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AULA 3- Teníases e Cisticercose

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Teníases e Cisticercose
Taenia salium e Taenea saginata
Mariana Cezar Lopes – 104C Parasitologia – Aula 3 
INTRODUÇÃO
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA:
· Filo: Plathyhelminthes (corpo achatado)
· Classe: Cestoda (corpo de fita, não possuem tubo digestivo)
· Ordem: Cyclophyllidea
· Família: Taeniidae
· Espécies: Taenia solium e Taenia saginata
São hermafroditas (2 aparelhos reprodutivos) e tem ciclo biológico heteroxênico, ou seja, há a necessidade da participação de hospedeiros intermediários para que o ciclo desses vermes se desenvolva na plenitude. 
Ambas as tênias adultas são parasitas um único hospedeiro definitivo, que é o ser humano, sendo neles que serão produzidos os ovos que ao serem eliminados faram a contaminação do ambiente. Esses ovos deverão ser ingeridos por hospedeiros intermediários, que para tênia solium são os suínos e para a tênia saginata são os bovinos (único conhecido). O grande problema é que a tênia solium é capaz de se instalar enquanto larva, acidentalmente, no organismo de seres humanos, determinando a cisticercose. Essa é uma doença muito mais grave para os humanos do que a teníase. 
Obs.: na Taenia saginata o ser humano só atua como hospedeiro definitivo. 
Outro problema é que se o paciente tem a tênia solium no intestino, ele corre o risco iminente e muito alto de desenvolver junto com a teníase a cisticercose, por isso é fundamental diagnosticar o tipo de tênia presente no organismo e proceder o tratamento imediato da ambas as espécies, além de fazer exames complementares se o indivíduo tem a teníase por tênia solium, porque potencialmente ele já pode estar desenvolvendo cisticercose.
O complexo teníase-cisticercose constitui um sério problema de saúde pública em países onde existem precárias condições sanitárias, socioeconômicas e culturais, que contribuem para a transmissão. 
CESTODA
Estróbilo com proglote jovens ainda não amadureceram o sistema reprodutor. As proglotes se soltam do corpo do verme e carregam com ele os ovos que serão disseminados no ambiente.
MORFOLOGIA
Tanto a tênia solium quando a sagitana podem ser chamadas de solitárias, porque são hermafroditas, ou seja, tem a capacidade de se reproduzir sozinhas independentemente da presença de um par. Pode haver só uma, isso acontece porque quando a larva (cisticerco) é ingerida, quando esta se instala no intestino ela começa a liberar substancias que inibem a instalação de outras larvas, mas isso nem sempre acontece. 
Obs.: existe um caso onde o paciente tinha 14 tênias saginatas. 
Os ovos ao chegarem no ambiente serão liberados e dispersados, depois disso deverão ser ingeridos pelos seus hospedeiros intermediários, que no caso da tênia soluim serão os suínos e, acidentalmente, os humanos, e no caso da tênia saginata, serão, unicamente, os bovinos. A partir daí serão desenvolvidas as larvas e os cisticercos no corpo de hospedeiro. 
TAENIA SOLIUM
Ela tem em média de 2 a 3m, mas pode chegar a 8 ou 9m, tendo a cabeça ligeiramente quadrangular e possuindo 4 ventosas, além de apresentar uma coroa de ganchos em forma de foice, essas podem ocasionar sangramento na parede do intestino (ação traumática) e processo inflamatório (diretamente relacionado com a desnutrição). Apresenta também um colo curto e vai gerar um estróbilo formado por proglotes (em torno de 700 a 900 proglotes), que no final vão estar repletos de ovos, apresentando um útero hipertrofiado que tem ramificações dendríticas, ou seja, sem uma arrumação fixa. Cada proglote gravida desse podem abrigar até 80 mil ovos e elas serão eliminadas juntamente as fezes do hospedeiro ou imediatamente após a defecação. 
As proglotes gravidas tem de 7 a 6 ramificações, formando quase um quadrado.
Obs.: a identificação do tipo de tênia é feita através das proglotes gravidas.
Obs.: é importante destacar que os cestodeos não tem aparelho digestivo, então só conseguem sobreviver no intestino delgado de seus hospedeiros definitivos. Eles são parasitas de intestino delgado humano.
Proglote grávido de Taenia solium corado pelo carmim.
TAENIA SAGINATA
Ela tem em média de 3 a 8m de comprimento, mas pode chegar a 14m de comprimento, tem o colo longo e a cabeça quadrangular com 4 ventosas, porem esta não apresenta a coroa de ganchos. O estróbilo produz de 1000 a 2000 proglotes, o útero das proglotes grávidas apresenta ramificações dicotômicas. Cada proglote gravida apresenta até 120 mil ovos.
As proglotes gravidas tem de 15 a 30 ramificações, são mais longas do que largas e tem coloração esbranquiçada, sendo facilmente identificadas. Elas tem movimento próprio, tendo contrações musculares. As proglotes saem ativamente pelo anus nos intervalos da defecação, trazendo incomodo e prurido, estando presentes na roupas intimas do indivíduo.
Obs.: nelas não são encontrados aparelho digestivo, apenas reprodutor. 
Proglote de Taenia saginata é dotado de movimento. Por isso tem a capacidade de sair do corpo do ser humano principalmente nos intervalos entre defecações, saindo ativamente pelo ânus do indivíduo.
Quando se toma determinados anti-helmínticos que aumentam a peristalse, por exemplo, então o indivíduo tinha a sensação que teria ficado livre da tênia, mas se a cabeça ficar no intestino, junto com o colo, ela tem a capacidade de se regenerar. 
Elas podem viver no nosso organismo de 15 a 20 anos, em média, e se alimentam por difusão, competindo com o hospedeiro por 30/40% do que é ingerido por ele, o que vai gerar emagrecimento e aumento do apetite. Pode causar também anemia, devido a desnutrição.
PROGLOTES:
As proglotes de tênia passam por 3 estágios, podendo estar jovens, tendo corpo mais largos que longos e não apresentando órgãos sexuais, maduros, onde são tão longos quanto largos, e grávidos, onde são mais longos que largos, quando elas estão nos estágios finais seu útero está completamente cheio de ovos.
Taenia solium: as proglotes saem junto com as fezes ou após a defecação, em número de 3 a 6/dia. Elas podem passar desapercebidas pois anéis saem junto com as fezes. Na Taenia solium os hospedeiros acidentais são macacos, cães e humanos, e natural são os suínos.
Taenia saginata: as proglotes saem ativamente no intervalo das defecações, em número de 7 à 10 por dia, podendo produzir prurido.
Para prevenir cisticercose nos animais e teníase no ser humano é fundamental evitar que as proglotes cheguem até o solo e dispersem os ovos que serão ingeridos pelos animais.
· Os hospedeiro definitivos para ambas espécies são os humanos (habitam intestino delgado).
· O hospedeiro intermediário da T. soli-um são naturalmente os suínos, mas acidentalmente podem ser os macacos, cães e humanos.
· O hospedeiro intermediário da T. saginata são os bovinos.
Os indivíduos só são infectados ao ingerir pedaços desses hospedeiros intermediários, principalmente musculatura/ carne. Quem não se alimenta de carne não corre risco de ter teníase.
Ovo é redondo, pequeno, de casca estriada e de coloração castanha, dentro dele temos a larva, que é chamada de oncosfera ou embrião hexacanto. 
A proglote gravida é cheia de ovos que serão eliminados quando chegar ao ambiente. Se romper proglote gravida dentro do intestino, é indistinguível saber se é da Taenia solium ou saginata, pois elas são iguais. Desses ovos eclodem as oncosferas que vão fazer um trajeto via circulatória pelo organismo do hospedeiro, se alojando na musculatura/ cérebro.
Os ovos são eliminados do organismo do ser humano contaminando o ambiente. Então quando o suíno ou bovino os ingerem a oncosfera ou embrião hexacanto é liberado e perfura a parede do intestino delgado, destruindo as células epiteliais, chegando até o conjuntivo e caindo nos vasos sanguíneos, de onde vão migrar através deles para órgão altamente oxigenados. No caso dos suínos e bovinos tem preferência por tecidos subcutâneos, pela musculatura estriada, incluindo músculo cardíaco, e eventualmente em outras partes do corpo como globo ocular e tecido nervoso. 
Então umavez instalada a oncosfera nesses tecidos ricamente oxigenados ela dará origem a uma larva que será chamada cisticerco, que é formado por uma membrana externa formando uma estrutura arredondada (cisto) que em seu interior apresenta um liquido que garante nutrição temporária e proteção a ela. Dentro do cisto pode-se encontrar o escolex da tênia.
Se for T. solluim ela possuirá 5 estruturas nesse cisto, pois apresentam 4 ventosas e uma coroa de ganchos, já se for de T. saginata ela terá apenas 4 estruturas, pois está só possui as 4 ventosas.
Quando o ser humano ingere cisticercos na carne bovina ou suína mal passada, a larva vai sofrer evaginação já no lúmen do intestino delgado, o escolex vai se fixam em sua parede e a região do colo vai crescer e em cerca de 2 a 3 meses eles já deram origem a uma tênia adulta que vai começar a eliminar ovos a partir das proglotes gravidas.
· Larvas de T. solium: podem parasitar hospedeiros intermediários acidentais, como o homem.
TENÍASE
É a alteração causada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou T. saginata no intestino delgado do homem.
PATOGENIA:
Vai exercer ação tóxica alérgica, que é a liberação de toxinas (resíduos metabólicos) pelo verme que podem cair na corrente sanguínea e gerar, por exemplo tonturas, surgimento de urticárias, diarreia, cólica e constipação, hemorragias (ação traumática), por causa da penetração dos escolex da tensa, causando pequenos sangramentos, que também vai promover destruição do epitélio intestinal, por conta dessa fixação podendo até causar pequenas ulcerações, também gera processos inflamatórios, que estão intimamente relacionados com o contato físico do verme com o epitélio intestinal e da cabeça com o tecido conjuntivo, esses podem gerar edemas das alças intestinais, cólicas, alterações do peristaltismo, e competição nutricional (ação espoliativa), pois ela absorve, principalmente, carboidratos e lipídeos e o verme vai competir por isso, causando um emagrecimento.
Não há uma faixa etária que tem mais risco, no caso dessa verminose o fator de risco é a alimentação de carne de boi e porco.
SINTOMATOLOGIA:
· Tonturas
· Apetite excessivo
· Náuseas e vômitos (ação toxica alérgica e inflamatória)
· Alargamento do abdômen (edema)
· Dores abdominais (mais ou menos intensas)
· Perda de peso
Também pode haver:
· Apendicite por tênia (pois ele é um verme muito longo, podendo se alojar no apêndice fecal).
· Obstrução dos dutos pancreáticos ou biliares.
· Obstruções intestinais.
EPIDEMIOLOGIA:
Fatores que influenciam a ocorrência:
· Hábitos alimentares (comer carne)
· Deficiência ou ausência de serviço de inspeção de carne
· Condições precárias de higiene
· Criação extensiva de animais: contaminação com fezes humanas
· Água e alimentos destinados à alimentação humana contaminados com dejetos humanos
· Disseminação de ovos de T. solium por moscas e barata
· Acidentes de laboratório 
Obs.: o cisticerco enquanto está vivo libera substancias que impedem a ação do nosso sistema imunológico sobre eles, então ele não é reconhecido pelas células de defesa. Isso faz com que ele permaneça viável cerca 1 ou 2 anos sem ser incomodado, exercendo uma ação mecânica compressiva. Depois que ele morre uma poderosa reação inflamatória granulomatosa vai acontecer em torno dele (similar à que ocorre na esquistossomose) e a ação desses granulocitos, formando granulomas, vai determinar poderosa calcificação do cisticerco e a partir daí a resposta imunológica vai se tornar mais importante e os fenômenos sintomatológicos vão se tornar mais evidentes.
DIAGNOSTICOS DAS TENIASES:
Clínico: através da sintomatologia e anamnese, sendo que primeira pergunta a se fazer é se o indivíduo come carne.
Laboratorial: o exame parasitológico para o diagnóstico da Teníase é a pesquisa de proglotes e mais raramente de ovos nas fezes. Isso porque este último não diz qual tipo de tênia é o parasito.
É imprescindível que se descubra qual tipo de tênia presente no paciente, pois isso mudará o tratamento, já que se o indivíduo tem T. soluim ele pode ter uma cisticercose a reboque, e existem medicamentos para teníase que podem complicar a cisticercose.
TRATAMENTO:
Existem várias drogas tenicidas que são usadas no tratamento, como:
Niclosamida: a taxa de cura fica em torno de 90%.
Praziquantel: é frequentemente indicado para casos de tênia saginata, por ser muito efetivo no tratamento das teníases, mas, por ser absorvível pelo intestino, é contraindicado nos casos de cisticercose (que teria seu quadro clínico agravado), pois age sobre o cisticerco, podendo potencializar quadros clínicos acessórios a destruição deles.
Mebendazol: usado só contra T. saginata, na dose de 200 mg, duas vezes ao dia durante 4 dias. 
As sementes de abóbora (200 a 400g, sob a forma de decocto ou trituradas com mel), constituem um tratamento tenífugo recomendado para crianças.
Cuidado: nenhum tratamento é ovicida.
Só a destruição ou a expulsão do escólex assegura a cura da teníase, pois todo o estróbilo pode ser reconstituído a partir dessa estrutura. Depois de decorridos dois ou três meses, voltam a aparecer as proglotes grávidas nas fezes ou na roupa dos pacientes.
PROFILAXIA:
Diagnosticar e tratar os indivíduos contaminados, porque se não há eliminação de ovos não ocorre a contaminação do solo, que impede que o hospedeiro pegue a doença e com isso a carne pode ser ingerida com tranquilidade.
Evitar que esses ovos cheguem ao solo, com medidas de saneamento básico, como construção de redes de esgoto, medidas de higiene e entre outro.
Não comer carne que contenha cisticercos.
Cozinhar, passar ou fritar bem as carnes antes da ingestão.
Congelar as carnes.
CISTICERCOSE
É a alteração causada pela presença da forma larvária da T. solium ou T. saginata nos tecidos dos hospedeiros intermediários. As lavas se instalam em órgão muito oxigenados, por isso, no ser humano, eles habitam no globo ocular e nos órgãos do sistema nervoso periférico produzindo uma doença mais grave
Presença de cisticercos no organismo dos hospedeiros intermediários.
TRANSMISSÃO:
A autoinfecção externa ocorre quando os ovos levados à boca a partir de maus hábitos de higiene, ou seja, os ovos que saíram do corpo dele voltam para ele.
A autoinfecção interna ocorre devido a vômitos ou movimentos retroperistálticos e com isso os ovos retornam ao estômago, quando isso ocorre a oncosfera é ativada pelo suco gástrico, então o verme passa a pensar que o paciente é o hospedeiro intermediário, começando a agir nele como agiria no suíno. Quando esse ovo retorna para o intestino delgado, a larva eclode do ovo, cai na corrente circularia e vai se alojar nos órgãos ricamente oxigenado. Essa é uma condição gravíssima, pois potencializa a cisticercose grave, principalmente a neurocisticercose
A Heteroinfecção acontece quando o indivíduo elimina suas fezes com ovos que vão atingir outros indivíduos, através de alimentos ou objetos contaminados com ovo.
Obs.: 46% dos cisticercos se alojam nos olhos e seus anexos, 41% no sistema nervoso, 6% no tecido cutâneo e 3,5% na musculatura formando a cisticercose generalizada ou disseminada.
Promovem ação mecânica compressiva sob os órgãos em que estão presentes, além de ação inflamatória.
Estimasse que a cada 100.000 pessoas no mundo 100 tem neurocisticercose e 30 tem cisticercose ocular. No Brasil os estados com mais incidência São Paulo e Rio de Janeiro.
A cisticercose humana é determinada apenas pelas larvas de Taenia Solium.
PATOGENIA:
As lesões mais graves são produzidas primeiro pela ação mecânica compressiva, devido ao crescimento da larva que vai comprimir produzindo reações no organismo. Mas as mais serias são devido a morte da larva, perdendo a capacidade de se isolar do sistema imunológico, ocorrendo então um processo inflamatório em volta dela, formando granulomas e por fim causando a calcificação cisticerco, por causa disso surgem os sintomas mais greves da cisticercose. Começando assim a se instalar o quadro clinico que por vezes não é resolvido nem com cirurgias.
ATENÇÃO
Em seres humanos 46% doscisticercos se instalam no globo ocular.
Em seres humanos 41% dos cisticercos se instalam no sistema nervoso central ou periférico.
Em seres humanos 6% dos cisticercos se instalam no tecido cutâneo e subcutâneo.
Em seres humanos 3,5% dos cisticercos se instalam na musculatura.
SINTOMATOLOGIA:
Depende da localização dos cisticercos.
NEUROCISTICERCOSE: em geral menos de 10 cisticercos, mas podendo chegar excepcionalmente a mais de 2.000. Sua localização mais frequente é na leptomeninge e no córtex, causa dores de cabeça com vômitos, ataques epileptiformes (frequentemente), delírio, alucinações e prostração.
1. Formas convulsivas: as perturbações metais dominam o quadro ou são as únicas presentes, podendo determinar paralisias, paresias, afasias.
2. Formas hipertensivas e pseudo-tumorais: hipertensão intracraniana e sintomas neuropsíquicos, causando cefaleia intensa, constante e com paroxismos aos esforços físicos, vômitos em jato, edema da papila, que gera ataques epilépticos e convulsões, apatia, indiferença, diminuição da atenção, estado de torpor ou de agitação ocasional.
3. Formas psíquicas: as perturbações mentais dominam o quadro ou são as únicas presentes, e não se distinguem das apresentadas em outras psicoses, como a esquizofrenia, a mania, a melancolia, as síndromes delirantes;
OFTALMOCISTICERCOSE: ocorre o descolamento de retina ou opacificação dos meios transparentes. Também há dor devida à irite, vermelhidão no globo ocular, exoftalmia e desvio do globo ocular ou miosite ou ptose.
CISTICERCOSE DISSEMINADA: ocorre no tecido subcutâneo e na musculatura esquelética, em geral não causam incômodo, mas podem produzir mialgias, fadiga muscular e cãibras. No coração vai levar a palpitações, ruídos anormais e dispneia.
DIAGNOSTICO DA NEUROCISTICERCOSE:
Exame de fezes: as técnicas são as mesmas recomendadas para as teníases em geral. Se for visualização de ovos não dá para saber qual tênia.
Exame do líquor: é o mais informativo, observando muitas vezes a pressão está aumentada, mostra aumento de proteínas, hipercitose moderada (5-50 células/mm3), com predomínio de linfócitos, mas, é a eosinofilia no líquor que tem alto significado diagnóstico. Pode ser feito por reação de fixação do complemento é positiva para cisticercose e as reações para sífilis negativas.
Testes imunológicos
· Técnica de ELISA
· Imunoeletroforese
· Imunofluorescência indireta
Radiografia: a demonstração radiológica da cisticercose é feita pelo encontro dos nódulos calcificados, ou seja, dos cisticercos mortos.
Tomografia computadorizada e Ressonância magnética: demonstra tanto cisticercos vivos quanto calcificados.
Diagnóstico da Neurocisticercose 
Paciente com cisticercos vivos, três dos quais situados nos lobos frontais (áreas circulares claras e com escólex bem visível). Por apresentar hipertensão intracraniana, foilhe implantada uma válvula de derivação intraventricular-peritoneal, visível na região póstero-lateral da cabeça (lado esquerdo). 
Caso com vários cisticercos vivos (áreas circulares claras) e outros calcificados (manchas negras). 
Cérebro com um grande número de cisticercos calcificados.
TRATAMENTO:
Na neurocisticercose dependendo da quantidade de parasitos e da localização o tratamento deve ser feito através de neurocirurgia. Já a cisticercose ocular a cirurgia não oferece dificuldades quando o parasito se encontra na câmara anterior do olho ou em situação subconjuntival ou subcutânea.
A quimioterapia é feita com praziquantel, sendo contra-indicado na oftalmocisticercose, e corticoides(dexametasona), para menizar o processo inflamatório, ou com albendazol.
OBSERVAÇÕES
Atenção à reação dos pacientes aos produtos dos cisticercos mortos, pois em alguns casos ocorre hipertensão aguda intracraniana por edema cerebral, que exigiram cuidados de urgência.
Todo tratamento deve ser feito com paciente internado em uma enfermaria de Clínica Neurológica e sob estrita vigilância médica, mesmo por alguns dias após terminada a medicação, isso porque ele pode ter hipertensão aguda intracraniana por edema cerebral, que vai exigir cuidados de urgência.
No caso de pacientes assintomáticos ou com cisticercos mortos não devem ser tratados com esses medicamentos. Nesse caso se faz o tratamento para as complicações, como crises epiléticas. 
PROFILAXIA:
Prevenção e controle dos casos de teníases por T. solium.
Educação sanitária.
Ensinar às pessoas como reconhecer a eliminação de proglotes.
A higiene pessoal é muito importante: tomar banho e lavar as mãos frequentemente.
Certas práticas sexuais com portadores de Taenia solium podem levar à ingestão de ovos.

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