mayombe, sua visão da Guerra Colonial que 
ocorreu entre 1961 e 1974, quando as Forças Armadas Portuguesas estiveram em 
confronto com os movimentos de libertação de Angola, Moçambique e Guiné. Em 
Angola, vários movimentos se formaram visando à independência do país. O grupo de 
guerrilheiros apresentado na obra pertencia a: 
a) Unita 
b) FNLA 
c)MPLA 
d) Angolanos Unidos 
e) Libertação e Progresso. 
 
6. Mayombe foi escrito “nos fins de noite, mais precisamente das 22 às 24 horas, durante um 
ano, em plena floresta de ________, onde o autor lutava, Mayombe gira, na sua essência, 
em torno da problemática dos valores e das contradições da guerrilha.”(PEPETELA, 1982, p. 
1). Assim, desde a apresentação do livro, o leitor fica ciente da situação em que a obra foi 
criada, quando o autor guerreava contra os portugueses. E não foi algo planejado, segundo 
o autor, a escrita iniciou a partir de um comunicado de guerra: “Mayombe é um livro que foi 
feito sem projeto. Esse livro apareceu dum comunicado de guerra. Nós fizemos uma 
operação militar e eu era o responsável por mandar informações, redigir o comunicado, 
como tinha passado a operação e enviar depois para o nosso departamento de informação, 
que veiculava no rádio, no jornal. Eu escrevi aquela operação com que o livro começa e que 
é real. Acabei de escrever o comunicado, uma coisa objetiva, assim fria. E não foi nada disso 
que se passou. E continuei o comunicado, tirei a primeira parte e mandei pra eles, no 
departamento de informações e continuei” (PEPETELA apud FORNOS, 2006, p. 48). 
A região angolana em que a obra se passa é a : 
a) Do Congo 
b) De Cabinda 
c) De Luanda 
d) De Cubango 
e) De Benguela 
 
7. Pepetela dedica a obra “aos guerrilheiros do Mayombe” e traz personagens sem nomes 
próprios — apenas com nomes de guerra que condizem com as características físicas 
e/ou psicológicas delas, ou com a função que elas exercem dentro do grupo. Com tais 
estratégias , o autor busca principalmente: 
 
a) Evitar a identificação dos guerrilheiros reais que descreve para evitar processos ou 
vinganças. 
b) Apresentá-los de forma abrangente, a fim de que todos os ex-combatentes possam 
sentir-se homenageados , já que proporciona aos ex-guerrilheiros a identificação com 
qualquer uma das personagens. 
c) Diminuir o valor dos combatentes, já que a causa é mais importante do que os 
indivíduos, logo não há empatia por seus companheiros de batalha. 
d) Reproduzir literariamente a perda progressiva de identidade dos combatentes dentro 
de um conflito bélico. 
e) Respeitar a memória dos mortos em batalha. 
 
8. Embora a narração em Mayombe seja, predominantemente, realizada por um narrador 
heterodiegético em terceira pessoa, as personagens assumem a posição de narrador em 
determinados momentos do livro. Interessante notar que os portugueses não têm voz 
na obra. Sobre o recurso literário de compartilhar a narração, todas as afirmativas a 
seguir são verdadeiras, exceto: 
 
 
a) Ao criar uma narrativa polifônica, Pepetela dá voz às várias tribos que formam a 
nação angolana, vozes essas silenciadas durante o período colonial. 
b) Esses trechos são iniciados por uma identificação – por exemplo: “Eu, o narrador, 
sou Teoria” 
c) Para diferenciar visualmente os trechos dos outros narradores, na obra, eles 
aparecem separados do resto do texto por um espaço antes e outro depois. 
d) Os trechos que se diferenciam do narrador heterodiegético são apresentados 
grifados em itálico. 
e) Todas as personagens do livro narram em primeira pessoa, independentemente da 
função dentro da hierarquia do grupo, reforçando a ideia socialista de coletividade. 
 
9. Todos os guerrilheiros são apresentados apenas com codinomes de guerra os quais 
condizem com as características físicas e/ou psicológicas deles. Sabemos apenas o nome 
real de um deles (JOÃO), por cujo nome é chamado em momentos de intimidade por 
alguém de seu círculo próximo de relações. Esta personagem é: 
 
a) Comandante 
b) Chefe de Operações 
c) Comissário 
d) Lutamos 
e) Miséria 
 
10. Comissário, ainda que tenha rompidocom o Comandante em certo momento da 
narrativa por conta de Ondina, enxergava em Sem Medo um modelo a ser seguido, ao 
mesmo tempo em que esse último o tratava como um filho. O trecho que comprova 
esta relação entre pai e filho simbólicos é: 
 
a) “Sem Medo viu os olhos luminosos do Comissário, procurando nos seus a aprovação.” 
b) “Nasci na Gabela, na terra do café. Da terra recebi a cor escura do café, vinda da mãe, 
misturada ao branco defunto do meu pai, comerciante português.” 
c) “Há vezes em que um homem precisa de sofrer, precisa de saber que está a sofrer e 
precisa de ultrapassar o sofrimento. Para que, por quê? Às vezes, por nada.” 
d) “O meu pai foi morto pelos tugas . Como posso suportar ver pessoas que não sofreram 
agora mandarem em nós, até parece que sabem do que precisamos?” 
e) “Os rótulos pouco interessam, os rótulos só servem os ignorantes que não veem pela 
coloração qual o líquido encerrado no frasco”. 
 
11. Cada guerrilheiro tem uma motivação para estar na guerrilha. Sem Medo , por exemplo, 
tinha na culpa pela morte de Leli , Lutamos quer provar que seu povo Cabinda não é 
feito de traidores. Há dois casos de órfãos cujos pais eram trabalhadores de terras ricas 
– uma com diamantes, outra com café –, entretanto, devido à exploração dos tempos 
coloniais, morreram pobres e deixaram as famílias em semelhante situação de miséria. 
Nesse sentido, são as condições de vida e morte dos pais que alimentam a vontade de 
vingança e a luta contra o colonialismo. São eles: 
 
a) Milagre e Muatiânvua 
b) Miséria e Comissário 
c) Teoria e Chefe de Operações 
d) Verdade e Ekuikui 
e) Ingratidão e Mundo Novo 
 
12. Pepetela critica o MPLA ao trazer questões que prejudicavam o movimento. Todas aas 
críticas a seguir são feitas no livro e estão diretamente ligadas ao cotidiano do grupo , 
exceto: 
 
a) falta de pessoas para compor o comando em Dolisie. 
b) poucos guerrilheiros que haviam, logo um efetivo insuficiente 
c) denúncia sobre o mau uso dos recursos destinados à guerra, tanto que os militantes 
conviviam com a escassez de comida no interior do Mayombe. 
d) O tribalismo constitui outra dificuldade experimentada pelo movimento de libertação, 
aparecendo de forma negativa em vários momentos da narrativa 
e) O dogmatismo político-ideológico 
 
13. A personagem mais fiel e ortodoxa à cartilha marxista-leninista tendo uma relação 
dogmática com a ideologia que defende é: 
 
a) Teoria 
b) Mundo Novo 
c) Muatiânvua 
d) Comissário Político 
e) Comandante Sem Medo 
 
14. É preciso, porém vislumbrar que embora se possam pensar elementos similares da 
mestiçagem tanto em Angola como no Brasil, existem especificidades importantes 
nestas relações em cada país. Se no Brasil o mestiço é um quase branco, em Angola é 
visto como um herdeiro maldito do sangue português. “Sujeito quase branco, a lembrar, 
com os traços de seu próprio corpo, a permanência do tempo colonial, o mulato é um 
sujeito “sem tribo”, espécie de “judeu errante” em busca de um lugar no conjunto das 
novas relações que se estabelecem no país liberto do jugo colonial Enquanto sujeito não- 
pertencente, o mestiço ocupa o interstício de uma relação desigual entre 
colonizado/colonizador, escravo/senhor, podendo, portanto, supor-se capaz de flutuar 
entre esses dois lugares: se crê quase um branco ou quase um negro, mas de qualquer 
forma, sua identidade estará incondicionalmente marcada por esse quase, conforme 
afirma Fanon “ainda não branco, já não totalmente negro, era um maldito”. (FANON, 
2008, p. 28). Os comentários acima se adequam principalmente à qual personagem da 
obra “Mayombe”” de Pepetela? 
 
a) Teoria 
b) Lutamos 
c) Muatiânvua 
d) Sem Medo 
e) André 
 
15. Ondina, por sua relação particular e libertária com relação à sexualidade, seria uma 
personagem absolutamente criticável pela visão de mundo (cosmovisão) de uma 
personagem de outra obra exigida pela Fuvest. A personagem que mais criticaria Ondina 
seria: 
 
a) Luis da Silva, de “Angústia” 
b) Miguilim, de “Campo Geral 
c) Cristiano Palha, de “Quincas Borba” 
d) Teodorico Raposo, de “A Relíquia” 
e) Chica da Silva, de “Romanceiro da inconfidência” 
 
16. Acerca da narrativa de Mayombe, associe a coluna da esquerda (título dos capítulos) 
com o da direita (principais fatos ocorridos nos capítulos) 
 
I- A missão 
II- A base 
III- Ondina 
IV- A surucucu 
V- A amoreira 
 
A- Ocorre o ataque à base portuguesa instalada em Mayombe. 
B- O comandante Sem Medo é deslocado para o comando em Dolisie, e o Comissário 
assume o comando da base. 
C- No ataque à equipe de extração de madeira, nativos são capturados como forma de 
obter informações da atuação dos portugueses na região de Mayombe. 
D- Vewê chega de Dolisie com a notícia de que os portugueses haviam atacado a base de 
guerrilheiros em Mayombe. 
E- Os alimentos na base comandada por Sem Medo tornam-se escassos, e André, 
responsável pelos recursos da guerrilha, não contribui para reverter a situação. 
 
Assinale a opção que contém a correta correspondência entre as colunas: 
 
a) V-A; III´-B; I-C; IV-D; II-E 
b) I-A; III-B; V-C; II-D; IV-E 
c) V-A; I-B; III-C; IV-D; II-E 
d) V-A; III-B; I-C; II-D; IV-E 
 
17. Leia o excerto a seguir de Mayombe e, em seguida, assinale a alternativa correta: 
“- Ora! Nunca foi ofensa quebrar um mito. Ele é que se criou mito sobre mim, agora apercebe-
se que estava enganado. Talvez eu o tenha ajudado a criar esse mito, quem sabe? Não era minha 
a minha intenção, mas posso ter contribuído. Ele apercebeu-se por si próprio e agora, pelo 
caminho, a cada passada, vai desmoronando a estátua que construíra. Não há razão nenhuma 
para estar preocupado e ofendido. A partir de agora, ele não precisará de mitos para viver, vai 
tornar-se um homem livre. Devemos mesmo estar contentes.” 
a) Há no excerto uma discussão acerca da desconstrução das imagens dos líderes 
soviéticos, que, juntamente com suas ideologias, deviam ser intocáveis. 
b) No fragmento, André se refere à condição moral do Comandante Sem Medo, que, em 
diversas ocasiões, fazia questão de mostrar suas ideias contrárias ao partido. 
c) No trecho, a fala é de Sem Medo referindo-se ao Comissário Político, que havia se 
desiludido após o Comandante não ter atendido seu pedido de reconciliá-lo com 
Ondina. 
d) Ondina, no trecho apresentado, discute a validade de mitos que cercam a população 
angolana, que, em sua opinião, deveria estar livre de crenças populares. 
 
18. 
“-Não temos as mesmas ideias – disse Sem Medo. -Tu és o tipo do aparelho, um dos que vai 
instalar o partido único e omnipotente em Angola. Eu sou o tipo que nunca poderia pertencer 
ao aparelho. Eu sou o tipo cujo papel histórico termina quando ganharmos a guerra. Mas o 
meu objetivo é o mesmo que o teu. E sei que, para atingir o meu objetivo, é necessária uma 
fase intermediária. Tipos como tu são os que preencherão essa fase intermediária. Por isso, 
acho que fiz bem em apoiar o teu nome. Um dia, em Angola, já não haverá necessidade de 
aparelhos rígidos, é esse o meu objetivo. Mas não chegarei até lá.” 
 
 
Sobre o pensamento heterodoxo de Sem Medo e o rigor teórico dogmático de Mundo Novo, 
assinale a alternativa correta: 
 
a) Sem Medo, ao contrário de Mundo Novo, sem formação intelectual e baseado nas 
dificuldades do cotidiano da guerra de libertação nacional, não acredita ser possível o 
sucesso de revolução. 
b) Mundo Novo representa em Mayombe os intelectuais formados em países europeus 
que retornam a seus locais de origem para lutar pela independência e por condições 
mais justas e dignas de sobrevivência. 
c) Mundo Novo e Sem Medo, dirigentes da guerrilha, acreditam na instauração bem-
sucedida da revolução, no entanto, discordam com o pensamento difundido pelos 
líderes combatentes. 
d) Sem Medo, prevendo a derrota da guerrilha, entende que a única saída para o sucesso 
do movimento de libertaçãoé o empenho em se construir um aparelho burocrático que 
possa viabilizar uma nova forma de governar. 
 
19. Sobre a personagem Ondina, é correto afirmar que: 
 
 
a) Após o conflito com seu noivo, o Comissário Político, afirma para Sem Medo sua 
necessidade de liberdade e sua vontade de atuar no movimento de independência. 
b) Divulga dados confidenciais da guerrilha para os portugueses, que acabam se 
instalando em Mayombe e atacando a base comandada por Sem Medo. 
c) Juntamente com André e Ingratidão, foge de Dolisie, fazendo com que os 
guerrilheiros de Mayombe não consigam mais recursos para alimentação. 
d) Após terminar o noivado com o Comissário Político , torna-se uma guerrilheira com 
o apoio de Sem Medo, que a leva para o conflito com os portugueses que haviam se 
instalado próximo á base de Mayombe. 
 
20. “O Mayombe tinha aceitado os golpes dos machados, que nele abriram uma clareira. 
Clareira invisível do alto, dos aviões que esquadrinhavam a mata tentando localizar nela 
a presença dos guerrilheiros. As casas tinham sido levantadas nessa clareira e as árvores, 
alegremente, formaram uma abóboda de ramos e folhas para as encobrir. [...] Os paus 
mortos das paredes criaram raízes e agarraram-se à terra e as cabanas tornaram-se 
fortalezas. E os homens, vestidos de verde, tornaram-se verdes como as folhas e 
castanhos como os troncos colossais. A folhagem da abóboda não deixava de penetrar 
o Sol e o capim não cresceu em baixo, no terreiro limpo que ligava as casas. Ligava, não: 
separava com amarelo, pois a ligação era feita pelo verde. 
 Assim foi parida pelo Mayombe a base da guerrilha.” 
 
Acerca do excerto, assinale a alternativa correta: 
 
a) A harmonia entre ser humano e natureza estava ameaçada devido à ação irresponsável 
dos combatentes sobre os recursos naturais, não levando em conta as gerações futuras. 
b) A ação dos humanos sobre a floresta fez com que esta criasse uma barreira que os 
impossibilitou de seguirem seus planos, tonando impossível sua permanência. 
c) Os guerrilheiros descaracterizaram completamente o espaço natural, a fim de se 
beneficiarem suas construções, que estão se tornariam invisíveis aos olhos do inimigo. 
d) A floresta de Mayombe ganha vida na descrição realizada; tudo o que a compõe- ramos, 
folhas, paus, capim- foi responsável por dar origem à base guerrilheira , integrando-a ao 
ambiente natural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
1. B 
2. A 
3. A 
4. A 
5. C 
6. B 
7. B 
8. E 
9. C 
10. A 
11. A 
12. E 
13. B 
14. A 
15. A 
16. A 
17. C 
18. B 
19. A 
20. d

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