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DISCENTE: KAROLAYNE MARIA DO NASCIMENTO RODRIGUES DISCIPLINA: PRÁTICAS PRÉ-CLÍNICAS SUMÁRIO: 1 – INTRODUÇÃO 2 - DESENVOLVIMENTO 2.1 – CONCEITOS GERAIS 2.2 – DESINFECÇÃO 2.3 – TIPOS DE INFECÇÃO CRUZADA 2.4 – TRANSMISSÃO DAS DOENÇAS 2.5 – TRANSMISSÃO DAS PRINCIPAIS INFECÇÕES 2.6 – MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO 2.7 - HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 2.8 – EPIs 2.9 – PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 2.10 – PROCESSAMENTO DO INSTRUMENTAL ODONTOLÓGICO 2.11 – LIMPEZA DO CONSULTÓRIO 2.12 – VACINAÇÃO 3 – CONCLUSÃO 4 – REFERÊNCIAS 1- INTRODUÇÃO A biossegurança é o conjunto de normas e medidas técnicas consideradas seguras e adequadas, que devem ser empregadas por profissionais de saúde ou demais áreas, visando prevenir acidentes e contaminação cruzada em atividades de risco. A prevenção contra a infecção cruzada deve ser algo crucial na Odontologia, os profissionais precisam adotar medidas rotineiras para minimizar o risco de transmissão de doenças, como hepatite B, HIV (Aids), sarampo, etc. É notório que houve algumas mudanças na biossegurança odontológica, principalmente nos atendimentos após a pandemia causada pelo SARS- CoV2 (coronavírus), pois os consultórios odontológicos possuem um risco de infecção viral muito grande, o cirurgião-dentista está frequentemente exposto á saliva, sangue e outros fluidos corporais, além do manuseio de instrumentos perfurocortantes. FONTE: Google.com As normas de biossegurança incluem a correta lavagem das mãos, uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), desinfecção e esterilização, imunização da equipe, limpeza adequada das superfícies, correto manuseio dos resíduos e instrumentais. Foto: https://biomedicinabrasil.com.br/ 2- DESENVOLVIMENTO 2.1 – CONCEITOS GERAIS: ANTISSEPSIA: É a redução ou eliminação de microrganismos da pele ou da mucosa. https://biomedicinabrasil.com.br/ https://biomedicinabrasil.com.br/ https://biomedicinabrasil.com.br/ ASSEPSIA: Medidas que visam impedir a contaminação de um meio, como superfícies e equipamentos. Deve-se realizar a assepsia por todo o consultório, todos os dias. ARTIGO: É tudo que pode ser contaminado. BARREIRA TÉCNICA: Procedimentos padronizados que tem por objetivo minimizar o risco de contaminação. CAT: (Contaminação de Acidente de Trabalho), notificação de doença ou acidentes relacionados ao trabalho. ARTIGOS CRÍTICOS: São os que penetram nos tecidos, especificamente no sistema vascular. Exemplos: Sonda exploradora, instrumenta cirúrgico, seringas. ARTIGOS NÃO CRÍTICOS: São aqueles que não entram em contato direto com o paciente e devem ser desinfectados. CONTAMINAÇÃO CRUZADA: Transmissão de agentes infecciosos entre a equipe de trabalho e os pacientes. Imagem: CRO/MG DEGERMAÇÃO: Redução ou remoção parcial dos microrganismos da pele. A cada paciente, deve-se higienizar todo o equipo. Utilizar sabão neutro, álcool 70%. 2.2 – DESINFECÇÃO: A) ALTO NÍVEL: Destruição de microrganismos em objetos ou superfícies. B) MÉDIO NÍVEL: Destruição das bactérias vegetativas, maiorias dos vírus e fungos. C) BAIXO NÍVEL: Destrói algumas bactérias e alguns fungos. 2.3 – TIPOS DE INFECÇÃO CRUZADA: A) Paciente para profissional. B) Profissional e equipe para o paciente. C) Paciente para paciente, via equipe e profissional. D) Paciente para paciente, via fômites. 2.4 – TRANSMISSÃO DAS DOENÇAS: 1) SANGUE: a) Percutânea: Lesão provocada por instrumentais perfurocortantes. Foto: CRO/MG b) Mucosa: Contato com respingos. c) Cutânea: Contato com a pele (feridas abertas ou dermatite) 2) VIA AÉREA: a) Contaminação direta: Por inalação ou ingestão, gotículas ou aerossóis. 3) CONTATO DIRETO OU INDIRETO COM O PACIENTE: a) Direto: Pele ou mãos b) Indireto: Itens de uso do paciente ou superfícies. 2.5 – TRANSMISSÃO DAS PRINCIPAIS INFECÇÕES: a) Gonorreia: Boca e nasofaringe. b) Sarampo: Direta (gotículas nasofaríngeas); indireta (aerossóis). c) Parotide virótica (caxumba): Direta (gotículas de saliva contaminada); indireta (fômites). d) Herpes: VHS-1 (oroface); VHS-2 (lesões genitais). e) Catapora (varicela): Inalação de fômites ou contato direto com a pele. 2.6 – MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO: 1) Imunização da equipe; Estimula as células de defesa do corpo humano, conferindo imunidade. 2) Higienização das mãos; 3) Uso de EPIs; 4) Limpeza, desinfecção, esterilização e armazenamento de instrumental odontológico; 5) Conduta no atendimento ao paciente; 6) Limpeza geral: . 7) Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). Tem como objetivo minimizar e proporcionar um encaminhamento seguro aos resíduos gerados. Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços e Saúde (PGRSS) 2.7 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: QUANDO HIGIENIZAR AS MÃOS? 1 – QUANDO ESTIVEREM CONTAMINADAS COM SANGUE OU OUTROS FLUIDOS CORPORAIS; 2 – AO INICIAR O TURNO DE TRABALHO; 3 – APÓS IR AO BANHEIRO. TIPOS DE HIGIENIZAÇÃO (ANVISA) a) Simples: Realizada no dia-a-dia. Serve para remover os microrganismos da camada superficial da pele. b) Antisséptica. c) Fricção antisséptica: Reduz a carga microbiana quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. Não é necessário utilizar papel toalha. d) Antissepsia cirúrgica: Elimina a microbiota transitória da pele quando se utiliza água e sabão. Reduz a microbiota residente quando se utiliza escova de cerdas macias e antisséptico CLOREXIDINA 4%. Deve-se higienizar as mãos a cada paciente. Evitar atender os pacientes se tiver lesões nas mãos. As mãos são as principais vias de transmissão de microrganismos. A transmissão ocorre por contato direto (pele com pele) ou indireto (contato com superfícies). IMAGEM: Blog da saúde/ Ministério da Saúde 2.8 – EPIs: Impedem que os microrganismos provenientes dos pacientes contaminem o profissional e sua equipe, por meio dos fluidos corporais, sangue, saliva, secreções e excreções. a) GORRO OU TOUCA: Barreira mecânica que evita contaminação por secreções, aerossóis, evita queda de cabelos nas áreas de procedimentos. Foto: Google.com b) PROTETOR FACIAL: Protege contra infecções e inalação de agentes químicos. Fonte: Projeto FSFL3D (2020) c) SAPATO: Evita choques elétricos. Deve ser de preferência com solado antiderrapante. Fonte: Google.com d) MÁSCARA DESCARTÁVEL: Protege contra a inalação de agentes infecciosos, químicos e biológicos. Imagem: Gogle.com e) LUVAS: Serve para minimizar os riscos de transmissão de vírus e bactérias entre o profissional e sua equipe e o paciente.Imagem: Google.com f) JALECO: Reduz o risco de transmissão de microorganismos, formando uma barreira de proteção. Deve ter punho fechado e gola de padre. Imagem: Google.com 2.9 – PROTEÇÃO RADIOLÓGICA: a) PROTEÇÃO DO OPERADOR: O tempo de exposição deve ser o menor possível. b) PROTEÇÃO RADIOLÓGICA: O profissional deve manter uma distância mínima de 2m do tubo e do paciente, além disso, deve posicionar-se atrás de uma barreira de chumbo. Imagem: Google.com 2.10 – PROCESSAMENTO DO INSTRUMENTAL ODONTOLÓGICO: 1º PRÉ LIMPEZA: Os instrumentais devem ser colocados de “molho” em água e sabão neutro facilitando a remoção de sujidades, sangue, saliva etc. Requisitos estabelecidos pela ANVISA. Portaria do Ministério da Saúde nº 453 (1 de junho de 1998) 2º LIMPEZA: Deve escovar cada instrumental, com escova de cerdas macias. 3º ENXÁGUE: Realizado em água potável e corrente. 4º SECAGEM: Secar os instrumentais de um por um, com um pano seco ou secador de ar quente. 5º EMBALAGEM: Embalar os instrumentais em papel grau cirúrgico, além disso, deve estar devidamente identificado. 6º DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO. (MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO) 1 – FÍSICOS: a) Radiação ionizante b) Calor: Úmido (autoclave); seco (estufa). 2 – QUÍMICOS: a) Solução: glutaraldeído 2%; ácido paracético 0,2% (PAA); peróxido de hidrogênio 3-6%. b) Gasoso: Óxido de etileno ETO; plasma de peróxido de hidrogênio. 7º ARMAZENAMENTO: Em local seco, livre de poeira. Armários, estantes, distantes do chão, teto e parede. 2.11 – LIMPEZA DO CONSULTÓRIO: A limpeza do consultório deve ser realizada antes e após os atendimentos. Limpar com água sanitária. a) Higienizar toda a cadeira, com uma gota de sabão neutro e esponja úmida. Limpar todo o refletor com álcool 70%. Borrifar álcool por toda a cadeira. b) Lavar a cuspideira com sabão neutro e escova. Em seguida, borrifar álcool. Proteger com plástico PVC. Essa etapa é muito importante, pois os instrumentais molhados causam oxidação (enferruja). ATENÇÃO: A esterilização possui data de validade. c) Revestir com plástico PVC o apoio da cabeça, encosto, refletor, na parte dos pés, não é necessário na região das nádegas. d) A mesa auxiliar deve ser limpa com água e sabão, secada e desinfectada com álcool. Imagem: Google.com 2.12 – VACINAÇÃO: Hepatite B: 3 doses, com intervalo de 0, 1 e 6 meses. Infecção de maior risco para a Odontologia. É necessário fazer o teste sorológico após 2 meses de completado o esquema. Influenza: Uma única dose anualmente. Dupla adulto (tétano e difteria): 3 doses. A 2º dose é realizada de 4 a 8 semanas após a 1º dose, a 3º dose é de 6 a 12 meses após a 2º. O reforço é a cada 10 anos. Tríplice viral (rubéola, sarampo, caxumba): Dose única. Contraindicada na gestação. Até 49 anos para mulheres e 39 anos para os homens. Hepatite A: 2 doses com intervalo de 0 a 6 meses. Imagem: Google.com 3 – CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que a biossegurança na prática odontológica é extremamente importante, adotando todas as medidas e condutas adequadas para que o dia-a-dia nessa profissão seja seguro, confiável e de qualidade, minimizando os riscos de transmissão de agentes infecciosos, doenças como HIV, Hepatite B e diminuindo os riscos de contaminação cruzada. 4 – REFERÊNCIAS: JB, FRANCO; DE CAMARGO, A. R.; MPSM, PERES. Cuidados Odontológicos na era do COVID-19: recomendações para procedimentos odontológicos e profissionais. Rev Assoc Paul Cir Dent, v. 74, n. 1, p. 18-21, 2020. JORGE, Antonio Olavo Cardoso. Princípios de biossegurança em odontologia. Revista biociências, v. 8, n. 1, 2002. PINELLI, Camila et al. Biossegurança e odontologia: crenças e atitudes de graduandos sobre o controle da infecção cruzada. Saúde e sociedade, v. 20, n. 2, p. 448-461, 2011.
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