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0 
 
 
 
 
1 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 2 
2 CUIDADOS EM ENFERMAGEM ....................................................... 3 
3 REFERENCIAIS TEÓRICOS PARA DISCUSSÃO DAS LINHAS DE 
CUIDADO INTEGRAL ............................................................................................... 11 
4 INSTRUMENTOS BÁSICoS PARA O CUIDAR ............................... 19 
5 TIPOS DE OBSERVAÇÃO .............................................................. 21 
6 PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS COMO INSTRUMENTO BÁSICO DE 
ENFERMAGEM ......................................................................................................... 23 
7 PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE ENFERMAGEM ........................ 25 
8 BASES TEORICA-CONCEITUAL DO PROCESSO DE 
ENFERMAGEM ......................................................................................................... 30 
9 CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES PORTADORES 
DE DOENÇAS INFECCIOSAS ................................................................................. 32 
10 ALGUMAS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS .......................... 37 
11 TRANSMITIDAS POR VÍRUS .......................................................... 43 
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 48 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
3 
 
2 CUIDADOS EM ENFERMAGEM 
 
Fonte: ibraenf.com.br 
O que é Linha do Cuidado? 
Linha do cuidado é a imagem pensada para expressar os fluxos assistenciais 
seguros e garantidos ao usuário, no sentido de atender às suas necessidades de sa-
úde. É como se ela desenhasse o itinerário que o usuário faz por dentro de uma rede 
de saúde incluindo segmentos não necessariamente inseridos no sistema de saúde, 
mas que participam de alguma forma da rede, tal como entidades comunitárias e de 
assistência social. 
A Linha do cuidado é diferente dos processos de referência e contra referência, 
apesar de incluí-los também. Ela difere, pois não funciona apenas por protocolos es-
tabelecidos, mas também pelo reconhecimento de que os gestores dos serviços po-
dem pactuar fluxos, reorganizando o processo de trabalho, a fim de facilitar o acesso 
do usuário às Unidades e Serviços aos quais necessita. 
 
Por que se deve chamar Linha do Cuidado Integral? 
Porque a Linha do Cuidado Integral incorpora a ideia da integralidade na assis-
tência à saúde, o que significa unificar ações preventivas, curativas e de reabilitação; 
proporcionar o acesso a todos os recursos tecnológicos que o usuário necessita, 
 
4 
 
desde visitas domiciliares realizadas pela Estratégia Saúde da família e outros dispo-
sitivos como o Programa de Atenção Domiciliar, até os de alta complexidade hospita-
lar; e ainda requer uma opção de política de saúde e boas práticas dos profissionais. 
O cuidado integral é pleno, feito com base no ato acolhedor do profissional de saúde, 
no estabelecimento de vínculo e na responsabilização diante do seu problema de sa-
úde. 
 
 
Fonte: ismbr.wordpress.com 
Acolhimento, Vínculo e Responsabilização são diretrizes da Linha do Cui-
dado? 
Sim. O próprio nome já diz que Linha do Cuidado só cuida de fato do usuário 
se o os serviços de saúde organizar seus processos de trabalho, de modo que haja o 
Acolhimento dos usuários pelos trabalhadores, o que significa atender bem, fazer uma 
escuta qualificada do seu problema de saúde, resolver e se necessário, fazer um en-
caminhamento seguro, e isto só é possível se esta rede estiver operando com base 
na Linha do Cuidado. É necessário que os trabalhadores estabeleçam Vínculo com 
os usuários, no sentido de acompanhar seus processos por dentro da rede, e se res-
ponsabilizem, procurando facilitar o seu “caminhar na rede” para atendimento às suas 
necessidades. 
 
5 
 
Tudo isto significa que é necessário organizar os processos de trabalho, isto é, 
o modo como cada um trabalha, para que estas diretrizes se tornem rotina nas práticas 
dos profissionais. O processo de trabalho é a chave da questão, por- que é através 
dele que se produz o cuidado aos usuários. 
 
 
Fonte:g1.globo.com 
Como funciona a Linha do Cuidado Integral? 
Ela funciona com base nos Projetos Terapêuticos, ou seja, o que queremos 
dizer é que o Projeto Terapêutico aciona, ou, dispara a Linha do Cuidado. O que é 
isto? Projeto Terapêutico é o conjunto de atos assistenciais pensados para resolver 
determinado problema de saúde do usuário, com base em uma avaliação de risco. O 
risco não é apenas clínico, é importante enfatizar isto, ele é também social, econô-
mico, ambiental e afetivo, ou seja, um olhar integral sobre o problema de saúde vai 
considerar todas estas variáveis na avaliação do risco. Com base no risco é definido 
o Projeto Terapêutico e a partir dele o trabalhador de saúde vai orientar o usuário a 
buscar na rede de serviços os recursos necessários ao atendimento à sua necessi-
dade. 
 
6 
 
Importa pensar que com a Linha do Cuidado Integral organizada, o serviço de 
saúde opera centrado nas necessidades dos usuários, e não mais na oferta de servi-
ços, o que geralmente limita o acesso. 
 
Como fazer para uma Linha do Cuidado Integral funcionar? 
 
 
Fonte: saojoaquimonline.net 
O mais importante é o pacto entre os gestores das Unidades de Saúde e entre 
os gestores municipais de acordo com a regionalização da rede assistencial. É neces-
sário que haja um acordo de funcionamento, feito por todas as chefias, coordenações, 
gerências, em relação aos fluxos entre os que coordenam as Unidades da Atenção 
Básica, a rede de apoio diagnóstico e terapêutico, os serviços de urgência e hospita-
lares, assim como as áreas meio da Secretaria de Saúde. 
É o pacto firmado sobre a compreensão de que os serviços de saúde devem 
se organizar centrados no usuário, que vai garantir que os fluxos entre os diversos 
serviços funcionem de forma harmônica, tranquila, assegurando o acesso aos usuá-
rios. Um pacto interno de gestão é fundamental neste processo. 
 
Como montar as Linhas de Cuidado Integral? 
 
7 
 
 
Para montar as Linhas de Cuidado é necessário o envolvimento de todos que 
de alguma forma devem estar implicados com o cuidado em saúde. Pela ordem pro-
pomos: 
 
1. Em primeiro lugar é necessário mapear a rede de serviços de saúde, e aque-
les que devem estar envolvidos, e propor que a discussão das Linhas se dê de forma 
coletiva. 
 
2. A segunda questão é definir quais Linhas de Cuidado serão montadas. Isto 
porque sabemos que os serviços de saúde têm inúmeros fluxos de cuidado funcio-
nando, para cada grupo ou programas de cuidado. Então se devem escolher as Linhas 
de Cuidado que serão prioritariamente organizadas. O critério para esta definição 
pode ser a prevalência de determinado problema de saúde na população, a carência 
de cuidados em alguma área específica, a dificuldadede acesso, a facilidade em mon-
tar a Linha de Cuidado e outros que a própria equipe pode definir. Por exemplo, po-
demos pensar como prioritários as Linhas do Cuidado em saúde materno-infantil, do 
idoso, saúde mental, hipertensão arterial e saúde bucal. 
 
 
Fonte: www.blogbrasil.com.br 
 
8 
 
Isto significa que para cada segmento de cuidado destes, deve haver uma pac-
tuarão e um trabalho em equipe, coletivo para construção dos fluxos de acesso e cui-
dado aos usuários. 
 
3. Realizar as oficinas de trabalho com todos aqueles implicados com determi-
nado segmento de cuidado e nesta oficina produzir os pactos, e definir os fluxos de 
cuidado aos usuários. Só um processo coletivo pode garantir que haja um bom funci-
onamento das Linhas de Cuidado após a sua organização. A discussão e pactuarão 
conjuntas garante o compromisso de cada um, ativa a ideia de que o usuário é o centro 
dos serviços de saúde, e os fluxos de acesso aos serviços devem proporcionar um 
acesso seguro e tranquilo a estes usuários. 
 
 
Fonte: www.colegioweb.com.br 
4. O importante na oficina é mapear todas as possibilidades de acesso aos 
serviços, e usar a criatividade para garantir que o sistema trabalhe com base nas ne-
cessidades dos usuários, desobstruindo entraves burocráticos de acesso aos servi-
ços. A confiança, solidariedade, espírito de equipe, de trabalho em redes, colaboração 
mútua, são fundamentais para que as Linhas de Cuidado funcionem adequadamente, 
como fluxos ininterruptos de cuidado integral à saúde. 
 
9 
 
 Para que a equipe seja criativa ela deve ter liberdade para pensar e agir, to-
mando decisões que melhor convém ao bom funcionamento dos serviços de saúde. 
É importante advertir que para montar as Linhas de Cuidado a equipe pode 
necessitar da ajuda de um profissional que entende de fluxos de rede de serviços, e 
detém uma metodologia adequada para a condução das oficinas que vão trabalhar na 
organização das Linhas. 
A Linha do Cuidado pode se formar dentro de uma Unidade de Saúde, por 
exemplo, uma Unidade Básica, Policlínica ou Hospital, ou pode ser referenciada regi-
onalmente. Sua dimensão vai depender de que recursos ela alcança nos fluxos que 
foram pactuados, e onde estão estes recursos. Se há uma dimensão regional para a 
rede de saúde, a Linha pode ter o alcance loco regional. 
Não há um limite pré-definido, a realidade de cada local e as pactuações de-
senvolvidas vão definir sua dimensão. 
 
 
Fonte: www.cursogratuito.net 
 
 
10 
 
E depois de organizadas as Linhas de Cuidado Integral, como fazer para 
manter o seu funcionamento? 
 
É muito importante que cada Linha de Cuidado organizada tenha um gestor, ou 
um colegiado gestor como for melhor, pensando e operacionalizando seus flu- xos, 
garantindo que os caminhos de acesso aos serviços permaneçam desobstruídos e 
fazendo uma “vigilância” pela não burocratização destes fluxos. Portanto percebemos 
que a gestão das Linhas de Cuidado é fundamental. 
O gestor ou colegiado gestor da Linha de Cuidado pode ser composto por 
aquele que detém o conhecimento dos fluxos e tem trânsito entre todos os serviços; 
ou, no caso do colegiado, por aqueles indicados por cada serviço para fazer esta ges-
tão. 
A gestão das Linhas de Cuidado deve estar atenta aos processos instituintes, 
isto é, as mudanças do processo de trabalho, os novos fluxos que surgem, as inova-
ções no ato de cuidar, o grupo gestor deve procurar perceber essas inovações como 
elementos que enriquecem o que foi anteriormente definido para os fluxos assisten-
ciais. Não é porque algo não está previsto anteriormente nos fluxos, que pode ser 
prejudicial ao mesmo. Muitas vezes a novidade que surge é um aperfeiçoamento ao 
processo pensado originalmente, e, portanto, deve ser contemplado. Liberdade anda 
junto com a criatividade, e esta é a maior fonte de enriquecimento e aperfeiçoamento 
das Linhas de Cuidado Integral. 
 
Fonte: www.abp.org.br 
 
11 
 
3 REFERENCIAIS TEÓRICOS PARA DISCUSSÃO DAS LINHAS DE CUIDADO 
INTEGRAL 
A assistência integral à saúde permanece como um grande desafio, na medida 
em que é necessário combinar todas as dimensões da vida para a prevenção de agra-
vos e recuperação da saúde. E neste sentido a atenção básica e os diversos níveis 
de especialidades, apoio diagnóstico e terapêutico, média e alta complexidade. 
 Os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) convivem com uma grande 
pressão de demanda por estes recursos assistenciais, à qual não se consegue res-
ponder, gerando muitas vezes longas filas de espera para alguns procedimentos. Por 
outro, estes serviços representam vultosos gastos para o orçamento da saúde. 
A questão da integralidade de atenção à saúde deve ser vista sob o aspecto 
não apenas da organização dos recursos disponíveis, mas especialmente do fluxo do 
usuário para o acesso aos mesmos. Para garantir a integralidade é necessário operar 
mudanças na produção do cuidado, a partir da rede básica, secundária, atenção à 
urgência e todos os outros níveis assistenciais, incluindo a atenção hospitalar. 
 
 
Fonte: formacao.tecnisign.pt 
 
12 
 
A organização dos processos de trabalho surge como a principal questão a ser 
enfrentada para a mudança dos serviços de saúde, no sentido de colocá-lo operando 
de forma centrada no usuário e suas necessidades. Prevalece no atual modo de pro-
dução de saúde, o uso de tecnologias duras (as que estão inscritas em máquinas e 
instrumentos), em detrimento de tecnologias leveduras (definidas pelo conhecimento 
técnico) e leves (as tecnologias das relações) para o cuidado ao usuário (MERHY; 
1997). 
Mudar o modelo assistencial requer uma inversão das tecnologias de cuidado 
a serem utilizadas na produção da saúde. Um processo de trabalho centrado nas tec-
nologias leves e leveduras é a condição para que o serviço seja produtor do cuidado. 
 
Construindo as “Linhas do Cuidado”. 
 
A proposta pensada para vencer os desafios de ter uma assistência integral à 
saúde, começa pela reorganização dos processos de trabalho na rede básica e vai 
somando-se a todas outras ações assistenciais, seguindo aquilo que nos diz CECÍLIO 
& MERHY, 2003: 
““.... Uma complexa trama de atos, de procedimentos, de fluxos, de rotinas, de 
saberes, num processo dialético de complementação, mas também de disputa, vão 
compondo o que entendemos como cuidado em saúde. “A maior ou menor integrali-
dade da atenção recebida resulta, em boa medida, da forma como se articulam as 
práticas dos trabalhadores...”. 
 
Imaginamos, portanto, que a integralidade começa pela organização dos pro-
cessos de trabalho na atenção básica, onde a assistência deve ser multiprofissional, 
operando através de diretrizes como a do acolhimento e vinculação de clientela, onde 
a equipe se responsabiliza pelo cuidado ao usuário. 
A organização do trabalho requer que se pense no seguinte: 
 
 1. O conhecimento do ato de cuidado, ou seja, os saberes técnicos estrutura-
dos como o da clínica são fundamentais. 
 
 
13 
 
 2. O correto uso dos instrumentos e protocolos, sem deixar que o trabalho fique 
amarrado e engessado no que diz estas diretrizes, mas procurem nos protocolos uma 
referência e apoio para o trabalho cotidiano. 
 
 3. O ato de cuidar como campo solidário, humanizado de relações, onde acon-
tecem fluxos de afetos entre trabalhador e usuário, que faz com que este se sinta 
protegido pelos atos assistenciais. 
 
Estes requisitos para organização do processo de trabalho vão permear os vá-
rios campos da saúde, como as vigilâncias à saúde, cuidados clínicos e toda rede de 
saberes e práticas em saúde. Neste sentido é fundamental, por exemplo, que a rede 
básica de assistência à saúde tenha o máximo de resolutividade, deve ser levada ao 
limite das suas possibilidades diagnósticas e terapêuticas. 
Imaginamos que a linha do cuidado se forma com base nas Unidades de Saúde 
disponíveis na rede assistencial.E em uma só Unidade Básica de Saúde é possível 
perceber que existem várias microunidades que se comportam como um lugar de pro-
dução do cuidado. 
 
Unidades de Produção da Unidade Básica de Saúde 
 
Consideramos que em cada lugar onde se produzem atos de intervenção sobre 
um determinado problema de saúde, do qual o usuário é portador, resultam produtos 
bem definidos. 
Esta combinação, trabalho / produtos caracterizam uma Unidade de Produção 
de Saúde. Assim, o estabelecimento aqui analisado, uma Unidade Básica de Saúde, 
UBS, contém: 
 
Unidade de Produção de Recepção aos usuários. 
Unidade de Produção de Ações de Enfermagem. 
Unidade de Produção de Consulta Médica. 
Unidade de Controle e Produção de Prontuários. 
Unidade de Dispensação de medicamentos. 
Unidade de Produção de Exames Laboratoriais. 
 
14 
 
 
Fonte: labsaogabriel.com.br 
As Unidades de Produção podem estar integradas e operando em um mesmo 
processo produtivo ou atuarem de forma compartimentada, autonomizadas umas em 
relação às outras. O que define o modo como sem integram estas Unidades de Pro-
dução é o processo de trabalho desenvolvido no seu espaço próprio. O processo de 
trabalho, se desenvolvido de forma interativa entre os diversos profissionais, formando 
no espaço do trabalho em ato, a interação de saberes e práticas, pode servir de ele-
mento integrador entre os diversos processos produtores de saúde, existentes no in-
terior de cada Unidade Produtiva da Unidade Básica de Saúde. Assim, ele pode dar a 
“liga” entre os diversos produtos das Unidades, funcionando como uma “cadeia pro-
dutiva” dos “projetos terapêuticos”, levando aos resultados esperados em relação à 
resolução. 
Por outro lado, se os processos de trabalho não estão integrados, são compar-
timentados, cada Unidade Produtiva vai operar de forma autonomizada, alienando os 
seus diversos produtos de um projeto terapêutico em curso. Portanto, Projetos Tera-
pêuticos e Unidades de Produção estão intrinsecamente ligados. 
 O primeiro como o conjunto de atos de saúde pensados para resolver determi-
nado problema e o segundo como o lugar onde se opera esta produção, com os re-
cursos inerentes e necessários à mesma. O trabalho aparece como o elemento pro-
pulsor dos processos produtivos, perpassando tanto a um quanto ao outro. 
 
15 
 
 
Os Projetos Terapêuticos como um fio condutor da Linha do Cuidado 
Integral 
 
O usuário, quando entra na Unidade Básica em busca da resolução de um de-
terminado problema de saúde, e é inserido no atendimento, passa em primeiro lugar 
por uma avaliação do risco de adoecer ou mesmo, por uma impressão diagnostica, se 
já se instalou um processo mórbido qualquer. Após esta definição os profissionais que 
o atendeu, imaginam um conjunto de atos assistenciais que deverão ser encaminha-
dos com o objetivo de resolver seu problema de saúde. 
Este conjunto de atos assistenciais pensados para resolver um problema de 
saúde, é o “projeto terapêutico”. 
Portanto, o projeto terapêutico pode ser definido por um profissional, por exem-
plo, pelo médico em processos de trabalho medico centrados, ou por vários profissio-
nais em processos de trabalho multiprofissionais. Os projetos terapêuticos são estru-
turados para produzir o cuidado ao usuário. A produção do cuidado pode ser realizada 
através de uma excessiva carga prescritiva, com relações sumárias e burocráticas, 
centrado na “produção de procedimentos”, utilizando para sua execução centralmente 
as tecnologias duras/leveduras; ou por outro lado pode estar centrado em uma abor-
dagem “light” do problema de saúde, sobretudo com relações solidárias e conheci-
mento técnico, executado principalmente através das tecnologias leves/leveduras. 
É importante registrar que o “projeto terapêutico” é sempre um conjunto de atos 
pensados, neste sentido ele só existe enquanto é idealizado e programado mental-
mente pelo (s) profissional (ais). É neste estágio que ele é “projeto terapêutico”. Ele 
ganha materialidade se for executado através da ação do trabalho sobre o usuário 
“portador de problemas de saúde” e isto ocorrendo, deixa de ser “projeto” para se 
transformar em atos concretos assistenciais. 
 Um “Projeto Terapêutico” pode ou não se transformar em “Atos Assistenciais”, 
dependendo para isto do mesmo ter sido executado no todo ou em parte, ou seja, de 
ter-se aplicado trabalho, como a fonte transformadora de uma coisa (projetos) em ou-
tra (atos concretos). Aqui estamos diferenciando “projetos terapêuticos” de “atos as-
sistenciais”. O primeiro, enquanto uma instância idealizada, tem como estruturante de 
 
16 
 
si mesmo o conhecimento de modo geral, seja ele o conhecimento técnico estrutu-
rado, ou aquele obtido através das experiências de vida e de trabalho. 
 
 
Fonte: blogs.ne10.uol.com.br 
Articulamos aqui a ideia de Pierre Lévy, 1995; de Patrimônio de Conhecimentos 
como organizadores dos projetos terapêuticos. Já os atos assistenciais de “per si”, 
são estruturados pela ação do trabalho, através do qual, aqueles ganham concretude 
assumindo a configuração de produtos, incorporando “valor de uso” 
(Gonçalves, 1979). Ora, o trabalho se realiza a partir de determinadas tecnolo-
gias de trabalho. Entendemos tecnologia como o conjunto de conhecimento utilizado 
para realizar algo, neste caso, para realizar a assistência à saúde (Gonçalves, 1994) 
ou executar o projeto terapêutico. Sendo assim, tecnologias, ou seja, toda tecnologia 
emana do conhecimento. A máquina (tecnologia dura) nada mais é do que conheci-
mento incorporado, que ganha materialidade e valor com o trabalho. 
Por sua vez, o conhecimento, ou os saberes usados para formular determinado 
projeto terapêutico, vão determinar por assim dizer as práticas de saúde, se aquele 
projeto for executado. São saberes originado seja da clínica, da epidemiologia, da 
psicanálise, da sociologia da saúde, das relações humanas estruturadas, ou não; ou-
tros originados da incorporação de novas tecnologias inscritas em máquinas e instru-
mentos que ganham inserção nos serviços de saúde; e ainda os saberes que são 
acumulados através da experiência de trabalho e experiência de vida, e que servem 
 
17 
 
à resolução de problemas de saúde, desde que haja espaço nos serviços para que o 
trabalho opere com o máximo de “graus de liberdade”; ou que o “trabalho vivo em ato” 
esteja apto à ação criadora e criativa nas relações estabelecidas com o usuário (Me-
rhy, 2002). 
 
 
Fonte: blog.grancursosonline.com.br 
 
A Gestão das Linhas do Cuidado Integral 
 
Além de organizar a linha do cuidado, do ponto de vista dos fluxos assistenciais, 
define-se que a equipe da UBS ou a ESF, que tem responsabilidades sobre o cuidado, 
é quem deve ser gestor do projeto terapêutico e, portanto, deverá acompanhá-lo, ga-
rantindo o acesso aos outros níveis de assistência, assim como todos os fluxos assis-
tenciais, para que o vínculo continue com a equipe básica, que tem a missão de dar 
continuidade aos cuidados ao usuário. Desenvolver as linhas do cuidado e colocá-las 
operando é uma inovação nas propostas assistenciais do SUS. 
Na sua construção, torna-se imperativo identificar os diversos atores que con-
trolam os recursos das linhas de cuidado propostas para serem implantadas, sendo 
que estes deverão formar um colegiado gestor, do qual participam as pessoas com 
função de organizá-la e fazer funcionar os fluxos assistenciais. Este deverá produzir 
a necessária pactuação para que a linha do cuidado funcione. 
 
18 
 
O pacto para construção da linha do cuidado se produz a partir do “desejo”, 
adesão ao projeto, vontade política, recursos cognitivos e materiais, é o centro ner-
voso de viabilização da proposta, associado a toda reorganização do processo de 
trabalho em nível da rede básica. Elas se organizam com grande capacidade de in-
terlocução, negociação, associação fina da técnica e política, implicação de todos osatores dos diversos níveis assistenciais em um grande acordo assistencial que ga-
ranta: 
 
1. Disponibilidade de recursos que devem alimentar as linhas de cuidado, es-
pecialmente a ampliação da oferta pontual de atenção secundária e de regulação pú-
blica de toda a rede prestadora do SUS, principalmente dos seus fluxos e contratos 
do setor privado. 
 
 
Fonte: www.contraprivatizacao.com.br 
2. Fluxos assistenciais centrados no usuário, facilitando o seu “caminhar na 
rede”. 
3. Instrumentos que garantam uma referência segura aos diversos níveis de 
complexidade da atenção. 
 
 
19 
 
4. Garantia de fluxos também da atenção especializada para a ESF’s na Uni-
dade Básica, onde deve se dar o vínculo e acompanhamento permanente da clientela 
sob cuidados da rede assistencial. 
 
5. Determinação de que a equipe da Unidade Básica é responsável pela gestão 
do projeto terapêutico que será executado na linha do cuidado, garantindo um acom-
panhamento seguro do usuário. Análise permanente das prioridades assistenciais 
para orientar os encaminhamentos. 
 
6. Gestão colegiada envolvendo os diversos atores que controlam recursos as-
sistenciais. 
 
Busca da garantia da intersetorialidade como política estruturante na interven-
ção positiva também na questão dos processos de saúde e doença, é importante re-
conhecer que há uma linha do cuidado operando internamente na Unidade Básica de 
Saúde, e que ganha relevância se considerarmos que a maior parte dos problemas 
de saúde podem ser resolvidos neste nível da assistência. 
4 INSTRUMENTOS BÁSICOS PARA O CUIDAR 
Instrumentos Básicos: Como usá-los na Enfermagem? 
 
 • O termo instrumento básico tem sido utilizado na enfermagem para caracte-
rizar alguns conhecimentos e habilidades como específicos no âmbito profissional, e 
constitui parte importante do conteúdo programático de algumas disciplinas. 
 • A utilização dos instrumentos básicos de enfermagem pressupõe um ambi-
ente específico, como também determinadas condições e situações. 
 •. Os profissionais de enfermagem criam e utilizam conhecimentos sistemati-
zados, direcionados para solução de problemas de saúde de indivíduos ou grupos, e 
os instrumentos básicos de enfermagem constituem parte desse conhecimento siste-
matizado, ensinado e aplicado na prática com responsabilidade e compromisso, cons-
tituindo uma parcela da profissionalização da enfermeira. 
 
20 
 
 Instrumentos Básicos e o Processo de Enfermagem 
 
 • A adequação e eficiência das intervenções dos enfermeiros dependem da 
utilização do processo de enfermagem, o qual se constitui de cincos componentes 
dinâmicos: levantamento de dados, diagnóstico, prescrição, implementação e evolu-
ção. 
• O ato de observar é indispensável para que nos tornemos conscientes do 
nosso cotidiano, da realidade em que estamos inseridos, do mundo em que vivemos. 
A observação com cunho científico torna a prática profissional mais que um simples 
cumprimento de tarefas, está se torna um instrumento de coleta de dados que subsidia 
a transformação da realidade em que o enfermeiro atua. 
 • A observação é o primeiro passo para a execução de todos os cuidados de 
enfermagem. 
 • Segundo Horta, “observação é a ação ou efeito de observar, isto é, olhar com 
atenção para examinar com minúcia, atenção que se dá a certas coisas”. 
 •. Observar é perceber com todos os órgãos dos sentidos o mundo que nos 
rodeia. (Olfato, audição, visão, gustação e tato). 
 
 
Fonte: lusiadas.com.br 
 
 
21 
 
5 TIPOS DE OBSERVAÇÃO 
A habilidade de observar 
 
Em qualquer que seja o tipo de observação utilizado, ele é, em si mesmo, o 
método de colher dados mais suscetível a erro; pois depende do conhecimento do 
observador: “Quem nada apreendeu nada pode observar”. 
 
Percepção e observação 
 
Perceber, contrariando o senso comum, não se constitui apenas no ato de se 
captar sentimentos subjetivos, mais em receber informações externas e internas ao 
indivíduo através dos órgãos dos sentidos e, então, interpretá-las. 
 
 Imagem e percepção 
 
 Há diferentes tipos de imagens em nosso campo perceptual. Assim como po-
demos ver, ouvir, cheirar, degustar ou poupar objetos fisicamente presente, podemos 
“ver” objetos que não estão no meio físico. Os indivíduos diferem em sua capacidade 
perceptual quanto a preferência: alguns têm preferência visual, outros, auditivas. O 
“SEXTO SENTIDO”: Não raramente no dia a dia da Enfermagem, nos deparamos com 
certas “sensações” descritas como um estado de alerta que nos leva a afirmar que 
“algo está fora do padrão normal”, mas não conseguimos explicar exatamente do que 
se trata. Tão fenômeno é descrito muitas vezes como fato dito “sobrenatural”. Aquilo 
que destoa da harmonia do todo (da cena observada) gera no observador uma sen-
sação de incômodo. 
 
Vantagens e desvantagens da observação 
 
Dependendo da situação estudada ou do que se observou, podemos nos de-
frontar com problemas éticos, reações indesejadas do observado, ou até falta de con-
 
22 
 
sentimento deste em ser observado. Sendo a observação um ato humano, certos fa-
tores como o estado emocional, valores pessoais, envolvimento, interesse, prejulga-
mentos, podem contribuir positiva ou negativamente durante uma observação. 
 
 
Fonte: www.nucleoenfermagem.com.br 
 
 
A observação na assistência de enfermagem 
 
A observação permeia toda e qualquer atividade humana, inclusive como sendo 
um instrumento essencial para o desenvolvimento da ciência; é um dos instrumentos 
básicos que o enfermeiro necessita para planejar e executar sua assistência especia-
lizada. É através da observação que o enfermeiro detecta a relação entre os cuidados 
prestados e as modificações nos padrões das necessidades ou respostas dos paci-
entes. 
 
Relações da observação com o ensino da enfermagem 
 
 Grande parte do que aprendemos se dá com a observação, desde o início de 
nossas vidas, observando uns aos outros, aprendemos regras, tipos de comportamen-
tos, estilos de discursos, e vocabulário. Para um estudante, inclusive o de enferma-
gem, apreender a observar e aprender pela observação depende dele mesmo e das 
condições que o professor lhe possibilite para que o processo ensino/aprendizagem 
ocorra. 
 
23 
 
Utilização da observação na pesquisa em enfermagem 
 
 É um instrumento essencial ao pesquisador, pois constitui-se no principal re-
curso utilizado para se coletar dados. É o somatório de todas estas observações que 
permitirão construir através do método científico, e formar o conjunto de conhecimen-
tos de nossa profissão. 
6 PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS COMO INSTRUMENTO BÁSICO DE ENFERMA-
GEM 
 
 
Fonte: www.cvbsp.org.br 
• As técnicas de enfermagem obtiveram sua fundamentação científica nas cha-
madas ciências naturais (anatomia, microbiologia, fisiologia e patologia) e também nas 
ciências sociais, e, portanto, aproximaram do “saber médico”, incorporando também 
sua autoridade. Visa o embasamento da profissão enquanto ciência, uma vez que 
subsidiam as ações realizadas a partir de um “princípio”, ou seja, de uma verdade 
desenvolvida após investigação adequada, diferenciando-se assim das desenvolvidas 
empiricamente. 
 
 
24 
 
• A criatividade é uma tendência natural que impele o indivíduo à auto realiza-
ção. Este, ao encontrar condições adequadas para se exprimir, repele o medo de errar 
e o inconformismo social; estimula o crescimento individual e coletivo; impulsiona a 
humanidade rumo a novas descobertas; confere ao ser humano a capacidade de as-
sociar ideias que estimulem seu ajustamento ao ambiente que o cerca, com o intuito 
de aperfeiçoá-lo frente a situações emergentes e, principalmente, não rotineiras. 
 
 • A criatividade torna-se uma ferramenta básica do enfermeiro na busca da 
resolução de problemas de enfermagem, o que torna seu fazer profissional mais esti-
mulante; na assistência, no ensino e na pesquisa.• A comunicação é um ato intrínseco ao existir humano. Mesmo antes de nascer 
já estamos transmitindo e recebendo mensagens do mundo. Mas comunicar-se ver-
dadeiramente implica uma série de aspectos complexos que se não estiverem claros 
para as pessoas que estão se comunicando pode gerar desentendimentos, podendo 
até levar ao fracasso a relação entre eles. 
 • Formas de comunicação: Verbal (falada/escrita). Não verbal (cinésia/to-
que/territorialidade) Paraverbal. 
 
 
Fonte: facinepe.edu.br 
• Barreiras da comunicação: A falta de capacidade de concentração, a pressu-
posição de entendimento, ausência de significação comum, influência de mecanismos 
inconscientes, e limitação do emissor/receptor. 
 
 
25 
 
 • Funções da comunicação: Esta tem as funções de informar, persuadir (o que 
não significa convencer os outros a concordarem com os conceitos, mas sim levar à 
mudança de comportamento, dentro de uma troca de experiências), ensinar ou discu-
tir. 
 
• Há nessa palavra um vínculo, um objetivo comum, uma organização, um re-
sultado a ser alcançado. 
 
 • A enfermagem tem sido uma profissão que se desenvolveu inserida num 
grupo de trabalho denominado equipe de saúde, que é composta por mais de uma 
dezena de categorias profissionais, que vem elaborando sua identidade profissional 
frente a uma classe dominante na área, o médico. Por outro lado, com a delegação 
de funções, formou-se uma equipe própria de enfermagem que tem uma divisão téc-
nica e social caracterizando-se em ações desenvolvidas pelos “enfermeiros com es-
colaridade de nível superior; os técnicos com curso regular e nível médio. 
 
• A busca do “resultado” do cuidar, na assistência ao cliente, pode sofrer inter-
ferências se não houver um espírito de equipe e união, sendo assim os objetivos que 
deveriam ser comuns ficar comprometidos 
7 PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE ENFERMAGEM 
Os procedimentos básicos correspondem ás técnicas/procedimentos que a 
equipe de enfermagem executa na prestação de cuidados ao cliente, utilizando um 
método/roteiro que pode ser adaptado à realidade e ao cliente, desde que não interfira 
em seus princípios básicos. A finalidade é conduzir e guiar as ações dos profissionais 
de enfermagem. 
Objetivo dos Procedimentos básicos 
Contribuir com conhecimento e aprendizado por meio de um roteiro de proce-
dimentos das ações de enfermagem para o discente, docentes e profissionais de en-
fermagem. 
 
26 
 
Melhorar a qualidade do ensino e assistência em todos os níveis, que visa à 
segurança, conforto e economia. 
Contribuir no controle de infecção e complicações para o cliente e profissionais. 
Princípios básicos: 
Para realizar os procedimentos básicos na assistência de enfermagem, é ne-
cessário seguir um roteiro (método de trabalho) para conduzir os profissionais de 
forma segura, evitar falhas, esquecimentos ou outros danos ao cliente. 
 
 
http://www.unipacs.com.br/cursos-de-especializacao/enfermagem-do-trabalho/ 
É necessário reduzir custos, poupar tempo, simplificar as ações de enferma-
gem, executar as técnicas com método e organização, planejar o trabalho, evitar mo-
vimentos desnecessários, utilizar materiais adequados e quantidade adequada, man-
ter sempre em ordem no local correto. 
Etapas de planejamento para prestação do cuidado 
Fazer a leitura da prescrição médica e de enfermagem; 
Providenciar e checar o material necessário; 
 
27 
 
Comunicar o cliente todo procedimento que será realizado; 
Ter postura ética durante toda a assistência; 
Preparar o ambiente, com iluminação e ventilação adequada; 
Manter a privacidade do cliente; 
Lavar as mãos antes e após realizar qualquer procedimento; 
 
 
Fonte: vivamelhoronline.com 
Executar a técnica, corretamente, agir com rapidez e segurança, observar o 
cliente e interagir, verificar as possíveis complicações do cliente; 
Realizar o procedimento com atenção e evitar acidentes; 
Seguir as precauções padrão, conforme recomendação da CCIH (Controle de 
Infecção Hospitalar); 
 
28 
 
 
Fonte: www.folhadomate.com 
Manter o cliente confortável; 
Ao término do procedimento, realizar a anotação imediatamente, registrando o 
horário, o procedimento e observações importantes. 
Comunicar ao enfermeiro responsável e médico qualquer intercorrência; 
Sempre que necessário, pedir auxílio para outro profissional de enfermagem, 
evitar sobrecarga; 
Lembrar que o acompanhante também deverá ser orientado e necessita de ori-
entação. 
 
Princípios gerais para execução dos procedimentos 
Quanto à segurança: 
- Evitar a contaminação, seguir as recomendações da CCIH; 
- Armazenar o material contaminado em local próprio, seguro; 
- Evitar ‘’ correntes’’ de ar, exposição desnecessária. 
- Manter o cliente aquecido. 
 
29 
 
- Estar atento quanto à necessidade de restrição do cliente ao leito ou à eleva-
ção de grades (para cliente acima de 60 anos e crianças) e clientes com distúrbios 
neurológicos; 
- Orientar o cliente sobre a rotina da instituição; 
Quanto ao conforto: 
 - Ser atencioso, educado e prestativo; 
- Falar em tom de voz moderado; 
- Evitar os ruídos desnecessários; 
- Manter o ambiente tranquilo e agradável; 
- Considerar as solicitações do cliente; 
- Orientar sempre que necessário. 
Quanto à economia de tempo, esforço e material: 
- Evitar o desperdício de movimento (mecânica corporal); 
- Planejar o trabalho, de modo a evitar idas e vindas desnecessárias; 
- Conservar o setor e os materiais limpos e organizados; 
- Planejar as atividades, logo no início do plantão; 
- Manter o setor organizado; 
 - Planejar o tempo; 
- Prever os materiais necessários para o cuidado de enfermagem; 
- Utilizar os materiais em quantidade suficiente. 
‘’ Enfermagem é gente que cuida de gente’’ ‘’ Enfermagem é gente que cuida 
de gente’. 
 
30 
 
 
Fonte: usf-saudenofuturo.min-saude.pt 
8 BASES TEORICA-CONCEITUAL DO PROCESSO DE ENFERMAGEM 
Marco conceitual da assistência de enfermagem no hospital 
 
Marco Conceitual constitui numa construção teórica que sustenta a prática de 
enfermagem e as decisões no processo de assistir o ser humano, servindo de base 
para a construção do modelo de metodologia de assistência de enfermagem (CAR-
RARO, 2001, p.33). 
 A teoria representa uma forma sistematizada de olhar para o mundo para des-
crevê-lo, explicá-lo, prevê-lo ou controlá-lo. Elas se compõem de conceitos, defini-
ções, modelos e proposições. Os conceitos e definições são essenciais à compreen-
são de uma teoria (GEORGES, 1993, p.16). 
Na construção de um modelo de processo de enfermagem, pode-se optar tanto 
pela escolha de uma ou mais teorias ou por um marco conceitual (CARRARO, 2001). 
Diante destas possibilidades, o Comitê Fênix, juntamente com a equipe de enferma-
gem, definiu pelos conceitos de cliente, família, saúde-doença, enfermagem, cuidado 
de enfermagem, equipe de enfermagem e ambiente hospitalar, como suporte para 
reflexão das ações desenvolvidas pela enfermagem no hospital: 
 
31 
 
- A equipe de enfermagem do hospital considera cliente - o ser humano - ser 
individual com características sociais, econômicas, culturais, políticas e religiosas pró-
prias do contexto de onde ele se insere; cidadão dotado de direitos e deveres que 
devem ser consideradas no processo de cuidar. 
- Nosso cliente, usuário do serviço, saudável ou doente que em um determi-
nado período de sua vida e por diversos fatores, necessita de cuidado de enferma-
gem. Ele por ser pertencente a uma família – representada pelos membros ligados ou 
não por laços sanguíneos e/ou afetivos com importantes papéis terapêutico, portanto, 
foco das ações de enfermagem durante a internação e/ou no atendimento ambulato-
rial. 
- A saúde E a doença vistas como estado resultante de um processo, uma 
expressão do relacionamento do ser humano com o meio em que vive. O estado de 
saúde do cliente e família é influenciado pelo ambiente, pela cultura,pelo contexto 
social, econômico, político e religioso. 
-A enfermagem é uma profissão construída por diversos saberes que visam 
auxiliar cliente e família no processo de promoção, recuperação, manutenção e rea-
bilitação da saúde e até mesmo a morte digna. 
Nesta perspectiva, o cuidado de enfermagem definido como conjunto de ações 
terapêuticas baseados em saberes técnico-científicos que consideram os aspectos 
sociais, econômicos, culturais, políticos e religiosos; são organizados de forma pen-
sada e planejada para o alcance dos resultados desejáveis no tratamento do cliente 
com a participação da família. 
 
32 
 
 
Fonte: mariahconceicao.blogspot.com 
- O trabalho da equipe de enfermagem, definido como trabalho que exigem 
preparo técnico-científico, conhecimento, competências e habilidades para desenvol-
ver as ações de forma planejadas e compartilhada com o cliente, família e demais 
membros da equipe de saúde. Cada integrante do grupo é essencial, único e corres-
ponsável pelo estabelecimento do vínculo terapêutico, desenvolvido de forma pen-
sada e planejada, respeitando os princípios éticos e legais da profissão. 
- Assim, o ambiente hospitalar representado por todos os espaços físico e das 
relações destinados ao atendimento assistencial do cliente e família, adequados para 
proporcionar a atenção acolhedora, assistência segura, com qualidade, resolutiva e 
humanizada. 
9 CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES PORTADORES DE DOEN-
ÇAS INFECCIOSAS 
 Segundo a OMS, doença transmissível é [...] toda moléstia por agente infec-
cioso específico ou por seus produtos metabólicos, e que resultam da transmissão 
desse agente ou de seus produtos de um reservatório para um hospedeiro suscetível, 
seja direta ou indiretamente. 
 
33 
 
 A distribuição e a ocorrência das DTS variam de acordo com as condições 
ambientais, socioeconômicas, culturais e políticas das diversas regiões brasileiras 
para que esses índices alcancem patamares aceitáveis dentro do ponto de vista da 
saúde pública, deve haver uma melhoria da qualidade de vida, atingindo todas as 
camadas sociais. 
. 
 É a forma pela qual se busca efetivar o tratamento de pessoas infectado, 
durante o período de transmissão da moléstia, em um local que impeça a propagação 
direta ou indireta do agente infeccioso. 
 
 O Ministério da Saúde recomenda que, para cada 40 leitos, 25% sejam des-
tinados ao portador de DT‟s, e a unidade ideal de isolamento deve ter as seguintes 
características: 
 
 ISOLAMENTO 
 
 
Fonte: www.ebah.com.br 
 Ser constituído por quarto privativo com identificação da precaução adotada; 
 Possuir antessala com lavatório, armário e equipamentos privativos; 
 
 
34 
 
  Contar com mínimo de mobiliário possível: cama, criado-mudo e mesinha de 
refeição; 
 Levar em conta as restrições e orientações específicas a respeito das visitas, 
circulação de colaboradores e transporte do cliente para exames externos; 
 Possuir equipe treinada no controle de propagação da doença. 
 Em condições particulares, o isolamento deve ser mantido em uma unidade 
de internação comum, desde que sejam adotadas as precauções necessárias para 
evitar a propagação da moléstia, ou uma ou mais unidades de internação para DT‟s 
em comum, com o máximo da precaução no controle de transmissibilidade. 
 Há vários tipos de isolamento, adequados à etiologia e sintomatologia das 
crianças, assim como as condições do cliente. Normalmente são sinalizados por car-
tões diferentes para cada tipo de precaução adotada. 
 
 
Fonte: g1.globo.com 
 
 
 
 
 
35 
 
TIPOS DE ISOLAMENTO 
 
* Isolamento Total ou Rigoroso (IT) – Para casos de doenças altamente conta-
giosas e que requerem cuidados completos, sendo necessário o uso de gorro, óculos, 
máscara, avental, luvas e pró-pé. 
 
 
Fonte: www.slideshare.net 
 Isolamento Respiratório – Utilizado em casos de doenças de transmissão aé-
rea, por meio da respiração, tosse e gotículas expelidas pelo doente. A principal pro-
teção é o uso de máscara descartáveis. 
 
 Isolamento Entérico ou Precauções Entéricas – Geralmente utilizado na pre-
sença de diarreias provocadas por agentes infecciosos transmissíveis. É obrigatório o 
uso de luvas e avental, preferencialmente descartáveis. 
 
 Isolamento Reverso ou Protetor- Visa a proteção de clientes imunodeprimi-
dos, em que a baixa resistência facilita o desenvolvimento de DTS que podem tornar-
se extremamente graves, pondo em risco a garantia do tratamento. Deve-se observar 
rigorosamente a aplicação de técnicas assépticas no contato com o cliente, além das 
fômites e objetos da enfermaria. 
 
 
36 
 
 De acordo com a Association for Practioners Infection Control (APIC), sempre 
se deve tomar as seguintes precauções; 
 
 Evitar o contato direto com o sangue e fluidos orgânicos, lavando as mãos 
com frequência e utilizando luvas de proteção. 
 
 Uso consciente de agulha, cortantes e perfurantes, com o cuidado especial 
quanto ao descarte adequado, com a manipulação segura em recipientes apropriados; 
 
 
Fonte: www.bing.com 
PRECAUÇÕES – PADRÃO 
 
 Aumentar a confiabilidade dos clientes, usando essas mesmas precauções 
para todos os demais que se encontre em ambulatório, pronto socorro, UTI‟s... 
 
37 
 
 Uso consciente dos equipamentos de proteção individual (EPIs) padrão, como 
máscara de proteção respiratória, óculos de acrílico, avental, luvas de látex ou de 
silicone e pró-pé. 
10 ALGUMAS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS 
TÉTANO: 
 
  Definição: Doença infecciosa aguda, cujo bacilo desenvolve-se no local do 
ferimento e produz uma neurotoxina que, ao atingir o SNC, provoca os sinais e sinto-
mas da doença. 
 Agente Etiológico: Clostridium Tetanii. 
 
 BACTÉRIA DO TÉTANO 
Modo de Transmissão: 
 
 
Fonte: www.bing.com/images 
 Objetos contaminados que penetram em feridas, ferimentos insignificante, 
queimaduras, coto umbilical, etc 
  Sinais e Sintomas: rigidez da nuca, contraturas e espasmos musculares, 
mialgia intensa (dor muscular); posição de opistótomo; riso sardônico (musculo con-
traído), febre e sudorese intensa. 
 
38 
 
 
  Diagnóstico: Exame clínico e físico 
  Tratamento: Debridamento da ferida; antibióticos; soro antitetânico (SAT); 
vacinas; miorrelaxantes; sedativos; ambiente isenta de barulhos e iluminação exces-
siva. 
 
TUBERCULOSE 
 
 
Fonte: www.bing.com 
 
  Definição: Doença bacteriana crônica, de caráter social, ocorrendo com 
maior frequência em regiões de precárias condições. 
  Agente Etiológico: Bacilo de Koch ou Mycobacterium tuberculosis 
 Modo de Transmissão: De pessoa para pessoa, por exposição íntima e pro-
longada, por meio de escarro ou gotículas suspensas no ar, eliminadas pela tosse de 
clientes bacilíferos 
 
BACTÉRIA DA TUBERCULOSE 
 
Sinais e Sintomas: Tosse produtiva e persistente; febre; perda de peso; hemop-
tise (expectoração de sangue proveniente dos pulmões, traqueia e brônquios, mais 
comumente observável na tuberculose pulmonar.); dor torácica. 
 
39 
 
  Diagnóstico: Exame bacteriológico (escarro); prova tuberculínica; radioló-
gico.  Tratamento: Quimioterapia e controle em comunicantes e familiares; fazer va-
cinação conforme calendário. 
 
FEBRE TIFÓIDE 
 
Definição: Doença infecciosa causada pelo bacilo de Eberth. 
 Agente Etiológico: Bacilo de Eberth ou Salmonella Typhi. 
  Modo de Transmissão: Por contato direto (com fezes ou urina do portador) 
ou indireto (com água e alimentos contaminados) BACTÉRIA DA FEBRE TIFÓIDE. 
Sinais e Sintomas: Hipertermia progressiva (elevação da temperatura corporal), 
astenia (fraqueza orgânica, porém sem perda real da capacidade muscular), anorexia, 
náuseas, vômitos, esplenomegalia (aumento anormal do volume do baço), leucopenia 
(diminuição da taxa sanguínea de leucócitos abaixo do limite inferior da normalidade.), 
constipação alternada com crises de diarreia (fezeslíquidas esverdeadas e fétidas). 
 
 
Fonte: www.bing.com 
Diagnóstico: Exame clínico, físico e laboratorial. 
Tratamento: Antibioticoterapia e profilaxia com saneamento básico, fiscalização 
sanitária e vigilância epidemiológica. 
 
40 
 
DIFTERIA 
 
 
Fonte: www.bing.com 
Definição: Doença aguda, caracterizada por quadro tóxico- infeccioso, com du-
ração variável podendo apresentar desde sintomatologia leve até fatal. 
  Agente Etiológico: Bacilo de Klebs loeffler ou bacilo Corynebacterium 
diphtheriae. 
 Modo de Transmissão: Por contato físico direto; por gotículas de secreção 
dispersas no ar ou por meio de objetos contaminados. 
 Sinais e Sintomas: Placas com abundante exsudação na faringe, provocando 
sintomas de asfixia, agitação, batimentos da asa do nariz, cianose, contrações dos 
músculos intercostais devido à dificuldade respiratória. Pode ocorrer parada respira-
tória. 
 Diagnóstico: Exame clínico, físico e laboratorial. 
 Tratamento: Manter o paciente em isolamento respiratório; antibioticoterapia; 
soro antidiftérico (SAD); cirúrgico. Fazer profilaxia com vacinação. 
 
 
 
 
 
41 
 
HANSENÍASE 
 
 
Fonte: www.bing.com 
 Definição: Enfermidade infecciosa crônica de transmissibilidade moderada 
caracterizada por lesões cutâneas anestésicas. 
 Agente Etiológico: Bacilo de Hansen ou Mycobacterium leprae. 
 Modo de Transmissão: Por contato direto pelo contato com pele, mucosas, 
lesões cutâneas ou secreções nasais do doente. 
 Sinais e Sintomas: Lesões cutâneas com anestesia local; comprometimento 
de nervos periférico, ulcerações da mucosa nasal até a perfuração do septo; lesões 
oculares... 
  Diagnóstico: Testes cutâneos de sensibilidade (tátil, térmica, dolorosa), bióp-
sia da lesão; observação do tipo de lesão; teste de Matsuda. 
 Tratamento: Quimioterapia; psicológico em razão das consequências na vida 
social e econômica do cliente; fisioterápico para prevenção e tratamento das incapa-
cidades físicas. 
 
 
 
42 
 
CÓLERA 
 
 Definição: Doença infecciosa aguda e grave, transmitida principalmente pela 
contaminação fecal da água, alimentos e ouros produtos que vão a boca. 
  Agente Etiológico: Víbrio Cholerae (vibrião colérico). 
  Modo de Transmissão: Água, alimentos ou fômites contaminados pelas fezes 
e vômitos dos indivíduos infectados, sintomáticos ou não. 
 Sinais e Sintomas: Diarreia líquida súbita e intensa com aspecto de água de 
arroz; desidratação; cãibras; hipotensão (pressão inferior à normal, esp. no interior de 
um órgão do corpo ou num sistema orgânico.); choque hipovolêmico. 
 Diagnóstico: Exame clínico, físico e laboratorial. Tratamento: Antibioticotera-
pia; hidratação; Isolamento. 
  Definição: Doença bacteriana que afeta a traqueia, os brônquios e os bron-
quíolos. 
 Agente Etiológico: Bordetella pertussis 
  Modo de Transmissão: Contato direto (por meio de gotículas de muco e sa-
liva eliminados pelo indivíduo contaminado) ou indireto (pelo contato com objetos re-
centemente contaminados) 
 Sinais e Sintomas: Período catarral: coriza, espirros, lacrimejamento. Período 
paroxístico: crise de tosse, expectoração, cianose. Período de convalescença: os sin-
tomas vão desaparecendo gradativamente. 
  Diagnóstico: Exame clínico, físico e laboratorial. 
 Tratamento: Antibioticoterapia, Isolamento respiratório, antitussígenos (são 
fármacos utilizados no tratamento sintomático da tosse) 
 
 
43 
 
 
Fonte: www.bing.com 
11 TRANSMITIDAS POR VÍRUS 
CAXUMBA 
 
 
Fonte: www.bing.com 
 
 
44 
 
 Definição: Doença infecciosa aguda de início súbito, caracterizado pela tume-
fação das glândulas salivares, geralmente das parótidas e, às vezes das sublinguais. 
 Agente Etiológico: Vírus parotidite. 
 Modo de Transmissão: Contato direto (por meio de gotículas de muco e saliva 
eliminados pelo indivíduo contaminado) ou indireto (pelo contato com objetos recen-
temente contaminados). 
 Sinais e Sintomas: Febre, calafrios discretos, dores pelo corpo, principal-
mente na região da tumefação (É aumento do volume de uma célula, órgão ou parte 
do corpo podendo ser provocado por um processo inflamatório de ordem tumoral ou 
por uma infiltração edematose), orquite (denominação genérica de qualquer tipo de 
inflamação nos testículos), ooforite (inflamação de ovário). 
 Diagnóstico: Exame clínico, físico e laboratorial. 
 Tratamento: Analgésicos e antitérmicos; corticoesteróides e repouso no leito. 
A profilaxia é a vacina do tríplice viral. 
 
RUBÉOLA 
 
Fonte: www.bing.com 
 
Definição: Doença exantemática (manifestação cutâneas) em geral benigna, 
que ocorre predominantemente na infância e adolescência. 
 
 
45 
 
 Agente Etiológico: vírus do grupo togavírus L. rubellus 
 
Modo de Transmissão: Contato direto (por meio das secreções nasofaríngeas) 
 
 Sinais e Sintomas: 
 
  Período Podrômico: febre, calafrios discretos, dores no corpo. 
 
  Período Exantemático: surge exantemas na face, couro cabeludo. 
 
  Período de descamação: pele ressecada com prurido intenso. 
 
  Diagnóstico: Exame clínico, físico e laboratorial. 
 
 Tratamento: Sintomático: repouso, analgésico, banhos com antissépticos. 
 
 
POLIOMIELITE 
 
Definição: Doença viral aguda, cuja expressão clínica varia desde uma infecção 
inaparente até paralisias. 
 
 Agente Etiológico: poli vírus. 
 
  Modo de Transmissão: secreções orofaríngeas e nas fezes. 
 
 Sinais e Sintomas: as manifestações clínicas da infecção pelo poli vírus são 
muito variáveis, desde infecção inaparente até quadros de paralisia grave, levando a 
morte. 
 
  Diagnóstico: exame clínico e físico. 
 
 
46 
 
  Tratamento: Sintomático: o principal meio de prevenção e erradicação é a 
vacina Sabin/Anti poliomielite. 
 
 
Fonte: www.bing.com 
RAIVA OU HIDROFOBIA 
 
Definição: doença infecciosa aguda de prognóstico fatal em todos os casos, 
causada por vírus que se propaga pelo SNC. 
 
 Agente Etiológico: vírus da raiva Rhabdovirus. 
 
  Modo de Transmissão: Mordedura de animais que contenham o agente na 
saliva. 
 
 
47 
 
 Sinais e Sintomas: mal-estar, anorexia, náuseas, insônia, distúrbios psíquicos 
e respiratórios, dor e parestesia no local do ferimento, espasmos, delírios, convulsões 
e morte por paralisias dos músculos respiratórios. 
 
  Diagnóstico: exame clínico e físico. 
 
  Tratamento: Não existe tratamento específico. O cliente necessita de cuida-
dos especiais em UTI, sedativos, antitérmicos e medidas de controle das complica-
ções. 
 
Fonte: www.bing.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CECÍLIO, L.C.O. E MERHY, E.E.; "A integralidade do cuidado como eixo da Gestão 
hospitalar", Campinas (SP), 2003. (Mimeo). 
FRANCO, T.B & Magalhães Jr., H. A Integralidade e as Linhas de Cuidado; in Merhy, 
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Hucitec, São Paulo, 2003. 
FRANCO, T.B. Fluxograma Descritor e Projetos Terapêuticos em Apoio ao Planeja-
mento: o caso de Luz (MG); in Merhy, E.E. et al, O Trabalho em Saúde: Olhando e 
Experienciando o SUS no Cotidiano. Hucitec, São Paulo, 2003. 
GONÇALVES, R.B.M.; Tecnologia e Organização Social das Práticas de Saúde; HU-
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