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CIÊNCIA POLÍTICA - aula 02
Formas de governo
Professora: Alana Caroline Mossoi
FORMAS DE GOVERNO
1. Conceito: governar é administrar o Estado, mediante a utilização de recursos públicos para
satisfazer a vontade do povo.
Ex. saúde, educação.
- Duas grandes formas de governo: República e Monarquia.
- O governo é exercido pelo Poder Executivo.
- Leis existem para controlar o governo.
2. Classificações:
2.1. Quanto a sua origem – como o direito vai nascer
a) De direito: nascem de acordo com o ordenamento jurídico que o Estado previamente
decidiu; de acordo com as regras.
Ex. eleições.
b) De fato: surge sem a implantação de regras anteriores; surge por mecanismos de força.
2.2. Quanto ao desenvolvimento
a) legal: se desenvolve na legalidade; de acordo com o ordenamento jurídico.
Estado atua de acordo com o que a própria lei diz/autoriza.
b) despótico: não segue o princípio da legalidade, mas a vontade do governante naquele
momento.
- Forma de governo mais simples.
- Ex. senhores de escravos.
2.3. Quanto a extensão do poder
Quais os limites que o poder/o governo tem?
Serve para explicar o que o governo pode ou não fazer
a) constitucional: os limites estão na CF. Limites do PJ, PL, PE.
b) absolutista: concentra todo o poder na mão do governante.
Não há divisão de funções.
3. Formas de governo segundo Aristóteles
3.1) normais
a) Monarquia (honra)
Poder é concentrado não mão e uma única pessoa.
Passado de forma hereditária.
Modelo absoluto de monarquia: o poder do rei é ilimitado. Decide sobre tudo e sobre todos.
Modelo constitucional ou parlamentarista: o poder é exercido pelo primeiro-ministro.
b) Aristocracia (moderação)
Governo controlado por poucos. Não havia distinção entre nobreza e pobres.
Ex. cidade de Esparta
Esse termo está em desuso hoje.
c) Democracia (virtude)
Ex. ilha. Deveria governar pensando no bem de todos e da ilha.
Para Aristóteles: um governo, como representante maior do grupo, se ele não atende o
bem-social daquele grupo de pessoa ira leva-lo à ruína.
3.2. anormais
a) Tirania
É a pior forma de governo.
b) Oligarquia
c) Demagogia (Demos – povo + Agos – orador).
 
Formas normais (puras)
Formas anormais (impúras)
Governo de um só
Monarquia
Tirania
Governo de uma classe
Aristocracia
Oligarquia
Governo de muitos
Democracia
Demagogia
Governo de um só: é permitido, desde que o governo seja voltado para o povo.
Governo de uma classe: Para Aristóteles pode existir esse governo e dar certo.
Governo de muitos: coletividade se governa
Aristóteles defende as formas normais (puras) e as anormais (impuras) devem ser combatidas.
Formas anormais seriam uma espécie de governo egoísta/só para seus interesses.
Tirania: o interesse do governo é o seu próprio e depois do povo.
Oligarquia: interesse de uma classe só.
E a formação de grupos oligárquicos?
Dentro do grupo sempre há outro grupo.
Ex. advogados.
Demagogia: aparentemente democrática, mas com uma pessoa que manipula as massas para
se perpetuar no poder e ajudar as pessoas mais próximas de si.
Para Aristóteles, o que diferencia um bom de um mau governo é se o governante visa ou não o
bem comum ou o seu próprio interesse.
4. Formas de governo segundo Maquiavel
Monarquia
República
Poder hereditário
Poder eletivo
Poder vitalício
Poder temporário
Poder singular
Poder plural
Nas monarquias absolutas: Poder ilimitável, indivisível e irresponsável.
Nas formas regulares de república: Poder limitado, divisível e responsável.
Se o presidente morre. Quem assume?
Poder hereditário: de pai para filho
Poder vitalício: exercido enquanto a pessoa está viva ou até quando ela quiser abdicar.
Poder ilimitado: sem limite
Poder indivisível: não divide com ninguém. Só em uma pessoa.
Poder irresponsável: não traz responsabilidade pelos atos. Governante não seria
responsabilizado por nada.
Poder eletivo: governante é escolhido/eleito pelo povo.
Poder temporário: tem um começo e um fim certo.
Poder plural: governante não faz tudo o que ele quer. Precisa ouvir os outros.
Poder limitado: limites previstos na CF.
Poder divisível: dividido em PE, PL, PJ.
Poder responsável: pode sofrer sanções por seus atos.
MONARQUIA
a) absolutas
Sem nenhum tipo de controle. Imperador não tem limite.
b) limitadas
b.1) Monarquia de estamentos:
Existem cortes especializadas em determinada matéria.
Nessa área o rei não pode atuar; fracionamento de funções.
b.2) Monarquia constitucional
Há uma CF separando os poderes, garantias e direitos individuais.
Rei exerce o poder executivo.
b.3) monarquia parlamentar:
Não é tão comum. Há dois chefes, sendo um chefe de estado e um chefe de governo.
É mais comum na Europa.
Ex. Suécia e Inglaterra. A rainha ´chefe de Estado
O chefe de governo é o 1º ministro; geralmente o dono do partido que tem mais cadeiras
O chefe de estado representa o estado na comunidade internacional
c) vantagens
O rei, sabendo que vai ser rei, estaria mais preparado para assumir.
d) desvantagens
Não há participação do povo na escolha, só a nobreza.
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA (res publica)
Res publica é aquilo que é público e pertence ao Estado.
a) direta
Governo exercido de maneira direta pelo povo
O povo participa diretamente.
Ex. plebiscito
Indicada para democracias pequenas
Ex. Atenas. Se reunião em praça pública.
Cidadão: homens, se fossem filhos ou netos de atenienses.
Mulher, negro não eram cidadãos.
Debatem e votam diretamente. Ex. Suíça. Democracia semidireta (democracia direta e
representação).
b) indireta ou representativa
É a mais comum.
O povo escolhe os representantes que governam nos representando.
c) Semidireta
Mescla os dois tipos acima.
É o caso do Brasil.
Algumas coisas somos representados e outras somos nós mesmos, como plebiscito.
c.1) formas de consulta ao povo previstas na Constituição Brasileira (art. 14, CF,
regulamentada pela Lei 9.079/98).
c.1.1) plebiscito (art. 14, inciso I, CF e art. 2º, §1º da Lei 9079/98)
Art. 2o Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre
matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa.
§ 1o O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao
povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
Espécie de consulta prévia que vincula/obriga.
c.1.2) referendo ou referendum (art. 14, inciso II, CF e art. 2º, §2º da Lei 9079/98).
§ 2o O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo
ao povo a respectiva ratificação ou rejeição.
Há uma decisão anterior, ao passo que as pessoas confirmam 1ºº decide, depois confirma.
c.1.3. Projeto de Lei de Iniciativa Popular (art. 14, inciso II, CF e art. 13 da Lei 9079/98).
Art. 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos
Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um
deles.
§ 1o O projeto de lei de iniciativa popular deverá circunscrever-se a um só assunto.
§ 2o O projeto de lei de iniciativa popular não poderá ser rejeitado por vício de forma, cabendo
à Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais
impropriedades de técnica legislativa ou de redação.
O povo cria a lei.
Ex. ficha limpa.
c.2. Formas de consultas não previstas na Constituição Federal
c.1. Veto popular
O povo pode vetar a lei projetos de lei, por exemplo.
Instrumento de democracia direta.
Não está previsto na CF, mas deriva de princípios constitucionais, como a Soberania Popular.
c.2) Recall
- Surgiu nos EUA
- No Brasil: Império e República Velha.
- “voto destituinte” – proposta de inclusão na CF.
Eleitor pode revogar o mandato concedido ao político quando se perdeu a confiança ou não
está realizando um trabalho honesto/eficiente/correto.
- ideia de controle do eleitor.
É feito por plebiscito – escolhe se continua ou revoga o mandato.
A ideiade recondução do governante, considerando que ele pode passar por uma nova eleição
para validação do seu mandato se estiver agradando a população.
4 proposta para incluir na CF – todas foram arquivadas.
Ex. Colômbia – precisa de 40% dos votos válidos.
Venezuela – 20%
Tipos de autonomia política
- Autonomia administrativa: gerenciamento da coisa pública
Cada ente escolhe
- Autonomia financeira-tributária
Geração própria e independente de recursos financeiros
Ex. tributos.
- Autonomia legislativa
Cada um cria suas leis
- Autonomia judiciária
O Judiciário garante essa autonomia, por intermédio de sentenças

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