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1 Semiologia e propedêutica Urológica – Luisa Tejerizo – 7° semestre – Aula 1 UROLOGIA SEMIOLOGIA E PROPEDÊUTICA UROLÓGICA AULA 1 • A obtenção da história do paciente é a base da avaliação médica e, portanto, urológica, pois permite estabelecer hipóteses diagnósticas, orientando os exames a serem requisitados • A anamnese completa e exame clinico minucioso permitem direcionar a investigação para se estabelecer o diagnóstico preciso e com o mínimo de exames subsidiários, ou seja, menor custo. RELAÇÕES ANATÔMICAS • O rim e o ureter são órgãos retroperitoneais • A parte da parede posterior da bexiga é intraperitoneal e a parte anterior e lateral da base dela é extraperitoneal pélvica. • De onde vem a dor? Dor de cálculo renal e de cálculo de ureter esquerdo pode ser confundida com apendicite contralateral, ou seja, apêndice que nasce do lado direito e a sua ponta está localizada no lado esquerdo. • Pode também, ser confundida com cisto no ovário infectado, ou com parte posterior da bexiga, esta, ligada ao rebordo peritoneal pélvico, sendo que sua parte posterior tem relação com a cavidade abdominal, uma vez que o peritônio a separa do reto, e ela encontra-se colada no peritônio. O restante da bexiga como a parede superior da bexiga, anterior, lateral e base da bexiga se localizam na região extraperitoneal. • As cirurgias de próstata para câncer, não são robóticas, são feitas extraperitonealmente, sem acesso ao peritônio. • O cálculo de ureter pode ser confundido com apendicite contralateral, com cisto de ovário, doença inflamatória pélvica, colite ulcerativa, pseudocolite membranosa... todas essas síndromes e patologias causam sintomas no mesmo local que o cálculo de ureter baixo causa. Dor testicular: • tem relação com varicocele, mas varicocele não gera dor, precisa ser muito grave para tal. Se um cálculo estiver em ureter médio, como a inervação é quase a mesma, pode causar dor testicular. • Pode ter uma hernia lombrosacra ou lombar, o mesmo nervo que nasce da região lombo sacra está sendo comprimido e a dor é por conta de uma hérnia vertebral de disco, que será refletida na ponta, no testículo. • Quando há distensão de capsula do fígado, há dor. 2 Semiologia e propedêutica Urológica – Luisa Tejerizo – 7° semestre – Aula 1 ANAMNESE • Identificação do paciente: → período pré natal → criança → adolescente → adulto geriátrico • Nível social • História clínica • História familiar • História patológica OBS: captar a confiança, aproveitar o tempo e identificar a linguagem médico paciente correta Afecções urológicas, em sua quase totalidade, são um conjunto de queixas na forma de sinais e sintomas e podem ser agrupadas em 5 grandes síndromes: 1. Distúrbios metabólicos 2. Infecção ou inflamação 3. Malformações 4. Alterações vasculares 5. Tumores • Antecedentes pessoais: → Diabetes mellitus: disfunção autonômica, alterações urinarias e de função sexual → Tuberculose, função renal, obstrução ureteral → Hipertensão e IAM: disfunção sexual e uso de medicamentos → Doenças neurológicas (mielo meningocele que gera bexiga neurogênica → Anemia falciforme: necrose papilar (hematúria na urina) e priapismo OBS: Priapismo é a complicação relativamente frequente na doença falciforme. Consiste de ereção peniana prolongada e dolorosa, não acompanhada de desejo ou estímulo sexual, usualmente persistente por mais de quatro horas. A disfunção erétil é sequela comum no tratamento inadequado. Durante a ereção ocorre relaxamento da musculatura lisa das artérias do corpo cavernoso, que está associado com aumento do fluxo sanguíneo aferente e diminuição do eferente, até que a pressão interna do corpo cavernoso aumente e o fluxo aferente cesse. Persistência da ereção e falência da detumescência estão associadas a aumento da hipóxia, elevação da pressão CO2 e acidose. A baixa tensão de oxigênio no corpo cavernoso predispõe à falcização, e os eritrócitos falcizados, por sua vez, predispõem à estase venosa com consequente estase e perpetuação do priapismo. Alterações estruturais na musculatura lisa peniana são observadas após 12 horas de duração do priaprismo. Isquemia prolongada está associada a edema tissular, necrose muscular e reação inflamatória, cujo resultado final é fibrose trabecular e provável disfunção erétil. Meningocele x bexiga neurogênica Os principais sinais e sintomas são esvaziamento incompleto da bexiga, perdas de pequenas ou grandes quantidades de urina e infecções urinárias frequentes Crianças com bexiga neurogênica não apresentam micção, ato espontâneo e fisiológico de eliminar a urina, elas perdem urina e sem sentir. Em relação a bexiga hiperativa, o músculo detrusor contrai involuntariamente, independente da bexiga estar cheia ou vazia. “Na maior parte das vezes, temos uma bexiga pequena, porque não está acostumada com grandes quantidades de urina, e com paredes grossas, porque contrai o tempo todo e acaba ganhando tônus muscular. Esse tipo de bexiga tende a ser acompanhada de Refluxo Vesicoureteral (urina volta 3 Semiologia e propedêutica Urológica – Luisa Tejerizo – 7° semestre – Aula 1 da bexiga para os rins) devido às altas pressões que ela trabalha. Necrose de papila renal é um infarto isquêmico da região interna da medula renal. A medula e a papila renal são particularmente predispostas a isquemia pois vivem em um regime de hipóxia crônica devido ao fluxo lento da vasa recta. Entre as causas predisponentes mais comuns encontramos diabetes mellitus, infecções do trato urinário, abuso de analgésicos e doença falciforme. • Antecedentes familiares → Doenças genéticas: renal policística, esclerose tuberculosa, doenças de von hippel lindau, acidose tubular renal e cistinuria → História familiar: urolitiase → Câncer de próstata: 8 a 10% com história familiar OBS: Cistinúria é um erro inato do metabolismo de transmissão autossômica recessiva com alteração no transporte intestinal e tubular renal dos aminoácidos cistina, lisina, arginina e ornitina, e consequente aumento da excreção urinária desses quatro aminoácidos. • Uso de medicamentos: → Disfunção erétil: anti-hipertensivos (diminui fluxo de sangue). → Disfunção ejaculatória: psicotrópicos, bloqueadores alfas adrenérgicos → Priapismo: antipsicóticos, antidepressivos, drogas intracavernosas → Redução de espermatogênese: quimioterápicos, drogas ilícitas, anabolizantes, antiandrogenicos. → Incontinência urinaria: relaxantes musculares, histamina → Retenção urinaria: anticolinérgicos, agonistas alfa adrenérgicos, antihistaminicos loratadine) → Insuficiência renal aguda: antimicrobianos aminoglicosídeos, quimioterápicos (cisplatina), antinflamatório não hormonal. OBS: Inibidores de Fosfodiesterase5 são usados na hipertensão, funcionam como vasodilatadores, provoca relaxamento da célula muscular do tecido cavernoso, condição necessária para obtenção da ereção. HAS X DISFUNÇÃO ERETIL A pressão de sangue elevada danifica as artérias e o bom fluxo de sangue através das artérias é necessário para obter e manter uma ereção. Ao longo do tempo, a hipertensão pode fazer com que as artérias se tornem menos flexíveis e estreitas (também conhecido como aterosclerose), de modo que o fluxo sanguíneo é reduzido. Isso limita o sangue que circula para o pênis, portanto, diminuindo sua capacidade de alcançar e manter ereções. A pressão arterial elevada também pode afetar a libido e a ejaculação. Certos medicamentos que contém agentes hipotensivos podem ter como efeito secundário a disfunção eréctil, e deste facto pode decorrer uma diminuição de fornecimento de sangue ou irrigação peniana, agravando assim a condição. • Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (iECA) → Medicamentosque inibem a iECA, ou angiotensina, como o ramipril e o lisinopril podem provocar disfunção erétil através do seguinte mecanismo: a angiotensina é um hormônio libertada nos rins que contribui para o aumento da irrigação orgânica e aumento da pressão sanguínea; ao inibir esta enzima o medicamento vai reduzir também a pressão sanguínea e a irrigação orgânica, podendo assim afetar o mecanismo da ereção. https://www.euroclinix.net/br/hipertensao/anti-hipertensores-hipertensivos https://www.euroclinix.net/br/hipertensao/anti-hipertensores-hipertensivos https://www.euroclinix.net/br/hipertensao/inibidores-enzimas-angiotensina https://www.euroclinix.net/br/hipertensao/inibidores-enzimas-angiotensina https://www.euroclinix.net/br/hipertensao/ramipril https://www.euroclinix.net/br/hipertensao/lisinopril 4 Semiologia e propedêutica Urológica – Luisa Tejerizo – 7° semestre – Aula 1 • Betabloqueadores → Os beta bloqueadores são fármacos anti hipertensores que atuam através do bloqueio dos receptores beta, responsáveis pela libertação da noradrenalina – hormona responsável pelo stress – reduzindo deste modo a frequência cardíaca e a quantidade de sangue fornecido aos órgãos. Estes fatores afetam o processo da ereção através da contração (em vez de relaxamento) do tecido muscular do pénis, redução da produção da testosterona e redução da libido por alteração induzida no sistema nervoso simpático. • Bloqueador dos Canais de Cálcio → Os bloqueadores de canais de cálcio como o antagonista dos canais de cálcio e a amlodipina são ingredientes utilizados para o tratamento da angina de peito, a arritmia e a hipertensão arterial. → Estes bloqueadores atuam sobre o tecido muscular do coração e dos vasos sanguíneos reduzindo a sua contração através do bloqueio dos canais de cálcio, necessário à contração destes músculos. → Para além de poder provocar efeitos como tonturas e dores de cabeça, este bloqueador pode ainda provocar disfunção erétil. • Diuréticos → Os diuréticos de administração oral como a bendroflumetiazida, além de afetarem diretamente a função renal e o aparelho urinário, têm também como efeito secundário a Disfunção Erétil, tendo esta sido provada afetar maior percentagem de indivíduos do que os que tomam beta bloqueadores. • Vasodilatadores → Os medicamentos vasodilatadores são utilizados no tratamento de condições cardíacas como a angina de peito, e, pelo facto de alterarem a dimensão dos vasos sanguíneos interferem negativamente no processo da ereção, obstando-a. • Cirurgias anteriores: • Planejamento cirúrgico • Alterações anatômicas locais • Radioterapia previa • Aderências e fibrose. • Tabagismo, uso de álcool e alergias → Tabagismo: risco de câncer urotelial de bexiga, doenças vasculares periféricas e disfunção erétil → Alcoolismo: neuropatia periférica e autonômica, disfunção hepática, redução de testosterona, atrofia testicular e perda de libido → Alergias: sempre questionar para prevenção de complicações • Distúrbios miccionais → Disuria: micção difícil e, por isso, dolorosa → Estranguria: forma extrema de disuria, dificuldade e dor a micção, acompanhada de espasmos em intensa cistite → Nocturia: micção noturna frequente (2 ou mais micções /noite) → Nicturia: predominância do volume urinário noturno em relação ao diurno (aumento do volume urinado noturno) → Poliuria: diurese superior a 12000 mlem 24horas → Urgência miccional: necessidade de urinar impondo micção urgente com ou sem perda urinaria (incontinência). Incontinência é quando perde urina sem controle, urgência é a necessidade forte de ir ao banheiro, se não chegar perde, mas não é incontinência. https://www.euroclinix.net/br/hipertensao/amlodipina https://www.euroclinix.net/br/hipertensao/bendroflumetiazida 5 Semiologia e propedêutica Urológica – Luisa Tejerizo – 7° semestre – Aula 1 → Enurese: durante o sono de uma criança que ultrapassou os três anos de vida. OBS: • Cistite pode ter mais hematúria. • Cistite não tem infecção. • O sumario de urina define infecção urinaria → Opsiuria: eliminação maior de urina em jejum do que na digestão (indica início de hipertensão portal – retardo da absorção intestinal) → Anisuria: alternância de oliguria com poliuria em afeções hepáticas → Pimeluria: gordura na urina, lipuria → Anuria: supressão da secreção urinaria (renal, pre e pos renal) → Pneumaturia: emissão de gás com urina na micção (DM ou fistula entre intestino e bexiga- diverticulite, câncer de colón, Cohn → Quiluria: linfa na urina (comunicação vascular linfático e trato urinário → Planuria: eliminação de urina por via não uretral → Piuria: pus na urina EXAME FISICO • Geral: → Nutricional: caquexia → doenças malignas → Obesidade → doenças endócrinas → Edema de extremidades: cardiopatias ou nefropatias • Linfadenomegalia: → supraclavicular (neo de próstata e testículo) → inguinal (câncer de pênis, uretra, uretrites) – comum. • Rins → O rim direito é mais baixo do que o esquerdo pela presença do fígado que provoca pressão na formação embriológica renal direita, reposicionando um pouco para baixo ou não deixando subir → Difícil palpação principalmente em pé (diafragma e costelas) → Possível palpação do polo inferior em crianças e mulheres magras na inspiração profunda → Retroperitoneal bilateral → Palpação bimanual: deitado o rim é levantado por pressão de trás para diante e associação com a outra mão também comprimindo o abdome anterior na região do flanco • Pênis → Fimose (hipertrofia do prepúcio que impede que exponha a glande) tamanho do pênis em crianças → Meato uretral externo: estenose, distopia. Olhar se o meato esta mais para baixo, gerando a hipospadia, se a hipospadia é escrotal, subescrotal, peniana 6 Semiologia e propedêutica Urológica – Luisa Tejerizo – 7° semestre – Aula 1 → Doenças venéreas (condiloma) → Corpo cavernoso: doença de peyronie (desvio peniano), curvatura peniana → Tumor de pênis: lesão vegetante ou ulcerativa • Escroto (bolsa testicular) → Pele: infecção, cisto sebáceo → Hidrocele: trans iluminação, quando coloca uma luz e vê água vinda de uma funiculocele que consiste na persistência de abertura do canal inguinal de um lado ou de outro ou lateral, fazendo com que o conteúdo liquido da cavidade abdominal saia para bolsa testicular. Ao deitar o liquido volta para região abdominal. • Pesquisa de hernia inguinal • Cordão espermático: → Cistos → Varicocele → canal deferente → Ausência de cordão espermático tem relação com fibrose cístico • Testículo: → Tamanho → consistência (elástica, superfície lisa, nodulação, área endurecida) • Epidídimo: → Posição → Consistência → Cistos → dor local. → Epididimite é muito presente 7 Semiologia e propedêutica Urológica – Luisa Tejerizo – 7° semestre – Aula 1 espermatocele • Exame digital retal (toque retal) → Orientação verbal previa (não contrair o esfíncter retal) → Posições: decúbito dorsal com pernas fletidas e bem elevada, genupeitoral, decúbito lateral, ortostático com tronco fletido para diante → Uso de luva e lubrificante com dedo indicador → Bom para identificar tumor, prostatite (exame PSA ajuda) SINAIS E SINTOMAS UROLÓGICOS COMUNS • Dor peniana Pacientes que chegam com dor peniana, quando o pênis está flácido pode ser secundário a inflamação da bexiga, cistite → pacientes tem cistite e tem dor na ponta do pênis. Os nervos responsáveis pela ereção passam como uma rede no colo da bexiga por cima da próstata lateralmente indo para o pênis. Por isso não é incomum ter um processo inflamatório da parede da bexiga acometendo indiretamente os nervos que passam ali que são responsáveispela ereção. Paciente que tem próstata grande, dificuldade de urinar, que tem ereção todas as manhas... Isso porque a próstata está tão grande e bexiga tão cheia que não consegue esvaziar, gerando irritação dos nervos responsáveis pela ereção, tendo ereção matinal. Quando concerta a próstata, perde ereção matinal. Se dor peniana em flacidez: secundário a inflamação da bexiga (cistite) e uretra (uretrite) com reflexo para o meato uretral (estenose de uretra que pode gerar dor, placa inflamatória com dor persistente. 8 Semiologia e propedêutica Urológica – Luisa Tejerizo – 7° semestre – Aula 1 Em caso de dor na ereção: a doença de peyronie ( curvatura adquirida por micro lesões no corpo cavernoso - imagem 3, priaprismo, neoplasia, inflamação/infecção do corpo cavernoso e parafimose Imagem 1: fimose, hipertrofia do prepúcio com estreitamento puntiforme do prepúcio. Não consegue retrair pra mostrar a glande. Crianças as vezes tem ereção, retrai prepúcio e ele estrangula embaixo e não consegue colocar de volta pra cima da glande, gerando edema que precisa reduzir manualmente ou cirurgicamente para não ter necrose → parafimose. A curvatura congênita é alteração nos 3 folhetos que formam pênis, já nasce com desvio lateral, dorsal... a causa é diferente • Dor testicular → Trauma → Edema/abcesso/cistos /inflamações → Folículo piloso infectado ou cisto sebáceo com secreção seborreica, é cirúrgico, ressecar → Epididimite por processo viral ou bacteriano → Torção testicular → Compresso vertebral com irradiação: Hernia de disco lombosacrea → Calculo de ureter distal pode gerar dor testicular → Gangrena de Fournier (fasceite necrotizante – se infecta por clostridium /staphylococcys) → geralmente foliculite no diabético que se desenvolve, se infecta por clostridium ou staphy, faz necrose da região com fasceite. O clostridium geralmente envolve fáscia na infecção. Já teve paciente com crepitação ate cervical por conta do acometimento do clostridium saindo do testículo → sindrome de fornier → Dor escrotal crônica: hernia inguinal, hidrocele (gera mais desconforto do que propriamente dor) varicocele, neoplasia testicular (mais comum até 3°década, após disso deve pensar em linfoma) • Hematúria /micro hematúria → Hematúria é vista a olho nú → Microhematúria é vista no microscópio → É a presença de sangue na urina, proveniente das vias úrinarias acima da uretra anterior. Pode ser da bexiga, ureter, rim, fistula entérica, enterovesical. O cálculo causa muito, pois quando desce do rim pelo ureter, arranha a parede do ureter, sangrando. 9 Semiologia e propedêutica Urológica – Luisa Tejerizo – 7° semestre – Aula 1 • Hemouretrorragia * uretrorragia → Perda de sangue pelo meato uretral externo fora da micção. Principalmente em paciente que vai pra hospital e são sondados por equipe não muito experiente, causando trauma gerando sangramento ou infecções de uretra por doença sexualmente transmissível Microscópica (tem > 3hem/campo grande aumento) Macroscópica: → Inicial: se hematúria no início da micção, deve ser uretro- cervico prostática → Final: geralmente de origem vesical → Total: durante toda a micção, é renal ou uretral → Associada a dor: inflamação ou obstrução do trato (tumor) → Checar sangramento vaginal (idosos) • Hematúria com coágulos → Geralmente pode indicar grau maior de sangramento (tumor vesical, varizes, fistula, hpv de uretra, bexiga → Amorfos ou vermiformes – fiozinho de sangramento – mostra que vem do ureter (inferior ou superior) → Vermiforme = ureter → Sempre que tiver hematúria macroscopia que não tem a ver com infecção é mandatório fazer cistoscopia ou avaliação de imagem do trato urinário SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR STYI OU LUTS Síndromes obstrutivas ou irritativos (urgência/dor), obstrutivos e de esvaziamento relacionado a bexiga, próstata, importante salientar para frequência miccional diurna e noturna e redução da forca do jato urinário • Sintomas obstrutivos → Pode estar relacionado a estenose de uretra, estreitamento de uretra por conta da próstata, porque a uretra passa por dentro da próstata, quanto mais ela cresce mais ela comprime → Diminuição da forca do jato → Hesitação miccional: retardo para o início da micção → Intermitência: ato involuntário de interromper e reiniciar a micção → Gotejamento terminal: perda após o final da micção secundário a resido de urina na uretra bulbar ou prostática (divertículo) → Retenção urinaria por uso de sonda. • Incontinência urinaria → Perda involuntária de urina (sem urgência) → Se for perda continua: pode ser fistula (vesicovaginal, uretrovaginal (ureter ectópico), ureter ectópico – vê logo na criança quando nasce → Pode ser incontinência com esforço como tossir, espirrar que aumenta pressão abdominal. → Ocorre mais em > 60 anos nas mulheres, que perde tônus da musculatura pélvica, enfraquecendo a estabilidade da bexiga OBS: URGE- incontinência miccional → Quando a urgência miccional atinge de forma extrema, associado a incontinência, diferenciar da incontinência de esforço • incontinência urinaria por transbordamento • Iscuria (retenção urinária) paradoxal 10 Semiologia e propedêutica Urológica – Luisa Tejerizo – 7° semestre – Aula 1 Incontinência paradoxal: quando o paciente tem doença neurológica e evita o funcionamento correto da musculatura da bexiga, não tendo forca pra esvaziar direito, pra contrair. O rim vai mandando encher a bexiga, até que a pressão da bexiga fica muito grande e faz com que haja rompimento da barreira do musculo que segura o xixi lá na frente, então começa a perder urina pelo funcionamento patológico da bexiga. Quando tem incontinência em idoso dessa forma, ou o paciente é cadeirante, paraplégico, pode ser incontinência paradoxal ou por transbordamento, o que causará perda progressiva do rim, porque não terá forca suficiente pra trabalhar como uma bomba e encher a bexiga toda vida. Secundário a quadro de retenção urinaria crônica e avançada com grande volume residual de urina (estenose, neurogênica, prostática, bexiga hipotônica) Bexiga urinaria sempre distendida e nunca esvazia completamente • Disfunção sexual Ereção é diferente de libido, pode ter ejaculação sem ter ereção, pode ter libido sem ter ereção, ereção com baixo libido. Estão ligados, mas não representam a mesma coisa. Libido x ejaculação • Libido: → deficiência androgênica (SNC ou testicular), depressão ou outras doenças associadas • Disfunção erétil (impotência): → inabilidade de adquirir e manter uma ereção satisfatória para o adequado relacionamento sexual • Ejaculação → Fenômeno reflexo, para expulsão do esperma pelas vias genitais • Polução: → ejaculação involuntária noturna Retrograda: emissão do esperma para a bexiga ( por conta de uso de medicações alfa bloq, cirurgia prostática – LTU de próstata que é a resseção de próstata para hiperplasia, que gera ejaculação retrograda, a cirurgia pra hip prostática via abdominal também gera, cirurgias de pelve masculinas podem gerar, obstrução) Precoce: atual – inabilidade em retardar a ejaculação o suficiente para satisfação dos parceiros (muito rápida) Garanhoes que chegam no urologista não consegue segurar a ereção por muito tempo (comum) • Ejaculação ausente (anejaculação) → Deficiência androgênica (redução de secreção próstata e vesículas seminais → Denervação simpática (cirurgias retroperitoneais → Agentes farmacológicos (antagonistas alfaadrenergicos → Cirurgia do colo vesical e prostática (ejaculação retrograda → Quando não existe ejaculação por causa da próstata tem haver com câncer de próstata porque na cirurgia não tira só próstata pra cirurgia,mas também a vesícula seminal. • Anorgasmia → Incapacidade de chegar ao orgasmo no coito, geralmente psicogênico, por uso de medicamentos psiquiátricos, diabéticos com neuropatia periférica. • Hematospermia (hemospermia) → Sangue no esperma, pode ser processo inflamatório da próstata, uretra e vesículas seminais período longo de abstinência, emissão de esperma sanguinolento → investigação especifica, geralmente de resolução espontânea (importante afastar câncer de próstata 11 Semiologia e propedêutica Urológica – Luisa Tejerizo – 7° semestre – Aula 1 • Uretrorreia → Corrimento uretral, caraterístico da uretrite → Sangramento da uretra, trauma, queda cavalheiro, trauma perineais com lesão de uretra, carcinoma de uretra • Febre Presença de cálculo, cálculo no rx não é mais usado, hoje em dia se usa mais TC, a obstrução em urina infectada pode gerar dilatação da capsula renal com dor e colonização retrograda do rim e do sistema circulatório em geral por conta da proliferação de bactérias na pelve renal – pielonefrite com febre, prostatite, epididimite que pode ter processo infeccioso associado ou não ITU associada a obstrução urinaria que pode evoluir pra sepse e necessitar de tratamento de urgência
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