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ENSINO MÉDIO PROFESSOR MATEMÁTICA ÁLGEBRA 6 CAPA_SER_CAD6_MP_MAT_Algebra.indd 1 4/24/15 6:15 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 1 PROGRESSÕES E MATRIZES 1 Progressões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Sequências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Progressão aritmética (PA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Fórmula do termo geral de uma PA . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Interpolação aritmética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Soma dos termos de uma PA finita . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Progressão geométrica (PG) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Classificação das progressões geométricas . . . . . . . . . . 19 Fórmula do termo geral de uma PG . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Interpolação geométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Soma dos n primeiros termos de uma PG finita . . . . . . . 26 Limite da soma dos termos de uma PG infinita . . . . . . . 28 Produto dos termos da PG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Problemas envolvendo PA e PG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 2 Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Representação genérica de uma matriz . . . . . . . . . . . . . 39 Matriz quadrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Matriz triangular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Matriz diagonal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Matriz identidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Matriz nula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Igualdade de matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Adição de matrizes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Subtração de matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Multiplicação de um número real por uma matriz . . . . . . 47 Matriz transposta de uma matriz dada . . . . . . . . . . . . . 48 Multiplicação de matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 Matriz inversa de uma matriz dada . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Equações matriciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 MATEMÁTICA ÁLGEBRA Luiz Roberto Dante 2122798 (PR) 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 1 5/19/15 6:21 PM MÓDULO Progressões e matrizes O número de espiras em diversas flores e frutos se ajusta a pares consecutivos de termos da sequência de Fibonacci (sequência em que cada número é determi- nado pela soma dos dois anteriores: 1 1 2 3 5 8 13 21 34 55 89 144 233 377 ...). Os girassóis têm 55 espiras em um sentido e 89 em outro ou 89 e 144. 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 2 5/19/15 6:16 PM reFletINdo SoBre a Imagem Observe o formato das flores, a quantidade de pétalas que elas contêm, o desenho que apa- rece nas frutas quando são cortadas transversal ou longitudinalmente ou os gomos da casca do abacaxi. Você perceberá que há uma disposição perfeitamente simétrica. O padrão de distribuição das folhas ao longo do caule das plantas é chamado filota- xia. De acordo com esse padrão, os ramos e as folhas das plantas distribuem-se de modo a receber o máximo de luz. Essa distribuição, em algumas plantas, apresenta o padrão conheci- do como sequência de Fibonacci. Você sabe o que caracteriza uma sequên- cia? Sabe reconhecer os dois tipos de sequência? Muitas vezes, para designar com clareza certas situações, é necessário formar um gru- po ordenado de números que se apresentam dispostos em linhas e colunas numa tabela. Em Matemática, essas tabelas são chamadas de matrizes. Com o advento da computação e a crescente necessidade de se guardar infor- mação, as matrizes adquiriram uma grande importância. Para termos ideia dessa impor- tância, basta saber que o que vemos na tela do computador é uma enorme matriz e cada valor guardado nas linhas e colunas da matriz repre- senta uma região quadrada bem pequena, que a olho nu não deixa de ser um ponto colorido mostrado na tela (pixel). Você sabe qual o conceito de matriz, quais são os seus tipos e como aplicá-lo para resolver problemas? www.ser.com.br Atualmente são muito utilizadas as resoluções de imagem de 600 3 800 (600 linhas, 800 colunas) ou 768 3 1 024 (768 linhas, 1 024 colunas) nos monitores de computador. Acima, a mesma imagem é mostrada em três diferentes resoluções. A matriz usada para guardar os pontos que compõem a primeira imagem tem apenas 33 linhas e 22 colunas, enquanto a matriz usada na terceira imagem tem 650 linhas e 433 colunas. L O R E N W IN T E R S /V IS U A L S U N L IM IT E D /C O R B IS /L A T IN S T O C K 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 3 5/19/15 6:16 PM 4 Progressões e matrizes CAPÍTULO 1 Progressões Objetivos: c Conceituar sequência. c Reconhecer os dois principais tipos de sequências: Progressão Aritmética (PA) e Progressão Geométrica (PG). c Saber utilizar a PA e a PG na resolução de situações-problema. Examine estas duas situações: 1a) Um corpo caindo livremente (desprezando-se a resistên- cia do ar) tem, no final do primeiro segundo, velocidade de 9,8 m/s; velocidade de 19,6 m/s no final do segundo seguinte; de 29,4 m/s no final do terceiro segundo; e as- sim por diante. Continuando nesse ritmo, qual será sua velocidade no final do décimo segundo (10 s)? 2a) Ao lançarmos uma moeda, temos dois resultados possíveis: cara ou coroa. Se lançarmos duas moedas diferentes, por exemplo, uma de R$ 0,10 e outra de R$ 0,50, teremos quatro possibilidades: cara, cara; cara, coroa; coroa, coroa; ou coroa, cara. Se lançarmos três moedas diferentes, serão oito os re- sultados possíveis. E assim por diante. Veja, no Guia do Professor, o quadro de competências e habilidades desenvolvidas neste módulo. A relação entre o número de moedas e o número de resultados é mostrada na tabela: Número de moedas Número de resultados 1 2 2 4 3 8 4 16 5 32 A A Vemos que 2 5 21; 4 5 22; 8 5 23; 16 5 24; 32 5 25, etc. Então, se n é o número de moedas, o número de resultados é dado por 2n. Nesse caso, temos uma sequência: (2, 4, 8, 16, 32, ). Qual é o total de resultados se lançarmos oito moedas? Estudaremos sequências e, em particular, as sequências chamadas de progressão aritmética (PA) e de progressão geométrica (PG). Com esses conceitos, poderemos resolver situações como as exemplificadas e outras envolvendo sequências. Explicite os oito resultados no caso de três moedas. Para reFletIr S T U A R T F R A N K L IN - F IF A /G E T T Y I M A G E S L O R E N W IN T E R S /V IS U A L S U N L IM IT E D /C O R B IS /L A T IN S T O C K 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 4 5/19/15 6:16 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 5 SeQuÊNCIaS Em muitas situações da vida diária, aparece a ideia de sequência ou sucessão. Assim, por exemplo, temos: a sequência dos dias da semana (domingo, segunda, terça, …, sábado); a sequência dos meses do ano (janeiro, fevereiro, …, dezembro); a sequência dos números naturais (0, 1, 2, 3, 4, …); a sequência dos anos, a partir de 1990, nos quais a Copa do Mundo de Futebol é realizada (1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, …). Em todas essas situações, observamos uma certa ordem nos elementos da sequência. Esses elementos são também chamados termos da sequência. Na sequência dos meses do ano, temos: 1o termo: janeiro; 2o termo: fevereiro; …; 12o termo: dezembro. Se representarmoso 1o termo por a 1 (lê-se “a índice um”), o 2o termo por a 2 , o 3o por a 3 , e assim por diante, até o termo de ordem n, ou enésimo termo (a n ), essa sequência pode ser representada por: (a 1 , a 2 , a 3 , …, a n ) Nesse exemplo, temos: a 1 5 janeiro; a 7 5 julho; a 10 5 outubro; a 12 5 dezembro. definição Uma sequência finita de n termos é uma função cujo domínio é o conjunto numérico {1, 2, 3, …, n}. Os números do contradomínio são indicados por a 1 , a 2 , a 3 , …, a n . Uma sequência infinita é uma função f cujo domínio é N* 5 {1, 2, 3, …, n, …} e o contradomínio é indicado por {a 1 , a 2 , a 3 , …, a n , …}. Assim, f(1) 5 a 1 , f(2) 5 a 2 , …, f(n) 5 a n , … determinação de uma sequência Algumas sequências são dadas por regras ou leis matemáticas chamadas leis de formação, que possibilitam explicitar todos os seus termos. A sequência a n 5 2n 2 1, n [ N*, é dada por: para n 5 1 ⇒ a 1 5 2 ? 1 2 1 5 1; para n 5 2 ⇒ a 2 5 2 ? 2 2 1 5 3; para n 5 3 ⇒ a 3 5 2 ? 3 2 1 5 5; para n 5 4 ⇒ a 4 5 2 ? 4 2 1 5 7, etc. Portanto, a sequência é (1, 3, 5, 7, …), ou seja, a dos números naturais ímpares. Exemplos de sequências: 1o) A sequência dos números ímpares positivos é infini- ta: (1, 3, 5, 7, 9, …), na qual a 1 5 1, a 2 5 3, a 3 5 5, a 4 5 7, a 5 5 9, etc. 2o) A sequência dos quatro pri- meiros múltiplos de 5 é fini- ta: (0, 5, 10, 15). Nesse caso, a 1 5 0, a 2 5 5, a 3 5 10 e a 4 5 15. 3o) A sequência dos números quadrados perfeitos é infini- ta: (1, 4, 9, 16, 25, …). 4o) A sequência do número de dias dos 12 meses de um ano bissexto é finita: (31, 29, 31, 30, 31, 30, 31, 31, 30, 31, 30, 31). Esse exemplo mostra ainda que os termos de uma sequência não são necessa- riamente distintos. 5o) 17, 12, 7, 2, 23, 28 é uma sequência finita de 6 termos. relação entre o número phi e a sequência de Fibonacci Fibonacci foi o nome com o qual o matemático Leonardo Pisano (ou Leonardo de Pisa) ficou conhecido. Nascido em Pisa (na atual Itália), viveu na Idade Média (1170-1250) e contribuiu para o desenvolvimento da Matemática em diversas pesquisas. Na sequência de Fibonacci temos: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, … Se dividirmos cada um desses números pelo seu antecedente, reparamos que a razão vai tender para um certo valor. Ou seja, se fizermos 5 5 5 5 5 a a 1; a a 2; a a 1,5; a a 1,6; a a 1,6 2 1 3 2 4 3 5 4 6 5 e continuarmos assim sucessivamente, obteremos a seguinte sequência de números: 5 5 5 5 a a 1,000000; a a 2,000000; a a 1,500000; a a 1,666666...; 2 1 3 2 4 3 5 4 5 5 5 a a 1,600000; a a 1,625000; a a 1,615385... ; 6 5 7 6 8 7 Esse valor que se aproxima nas razões a a n 1 n 1 tende ao número phi ( )ϕ 1,61803398875 . 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 5 5/19/15 6:16 PM 6 Progressões e matrizes eXerCÍCIoS reSolVIdoS 1 Determine o termo a n , chamado termo geral, na sequência dos números quadrados perfeitos (1, 4, 9, 16, 25, …). reSoluÇÃo: a n 5 ? Observamos que: n 5 1 ⇒ a 1 5 1 5 12 n 5 2 ⇒ a 2 5 4 5 22 n 5 3 ⇒ a 3 5 9 5 32 n 5 4 ⇒ a 4 5 16 5 42 A para um n qualquer ⇒ a n 5 n2 Logo, a n 5 n2 é o termo geral da sequência, com n [ N*. 2 Escreva a sequência definida por: N5 1 2 { [ a 35a 3 a a5 1a a5 12, para n ,Nn ,[n , n 2>n 2 1a 31a 3 n n5 1n n5 1a an na a5 1a a5 1n nn na a 15 115 1 reSoluÇÃo: a 1 5 3 para n 5 2 ⇒ a 2 5 a 1 1 2 5 3 1 2 5 5 para n 5 3 ⇒ a 3 5 a 2 1 2 5 5 1 2 5 7 para n 5 4 ⇒ a 4 5 a 3 1 2 5 7 1 2 5 9, etc. Portanto, a sequência é (3, 5, 7, 9, …), que é a sequência dos números naturais ímpares a partir do 3. Para CoNStruIr 1 Calcule: a) a soma a 2 1 a 5 para a sequência cujo termo geral é dado por a n 5 (21)n ? 1 1 n 2 n 1 . a 2 5 (21)2 ? 2 2 2 1 4 3 1 1 5 a 5 5 (21)5 ? 5 2 5 1 7 6 1 1 52 a 2 1 a 5 5 4 3 7 6 8 7 6 1 6 2 5 2 5 b) a soma dos quatro primeiros termos da sequência cujo ter- mo geral é f(n) 5 1 n2 , com n [ N*. a 1 5 1 1 1 2 5 a 2 5 1 2 1 42 5 a 3 5 1 3 1 92 5 a 4 5 1 4 1 162 5 a 1 1 a 2 1 a 3 1 a 4 5 1 1 4 1 9 1 16 1 1 1 5 144 36 16 9 144 205 144 1 1 1 5 No exercício 1b, a notação f(n) corresponde a a n . Para reFletIr 2 Calcule o 8o termo da sequência que tem a 1 5 6 e a n 5 a n 2 1 1 1 3, para n > 2. n 5 1 ⇒ a 1 5 6 n 5 2 ⇒ a 2 5 a 1 1 3 5 6 1 3 5 9 n 5 3 ⇒ a 3 5 a 2 1 3 5 9 1 3 5 12 n 5 4 ⇒ a 4 5 a 3 1 3 5 12 1 3 5 15 etc. A sequência é (6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, ...). Logo, o 8o termo é 27. 3 Observe as figuras formadas com palitos. Agora, complete a tabela com o número de palitos necessá- rios para formar os triângulos: Número de triângulos Número de palitos 1 3 2 5 3 7 4 9 5 11 : : x 2x 1 1 En em C-5 H-2 1 En em C-1 H-2 En em C-2 H-7 En em C-6 H-2 4 As competências e habilidades do Enem estão indicadas em questões diversas ao longo do módulo. Se necessário, explique aos alunos que a utilidade deste “selo” é indicar o número da(s) competência(s) e habilidade(s) abordada(s) na questão, cuja área de conhecimento está diferenciada por cores (Linguagens: la- ranja; Ciências da Natureza: verde; Ciências Humanas: rosa; Matemática: azul). A tabela para consulta da Matriz de Referência do Enem está disponível no portal. 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 6 5/19/15 6:16 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 7 TAREFA PARA CASA: Para praticar: 1 a 7 Observando que o número de palitos necessários é dado em função do número de triângulos que se quer formar, responda: a) Quantos palitos são necessários para formar 20 triângulos? 41 palitos 2x 1 1 5 2 ? 20 1 1 5 41 b) Quantos palitos são necessários para formar 77 triângulos? 155 palitos 2x 1 1 5 2 ? 77 1 1 5 155 c) Quantos triângulos se podem formar com 81 palitos? 40 triângulos 2x 1 1 5 81 ⇒ 2x 5 80 ⇒ x 5 40 4 (FGV-SP) Os números 1, 3, 6, 10, 15, … são chamados de nú- meros triangulares, nomenclatura justificada pela seguinte sequência de triângulos. 1 3 6 10 15 a) Determine uma expressão algébrica para o enésimo nú- mero triangular. n 5 1 ⇒ a 1 5 1 5 1 2 2 ? n 5 2 ⇒ a 2 5 3 5 2 3 2 ? n 5 3 ⇒ a 3 5 6 5 3 4 2 ? n 5 4 ⇒ a 4 5 10 5 4 5 2 ? etc. Logo, a n 5 n (n 1) 2 1 , para n [ N*. b) Prove que o quadrado de todo número inteiro maior que 1 é a soma de dois números triangulares consecutivos. n(n 1) 2 1 1 (n 1) (n 2) 2 1 1 5 n n n 3n 2 2 2 2 1 1 1 1 5 5 2n 4n 2 2 2 1 2 5 n2 1 2n 1 1 5 (n 1 1)2, para n [ N*. En em C-1 H-2 En em C-5 H-2 1 ProgreSSÃo arItmÉtICa (Pa) Encontramos frequentemente grandezas que sofrem variações iguais em intervalos de tempo iguais. Veja, por exemplo, o seguinte problema: Uma empresa produziu 100 000 unidades de certo produto em 2007. Quantas unidades produzirá, anualmente, de 2007 a 2012, se o aumento anual de produção for estabelecido em 20 000 unidades? Esquematizamos o problema da seguinte forma: produção em 2007 5 100 000 produção em 2008 5 (produção em 2007) 1 20 000 5 100 000 1 20 000 5 120 000 produção em 2009 5 (produção em 2008) 1 20 000 5 120 000 1 20 000 5 140 000 produção em 2010 5 (produção em 2009) 1 20 000 5 140 000 1 20 000 5 160 000 produção em 2011 5 (produção em 2010) 1 20 000 5 160 000 1 20 000 5 180 000 produção em 2012 5 (produção em 2011) 1 20 000 5 180 000 1 20 000 5 200 000 Nessas condições, a produção anual nesse período será representada pela sequência: (100 000, 120 000, 140 000, 160 000, 180 000, 200 000). Notamos que, nessa sequência, cada termo, a partir do segundo, é obtido a partir do ante- rior somado a um número fixo (20 000, nesse caso). Ou seja, a produção teve aumentos iguais de 20 000 unidades em intervalos de tempo iguais, de 1 ano. Sequências desse tipo são chamadas de progressões aritméticas.Observe que a diferença entre cada termo e o termo anterior é constante (20 000 unidades nessa sequência). A sequência (100 000, 120 000, 140 000, 160 000, 180 000, 200 000) é um exemplo de PA. O aumento de cada termo para o seguinte é sempre o mesmo e é chamado razão da progressão. A razão dessa progressão é 20 000. Dizemos que os termos dessa sequência estão em PA. definição Progressão aritmética (PA) é toda sequência de números na qual a diferença entre cada termo (a partir do segundo) e o termo anterior é constante. Essa diferença constante é chamada razão da progressão e é representada pela letra r. 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 7 5/19/15 6:16 PM 8 Progressões e matrizes Exemplos: 1o) A sequência (2, 7, 12, 17, …) é uma progressão aritmética infinita de razão r 5 5, em que a 1 5 2. Essa é uma PA crescente, pois r . 0. 2o) A sequência (20, 10, 0, 210, 220) é uma PA de cinco termos em que o 1o termo é a 1 5 20 e a razão é r 5 210. Essa é uma PA decrescente, pois r , 0. 3o) A sequência (4, 4, 4) é uma PA de três termos, em que o 1o termo é a 1 5 4 e a razão é r 5 0. Quando r 5 0, a PA é chamada PA constante ou estacionária. 4o) A sequência (1, 21, 1, 21, 1, 21, …) não é uma progressão aritmética, pois as diferenças entre termos sucessivos são alternadamente 22 e 2. Observações: 1a) Notamos então que, de modo geral, uma sequência (a 1 , a 2 , a 3 , a 4 , …, a n , …) é uma PA quando: a 2 5 a 1 1 r ⇒ a 2 2 a 1 5 r a 3 5 a 2 1 r ⇒ a 3 2 a 2 5 r a 4 5 a 3 1 r ⇒ a 4 2 a 3 5 r A a n 5 a n 2 1 1 r ⇒ a n 2 a n 2 1 5 r Comparando, temos: a 2 2 a 1 5 a 3 2 a 2 5 a 4 2 a 3 5 … 5 a n 2 a n 2 1 5 … 5 r 2a) Da definição decorre que, se a r , a s e a p são termos consecutivos de uma PA, então: a s 2 a r 5 a p 2 a s ⇒ 2a s 5 a r 1 a p ⇒ a s 5 a a 2 r p1 Ou seja, dados três termos consecutivos de uma progressão aritmética, o termo do meio é a média aritmética dos outros dois. representações especiais Eventualmente podemos recorrer a algumas representações especiais de uma PA, principalmen- te quando a soma dos termos for conhecida. A vantagem das representações especiais é diminuir a quantidade de cálculos exigidos em algumas situações. As principais representações especiais são: três termos em PA: (x 2 r, x, x 1 r) quatro termos em PA: (x 2 3y, x 2 y, x 1 y, x 1 3y) Note que nesse caso r 5 2y. cinco termos em PA: (x 2 2r, x 2 r, x, x 1 r, x 1 2r) eXerCÍCIoS reSolVIdoS 3 A sequência (x 2 4y, x 2 2y, x, x 1 2y), em que x e y são nú- meros reais, é ou não uma PA? Se for, determine a razão. reSoluÇÃo: (x 2 2y) 2 (x 2 4y) 5 x 2 2y 2 x 1 4y 5 2y x 2 (x 2 2y) 5 x 2 x 1 2y 5 2y (x 1 2y) 2 x 5 x 1 2y 2 x 5 2y Logo, a sequência é uma PA de razão r 5 2y. 4 A sequência 2, 7 3 , … , … é uma PA infinita. Determine a razão e o 3o termo dessa PA. reSoluÇÃo: a 1 5 2; a 2 5 7 3 r 5 a 2 2 a 1 5 2 5 2 52 5 7 3 22 522 5 7 3 6 3 1 3 a 3 5 a 2 1 r 5 1 51 5 7 3 1 1 5 1 1 5 3 8 3 Logo, r 5 1 3 e a 3 5 8 3 . 5 Determine quatro números em PA crescente, sabendo que sua soma é 22 e a soma de seus quadrados é 6. reSoluÇÃo: Um artifício para representar PAs com um número par de ter- mos é chamar os dois termos centrais de x 2 y e x 1 y, pois assim a razão passa a ser: (x 1 y) 2 (x 2 y) 5 xx 1 y 2 xx 1 y 5 2y Logo, r 5 2y. Portanto, a PA é dada por (x 2 3y, x 2 y, x 1 y, x 1 3y), com as seguintes condições: 2 1 2 1 1 1 1 52 2 1 2 1 1 1 1 5 (x 3y2 13y2 1) (2 1) (2 1 x y2 1x y2 1) (2 1) (2 1 x y1 1x y1 1) (1 1) (1 1 x 31 5x 31 5y)1 5y)1 5 2 (x 3y2 13y2 1) (2 1) (2 1 x y2 1x y2 1) (2 1) (2 1 x y1 1x y1 1) (1 1) (1 1 x 31 5x 31 5y)1 5y)1 562 2 22 12 2 21 12 2 2) (2 2 2) (2 1) (2 2 22 12 2 2) (x y2 2 22 1x y2 12 2 22 2 2x y) (2 2 2) (2 1) (2 12 2 22 12 2 2) (x y2 2 21 1x y1 12 2 22 2 2x y) (2 2 2) (1 1) (1 12 2 21 12 2 2) ( 21 521 5 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 8 5/19/15 6:16 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 9 Efetuando os cálculos, chegamos a: x 3y x y x y x 3y 2 x 6xy 9y x 2xy y x 2xy y x 6xy 9y 6 2 2x 62 2x 6 9y2 2 2 2x 22 2x 2xy2 2 2 2 2x 62 2x 6 2 2 1x 32 1x 3y x2 1y x 2 1y x2 1y x 1 1y x1 1y x 1 53y1 52 2 1x 62 1x 6xy2 12 22 12 2x 62 22 12 12 2xy2 22 12 12 2 1 2x 21 2x 2x 22 2x 21 21 22 21 1y x1 1y x2 21 12 2y x2 2y x1 11 12 2 1 1 12x1 1y y1 1y y 1 1x 61 1x 62 21 12 2x 62 2x 61 11 12 2 1 59y1 521 5 52 1 5 4x 2 4x 20y1 520y1 562 21 52 21 520y2 21 520y1 52 22 220y Resolvendo o sistema: 4x 5 22 ⇒ x 5 21 2 4x2 1 20y2 5 6 ⇒ 4 2 1 2 2 1 20y2 5 6 ⇒ ⇒ 1 1 20y2 5 6 ⇒ 20y2 5 5 ⇒ ⇒ y2 5 1 4 ⇒ y 5 1 2 ± Como a PA é crescente, então y é positivo. Assim, x 5 2 1 2 e y 5 1 2 . Daí, vem: x 2 3y 5 22; x 2 y 5 21; x 1 y 5 0; x 1 3y 5 1 Portanto, a PA é dada por (22, 21, 0, 1), e sua razão é r 5 1. 6 Três números estão em PA; o produto deles é 66 e a soma é 18. Calcule os três números. reSoluÇÃo: Podemos sempre representar três números em PA por x 2 r, x, x 1 r, em que r é a razão. Assim, temos o seguinte sistema de equações: 2 ? ? 1 2 1 1 1 2 5 5 (x r)2 ?r)2 ? x (? 1x (? 1x r? 1x r? 1 ) 65) 66 (x r)2 1r)2 1 x (1 1x (1 1x r1 1x r1 1 ) 15) 18 x (x r2 5x r2 5) 62 5) 62 5 6 3x 18 2 2 2x r2 2x r ⇒ Resolvendo o sistema: 3x 5 18 ⇒ x 5 6 6(62 2 r2) 5 66 ⇒ 36 2 r2 5 66 6 ⇒ 36 2 r2 5 11 ⇒ ⇒ r2 5 25 ⇒ r 5 ±5 Então, para x 5 6 e r 5 5, temos: x 2 r 5 6 2 5 5 1 x 1 r 5 6 1 5 5 11 Para x 5 6 e r 5 25, temos: x 2 r 5 6 2 (25) 5 11 x 1 r 5 6 2 5 5 1 Verificação: 1 ? 6 ? 11 5 66 e 1 1 6 1 11 5 18 Portanto, os números procurados são 1, 6 e 11, que estabe- lecem duas PAs: uma crescente (1, 6, 11) e outra decrescente (11, 6, 1). Para CoNStruIr 5 Sabe-se que três números inteiros estão em PA. Se esses nú- meros têm por soma 24 e por produto 120, calcule os três números. PA (x 2 r, x, x 1 r) x 2 r 1 x 1 x 1 r 5 24 ⇒ 3x 5 24 ⇒ x 5 8 (8 2 r) ? 8 ? (8 1 r) 5 120 ⇒ 64 2 r2 5 15 ⇒ r2 5 49 ⇒ r' 5 ±7 Portanto, os números procurados são 1, 8 e 15, que estabelecem duas PAs: uma crescente (1, 8, 15) e outra decrescente (15, 8, 1). 6 (Unicamp-SP) O perímetro de um triângulo retângulo é igual a 6,0 m e as medidas dos lados estão em progressão aritmética (PA). A área desse triângulo é igual a: c a) 3,0 m2. b) 2,0 m2. c) 1,5 m2. d) 3,5 m2. Sejam x, x 1 r e x 1 2r as medidas, em metros, dos lados do triân- gulo, com x, r . 0. x 1 2r é a hipotenusa, já que é o maior lado do triângulo. Aplicando o Teorema de Pitágoras, temos: (x 1 2r)2 5 x2 1 (x 1 r)2 x2 1 4xr 1 4r2 5 x2 1 x2 1 2xr 1 r2 x2 1 4xr 1 4r2 5 2x2 1 2xr 1 r2 2x2 1 2xr 1 3r2 5 0 x2 2 2xr 2 3r2 5 0 (x 1 r)(x 2 3r) 5 0 Como x . 0, x 5 3r Logo, os lados do triângulo medem 3r, 4r e 5r. Sabendo que o perímetro do triângulo mede 6,0 m, temos: 3r 4r 5r 6 12r 6 r 1 2 1 1 5 5 5⇒ ⇒ Lembrando que a área do triângulo retângulo pode ser calculada considerando-se um cateto como base e o outro como altura, temos: ? 5 5 ? 5 3r 4r 2 12r 2 6 1 2 1,5 m 2 2 2. En em C-2 H-8 En em C-5 H-2 1 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 9 5/19/15 6:16 PM 10 Progressões e matrizes Fórmula do termo geral de uma Pa Em uma PA (a 1 , a 2 , a 3 , …, a n , …) de razão r, partindo do 1o termo, para avançar um termo, basta somar r ao 1o termo (a 2 5 a 1 1 r); para avançar dois termos, basta somar 2r ao 1o termo (a 3 5 a 1 1 1 2r); para avançar três termos, basta somar 3r ao 1o termo (a 4 5 a 1 1 3r); e assim por diante. Desse modo, encontramos o termo de ordem n, denominado termo geral da PA, que é dado por: a n 5 a 1 1 (n 2 1)r Ao passar de a 1 para a n , avançamos (n 2 1) termos, ou seja, basta somar (n 2 1) vezes a razão ao 1o termo.Nessa fórmula, temos: a n 5 termo geral; a 1 5 1o termo; n 5 número de termos (até a n ); r 5 razão da PA. Observações: 1a) Note que a 9 5 a 4 1 5r, pois, ao passar de a 4 para a 9 , avançamos cinco termos e que a 3 5 a 15 2 12r, pois retrocedemos 12 termos ao passar de a 15 para a 3 ; e assim por diante. Agora podemos estender a definição do termo geral para: a n 5 a k 1 (n 2 k)r Ao passar de a k para a n , avançamos (n 2 k) termos, ou seja, basta somar (n 2 k) vezes a razão ao k-ésimo termo. 2a) Observe a PA finita (a 1 , a 2 , a 3 , a 4 ). Nela, os termos a 2 e a 3 são equidistantes dos extremos a 1 e a 4 . Veja: a 2 1 a 3 5 (a 1 1 r) 1 a 3 5 a 1 1 (a 3 1 r) 5 a 1 1 a 4 Isso é válido de modo geral e dizemos que, numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos. Generalizando, temos que: a m 1 a n 5 a k 1 a p se m 1 n 5 k 1 p. TAREFA PARA CASA: Para praticar: 8 a 12 Para aprimorar: 1 e 2 7 (UEG-GO) Sabendo que o lado, a diagonal e a área de um quadrado estão em progressão aritmética, calcule a medida do lado do quadrado. Seja , o lado do quadrado, então PA ( ), , ,; 2; 2 . Logo, em se tratando de três termos consecutivos de uma PA, o termo do meio é a média aritmética dos outros dois: , 2 5 1, , 2 2 ⇒ , 2 5 (1 ) 2 1, , ⇒ 1 1 , 5 2 2 ⇒ , 5 2 2 21 8 As medidas dos ângulos de um triângulo estão em PA de ra- zão 20. Calcule as medidas dos ângulos do triângulo. PA (x 2 r, x, x 1 r) x 2 r 1 x 1 x 1 r 5 180º ⇒ 3x 5 180º ⇒ x 5 60º PA (60º 2 20º, 60º, 60º 1 20º) ⇒ PA (40º, 60º, 80º) Verificação: 40º 1 60º 1 80º 5 180º En em C-2 H-8 En em C-5 H-2 1 En em C-2 H-8 En em C-5 H-2 1 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 10 5/19/15 6:16 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 11 Consequentemente, tomando-se três termos consecutivos (…, a k 2 1 , a k , a k 1 1 , …), temos que 2a k 5 a k 2 1 1 a k 1 1 , pois k 1 k 5 k 2 1 1 k 1 1. Isso significa que o termo central é a média aritmética dos seus vizinhos: a k 5 1 2 1 a a 2 k 1 k 1 3a) Muitas vezes, é conveniente notar que o 1o termo é a 0 , e não a 1 , ficando o termo geral da PA dado por a n 5 a 0 1 nr. Observe isso no seguinte problema: Se o preço de um carro novo é R$ 40 000,00 e esse valor diminui R$ 1 200,00 a cada ano de uso, qual será seu preço com 5 anos de uso? Temos uma PA com a 0 5 40 000, razão r 5 21 200, e queremos determinar a 5 : a 5 5 a 0 1 5r 5 40 000 1 5(21 200) 5 40 000 2 6 000 5 34 000 Assim, após 5 anos, o carro custará R$ 34 000,00. eXerCÍCIoS reSolVIdoS 7 Dê a fórmula do termo geral da PA (5, 9, … ). reSoluÇÃo: Na PA dada, temos a 1 5 5 e r 5 9 2 5 5 4. a n 5 a 1 1 (n 2 1)r ⇒ a n 5 5 1 (n 2 1)4 5 5 5 1 4n 2 4 5 4n 1 1 Logo, a fórmula do termo geral é a n 5 4n 1 1. 8 Qual é o 1o termo de uma PA em que a 10 5 39 e r 5 4? reSoluÇÃo: Dados: a 10 5 39; r 5 4; n 5 10. a 10 5 a 1 1 9r ⇒ 39 5 a 1 1 9 ? 4 ⇒ ⇒ 39 5 a 1 1 36 ⇒ a 1 5 3 Então, a 1 5 3 e a PA é (3, 7, 11, … ). 9 Numa PA de 14 termos, o 1o termo é 2, e o último é 28. Calcu- le a razão dessa PA. reSoluÇÃo: Dados: a 1 5 2; a 14 5 28; n 5 14. a 14 5 a 1 1 13r ⇒ 28 5 2 1 13r ⇒ ⇒ 13r 5 26 ⇒ r 5 2 Portanto, r 5 2 e a PA é (2, 4, 6, 8, … , 28). 10 Numa PA crescente, a 2 1 a 6 5 20 e a 4 1 a 9 5 35. Determine o 1o termo (a 1 ) e a razão r dessa PA. reSoluÇÃo: a a r a a 5r 2 1a a2 1a a 6 1a a6 1a a 5 1a a5 1a a2 15 1a a2 15 15 12 1 5 1a a5 1a a6 15 1a a6 15 15 16 1 } ⇒ a2 1 a6 5 (a1 1 r) 1 (a1 1 5r) ⇒ a2 1 a6 5 5 2a 1 1 6r (I) a a 3r a a 8r 4 1a a4 1a a 9 1a a9 1a a 5 1a a5 1a a4 15 1a a4 15 15 14 1 5 1a a5 1a a9 15 1a a9 15 15 19 1 } ⇒ a4 1 a9 5 (a1 1 3r) 1 (a1 1 8r) ⇒ a4 1 a9 5 5 2a 1 1 11r (II) Pelos dados do problema, vamos resolver o sistema: 2a 6r 20 2a 11r 35 1 1 ⇒ 1 56r1 5 1 511r1 5 2 a2 a 6r 20 2 a2 a 11r 35 5r 15r r 3 1 1 2 22 a2 22 a2 2 52 1 511r1 5 5 515r5 5r 35 5r 3 ⇒5 5⇒5 5 Substituindo em (I), temos: 2a 1 1 6 ? 3 5 20 ⇒ 2a 1 1 18 5 20 ⇒ 2a 1 5 2 ⇒ a 1 5 1 Logo, a 1 5 1 e r 5 3. A PA é (1, 4, 7, 10, 13, … ). 11 Numa PA, a 10 5 23 e a 12 5 11. Calcule o 1o termo (a 1 ) e a razão r dessa PA. reSoluÇÃo: a 12 5 a 10 1 2r ⇒ 11 5 23 1 2r ⇒ 2r 5 14 ⇒ r 5 7 a 12 5 a 1 1 11r ⇒ 11 5 a 1 1 11 ? 7 ⇒ a 1 5 266 Então, a 1 5 266, r 5 7 e a PA é (266, 259, 252, 245, … ). 12 Quantos são os múltiplos de 8 compreendidos entre 100 e 1 000? reSoluÇÃo: o primeiro número múltiplo de 8, maior que 100, é 104; o último número múltiplo de 8, menor que 1 000, é 992. Então, os múltiplos de 8 compreendidos entre 100 e 1 000 constituem a PA (104, 112, … , 992). Nessa PA, temos: a 1 5 104; r5 8; a n 5 992. Precisamos calcular o número n de termos da PA: a n 5 a 1 1 (n 2 1)r ⇒ 992 5 104 1 (n 2 1)8 ⇒ 992 5 104 1 1 8n 2 8 ⇒ 8n 5 992 2 104 1 8 ⇒ 8n 5 896 ⇒ n 5 112 Portanto, existem 112 múltiplos de 8 compreendidos entre 100 e 1 000. 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 11 5/19/15 6:16 PM 12 Progressões e matrizes Para CoNStruIr 9 (UFSM-RS) As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo mundo. De acordo com os dados da Or- ganização Mundial da Saúde, 17,3 milhões de pessoas morre- ram em 2012 vítimas dessas doenças. A estimativa é que, em 2030, esse número seja de 23,6 milhões. Suponha que a estimativa para 2030 seja atingida e conside- re a n , com n [ N, a sequência que representa o número de mortes (em milhões de pessoas) por doenças cardiovascu- lares no mundo, com n 5 1 correspondendo a 2012, n 5 2 correspondendo a 2013 e assim por diante. Se a n é uma progressão aritmética, então o 8o termo dessa sequência, em milhões de pessoas, é igual a: c a) 19,59. b) 19,61. c) 19,75. d) 20,10. e) 20,45. Em 2012: a 1 5 17,3 Em 2030: a 19 5 23,6 Considerando a PA, temos: 5 1 ? 5 1 ? ? 5 5 a a 18 r 23,6 17,3 18 r 18 r 6,3 r 0,35 19 1 Portanto, o oitavo termo dessa sequência é: 5 1 ? 5 1 ? 5 a a 7 r a 17,3 7 0,35 a 19,75 8 1 8 8 10 (Fuvest-SP) Seja A o conjunto dos 1 993 primeiros números inteiros estritamente positivos. a) Quantos múltiplos inteiros de 15 pertencem ao conjunto A? 132 múltiplos. PA (15, 30, …, 1 980) a 1 5 15; r 5 15; a n 5 1 980 a n 5 a 1 1 (n 1 2 1)r 1 980 5 15 1 (n 1 2 1)15 ⇒ 1 980 215 5 15n 1 215 ⇒ n 1 5 132 b) Quantos números de A não são múltiplos inteiros nem de 3 nem de 5? 1 063 números. Para saber quantos são os múltiplos de 3 e de 5, é preciso reti- rar depois os múltiplos de 15, que são as interseções. Portanto, temos: múltiplos de 3 → PA (3, 6, …, 1 992) a 1 5 3; r 5 3; a n 5 1 992 1 992 5 3 1 (n 2 2 1)3 ⇒ 1 992 2 3 5 3n 2 2 3 ⇒ n 2 5 664 múltiplos de 5 → PA (5, 10, …, 1 990) a 1 5 5; r 5 5; a n 5 1 990 1 990 5 5 1 (n 3 2 1)5 ⇒ 1 990 2 5 5 5n 3 2 5 ⇒ n 3 5 398 Assim: n 5 1 993 2 (n 2 1 n 3 2 n 1 ) 5 1 993 2 (664 1 398 2 132) 5 5 1 993 2 930 5 1 063 11 (Uerj) Disponível em: <leceblog.blogspot.com>. Adaptado. Na situação apresentada nos quadrinhos, as distâncias, em quilômetros, d AB , d BC e d CD formam, nessa ordem, uma pro- gressão aritmética. O vigésimo termo dessa progressão corresponde a: a a) −50. b) −40. c) −30. d) −20. A B x 1 10 x 2 10x C D 1 1 1 2 5 5 5 x 10 x x 10 390 3x 390 x 130 PA (140, 130, 120, …) Seu vigésimo termo será dado por: 5 1 ? 2 52a 140 19 ( 10) 5020 En em C-5 H-2 1 En em C-5 H-1 7 En em C-1 H-2 En em C-1 H-3 P E A N U T S , D E C H A R L E S S C H U L Z /P E A N U T S W O R L D W ID E L L C ./ D IS T . B Y U N IV E R S A L U C L IC K 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 12 5/19/15 6:16 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 13 TAREFA PARA CASA: Para praticar: 13 a 23Para aprimorar: 3 e 4 12 (UFRGS-RS) Nas malhas de pontos da figura abaixo, dois pontos adjacentes, na horizontal ou vertical, encontram-se à distância de 1 centímetro. Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Considerando a sucessão de quadriláteros desenhados em cada etapa da figura, a área do quadrilátero da vigésima etapa, em cm2, é: d a) 100. b) 200. c) 400. d) 800. e) 1 600. Como os quadriláteros possuem os quatro lados e os quatro ângulos congruentes, todos são quadrados (quadriláteros regulares). Lado do quadrado da figura da Etapa 1: x cm 5 1 5⇒x 1 1 x 2 cm2 2 2 Lado do quadrado da figura da Etapa 2: y cm 5 1 5⇒y 2 2 y 2 2 cm2 2 2 Lado do quadrado da figura da Etapa 3: z cm 5 1 5⇒z 3 3 z 3 2 cm2 2 2 Os lados dos quadrados formam uma PA, de razão 5r 2. Logo, temos uma PA 2, 2 2, 3 2,...( ), cujo lado do vigésimo quadrado mede 20 2 cm. Sua área então será dada por: 5 5( )A 20 2 800 cm2 2. En em C-2 H-8 En em C-5 H-2 1 1 1 x INterPolaÇÃo arItmÉtICa Vamos resolver o seguinte problema: No primeiro semestre de um dado ano, a produção mensal de uma montadora está em PA crescente. Em janeiro, a produção foi de 18 000 carros e, em junho, de 78 000 unidades. Qual foi a produção dessa montadora nos meses de fevereiro, março, abril e maio? Nessas condições, o problema consiste em formar uma PA na qual: 5 5 5 5 5 a produção de janeiro 18000 a produção de junho 78000 n 6 1 n ⇒ (18 000, , , , , 78 000) Devemos inicialmente calcular o valor da razão r: a n 5 a 1 1 (n 2 1)r 78 000 5 18 000 1 5r ⇒ 5r 5 60 000 r 5 12 000 Então, teremos: a produção de fevereiro 30000 a produção de março 42000 a produção de abril 54000 a produção de maio 66000 2 3 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 ⇒ (18 000, 30 000, 42 000, 54 000, 66 000, 78 000) Na realidade, o que fizemos foi inserir ou interpolar quatro meios aritméticos entre os números 18 000 e 78 000. 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 13 5/19/15 6:16 PM 14 Progressões e matrizes Já vimos que o termo geral de uma PA é dado por a n 5 a 1 1 (n 2 1)r ou por a n 5 a 0 1 nr ao começarmos a enumeração dos termos por a 0 . Assim, podemos pen- sar em uma PA como uma função que associa a cada número natural n o valor a n dado por a n 5 a 0 1 nr. Essa função é a restrição aos números naturais da função afim a(x) 5 a 0 1 rx, ou seja, ela é definida por uma fórmula do tipo função afim, mas com domínio N. O gráfico dessa função é formado por uma sequência de pontos coli- neares no plano: (0, a 0 ), (1, a 1 ), (2, a 2 ), (3, a 3 ), … , (n, a n ), … Assim, podemos caracterizar uma PA observando que uma sequência (a n ) é uma PA se e somente se os pontos do plano que têm coordenadas (0, a 0 ), (1, a 1 ), (2, a 2 ), (3, a 3 ), etc. estiverem em linha reta. INterPretaÇÃo geomÉtrICa de uma ProgreSSÃo arItmÉtICa 0 1 2 3 4 a n = a 0 + nr n a 0 a 1 a 2 a 3 a 4 a n eXerCÍCIoS reSolVIdoS 13 Interpole seis meios aritméticos entre os números 100 e 184. reSoluÇÃo: Precisamos formar a seguinte PA: (100, , , , , , , 184) em que: a 100 a 184 n 2 6 8 termos 1 n 5 5 5 1n 25 1n 2 6 856 8 a n 5 a 1 1 (n 2 1)r 184 5 100 1 7r ⇒ 7r 5 84 r 5 12 Então, temos a PA (100, 112, 124, 136, 148, 160, 172, 184). 14 Quando inserimos 10 meios aritméticos entre 2 e 79, qual é a razão da PA obtida? reSoluÇÃo: a 2 a 79 n 2 10 12 termos 1a 21a 2 na 7na 7 a 25a 2 a 75a 7 5 1n 25 1n 2 5 a n 5 a 1 1 (n 2 1)r 79 5 2 1 11r 11r 5 77 r 5 7 Logo, r 5 7. Soma doS termoS de uma Pa FINIta Na tabela abaixo está demonstrada a produção anual de uma empresa em certo período: Ano Produção (em unidades) 2000 10 000 2001 12 000 2002 14 000 2003 16 000 2004 18 000 2005 20 000 2006 22 000 2007 24 000 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 14 5/19/15 6:16 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 15 Quantas unidades a empresa produziu de 2000 a 2007? Pela tabela, no período de 2000 a 2007 a empresa produziu: 10 000 1 12 000 1 14 000 1 16 000 1 18 000 1 20 000 1 22 000 1 24 000 5 136 000 unidades. Observamos que: as parcelas formam uma PA finita, cuja razão é r 5 2 000: (10 000, 12 000, 14 000, 16 000, 18 000, 20 000, 22 000, 24 000). o número 136 000 representa a soma dos termos dessa PA. Fórmula da soma dos termos de uma Pa finita Carl Friedrich Gauss foi um matemático alemão que viveu de 1777 a 1855. Certo dia, quando Gauss era um estudante de aproximadamente 10 anos de idade, seu professor, querendo manter o silêncio em sala de aula por um bom tempo, pediu que os alunos somassem todos os números de 1 a 100, isto é, 1 1 2 1 3 1 4 1 … 1 99 1 100. Para surpresa do professor, depois de alguns minutos, Gauss disse que a soma era 5 050. Veja seu raciocínio: 1 1 2 1 3 1 ... 1 98 1 99 1 100 (1 1 100 5 101; 2 1 99 5 101; 3 1 98 5 101 etc.) 50 parcelas de 101 ⇒ 50 ? 101 5 5 050 Ou seja, 1 1 2 1 3 1 … 1 99 1 100 5 5 050. Fórmula O procedimento usado por Gauss no caso da PA (1, 2, 3, 4, …, 99, 100) vale de modo geral. Consideremos a PA finita de razão r (a 1 , a 2 , a 3 , …, a n 2 2 , a n 2 1 , a n ) cuja soma dos seus n termos pode ser escrita por: S n 5 5 ∑ai i 1 n S n 5 a 1 1 a 2 1 a 3 1 … 1 a n 2 2 1 a n 2 1 1 a n a 1 1 a n a 1 1 a n a 1 1 a n Portanto: S n 5 1 1 1 1 1 1 1 1 2444444 3444444 (a a ) (a a ) … (a a )1 n 1 n 1 n n 2 parcelas iguais a (a1 an) Observação: O símbolo Σ significa somatório. Então, a fórmula que nos permite calcular a soma dos n primeiros termos de uma PA é: S n 5 a a n 2 1 n( )1 em que: a 1 é o primeiro termo; a n é o enésimo termo; n é o número de termos; S n é a soma dos n termos. 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 15 5/19/15 6:16 PM 16 Progressões e matrizes 15 Calcule a soma dos 50 primeiros termos da PA (2, 6, …). reSoluÇÃo: Nessa PA infinita, os 50 primeiros termos formam uma PA fini- ta, na qual a 1 5 2, r 5 4 e n 5 50. Devemos calcular a n (ou seja, a 50 ): a n 5 a 1 1 (n 2 1)r ⇒ a 50 5 2 1 49 ∙ 4 ⇒ a 50 5 2 1 196 ⇒ ⇒ a 50 5 198 Aplicando a fórmula, temos: S n 5 1(a a )n 2 1 n11 na )1 na ) ⇒ S 50 5 1(2 198)50 2 ⇒ S 50 5 5 000 A soma procurada é igual a 5 000. 16 A soma dos dez termos de uma PA é 200. Se o 1o termo dessa PA é 2, calcule a razão r da PA. reSoluÇÃo: Nessa PA, sabemos que S 10 5 200, a 1 5 2 e n 5 10. Devemos calcular a 10 aplicando a fórmula da soma: S 10 5 1(a a )10 2 1 111 1a )1 1a )0a )0a ) ⇒ 200 5 1(2 a )10 2 10a )10a ) ⇒ 400 5 20 1 10a 10 ⇒ ⇒ 10a 10 5 380 ⇒ a 10 5 38 Vamos calcular r: a 10 5 a 1 1 9r ⇒ 38 5 2 1 9r ⇒ 9r 5 36 ⇒ r 5 4 Então, a razão procurada é 4. 17 Determine o valor de x na igualdade 2 1 7 1 … 1 2x 5 198, sabendo que as parcelas do 1o membro formam uma PA. reSoluÇÃo: Nessa PA, temos S n 5 198, a 1 5 2, a n 5 2x e r 5 7 2 2 5 5. Vamos determinar n em função de x: a n 5 a 1 1 (n 2 1)r ⇒ 2x 5 2 1 (n 2 1)5 ⇒ 2x 5 2 1 5n 2 5 ⇒ ⇒ 5n 5 2x 1 3 ⇒ n 5 2x 3 5 1 Aplicando a fórmula da soma, temos: S n 5 1n(a a1a a ) 2 1 na a1 na a1a a1 n1 na a ⇒ 198 5 1 1 2x 3 5 (2 2x) 2 ⇒ ⇒ 2x 3 5 1 (2 1 2x) 5 396 ⇒ 4x 4x 6 6x 5 2 1 14x1 121 16 616 6 5 396 ⇒ ⇒ 4x2 1 10x 1 6 5 1 980 ⇒ 2x2 1 5x 2 987 5 0 Vamos resolver a equação do 2o grau: 2x2 1 5x 2 987 5 0 Δ 5 52 2 4 ? 2 ? (2987) 5 25 1 7 896 5 7 921 x 5 5 89 4 5 8±5 82 ⇒ x' 5 21 e x" 5 47 2 2 Como a PA é crescente, temos que x 5 21. 18 Determine o valor de: a) S 5 2i; i 1 5 i 15i 1 ∑ b) S 5 i 1 30 i 15i 1 ∑( )1 i( )1 i11 i( )1 reSoluÇÃo: a) S 5 2i i 1 5 i 15i 1 ∑ O símbolo S significa somatório, ou seja, devemos efetuar a seguinte soma: S 5 2 ? 1 1 2 ? 2 1 2 ? 3 1 2 ? 4 1 2 ? 5 5 2 1 4 1 6 1 8 1 1 10 5 30 b) S 5 i 1 30 i 15i1 ∑( )1 i( )1 i11 i( )1 S 5 (1 1 1) 1 (1 1 2) 1 … 1 (1 1 29) 1 (1 1 30) 5 2 1 3 1 1 … 1 30 1 31 Assim, temos uma PA em que a 1 5 2 e a 30 5 31. Aplicando a fórmula, temos: S 5 1 ?(2 311 ?311 ?) 31 ?) 31 ? 0 2 5 495 eXerCÍCIoS reSolVIdoS Para CoNStruIr 13 Calcule as somas: a) dos trinta primeiros termos da PA (4, 10, …); a 1 5 4 e r 5 6 a 30 5 a 1 1 29r 5 4 1 29 ? 6 5 178 S 30 5 4 178 30 2 ( )1 S 30 5 2 730 b) dos vinte primeiros termos de uma PA em que o 1o termo é a 1 5 17 e r 5 4; n 5 20; a 1 5 17; r 5 4 a 20 5 a 1 1 19r 5 17 1 19 ? 4 5 93 S 20 5 17 93 20 2 ( )1 5 1 100 S 20 5 1 100 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 16 5/19/15 6:16 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 17 TAREFA PARA CASA: Para praticar: 24 a 32 Para aprimorar: 5 c) dos 200 primeiros números pares positivos; PA (2, 4, …) a 1 5 2; r 5 2; n 5 200 a 200 5 2 1 199 ? 2 5 400 S 200 5 2 400 200 2 ( )1 5 40 200 S 200 5 40 200 d) dos 50 primeiros múltiplos positivos de 5. PA (5, 10, …) a 1 5 5; r 5 5; n 5 50 a 50 5 5 1 49 ? 5 5 250 S 50 5 1( )5 250 50 2 5 6 375 S 50 5 6 375 14 (Uerj) Admita a realização de um campeonato de futebol no qual as advertências recebidas pelos atletas são representa- das apenas por cartões amarelos. Esses cartões são converti- dos em multas, de acordo com os seguintes critérios: os dois primeiros cartões recebidos não geram multas; o terceiro cartão gera multa de R$ 500,00; os cartões seguintes geram multas cujos valores são sem- pre acrescidos de R$ 500,00 em relação ao valor da multa anterior. Na tabela, indicam-se as multas relacionadas aos cinco pri- meiros cartões aplicados a um atleta. Cartão amarelo recebido Valor da multa (R$) 1o 2 2o 2 3o 500 4o 1 000 5o 1 500 Considere um atleta que tenha recebido 13 cartões amarelos durante o campeonato. O valor total, em reais, das multas geradas por todos esses cartões equivale a: b a) 30 000 b) 33 000 c) 36 000 d) 39 000 As multas relacionadas formarão uma PA de 11 termos e de razão 500 (500, 1 000, 1 500, ... , a 11 ), em que a 11 5 500 1 10 ? 500 5 5 500 Calculando a soma dos 11 primeiros termos dessa PA, temos: 5 1 ? 5 ( ) S 500 5500 11 2 33000 15 (UEPB) Melhorando-se o nível de alimentação da população, as condições sanitárias das casas e ruas, promovendo-se a vaci- nação das crianças e o pré-natal, é possível reduzir o índice de mortalidade infantil em determinada cidade. Considerando-se que o gráfico a seguir representa o número de crianças que foram a óbito a cada ano, durante dez anos, e que os pontos do gráfico são colineares, podemos afirmar corretamente que o total de crianças mortas nesse intervalo de tempo foi de: b y x (Ano)10 56 23 45 6 78910 N ú m e ro d e ó b it o s a) 224. b) 280. c) 324. d) 300. e) 240. A sequência é uma PA de 10 termos, pois sua variação é constante e, no gráfico, os pontos pertencem a uma mesma reta. PA (56, , , , , , , , , 0) A soma dos 10 primeiros termos da PA será dada por: 5 1 ? 5 ( ) S 56 0 10 2 28010 16 (Uece) Se n é a soma dos 2013 primeiros números inteiros positivos, então o algarismo das unidades de n é igual a: a a) 1. b) 3. c) 5. d) 7 5 1 ? 5 ?n 1 2013 2013 2 1007 2013 ( ) Não há a necessidade de se realizar a multiplicação, pois, como 7 ? 3 5 5 21, já teremos que o último algarismo de n será 1. 17 (PUC-RJ) A soma de todos os números naturais pares de três algarismos é: c a) 244 888. b) 100 000. c) 247 050. d) 204 040. e) 204 000. a n 5 a 1 1 (n 2 1)r 998 5 100 1 (n 2 1)2 998 5 100 1 2n 2 2 998 5 98 1 2n 2n 5 900 n 5 450 O resultado pedido corresponde à soma dos termos da PA (100, 102,..., 998), ou seja, 1 ? 5 100 998 2 450 247050 18 (Cefet-RJ) Disponha os números 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 nas casas do tabuleiro abaixo de modo que: o número 9 ocupe a casa central, os números da primeira linha sejam todos ím- pares e a soma dos números de cada linha e cada coluna seja sempre a mesma. 2 7 6 5 9 1 3 4 8 Calculando a soma de todos os naturais de 1 ao 9, temos: 1 ? 5 ( )1 9 9 2 45. Portanto, a soma de cada linha e de cada coluna será 5;45 3 15. En em C-5 H-2 1 En em C-6 H-2 5 En em C-5 H-2 1 En em C-6 H-2 5 En em C-5 H-2 1 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 17 5/19/15 6:17 PM 18 Progressões e matrizes ProgreSSÃo geomÉtrICa (Pg) A taxa de crescimento relativo de uma grandeza é dada pela razão entre o seu aumento e seu valor inicial. Assim, uma grandeza que passa do valor a para o valor b apresenta taxa de crescimento relativo valendo 2b a a . Por exemplo, a taxa de crescimento relativo de uma grandeza que passa do valor 5 para o valor 8 é igual a 60%, pois 2 5 8 5 5 3 5 5 0,60 5 60%. Neste item, trataremos de sequências que variam com taxa de crescimento relativo constante. Examine, por exemplo, a seguinte situação-problema: Em 2007, uma empresa produziu 200 000 unidades de certo produto. Quantas unidades pro- duzirá no período de 2007 a 2012 se o aumento de produção anual for sempre de 10% em relação ao ano anterior? Esquematizamos o problema da seguinte forma: produção em 2007 5 200 000 produção em 2008 5 produção em 2007 ? 1,10 5 200 000 ? 1,10 5 220 000 produção em 2009 5 produção em 2008 ? 1,10 5 220 000 ? 1,10 5 242 000 produção em 2010 5 produção em 2009 ? 1,10 5 242 000 ? 1,10 5 266 200 produção em 2011 5 produção em 2010 ? 1,10 5 266 200 ? 1,10 5 292 820 produção em 2012 5 produção em 2011 ? 1,10 5 292 820 ? 1,10 5 322 102 Nessas condições, a produção anual, nesse período, será representada pela sequência (200 000, 220 000, 242 000, 266 200, 292 820, 322 102). Notamos que, nessa sequência, cada termo, a partir do segundo, é obtido com a multiplicação do termo anterior por um número fixo (no caso, 1,10), ou seja, a produção anual teve uma taxa de crescimento relativo constante de 10% em relação ao ano anterior. Sequências com esse tipo de lei de formação são chamadas progressões geométricas. No exemplo dado, o valor 1,10 é chamado de razão da progressão geométrica (PG) e é indicado por q (no exemplo, q 5 1,10). Dizemos que os termos dessa sequência estão em PG. definição Progressão geométrica (PG) é toda sequência de números não nulos na qual é constante o quociente da divisão de cada termo (a partir do segundo) pelo termo anterior. Esse quociente constante é chamado razão (q) da progressão. Ou seja, uma PG é uma sequência na qual a taxa de crescimento relativo de cada termo para o seguinte é sempre a mesma. Exemplos: 1o) A sequência (2, 10, 50, 250) é uma PG de quatro termos, em que o 1o termo é a 1 5 2 e a razão é q 5 5. Observe que: a 1 5 2; a 2 5 2 ? 5; a 3 5 10 ? 5; a 4 5 50 ? 5 250 : 50 5 5; 50 : 10 5 5; 10 : 2 5 5 → quociente constante 5 5 (razão) a taxa de crescimento relativo de a para b é dada por 2b a a . Nesse exemplo: i 5 210 2 2 5 8 2 5 4 5 400% Logo, q 5 1 1 i 5 1 1 4 5 5. 2o) A sequência (6, 212, 24, 248, 96) é uma PG de cinco termos, na qual a 1 5 6 e q 5 22, pois: a 1 5 6 a 2 5 212 5 6(22), ou seja, a 2 5 a 1 ? (22) a 3 5 24 5 (212)(22), ou seja, a 3 5 a 2 ? (22) a 4 5 248 5 24(22), ou seja, a 4 5 a 3 ? (22) a 5 5 96 5 (248)(22), ou seja, a 5 5 a 4 ? (22) Se uma grandeza tem taxa de crescimento relativo igual a i, o novo valor é obtido fazendo (1 1 i) vezes o valor anterior. No exemplo, (1 1 i) 5 (1 1 0,10) 5 5 1,10 ou 1,1. Para reFletIr Aumentar uma vez é aumentar 100%, aumentar duas vezes é au- mentar 200% e assim por diante. Para reFletIr 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 18 5/19/15 6:17 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 19 Ou de modo equivalente: 212 : 6 5 22; 24 : (212) 5 22; 248 : 24 5 22; 96 : (248) 5 22 → quociente cons- tante 5 22 (razão) taxa de crescimento relativo:i 5 2 212 6 6 5 2 18 6 5 23 5 2300% Logo, q 5 1 1 i 5 1 1 (23) 5 22. 3o) A sequência (1, 3, 9, 27, 81, …) é uma PG infinita na qual a 1 5 1 e q 5 3, pois: a 1 5 1 a 2 5 3 5 1 ? 3, ou seja, a 2 5 a 1 ? 3 a 3 5 9 5 3 ? 3, ou seja, a 3 5 a 2 ? 3 a 4 5 27 5 9 ? 3, ou seja, a 4 5 a 3 ? 3, etc. Taxa de crescimento relativo: i 5 23 1 1 5 2 5 200%. Logo, q 5 1 1 2 5 3. 4o) A sequência (10, 10, 10) é uma PG de três termos, em que o 1o termo é 10 e a razão é 1, pois: a 1 5 10 a 2 5 10 5 10 ? 1, ou seja, a 2 5 a 1 ? 1 a 3 5 10 5 10 ? 1, ou seja, a 3 5 a 2 ? 1 Taxa de crescimento relativo: i 5 2 5 10 10 10 0 10 5 0 5 0% Logo, q 5 1 1 0 5 1. Observações: 1a) De modo geral, observamos que uma sequência (a 1 , a 2 , a 3 , …, a n , …) com a 1 Þ 0 é uma PG de razão q Þ 0 quando: a 2 5 a 1 ? q ⇒ a a 2 1 5 q a 3 5 a 2 ? q ⇒ a a 3 2 5 q a 4 5 a 3 ? q ⇒ a a 4 3 5 q A a n 5 a n 2 1 ? q ⇒ 2 a a n n 1 5 q Comparando, temos: 5 5 5 5 5 2 a a a a a a … a a 2 1 3 2 4 3 n n 1 q, com q 5 1 1 i, em que i 5 2 2 2 a a a n n 1 n 1 (a n 2 1 Þ 0) é a taxa de crescimento relativo dos termos. 2a) Da definição decorre que, se a r , a s e a p estão em PG, então: 5 a a a a s r p s ⇒ as 2 5 a r ? a p Dados três termos consecutivos de uma PG, o termo do meio é a média geométrica dos outros dois. ClaSSIFICaÇÃo daS ProgreSSÕeS geomÉtrICaS Dependendo da razão q, uma PG pode ser: Crescente: a PG é crescente quando q . 1 e os termos são positivos, ou quando 0 , q , 1 e os termos são negativos. Por exemplo: (2, 6, 18, 54, …) com q 5 3 (240, 220, 210, 25, …) com q 5 1 2 Decrescente: a PG é decrescente quando 0 , q , 1 e os termos são positivos, ou quando q . 1 e os termos são negativos. Veja os exemplos: 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 19 5/19/15 6:17 PM 20 Progressões e matrizes (200, 100, 50, 25, …), em que q 5 1 2 (24, 212, 236, 2108, …), em que q 5 3 Constante: a PG é constante quando q 5 1. Veja: (10, 10, 10, …), em que q 5 1 (25, 25, 25, …), na qual q 5 1 Alternante: a PG é alternante quando q , 0. Por exemplo: (4, 28, 16, 232, …), em que q 5 22 (281, 27, 29, 3, …), na qual q 5 2 1 3 representações especiais Também podemos recorrer a algumas representações especiais de PG, principalmente se o produto dos termos for conhecido. As principais são: três termos em PG: x q , x, xq quatro termos em PG: x y , x y , xy, xy 3 3 Nesse caso, temos q 5 y2. cinco termos em PG: x q , x q , x, xq, xq 2 2 eXerCÍCIoS reSolVIdoS 19 Verifique se a sequência (5, 15, 45, 135, 405) é uma PG. reSoluÇÃo: 15 5 5 3 45 15 5 3 135 45 5 3 405 135 5 3 Logo, a sequência é uma PG de razão 3. 20 A sequência 1 2 , 1 6 , … é uma PG infinita. Determine a razão dessa PG e a taxa de crescimento dos seus termos. reSoluÇÃo: a 1 2 a 1 6 1 2 5 5 q 5 a a 2 1 ⇒ q 5 1 6 1 2 ⇒ q 5 ? 5 1 6 2? 52? 5 1 3 Logo, q 1 3 5 . Taxa de crescimento: i 5 1 6 1 2 1 2 2 5 1 3 1 2 2 5 2 5 2 3 5 20,66... . 266,66% 21 Determine o 8o termo de uma PG na qual a 4 5 12 e q 5 2. a 4 a 5 ? q ? q ? q ? q a 6 a 7 a8 Então: a 8 5 a 4 ? q4 ⇒ a 8 5 12 ? (2)4 ⇒ a 8 5 12 ? 16 ⇒ ⇒ a 8 5 192 Portanto, o 8o termo da PG é 192. 22 A população de um país é atualmente igual a P 0 e cresce 3% ao ano. Qual será a população desse país daqui a t anos? reSoluÇÃo: Como a população cresce 3% ao ano, a cada ano a população é 103% da do ano anterior. Logo, a cada ano a população é multiplicada por 103% 5 1,03. Após t anos, a população será P 0 ? (1,03)t. Nesse caso, temos a PG: P 0 , P 0 ? (1,03), P 0 ? (1,03)2, P 0 ? (1,03)3, …, P 0 ? (1,03)t, … de razão 1,03. 23 Um tanque tem capacidade C 0 de água. Abre-se o tampão e essa capacidade decresce 4% por minuto. Qual será a capaci- dade desse tanque daqui a t minutos? Como são os termos da PG al- ternante? Para reFletIr 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 20 5/19/15 6:17 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 21 reSoluÇÃo: Como a capacidade diminui 4% por minuto, em cada minuto a capacidade equivalerá a 96% da capacidade do minuto an- terior. Assim, a cada minuto que passa, a capacidade é mul- tiplicada por 96% 5 0,96. Depois de t minutos, a capacidade do tanque será de C 0 ? 0,96t. Nesse caso, a PG seria C 0 , C 0 ? 0,96, C 0 ? (0,96)2, C 0 ? (0,96)3, …, C 0 ? ? (0,96)t, … de razão 0,96. 24 Três números estão em PG de forma que o produto deles é 729 e a soma é 39. Calcule os três números. reSoluÇÃo: Nesse tipo de problema sobre PG com três termos conse- cutivos, é conveniente representar a sequência na forma x q , x, xq , em que o termo médio é x e a razão é q. Assim, temos o seguinte sistema de equações: x qq x x qq 729 x q x xq 39 x 729 x q x xq 39 3? ?x x? ?x x 5 1 1x x1 1x xq 35q 3 5 1 1x x1 1x xq 35q 3 ⇒ Da 1a equação, temos: x3 5 729 ⇒ x 5 7293 ⇒ x 5 9 Substituindo na outra equação, temos: 9 q 1 9 1 9q 5 39 ⇒ 9 1 9q 1 9q2 5 39q ⇒ 9q2 2 30q 1 9 5 5 0 ⇒ 3q2 2 10q 1 3 5 0 Δ 5 (210)2 2 4(3)(3) 5 64 q 5 ±10 8 6 ⇒ q' 5 3 e q" 5 1 3 Então, para x 5 9 e q 5 3, temos: 1 n1 número: x q 9 3 3 2 n2 número: x 9 3 n3 número: xq 9 3 27 o1 no1 n o2 no2 n o3 no3 n 5 55 5 x 95x 9 5 ?9 35 ?9 35 Para x 5 9 e q 5 1 3 , temos: 1 n1 número: x q 9 1 3 27 2 n2 número: x 9 3 n3 número: xq 9 1 3 3 o1 no1 n o2 no2 n o3 no3 n 5 55 5 x 95x 9 5 ?95 ? 5 Portanto, os números procurados são 3, 9 e 27. TAREFA PARA CASA: Para praticar: 33 a 36 Para aprimorar: 6 TAREFA PARA CASA: Para praticar: 1 a 10 Para CoNStruIr 19 A torcida de um determinado clube é atualmente dada por P 0 , mas está diminuindo 3% ao ano. Se esse fato continuar a ocorrer, qual será a torcida desse clube daqui a t anos? Como a torcida diminui 3% ao ano, a cada ano a torcida é igual a 97% da torcida do ano anterior. Logo, a cada ano a torcida é multiplicada por 97% 5 0,97. Após t anos, a torcida será P 0 ? (0,97)t. 20 (PUC-RJ) João tem três filhas. A filha mais velha tem oito anos a mais que a do meio, que por sua vez tem sete anos a mais que a caçula. João observou que as idades delas formam uma progressão geométrica. Quais são as idades delas? PG x q , x, xq 5 1 5 1 5 1 5 1 2 5 5 2 ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ xq x 8 q x 8 x x x q 7 xq x 7q q xq 7q x q x x 7 1 5 2 x 8 x x x 7 ⇒ x2 5 x2 1 x 2 56 ⇒ x 5 56 x 1 8 5 64 e x 2 7 5 49 Logo, as filhas de João têm 49, 56 e 64 anos. En em C-1 H-1 En em C-5 H-2 1 En em C-1 H-1 En em C-5 H-2 1 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 21 5/19/15 6:17 PM 22 Progressões e matrizes Fórmula do termo geral de uma Pg Em uma PG (a 1 , a 2 , a 3 , …, a n , …) de razão q, para avançar um termo a partir do 1o termo, basta multiplicar o 1o termo pela razão q (a 2 5 a 1 q); para avançar dois termos, basta multiplicar o 1o termo pelo quadrado da razão q (a 3 5 a 1 q2); para avançar três termos basta multiplicar o 1o termo pelo cubo da razão q (a 4 5 a 1 q3); e assim por diante. Desse modo, encontramos o termo de ordem n, denominado termo geral da PG, que é dado por: a n 5 a 1 qn 2 1 , pois, ao passar de a 1 para a n , avançamos (n 2 1) termos. Nessa fórmula: a n é o termo geral; n é o número de termos (até a n ); a 1 é o 1o termo; q é a razão. Observações: 1a) Note que a 10 5 a 3 q7, pois, aopassar de a 3 para a 10 , avançamos 7 termos; a 5 5 a q 9 4 , pois, ao passar de a 9 para a 5 , retrocedemos 4 termos; e assim por diante. Dessa forma, podemos estender a definição do termo geral para: a n 5 a k ? qn 2 k , pois, ao passar de a k para a n , avançamos (n 2 k) termos. 2a) Observe a PG finita (a 1 , a 2 , a 3 , a 4 ). Nela, os termos a 2 e a 3 são equidistantes dos extremos a 1 e a 4 . a 2 ? a 3 5 a 1 q ? a 3 5 a 1 ? a 3 q 5 a 1 ? a 4 Isso é válido de modo geral, e dizemos que, numa PG finita, o produto de dois termos equidis- tantes dos extremos é igual ao produto dos extremos. Generalizando, temos que: a m ? a n 5 a k ? a p se m 1 n 5 p 1 k. Consequentemente, considerando-se três termos consecutivos (…, a k 2 1 , a k , a k 1 1 , …), temos que: ak 2 5 a k 2 1 ? a k 1 1 , pois k 1 k 5 k 2 1 1 k 1 1. 3a) Muitas vezes é conveniente colocar o 1o termo como a 0 e não a 1 , ficando o termo geral da PG dado por a n 5 a 0 ? qn. Temos um exemplo dessa conveniência na resolução do seguinte problema: se o número de sócios de um clube hoje é 2 000 e cresce 5% ao ano, quantos sócios esse clube terá em 3 anos? Temos uma PG com a 0 5 2 000 e razão q 5 1 1 i 5 1 1 0,05 5 1,05. Após 3 anos, o clube terá a 3 5 a 0 ? q3 5 2 000(1,05)3 . 2 315 sócios. 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 22 5/19/15 6:17 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 23 25 Dê a fórmula do termo geral da PG (2, 4, …). reSoluÇÃo: Na PG dada, temos a 1 5 2 e q 5 2. a n 5 a 1 ? qn 2 1 ⇒ a n 5 2 ? 2n 2 1 ⇒ a n 5 21 1 n 2 1 ⇒ a n 5 2n Logo, o termo geral da PG dada é a n 5 2n. 26 Calcule o 1o termo de uma PG em que a 4 5 375 e q 5 5. reSoluÇÃo: Dados: a 375 q 5 n 4 4 5 q 55q 5 n 45n 4 a 4 5 a 1 ? q3 ⇒ 375 5 a 1 ? 53 ⇒ 125a 1 5 375 ⇒ a 1 5 3 Portanto, a 1 5 3. 27 Numa PG crescente, o 1o termo é 3 e o 5o termo é 30 000. Qual é o valor da razão q nessa PG? reSoluÇÃo: Dados: a 3 a 30000 n 5 1a 31a 3 5a 35a 3 a 35a 3 a 35a 3 n 55n 5 a 5 5 a 1 ? q4 ⇒ 30 000 5 3 ? q4 ⇒ q4 5 10 000 ⇒ ⇒ q 5 ± 100004 ⇒ q 5 ±10 Então, como a PG é crescente, q 5 10. 28 Quantos elementos tem a PG (8, 32, …, 231)? reSoluÇÃo: Dados: a 8 a 2 q 4 1a 81a 8 na 2na 2 31 a 85a 8 a 25a 2 q 45q 4 a n 5 a 1 ? qn 2 1 ⇒ 231 5 8 ? 4n 2 1 ⇒ 231 5 23 ? 22n 2 2 ⇒ 231 5 5 23 1 2n 2 2 ⇒ 231 5 22n 1 1 ⇒ 2n 1 1 5 31 ⇒ 2n 5 30 ⇒ n 5 15 Logo, a PG tem 15 termos. 29 Quais são as progressões geométricas de termos reais em que a 7 5 20 e a 3 5 320? reSoluÇÃo: a 7 5 a 3 ? q4 ⇒ 20 5 320q4 ⇒ q4 5 20 320 ⇒ q4 5 1 16 ⇒ q 5 5 1 16 4 ⇒ q 5 ± 1 2 Vamos determinar a 1 : para q 5 1 2 a 3 5 a 1 ? q2 ⇒ 320 5 a 1 1 2 2 ⇒ 320 5 a 1 ? 1 4 ⇒ a 1 5 1 280 para q 5 21 2 a 3 5 a 1 ? q2 ⇒ 320 5 a 1 21 2 2 ⇒ ⇒ 320 5 a 1 ? 1 4 ⇒ a 1 5 1 280 Então, as progressões procuradas são duas: (1 280, 640, 320, …) quando q 5 1 2 (PG decrescente); (1 280, 2640, 320, …) quando q 5 1 2 2 (PG alternante). 30 Numa PG, a soma do 3o e do 5o termos é igual a 360 e a soma do 4o e do 6o termos é igual a 1 080. Determine a razão e o 1o termo dessa PG. reSoluÇÃo: a a q a a q 3 1a a3 1a a 2 5 1a a5 1a a 4 5 ?a a5 ?a a 5 ?a a5 ?a a ⇒ a3 1 a5 5 a1 ? q 2 1 a 1 ? q4 ⇒ a 1 (q2 1 q4) 5 5 360 (I) a a q a a q 4 1a a4 1a a 3 6 1a a6 1a a 5 5 ?a a5 ?a a 5 ?a a5 ?a a ⇒ a4 1 a6 5 a1 ? q 3 1 a 1 ? q5 ⇒ a 1 ? q(q2 1 q4) 5 5 1 080 (II) Dividindo membro a membro (I) e (II), temos: a qa q a qa q 1a q1a q 1a q1a q? 1a q? 1a q ( )( )a q( )a qa q( )q( )2 4( )2 4( )q2 4( )( )2 4q2 4( )( )2 41( )1( )2 412 4( )( )1 ( )( )q q( )q q( )2 4( )2 4( )q q2 4( )( )2 4q q2 4( )2 4? 1( )? 1q q? 1q q( )? 1q q? 1q q( )? 12 4? 12 4( )( )? 1q q2 4q q? 1q q? 12 4( )2 4q q? 1? 12 4 5 360360 11080080 1 3 ⇒ 1 q 5 1 3 ⇒ q 5 3 Vamos calcular a 1 : a 1 (q2 1 q4) 5 360 ⇒ a 1 (32 1 34) 5 360 ⇒ a 1 ? 90 5 360 ⇒ ⇒ a 1 5 4 Portanto, na PG dada, a 1 5 4 e q 5 3. 31 Suponha que o valor de um carro diminui sempre 30% em relação ao valor do ano anterior. Sendo V o valor do carro no primeiro ano, qual será o seu valor no oitavo ano? reSoluÇÃo: Valor no 1o ano 5 V Valor no 2o ano 5 70% de V 5 0,7V (diminuição de 30%) Valor no 3o ano 5 70% de (0,7V) 5 0,7(0,7V) 5 (0,7)2V Temos então uma PG na qual a 1 5 V e q 5 0,7. Devemos calcular a 8 : a n 5 a 1 ? qn 2 1 ⇒ a 8 5 a 1 ? q7 ⇒ a 8 5 V(0,7)7 Logo, o valor do carro no 8o ano será (0,7)7V. eXerCÍCIoS reSolVIdoS 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 23 5/19/15 6:17 PM 24 Progressões e matrizes TAREFA PARA CASA: Para praticar: 37 a 43 Para aprimorar: 7 e 8 TAREFA PARA CASA: Para praticar: 1 a 10 Para CoNStruIr 21 (PUC-RJ) A Copa do Mundo, dividida em cinco fases, é dis- putada por 32 times. Em cada fase, só metade dos times se mantém na disputa pelo título final. Com o mesmo critério em vigor, uma competição com 64 times iria necessitar de quantas fases? b a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 e) 9 O número de times em cada fase corresponde aos termos da PG (64, 32,..., 2). Logo, sendo n o número de fases pedido, temos: 2 64 1 2 2 2 n 6 n 1 1 n 5 5 ? 5 5 ⇒ ⇒ 2 2 2 22 Numa PG crescente, a 2 2 a 1 5 30 e o primeiro termo a 1 é igual ao quíntuplo da razão q. Calcule a 1 e q. a 1 5 15; q 5 3 2 5 5{a a 30a 5q2 11 ⇒ 2 55{a q a 30a 5q1 11 5q ? q 2 5q 5 30 ⇒ 5q2 2 5q 2 30 5 0 ⇒ q2 2 q 2 6 5 0 Δ 5 25 q 5 ±1 5 2 ⇒ q' 5 3 e q" 5 22 (não convém, pois a PG é crescente) a 1 5 5 ? 3 5 15 23 (Uema) Considere a seguinte situação sobre taxas de juros no mercado financeiro, em que o cálculo é efetuado por uma composição de juros determinada pelo coeficiente (1 1 i)n, sendo i a taxa de juros e n o período (tempo). Esse coeficiente é multiplicado ou dividido, de acordo com a natureza da operação, do empréstimo ou da aplicação. O Sr. Borilo Penteado tomou um empréstimo de R$ 800,00 a juros de 5% ao mês. Dois meses depois, pagou R$ 400,00 e, um mês após o último pagamento, liquidou o débito. O valor do último pagamento, em reais, é de: e a) 1 282,00. b) 926,10. c) 882,00. d) 526,10. e) 506,10. 24 (UPF-RS) Nível I Nível II Nível III A sequência de figuras acima ilustra três passos da constru- ção de um fractal, utilizando-se como ponto de partida um triminó: o nível I é constituído de uma peça formada por três quadrados de 1 cm de lado cada, justapostos em for- ma de L. No segundo passo, substitui-se cada quadrado do fractal de nível I por um triminó, que tem os comprimentos dos lados de seus quadrados adequadamente ajustados à situação, de forma a se obter o fractal de nível II, confor- me ilustrado acima. No terceiro passo, obtém-se, a partir do fractal de nível II, também substituindo-se cada um de seus quadrados por um triminó com os lados de seus quadrados ajustados, o fractal de nível III. O processo continua dessa forma, sucessiva e indefinidamente, obtendo-se os fractais de níveis n 5 I, II, III, … Com base nessas informações, a partir de que nível a área da figura se torna menor que 1 cm2? c a) Nível III. b) Nível IV. c) Nível V. d) Nível VI. e) Nível VII. De acordo com o texto, as áreas formam uma PG de razão 3 4 , repre- sentada pela sequência abaixo: 3, 9 4 , 27 16 , 81 64 , 243 256 , ... Como 243 < 256, concluímos que, a partir do nível V, a área da figura se torna menor que 1. 25 (Uema) Numa plantação tomada por uma praga de gafanho- tos, foi constatada a existência de 885 735 gafanhotos. Para dizimar a praga, foi utilizado um produto químico em uma técnica cujo resultado foi de 5 gafanhotos infectados, que morreram logo no 1o dia. Ao morrerem,já haviam infectado outros gafanhotos. Dessa forma, no 1o dia, morreram 5 ga- fanhotos; no 2o dia, morreram mais 10; no 3o dia, mais 30 e assim sucessivamente. Verificando o número de mortes acumulado, determine em quantos dias a praga de gafanhotos foi dizimada. O número total de gafanhotos mortos após n dias constitui a PG (5, 15, 45, …, 5 ? 3n 2 1, …). Daí, temos: q 5 3 e 5 ? 3n 2 1 5 885 735 ⇒ 3n 2 1 5 177 147 ⇒ ⇒ 3n 2 1 5 311 ⇒ ⇒ n 5 12 Portanto, a praga foi dizimada em 12 dias. En em C-5 H-2 1 En em C-1 H-1 En em C-5 H-2 1 O montante da dívida após 2 meses é 800 ? (1 1 0,05)2 5 R$ 882,00. Pagando R$ 400,00, o saldo devedor fica em 882 2 400 5 R$ 482,00. Portanto, o valor do último paga- mento é igual a: 482 ? (1 1 0,05) 5 R$ 506,10. En em C-1 H-2 En em C-2 H-8 En em C-1 H-1 En em C-5 H-2 1 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 24 5/19/15 6:17 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 25 Já vimos que o termo geral de uma PG é dado por a n 5 a 1 ? qn 2 1 ou por a n 5 a 0 ? qn quando começamos a enumeração dos termos por a 0 . Nesse caso, podemos pensar em uma PG como uma função que associa a cada número natural n o valor dado por a n 5 a 0 ? qn. Essa função é a restrição aos números naturais da função exponencial a(x) 5 a 0 qx. O gráfico dessa função é formado por uma sequência de pontos pertencentes ao gráfico de uma função exponencial. 0 1 2 3 x a 0 a 1 a 2 a 3 a(x) Veja o exemplo a seguir de a n 5 a 0 ? qn, com a 0 5 1 4 e q 5 3, e o esboço do gráfico da função correspondente: PG 1 4 , 3 4 , 9 4 , 27 4 , … 0 1 2 3 4 n 1 2 3 4 5 6 7 3 4 1 4 a n 9 4 27 4 INterPretaÇÃo geomÉtrICa de uma ProgreSSÃo geomÉtrICa INterPolaÇÃo geomÉtrICa Vamos considerar o seguinte problema: No primeiro semestre de 2007, a produção mensal de uma indústria cresceu em PG. Em janeiro, a produção foi de 1 500 unidades e, em junho, foi de 48 000 unidades. Qual foi a produção dessa indústria nos meses de fevereiro, março, abril e maio? Nessas condições, o problema consiste em formar uma PG em que: 5 5 5 a (produção em janeiro) 1500 a (produção em junho) 48000 n 6 1 n Devemos inicialmente calcular o valor da razão q: a n 5 a 1 ? qn 2 1 ⇒ 48 000 5 1 500 ? q5 ⇒ q5 5 32 ⇒ q 5 325 ⇒ ⇒ q 5 2 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 25 5/19/15 6:17 PM 26 Progressões e matrizes Então, temos: (1 500, 3 000, 6 000, 12 000, 24 000, 48 000) Daí podemos dizer que: 5 5 5 5 5 5 5 5 a produção em fevereiro 3000 a produção em março 6000 a produção em abril 12000 a produção em maio 24000 2 3 4 5 Na realidade, o que fizemos foi inserir ou interpolar quatro meios geométricos entre 1 500 e 48 000. eXerCÍCIoS reSolVIdoS 32 Insira três meios geométricos entre 3 e 48. reSoluÇÃo: Devemos formar a PG (3, ___, ___, ___, 48), na qual: a 1 5 3; n 5 2 1 3 5 5; a 5 5 48. a 5 5 a 1 ? q4 ⇒ 48 5 3q4 ⇒ q4 5 16 ⇒ q 5 ± 164 ⇒ q 5 ±2 Então, temos: para q 5 2, a PG crescente (3, 6, 12, 24, 48) para q 5 22, a PG alternante (3, 26, 12, 224, 48) 33 Quando interpolamos quatro meios geométricos entre 1 e 243, qual é a razão q da PG assim obtida? reSoluÇÃo: Devemos formar a PG (1, ___, ___, ___, ___, 243), na qual: a 1 n 6 a 243 1a 11a 1 6 a 15a 1 n 65n 6 5 a 6 5 a 1 ? q5 ⇒ 243 5 1q5 ⇒ q5 5 243 ⇒ q 5 2435 ⇒ q 5 3 Logo, a razão da PG é q 5 3. 34 Quantos meios geométricos precisamos inserir entre 1 16 e 64 de modo que a sequência obtida tenha razão 4? reSoluÇÃo: Nesse caso, temos: a 1 16 a 64 q 4 1 na 6na 6 5 a 65a 6 q 45q 4 Devemos então calcular n: a n 5 a 1 ? qn 2 1 ⇒ 64 5 1 16 ? 4n 2 1 ⇒ ⇒ 43 5 422 ? 4n 2 1 ⇒ 43 5 4n 2 3 ⇒ ⇒ n 2 3 5 3 ⇒ n 5 6 Então, a PG deve ter 6 termos, ou seja, precisamos inserir 4 meios geométricos. Soma doS n PrImeIroS termoS de uma Pg FINIta A soma dos n primeiros termos de uma PG (a n ) de razão q Þ 1 é S n 5 a 1 ? 2 2 1 q 1 q n . Demonstração: Consideremos a PG finita (a 1 , a 2 , a 3 , …, a n 2 1 , a n ) e seja S n a soma de seus termos: S n 5 a 1 1 a 2 1 a 3 1 … 1 a n 2 1 1 a n (I) Vamos multiplicar os dois membros dessa igualdade pela razão q, obtendo: qS n 5 a q1 a2 1 a q2 a3 1 a q3 a4 1 … 1 2 a qn 1 an 1 a n q ou qS n 5 a 2 1 a 3 1 a 4 1 … 1 a n 1 a n q (II) 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 26 5/19/15 6:17 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 27 Fazendo (I) 2 (II), obtemos: S n 2 qS n 5 a 1 2 a n q Como a n 5 a 1 qn 2 1, então a n q 5 a 1 qn 2 1q 5 a 1 qn, daí: S n (1 2 q) 5 a 1 2 a 1 qn ⇒ S n (1 2 q) 5 a 1 (1 2 qn) Portanto, S n 5 a 1 ? 2 2 1 q 1 q n , para q Þ 1. Essa fórmula também pode apa- recer assim: S n 5 a 1 ? q 1 q 1 nq 1nq 1q 12q 1 q 12q 1 , q Þ 1 Para reFletIr eXerCÍCIoS reSolVIdoS 35 Uma empresa produziu 10 000 unidades de certo produto em 2007. A cada ano seguinte, produzirá 20% a mais desse produto em relação ao ano anterior. Quantas unidades a em- presa produzirá no período de 2007 a 2011? reSoluÇÃo: 1a maneira Ano Produção (em unidades) 2007 10 000 2008 12 000 20% de 10 000 5 2 000 2009 14 400 20% de 12 000 5 2 400, etc. 2010 17 280 2011 20 736 No período de 2007 a 2011, a empresa produzirá: 10 000 1 1 12 000 1 14 400 1 17 280 1 20 736 5 74 416 unidades. As parcelas formam uma PG finita de razão q 5 1,20. Assim, a soma dos cinco primeiros termos é 74 416. 2a maneira: usando a fórmula Como temos uma PG na qual a 1 5 10 000, q 5 1,20 e n 5 5, temos: S n 5 a 1 ? 1 q 1 q n1 q21 q 1 q21 q ⇒ ⇒ S 5 5 10 000 ? 1 (21 (1,20) 1 121 1,20 5 5 5 10 000 ? 1,48832 0,20 2 2 5 74 416 Logo, no período de 2007 a 2011, a empresa produzirá 74 416 unidades desse produto. 36 A soma dos termos de uma PG finita é 728. Sabendo que a n 5 486 e q 5 3, calcule o primeiro termo dessa sequência. reSoluÇÃo: Nessa PG, conhecemos: S n 5 728, a n 5 486, q 5 3. Vamos aplicar a fórmula S n 5 a q a q 1 n 1a qn 1a q an 12 q 12q 1 para calcular a 1 : 728 5 486 3 a 3 1 1? 23 a? 23 a 3 123 1 ⇒ ⇒ 728 5 21458 a 2 1 ⇒ 1 458 2 a 1 5 1 456 ⇒ ⇒ a 1 5 1 458 2 1 456 ⇒ a 1 5 2 Portanto, o primeiro termo da PG dada é a 1 5 2. Observação: Se nas páginas 26 e 27 fizéssemos (II) 2 (I), obteríamos S n (q 2 1) 5 a n q 2 a 1 , ou seja, S n 5 a 1 ? a q a q 1 n 1a qn 1a q an 12 q 12q 1 , q Þ 1. 37 Calcule o valor de x na igualdade 10x 1 20x 1 … 1 1 280x 5 7 650, sabendo que os termos do 1o membro formam uma PG. reSoluÇÃo: Nesse caso, a 1 5 10x, q 5 2, a n 5 1 280x e S n 5 7 650. Inicialmente, vamos determinar n: a n 5 a 1 ? qn 2 1 ⇒ 1 280x 5 10x ? 2n 2 1 ⇒ 128 5 2n 2 1 ⇒ ⇒ 27 5 2n 2 1 ⇒ n 2 1 5 7 ⇒ n 5 8 S n 5 a (q 12q 1) q 12q 1 1a (1a ( nq 1nq 1 ⇒ ⇒ 7 650 5 210x(2 1) 2 122 1 8 ⇒ ⇒ 7 650 5 10x ? 255 ⇒ 7 650 5 2 550x ⇒ x 5 3 Logo, x 5 3. 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 27 5/19/15 6:17 PM 28 Progressões e matrizes O que acontece com a soma dos termos de uma PG infinita de ter- mos positivos e razão maior do que 1? Para reFletIr Essa sequência é uma PG? Para reFletIr lImIte da Soma doS termoS de uma Pg INFINIta Consideremos a sequência a n 5 1 n , com n [ N*, explicitada por: 1, 1 2 , 1 3 , 1 4 , 1 5 , 1 6 , 1 7 , 1 8 , 1 9 , 1 10 , … , 1 100 , … , 1 1000 , … , 1 n , … ou, ainda, em representação decimal: 1; 0,5; 0,333...; 0,25; 0,2; 0,16...; 0,142...; 0,125; 0,11...; 0,1; É ; 0,01; É; 0,001; É Observemos que, à medida que n cresce indefinidamente (tendendo a infinito), o termo a n 5 1 n tende a 0 (zero). Indicamos assim: n → ∞ ⇒ 1 n → 0 ou então assim: 5 → lim 1 n 0 n ∞ (Lê-se: o limitede 1 n quando n tende a infinito é igual a 0.) Nas PGs em que 0 , |q| , 1, a soma dos n primeiros termos tem um limite finito quando n ten- de a infinito. Nesse caso, qn aproxima-se de zero para n suficientemente grande, ou seja, → lim q 0. n ∞ n 5 Sabemos que S n 5 a 1 ? 2 2 1 q 1 q n , q Þ 1. Logo, 5 ? 2 2→ lim S a 1 0 1 qn ∞ n 1 , isto é: 5 2→ lim S a 1 qn ∞ n 1 , 0 , |q| , 1 Exemplo: Vamos calcular o limite da soma dos termos da seguinte PG: 1 1 1 1 1 1 1 2 1 4 1 8 1 16 … 1 2 …, n n [ N* Nesse caso, a 1 5 1 2 , e q 5 1 2 . Temos: → lim n ∞ S n 5 2 5 2 5 5 a 1 q 1 2 1 1 2 1 2 1 2 11 Logo, → ∞ lim n S n 5 1. Isso significa que, quanto maior for n, a soma 1 1 1 1 1 11 2 1 4 1 8 1 16 … 1 2 … n será mais próxima de 1. Curiosidade Há uma lenda que diz que um rei perguntou ao inventor do jogo de xadrez o que ele queria como recompensa por ter inventado esse jogo. E o inventor respondeu: “1 grão de trigo pela primeira casa, 2 grãos pela segunda, 4 pela terceira, 8 pela quarta, 16 pela quinta e assim por diante, sempre dobrando a quantidade a cada nova casa”. Como o tabuleiro de xadrez tem 64 casas, o inventor pediu a soma dos primeiros 64 termos da PG: 1, 2, 4, 8, 16, 32, …, de razão q 5 2: S n 5 a 1 ? 1 q 1 q n 2 2 5 1 ? 1 2 1 2 64 2 2 5 264 2 1 Fazendo esse cálculo, encontramos o gigantesco número de vinte algarismos: 18 446 744 073 709 551 615 Coitado do rei! Será que ele teria uma superfície suficientemente grande para conter uma plantação de trigo com esse número de grãos? 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 28 5/19/15 6:17 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 29 eXerCÍCIoS reSolVIdoS Veja uma interpretação geométrica desse fato considerando a área da região quadrada abaixo igual a 1. Inicialmente vamos colorir 1 2 dela, depois 1 4 , depois 1 8 e assim por diante. Con- tinuando esse procedimento indefinidamente, estaremos nos aproximando da área total da região quadrada, que é 1. S 5 1 2 ; S 2 5 1 2 1 4 3 4 1 5 ; S 3 5 1 2 1 4 1 8 7 8 1 1 5 1 2 , 3 4 , 7 8 , …tende a 1. Para reFletIr 38 Mostre que o limite da soma 0,6 1 0,06 1 0,006 1 …, quan- do o número de parcelas tende a infinito, é igual a 2 3 . reSoluÇÃo: 1a maneira Somando um número muito grande de termos dessa PG, encontramos aproximadamente a dízima periódica 0,6666... 5 5 6 9 5 2 3 . 1 0,6 0,06 0,006 0,0006 0,00006 0,66666... 2a maneira: calculando o limite Neste caso, a 1 5 0,6 e q 5 1 10 . Assim: lim n ∞→n ∞→n ∞ S n 5 a 1 q 0,6 1 1 10 6 10 9 10 6 9 2 3 1 1 q21 q 5 2 5 55 5 10 5 5 5 Portanto, lim n ∞→n ∞→n ∞ S n 5 2 3 . 39 Determine o limite da soma da PG infinita: 1 11 1 1 1 3 2 1 1 2 1 1 9 4 27 … reSoluÇÃo: As parcelas formam uma PG infinita na qual a 1 5 1 3 e q 5 2 9 1 3 5 2 3 . Como 2 3 , 1, podemos usar a fórmula lim n→ ∞ S n 5 a 1 q 1 1 q21 q : lim n→ ∞ S n 5 1 3 1 2 3 2 5 1 3 1 3 5 1 Logo, o valor procurado é 1. 40 Determine a fração geratriz: a) da dízima periódica simples 0,333... b) da dízima periódica composta 0,52121... reSoluÇÃo: a) 0,333... 5 0,3 1 0,03 1 0,003 1 … 5 5 1 11 1 1 3 10 3 1 1 3 1 1 100 3 1000 … As parcelas formam a PG infinita 3 10 , 3 10 , 3 10 ,… 2 3 , 2 3 10 2 3 ,… , na qual a 1 5 3 10 e q 5 1 10 . A fração correspondente a 0,333... é o limite da soma dessa PG infinita. lim n→ ∞ S n 5 a 1 q 3 10 1 1 10 3 10 9 10 3 9 1 3 1 1 q21 q 5 2 5 55 5 10 5 5 5 Logo, a fração procurada é 1 3 . 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 29 5/19/15 6:17 PM 30 Progressões e matrizes Para CoNStruIr b) 0,52121... 5 0,5 1 0,021 1 0,00021 1 … 5 5 15 1 5 5 1 5 5 1 10 21 1000 21 100000 …1 11 1 21 1 1 Observamos que a sequência 21 10 , 21 10 , 21 10 , … 3 5 , 3 5103 5 7 é uma PG infinita, na qual a 1 5 21 103 e q 5 1 102 : lim n→ ∞ S n 5 5 2 5 2 5 a 1 q21 q 21 10 1 1 10 21 1000 1 1 100 1 3 2 5 55 5 ? 5? 5 5 21 1000 5 5 1000 5 5 99 100 21 10001000 100100 99 21 990 7 330 10 1 Agora, vamos calcular: 0,52121... 5 5 10 7 330 165 7 330 172 330 86 165 1 51 5 7 1 5 1 5 55 5 Logo, a fração geratriz é 86 165 . 41 A medida do lado de um triângulo equilátero é 10. Unin- do-se os pontos médios de seus lados, obtém-se um se- gundo triângulo equilátero. Unindo-se os pontos médios dos lados desse novo triângulo equilátero, obtém-se um terceiro e assim por diante, indefinidamente. Calcule a soma dos perímetros de todos esses triângulos. reSoluÇÃo: Perímetro do 1o triângulo 5 30 Perímetro do 2o triângulo 5 15 Perímetro do 3o triângulo 5 15 2 : Devemos calcular a soma dos termos da PG infinita 30, 15, 15 2 , … , na qual a 1 5 30 e q 5 1 2 : lim n→ ∞ S n 5 a 1 q 30 1 1 2 30 1 2 1 1 q21 q 5 2 5 5 60 Portanto, a soma dos perímetros é 60. 26 Insira quatro meios geométricos entre 6 e 192. PG (6, , , , , 192) a 1 5 6 e a 6 5 192 a 6 5 a 1 ? q5 ⇒ 192 5 6q5 ⇒ q5 5 32 ⇒ q 5 2 PG (6, 12, 24, 48, 96, 192) 27 Entre os números 18 e x foram inseridos dois meios geométri- cos. Obteve-se, assim, uma PG de razão 3. Qual é o valor de x? PG (18, , , x) e q 5 3 a 4 5 a 1 ? q3 5 18 ? 33 5 486 x 5 486 28 Seja uma PG na qual o 1o termo é 2, o último é 256 e a soma dos termos é 510. Qual é o valor da razão dessa PG? a 1 5 2, a n 5 256, S n 5 510 510 5 2 2 256q 2 q 1 ⇒ 510(q 2 1) 5 256q 2 2 ⇒ 510q 2 510 5 256q 2 2 2 ⇒ 254q 5 508 ⇒ q 5 2 29 Uma pessoa aposta na loteria durante cinco semanas, de tal forma que, em cada semana, o valor da aposta é o dobro do valor da aposta da semana anterior. Se o valor da aposta da primeira semana foi R$ 60,00, qual será o total apostado após as cinco semanas? n 5 5, q 5 2, a 1 5 60 S 5 5 2 2 ( )60 2 1 2 1 5 5 ?60 31 1 5 1 860 R$ 1 860,00 En em C-5 H-2 1 En em C-5 H-2 1 En em C-5 H-2 1 En em C-5 H-2 1 2122802_SER1_EM_ALGE_CAD6_C01_01a37_PR_AL.indd 30 5/19/15 6:17 PM Progressões e matrizes M A T E M Á T IC A Á L G E B R A 31 TAREFA PARA CASA: Para praticar: 44 a 52 Para aprimorar: 9 e 10 30 Determine o valor da expressão 1 1 10 1 10 … 1 1 4 1 16 … 2 1 1 1 1 1 1 na qual o numerador e o denominador são os limites das somas de duas PGs infinitas. (I) a 1 5 1, q 5 1 10 → ∞ lim n S n 5 2 1 1 1 10 5 1 : 5 9 10 10 9 (II) a 1 5 1, q 5 1 4 → ∞ lim n S n 5 2 1 1 1 4 5 1 : 5 3 4 4 3 Dividindo (I) por (II), vem 5 ? 5 10 9 4 3 10 9 3 4 5 6 5 3 1 2 31 (Vunesp) Uma partícula em movimento descreve sua trajetó- ria sobre semicircunferências traçadas a partir de um ponto P 0 , localizado em uma reta horizontal r, com deslocamento sempre no sentido horário. A figura mostra a trajetória da partícula, até o ponto P 3 , em r. Na figura, O, O 1 e O 2 são os centros das três primeiras semicircunferências traçadas e R, R 2 e R 4 , seus respectivos raios. O r R O 1 P 0 P 1 P 2 P 3 O 2 R 2 R 4 A trajetória resultante do movimento da partícula será obtida repetindo-se esse comportamento indefinidamente, sendo o centro e o raio da n-ésima semicircunferência dados por O n e R R 2 n n 5 respectivamente, até o ponto P n , também em r. Nessas condições, o comprimento da trajetória descrita pela partícula, em função do raio R, quando n tender ao infinito, será igual a: e a) 22 ? p ? R. b) 23 ? p ? R. c) 2n ? p ? R. d) 7 4 R? p? e) 2 ? p ? R. Como o comprimento de uma circunferência de raio r é dado por 2pr, o comprimento de uma semicircunferência é pr. Seja C n o comprimento da trajetória. Temos 5p? 1p? 1p? 1 1p?…C R R 2 R 4 R 2 n n , que corresponde
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