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Universidade Veiga de Almeida Trabalho Parasito Aluna: Laryssa Hillary Rodrigues de Araujo Matrícula: 20201107960 Curso: Biomedicina Turno: manhã RESUMO SOBRE ARTIGO Neste artigo faz-se uma revisão sobre o início da paleoparasitologia e seus conceitos. A pesquisa de parasitos em vestígios humanos pode trazer informações sobre questões tais como a origem e antiguidade da relação parasito-hospedeiro, distribuição de parasitos através do tempo e migrações humanas pré-históricas. O estudo de seqüências de ADN de parasitos encontrados em tecidos mumificados e coprólitos pode ser uma importante fonte de informação para filogenia e evolução parasito-hospedeiro. A análise de ácidos nucléicos de parasitos encontrados em material arqueológico abre novas perspectivas para estudos sobre evolução ao nível molecular através dos anos. Assim citado no artigo : "As migrações humanas espalharam os parasitos adquiridos por todo o mundo. Para recuperar e traçar a origem e evolução das doenças infecciosas foi criada a paleoparasitologia. Paleoparasitologia é o estudo dos parasitos em materiais antigos, que trouxe novas informações na evolução, paleoepidemiologia, ecologia e filogenética das doenças infecciosas." Caso Clínico – Malária Uma moradora de Porto Velho, com febre, sudorese, febre com calafrios a cada 48 horas procura o médico. Durante a anamnese, relata que há cerca de um amo foi com a família visitar a família no estado do Pará e apresentou os mesmos sintomas. Na época, o diagnóstico foi de malária por Plasmodium vivax. Foi utilizada a cloroquina para tratamento e nunca mais ela esteve em qualquer outra região endêmica de malária. Relatou também que o médico receitou outro medicamento, mas que só tomou por uns 2 ou 3 dias porque não estava mais com sintomas da doença. Sua filha, à mesma época, e esposo também apresentaram sintomas da doença e foram tratados. Ela tinha um bbê recém-nascido, o qual ainda amamentava. Ambos tomaram os dois medicamentos receitados pelo médico. O médico solicita o exame de gota espessa (esfregaço) e delgada (distensão) de sangue em lâmina de vidro, e constata infecção por Plasmodium vivax. O médico explica para o paciente que ele está tendo uma recaída tardia a) Quais são as formas morfológicas desse parasita utilizadas para diagnóstico pelo? Justifique a sua resposta. R: o diagnóstico da doença é feito pela visualização microscópica do plasmódio em exame da gota espessa de sangue, corada pela técnica de Giemsa ou de Walker. Plasmodium Vivax. Trofozoíto jovem: em forma de anéis pequenos, às vezes abertos, mostrando apenas uma massa de cromatina(raramente duas). Pode ser confundido com os trofozoítos jovens do P. falciparum. Ausência de pigmento malárico. Os anéis podem ser maiores e, nesse caso, apresentam vacúolo claramente definido. Trofozoíto maduro: grande, amebóide e com vacúolo presente. Grânulos finos de pigmento malárico escuro no citoplasma, geralmente identificados como formas irregulares. Esquizonte: grande, redondo e com menos de 12 núcleos (cromatinas) quando ainda jovem. Grânulos de pigmento fino, escuro e difuso pelo citoplasma. Quando maduro, apresenta 12 a 24 merozoítos (cromatinas maiores), irregularmente arranjados. Grânulos de pigmento malárico visualizado, às vezes, como pequena massa escura numa parte do citoplasma. Gametócito: redondo ou oval, com única massa de cromatina triangular ou redonda, tamanho variável. Pigmento malárico fino, difuso e escuro sobre o citoplasma. As formas mais evoluídas podem ser maiores que o microlinfócito. As hemácias parasitadas geralmente são jovens (reticulócitos) e apresentam granulações de Schüffner. Seu diâmetro pode estar aumentado pelo tamanho do parasito. Não apresenta pigmento malárico fagocitado por leucócitos no sangue periférico. No exame da lâmina de um paciente com malária causada por P. vivax são encontradas todas as formas evolutivas dessa espécie: anéis (trofozoítos jovens), formas irregulares (trofozoítos maduros), esquizontes e gametócitos. b)No citoplasma do protozoário, são observados grânulos de hemozoína. Qual é a origem desses grânulos? R: São produzidos a partir da degradação da hemoglobina pelos parasitas da malária .O pigmento acumula-se nos macrófagos do fígado, baço, medula óssea, linfonodos e de outros locais. A hemozoína é um cristal prismático com uma característica cor escura. c)Por que apenas essa paciente está apresentando a recaída? R: Porque ele não realizou o tratamento adequado. d)Por que apenas o bebê não foi infectado por Plasmodium vivax ? Após o nascimento, as mães passam anticorpos IgG para os filhos através da barreira placentária assim o recém-nascido estará protegido. Caso Clínico – Leishmaniose Sexo masculino, 25 anos, agricultor, proveniente de Coari, município do interior do estado do Amazonas, em bom estado geral, apresentando há 8 meses quadro predominante de placas verrucosas e algumas úlceras de bordas infiltradas, bem delimitadas em membros inferiores, refere que no início do quadro apresentava somente as úlceras e que posteriormente evoluíram para esse aspecto verrucoso; não apresentava alteração nos demais sistemas e nem sinal de imunodepressão ao exame físico. Devido à importante história epidemiológica e à presença de lesões ulceradas, foi solicitado o exame direto para LTA através da escarificação da lesão e que se mostrou positivo devido a presença de amastigotas arredondadas intracelulares e isoladas. Diante disso, foi realizada a biopsia e encaminhada para micologia e histopatologia; solicitado exames laboratoriais no qual vieram sem alterações, sorologia para VIH e hepatites ambas negativas. O resultado do micológico foi negativo; e o estudo histopatológico demonstrou hiperceratose, acantose, infiltrado de linfócitos, histiócitos, células epitelióides, células gigantes multinucleadas e plasmócitos em torno dos granulomas; foi realizada a reação em cadeia da polimerase (PCR). Diante disso, foi iniciado o tratamento com antimoniato de meglumina (15 ml/dia equivalente a 17 mg SbV/kg/ dia) por 20 dias. Após 10 dias do término do tratamento, o paciente evoluiu com melhora importante das lesões e sem complicações referente a medicação, atualmente em seguimento ambulatorial há 6 meses e sem recidivas até o momento. a) Qual o tipo de leishmaniose descrito nesse caso apresentado? Ela cursa com mutilações no paciente? R: Leishmaniose Tegumentar Americana. b) Quais as outras abordagens diagnósticas laboratoriais poderiam ter sido empregadas, nesse caso suspeito, na ausência de recursos para a realização imediata da PCR? R:O diagnóstico clínico pode ser feito com base nas características da lesão associada à anamnese, em que os dados epidemiológicos são de grande importância; sua confirmação pode ser possível através da detecção do parasita no exame direto pelo microscópico ou pela cultura, os testes imunológicos, como o teste de Montenegro e imunofluorescência indireta, também podem ajudar; e o exame histopatológico pode sugerir o diagnóstico isolamento in vivo e in vitro do parasita, xenodiagnóstico testes sorológicos(ELISA), IDRM e biologia molecular (PCR). c)Descreva o ciclo da doença, apontando as formas parasitárias infectantes, circulantes e intrateciduais/intracelulares, bem como o vetor envolvido e através de qual aspecto de sua biologia ele transmite os protozoários: R:O Flebotomíneo conhecido como mosquito-palha, insere sua probóscide na pele de um indivíduo saudável fazendo um repasto sanguíneo com sua saliva antes de se alimentar infectando o indivíduo com sua saliva com os protozoários na forma promastigota. Os promastigotas começama ser fagocitados por células do sistema fagocíto mononucleares chamadas macrófagos. Dentro dos macrófagos os promastigotas se transformam em amastigotas se multiplicando por divisão binária em vários tecidos. Caso Clínico – Tripanossomíase Paciente masculino, 27 anos, natural e procedente de Guanambi (BA), internado pela primeira vez em nosso serviço aos 16 anos de idade, em 1990, apresentando insuficiência cardíaca congestiva classe IV e sorologia positiva para doença de Chagas. Nessa internação apresentava quadro compatível com doença reumática em atividade: pericardite, poliartrite migratória e febre. O eletrocardiograma e a radiografia simples de tórax, naquela ocasião, eram normais. O ecocardiograma confirmou o diagnóstico clínico de disfunção mitral completa e insuficiência aórtica, além de demonstrar derrame pericárdico, ausência de dilatação de câmaras e fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 86%. Recebeu alta hospitalar, porém abandonou o acompanhamento ambulatorial, retornando para a cidade de origem. Em março de 2001, retornou em insuficiência cardíaca congestiva classe IV, queixando-se, há 2 anos, de dor retroesternal em pontada, intermitente, que piorava com a tosse. Ao exame físico de entrada, apresentava-se em satisfatório estado geral, afebril, corado, hidratado, ictérico, com pressão arterial = 140x50mmHg e estase jugular a 45º. A ausculta cardíaca mostrou insuficiências aórtica e mitral e estenose mitral. O fígado era palpável a 6cm da borda costal direita, endurecido, com superfície lisa, borda romba e indolor. Havia edema compressível de em membros inferiores com extensão dos maléolos até raiz da coxa. A radiografia de tórax em PA revelou cardiomegalia global. Durante as internações considerou-se que o componente reumatismal fora preponderante sobre a miocardite chagásica na piora da insuficiência cardíaca, pois as disfunções valvares, não corrigidas, provavelmente seriam as responsáveis pela piora hemodinâmica. O exame físico do coração e o ecocardiograma reforçavam este raciocínio, já que os distúrbios de ritmo e de condução detectados ao eletrocardiograma são inespecíficos 1, podendo ser atribuídos às duas doenças. A dor retroesternal em pontada e intermitente referida com frequência pelo paciente poderia ser atribuída a doenças da motilidade gastroesofágica, distúrbios de ansiedade, doença depressiva e neurite intercostal, já que não havia substrato clínico para isquemia ou pericardite. Não deve ser esquecida a usual dor torácica, sem substratoanatômico, em pacientes chagásicos 2. As hipóteses diagnósticas seriam: 2) doença de Chagas A.) Em qual estágio da doença esse paciente se encontra? Por quais indícios diagnósticos você o classificaria nesse estádio? R: Fase crônica, pelo histórico ao diagnóstico sorológico positivo para doença de Chagas em sua primeira internação, sem o devido acompanhamento ambulatorial agravou o quadro além da insuficiência aórtica e alterações digestório e problema Cardio. B.) Além dos exames de imagem, aferição de sinais vitais e de função cardíaca, quais os testes laboratoriais estariam indicados para fechar o diagnóstico de doença de Chagas, nesse estádio? R: No estágio crônico são realizados exames parasitológicos indiretos; a hemocultura; exames sorológicos para detecção de anticorpos anti-T. cruzi da classe IgG, como o ELISA, Imunofluorescência Indireta, Hemaglutinação Indireta; além de PCR, Western Blot e Intradermoreação de Machado Guerreiro (IDRMG) C.) Qual aspecto da anamnese poderiam ter sugerido a hipótese de tripanossomíase logo no início do atendimento? R:Sorologia positiva para doença de Chagas. D.) Que outros sintomas poderiam ser apresentados por esse indivíduo, se fosse um caso clássico? R: Além de danos nas funções cardíacas já apresentadas, ele poderia apresentar acometimento de órgãos do trato gastrointestinal, resultando no aumento das vísceras digestivas como a do esôfago, conhecido como megaesôfago, e do intestino grosso, conhecido como megacólon, provocando mudanças no desempenho do sistema digestivo. Caso clínico amebíase Marcos, 52 anos, sexo masculino, mudou para Patos de Minas há 4 meses, onde foi internado no Hospital Regional Antônio Dias, com os sintomas diarreia, febre e dor abdominal intensa. Nos dois meses anteriores a hospitalização, ele foi observado em duas consultas no Posto de Saúde, com os mesmos sintomas, porém com episódios esporádicos. O paciente relatou ao médico que não tinha diarreia há muito tempo, mas notara ocasionalmente um aspecto de muco nas fezes. Houve perda de peso, mas não sabia quantificar. Nos últimos três anos, ele residia em uma área periférica de Belo Horizonte e era funcionário de limpeza de um asilo. Tinha o hábito de consumir bebidas alcóolicas e era tabagista. Na data da admissão, no hospital em Patos de Minas, apresentava desnutrido e febre. Ao exame físico, palpava-se hepatomegalia. O exame radiológico de tórax mostrava-se aparentemente normal. O paciente já apresentava lesões ulcerativas na pele, e relatava confusão mental e crises convulsivas. Iniciou-se terapêutica medicamentosa com Cloranfenicol, sem obter melhoria clínica na primeira semana de tratamento. Durante a segunda semana, continuando o mesmo tratamento, a dor epigástrica acentuou-se e agravava-se pela tosse. Teve vários episódios de diarreia com sangue, durante dois dias e febre. Ao exame retossigmoidoscopia foi colhido material, sendo identificadas formas císticas. Iniciou-se pela quarta semana de internação, o tratamento com Metronidazol, na dose 750mg, três vezes ao dia, durante 10 dias. Durante a terapêutica com Metronidazol, a melhoria clínica foi nítida. As dores diminuíram nos primeiros dias de tratamento e o trânsito intestinal normalizou-se, a febre desapareceu. Uma ultrassonografia mostrou o desaparecimento progressivo da lesão e normalização das dimensões hepáticas. a) Como é o aspecto cístico da espécie patogênica de ameba possivelmente envolvida nesse caso? Indique o nome dela, uma vez que com o sangramento intestinal, há a presença de lesões ulcerosas, além das teciduais na pele e suspeita delas no SNC. R:A espécie patogênica envolvida nesse caso é do gênero Entamoeba histolytica, os cistos são esféricos, possuem de 1 a 4 núcleos revestidos com grânulos de cromatina, cariossomo pequeno e central, parede celular composta de polímeros de N-acetil-d-glicosamina. Seu citoplasma possuí vacúolo contendo glicogênio, membrana nuclear pouco visível e corpos cromatóides compostos de ácido ribonucleico. São resistentes a ação do suco gástrico chegando ao intestino delgado, na porção terminal do íleo onde ocorre o desencistamento com a liberação do metacisto, através de uma pequena fenda na parede cística b) Quais seriam os exames, além da retossigmoidoscopia usada nesse caso complicado, que poderiam ser auxiliares no diagnóstico da amebíase, inclusive menos invasivos. R: Exames de parasitos de fezes com microscopia ótica, ELISA, Hemaglutição indireta, PCR, Imunofluorescência indireta (RIFI). C) Quais são os sítios em que esse parasita pode se hospedar? Há outros hospedeiros envolvidos no seu ciclo biológico? R: Na região ileocecal do intestino delgado, onde começa o desencistamento e no intestino grosso, onde se desenvolvem e originam. Seu ciclo é monóxeno, portanto, não há outros hospedeiros envolvidos. D.) Qual a forma de transmissão e de prevenção dessa enfermidade? R: quando se ingere os cistos. Os cistos se abrem, liberando os trofozoítos que se multiplicam e provocam úlceras no revestimento intestinal. Os cistos podem ser transmitidos diretamente de pessoa para pessoa, ou de forma indireta pelos alimentos ou pela água. A amebíase também pode se disseminar por sexo oral-anal. Nas áreas com más condições sanitárias, a amebíaseé adquirida pela ingestão de alimentos ou água contaminada com fezes. As frutas e os legumes podem ser contaminados quando crescem em terras fertilizadas com fezes humanas, quando são lavados com água poluída ou são preparados por alguém que está infectado. A amebíase pode ocorrer e se disseminar em locais com condições sanitárias adequadas se pessoas infectadas forem incontinentes ou houver má higiene. Para prevenir a contaminação de alimentos e água com fezes humanas é essencial para prevenir a amebíase. Aprimorar os sistemas de saneamento em áreas em que a infecção é comum pode ajudar. Bibliografia Araújo, Adauto et al. 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[S.l.]: Institute for the Study of Labor Revista SPDV 73(4) 2015; Laryssa Madeira de Araujo, Daniela Cristina Caetano Maia, Bárbara Agonio e cols; Leishmaniose tegumentar https://doi.org/10.1590/S0066-782X2003000200011 http://ftp.iza.org/dp2997.pdf http://ftp.iza.org/dp2997.pdf https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Institute_for_the_Study_of_Labor&action=edit&redlink=1 americana Recebido/Received - Julho/July 2015; Aceite/Accepted – Agosto/August 2015
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