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ENSINO CLINICO EM MULHER Docente: Elina Fernandes Discentes: Ana Karoline Lucas Duarte – 201903173973 Flávia Gonçalves Rocha – 201904057837 Guilherme Luis - 201801166587 Ingrid Ventura de Carvalho - 201602810699 Jheniffer Viana – 201802474676 Larissa Hanami Kawakami da Rocha - 201801166684 Lorrayne Abrantes dos Santos - 201708173463 Maria de Fátima Soares Quirino – 201804179892 Vinicius de Oliveira Lima Ferreira - 201803287381 Guilherme e larissa 1 UNESA – ESTACIO DE SÁ 2 INTRODUÇÃO A DHEG é a doença mais importante em Obstetrícia, incidindo cerca de 10% das primíparas. É a maior causa de mortalidade materna e perinatal. A mortalidade materna no Brasil é problema de saúde pública. Segundo o Fundo de População da ONU (2003) atinge 74,5 por 100.000 nascidos vivos. É a 4ª pior da América Latina, inferior apenas ao Haiti, Bolívia e Peru. Conceito A DHEG (doença hipertensiva específica da gravidez), pode ser definida como uma manifestação clínica e laboratorial resultante do aumento dos níveis pressóricos de uma gestante, previamente normotensa, a partir da 20ª semana de gestação, desaparecendo até seis semanas após o parto (BRINGMANN, 2004). De acordo com o Consenso Brasileiro de Cardiopatia e Gravidez (2004), caracteriza-se HAS na gravidez quando a pressão arterial estiver maior do que 140 x 90mmHg, em duas tomadas com intervalo de 4h, em repouso, ou quando houver aumento maior que 30mmHg na PAS e/ou aumento maior que 15mmHg na PAD, em relação a conhecidos níveis prévios à gestação. CLASSIFICAÇÃO/TIPOS A DHEG pode ser classificada como preclâmpsia, eclâmpsia, síndrome HELLP e preclâmpsia superajuntada e dependendo da forma como se apresenta pode causar alterações renais, cardiovasculares, hepáticas, cerebrais, sanguíneas, hidreletrolíticas, no sistema renina-angiotensina-aldosterona, uteroplacentárias. CLASSIFICAÇÃO/TIPOS Pré-eclâmpsia: é o termo dado ao desenvolvimento de hipertensão, com proteinúria (principalmente albumina) e/ou edema de mãos ou face (não fisiológico da gravidez), ocorrendo entre a 20ª semana de gestação e o final da 1ª semana pós-parto, sendo uma patologia predominantemente da primigesta. È uma doença inconstante em seu início, variável na sua manifestação, imprevisível na sua progressão e incurável, exceto pela interrupção terapêutica ou espontânea da gestação. Incide em aproximadamente 10% das gestantes, acarretando repercussões importantes na morbimortalidade materna e perinatal (BRINGMANN, 2004; KAHHALE; ZUGAIB, 2000). A pré-eclâmpsia pode ser classificada em leve e grave – pré-eclâmpsia leve: inicialmente caracterizado pelo aumento exagerado e subtâneo do peso (> ou = a 500 gramas por semana), seguido de edema generalizado, depois hipertensão e por fim proteinúria, sendo a hipertensão o sinal mais freqüente e importante (REZENDE; MONTENEGRO, 2000). O Consenso Brasileiro de Cardiopatia e Gravidez (2004), acrescenta que na pré-eclâmpsia leve a PA< 160x110mmHg e uma proteinúria < 2g/24h, com ou sem edema. – pré-eclâmpsia grave: é caracterizada quando um ou mais sintomas são encontrados: PA> ou = 160x110mmHg, confirmado em pelo menos duas tomadas, com intervalo de quatro horas; proteinúria de 5g ou mais em urina de 24h; oligúria ou diurese menor que 400ml por dia; cefaléia; dor epigástrica e transtornos visuais; cianose e edema pulmonar; dor no hipocôndrio direito; trombocitopenia ou plaquetas abaixo de 100.000/mm cúbicos; anemia hemolítica microangiopática decorrente da hemólise; icterícia e/ou elevação das enzimas hepáticas e crescimento intra-uterino retardado (KAHHALE; ZUGAIB, 2000). Síndrome HELLP: são as iniciais usadas para descrever a condição de pacientes com pré-eclâmpsia grave que apresenta H – hemólise (fragmentação das células vermelhas do sangue na circulação), EL – níveis elevados de enzimas hepáticas, e LP – diminuição do número de plaquetas. Essa variação da pré-eclâmpsia, foi denominada por Louis Weinstein, em 1982. É uma doença identificada como um processo de anemia hemolítica microangiopática que pode acelerar e progredir para suas formas mais graves, caracterizadas por graus variados de coagulação intravascular disseminada (RUDGE; PERAÇOLI; CUNHA, 2000). A Síndrome HELLP , em 70% dos casos, ocorre anteriormente ao parto, sendo 15% entre 17-26 semanas e a quase totalidade antes de 36 semanas. Os 30% restantes aparecem no pós-parto, e os sintomas típicos dessa síndrome são a cefaléia, dor epigástrica ou no quadrante superior direito do abdome, náuseas e vômitos, podendo a hipertensão estar ausente em 20% dos casos, ou ser leve em 30% (REZENDE; MONTENEGRO, 2000). Pré-eclâmpsia superajuntada: é quando a pré-eclâmpsia se associa a hipertensão pré-existente à gestação, ocorrendo em 15 a 30% dos casos, aumentando o risco quando a gestante apresenta comprometimento renal. É um fato de fundamental importância, pois a pré-eclâmpsia se associa à hipertensão crônica em sua forma mais grave e em época mais precoce da gestação, quando o concepto ainda é imaturo, acarretando um desfecho mais sombrio para a mãe e seu feto (KAHHALE; ZUGAIB, 2000). Faz-se o diagnóstico quando ocorre acréscimo na PAS de 30mmHg e na PAD de 15mmHg, juntamente com o aparecimento de proteinúria e edema generalizado (REZENDE; MONTENEGRO, 2000). Eclâmpsia: é a causa mais comum de convulsões associada com a hipertensão arterial e proteinúria na gravidez, sendo definida como a manifestação de convulsões e/ou coma não relacionados a outras condições cerebrais, durante o ciclo gravídico-puerperal, em pacientes com sinais e sintomas de pré-eclâmpsia. Sua incidência varia de 1/100 a 1/3.500 gestações, onde as convulsões podem apresentar sinais premonitórios como cefaléia occipital forte e persistente, mudança de comportamento tanto para o lado da agitação como da obnubilação e torpor, distúrbios visuais como borramento da visão, escotomas, fotofobia, dor epigástrica ou no quadrante superior direito do abdome, náuseas e vômitos (RUDGE; PERAÇOLI; CUNHA, 2000). A crise convulsiva pode desencadear-se durante a gestação (50% dos casos), no decorrer do parto (25%) ou do puerpério (25%). No pós-parto, após 72h, a crise convulsiva caracteriza a eclâmpsia tardia, onde pode haver o aparecimento de alterações respiratórias, taquicardia e hipertermia, além de lesões hepáticas, icterícia, anuria, hematuria e a hemoglobinúria. A eclâmpsia comatosa ou sem convulsão , é uma forma rara e gravíssima, na qual a paciente entra diretamente em coma, não sendo precedido de convulsão, ocorrendo extensas lesões hepáticas (REZENDE; MONTENEGRO, 2000). Etiopatogenia (causa da doença) Causas da Eclâmpsia As causas da eclâmpsia estão relacionadas à implantação e o desenvolvimento dos vasos sanguíneos na placenta. A falta de irrigação sanguínea da placenta ocasiona a produção de substâncias que ao caírem na circulação, alteram a pressão do sangue e podem causar lesões nos rins, fígado, vasos sanguíneos e sistema nervoso central. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de eclâmpsia, são: Gravidez em mulheres com mais de 40 anos ou menos de 18; Histórico familiar de eclâmpsia; Gravidez de gêmeos; Mulheres com hipertensão; Obesidade; Diabetes; Doença renal crônica; Grávidas com doenças autoimunes, como lúpus. Causas da Pré Eclâmpsia A Causa exata da pré-eclâmpsia e desconhecida. Especialistas acreditam que ela começa na placenta no órgão que nutre o feto durante a gravidez. A pré-eclâmpsia é uma hipertensão arterial nova ou preexistente que é acompanhada de um excesso de proteína na urina. Ela é detectada por volta da 20º (vigésima) semana de gravidez e 25% dos casos ocorrem após o parto. As causas deste desenvolvimento anormal podem incluir: Fluxo sanguíneo insuficiente para o útero Danos aos vasos sanguíneos Um problema com o sistema imunológico Certos genes Outros distúrbios de pressão arterial elevada durante a gravidez. A presença de outras doenças também pode aumentar o risco de pré-eclâmpsia, como: ObesidadeHipertensão Enxaqueca Diabetes Tipo 1 ou Diabetes Tipo Doença renal Tendência a desenvolver coágulos de sangue (trombofilias) Doenças autoimune, como a artrite reumatoide, escleroderma e lúpus SINTOMATOLOGIA O reconhecimento de uma eclampsia é a presença de convulsões em uma gestante com diagnóstico prévio de Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) e proteinúria, na ausência de outras causas. Pré-eclâmpsia, é uma das complicações mais freqüentes da gravidez. Ela é definida como o desenvolvimento de hipertensão (pressão arterial sistólica >140mmhg ou diastólica >90mmhg) e proteinúria (300mg ou mais de proteína em urina de 24h), após 20semanas de gestação, em gestante previamente normotensa. O edema já foi considerado um dos critérios para a definição, mas hoje já não é mais imprescindível para o diagnóstico de pré-eclâmpsia. Sua classificação é feita em: pré-eclâmpsia leve, pré-eclâmpsia grave e eclampsia. Pré-eclâmpsia leve: Na pré-eclâmpsia leve os sinais e sintomas geralmente incluem: Pressão arterial igual a 140 x 90 mmHg; Presença de proteínas na urina; Inchaço e ganho repentino de peso, como 2 a 3 kg em 1 ou 2 dias. Pré-eclâmpsia grave: Já na pré-eclâmpsia grave, além do inchaço e do ganho de peso podem aparecer outros sinais como: Pressão arterial superior a 160 x 110 mmHg; Dor de cabeça forte e constante; Dor no lado direito do abdômen; Diminuição da quantidade de urina e da vontade de urinar; Alterações na visão, como vista embaçada ou escurecida; Sensação de ardência no estômago. Eclampsia:Eclampsia é uma complicação grave da pré-eclâmpsia, que ocorre quando a pressão arterial está elevada (acima de 140/90 mmHg), com convulsões, perda de consciência, agitação, dores de cabeça ou dores musculares. Diagnóstico Clínico A partir de características definidoras e fatores relacionados à hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia, encontrados na avaliação de enfermagem, podem ser obtidos os seguintes diagnósticos de enfermagem: Atenção para mulheres com idade entreentre 20 e 38 anos. Gestação com 20 semanas ou mais e pressão arterial elevada (140/90 mmHg ou mais). Imagem corporal perturbada Risco de lesão decorrente de convulsões. Déficit de conhecimento relacionado ao diagnóstico. Ansiedade relacionada à preocupação com sua saúde e do feto. Diminuição do débito cardíaco em virtude da pré-carga diminuída ou terapia anti-hipertensiva. Diagnóstico Laboratorial Alteração da perfusão tecidual, cardíaca, cerebral e fetal relacionado à alteração do fluxo sanguíneo placentário. Aumento da retenção hídrica relacionado às alterações fisiológicas da hipertensão gestacional e o aumento do risco de sobrecarga hídrica. A proteínúria de 24 horas e a relação proteína/creatinina é promissora para a detecção de proteinúria em mulheres com suspeita de pré-eclâmpsia. O grau de proteinúria não é preditivo de descolamento prematuro da placenta ou Síndrome HELLP. O acompanhamento de mulheres com pré-eclâmpsia inclui a avaliação dos parâmetros hematológicos (hemoglobina, plaquetas) e testes bioquímicos (função hepática e renal) para seguir a progressão para doença grave e para diagnosticar a deterioração da doença. A avaliação de rotina da coagulação não é indicada. Se necessário, a contagem de plaquetas é maior do que 100.000 plaquetas / mm3, embora não seja um indicador sensível de coagulopatia. Hematomas de sistema nervoso central não foram relatados com a contagem de plaquetas maior que 75.000 cels/mm3, sem disfunção plaquetária ou coagulopatia. A transfusão de plaquetas (com ou sem outros componentes sanguíneos) é indicada em função de contagem de plaquetas, tipo de parto, presença de sangramento ativo e coagulopatia. Tratamento Normalmente, hospitalização e algumas vezes tratamento anti-hipertensivo Parto, dependendo de fatores como idade gestacional e gravidade da pré-eclâmpsia Sulfato de magnésio para prevenir ou tratar novas convulsões, ou para evitar sua recorrência Abordagem geral O tratamento definitivo da pré-eclâmpsia é o parto. Entretanto, o risco de parto prematuro é comparado com a idade gestacional, gravidade da pré-eclâmpsia e a reação a outros tratamentos. Normalmente, o parto imediato após a estabilização materna (p. ex., controle das convulsões, começando a controlar a pressão arterial) é indicado para os seguintes casos: Gestação de ≥ 37 semanas; Eclâmpsia; Pré-eclâmpsia com características graves se a gestação tem ≥ 34 semanas; Degeneração das funções renais, pulmonares, cardíacas ou hepáticas (p. ex., síndrome HELLP); Resultados preocupantes do monitoramento ou teste fetal. Pré eclampsia: O melhor tratamento para pré-eclampsia continua sendo o pré-natal correto, o diagnóstico e tratamento clínico precoce e o adequado momento para a interrupção da gestação que é o tratamento definitivo; Pré-eclâmpsia leve: O obstetra geralmente recomenda que a mulher fique em casa e siga uma dieta pobre em sal e com aumento da ingestão de água para cerca de 2 a 3 litros por dia; Pré-eclâmpsia grave: Geralmente é feito com internamento no hospital. A grávida precisa ficar internada para receber pela veia e manter sob vigilância apertada a sua saúde e a do bebê. De acordo com a idade gestacional do bebê, o médico pode recomendar induzir o parto para tratar a pré-eclampsia; Pré-eclampsia Superajuntada: Deve-se realizar uma avaliação materna e do bem estar fetal, uso de corticoides para ajudar o amadurecimento do pulmão fetal e interromper a gestação; na eclâmpsia com o feto a termo ou pré-termo, a conduta visa inicialmente tratar as convulsões e os distúrbios metabólicos maternos e logo após, a gestação deve ser interrompida; Síndrome HELLP: É feito com a mulher internada na Unidade de Terapia Intensiva para que o obstetra possa avaliar constantemente a evolução da gravidez e indicar qual o melhor momento e via de parto, caso este seja possível. O tratamento para Síndrome HELLP depende da idade gestacional da mulher, sendo que é comum que após a 34ª semana, o parto seja induzido de forma precoce para evitar a morte da mulher e o sofrimento do bebê, que é encaminhado imediatamente para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do hospital para evitar complicações; Eclâmpsia: A eclâmpsia, ao contrário da hipertensão arterial comum, não responde aos diuréticos nem a uma dieta pobre em sal, dessa forma, o tratamento normalmente inclui: Administração de sulfato de magnésio ; Repouso; Indução do parto. TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA O tratamento farmacológico inicial de escolha para hipertensão na gestação é feito com Metildopa, pois é a droga mais estudada e sem efeitos adversos para o feto. A dose inicial é de 250mg, duas a três vezes ao dia, aumentando a cada 2 dias conforme necessário, utilizar até de 6 em 6 horas (dose máxima de 3000 mg/dia). As contraindicações são hipersensibilidade, doença hepática ativa e uso concomitante com inibidores da MAO.Quando houver necessidade de uma segunda droga para controle da pressão arterial ou quando a Metildopa não estiver disponível, pode-se utilizar a Nifedipino de liberação lenta (Retard) de 30 a 90 mg/dia (aumentar em intervalos de 7 dias; dose máxima 120 mg/dia) ou Hidralazina 25 mg, meio comprimido, quatro vezes ao dia (aumentando de 12,5 a 25 mg/dia a cada 2 a 4 dias; dose máxima 200 mg/dia). A escolha deve-se basear no acesso à medicação e no perfil de efeitos adversos. Anlodipino e Verapamil podem ser consideradas drogas alternativas, porém há poucos dados sobre o uso dessas medicações na gestação. Clonidina também pode ser utilizada, porém devido a efeitos adversos e risco de rebote, outras medicações são preferidas. Para gestantes portadoras de HAS crônica que estão em uso de anti-hipertensivos, com pressão arterial abaixo de 120/80 mmHg e sem lesão em órgão-alvo, recomenda-se reduzir ou mesmo descontinuar o tratamento e iniciar monitoramento cuidadoso da pressão arterial. Quando houver necessidade de manutenção do tratamento, diuréticos tiazídicos podem sermantidos. No entanto, na presença de pré-eclâmpsia e/ou crescimento intrauterino restrito (CIUR), devem ser descontinuados. Deve-se sempre suspender o uso de Inibidores da ECA (Captopril, Enalapril), antagonistas dos receptores da Angiotensina II (Losartan) e de Espironolactona. A manutenção de betabloqueadores deve ser avaliada individualmente, uma vez que sua segurança é controversa e foram associados em estudos observacionais com CIUR, apneia neonatal, bradicardia e hipoglicemia. Deve-se considerar manter o uso em casos de arritmia ou cardiopatia isquêmica, por exemplo. Dentre os betabloqueadores, preferir o uso de Metoprolol.Na HAS não-complicada, o alvo da pressão é de 130 a 150 mmHg de sistólica e de 80 a 100 mmHg de diastólica. Em pacientes com HAS complicada (lesão em órgão-alvo, doença cardiovascular concomitante) o alvo é de 120 a 140 mmHg de sistólica e de 80 a 90 mmHg de diastólica. Os anti-hipertensivos utilizados na HAS crônica não protegem contra a progressão para pré-eclâmpsia sobreposta. Na suspeita de pré-eclâmpsia, a paciente deve ser avaliada em Emergência Obstétrica/ Centro Obstétrico imediatamente. Crise hipertensiva na gestação (pressão arterial sistólica maior ou igual a 160 mmHg ou pressão arterial diastólica maior ou igual a 110 mmHg) também é indicação de encaminhamento para Emergência Obstétrica/ Centro Obstétrico. ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Aumento da retenção hídrica relacionado às alterações fisiológicas da hipertensão gestacional e o aumento do risco de sobrecarga hídrica. Alteração da perfusão tecidual, cardíaca, cerebral e fetal relacionado à alteração do fluxo sanguíneo placentário. Risco de lesão decorrente de convulsões. Déficit de conhecimento relacionado ao diagnóstico. Ansiedade relacionada à preocupação com sua saúde e do feto. Diminuição do débito cardíaco em virtude da pré-carga diminuída ou terapia anti-hipertensiva. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Explicar à paciente e ao seu acompanhante o processo patológico e a necessidade de períodos de repouso em decúbito lateral esquerdo. Permitir tempo para perguntas da paciente ou acompanhante. Manter o ambiente tranqüilo. Monitorar os sinais vitais de hora em hora, de acordo com a prescrição médica. Coletar sangue para realização de exames, caso seja solicitado pela equipe médica. Instruir quanto à importância de relatar sintomas como cefaléia, alterações visuais, tonteira e dor epigástrica. Puncionar e manter acesso venoso periférico, de acordo com a prescrição médica. Aplicar medicações conforme prescrição médica. Manter grades laterais elevadas para evitar lesão em caso de convulsão. Preparar a unidade da paciente mantendo material para oxigenoterapia e prontos para utilização, como:fluxômetro, cateter nasal, umidificador, máscara de Hudson e macronebulizador; Preparar e manter próximo ao leito material para uma possível parada cardiorrespiratória; Tomar as medidas para a possibilidade de cesariana, como: preparação da sala cirúrgica, materiais e equipamentos necessários; Reunir os equipamentos e materiais necessários para os cuidados imediatos e possível reanimação do RN. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA http://hospitalsaomatheus.com.br/blog/eclampsia/ https://www.google.com/amp/s/www.minhavida.com.br/amp/saude/temas/pre-eclampsia BRINGMANN, N.V. Hipertensão na gravidez, 2004.CONSENSO BRASILEIRO DE CARDIOPATIA E GRAVIDEZ. Hipertensão na gravidez : pré-eclâmpsia e eclampsiaKAHHALE, S. ; ZUGAIB, M. Síndromes Hipertensivas na Gravidez: Pré-eclâmpsia. In: BENZECRY, R. ; OLIVEIRA, H. O. ; LEMGRUBER, I. Tratado de Obstetrícia . Rio de Janeiro: Revinter, 2000. p. 524-529.CORLETA, H. V. E. ; KALIL, H. S. B. Gestação e HipertensãoGALLETTA, M. A. ; ZUGAIB, M. Doença Hipertensiva Específica da GravidezREZENDE, J. de ; MONTENEGRO, C. A. B. Obstetrícia Fundamental . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A. 2000.
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