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Incontinência Urinária - Geriatria

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Gustavo Moreno T19
Aula 21: Incontinência Urinária:
Introdução:
-1/3 das mulheres e 20% dos homens
-40% em idosos hospitalizados
-Idosos em asilos 80%
-Causa muitas vezes depressão, ansiedade
-Isolamento social
-Infecção urinárias
-Uso de fraldas precocemente e sem necessidade (Lembrar que é transitório)
-Maceração e ruptura da pele
-Predispõe a quedas (escorregar)
-Escaras
-Aumento do risco de internamento em asilos
Fisiologia:
-Centro pontino da micção
-Parassimpático S2-S4 – excitatório para bexiga, mediada pela acetilcolina (contração da bexiga)
-A acetilcolina estimula os receptores muscarínicos e nicotínicos da parede vesical
-Fibras do plexo hipogástrico – simpático T11 -L2
-Fibras alfa estimulam base vesical e uretra promovendo aumento da resistência
-Simpático T11-L2 ⇒ estímulo excitatório para base vesical e uretra promovendo aumento da resistência
-Fibras beta são inibitórias para o corpo vesical promovendo o relaxamento da bexiga
-Sistema límbico
-O controle voluntário da micção se faz no córtex lateral do lobo frontal
-Nervo pudendo – controle somático da micção
-Inervam o esfíncter externo
Inervação do trato urinário:
Quadro clínico:
O que perguntar para o paciente?
1. Há quanto tempo tem IU?
2. Perda de urina é com tosse, espirros ou riso?
3. Tem urgência miccional?
4. Apresenta nictúria diminuição do jato urinário
5. Sintomas de infecção urinária
6. Hábitos intestinais
7. Dificuldade em chegar ao toalete
8. Presença de confusão mental, quadro cognitivo
9. Medicações sendo usadas – diuréticos, antidepressivos
10. Presença de patologias que podem aumentar a diurese como DMII, ICC, insuficiência venosa, IRC
11. Fazer o diário miccional
Exames:
-Toque retal
-Urina I e urocultura, glicemia de jejum, ureia e creatinina
-Ecografia de rins, vias urinárias com volume pós-miccional
-Uretrocistoscopia – hematúria, dor ou desconforto
-Teste urodinâmico – ver armazenamento e esvaziamento
Incontinencia urinaria transitoria
-Perda involuntária de urina, precipitada por insulto psicológico, medicamentoso ou orgânico, que cessa ou melhora após o controle do fator desencadeante
-35% dos casos em asilos e 50% dos hospitalizados.
-Causas:
*Fecaloma
*Medicamentos – diuréticos, anticolinérgicos, IECA, antiparkinsonianos, opioides, tranquilizantes
*Infecção
*Vaginite atrófica
*Distúrbios psicológicos – depressão, delirium, ansiedade
*Ingesta excessiva de líquidos
*Aumento do débito urinário - ICC, DMII
	Delirium
Infecção
Uretrite
Restrito ao leito
Aumento do débito urinário
Medicamentos 
Impactação fecal
Distúrbios psíquicos
Tabela – principais drogas e seus efeitos colaterais que podem levar a incontinência urinária
	Drogas
	Efeito
	Antagonista alfa adrenergicos
	Diminuição da resistência uretral
	Opióides
	Constipação intestinal
	Anticonvulsivantes
	Confusão mental / ataxia
	Antihipertensivos
	Hipotensão arterial - mobilidade diminuída
	Antiparkisonianos
	Confusão mental / hipotensão postural
	Antagonista H2
	Confusão mental
	Diuréticos potentes de alça
	Aumento da frequência / urgência miccional
	Sedativos / Hipnóticos
	Sedação excessiva
	Anestésicos, raquianestesia, peridural
	Paralisia detrusora
	Antagonista dos canais de cálcio
	Constipação intestinal / retenção urinária
	Relaxantes musculares
	Constipação intestinal / retenção urinária
	Inibidores da enzima conversora
	Tosse – incontinência urinária de estresse
	Álcool / cafeína
	Poliúria – aumento da frequência e urgência miccional
Incontinência urinária de urgência:
-Bexiga Hiperativa → urgência miccional, polaciúria, noctúria e quase sempre IU
-Contrações vesicais involuntárias
-Fator neurológico presente – hiperreflexia do detrusor
-Sem fator neurológico presente – instabilidade do detrusor
-Causa mais frequente em idosos
-Patogenias: doença de Parkinson, AVC, Demências, esclerose múltipla, neuropatia diabética, HPB e cirurgia pélvica na mulher, tumores e litíase de bexiga.
Tratamento:
Conservador:
Acessório para diurese, treinamento vesical, com o paciente urinando em horários fixos, contração do assoalho pélvico (fisioterapia).
Medicamento:
1. Oxibutinina 5mg – 2 a 3x ao dia
2. Tolterodina 1 mg a 2 mg – 2 x ao dia
3. Solifenacina 5 a 10 mg / dia
4. Darifenacina 7,5 a 15 mg / dia
5. Mirabegrona 25 a 50 mg/dia
6. Toxina Botulínica
	Inibem os receptores muscarinicos
7. Cirúrgico
Efeitos colaterais dos antimuscarínicos:
1. Xerostomia
2. Piora do glaucoma
3. Confusão mental
4. Obstinação
5. Taquicardia
6. Déficit cognitivo
Fisioterapia do assoalho pélvico
Duloxetina
Imipramina
Cremes de estrógenos (para mulheres que fizeram pouca reposição)
Incontinência urinária de esforço:
-2ª causa mais comum em idosas
-A perda involuntária de urina através da uretra íntegra, quando a pressão no interior da bexiga supera a resistência uretral.
-Quase que exclusivamente em mulheres.
-Perda de urina ao tossir, espirrar ou rir.
-Pode haver hiperatividade do detrusor em 20% dos casos
Causas:
-Obesidade
-Tabagismo
-Partos complicados
-Prostatectomia radical
-Envelhecimento
Tratamento:
-Conservador: redução do intervalo das micções perda de peso
-Imipramina, duloxetina
-Estrogênio tópico
-Fisioterapia uroginecológica
-Tratamento cirúrgico → Sling (considerado um tratamento paliativo, pois pode voltar a patologia)
Incontinência urinaria por transbordamento:
-Ocorre 20% dos idosos
-Obstrução uretral – HPB, CA de prostata, constrição uretral, prolapso uterino e vesical
-Distúrbio neurológico que deixa o detrusor hipoativo – lesão medular, DM, deficiência de B12 e álcool
-Mais comum em homens
-Perda pequenas de urina, continua, jato fraco, hesitação nocturia, sensação de esvaziamento incompleto
-Pode haver hiperatividade do detrusor na progressão da doença obstrutiva
Tratamento:
*Correção do HBP, estreitamento uretral, prolapso vesical
*Retirada de medicamentos como opióides, miorrelaxantes, tricíclicos
*Doxazosina, tansulosina – hiperatividade do detrusor + HPB e que não podem operar a próstata
*Cateterização intermitente – detrusor hipoativo (orientado o acompanhante ou o próprio paciente para fazer)
Incontinência funcional:
Pacientes que não conseguem chegar ao toalete a tempo:
1. Limitações físicas
2. Déficits cognitivos
3. Limitações ambientais
4. Problemas psiquiátricos
Distúrbios especiais:
*Cateterismo intermitente – indicado em pacientes com lesão medular
*Cateterismo crônico – retenção urinária por lesão renal, úlceras de pressão, fase terminal ou preferência do pacientes
*Fraldas – dependentes de vida diária

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