Buscar

RESUMO INDICATIVO DA OBRA - MARTINS, Estevão de Resende. Realismo, ambição e frustração o Brasil e sua política internacional (1985-2015) IN FERREIRA, JorgeDelgado, Lucília de Almeida Neves O BRASIL R

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DAPARAÍBA
Centro de Educação
Departamento de História
Curso de História
Disciplina: História do Brasil IV
Resumo indicativo da obra
MARTINS, Estevão de Resende. Realismo, ambição e frustração: o Brasil e sua política internacional (1985-2015) IN: FERREIRA, Jorge/Delgado, Lucília de Almeida Neves. O BRASIL REPUBLICANO. V. 5. O TEMPO DA NOVA REPÚBLICA – DA TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA À CRISE DE 2016. QUINTA REPÚBLICA (1985-2016). 1ͣ ed. - Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018, p.389-414.
As questões relativas a discussões no plano internacional no seu sentido diplomático a partir dos anos 1985 são a cargo da figura máxima de poder, o presidente da república em exercício, e o presidente em questão tem como competência muitos poderes e formas de ação. Em 1985, o presidente pós-redemocratização política interna é Tancredo Neves, que assume a presidência do Brasil juntamente com José Sarney como vice-presidente, porém a gestão Tancredo dura poucos meses em virtude de sua morte, assumindo Sarney a presidência, e num contexto de reestruturação interna do país mediante tantos anos de ditadura militar o Brasil precisava se articular internacionalmente, era de extrema importância realinhar o Brasil aos demais países, o Brasil necessitava se reestruturar internamente.
Ao mesmo tempo em que busca uma reestruturação internacional diplomática, o Brasil sofre fortes reestruturações em diversos âmbitos internos, como o ‘’Plano Real’’ que é adotado em 1994, tornando o real como moeda oficial do território, numa tentativa de conter os altos níveis de inflação interna e reestabelecer a economia, o país sofria enfrentando uma forte dívida externa que impossibilita avanços largos e concretos no sentido interno.
O cenário internacional começa a ser alterado, e os caminhos de fortalecimento diplomáticos e econômicos começam a ser fortalecidos de fato, a partir da queda do muro de Berlim na Alemanha em 1989, e a dissolução da União Soviética, que garante o fim da guerra fria e a consolidação do bloco capitalista no contexto internacional, e consequentemente um declínio dos países socialistas/comunistas. A partir da queda do muro de Berlim e a ascensão forte do capitalismo no contexto internacional as relações diplomáticas econômicas se multiplicam no horizonte de possibilidades que se abrem, um verdadeiro multilateralismo. A partir desse multilateralismo que é promovido por um rearranjo mundial há o aparecimento de vários grupos e organizações econômicos e comerciais no cenário das diplomacias entre os países do bloco capitalista, como a OMC, esse multilateralismo possibilita acordos e amplas possibilidades que entram em vigor fortemente e rapidamente.
E o brasil a partir do ano de sua redemocratização política em 1985, busca se articular com outros países no sentido das relações internacionais através da figura do presidente, e também dos funcionários órgãos que gravitam no poder executivo, como no caso o Itamaraty, nesse sentido as figuras diplomáticas e chefes de poder que mais se destacaram no cenário político externo desde 1985 até 2015 foram Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva, enquanto presidentes do Brasil, exercem profundas buscas por relações diplomáticas e de parceria mutua com outras nações e países a fim de consolidar ou estreitar laços em vários âmbitos, seja políticos, socias, econômicos, etc. nesse sentido eles são grandes expoentes pela diplomacia, obtendo ou não resultados efetivos.
Então o Brasil busca resultados quando se fala das relações com o plano internacional, o país adere a vários grupos externos após a redemocratização a fim de buscar soluções para seus problemas internos e resolver a crise, se posicionando muito bem e buscando sempre sanar as dívidas e renegocia-las, nesse sentido FHC foi figura impar nesse processo de quitação de dívidas, e soluções efetivas. Durante todo esse processo de estabelecimento de relações muitos líderes de outras nações visitam o Brasil, ao mesmo tempo em que reafirmam continuidades diplomáticas. O país vive um contexto de pós redemocratização positivo, no dizer das (re)aproximações com países vizinhos, se empenha muito para alcançar esse fito. E de fato consegue muito bem, tais alianças persistem e possibilitam a criação de vários outros acordos, como o tratado de assunção que dará origem ao Mercosul em 1991, fruto da parceria dos países latinos, principalmente Brasil-Argentina. Paralelamente a criação do Mercosul e dos acordos e tratados firmados os países enfatizavam a necessidade do desenvolvimento da paz, e da democracia.
Em meio a um cenário de redemocratização e multilateralismo o Brasil faz um reatamento com Cuba em 1996, exemplificando a necessidade de se fazer e buscar pela diplomacia. Já em 1987 o então presidente José Sarney cumpre uma extensa agenda de viagens para que seja possibilitado tais laços, são visitas presidenciais em busca de acordos e iniciativas de parcerias, não na américa latina, mas com todos os países dispostos a estabelecer relações de amizade.
Em 1988 entra em vigor uma nova constituição, e em algumas de suas cláusulas e anexos era estabelecido a necessidade da continuidade das relações internacionais, e nesse viés o brasil prospera positivamente até meados dos anos 2000 quando há um declínio, mas também uma continuidade. Em 1989 os caminhos diplomáticos persistem com muitas nações, é um tempo próspero nesse sentido, reuniões de presidentes e grandes líderes aconteciam frequentemente para estabelecer e estreitar os acordos, acordos esse que oficializam muitas vezes a criação de órgãos de cooperação mutua. E a queda de regimes totalitários reforçam mais ainda o progresso da América latina, o governo de Collor de Melo quando eleito continua essa política de viagens, reafirmando laços diplomáticos em meados dos anos de 1990, Collor em sua gestão a frente do governo se empenha em fazer uma política de cunho neoliberal, pois tinha o objetivo de modernizar o país, neoliberalismo esse que podia também ferir o Brasil no tocante ao seu aparelhamento estatal, nesse sentido ele dá caminhos para uma integração competitiva no país. O contexto era e globalização, de modernização de fortalecimento do Mercosul, de alianças duradouras, o Mercosul, entre muitas das suas funções era a de permitir e conferir a livre circulação regional comercial, e desde sua criação o Mercosul vem se aperfeiçoando e se diversificando em todos os âmbitos, desde sociais, públicos, dos setores estratégicos, etc. e apesar de haverem discordâncias entre eles o Mercosul se empenha por políticas de coesão social, colaboração mútua e pela busca da igualdade entre seus membros, igualdade essa principalmente no que se refere as economias menores, era um fundo financeiro, de fato, para contribuir no desenvolvimento em vários setores, desde a segurança energética até a segurança alimentar contra a fome. E nesse sentido eles atuam em diferentes frentes, fazendo uma espécie de rodizio presidencial para o biênio, a Venezuela por exemplo quando a frente da gestão bienal de 2014 se emprenha em buscar a segurança dos povos indígenas e a igualdade de gênero. Apesar de os países que formam o Mercosul serem coesos no sentido diplomático haviam polaridades e opiniões contrarias que dificultam avanços efetivos, muita coisa não entrava em vigor mediante discordâncias e persistem só no plano dos projetos.
O governo FHC começa bem seu governo no sentido de que havia pouca inflação que tinha se acumulado nos anos anteriores, então isso o faz seguir um mandato com menos pressão e mais possibilidades, ele busca pela diplomacia medidas eficazes e efetivas para conquistar vantagens para o país, buscando criar foros nos órgãos internacionais e ter voz ativa na política externa. Muitos projetos que estavam paralisado ou mesmo engavetados e que aguardavam a muito tempo por um parecer do Brasil agora tem uma continuidade no governo Fernando Henrique, e ele mantem um realismo quanto a suas limitações e possibilidades de ação, e não promete o que não consegue cumprir, diferentementedo governo Lula da Silva que não carrega esse realismo e nesse sentido concretiza frustrações quanto a algumas medidas tomadas, que tem poucos resultados. O governo Lula estabelece relações e auxilia países sul americanos e africanos com recursos do BNDES, sem muitos resultados efetivos. Quando ele chega ao poder pós era FHC, Lula segue por outro caminho diplomático, enquanto, Fernando Henrique busca ligações fortes com os EUA e países europeus, Lula busca ligações firmes com países africanos, do oriente e do sudeste asiático, auxilia economicamente tais países buscando dar um novo perfil ao Brasil foi muito frustrado nesse caminho não havendo muitos resultados, nesse sentido ele buscou se alinhar com tais países com um discurso de democratizar a globalização, formar alianças com países emergentes como o Brasil, e tinha a pretensão de projetar o país como agente atuante no plano global.
Após os governos de FHC e Lula da Silva o Brasil se mantém na atividade diplomática mais fortemente e constante pelo Itamaraty, entre o governo FHC, Lula e Dilma o Brasil participa de várias reuniões e eventos de consolidação e cooperação como a Cúpula do Rio. O Mercosul se enfraquece em virtude da entrada da Venezuela e Bolívia paralelamente em meios aos inúmeros outros projetos em andamento.
Era preciso considerar se o país poderia empreender políticas e projetos, era preciso caminhar pelo realismo, com os pés no chão, para não cair em frustrações vindouras que acontecem tanto no governo FHC como no de Lula, em virtude das dificuldades nas iniciativas irreais ou ambiciosas demais o governo Lula sofre um baque no sentido de sua atuação e influência na política externa, e isso se estende ao governo de Dilma, inclusive a gestão de Dilma não se empenha em novas frentes de ação na política externa, há um declínio da imagem do Brasil na perspectiva externa, o Itamaraty pelo contrário mantém seu eficiente serviço nas relações internacionais. As ambições irreais ou ambiciosas demais e o declínio da representatividade do Brasil no governo Dilma se refletem também na em derrotas internacionais aos candidatos apoiados pelo Brasil, nos órgãos multilaterais, e os cargos de destaque só começam a ser acessíveis quando o Brasil se torna atuante na diplomacia.

Continue navegando