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2) Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica

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ESTÉTICA 
APLICADA À 
CIRURGIA 
PLÁSTICA 
Patrícia Viana da Rosa
Eletroterapia aplicada 
à cirurgia plástica
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir a aplicabilidade da eletroterapia em cirurgias plásticas.
 � Descrever a aplicabilidade do ultrassom e das microcorrentes no 
pós-operatório (PO).
 � Aplicar as técnicas de alta frequência laserterapia e ledterapia no PO.
Introdução
O esteticista vem ganhando seu espaço no mercado de trabalho, sendo 
cada vez mais reconhecido pelas equipes multiprofissionais, pela socie-
dade e pelos pacientes, tornando indispensável seu conhecimento para 
procedimentos estéticos eficazes e seguros. 
Com relação ao PO de cirurgias plásticas, o cuidado se deve principal-
mente ao fato de ter sido manipulada uma grande área corporal. Portanto, 
os cuidados com esse tecido devem ser realizados com segurança, e 
devem ser consideradas as características específicas de cada abordagem 
cirúrgica. Os recursos eletroestéticos são muito bem indicados nessa fase.
Por isso, é de suma importância que os profissionais da área da estética 
conheçam as diferenças fisiológicas e fisiopatológicas das cirurgias plásti-
cas para intervir de forma segura e resolutiva, e buscar as melhores opções 
terapêuticas entre a eletroterapia aplicada ao PO de cirurgias plásticas.
Eletroterapia em cirurgias plásticas
A atuação do esteticista deve estar focada na prevenção das complicações 
pós-cirúrgicas e objetivar a restauração da funcionalidade dos tecidos envol-
vidos. Com isso, pode-se melhorar o quadro álgico, a ansiedade, o edema e a 
qualidade de vida do paciente. 
A aplicação da eletroterapia poderá amenizar possíveis intercorrências 
decorrentes desse tipo de intervenção, contudo, é necessário um entendimento 
do processo de reparo dos tecidos e suas alterações para que o profissional 
estabeleça uma conduta adequada a essas questões.
O processo de reparo dos tecidos, envolvendo a cicatrização, é uma conse-
quência das cirurgias plásticas. Nesse processo, ocorrem alterações fisiológicas 
e podem ocorrer dor, edema e inflamação, hematomas e outras alterações 
cicatriciais (GUIRRO; GUIRRO, 2010).
Após a realização de uma cirurgia plástica, os tecidos são submetidos a um 
trauma mecânico que altera o funcionamento normal da estrutura. A partir 
dessa situação, existe uma complexa resposta de reparo que envolve um con-
junto de eventos fisiológicos para a cicatrização. O objetivo da cicatrização é 
a substituição do tecido lesado por um novo tecido que restabelecerá a função 
normal (ISAAC et al., 2010).
O processo de cicatrização é descrito em fases distintas identificadas como fase infla-
matória, fase proliferativa e fase de remodelação (OLIVEIRA; DIAS, 2012). É importante 
compreender e saber avaliar essas fases para adequar a técnica eletroestética mais 
indicada.
A fase inflamatória inicia logo após o trauma e apresenta uma curta 
duração. Durante esse período, o corpo realiza ações celulares para remover 
o tecido lesado e fortalecer os mecanismos de defesa. A atividade plaquetária 
irá colaborar para a contenção do sangramento e organizar uma matriz inicial 
para a construção de uma futura cicatriz (MENDONÇA; COUTINHO-NETTO, 
2009).
Outras células importantes nesse período são os monócitos, os quais irão 
se diferenciar para formação de macrófagos, células bastante atuantes nas 
seguintes fases de reparo (KEDE; SABATOVICH, 2015); nessa fase, deve 
haver uma excelente circulação sanguínea para a boa evolução do processo.
Após um período de, em média 48 a 72 horas, ocorrem alterações, iden-
tificadas na fase proliferativa, que ampliam a formação de uma cicatriz 
provisória com a formação da presença de colágeno, principalmente do tipo 
I e III, além da formação de novos vasos sanguíneos na região, fundamental 
Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica2
para a melhora da nutrição do tecido (KEDE; SABATOVICH, 2015). Nessa 
fase, podem estar em formação fibroses intensas que poderão ser controladas 
com recursos de eletroterapia específicos para esse fim. 
Por fim, após um período de 6 a 8 semanas, ocorrerá a fase de remodela-
ção que irá influenciar na definição do tamanho e da elasticidade da cicatriz, 
tornando-a mais resistente e regular (GUIRRO; GUIRRO, 2010).
Contudo, Borges (2010) salienta que podem ocorrer sequelas como irregu-
laridades cutâneas, equimose, fibrose e edema. A equimose está associada à 
ruptura de vasos que ocasiona extravasamento sanguíneo. O edema por sua 
vez, se forma no PO por causa das alterações dos gradientes de pressão de 
dentro e de fora do vaso, criando uma força que direciona o líquido para o 
meio extravascular.
Borges (2010) ainda afirma que as irregularidades cutâneas constituem 
ondulações e depressões sobre a região operada. As retrações por aderência 
podem ocorrer em razão das alterações no processo de reparo, levando à 
formação de um tecido limitado em elasticidade e função. A fibrose está as-
sociada a um processo de cicatrização no qual houve maior agressão do tecido 
com coágulos sanguíneos e liberação de fibrina, que originou irregularidades, 
nódulos e retrações da pele.
Alterações associadas à exacerbação no processo de formação das cicatrizes 
são complicações que podem ocasionar a formação de queloides e de cicatrizes 
hipertróficas. No caso das cicatrizes hipertróficas, há uma elevação da cicatriz 
limitada à área da lesão e que pode regredir fe maneira espontânea, enquanto 
o queloide apresenta uma irregularidade para além da área da lesão inicial que 
não regride espontaneamente (KEDE; SABATOVICH, 2015).
Para Altomare e Machado (2006), o uso de recursos terapêuticos eletro-
terápicos no PO de cirurgias estéticas colabora com a redução do tempo de 
repouso e com a restauração da funcionalidade e acelera a recuperação. Entre 
os recursos eletroterapêuticos mais utilizados no período PO de cirurgias 
plásticas estão o ultrassom, as correntes contínuas, como microcorrentes e a 
laserterapia, além de outras modalidades. 
Segundo Oliveira (2009), é importante conhecer o comportamento físico 
e fisiológico do aparelho em cada uma das fases de regeneração: 
 � Na fase inflamatória, ocorre a formação de um coágulo, de um tampão 
de plaquetas e de fibrose tecidual. Nessa fase, a terapia ultrassônica, a 
por microcorrentes ou a laserterapia podem ser utilizadas como ace-
leradoras do processo inflamatório. O ultrassom pulsado teria maior 
eficácia nesse efeito.
3Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica
 � Na fase proliferativa, que ocorre cerca de 3 dias após a lesão, acontece a 
proliferação de fibroblastos para a produção de colágeno. Nessa fase, o 
ultrassom proporciona a potencialização da proliferação dos fibroblastos, 
além de favorecer a síntese de colágeno; e a terapia por microcorrentes, 
nesse caso, permite a síntese de proteínas e estimula a contração da 
ferida, diminuindo o tamanho da cicatriz. 
 � Na fase de remodelação, que é a mais longa e pode durar meses e anos, 
ocorre a formação da estrutura mais próxima possível do tecido original. 
Nessa fase, o ultrassom aumenta a reorientação das fibras de colágeno. 
O uso da radiação a laser no tratamento de PO de cirurgias plásticas 
está associado aos seus efeitos biológicos. Diretamente na célula, ocorrerá 
aumento do metabolismo celular, aumento de endorfinas e diminuição de 
transmissores nociceptivos (bradicinina e serotonina), o que colabora para 
um efeito analgésico. Outro efeito importante está associado ao aumento do 
fluxo sanguíneo e da drenagem linfática, que colabora para sua utilização em 
fase inflamatória (BORGES, 2010).
Segundo Carvalho (2009), outro mecanismo importante de utilização da 
terapia laser, na fase proliferativa e de remodelação, está associado ao efeito de 
bioestimulação e de cicatrização tecidual. Esse mecanismo tem relação direta com 
a produção de adenosina trifosfato (ATP), substância essencial para a atividade 
celular, que amplia a velocidadede mitose das células e o estímulo à microcircu-
lação. Isso facilita a multiplicação das células e forma novos vasos a partir dos já 
existentes, o que permite uma cicatrização rápida eficiente e mais homogênea.
A radiação a laser possui uma propriedade de indução fotobiológica que 
gera um mecanismo chamado fotobiomodulação, que é associado a alterações 
bioquímicas, bioelétricas e bioenergéticas nas células. Esse efeito produz 
ações de estímulo ao reparo tecidual, de melhora do metabolismo oxidativo 
mitocondrial e da produção de energia (GUIRRO; GUIRRO, 2010).
O laser de baixa potência (LBP) é um recurso atérmico, não proporciona, aparentemente, 
a dilatação de artérias nem o aumento da permeabilidade de vênulas, como ocorre na 
administração de calor. Esse fato acaba proporcionando ao LBP condições de atuar em 
quadros em que a administração do calor, superficial ou profundo, é contraindicada. Com 
isso, grande quantidade de nutrientes é levada à região da lesão (DETERLING et al., 2010).
Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica4
Já a estimulação elétrica poderá ser usada para melhorar a perfusão vascular 
periférica beneficiando a cicatrização tecidual e reduzindo a inflamação. 
Seu uso é recomendado no PO imediato (ALTOMARE; MACHADO, 2006).
No caso da terapia por microcorrente, essa modalidade produz estímu-
los a reações químicas e elétricas que ocorrem no processo cicatricial, pois 
estimula a produção de ATP. Essa molécula é associada à síntese proteica e 
à regeneração tecidual, acelera, dessa forma, o processo de reparo tecidual. 
Isso potencializa o uso da modalidade em uma fase inflamatória de reparo 
dos tecidos (GUIRRO; GUIRRO, 2010).
Ultrassom e microcorrentes no pós-operatório
Técnica de ultrassom 
O uso de equipamentos na área da estética vem sendo cada vez mais indicado 
por médicos cirurgiões plásticos para complementar os resultados das cirurgias 
plásticas. O ultrassom tem sido um desses recursos terapêuticos, com efeitos 
comprovados em vários estudos.
Segundo Borges (2010), os aparelhos de ultrassom utilizam transdutores 
piezoelétricos em um disco de um material natural, como, por exemplo, o 
quartzo. A piezeletricidade de alguns materiais foi descoberta por Pierri e 
Jaques Curie, na década de 1980. Esse fenômeno natural é encontrado em certos 
cristais e é capaz de transformar a energia mecânica em elétrica e vice-versa. 
Para Borges (2010), quando um cristal piezelétrico é comprimido por meio 
mecânico, uma pequena carga elétrica pode resultar no interior desse cristal, 
e como resposta ocorre uma vibração da deformação mecânica da estrutura 
molecular do cristal que é repassada aos tecidos.
Os principais efeitos causados pelo ultrassom, segundo Silva (2007), são:
 � Reações químicas — as vibrações do ultrassom estimulam o tecido, 
aumentam as reações e os processos químicos locais, assegurando a 
circulação dos elementos e radicais necessários por recombinação.
 � Respostas biológicas — a permeabilidade das membranas fica au-
mentada e acentua a transferência dos fluidos e nutrientes aos tecidos. 
 � Efeitos mecânicos — em razão das vibrações longitudinais, um gra-
diente de pressão é desenvolvido nas células individuais. Como resultado 
dessa variação de pressão positiva e negativa, elementos da célula são 
obrigados a se moverem, resultando, assim, em um efeito de micro-
5Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica
massagem, que aumenta o metabolismo celular, o fluxo sanguíneo e o 
suprimento de oxigênio.
 � Cavitação — se dá pela formação de bolhas provocadas pela ação do 
ultrassom ao irradiar líquidos. No campo ultrassônico, essas bolhas 
aumentam e diminuem de tamanho e são chamadas de cavitação está-
vel, ou podem entrar em colapso se tornando uma cavitação instável. 
Ambos os tipos produzem movimento nos líquidos ao redor da bolha. 
A cavitação estável pode ser terapêutica e a instável pode causar danos 
aos tecidos. 
 � Efeitos térmicos — junto com a micromassagem ocorre um aumento 
da temperatura resultante da conversão de energia cinética em calor 
pelos tecidos, gerando um aumento na extensibilidade do colágeno. 
 � Ondas estacionárias — são fruto da interação entre a onda refletida 
e a onda incidente, o que cria áreas de alta densidade em um ponto 
específico do tecido. Pode-se evitar a formação dessas ondas por meio 
do movimento contínuo e adequado do transdutor. 
 � Tipo de irradiação — pode ser no modo contínuo com produção de 
calor (sem interrupção de passagem de onda) ou no modo pulsado 
atérmico (com pausa entre um ciclo e outro). No modo pulsado, são 
gerados pulsos de onda de determinados períodos, os quais emitem 
energia de forma periódica, em que o tempo de repouso entre os pulsos 
faz com que a circulação sanguínea resfrie a área tratada, impedindo 
um excesso de aquecimento. Assim sendo, os efeitos fisiológicos re-
sultam de um processo não térmico (AGNE, 2017). O modo contínuo 
aumenta a temperatura do tecido elevando a atividade de condução do 
nervo sensorial, de síntese de colágeno, de fluxo sanguíneo e de células 
de defesa. É indicado para outras abordagens terapêuticas como o 
tratamento da lipodistrofia ginoide e da gordura localizada, e em casos 
bem específicos para o reparo dos tecidos, como fibroses persistentes.
O ultrassom no PO de cirurgia plástica é utilizado com o objetivo de 
promover a melhora da circulação sanguínea e linfática. Isso possibilita uma 
melhor nutrição celular, acelera a cicatrização, melhora a força tênsil, previne a 
formação fibroses, de cicatrizes hipertróficas e de queloides, além de diminuir 
a dor (BORGES, 2010).
Quando é aplicado logo após a lesão, o ultrassom acelera a recuperação da 
circulação linfática e sanguínea e aprimora a síntese de colágeno, diminuindo 
o edema de forma gradativa. Essa técnica emite vibrações acústicas com fre-
quências altas que não são percebidas pelo ouvido humano, contudo, quando 
Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica6
aplicadas, produzem alterações nos tecidos por efeito térmico e atérmico 
(GUIRRO; GUIRRO, 2010). 
De forma geral, os parâmetros de aplicação do ultrassom são definidos de 
acordo com o objetivo do tratamento. Em procedimentos estéticos, normal-
mente é utilizado o ultrassom de 3 MHz, modo contínuo, e geralmente em 
intensidades entre 1,2 a 1,8 W/cm2; já o tempo de aplicação é determinado de 
acordo com a área a ser tratada. É utilizado para desagregar as fibroses persis-
tentes, promover a extensibilidade das estruturas colágenas (BORGES, 2010).
Em estudo de revisão sobre aplicação do ultrassom para aceleração do 
reparo tecidual da pele, recomenda-se seu uso no modo pulsado (relação 1:5, 
20%), utilizando frequência de 3 MHz, com intensidade abaixo de 0,5 W/cm2, 
e aumento de 30% da quantidade de colágeno.
Observa-se que o uso da técnica em intensidades baixas leva a um aumento 
significativo do colágeno depositado na ferida, em um padrão cuja arquitetura 
tridimensional assemelha-se à pele, aumenta a resistência tênsil e o estímulo 
à contração da lesão, produzindo uma cicatriz significativamente menor.
Segundo Silva (2007), o uso do modo pulsado em vez do modo contínuo 
produz uma redução média do aquecimento dos tecidos, contudo, conserva 
o mesmo nível da estimulação mecânica, levando a um aumento dos efeitos 
não térmicos do ultrassom nos tecidos. Dessa forma, facilita a dispersão do 
calor, pois o aquecimento é reduzido. Por isso, o modo pulsado de ultrassom é 
indicado quando se quer obter efeitos mecânicos em condições inflamatórias 
agudas, como feridas operatórias, e aumentar a permeabilidade vascular e o 
fluxo sanguíneo. O ultrassom aumenta a atividade dos fibroblastos estimulando 
a síntese proteica e de colágeno, reduz o edema e regenera os tecidos. 
No PO de cirurgias plásticas, a intervenção com ultrassom pode ser iniciada 
em um período de 72 horas a 15 dias após a cirurgia. Nessa fase, o trabalho 
do profissional esteticista é muito importante para a prevenção de fibroses e/
ou retrações (MACEDO;OLIVEIRA, 2011).
Segundo Silva (2007), ao ser determinada a intensidade, deve-se fazer uma 
avaliação do local a ser tratado, levando-se em consideração que o ultrassom 
sofre uma perda de energia no seu trajeto e, portanto, a intensidade deverá ser 
maior nas superfícies dos tecidos, especialmente na pele, no subcutâneo e nas 
camadas musculares superficiais. Segundo Kuhnen (2010), as intensidades mais 
compatíveis com a prática clínica variam de 0,1 a 2,0 W/cm², e raramente são 
utilizadas doses superiores a 2 W/cm². Guirro e Guirro (2010) destaca que, em 
geral, o tempo de 2 minutos deve ser utilizado para áreas ao redor de 10 cm2.
Várias cirurgias estéticas irão produzir hematoma, em maior ou menor 
grau, e sua evolução pode levar à formação de fibroses de variados graus. A 
7Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica
reabsorção desse tipo de machucado é feita por meio de diferentes técnicas e 
é de suma importância na primeira fase do processo cicatricial. Para Oliveira 
(2009), o início do tratamento com ultrassom, após um trauma agudo, pode 
iniciar após 24 horas. Considerando a fase de cicatrização, a intensidade poderá 
variar entre 0,5 w/cm² até 1 w/cm². 
Se o processo de reparo já estiver concluído e existirem fibroses e aderên-
cias, o ultrassom poderá ser usado para minimizar essas sequelas e aumentar a 
elasticidade do tecido conjuntivo. Para lesões crônicas em tecido cicatricial, a 
intensidade indicada deverá estar entre 0,5 w/cm² e 1 w/cm², segundo Moreira 
et al. (2011).
Segundo Teixeira, Chartuni e Sossai (2011), o ultrassom é contraindicado 
nos seguintes casos:
 � sobre peles com lesões cutâneas e/ou com irritação;
 � em processos infecciosos;
 � na presença de tumores; 
 � em gestantes, sobre o útero;
 � sobre mucosas.
O conhecimento sobre o uso do ultrassom é essencial para a segurança da técnica e 
para a obtenção de melhores resultados. 
Técnica de microcorrentes
A aplicação das microcorrentes no PO de cirurgia plástica está associado 
aos seus efeitos sobre o reparo dos tecidos. Destaca-se a melhora do aporte 
sanguíneo, que evita necroses e previne cicatrizes hipertróficas, além do efeito 
bactericida e analgésico.
A chamada microelectro neurostimulation (MENS) é um tipo de eletroes-
timulação que utiliza correntes com parâmetros de intensidade na faixa dos 
microampères. São de baixa frequência e podem utilizar correntes contínuas 
ou pulsadas (AGNE, 2017).
Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica8
Normalmente, na aplicação, os aparelhos de microcorrentes são utilizados 
em níveis que não ativam as fibras nervosas sensoriais subcutâneas e, como 
resultado, os pacientes não têm percepção da sensação do formigamento tão 
comumente associada aos procedimentos eletroterapêuticos, por isso é con-
siderada uma estimulação subliminar (ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 
2001). Por esse aspecto, as microcorrentes têm características subsensoriais 
que não causam desconforto ao paciente. 
As microcorrentes aceleram a síntese proteica de ATP de 300 a 500%, 
o incremento do transporte das membranas e de aminoácidos de 30 a 40%, 
além de que essa estimulação gera alterações na cicatrização, na liberação de 
íons bactericidas pelo eletrodo e estimulação de fagócitos (BORGES, 2010).
A técnica é útil em danos de tecidos moles como feridas, traumas, pós-
-cirurgia e, particularmente, nos tratamentos de dor residual em longo prazo 
devido à cicatrização pós-cirúrgica (GUIRRO; GUIRRO, 2010).
O uso das microcorrentes em um local lesionado pode aumentar o fluxo 
de corrente endógena. Isso permite à área lesada recuperar sua capacitância, 
ou seja, a resistência do tecido traumatizado é reduzida e a técnica permite 
à bioeletricidade entrar na área e restabelecer a homeostase (AGNE, 2017; 
BORGES, 2010). O resultado desse estímulo é animador no controle da dor, 
na cicatrização de feridas, no aumento da circulação e no controle de edemas 
(GUIRRO; GUIRRO, 2010).
O uso terapêutico dessa técnica se deu pela primeira vez em consequência 
das observações e da medição da capacidade elétrica tecidual, a qual diminui 
quando em presença de um quadro patológico ou, até mesmo, em lesões por 
traumas ou cortes cirúrgicos (MAIO, 2011). A excitação elétrica de uma ferida 
é capaz de multiplicar as células do tecido conjuntivo e de elevar a concentração 
de receptores de fator de crescimento que aumenta a formação de colágeno 
(GUERIOS; KOCHAN, 2017).
Os parâmetros de utilização da microcorrente envolvem a utilização de 
eletrodos convencionais (borracha, silicone, autoadesivos) e do tipo caneta ou 
sonda. Na região corporal, é mais comum o uso de eletrodos autoadesivos de 
forma estática que geram a passagem de corrente de um eletrodo para outro. 
Já a utilização de eletrodos de bastão é mais comum na região da face, em 
que são realizados movimentos pelo caminho dos vasos linfáticos ou com 
“beliscões” como forma de estimular a derme e a epiderme (BORGES, 2010).
Quanto à modulação da corrente na prática clínica, as frequências giram 
ao redor de 100 a 200 Hz para áreas mais superficiais e, quando o objetivo for 
atingir áreas mais profundas, é recomendado de 600 a 1000 Hz; porém procura-
-se não ultrapassar o valor de 200 Hz por tratar-se de uma frequência mais 
9Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica
parecida com a bioeletricidade. Já para intensidade da corrente se recomenda 
que seja de 80 a 500 µA, sendo que, nas fases inflamatória e proliferativa da 
cicatrização, sugere-se utilizar intensidades mais baixas, entre 100 a 200 µA. 
Segundo Borges (2010), os efeitos de aplicação das microcorrentes estão 
associados à utilização do polo negativo (cátodo) como mais efetivo para o 
reparo e regeneração de ossos e nervos, enquanto o polo positivo (ânodo), é 
mais efetivo para aplicação em lesões da pele. Por tratar-se de uma corrente 
muito similar à corrente endógena, na prática, é geralmente aplicada com 
inversão de polaridade, ou seja, o equipamento vai alternando a polaridade a 
cada 2 ou 3 segundos, então, são obtidos os efeitos do polo positivo, que são 
anti-inflamatório, analgésico, antiedematoso, vasoconstritor, e os efeitos do 
polo negativo, que são estimulante e vasodilatador. 
Os efeitos fisiológicos das microcorrentes são:
 � restabelecimento da bioeletrecidade tecidual; 
 � síntese de ATP;
 � transporte ativo de aminoácidos;
 � síntese de proteínas; 
 � aumento do transporte de membranas; 
 � ação no sistema linfático.
Os efeitos terapêuticos são:
 � analgesia; 
 � aceleração do processo de reparação tecidual; 
 � reparação de fraturas;  
 � anti-inflamatório;
 � bactericida;
 � antiedematoso.
Entre as várias indicações das microcorrentes destaca-se a utilização no 
PO de cirurgia plástica pela ação cicatrizante, anti-inflamatória e antiedema-
tosa. O estímulo auxilia na oxigenação, na nutrição dos tecidos e na ativação 
de fibroblastos. No PO, tem o objetivo de proporcionar a revitalização cutâ-
nea, aumentar a elasticidade e melhorar a viscosidade da pele (MACEDO; 
TENÓRIO, 2015).
Os efeitos das microcorrentes são cumulativos, devem ser utilizadas muitas 
doses para que sejam alcançados os resultados finais, contudo, eles podem ser 
Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica10
observados após as primeiras sessões. Deve-se ter precaução porque a excitação 
elétrica pode afetar, teoricamente, os sistemas de controle endócrinos, mas 
ainda não há comprovação disso. 
As microcorrentes estão contraindicadas nos seguintes casos:
 � alergia ou irritação à corrente elétrica; 
 � sobre útero grávido; 
 � sobre a área cardíaca; 
 � em pessoas em uso de marca-passo.
Alta frequência, laserterapia e ledterapia 
no pós-operatório
Técnica de alta frequência
Segundo Martins et al. (2012), a corrente de alta frequência apresenta um 
gerador que produz correntes alternadas que podem trabalhar com frequência 
entre 100.000 e 200.000 Hz e intensidade na ordem de 100 mA. Possui, ainda, 
diferentes tipos de eletrodos de vidro, com gás ou ar rarefeito em seu interiorque determinam a fluorescência.
Os modos de aplicação da alta frequência envolvem a aplicação direta, a 
aplicação a distância, o faiscamento indireto e a fulguração.
A aplicação direta envolve a aplicação direta do eletrodo sobre a área 
a ser tratada, e são utilizados eletrodos de superfície plana que se aplicam 
deslizando-os sobre a pele em forma de massagem suave. Já a aplicação a 
distância se realiza com o uso de um eletrodo ligeiramente afastado da pele 
(milímetros), sem tocá-la em nenhum momento. Como consequência da alta 
voltagem da corrente, saltam faíscas desde a superfície do eletrodo à superfície 
da pele tratada e, por efeito da alta voltagem da corrente, se produz uma grande 
diferença de potencial entre o eletrodo e a pele. A aplicação por faiscamento 
indireto consiste na aplicação da corrente de alta frequência por meio do 
eletrodo em forma de barra metálica (saturador) segurado pelo cliente em uma 
das mãos e a bobina na outra (utilizado para a estética). E, por fim, a técnica 
de fulguração que utiliza o eletrodo fulgurador com o faiscamento direto, 
mas essa modalidade já não é mais utilizada por causar riscos de queimadura 
(BORGES, 2010; KORELO et al., 2013; WINTER, 2001)
O gás que percorre os eletrodos tem a função de conduzir o fluxo da 
corrente, enquanto a fluorescência é causada pela passagem da corrente que 
11Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica
ioniza as moléculas do gás. Em decorrência desse processo e da passagem de 
ondas eletromagnéticas pelo ar, há a formação de ozônio (O3) na superfície do 
eletrodo. O O3 estimula a produção de citocinas, ativa os linfócitos T, melhora 
a oxigenação e o metabolismo celular por meio da vasodilatação e produz um 
aumento da resposta enzimática antioxidativa. Essa forma apresenta efeito 
cicatrizante e, principalmente, uma ação bactericida e antisséptica, e é utilizada 
em lesões dermatológicas infectadas por bactérias e fungos. 
Quando essa corrente de elevada tensão e de baixa intensidade é aplicada 
sobre a pele, ela atravessa o eletrodo de vidro, que adquire uma coloração 
azulada ou alaranjada, dependendo do gás que está em seu interior. O principal 
efeito da corrente é a produção de calor. A partir desse efeito, pode-se deduzir 
outras reações, a vasodilatação periférica local e o aumento da oxigenação 
celular, sendo que o efeito térmico obtido é diretamente proporcional ao tempo 
de aplicação da alta frequência (BORGES, 2010). 
Devido ao calor gerado, se observa um aumento do fluxo sanguíneo e, 
portanto, há melhora do trofismo, da oxigenação e do metabolismo celular 
local (KORELO et al., 2013). Ainda, segundo Borges (2010), a grande parte 
das indicações tem como finalidade a ação bactericida da alta frequência, 
por ser a mais eficaz.
Os tratamentos que utilizam a técnica de alta frequência, normalmente 
têm sua indicação de frequência de uso, dependendo do caso a ser tratado. 
Pode ser usado diariamente ou em dias alternados, em geral durante 3 a 5 
minutos, e pode chegar a 10 minutos quando a área a ser tratada for maior 
(BORGES, 2010).
Quanto à intensidade, se busca o máximo de faiscamento e/ou de luminosi-
dade do eletrodo, isso deve estar associado ao conforto e à tolerância do cliente. 
Técnica de laserterapia
A fototerapia relacionada ao laser tem como característica uma fonte de luz 
monocromática, intensa, coerente e colimada. Apresenta a radiação vermelha 
(visível) e a infravermelha (invisível), mas ambas produzem efeitos sobre 
os cromóforos (células que absorvem luz) da membrana celular. A principal 
diferença entre os lasers infravermelho e vermelho é que o primeiro é atuante 
nos tecidos mais profundos e o segundo tem ação nos tecidos mais superficiais 
(BENVINDO et al., 2008).
Um feixe de luz, ao incidir em uma superfície, produz uma reflexão. 
Dependendo do ângulo de incidência, há maior ou menor reflexão da luz e, 
utilizando um feixe perpendicular à pele, a reflexão produzida será a menor 
Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica12
possível, ao redor de 7%. Por causa da reflexão, a aplicação do laser abrange 
um espaço maior do que o próprio ponto e deve ser aplicado de forma per-
pendicular ao tecido.
Conforme Agne (2017), os lasers podem ser classificados de acordo com sua 
potência. A categoria IIIA e IIIB possui potência média, geralmente inferior 
a 100 mW, com luz no espectro vermelho visível ou no espaço infravermelho 
(não visível). Essas potências são empregadas como recursos terapêuticos 
conhecidos como laserterapia de baixa intensidade (LIB), indicados para uso 
na estética.
Os efeitos da radiação promovida pelo LIB nos cromóforos geram radicais 
livres e oxigênio reativo, alterando as membranas bacterianas. Os efeitos da 
radiação são diversos: analgésico, anti-inflamatório, proliferativo, que aumenta 
a síntese de fibroblastos, e antiedematogênico, que melhora o retorno venoso 
e linfático em razão da ação vasodilatadora (BORGES, 2010).
Ainda sobre os efeitos da técnica, Santos e Mejia (2015) destacam que a 
irradiação do laser contribui no processo de regeneração cicatricial da pele 
resultando em uma melhor circulação sanguínea local e acelerando o processo 
cicatricial por acelerar a divisão celular, o que culmina em uma maior síntese 
de colágeno por parte dos fibroblastos. Desse modo, o LIB possui eficácia 
no processo de regeneração celular, busca uma cicatrização mais rápida e 
proporciona diminuição do edema e do processo inflamatório, aumenta a 
fagocitose, as sínteses de colágeno e a epitelização. 
Segundo Luis (2013), a ação do laser após uma lesão da pele, promove 
a angiogênese, o estímulo da mitose celular, a regulação dos fibroblastos, 
normaliza a produção de fibras elásticas e colágenas, impede a ocorrência de 
queloides, hipertrofias e alargamentos. É indicado desde a fase inflamatória.
 A aplicação do laser ocorre com a utilização de um tubo óptico, geralmente 
no formato de caneta. O número de pontos irradiados vai depender da área, mas 
a distância de 1,5 cm entre eles deve ser respeitada. Um parâmetro importante 
para sua aplicação está relacionado à densidade energética, entendida pela 
quantidade de energia por área (Joules/cm²), sendo recomendado de 1 a 6 J/
cm² (LUIS, 2013).
Na fase inflamatória, ocorre a fotobiomodulação celular, ou seja, ao mesmo 
tempo em que o número de células inflamatórias é reduzido, a sua funciona-
lidade na produção de fatores de crescimento é estimulada, e inicia, assim, 
a segunda fase.
Na fase proliferativa, a fotoestimulação das células endoteliais incentiva 
a neoformação de vasos sanguíneos, a proliferação de fibroblastos e a conse-
quente deposição de colágeno.
13Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica
A recomendação de dosagem da terapia utiliza uma densidade energética 
de 1 a 3 J/cm2 para produzir um efeito anti-inflamatório, e de 3 a 6 J/cm2, para 
um efeito cicatrizante.
Técnica de ledterapia
A terapia por diodos emissores de luz (LED) envolve um mecanismo de 
fotomodulação sem tempo de inatividade e promove um tratamento seguro e 
indolor. Os LEDs são fontes de luz difusas, não coerentes e cujos comprimentos 
de onda variáveis são capazes de atingir determinadas organelas celulares e, 
assim, modular suas funções (AGNE, 2017). 
Seus efeitos colaboram para promover a cicatrização, como estímulo na 
atividade dos fibroblastos, na produção do colágeno, na melhora da defesa 
do local, na diminuição do tempo de cicatrização, na ação anti-inflamatória 
e bactericida (SILVA; CARVALHO; MOURA JUNIOR, 2011).
A absorção de luz no tecido está relacionada ao comprimento de onda 
apropriado. Outro aspecto importante associado aos efeitos no tecido é a 
profundidade de penetração da luz irradiada. Na luz do espectro visível, a luz 
azul penetra menos do que a vermelha (AGNE, 2017). A utilização do LED 
de luz azul (470 nm) permite alcançar a epiderme e promove, principalmente, 
um efeito bactericida. Algumas substâncias são ativadas quando irradiadas 
por determinados tipos de luz com comprimentode onda específico. O efeito 
fotodinâmico pode ser utilizado para inativar micro-organismos (JEDWAB, 
2010).
Esse efeito está associado ao mecanismo da luz azul quando estimula um 
subproduto metabólico das células (as porfirinas) a produzir por oxidação 
um tipo de oxigênio altamente reativo. Esse elemento reage fortemente com o 
hidrogênio presente na membrana citoplasmática das células e produz grande 
quantidade de água dentro do limite citoplasmático da célula, criando um 
mecanismo de hiperidratação e expansão por compressão dos tecidos. Dessa 
maneira, ocorre uma inversão de polaridade na membrana do citoplasma 
celular que impede as trocas metabólicas que levarão a célula à desidratação.
Os aplicadores que liberam luz azul são mais adequados para o tratamento 
de tecido mais superficial ainda, como a pele ou o tecido mole exposto. Sua 
ação se dá pela estimulação direta e intracelular, especificamente nas mito-
côndrias, onde reorganiza as células, inibe ações e estimula outros resultados 
no chamado efeito da fotobioestimulação ou fotomodulação.
Eletroterapia aplicada à cirurgia plástica14
Segundo Jedwab (2010), a luz vermelha (660 nm) é mais apropriada para 
o tratamento de tecidos superficiais, a uma profundidade de 5 a 10 mm, como 
a pele e o tecido subcutâneo. Dessa forma, ela atua mais na derme como ati-
vadora de fibroblastos, aumenta a deposição de colágeno e também estimula 
a produção de ATP.
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