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AP2 Currículo

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
AVALIAÇÃO PRESENCIAL 2 – 2021.1
Disciplina: Currículo
Coordenadora: Rita Frangella
Aluno(a): 
Matr.: Polo: 
Observe o fragmento da entrevista concedida por William Pinar à professora Maria Luiza Sussekind e publicada na revista Teias:
Teias/AbdC: Por que o currículo é uma conversa complicada?
William F. Pinar: Bom, é uma conversa porque as pessoas estão falando umas com as outras. E porque os professores falam não só com seus estudantes, mas com seus próprios mentores, suas próprias experiências e com seus conteúdos, pois os conteúdos em si mesmos são conversas. Embora num livro didático as conversas possam ser apresentadas como séries de fatos, elas representam um tipo de tentativa de acordo sobre o que é verdade, sobre isso ou aquilo. E, assim, as_ _conversas são marcadas pelo seu tempo e possuem uma certa direção ou argumento e, de certo modo, as conversas movem-se em direção a isso.
E são conversas complicadas pela falta de transparência ou autotransparência. É complicada pelo quanto os professores e estudantes são opacos para si mesmos e para os outros. Especialmente numa sala de aula com um certo número de estudantes, é comum ter um lampeja, certo? Você não acha que o professor tenta ver tudo, que ele tenta perscrutar, ouvir os silêncios e ler nas entrelinhas? Que o professor, ao olhar de soslaio os olhos dos estudantes, tenta ver quem é quem? Bom, isso acontece de modo que complica a conversa. Por exemplo, se você estiver aberto para a realidade da outra pessoa, você diz as coisas de forma um pouco diferente e sem trair a princípio o que é que você quer dizer: por isso é, inevitavelmente, uma conversa complicada. Essa conversa também é complicada porque é informada, é claro, por aquilo que acontece e aconteceu fora da sala de aula, como nas famílias dos alunos. A conversa é complicada porque acontece entre todos na sociedade.
Teias/ABdC: E a conversa complicada que é o currículo acontece também com a cultura? E como você relaciona isso com a política? 
Referência: SUSSEKIND, Maria Luiza. Entrevista com William Pinar. Revista Teias, v.14, n 33, 2013, p 206-214. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/view/24376/17354
A partir dos estudos desenvolvidos ao longo da disciplina e dos textos estudados como poderíamos responder a pergunta feita a William Pinar e pensando o currículo como conversa complicada, que conversa é essa entre: (3 pontos cada questão + 1 ponto geral para estrutura do texto, correção linguística)
a- Currículo e cultura?
b- Currículo e conhecimento?
c- Política curricular e escola?
Baseado em todo material estudado podemos entender que no currículo se concretiza o processo educativo e pode ser visto como o instrumento central para a promoção da qualidade na educação. É por meio do currículo que as ações pedagógicas se desdobram nas escolas e nas salas de aula. Diante disto a necessidade de permanentes discussões sobre o currículo, que nos permitam avançar na compreensão do processo curricular e das relações entre o conhecimento escolar, a sociedade, a cultura, a autoformação individual e o momento histórico em que estamos situados.
Currículo e cultura
· Sobre o currículo e a cultura percebemos que durante muito tempo, buscou-se a causa do fracasso ou do sucesso dos alunos em fatores exteriores a escola, como a renda ou o nível cultural da família dos estudantes. Depois dos anos 70, os estudos no campo do currículo passaram a questionar se os conteúdos curriculares e a forma como eram ministrados possibilitavam a aprendizagem dos alunos das camadas populares, que geralmente tinham um baixo rendimento escolar. Nesse contexto, os processos referentes aos conhecimentos escolares passaram a ter grande importância no campo do currículo. Mostrou-se fundamental, então, identificar e organizar os conteúdos que realmente possibilitem promover o sucesso dos estudantes na escola. Ou seja, examinar o processo de seleção do conhecimento escolar, tendo em vista a construção do currículo. 
Currículo e conhecimento
· O currículo é um plano de ação porque ele é a construção dos conteúdos que implicarão a formação do sujeito na sociedade, ou seja, o currículo é a prática da aprendizagem que tampouco formará o pensamento crítico do indivíduo no meio social. Desse modo, o currículo é uma construção dos saberes, bem como o envolvimento entre os sujeitos, pois ele interage em um determinado contexto construído pelas experiências, atividades, métodos e meios com o objetivo de cumprir os interesses de um grupo hegemônico, que pretende controlar as pessoas: pais, professores, alunos, comunidade, etc.
O currículo é uma ponte entre cultura e a sociedade exteriores às instituições de educação, ele é também uma ponte entre a cultura dos sujeitos, entre a sociedade de hoje e do amanhã, entre as possibilidades de conhecer e saber se comunicar, bem como se expressar em contraposição ao isolamento da ignorância. Assim, o currículo não é neutro, pois ele é um território de conflitos onde as decisões são tomadas para excluir ou incluir as pessoas na trajetória escolar. 
Logo, o currículo deve servir como uma ponte para integrar os indivíduos no grupo escolar, bem como fortalecer a gestão democrática que são as normas do regimento escolar, o que garantirá qualidade social da educação, valorização da diversidade e protagonismo dos alunos no meio em que vivem.
Política curricular e escola
· Sobre a política curricular e a escola na medida em que se vinculam políticas educacionais e interesses econômicos globais passa-se a pensar em uma política educacional baseada na lógica do mercado e voltado para ele. A globalização da economia sugere novas formas de produção e substituindo essas linhas de produção a mundo estaria exigindo uma nova configuração do conhecimento. 
Ao longo dos últimos anos, no contexto das pesquisas tem se desenvolvido e se dedicado ao estudo de políticas curriculares, ainda que, com diferentes enfoques, observando como, em processo de fazer-se, estas vão sendo apropriadas, reconfiguradas, criadas no contexto específico das escolas, dando ênfase ao trabalho realizado por professores-professoras como curriculistas, na produção que fazem do currículo. Argumentamos que as políticas curriculares não podem tomar a escola como ponto de referência ou ancoragem apenas, pelo fato de ser também na escola que as políticas de currículo se constituem, via disputas e negociações de saberes e poderes que legitimam e hegemonizam provisoriamente sentidos. 
Assim, em diálogo com as escolas, observamos tensões, negociações, os movimentos de transformação/reapropriação/invenção do currículo numa tensão: universal/particular, ou seja, da totalização proposta de uma proposta una e o localismo do cotidiano das diferentes escolas. Enfatizamos aqui o uno, no sentido de centralização que tem pautado as discussões em torno das políticas de currículo contemporaneamente. Problematizamos o sentido de comum que se transmuta em uno/homogeneizado. 
Essa tensão reencenada sob vários nomes, mais uma vez se coloca no horizonte de discussões em torno das Bases Curriculares Comuns Nacionais. É nesse cenário e essa problemática que nos mobiliza a discussão que aqui apresentamos. Arguir os sentidos de currículo que se depreendem de uma proposta de centralização curricular e seus impactos na formação e trabalho docente é importante para pensar os efeitos das políticas em debate, pondo em questão os significados produzidos e reclamando participação na produção dessas políticas.
Referências bibliográficas:
· Currículo: conhecimento e cultura ISSN 1982 - 0283 Ano XIX – Nº 1 – Abril/2009 Secretaria de Educação a Distância Disponível em: < http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012193.pdf> Acesso em: 17/06/2021.
· OLIVEIRA F. MEIRELES. Currículo e planejamento: A construção do conhecimento.Disponível em:< https://fce.edu.br/blog/curriculo-e-planejamento-a-construcao-do-conhecimento/> Acesso em: 17/06/2021.
· Políticas curriculares, centralização curricular e impactos na formação docente: Uma análise do documento Pátria Educadora. Grupo de Trabalho - Cultura, Currículo e Saberes Agência Financiadora: FAPERJ. Disponível em: < https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/20185_10705.pdf> Acesso em: 17/06/2021.