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Apostila 9º ano

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(
 
)
 (
9º ANO
)
Acredito que os filósofos voam como as águias e não como pássaros pretos. É bem verdade que as águias, por serem raras, oferecem pouca chance de serem vistas e muito menos de serem ouvidas, e os pássaros pretos, que voam em bando, param em todos os cantos enchendo o céu de gritos e rumores, tirando o sossego do mundo. " 
 (Galileu Galilei)
Fonte: brasildesnudo.blogspot.com
Apresentação
Caro aluno:
	
Em algum momento você já deve ter se perguntado por que que tem que estudar filosofia, se isso não irá acrescentar nada de bom na sua vida, mas o objetivo de estudar filosofia é de ter uma consciência mais crítica. Estar buscando o sentido da vida e também a pensar observando os dois pontos de uma questão. 
A filosofia consiste em você estar buscando a verdade e também no desvelar das coisas, no questionamento fundamentado no pensamento racional. Para quem estuda, filosofia é estar buscando uma mente critica sobre toda a realidade que está a sua volta. Aprender Filosofia é aprender a olhar o mundo e os fatos com mais cuidado e mais responsabilidade, procurando analisar os seus porquês.
 Aprender Filosofia é aprender a analisar o comportamento social com mais abrangência, procurando compreender as atitudes das pessoas e dos grupos, para poder interferir no momento certo e da forma mais acertada, para alcançar os seus objetivos.
O caminho é simples e prático. 
Os limites são os éticos, e devemos estar sempre dispostos a adotar mais curiosidade, questionando, fazendo uma análise neutra dos fatos e incentivando a criatividade a cada instante, já que é a única forma de crescermos intelectual e emocionalmente. Espero que, com essa apostila, você possa compreender como a filosofia é importante em nossas vidas...
Professor Afrânio
Sumário
Unidade 1– O universo da comunicação....................................................................07
Atividade..................................................................................................................................48Unidade 2 – Sociedade do consumo.............................................................................09 Atividade..................................................................................................................................48Unidade 3 – A adolescência I..........................................................................................12
Atividade..................................................................................................................................49
Unidade 4 – A adolescência II........................................................................................15
Atividade..................................................................................................................................50
Unidade 5 – O mundo dos adolescentes.....................................................................17
Atividade..................................................................................................................................50
Unidade 6 – Estética............................................................................................................18
Atividade..................................................................................................................................52
Unidade 7 – O diálogo entre pais e filhos.................................................................20
Atividade..................................................................................................................................52
Unidade 8 – Corpo e mente em sintonia....................................................................22
Atividade..................................................................................................................................53
Unidade 9 – A maioridade.................................................................................................24
Atividade..................................................................................................................................53
Unidade 10 – Gravidez na adolescência.....................................................................26
Atividade..................................................................................................................................54
Unidade 11 – O aborto........................................................................................................28
Atividade..................................................................................................................................54
Unidade 12 – Família...........................................................................................................30
Atividade..................................................................................................................................55
Unidade 13 – O casamento...............................................................................................32
Atividade..................................................................................................................................55
Unidade 14 – A mídia e sua influência.......................................................................35
Atividade.................................................................................................................................56
Unidade 15 – Os ídolos.......................................................................................................37
Atividade..................................................................................................................................56
Unidade 16 – Variadas opções sexuais........................................................................38
Atividade..................................................................................................................................57
Unidade 17 – Bullying.........................................................................................................40
Atividade..................................................................................................................................57
Unidade 18 – Internet.........................................................................................................44
Atividade..................................................................................................................................58
Referências bibliográficas....................................................................................................59
Anexos......................................................................................................................................61
Manutenção vital....................................................................................................................62
De graça...................................................................................................................................62
Eu, Etiqueta.............................................................................................................................63
Isso é contigo..........................................................................................................................64
Sucesso......................................................................................................................................65
Unidade 1 - O universo da comunicação
 
Fonte: trocadeideias.wordpress.com
	Por comunicação entendemos a transmissão de informações ou a troca de mensagens que se opera de pessoa a pessoa, troca essa que pode efetuar-se por meio da linguagem, ou por diversos outros meios.
Mas o que é linguagem?
	Chamamos de linguagem à capacidade que têm os homens de comunicarem-se uns com os outros, expressando seus sentimentos epensamentos por meio da palavra.
	Todos os sistemas de comunicação necessitam de um emissor, de um canal condutor, de um receptor e de uma mensagem que é formulada num certo código, ou seja, um sistema de símbolos que permite a representação de uma informação.
	
	O processo de industrialização em escala mundial, verificada no final do século XIX, contribuiu para o surgimento da chamada “Indústria Cultural”.
Mas o que vem a ser Indústria Cultural?
	Por indústria cultural entendemos a indústria de produtos culturais, aquela que, utilizando os meios de comunicação de massa, visa exclusivamente incentivar o consumo de seus produtos, com o objetivo de obter cada vez maiores lucros.
	
	O termo Indústria Cultural é a criação dos filósofos Theodor Adorno (1903 – 1969) e Max Horkheimer (1895 – 1973), ambos representantes da chamada Escola de Frankfurt. Para tais pensadores, os meios de comunicação de massa transformam tudo em artigo de consumo.
A massificação da cultura
	A “cultura de massa” é resultado do progresso tecnológico, que torna os produtos cada vez mais sofisticados. Através dos meios de comunicação de massa (televisão, rádio, cd, cinema, jornal, internet etc.), esses produtos conseguem atingir milhões de pessoas, despertando nelas o desejo de consumo.
 
	Daí, concluímos que a indústria cultural procura vender seus produtos a um público generalizado, que, de certo modo, acaba consumidor dos mais variados produtos que são oferecidos por essa indústria, passando a constituir um importante mercado de consumidores em potencial, o qual pode ser chamado de “sociedade de consumo”. 
	Com o objetivo de estudar a efetiva capacidade de influência dos meios de comunicação de massa sobre a sociedade, é que alguns pensadores alemães da chamada Escola de Frankfurt, dentre eles Marcuse, Adorno, Horkheimer, Walter Benjamin, entre outros, passaram a questionar o poder dominante da chamada indústria cultural.
	
	Assim, conforme evidencia Adorno, o objetivo primordial da “indústria cultural” é vender mercadorias, fazendo propaganda de um mundo ideal, tornando os consumidores dependentes e alienados. Por fim, os meios de comunicação de massa passam a ser instrumentos de controle e dominação das massas pelas elites dirigentes do Estado, com o único objetivo: o de manter a manutenção da sociedade capitalista.
 Fonte: folhadoboscque.blogspot.com
Unidade 2 – Sociedade do consumo
	
 fonte: geo-blog-2.blogspot.com
 	A expressão Sociedade de Consumo designa uma sociedade característica do mundo desenvolvido em que a oferta excede geralmente a procura, os produtos são normalizados e os padrões de consumo estão massificados. 
	O surgimento da sociedade de consumo decorre diretamente do desenvolvimento industrial que a partir de certa altura, e pela primeira vez em milênios de história, levou a que se tornasse mais difícil vender os produtos e serviços do que fabricá-los. 
	Este excesso de oferta, aliado a uma enorme profusão de bens colocados no mercado, levou ao desenvolvimento de estratégias de marketing extremamente agressivas e sedutoras e às facilidades de crédito quer das empresas industriais e de distribuição, quer do sistema financeiro.
Características da sociedade de consumo:
As principais características da sociedade de consumo são as seguintes:
. Para a maioria dos bens, a sua oferta excede a procura, levando a que as empresas recorram a estratégias de marketing agressivas e sedutoras que induzem o consumidor a consumir, permitindo-lhes escoar a produção.
. A maioria dos produtos e serviços estão normalizados, os seus métodos de fabrica baseiam-se na produção em série e recorre-se a estratégias de obsolescência programada que permita o escoamento permanente dos produtos e serviços.
. Os padrões de consumo estão massificados e o consumo assume as características de consumo de massas, em que se consome o que está na moda apenas como forma de integração social.
. Existe uma tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo, descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional).
	Você já se avaliou em que tipo de consumidor se enquadra? Será um consumidor responsável e sadio ou um consumidor alienado? Vejamos bem, no mundo atual é brutal o abismo socioeconômico que separa os ricos dos pobres, pois uma pequena parcela de 15% da população mundial concentra em suas mãos 80% da renda econômica do Planeta. 
	O restante da população enfrenta o drama da fome, da falta de moradia, do desemprego, da falta de acesso à saúde e à educação. Assim, enquanto a enorme maioria da população não tem o mínimo necessário para sobreviver dignamente, uma minoria pode se dar ao prazer de consumir tudo, esbanjando superfluamente. Diante de tal fato, percebemos que o consumo pode ser sadio ou alienado.
Mas o que é um consumidor sadio?
	O consumidor sadio é aquele que procura consumir apenas aqueles produtos que atendem às suas verdadeiras necessidades.
E o consumidor alienado?
	O consumidor alienado é aquele que se preocupa em comprar rótulos, para satisfazer seus desejos e fantasias, que foram inculcados de forma artificial em sua mente. Sem se preocupar com a utilidade dos produtos, o consumidor alienado torna-se um comprador compulsivo e muitas vezes um ser humano infeliz. 
	O processo de alienação na sociedade industrial afeta também a utilização do tempo livre destinado ao lazer. A indústria cultural e de diversão vende peças de teatro, filmes, shows, jornais e revistas tal como qualquer mercadoria. 
	E o consumidor alienado compra seu sabonete. Consome os “filmes da moda” e freqüenta os “lugares badalados” sem um envolvimento autêntico. Agindo desse modo, muitos se esforçam e fingem que estão se divertindo, pensam que estão se divertimento, querem acreditar que estão se divertindo.
A armadilha do consumismo
	Algo comum que acontece dentro do sistema de consumo, é o excesso de consumo que se manifesta como resposta ao apelo da mídia.
	
	Pessoas comprando produtos dos mais variados tipos e funções, em formas de pagamentos cada vez mais facilitadas, favorecendo o endividamento, além de fazer com que pessoas iludidas pelas propagandas acumulem itens não prioritários a suas vidas. Cada vez mais as propagandas, aliadas à perfeição estética, ao conhecimento da psicologia e ao caráter sumamente consumista do sistema capitalista, vêm-se aperfeiçoando na conquista de clientes, criando novas necessidades. A “geração coca-cola” e “a geração Pokémon” crescem sob o efeito televisivo. 
	A atitude passiva de receber imagens e sons vai construindo nos telespectadores um comportamento padronizado, cujo pano de fundo é a busca de coisas materiais para suprir necessidades velhas e novas. Imagine um (tele) espectador com pouco poder crítico diante dos estímulos visuais e sonoros da televisão. 
	Com certeza esses exercem fascínio, atração e, aos poucos, vão formando um perfil consumista na criança e no adolescente, incentivados por apelos imperativos para comprar. Um estágio mais avançado do excesso de consumo manifesta-se em uma doença, uma anomalia no comportamento de algumas pessoas que passam a consumir compulsivamente, a Ovniomania ocorre com cada vez mais frequência, pessoas que não resistem ao apelo das propagandas e consomem para se satisfazer, o consumo age como uma droga. Assim como no alcoolismo, a doença deve ser tratada em centros de apoio.
 Fonte: finalsports.com.br
Unidade 3 – A adolescência I
 Fonte: adolescencia.org.br
	A adolescência é uma etapa davida recheada de transformações físicas e psicológicas, decorrentes da puberdade. Puberdade é um período em que o corpo passa por várias mudanças biológicas, tornando o indivíduo apto para a reprodução.
	
	O início da puberdade está diretamente relacionado à atuação de certos hormônios (substâncias químicas produzidas por determinadas glândulas que, liberadas na corrente sangüínea, provocam efeitos específicos no corpo).
	
	Esses hormônios são o LH (hormônio luteinizante) e o FSH (hormônio folículo estimulante), que atuam sobre as gônadas, promovendo o seu desenvolvimento. São, por isso, chamados gonadotrofinas.
Nas meninas
	Ambas as gonadotrofinas (FHS e LH) atuam no ovário da seguinte forma:
· FSH – estimula o desenvolvimento do folículo ovariano para a ovulação.
· LH - responsável pelo rompimento do folículo maduro e pela liberação do ovócito na ovulação.
São os folículos ovarianos os responsáveis pelo desenvolvimento do gameta feminino (óvulo). A formação dos folículos ovarianos se dá no útero materno, por volta do terceiro mês de vida intra-uterina da menina. 
No sétimo mês de gestação, os folículos chegam a aproximadamente seis milhões, sendo que ao nascer a menina apresenta apenas um milhão de folículos nos seus ovários, pois muitos se degeneram nos dois últimos meses antes do nascimento. A degeneração dos folículos continua pela vida da menina, que ao chegar à puberdade, apresenta entre 300 mil e 400 mil folículos.
	
	Na puberdade, os folículos começam a amadurecer, por causa do estímulo dos hormônios liberados pela hipófise, ocorrendo a ovulação.
	
	A ovulação é um processo que ocorre todos os meses a partir da puberdade, no qual um dos ovários libera o óvulo. Para que o óvulo seja liberado, aproximadamente 12 folículos entram em atividade, mas apenas um geralmente termina o desenvolvimento, passando a ser chamado de óvulo.
Nos meninos
	As gonadotrofinas FSH e LH atuam sobre os testículos, estimulando a produção do hormônio sexual testosterona, produzido pelas células intersticiais do testículo, também conhecidas como células de Leyding. Diferentemente das meninas, as células sexuais masculinas – espermatozóides – só começam a ser produzidas pelos testículos a partir da puberdade.
	As transformações físicas que ocorrem no corpo da menina e do menino no período da puberdade são denominadas caracteres sexuais secundários. Estão intimamente ligadas à estimulação dos hormônios sexuais. 
 Fonte: clinotavora.planetaclix.pt
 (
Hormônios sexuais femininos
)
	Os hormônios sexuais femininos produzidos pelos ovários são a progesterona e o estrógeno.
	O estrógeno é o hormônio que determina o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários femininos, tais como:
· Desenvolvimento das mamas, que geralmente é o ponto de maior preocupação das meninas, por ser a parte que demonstra a transformação de seu corpo de menina em mulher;
· Mudança da forma do corpo, que se torna mais arredondado por causa do alargamento dos quadris e do depósito de tecido adiposo (gordura) em torno das nádegas e coxas;
· Aparecimento dos pêlos pubianos, que se distribuem de forma triangular na região pubiana;
· Pêlos nas axilas, que aparecem depois do desenvolvimento das mamas.
	
	A progesterona é o hormônio que completa o desenvolvimento da mucosa uterina, preparando o organismo feminino para uma eventual gravidez e criando condições para a fixação e o desenvolvimento do embrião.
	
	Outra característica que evidencia a puberdade das meninas é a vinda da menarca (primeira menstruação), que se repete, a partir de então, todos os meses, em ciclos de aproximadamente 28 dias, durante toda a vida fértil da mulher.
 (
Hormônios 
sexuais masculinos
)
	O principal hormônio sexual masculino – a testosterona – é produzido pelo testículo. A testosterona, na puberdade, determina o aumento do pênis, dos testículos (que ficam maiores) e da bolsa escrotal (mais baixa e alongada).
	Além disso, a testosterona induz o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, tais como:
· Crescimento corporal acelerado, que torna o corpo desengonçado;
· Aparecimento da barba e pêlos corporais;
· Desenvolvimento da musculatura;
· Mudança do timbre da voz, que se torna mais grave, por causa do espaçamento das cordas vocais.
	A produção dos gametas sexuais masculinos – espermatozóide – inicia-se na puberdade, com a sua formação nos túbulos seminíferos dos testículos, ao contrário do que ocorre com as meninas, cujos gametas sexuais femininos se iniciam com sua formação durante o desenvolvimento embrionário.
Unidade 4 – A adolescência II
 (
 Fonte: 
newsmatic
.
e-pol.com.ar
)
	
	
	Quando criança, geralmente só somos levados ao médico se alguma coisa está errada. Agora que você mesmo é responsável pela sua saúde, é importantíssimo procurar um especialista, sem medo. Decidir sobre a primeira visita ao ginecologista (médico que cuida do aparelho reprodutor das mulheres), ao urologista (médico que cuida do aparelho reprodutor masculino e urinário) ou a hebiatra (médico especialista em adolescentes) depende muito mais de sua maturidade emocional do que da maturidade física.
	A consulta é um direito seu para orientar, reforçar a auto-estima e valorizar o corpo como ele é. No consultório você pode tirar dúvidas sobre menstruação, cólica, higiene e pedir indicação sobre um anticoncepcional. A pílula da sua amiga pode não servir para você. Somente o ginecologista pode fazer a prescrição. 
	Os meninos não costumam consultar um especialista para cuidar de sua saúde reprodutiva. Na falta do hebiatra, é importante consultar um urologista para checar a vacinação; informa-se sobre o aumento das mamas, algo possível de acontecer; se precisa fazer operação de fimose – ajuste na glande (cabeça do pênis) para facilitar a higiene, a saída da urina e a ejaculação; como cuidar da higiene; como se prevenir ou tratar as doenças sexualmente transmissíveis; como utilizar os métodos anticoncepcionais, incluindo a camisinha. Que o homem é responsável por isso ninguém duvida. 
	Afinal, ele está no seu período fértil a todo instante. Um dia, sem mais nem menos, ao olhar-se no espelho, você percebe que algo estranho apareceu em seu rosto: uma bolinha vermelha com uma pontinha amarelada, que dói muito ao ser tocada. 
	Esta é apenas o início de uma série que vai deixá-lo (a) com “cara de adolescente”, por causa do aparecimento da acne, conhecida popularmente como “espinha”. 
	Na adolescência, os hormônios sexuais atuam em diferentes regiões do organismo, dentre elas as glândulas sebáceas.
	As glândulas sebáceas, distribuídas pelo corpo, têm a função de produzir o sebo (gordura), que, em condições normais, protege e lubrifica a pele.
	Durante a adolescência, por causa do desequilíbrio dos hormônios sexuais, essas glândulas, principalmente as do rosto, pescoço e costas, secretam o sebo em excesso, que se acumula no interior dos poros, provocando o “cravo”.
	Por apresentar gordura, o cravo torna-se um ambiente propício à proliferação de bactérias, que utilizam o sebo como ambiente. As bactérias, como todo corpo estranho no organismo, são destruídas pelas células de defesa. 
	Durante a batalha imunológica, muitas células de defesa morrem, formam o pus, que se deposita no interior do poro, produzindo a espinha. Muitos adolescentes costumam espremer espinha ou usar receitas e simpatias caseiras para tratar da acne, o que é desaconselhado pelos médicos, pois pode desencadear uma infecção. 
	Caso você esteja se sentindo incomodado (a) com seus cravos e espinhas, procure a orientação de um dermatologista. Mas não se preocupe, pois com o tempo, em virtude do equilíbrio dos hormônios no organismo, a acne desaparece. É só ter paciência!
 Fonte: mildreaira.blogspot.com
Unidade 5 – O mundodos adolescentes
 (
 
 
Fonte:
 
tareasdirigidasalamano
.
blogspot.com
)	Você já ouviu alguém falar: “Ah… ele está na fase da “aborrecência”?” E você já se sente adolescente? Segundo a Organização Mundial de Saúde, a adolescência é a fase entre os 10 anos até os 19 anos. É uma fase de mudanças e descobertas. 
	O seu corpo está crescendo e ficando diferente. As suas emoções estão a mil! Um dia você se sente o máximo, depois se sente a pior das criaturas. É assim mesmo. É nesta fase que você descobre quem você realmente é. 
	Começa a gostar de coisas que não gostava antes e a achar horrível aquilo que, há um ano atrás, era maravilhoso! Na adolescência, você descobre a sua “turma de amigos,” a sua “tribo” e vê que os Pais não são mais aquela companhia para tudo. Embora, lembre-se que os seus Pais são os seus melhores conselheiros! Você vai querer mudar o mundo, vai se inconformar com as injustiças, vai gostar do novo… vai criar uma identidade própria. 
	Por isso, curta essa fase maravilhosa! Ela não voltará mais. Descubra-se! Mas fique longe das drogas, do álcool, seja responsável! O adolescente acaba entrando em furadas, quando se sente o todo poderoso. No melhor estilo: “Não vai acontecer comigo!” Mas acontece. Gravidez indesejada, envolvimento com drogas, acidentes pelo uso de bebida alcoólica,… são alguns dos perigos que estão em seu caminho. Cuide-se, seja responsável consigo e com os outros, e , descubra a vida que tem pela frente !
O dia-a-dia do adolescente
	Nada como saber que hoje é sexta-feira, pra ficar à toa mesmo, sem exercícios de Física ou de Português, sem trabalho de escola. O dia é de fazer só coisa legal, ficar na rua o dia inteiro e, quem sabe, curtir o show da banda preferida, andar de skate ou de patins.
	Porque hoje é sexta-feira, também dá vontade de pintar o cabelo de rosa ou todas as unhas dos pés e das mãos com flores, besouros, pegadas dos dálmatas ou ficar horas no telefone conversando sobre nada. Porque hoje é sexta-feira dá pra assistir a especiais na MTV ou trancar a porta do quarto com o som do Led Zepellin na maior altura. 
	Dá também pra andar de bicicleta até suar. E, quem sabe, sonhar em montar mais uma banda, agora com outra turma e em outro lugar. E ficar de bobeira, pensando na vida por horas a fio. Porque hoje é sexta-feira, dá pra fazer um som, qualquer um, com a guitarra. Tocar só de ouvido, com o amplificador ligado nas últimas. 
	Dá também para comer, comer e comer pizzas, sanduíches aos montes, lata de sorvete, todos os refrigerantes da geladeira ou, quem sabe, beijar a noite inteira, assistir ao filme mais que de horror “Eu ainda sei o que vocês fizeram no verão no verão passado”, pela milésima vez. Vale qualquer coisa pra levantar esse astral, até não fazer nada.
Unidade 6 – Estética
 (
Fonte: 
mundodastribos.com
)	Estética é a área da filosofia que estuda racionalmente o belo – aquilo que desperta a emoção por meio da contemplação – e o sentimento que ele suscita nos homens. A palavra estética vem do grego aesthesis, que significa conhecimento sensorial ou sensibilidade, e foi adotada pelo filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten (1714 – 1762) para nomear o estudo das obras de arte como criação da sensibilidade, tendo por finalidade o belo. 
	Beleza tem sido objeto de estudo ao longo de toda a história da filosofia. A estética enquanto disciplina filosófica surgiu na antiga Grécia, como uma reflexão sobre as manifestações do belo natural e o belo artístico. 
	O aparecimento desta reflexão sistemática é inseparável da vida cultural das cidades gregas, onde era atribuída uma enorme  importância aos espaços públicos, ao livre debate de idéias. Os poetas, arquitetos, dramaturgos e escultores desfrutavam de um grande reconhecimento social.  
Ideal de Beleza
	Platão foi o primeiro a formular explicitamente a pergunta: O que é o Belo? O belo é identificado com o bem, com a verdade e a perfeição. A beleza existe em si, separada do mundo sensível. Uma coisa é mais ou menos bela conforme a sua participação na idéia suprema de beleza. Neste sentido criticou a arte que se limitava a "copiar" a natureza, o mundo sensível, afastando assim o homem da beleza que reside no mundo das idéias. 
	As obras de arte deviam seguir a razão, procurando atingir tipos ideais, desprezando os traços individuais das pessoas e a manifestação das suas emoções. Platão ligou a arte à beleza. 
	Aristóteles concebe a arte como uma criação especificamente humana. O belo não pode ser desligado do homem, está em nós. Separa, todavia a beleza da arte. Muitas vezes a fealdade, o estranho ou o surpreendente converte-se no principal objetivo da criação artística. Aristóteles distingue dois tipos de artes:
 
	a) as que possuem uma utilidade prática, isto é, completam o que falta na natureza.
 
	b) As que imitam a natureza, mas também podem abordar o que é impossível, irracional, inverossímil.
	O que confere a beleza a uma obra é a sua proporção, simetria, ordem, isto é, uma justa medida. Aristóteles associou a arte à imitação da natureza. 
	As ideias de Platão e Aristóteles tiveram uma larga influência nas ideias estéticas da arte ocidental. Aproximadamente aos 15 anos, seu corpo alcança a maturidade biológica. Sua característica física dependerá da sua herança genética, da sua nutrição e dos exercícios físicos que pratica.
	No mundo atual, os meios de comunicação e os grupos sociais impõem um padrão de beleza e atributos físicos, levando à busca de uma identificação com os modelos que nem sempre são os ideais para o jeito de ser do adolescente, O importante é que você não se deixe influenciar, criando expectativas, angústias e sofrimentos. 
	Em virtude das mudanças ocorridas em seu corpo durante a puberdade, a preocupação de muitos adolescentes passa a se referir à forma física. 
	Tentando imitar os ditos padrões de beleza divulgados pela mídia, as meninas, principalmente, tomam como referencial o corpo magro e esguio das modelos. Em busca das medidas “ideais”, a jovem submete-se a dietas, verdadeiros sacrifícios alimentares, o que pode desencadear distúrbios alimentares, como a bulimia e a anorexia nervosa.
	A bulimia consiste na ingestão de grandes quantidades de comida em um curto espaço de tempo. Mas a mulher preocupada em perder peso provoca vômito ou toma laxante para eliminar o alimento ingerido na refeição, causando risco à saúde. 
	A anorexia nervosa constitui um distúrbio segundo o qual a mulher deliberadamente não se alimenta ou, quando muito, come pouquíssimo, chegando a passar fome por vontade própria. Esse distúrbio, geralmente, inicia-se na adolescência, por causa da fixação pelo corpo “perfeito”. Por mais que esteja magra e com a saúde debilitada, a mulher apresenta resistência ao tratamento, não tendo consciência da gravidade do problema, com receio de ganhar peso. Esses dois distúrbios acometem jovens em todo o mundo. O tratamento consiste no acompanhamento psicológico associado a uma alimentação balanceada. Se não for tratado, o distúrbio pode levar à morte. 
	Alguns adolescentes, ansiosos por resultados imediatos, cedem aos esteróides anabolizantes. Os anabolizantes, conhecidos popularmente como “bombas”, são hormônios utilizados para aumentar a massa muscular rapidamente.
	A falta de conhecimento e o empenho pelo corpo “definido” levam a um consumo exagerado dos anabolizantes, podendo acarretar dependência química e efeitos colaterais, como:
· Diminuição do tamanho dos testículos;
· Impotência;
· Infertilidade;
· Perda de cabelos (calvície);
· Hipertensão
· Problemas no fígado, podendo desenvolver tumores;
· Aumento dos cravos e espinhas;
· Aumento da agressividade.
	Muitas vezes, o uso indiscriminado de anabolizantes ocasiona debilitação da saúde, provocando até a morte.
Unidade 7 – O diálogo entre pais e filhos
 Fonte: midnightshards.blogspot.com
	Os pais muitas vezes se sentem inseguros porque a tarefa de educar um filhonão é fácil. Em geral, eles desejam o melhor para os filhos, mas a sua função muitas vezes é colocar limites e fazer respeitar regras. E isso é uma coisa que o adolescente não gosta. Ele está na fase de buscar a sua individualidade, e quer ser livre. 
	Esse choque de gerações é que causa a maioria dos conflitos entre pais e filhos. Às vezes parece até que não falam a mesma língua. Até a linguagem do jovem é diferente mesmo, cheia de gírias. Muitas vezes os pais não entendem como os jovens conseguem se entender nessa linguagem estranha, onde um monossílabo tem vários significados e pode dizer uma porção de coisas diferentes.
	No entanto, até duas pessoas que não falam a mesma língua, porque são de países diferentes, podem se entender. Existe uma linguagem universal que é a do olhar, do gesto, do corpo, do sorriso; o verbal é só uma parte.
	Com o jovem e seus pais acontece a mesma coisa. Apesar das gírias que mudam rapidamente e cujo significado os pais não entendem, a “linguagem universal” que é a do gesto, do toque, do abraço, do sorriso, também expressa sentimentos e pode aproximar as pessoas. É importante que o jovem compreenda que a dificuldade de se aproximar não é só dele. Os pais também se sentem meio perdidos, sem conseguir fazer contato com os filhos.
	Existem algumas atitudes que são muito importantes para facilitar a comunicação, não só entre pais e filhos, mas entre as pessoas de modo geral. A primeira delas é sermos verdadeiros e espontâneos ao expressarmos nossos sentimentos. 
	Ao invés de reagir com o silêncio, com cara feia, devemos falar aquilo que estamos sentindo, tanto em relação ao que nos agrada como ao que nos desagrada nas diversas situações. Outra coisa importante é a assertividade. 
	A pessoa assertiva defende os seus direitos e coloca seus limites sem agredir nem ofender o outro. Isso é muito importante, porque muitas vezes o que ofende não é o que dizemos, mas como dizemos as coisas. Podemos falar para as pessoas que não gostamos de sua atitude ou que estamos magoados ou zangados, sem sermos agressivos. Não é uma coisa fácil, mas quando aprendemos a nos comunicar assim, o diálogo melhora e os conflitos diminuem. Às vezes os pais superprotegem o filho ou proíbem determinadas coisas por medo dos riscos que ele possa correr. 
	Se o jovem for capaz de demonstrar aos pais que podem confiar nele, através de palavras e de atitudes, com certeza os pais ficarão mais tranqüilos e poderão ser mais permissivos. Uma coisa que facilita muito o diálogo na família é o bom humor. 
	Famílias que se comportam de forma lúdica, que sabem rir e se divertem juntas, que brincam e fazem piadas, são mais saudáveis, as pessoas se estressam menos e se tornam mais próximas. A brincadeira facilita o diálogo, quebra o gelo e torna o “clima” mais descontraído. Geralmente quando duas pessoas estão em conflito, cada uma se apega ao seu ponto de vista. É muito difícil sair da nossa posição e tentar inverter o papel com o outro para ver como ele se sente na situação.
	Segundo J. L. Moreno, um médico romeno que criou o Psicodrama e a Psicoterapia de Grupo seria possível mudar a sociedade inteira se as pessoas fossem capazes de fazer esse simples exercício de “inversão de papéis”. 
	Para Moreno, essa atitude facilitaria o verdadeiro “encontro” entre as pessoas e diminuiria o conflito nas relações humanas.
	Ele escreveu uma poesia sobre isso, e num dos seus trechos diz assim: “...então arrancarei meus olhos e os colocarei no lugar dos teus, e tu arrancarás teus olhos e os colocarás no lugar dos meus. E eu te verei com os teus olhos, e tu me verás com os meus”.
	Se entre pais e filhos houver um movimento assim, de se colocar no lugar do outro, sem dúvida, a compreensão aumentará muito e o diálogo verdadeiro se tornará possível. 
Unidade 8 – Corpo e mente em sintonia
 Fonte: paullysantos.blogspot.com 
	O nosso corpo é uma bela e complexa máquina. Para que funcione perfeitamente, temos de cuidar do corpo e da mente, com uma alimentação saudável, com a prática de exercício físico e com boa higiene. A mente também precisa de seus “alimentos”. 
	As emoções e os sentimentos realizam um importante papel, proporcionando bem-estar. É fundamental para a saúde, na sua totalidade, que saibamos lidar com as tristezas e as alegrias que nos acompanham pela vida.
	Pessoas com maior facilidade para expressar seus sentimentos correm menos riscos de “somatizar” as pressões diárias e estarão menos propícias a estresse e a doenças.
	A harmonia entre corpo e mente inicia-se ainda quando se está no útero da mãe. Os sentimentos de amor, tranqüilidade e segurança são passados para o bebê. 
	Nos dois primeiros anos de vida, toda demonstração de afeto transforma-se em base para o desenvolvimento da afetividade, assim como a formação da personalidade. Sendo que o corpo e mente, juntos, é que fazem nossa bela máquina funcionar, podendo parar se os dois não estiverem em perfeita sintonia.
Como manter o equilíbrio e a saúde
· Mantenha uma alimentação saudável e balanceada, rica em fibras e grãos. Evite as comidas muito gordurosas.
· Pratique atividades físicas regulares. Os exercícios estimulam a liberação de endorfinas, substâncias produzidas no cérebro e que atuam em todo o organismo, por exemplo, melhorando as defesas ou favorecendo a sensação de prazer.
· Evite o cigarro e as bebidas alcoólicas, pois são capazes de interferir no funcionamento do sistema nervoso central.
· É importante descobrir as situações que o deixam mais cansado (a), descontente ou estressado (a), e evitá-las.
· O estresse pode contribuir para desencadear quadros de depressão e ainda abalar o sistema de defesa do organismo, favorecendo infecções e a instalação de doenças.
· Não se isole e invista nas relações pessoais. O diálogo é geralmente a melhor opção na família, no romance e também no trabalho.
· Não tente fazer tudo de uma só vez, solucionar todos os problemas, nem assumir responsabilidades além da conta. Respeite seus limites, mas sem se acomodar.
· Planeje-se e tente abrir espaço nas tarefas diárias para se cuidar. Atividades de relaxamento também ajudam a dar vazão às tensões.
· Se notar sinais de estresse ou depressão, procure ajuda profissional para evitar que o problema se agrave e comprometa ainda mais a sua qualidade.
	Os alimentos são essenciais à manutenção de sua vida. Eles são os responsáveis pelo fornecimento da energia necessária a todas as suas atividades diárias.
	A energia proveniente de sua alimentação possibilita também o seu crescimento, a renovação dos seus tecidos e a regulação do funcionamento dos seus órgãos.
	Cada pessoa tem uma quantidade ideal de energia para consumir num dia. Essa quantidade varia de acordo com o tipo de atividade física, o sexo e a idade.
	Quando uma pessoa ingere mais calorias do que ela gasta em suas atividades diárias, ela engorda. Normalmente, os alimentos ingeridos em excesso, como doces, pães e massas em geral, produzem glicose ao serem metabolizados no organismo. 
	Se o organismo não consegue consumir toda a glicose, ele transforma o excesso em gordura, e a pessoa engorda.
	Uma boa alimentação requer a combinação de uma série de nutrientes para que o organismo possa desempenhar bem as diferentes funções. Esses nutrientes são: as proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais, além de água.
	As proteínas e os sais minerais são responsáveis pela construção e renovação dos tecidos, como pele, músculo e nervos. Os carboidratos e as gorduras fornecem a energia para as atividades diárias. As vitaminas são responsáveis pela regulagem do funcionamento de diferentes órgãos do corpo humano.
	A água é uma substância também de grande importância para o ser vivo, pois possui a capacidade de dissolver outras substâncias, formando soluções que serão transportadas pelo organismo. Após serem ingeridos, os alimentos são desdobrados em substâncias mais simples, pelo processo de digestão,e levados para as células, através da circulação sangüínea, onde são metabolizados.
Unidade 9 – A maioridade
 Fonte: magnoivo.blogspot.com
	A maioridade é sem dúvida um tema complexo, polêmico e delicado no mundo todo. Como todo tema polêmico ele está recheado de divergentes pontos de vista, de interpretações simplistas e até mesmo equivocadas.
	Todo jovem sonha atingir sua maioridade, aquela que lhe proporcionará a possibilidade de maior liberdade e independência. Associados a liberdade de ir e vir existem logicamente os deveres e obrigações decorrentes dessa fase, e está tudo incluído no pacote. É muito diferente a forma como os vários países do mundo tratam a questão da maioridade. A maioridade afeta vários segmentos de nossa vida: emocional, profissional e sexual. O que tem então o sexo a ver com a maioridade?
	Na maioria dos países, é ilegal manter relações sexuais até se atingir a maioridade. No Brasil, é ilegal um homem adulto manter relações sexuais com garotas menores de idade, mas as garotas menores de idade não podem ser processadas por manterem relação sexual com um rapaz de menor idade.
	Veja no quadro abaixo alguns países e suas respectivas idades da maioridade:
	
PAÍS
	IDADE DA MAIORIDADE
	Argentina
	16
	Austrália (N – SO)
	16
	Austrália
	17
	Brasil
	18
	Bolívia
	10
	Canadá
	14
	China
	Nenhuma lei
	Costa Rica
	17
	França
	16
	Nova Zelândia
	16
	Suécia
	15
	Tailândia
	13
	Grã-Bretanha
	16
	EUA (New York)
	17
	Durante a infância, essa pergunta é uma constante: O que quero ser quando crescer? A escolha, quase sempre, recai sobre uma profissão que traga divertimento, como jogador de futebol, bailarina, etc., ou sobre a profissão dos pais, da mãe ou de uma pessoa próxima. Isso ocorre porque espelhamos o desejo de ser como eles.
	Ainda na infância, os pais gostam de fazer escolhas com relação ao futuro dos filhos, muitas vezes tentando realizar sonhos que não conseguiram colocar em prática.
	Mas o tempo passa, eles crescem e chega o momento da escolha que geralmente ocorre no ensino médio, por causa da preparação para o vestibular. 
	A preferência por uma profissão não é decisão fácil. Muitos são os fatores que influenciam a opção:
· Aptidão por determinada área;
· Incentivo da família;
· Oferta de trabalho;
· Retorno financeiro;
· Status;
· Idéias.
	Nessa ocasião decisiva necessita o jovem necessita olhar para dentro de si e perguntar, questionar, tentar saber quem é e o que gostaria de ser.
	Torna-se fundamental conhecer a carreira pela qual está optando, visitando instituições de ensino que administram o curso para informar sobre o curso que ele escolheu, as especialidades, as possibilidades do mercado, conversar com profissionais que já atuam na área e visitar o local onde trabalham.
	Mas, mesmo se com todas as informações obtidas ainda houver dúvidas, procure ajuda de um orientador profissional. Muitas vezes a escolha realizada não agrada os pais, principalmente quando se trata d uma profissão não convencional como ator (atriz). 
	Mas um bom diálogo expondo o porquê da escolha é uma realização que tal profissão vai exercer sobre sua vida pode contribuir para que seus pais entendam a sua preferência. Depois da certeza do que se quer ser, é somente preparar para o futuro. 
Unidade 10 – Gravidez na adolescência
 Fonte: gravidezinformativaufrj.blogspot.com
	Não existe nada mais belo, emocionante, perfeito do que a vida.
	Realmente é um evento mágico! Pensando nesse sonho de gerar uma vida, muitas adolescentes engravidam. Mas, a maioria não percebem as conseqüências provenientes da gestação nessa fase. A falta de informação e de acesso aos métodos contraceptivos, os mitos, a insegurança, a falta de instrução e o desajuste familiar são alguns dos fatores que contribuem para o aumento da gravidez não planejada entre os jovens.
	Quando a gravidez se torna um fato, muitas se sentem perdidas, angustiadas, com medo da família. O namorado, que até então era o príncipe encantado, fica assustado com o excesso de responsabilidade e toma atitude como negar a paternidade e até sugerir o aborto. Somente uma pequena parcela realmente assume as obrigações de pai.
	A gravidez precoce pode ser um grande complicador para a vida das adolescentes, gerando problemas como desnutrição, anemia, hipertensão específica da gravidez, trabalho de parto prematuro, infecções, etc. 
	Existe risco também para os bebês, como o baixo peso, prematuridade, risco de mortalidade maior que dos filhos de mães mais velhas.
	Apesar do aumento do número de adolescentes que procuram os consultórios ginecológicos para se orientarem, é comum existir um retardo no início do pré-natal devido ao diagnóstico tardio da gravidez, provocado pelo medo da opinião das familiares, pela negação à gravidez, o desconhecimento sobre o que fazer e a incerteza sobre aborto ou deixar “evoluir”. A gravidez precoce acarreta também problemas na área escolar e de capacitação profissional, levando as adolescentes a abandonar os estudos e /ou o trabalho para cuidar dos filhos. Quando deparamos com algumas adolescentes grávidas, comumente nos enchemos de espanto e de observações negativas: “como pôde ser tão boba?” “será que não conhece os métodos contraceptivos?” “grávida!? Nos dias de hoje?”.
	O que estamos fazendo é repetir um discurso machista, no qual a responsabilidade da gravidez é só da parte feminina, em que o homem se torna inseto das conseqüências de seus atos. A verdade é que essa postura dificulta a participação masculina na gravidez.
	Nesse momento de insegurança, alguns jovens pressionam as namoradas para fazer um aborto, ou as abandonam alegando que o filho não é dele.
	Outros rapazes acreditam que, ao se tornarem pais, estão ganhando em respeitabilidade e responsabilidade, principalmente em relação aos seus pais.
	Assumir, porém, a paternidade não é só registrar a criança, é também assumir a função de pai; é se tornar responsável pela vida que se inicia.
	Ter um filho não é fácil, principalmente quando se é adolescente, o jovem terá de modificar e reestruturar a vida por completo a fim de ajudar a cuidar de uma criança.
	Para aqueles que assumem a paternidade de fato, o caminho pode não ser tão simples, mas com certeza será compensador.
	Por isso se você não se sente realmente maduro, pronto para assumir uma paternidade previna-se e tome consciência de seus atos.
	Hoje, há uma variedade de métodos anticoncepcionais à disposição do mercado, permitindo à mulher escolher o melhor momento da sua vida.
	Mas, mesmo com tantos recursos, o número de adolescentes grávidas é surpreendente.
	Estas são algumas causas para a ocorrência da gravidez precoce:
· O pensamento mágico de que não acontece com elas, mas apenas com os outros.
· A influência das amigas e da mídia.
· O medo de encarar a própria sexualidade, o que a leva a não se prevenir, deixando por conta do acaso a primeira relação sexual.
· O desconhecimento do uso dos métodos contraceptivos.
· A falta de conhecimento do próprio corpo, o que pode explicar, em parte, a não-utilização ou a utilização incorreta dos métodos contraceptivos.
· A falta de orientação médica para a escolha do melhor contraceptivo.
· O constrangimento em não assumir o relacionamento sexual diante da família e amigos.
	
Unidade 11 – O aborto
 Fonte: jovensaprendizesnainternet.blogspot.com
	A realidade do aborto no Brasil e no mundo assusta a todos e gera polêmica.
	As discussões acerca do problema aumentam na mesma proporção que os números estatísticos, que não passam de estimativas, já que os números oficiais, aqueles fornecidos pelo SUS, são referentes a abortos com complicações, que necessitam de internaçãoposterior para curetagem e outros procedimentos. 
	As mulheres que procuram o SUS são aquelas de renda mais baixa, que, às vezes discriminadas nos próprios hospitais, sofrem pelo preconceito, o que pode contribuir para seqüelas psicológicas. Os abortos praticados nas clínicas clandestinas especializadas atendem à classe mais favorecida da sociedade, que paga caro, mas não tem nenhum apoio em caso de complicações. Enquanto alguns grupos o defendem alegando que o corpo é da mulher e lhe cabe o direito de escolha, outros grupos o reprovam justificando que desde a concepção temos uma vida, e o aborto é assim, considerado assassinato. 
	Todos entendem que o problema do aborto é muito maior do que estabelecer a sua legitimidade e muito mais grave do que debate de idéias. 
	No centro da polêmica, os religiosos exprimem a sua opinião. Os evangélicos, os católicos, os espíritas, os judeus, e outros são categoricamente contra o aborto e só o aceitam quando existe risco de vida para a mãe. Os políticos, com seus argumentos, tentam aprovar projetos que amenizem os riscos do aborto decorrente de estupro.
	A classe médica tente incentivar a anticoncepção de emergência para que , em caso de estupro ou relação desprotegida, não ocorra a gravidez.
	De todos os argumentos, o que mais pesa é o social. O Brasil não tem estrutura de apoio às mães adolescentes e/ou carentes. Com isso, a maternidade não planejada aumenta os problemas sociais do país. Torna-se um círculo vicioso, no qual as crianças mal assistida torna-se adolescente sem orientação e mãe prematura.
	O único consenso entre os grupos é a necessidade da política de orientação sexual para os jovens.
	Os projetos e as discussões sobre o aborto não encerram o assunto tão facilmente. Falar sobre o aborto é mexer nas estruturas culturais e morais de toda a sociedade.
	Uma gravidez não planejada muitas vezes leva as mulheres a provocarem o aborto. Esse procedimento pode colocar em risco a vida da mulher.
	Muitos adolescentes abortam tomando medicamentos, chás caseiros ou introduzindo objetos na vagina.
	Outra opção bastante comum é recorrer a clínicas clandestinas, onde o preço varia, como também variam o atendimento, a qualificação dos profissionais, a higiene, os cuidados médicos. Muitas realizam o aborto por meio de um tipo de cirurgia em que o embrião é retirado por sucção ou curetagem.
	Muitas mulheres são internadas anualmente com complicações decorrentes de aborto clandestino. Um aborto pode provocas hemorragia, infecções, esterilidade e até a morte. No Brasil, o aborto é proibido por lei à exceção de quando a gravidez é fruto de estupro ou oferece risco de vida para a mãe. 
	Mesmo assim, estima-se que o número de adolescentes que praticam o aborto ilegal no Brasil é muito alto. Para os abortos previstos em lei, existem atualmente alguns hospitais que participam do programa aborto legal. 
	Estes serviços existem há dez anos, e a maioria foram criados a partir da luta dos movimentos feministas ou pela sensibilidade das direções dos hospitais. 
	O aborto também gera repercussões psíquicas, além de possíveis conseqüências físicas. Estas seqüelas são diferentes de acordo com o tempo de gravidez decorrida. 
	A informação é a melhor forma de conscientizar sobre as conseqüências do aborto na vida do casal, deixando claro que o aborto é uma intervenção, e não um método contraceptivo.
Unidade 12 – Família
 Fonte: fotosdahora.com.br
	Na pré-história, a família constituía um grupo no qual a autoridade religiosa e civil era exercida por um líder. No final do período paleolítico, as organizações grupais eram matriarcais, isto é, lideradas por mulheres. Isso porque os homens passavam grande parte do tempo caçando, o que os afastava do grupo. Já no período neolítico, com o desenvolvimento da agricultura e com a domesticação de animais, os grupos passaram a ser dirigidos por homens, tornando-se patriarcais. Caminhando um pouco mais na linha da História, chegamos à Roma antiga com um interessante conceito sobre família.
	Entre os antigos romanos, o conceito de família referia-se à “reunião de escravos, de criados que pertenciam a um só indivíduo ou serviço público” (LELLO & LELLO). Esse conceito alterou-se no decorrer dos tempos históricos. Tornou-se mais íntimo, mais direcionado e mais próximo dos conceitos da atualidade.
	A família tem sido, no decorrer da história da humanidade, a célula-mãe da sociedade, aquela que prepara os indivíduos para conviver em grupo, exercendo influência na sua formação. Esse grupo primário importantíssimo antecede a criação do Estado.
	Sendo anterior ao Estado, são dela as funções de procriação e educação.
	Podemos afirmar que o conceito de família transformou-se, mas não é certo dizer que perdeu suas funções. Mesmo com as mudanças ocorridas, as funções dessa unidade, que pode até mesmo ser auto-suficiente, não podem nem devem ser delegadas ao Estado. Ao contrário, é ela que prepara o futuro do Estado e da sociedade civil.
	Quando duas pessoas sem parentescos e consangüinidade decidem unir-se de maneira duradoura em um relacionamento sociosexual com o objetivo de criar filhos, gerando direitos e responsabilidades, estabelecem, então, uma família nuclear.
	A partir da união inicial, os parceiros precisam adaptar-se um ao outro, moldando comportamentos e criando vínculos ao longo da vida. Com o nascimento dos filhos, novas adaptações ocorrem. E essa é mais uma etapa no processo de reconhecimento dessa união que é reafirmada pelas diversas instituições, Por exemplo, a religião.
	A família nuclear é constituída pela união de três unidades básicas: a biológica, a econômica e a socioemocional.
	Na família nuclear existe a distribuição de tarefas para cada membro. Por exemplo, cabe ao homem assumir a responsabilidade da parte financeira, manutenção material, condições sociais e proteção da família. À mulher cabe criar os filhos e organizar o lar.
	Com a evolução e as mudanças nos últimos tempos, os papéis tem se alterado, principalmente o da mulher, que muitas vezes precisa assumir o cargo de chefe da família motivada pelo desemprego do marido, etc...
	Apesar das mudanças, é na família que adquirimos a base para estruturar a convivência social com o semelhante.
	Alguns consideram a família uma instituição falida nos dias atuais.
	Outros defendem atualmente que a família sempre será o alicerce da formação do indivíduo. O que realmente sabemos é que a estrutura da família atual sofreu grandes e fortes modificações.
	A família de hoje é formada de várias maneiras:
· Pai, mãe e filhos;
· Mãe e filhos;
· Mãe, avós e filhos;
· Avós e netos;
· Pai e filhos;
· Pai (mãe) – madrasta (padrasto) – filhos e enteados, etc...
	Mas, seja qual for a estrutura da família, o importante mesmo é que ela transmita amor, carinho e segurança aos seus.		
Unidade 13 – O casamento
 Fonte: crasjardimmaringa.blogspot.com
	A cerimônia do casamento é um ritual mundialmente conhecido e festejado. Desde a escolha do vestido de noiva aos festejos, cada cultura apresenta uma tradição diferente.
	Os casais gregos ortodoxos usam coroas de casamento unidas por uma fita vermelha. Os casais hindus amarram suas roupas umas nas outras e caminham sete vezes ao redor de uma fogueira. Os japoneses tomam três goles de saquê (aguardente de arroz), para completar sua cerimônia matrimonial, e as noivas costumam vestir um quimono tradicional de cores brilhantes, que contrasta com as roupas pretas da sua comitiva. 
	Os judeus não bebem nem comem no dia do casamento, até o fim da cerimônia nupcial. As noivas chinesas podem usar uma coroa tradicional de tiras perfumadas de metal, normalmente prata, com um véu feito de penas e pérolas. 
	As indianas colocam um vestido vermelho, tanto o noivo quantoa noiva usam guirlandas coloridas de flores ao redor do pescoço. Na cultura ocidental, é costume a noiva vestir-se de branco em sinal de pureza e inocência. Esse costume data do século XIX e tem mudado lentamente, assumindo outras cores.
	Nomes que recebem os diversos tipos de casamento:
· Endogamia: Casamento entre membros da mesma família ou do mesmo clã.
· Exogamia: Casamento entre membros de diferentes famílias ou clã.
· Monogamia: Casamento de um homem com uma só mulher.
· Bigamia: Casamento de um homem com duas mulheres ou uma mulher com dois homens.
· Poligamia: Casamento de um homem ou uma mulher com várias mulheres ou homens ao mesmo tempo.
· Poliandria: Casamento de uma mulher com vários homens ao mesmo tempo.
· Poliginia: Casamento de um homem com várias mulheres ao mesmo tempo.
· Levirato: Casamento de uma mulher com um irmão de seu falecido marido, comum em sociedades antigas.
	O papel da mulher na sociedade vem mudando lentamente através dos tempos em algumas culturas.Se observarmos a história da humanidade, podemos perceber que a estrutura da família sempre foi patriarcal. Esse modelo familiar deixava ao homem papel de extrema importância e à mulher papel subalterno, social e sexualmente.
	
	Essa estrutura era repassada desde a infância, quando as meninas eram educadas para os afazeres domésticos, a fidelidade e a obediência. 
	Muitas vezes o casamento era tido como um negócio, no qual a noiva era uma mercadoria, que passava por várias negociatas, não importando os seus desejos. 
	Era trocada por terra, por proteção, por expansão de reinados e outros acordos. Em nossa cultura ocidental, esse tipo de casamento é praticamente coisa do passado, mas não está totalmente extinto. E, por falar em passado, vamos passear por algumas culturas antigas e saber algumas curiosidades sobre as estruturas patriarcais dos casamentos.
	Cultura
	Tradição
	
Antigo Egito
	Os faraós podiam desposar quantas mulheres quisessem, formando, assim, um harém. Os homens mais modestos introduziam em suas casas as amantes, fato considerado normal por todos.
	
China Antiga
	O imperador podia ter o número máximo de concubinas: 14.
O concubinato era permitido por lei.
	
Hebraica
	As mulheres hebraicas eram também totalmente submissas e tinham como orgulho o número de filhos, geralmente em grande quantidade.
	Na sociedade brasileira, sempre foi função do homem pagar as contas da família. Essa tradição não é exclusivamente brasileira. Historicamente, a sociedade humana é patriarcal. Cabia, então, ao homem a função de chefe de família. 
	Hoje, as mulheres têm conquistado seu espaço e já são responsáveis pelo sustento da casa em boa parte das famílias brasileiras, realidade que joga por terra a idéia de que o salário da mulher é apenas um complemento no orçamento doméstico.
	Mesmo conquistando espaços maravilhosos e dignos de louvor, muitas mulheres se sentem constrangidas em afirmar que são responsáveis pelas decisões em casa, que sustentam seus lares e que ganham mais que seus maridos. 
	A mulher chefe de família passa a ser uma ameaça ao marido, e o seu salário é um ultraje. Esse quadro gera algumas situações constrangedoras. 
	Muitas mulheres abandonam se sucesso profissional. Outras que insistem em continuar e, por muitas vezes, pagam o preço do divórcio. As mulheres independentes costumam assustar os homens. Aquela que consegue conciliar a sua vida profissional com a do companheiro e com a dos filhos torna-se privilegiada, pois esse companheiro já conseguiu se libertar dos mitos da masculinidade. 
	A mulher conseguiu alcançar esse prestígio graças a algumas características do comportamento feminino, como maior sensibilidade, atenção aos detalhes, espírito de equipe, bom desempenho e maior tempo de estudo, quesitos que despertam o interesse das empresas. Assumindo ou não o papel principal, o que não dá mais para negar é a significativa presença da mulher no mundo trabalhista brasileiro. 
	Elas representam 41% da população economicamente ativa (PEA), são maioria dos setores de prestação de serviço e de comércio e estão se igualando aos homens na administração pública. Hoje, a sociedade passa por um momento de mudanças. 
	A guerra dos sexos já não tem tanta ênfase e vai se diluindo juntamente com a barreira entre masculino e feminino. As únicas diferenças entre um homem e uma mulher são fisiológicas e anatômicas, não figurando nesse contexto a função social de cada um.
	O casal pode e deve se unir em torno do que realmente interessa, e não transformar o seu lar em um ringue, onde o troféu, com certeza não será a felicidade conjugal.
Unidade 14 – A mídia e sua influência
 Fonte: gritosinocentes.blogspot.com
	Os meios de comunicação de massa têm estimulado e influenciado o comportamento sexual humano, principalmente o dos adolescentes, que estão à procura de modelos e de respostas para suas dúvidas. A mídia abre discussão sobre sexualidade e sexo. Mas, ao mesmo tempo em que promove essa discussão, abre também para uma erotização muitas vezes excessiva em horários inoportunos.
	É necessário que jovens e crianças percebam a TV e outros meios de comunicação com um olhar crítico, sabendo usá-los para a vida, sem se submeter a eles.
	É importante que se discuta o tipo de relacionamento de personagens de filmes e novelas, para que se forme um cidadão crítico e observador.
	As novelas, os filmes, os programas de auditório, as propagandas e os telejornais difundem modelos de comportamentos, reforçam esteriótipos sociais, preconceitos, etc.
	O diálogo e o desenvolvimento do senso crítico perante a mídia é, com certeza, uma decisão acertada na formação do cidadão consciente.
De sexo, neoliberalismo e bundas
	Lembram-se do tempo em que o sexo era um tabu, assunto proibido, reprimido? Agora não é mais assim. Fala-se de sexo a toda hora; virou assunto público – ou publicável. A mídia se esbalda. Nos jornais e nas revistas há para todos os gostos, desde a pornografia pesada a nus artísticos, colunas de sexo, especialistas dando conselhos, personalidades respondendo: “Qual o lugar mais estranho onde você fez sexo?” — e por aí vai. Na TV, cenas de sexo nas novelas, reportagens escandalosas e sensacionalistas, bunda e pagode... Na internet, uma festa de erotismo e pornografia; é só navegar e se deixar levar... Tudo muito às claras, sem restrições e quase sem limites. Afinal, precisamos ser livres, usufruir da democracia pela qual tanto lutamos, não é mesmo?
	A questão que fica é: Essa “liberdade” é verdadeira? As pessoas estão mais bem informadas? São mais felizes agora? Não sei não.
	Essa exposição pública da sexualidade parece que não está ajudando a mudar muita coisa. Passou-se do nada pode ao tudo pode sem nenhum critério. Há quem ache que é reverso da mesma moeda: a repressão pelo excesso.
	Mas o que se estaria reprimindo, se agora é tudo tão escancarado?
	O que sempre se impediu e continua sendo interditado é a reflexão. O que não se pode é pensar criticamente sobre o tema, entendê-lo, discutir a sério, mudar condutas para valer, para avançar, mesmo...
	A superexposição do sexo o banaliza, excita sem explicar, sem promover debate algum, e assim fica tudo como está... e sempre foi. A garotada continua desinformada, achando que sabe tudo; as piadas preconceituosas e cheias de esteriótipos que cercam a sexualidade continuam parecendo engraçadas (sinal de que não elaboramos o assunto, continuando a ser muito preconceituosos). As pessoas podem parecer mais livres e mais felizes, pelos menos as figuras públicas tendem a passar essa imagem, mas são de fato?
	Se nunca soubemos conversar sobre sexo, não me consta que tenhamos aprendido.
	O diálogo sobre esse assunto está, freqüentemente, ausente ou é superficial na família, na escola e paradoxalmente, na mídia. A TV, por sua natureza, impede a reflexão, pela profusão de imagens que sucedem incessantemente. É precisodesligá-la, ou desligar-se dela momentaneamente, para poder pensar.
	Nada contra publicações anárquicas provocativas ou maliciosas, de oposição à pasmaceira neoliberal. Estas até fazem pensar: Costumam enfrentar injustificados preconceitos e discriminação de anunciantes.
	Aí é que está: o sexo hoje é apenas objeto de consumo. Nudez vende? Sacanagem vende? Apelando faz sucesso? É o mercado que determina o que devemos fazer. O capitalismo neoliberal dos nossos tempos dispensa valores, ideologias, respeito e ética.
	Em nome do mercado – o árbitro de tudo – tudo pode. E não é só no sexo, está claro. Os homens e as mulheres valem pelo que consomem ou pelo que se deixam consumir. Para se opor a essa lógica, é preciso investir no processo de educar, dialogar sempre, enfrentar o que é difícil, arriscando-se a pensar. 
	Em casa, na família, discutindo o que se ouve e se vê e estabelecendo limites. Nas escolas, abrindo um amplo e contínuo debate sobre a sexualidade, as drogas, a política e todas as questões que envolvem a cidadania. É preciso incluir em vez de excluir. 
	Promover debates em todos os espaços possíveis: pensando, questionando, discordando, se indignando. E também tendo coragem e liberdade para ficar na dúvida. 
	É por aí que se pode sair dessa.As informações estão nos livros, nos jornais, nas revistas, na internet, até na TV. É possível ir atrás. Mas informação sem reflexão não muda comportamentos. Se não nos dispusermos ao diálogo, no qual se ouse pensar o problema, e não repetir os discursos de sempre, ninguém vai ser mais livre ou mais feliz, sendo bombardeado por imagens eróticas (ou pornográficas) ou ouvindo papinhos “descolados” dos arautos da moda da pós-modernidade. E aí, vocês concordam? Ou não?
	
Unidade 15 – Os ídolos
 Fonte: fica-dica.com Fonte: mdemulher.abril.com.br Fonte: alturasepesos.com.br
	Os adolescentes, com sua visão mágica do mundo, sempre se espelham em alguém.
	Alguns tomam como exemplo os pais, outros aqueles que lhe são mais próximos. Uma boa parcela, porém, admira seus ídolos com tanta intensidade que deixa de exercer a crítica e os transforma em “bússola”, ou seja, aqueles que orientam a sua vida.
	Os ídolos nem sempre funcionam como bons orientadores da formação da personalidade. Normalmente são pessoas com superexposição na mídia, que por sua vez abusam do apelo sexual. A mídia tende a banalizar valores socioculturais e até mesmo as relações familiares, e tenta formar modelos de comportamento que muitas vezes são seguidos cegamente pelos jovens.
	Os exemplos mais sugeridos, porém, seguem um estereótipo que não condiz com a realidade. A valorização da futilidade, da erotização, a banalização dos sentimentos até mesmo nas programações de TV podem não ser determinantes na conduta, mas funcionam como agentes de contra valor.
	O grande risco da identificação excessiva é quando o jovem deixa de exercer a sua própria personalidade, assumindo a do ídolo.
	É importante questionar e discutir os modelos, para que possamos refletir sobre as causas e as conseqüências que tais atitudes terão na nossa vida e na nossa auto-estima.
Unidade 16 – Variadas opções sexuais
 Fonte: traoselaos.blogspot.com Fonte: alexneres.wordpress.com
	O espermatozóide, ao fecundar o óvulo, dá início a uma nova vida.
	Cada uma dessas células sexuais carrega informações que definirão as variadas características do indivíduo, dentre elas o sexo biológico.
	Ao nascer, a criança apresenta um sexo biológico representado pelos órgãos genitais femininos ou masculinos. Mas a presença dos genitais não determina o tipo de relacionamento afetivo-sexual que essa criança terá futuramente.
	Ao chegar à adolescência, por causa de uma série de influências, há uma definição sexual que pode ser pelo sexo oposto e/ou pelo mesmo sexo.
· Heterossexual: São os indivíduos que se relacionam afetivo-sexualmente com o sexo oposto.
· Homossexuais: 
Feminino: Mulheres que se comportam de maneira feminina, sentem-se mulheres, mas desejam um relacionamento afetivo-sexual com mulheres, e não com homens.
Masculino: Homens que se sentem e se comportam como homens, mas sua opção de relacionamento afetivo-sexual por homem.
· Bissexual:
Feminino: Mulheres que desejam relacionar-se afetivo e sexualmente tanto com mulheres quanto com homens.
Masculino: Homens que desejam relacionar-se afetivo e sexualmente com homens e mulheres.
· Transexuais: Homens e mulheres que desejam trocar o seu sexo biológico.
· Travesti: Pessoas que se veste de outro sexo para relacionar-se com alguém do mesmo sexo.
· Hermafrodita: Pessoa que apresenta órgãos sexuais externos diferenciados dos órgãos sexuais internos. Por exemplo, nascem com pênis e têm ovários. Somente um médico pode diagnosticar o hermafroditismo.
	Esses esclarecimentos não têm o intuito de rotular o ser humano, mas de esclarecer as pessoas, para que possam se despir de preconceitos e debater sobre a identidade sexual de cada um.
Homossexualismo
	A sociedade estabelece os modelos de comportamento, de como agir, de ser, de pensar para os sexos masculinos e femininos. Qualquer pessoa que se afaste do que é considerado “normal” é discriminado, ridicularizado. 
	Atualmente muito se discute sobre as causas do homossexualismo. Alguns privilegiam os aspectos sociais, outros os psicológicos, outros os biológicos e outros, ainda, consideram simplesmente uma opção pessoal.
	Na psicanálise, as possíveis causas do homossexualismo poderiam ser características da própria pessoa, a inter-relação da pessoa com a dinâmica familiar, a relação com os pais na infância e na adolescência, carência afetiva...
	Outra causa discutida também é o abuso sexual na infância, que deixa traumas profundos. Apesar de as pessoas apresentarem maior abertura a determinados temas sobre sexualidade, o homossexualismo ainda é tratado com muita discriminação e preconceito.
	Os homossexuais possuem uma imagem estereotipada em nossa cultura, muitas vezes imposta pela mídia, principalmente nas novelas e programas humorísticos. Achar que os homossexuais sejam sempre afeminados é um grande engano.
	Atualmente, os homossexuais tentam desmistificar esse rótulo e mostrar que são seres humanos que lutam pelos seus direitos. Não querem mais viver escondidos. A opção sexual não interfere em nada na sua forma de viver em sociedade.
	Assumir a homossexualidade requer muita coragem, porque a pessoa precisa estar disposta a contrabalançar estigmas o tempo todo.
Você sabe o que é homofobia?
	Homofobia é o nome que se dá a atitudes negativas e aversões, medo em relação a homossexuais e à homossexualidade.
As pessoas que sofrem de homofobia, normalmente, não suportam conviver com as especificidades ou não trabalham o próprio desejo homossexual. São pessoas com a sexualidade extremamente reprimida.
	As suas atitudes são discriminatórias, antidemocráticas e chegam mesmo à violência.
Unidade 17- Bullying 
 Fonte: pedagogiaaopedaletra.com
	Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. 
	O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. 
	“É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivopode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa. 
	Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
	O assédio escolar não envolve necessariamente criminalidade ou violência. Por exemplo, o assédio escolar frequentemente funciona por meio de abuso psicológico ou verbal. Os valentões costumam ser hostis, intolerantes e usar a força para resolver seus problemas.
Tipos de assédio escolar
	Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros. Alguns exemplos das técnicas de assédio escolar:
· Insultar a vítima;
· Acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada;
· Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.
· Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc. Danificando-os.
· Espalhar rumores negativos sobre a vítima;
· Depreciar a vítima sem qualquer motivo;
· Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as ordens;
· Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully;
· Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência;
· Isolamento social da vítima;
· Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas, comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de relacionamento com publicação de fotos etc.);
· Chantagem.
· Expressões ameaçadoras;
· Grafitagem depreciativa;
· Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita").
· Fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.
	O bullying sempre existiu. No entanto, o primeiro a relacionar a palavra a um fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega, no fim da década de 1970. Ao estudar as tendências suicidas entre adolescentes, o pesquisador descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying era um mal a combater. A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores. 
	"Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações ou depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. 
	Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.
	O espectador é um personagem fundamental no bullying. 
	É comum pensar que há apenas dois envolvidos no conflito: o autor e o alvo. Mas os especialistas alertam para um terceiro personagem responsável pela continuidade do conflito. O espectador típico é uma testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima nem se junta aos autores. Quando recebe uma mensagem, não repassa. 
	Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido. Os que atuam como platéia ativa ou como torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo também são considerados espectadores. Eles retransmitem imagens ou fofocas. Geralmente, estão acostumados com a prática, encarando-a como natural dentro do ambiente escolar.
	 “O espectador se fecha aos relacionamentos, se exclui porque ele acha que pode sofrer também no futuro.Se for pela internet, por exemplo, ele apenas repassa a informação. Mas isso o torna um coautor”, explica a pesquisadora Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868).
	O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se achar bom para integrar o grupo e apresentar baixo rendimento.
	Uma pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) revela que 41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram sobre o problema, nem mesmo com os colegas. As vítimas chegam a concordar com a agressão, de acordo com Luciene Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinhas (Unicamp). 
	O discurso deles segue no seguinte sentido: "Se sou gorda, por que vou dizer o contrário?"Aqueles que conseguem reagir podem alternar momentos de ansiedade e agressividade. Para mostrar que não são covardes ou quando percebem que seus agressores ficaram impunes, os alvos podem escolher outras pessoas mais indefesas e passam a provocá-las, tornando-se alvo e agressor ao mesmo tempo.
	Por ter consequências imediatas e facilmente visíveis, a violência física muitas vezes é considerada mais grave do que um xingamento ou uma fofoca. A dificuldade que a escola encontra é justamente porque o professor também vê uma blusa rasgada ou um material furtado como algo concreto. Não percebe que a uma exclusão, por exemplo, é tão dolorida quanto ou até mais'', explica Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O bullying virtual 
	É o bullying que ocorre em meios eletrônicos, com  mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulando por e-mails, sites, blogs (os diários virtuais), redes sociais e celulares. É quase uma extensão do que dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que as pessoas envolvidas não estão cara a cara. 
	Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos comentários e das ameaças e os efeitos podem ser tão graves ou piores. 
	"O autor, assim como o alvo, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar valores esquecidos ou formar novos", explica Luciene Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinhas (Unicamp).Esse tormento que a agressão pela internet faz com que a criança ou o adolescente humilhado não se sinta mais seguro em lugar algum, em momento algum. Marcelo Coutinho, especialista no tema e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que esses estudantes não percebem as armadilhas dos relacionamentos digitais. 
	“Para eles, é tudo real, como se fosse do jeito tradicional, tanto para fazer amigos como para comprar, aprender ou combinar um passeio.”
MITOS E FATOS SOBRE O BULLING
Mito: “Bullying é apenas uma fase, uma parte normal da vida. Eu passei por isto e meus filhos vão passar também.
Fato: Bullying não é um comportamento nem normal, nem socialmente aceitável. Na verdade, se aceitarmos este comportamento estaremos dando poder aos bullies.
Mito: “Se eu contar pra alguém, só vai piorar”. 
Fato: As pesquisas mostram que o bullying pára quando adultos com autoridade e os colegas se envolvem.
Mito: “Reaja e devolva as ofensas ou pancadas.”
Fato: Embora haja algumas vezes em que as pessoas podem ser forçadas a se defender, bater de volta, geralmente piora o bullying e aumenta o risco de sério dano físico.
Mito: “Bullying é um problema escolar, os professores

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