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i-Pro - Instituto Profissionalizante Gestão Industrial 
1 
 
 
i-Pro - Instituto Profissionalizante Gestão Industrial 
2 
 
 
M Ó D U L O 
DE GESTÃO 
INDUSTRIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
i-Pro - Instituto Profissionalizante Gestão Industrial 
3 
 
Sumário 
 
Pág. 
 
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO À GESTÃO INDUSTRIAL .................. 4 
CAPÍTULO 2 EMPRESA E PRODUÇÃO ............................................... 9 
CAPÍTULO 3 “5S” – HOUSEKEEPING ................................................ 18 
CAPÍTULO 4 SEGURANÇA NO TRABALHO ................................... 27 
CAPÍTULO 5 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO . 43 
CAPÍTULO 6 JUST IN TIME .................................................................. 54 
CAPÍTULO 7 MRP – MATERIAL REQUIREMENT PLANNING .... 62 
CAPÍTULO 8 GESTÃO DA QUALIDADE .......................................... 67 
CAPÍTULO 9 ALMOXARIFADO .......................................................... 87 
CAPÍTULO 10 LOGÍSTICA .................................................................... 105 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
i-Pro - Instituto Profissionalizante Gestão Industrial 
4 
C A P Í T U L O 
1 INTRODUÇÃO À GESTÃO INDUSTRIAL 
 
PRODUTO 
Um produto é qualquer objeto oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou um desejo. Esse objeto 
é o resultado (efeito) de um processo. Contudo, o produto é muito mais do que apenas uma coisa física. O produto é 
um pacote completo de benefícios ou de satisfação que os compradores pretendem obter . Ele é a soma de todos os 
atributos físicos, psicológicos, simbólicos etc. Podem ser considerados produtos, os seguintes tipos de bens: 
 
o Físicos (furadeira, livro etc.). Ex: A furadeira é um produto de um processo de fabricação. 
o Serviços (curso profissionalizante, corte de cabelo, lavagem de carro etc.). Ex: O curso profissionalizante é 
um produto que resulta da necessidade de treinamento do mercado. 
o Eventos (concertos, desfiles etc.). Ex: O show é um produto que resulta da procura das pessoas por 
diversão. 
o Pessoas (Pelé, George Bush etc.). Ex: A fama de Pelé é o produto que resultou de sua qualidade como 
jogador. 
o Locais (Havaí, Veneza etc.). Ex: O glamour de Paris é o produto que resultou de campanhas de marketing. 
o Organizações (Greenpeace, Exército da Salvação etc.). Ex: A ONG ―Sou da Paz‖ é um produto que 
resultou do alto índice de criminalidade no Brasil. 
o Ideias (planejamento familiar, direção defensiva etc.). Ex: O planejamento familiar é o produto que resulta 
da necessidade de as famílias se organizarem. 
O foco de nosso curso é a indústria. Nela, o produto nada mais é que o final do processo, o resultado de todo o 
trabalho - desde o começo, quando é feita a organização da empresa, até o fim, com a entrega do bem produzido. O 
nosso produto é aquilo nós podemos oferecer às pessoas. 
 
PRODUÇÃO 
Se produto é o resultado da fabricação, a produção é o processo, ou seja, os passos que devem ser percorridos até 
que se obtenha o resultado final. A produção pode ser dividida em setores, pode ser automática, manual, artesanal 
etc. Mas todas são feitas de processos, de fases que, uma após a outra, completam-se para construir o resultado, o 
nosso produto final. 
Tipos de produção: 
 
o Artesanal: Todos os processos são feitos por uma única pessoa. Não há padrão. Cada unidade produzida é 
única e diferente de todas as outras. 
o Produção simples: O produto é feito por uma única pessoa, mas com um padrão definido. Assim, todos 
os objetos produzidos são iguais. 
o Produção em curta escala: O produto é feito por mais de uma pessoa. A quantidade é reduzida e os 
processos são feitos um por um, com padrão. 
o Produção em média escala: O produto é feito por muitas pessoas. A quantidade é moderada e os 
processos são realizados simultaneamente, com alto padrão. 
o Produção em larga escala: O produto é feito por muitas pessoas. A quantidade é enorme e os processos 
são realizados simultaneamente, com alto padrão. 
A organização da produção depende de seu espaço, capacidade de investimentos, ramo de atividade e escala. 
 
RAMOS INDUSTRIAIS 
A indústria é, por definição, uma empresa privada ou pública que produz itens para o consumo do mercado. Em 
outras palavras, tudo o que consumimos vem de uma indústria e tudo o que essas indústrias consomem também 
vem de outras indústrias. Dessa forma, ―Indústria‖ é um ciclo de produção e cooperação que nos fornece alimentos, 
 
i-Pro - Instituto Profissionalizante Gestão Industrial 
5 
roupas, máquinas, carros, casas, computadores, remédios e até itens pouco percebidos, como energia elétrica, água 
limpa, programas de computador e muitos outros objetos do nosso cotidiano. As empresas são divididas em ramos 
e cada ramo tem suas características, exigências e normas particulares. Temos abaixo, uma lista com algumas 
informações acerca dos principais ramos da indústria: 
 
Indústria aeroespacial 
Indústria aeroespacial é a atividade industrial envolvida na fabricação de aviões e de outros veículos de transporte 
aéreo. A indústria aeroespacial caracteriza-se pela ampla utilização de mão de obra qualificada, pela integração de 
atividades multidisciplinares, pela criação de tecnologias de ponta com rápida evolução, pela difícil automação 
devido à pequena escala de produção; por ser o meio de transferência de inovações para outras indústrias; e por ter 
produtos que, além de complexos, são repletos de tecnologias e são exigentes de um demorado processo de criação 
e fabricação. A tecnologia da indústria aeroespacial é considerada estratégica pelos países que a detém. Por isso, ela 
é fortemente apoiada por políticas governamentais de incentivos e de mecanismos de proteção. 
 
No Brasil, a indústria aeroespacial integra as indústrias aeronáutica, espacial e de defesa. Ela desenvolve e produz 
aviões comerciais e militares, aeronaves leves e de médio porte, helicópteros, planadores, foguetes de sondagem e 
de lançamento de satélites, equipamentos e sistemas de defesa, mísseis, radares, sistemas de controle de tráfego 
aéreo e proteção ao voo, sistemas de solo para satélites, equipamentos aviônicos de bordo e espaciais. Além de 
produzir, ela também opera reparos e manutenção em aviões e motores aeronáuticos. A indústria aeronáutica 
brasileira está capacitada para conceber, desenvolver, projetar, produzir, integrar e fornecer o suporte logístico dos 
produtos aeronáuticos e é um dos poucos setores nacionais com produtos cuja concepção e projeto são totalmente 
executados a partir de tecnologia do próprio país. 
 
Essa indústria destaca-se pela grande participação na produção de bens de alto valor agregado, pela geração de 
empregos altamente qualificados, pela melhoria na qualidade de diversos outros produtos e por ter suas tecnologias 
e procedimentos - gerados com o consequente aumento da competitividadeda indústria brasileira como um todo – 
incorporados pelas outras cadeias produtivas. As principais preocupações do ramo da indústria aeroespacial são 
segurança e confiabilidade, tanto de seus produtos militares ou não tripulados quanto dos produtos oferecidos aos 
milhões de passageiros civis. Por isso, seus esforços dedicam-se sempre à prevenção de riscos, à conformidade às 
normas de segurança e ao monitoramento da qualidade. 
 
Indústria automotiva 
A indústria automobilística, indústria automotiva ou indústria do automóvel é a atividade envolvida com projeto, 
desenvolvimento, fabricação, publicidade e venda de veículos automotores. Em 2006, mais de 69 milhões de 
veículos - incluindo automóveis e veículos comerciais - foram produzidos no mundo. No mesmo ano, cerca de 16 
milhões de automóveis foram vendidos nos Estados Unidos, 15 milhões na Europa Ocidental e 7 milhões na China. 
A partir de 2007, observou-se uma estagnação nos mercados da América do Norte, da Europa e do Japão. Por outro 
lado, verificou-se crescimento nos mercados da América do Sul, especialmente do Brasil, e da Ásia, como na 
Coreia do Sul ou na Índia. 
 
A indústria automotiva brasileira teve uma produção de 2,5 milhões de veículos em 2005. Em nosso país, 
encontram-se instalados os maiores fabricantes mundiais: Ford, GM (Chevrolet), Volkswagen, Fiat, Peugeot, 
Citroën, Mercedes-Benz, Renault etc. Há também alguns fabricantes nacionais emergentes: Troller, Marcopolo, 
Agrale, Randon, dentre outros. A indústria brasileira possui entidades reguladoras e representativas como a 
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), fundada em 1956 e que reúne empresas 
fabricantes de automóveis (carros de passeio, comerciais leves, caminhões, ônibus) e máquinas agrícolas 
automotrizes (tratores de rodas e de esteiras, cultivadores motorizados, colheitadeiras e retro escavadeiras) com 
instalações industriais no Brasil já operacionais ou em vias de iniciar a produção. 
 
A Anfavea é filiada a Organisation Internationale des Constructeurs d'Automobiles (OICA), com sede em Paris, 
entidade que reúne as associações nacionais de fabricantes de automóveis. As empresas que fazem parte da cadeia 
de fornecimento da indústria automotiva precisam monitorar um amplo leque de tópicos específicos referentes à 
qualidade, saúde, meio ambiente, segurança e responsabilidade social. 
 
 
 
 
i-Pro - Instituto Profissionalizante Gestão Industrial 
6 
Construção civil e imóveis 
Construção civil é o termo que engloba a produção de obras como casas, edifícios, pontes, barragens, fundações de 
máquinas, estradas e aeroportos. Participam dessa cadeia produtiva arquitetos e engenheiros civis em colaboração 
com técnicos de outras disciplinas. 
No Brasil, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) regulamenta as normas e o CREA (Conselho 
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) fiscaliza o exercício das profissões envolvidas e a 
responsabilidade civil em torno delas. Toda obra de construção civil deve ser previamente aprovada pelos órgãos 
municipais competentes e sua execução deve ser acompanhada por engenheiros ou arquitetos registrados pelo 
CREA. Em outros países, as leis que regulamentam o exercício e a profissão da engenharia podem ser diferentes. 
Em termos práticos, a engenharia civil divide-se em dois grandes ramos principais: 
 
Obras de construção civil - Engloba basicamente as edificações para moradia, comércio e serviço público. 
Obras de construção pesada - Engloba grandes construções, como portos, pontes, aeroportos, estradas, 
hidroelétricas, túneis etc. Essas obras geralmente são contratadas por empresas e órgãos públicos. 
 
Em alguns casos, as edificações industriais têm complexidade e vulto para serem classificadas como obras pesadas. 
 
No setor imobiliário ou no setor de construção, é preciso saber gerenciar – do projeto da obra à sua conclusão - 
todas as questões relativas à qualidade, saúde, meio ambiente e segurança. Existem inúmeros trabalhos envolvidos 
no gerenciamento de um projeto, sem contar os diversos estudos de conformidade a todas as exigências legais 
correspondentes às fases de projeto e de construção. Por outro lado, somente obras muito complexas exigem 
certificações completas para o projeto como um todo. Normalmente, a certificação da empresa empreiteira é 
suficiente. Mas, em áreas como segurança do trabalho e gestão ambiental, essas certificações são exigidas para 
cada projeto. 
 
Indústria de bens de consumo 
Bens de consumo são produzidos, principalmente, pelas indústrias que se especializaram em produzir itens para uso 
direto pelo cliente, bens utilizados por pessoas comuns e não itens que vão auxiliar a fabricação de outros ou que 
são específicos a um determinado mercado. Exemplos práticos de bens de consumo são roupas, brinquedos, livros, 
cadernos, mochilas, malas, móveis de todo tipo, ventiladores, portas, janelas, entre outros. 
 
Os EUA são o maior consumidor de bens de consumo do mundo. O Brasil, apesar de consumir em larga escala, 
ainda não produz o suficiente para se colocar entre os maiores produtores do mundo. Nosso país está muito atrás 
dos mega produtores: China, Coreia, Taiwan e tantos outros países asiáticos que crescem vertiginosamente nesse 
ramo. No mercado atual, o fabricante ou varejista de bens de consumo depara-se com desafios cada vez maiores 
com as áreas de qualidade, saúde e segurança, pois os ciclos de produtos estão cada vez menores, as exigências 
legais em constante transformação e níveis de preço em queda constante. 
 
Testes e inspeções dos produtos, estudos de segurança e de fabricação, auditorias sociais e treinamento; Todos 
esses elementos são fundamentais, estabelecem pontos de controle ao longo da cadeia de fornecimento desses 
produtos a fim de averiguar a qualidade e o cumprimento de exigências legais, o que ajuda a minimizar o risco de 
recalls, devoluções e reclamações. 
 
Indústria de eletroeletrônicos 
A indústria de eletroeletrônicos engloba basicamente toda atividade voltada ao projeto, desenvolvimento e 
produção - em pequena, média ou larga escala - de qualquer produto tecnológico que utilize meios elétricos e 
dependa de componentes eletrônicos para seu funcionamento. Computadores, calculadoras, TVs, aparelhos de 
DVD e videogames são aparelhos eletroeletrônicos. Esse mercado tem crescido exponencialmente nos últimos 
anos, principalmente com a popularização de computadores e o baixo custo de aparelhos celulares, MP3, MP4 e 
outros tipos de comunicadores digitais, que antes eram caros demais para a população comum. Os tempos 
modernos colocam esse ramo entre as maiores do meio industrial. Seus representantes são marcas famosas, como 
Sony, Toshiba, Mitsubishi, LG, Samsung, Motorola, Nokia etc. 
 
A maioria dessas marcas são asiáticas, o que mostra o poder oriental na produção desses itens. Atualmente, o 
maior problema para esse ramo é a pirataria, produção de itens com modelos idênticos em forma e função aos 
originais, mas com qualidade infinitamente inferior e custo menor. O prejuízo causado pela pirataria provavelmente 
 
i-Pro - Instituto Profissionalizante Gestão Industrial 
7 
teria levado a maior parte dessas empresas à falência, não fossem a proporção das vendas e o combate rígido à 
pirataria feita nos EUA e em países da União Europeia. No Brasil, não há controle eficiente à pirataria e, por isso, 
grandes centros urbanos tornam-se grandes feiras piratas ao ar livre. Temos também shoppings especializados na 
venda de artigos pirateados. Esse é um dos principaismotivos do alto preço dos produtos originais. 
A globalização, a convergência de tecnologia, a redução do tempo, a necessidade de inovação, a intensificação da 
demanda por confiabilidade e desempenho e a mutabilidade das regulamentações são fatores de importância 
crescente. Importadores e fabricantes de eletroeletrônicos podem superar esses desafios ou se perderem diante 
deles: laboratórios, testes, inspeções, certificação de conformidade ao longo de todo o ciclo de vida do produto; 
tudo isso ajuda a assegurar a conformidade do produto aos padrões de qualidade e desempenho e às exigências 
legais, o que minimiza o risco de recalls, devoluções e reclamações e ajuda a atingir metas de posicionamento no 
mercado. 
 
Indústria alimentícia 
A indústria alimentícia é o conjunto de atividades industriais em que se preparam - com fins comerciais - alimentos 
ou ingredientes para preparação de alimentos. Numa definição mais geral, a comercialização de alimentos por meio 
de supermercados ou companhias de entrega de alimentos pode ser considerada parte da indústria de alimentos. 
 
Embora não seja fácil encontrar uma classificação para as diferentes atividades industriais relacionadas aos 
alimentos, podem ser consideradas: 
 
1 - As indústrias que preparam alimentos frescos, incluindo abatedouros, empresas que selecionam e embalam 
vegetais para venda a retalho e indústrias pesqueiras; 
 
2 - As indústrias de conservas, que transformam alimentos frescos em produtos com maior tempo de prateleira; 
 
3 - As indústrias que fabricam produtos para preparo de alimentos, como a moagem ou fabricação de sal de 
cozinha; 
 
4 - As indústrias que fabricam alimentos prontos para o consumo, como churrascarias, ou alimentos congelados, 
que podem ser comidos depois de aquecidos, como pizzas empacotadas. 
 
O setor de alimentos tem a qualidade e a segurança alimentar como questões cruciais. Elas são capazes de exercer 
um grande impacto sobre quem está envolvido na produção, processamento ou distribuição de seus produtos. Por 
isso, equipes plenamente treinadas, gerenciamento consistente e abordagem sistemática e bem implementada são 
fundamentais. Existem diversos serviços envolvidos nesse processo, da inspeção de artigos como arroz e cacau à 
certificação de qualidade de produtos ou sistemas e processos ao longo da cadeia de fornecimento. Acima de tudo, 
conhecimentos e competências técnicas acerca dos produtos trabalhados pela empresa são essenciais à produção e à 
boa aceitação pelo público. 
 
Equipamentos industriais 
A indústria de equipamentos industriais é específica, focada e especializada. Trabalha com empresas, com 
indústrias e com os produtores de todos os outros setores industriais. Ela não foca o cliente final, a pessoa comum, 
mas a indústria que produz bens para o cliente. Em outras palavras, ela fabrica máquinas para a empresa que 
fabrica computadores, fornos para a empresa que derrete metal e faz pregos, ferramentas para máquinas que 
produzem roupas, enfim, ela fabrica máquinas e equipamentos para a indústria em geral. Seus produtos podem ser 
similares aos usados pelo consumidor final em seu cotidiano, como parafusos, alicates ou serras, mas, de qualquer 
forma, eles estarão voltados a um público restrito. Podem ser produtos para uma aplicação especifica, como painéis 
refrigerados, câmaras de combustão, silos, tanques de armazenamento, prensas, frezas, retíficas, tornos, máquinas 
cnc - entre outros. 
 
Existe muitos produtos no ramo industrial dos qual não fazemos a mínima ideia que existam. Mas, sem eles, não 
seria possível a produção de nossos produtos de uso diário. Os fabricantes de equipamentos industriais sabem que 
seu setor é cada vez mais pressionado pelos governos e pelo público em geral a cumprir uma série de 
regulamentações em contínua evolução, regulamentações relacionadas à qualidade, saúde, meio ambiente e 
segurança. De fato, na maior parte dos casos, a conformidade a essas regulamentações é um pré-requisito para que 
a empresa possa operar. Exigências adicionais específicas dos seus clientes - relacionadas à confiabilidade, 
disponibilidade, manutenção e segurança dos seus produtos - complicam os requisitos a atender. 
 
 
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Indústria naval 
O setor naval é o responsável por todo tipo de produto aquático. De jet skis a grandes transatlânticos, de barcos de 
passeio a submarinos de combate, a indústria naval é quem projeta, programa, desenvolve e produz todo tipo de 
produto aquático para fins civis ou militares. Sua tecnologia de ponta, investimento constante em melhoria de 
condições de segurança, orientações globais, logísticas e planejamento industrial tornam a indústria naval de suma 
importância estratégica para qualquer país, tal como a indústria aeroespacial. A maior parte do transporte de cargas 
entre continentes é feita por navios. Mesmo alguns países vizinhos utilizam transporte marítimo por seu custo 
reduzido, ou melhor, logística. É completamente inviável exportar do Brasil para a Índia, por exemplo, por meio de 
avião. O custo do transporte aéreo - mesmo que fosse apenas até Portugal e o restante por via rodoviária - seria no 
mínimo 10 vezes superior ao custo do transporte por navio. É preciso frisar que a indústria naval civil produz 
navios de inúmeros tipos, tais como lanchas, botes, jet skis, iates, containers marítimos, maquinário aquático, entre 
outros. Por outro lado, porta-aviões, contratorpedeiros, navios de reconhecimento, botes, submarinos de pesquisa, 
submarinos de combate, torpedos, entre tantos outros itens, pautam a lista de produtos da indústria naval militar. 
 
Indústria energética 
A indústria energética é a responsável pela extração de recursos energéticos da natureza, tais como petróleo, carvão 
mineral, gás, etanol, força eólica, solar, hídrica. A partir daí, ela transforma esses recursos em energia, produtos 
acabados e prontos para a utilização. Gerar energia alternativa, reforçar a infra-estrutura energética, disponibilizar 
produtos usuais como combustíveis automobilísticos e energia residencial, facilitar a distribuição de toda a energia 
produzida e muitos outros itens relacionados ao assunto são as atuais áreas de ação da indústria energética. O 
mercado energético cresce muito ao redor do mundo. Porém, cresce com a mesma velocidade a consciência da 
necessidade de diminuição da agressividade e da destruição do meio ambiente, bem como da redução de poluição, 
destruição ambiental e muitos outros fatores importantes da agenda ecológica. 
 
O governo investe pesado na questão energética, por se tratar de uma área estratégica ao desenvolvimento de 
qualquer país. A indústria de energia é conhecida como uma indústria de base. Por esse motivo, o setor cresce 
amplamente há anos seguidos e não existe previsão para que isso se interrompa. O maior desafio de hoje para as 
empresas do ramo é alcançar o desenvolvimento sustentável. Responsabilidades ambientais, sociais e qualidade de 
seus produtos e processos são as principais cobranças da sociedade como um todo. 
 
Indústrias de mineração e processamento 
Fazem parte desse ramo empresas envolvidas em atividades químicas, farmacêuticas e com papel e celulose, 
cimento ou mineração. A produção é caracterizada pela extração de minerais do solo, extração de matéria-prima 
para qualquer outro setor ou beneficiamento de matérias-primas - como no caso das indústrias químicas que se 
utilizam do petróleo para compor o plástico que será usado pela indústria de bens de consumo; ou no caso da 
transformação do minério de ferro em aço para ser utilizado pela indústria naval ou aérea. Todas essas atividades 
são consideradas indústrias de mineração e processamento. 
 
A indústria farmacêuticaé aqui incluída por processar matérias-primas químicas em produtos finais. Ela não pode 
ser incluída em nenhuma outra categoria pela rigidez de seus processos. A indústria química, em conjunto com as 
extratoras, tem rígidos controles de conformidades, qualidades, segurança e procedimentos, pois são fundamentais 
para a sociedade. O menor desvio de seus padrões pode desencadear crises internas e internacionais de proporções 
enormes. Um exemplo disso é a mineração, setor no qual o Brasil é líder absoluto e maior exportador de minérios 
do mundo. Uma crise nessa área poderia paralisar a economia mundial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 
C A P Í T U L O 
2 EMPRESA E PRODUÇÃO 
 
Qualquer que seja a empresa que você trabalhe ou venha a trabalhar, seja ela grande ou pequena, tenha certeza de 
que ela realiza um estudo para saber o quanto ela é ou não produtiva. Esse tipo de estudo costuma mostrar que a 
maioria das empresas não é produtiva como poderia. Por isso, você vai aprender que uma empresa pode ter uma 
boa produção, ou seja, uma grande quantidade de produtos fabricados de forma rápida, com baixo custo e de boa 
qualidade. 
 
Em seguida, veremos um estudo sobre o posto de trabalho, ou seja, sobre o espaço em que o operário realiza suas 
tarefas. Nesse estudo, você conhecerá os princípios da economia de movimentos. Esses princípios facilitam a 
realização de um trabalho com menos esforço físico e de forma inteligente. Você encontrará também informações 
relativas à simplificação do trabalho, que consiste em uma série de procedimentos e métodos que torna o trabalho 
mais simples, mais rápido e menos cansativo. 
 
Depois disso, veremos um estudo sobre os significados das perdas que acontecem devido a desperdícios de 
material, de máquinas, de tempo e de esforços. Os desperdícios - ou seja, o resultado do que é feito sem economia - 
causam refugos (peças malfeitas que não podem ser aproveitadas) e necessidades de retrabalho, isto é, de refazer 
novamente uma peça com erros ou mau acabamento. Veremos também noções de como fazer um leiaute ou arranjo 
físico do local de trabalho. O objetivo será perceber como se pode organizar o espaço de trabalho para alcançar 
maior nível de produção e de produtividade, sem excessos e gastos desnecessários de tempo, movimentos e 
dinheiro. 
 
Conhecidas como ferramentas de produtividade, qualidade e gestão, esses procedimentos e métodos foram criados 
ao longo das décadas passadas e aperfeiçoadas conforme as necessidades dos clientes. Tais procedimentos e 
métodos são aquilo que faz com que as maiores empresas e indústrias do mundo tenham qualidade e sucesso no 
mercado. 
 
Organizando o trabalho 
Para executar qualquer tarefa com sucesso, em primeiro lugar, precisamos nos organizar. Isso significa que se deve 
pensar antes de iniciarmos a tarefa. Mas pensar em quê? 
 
 Na maneira mais simples de realizar essa tarefa, evitando complicações ou controles exagerados. 
 No modo mais barato de executar o trabalho. 
 No meio menos cansativo para quem fará a operação. 
 No procedimento mais rápido possível. 
 Na obtenção da melhor qualidade e do resultado mais confiável. 
 Na maneira menos perigosa de fazer o trabalho. 
 Na forma de operação que não prejudique o meio ambiente, ou seja, que não cause poluição do ar, da água 
e do solo. 
 
É fácil tratar cada um desses itens isoladamente e tomar providências. A dificuldade começa com a necessidade de 
resolver todos esses problemas juntos. Podemos, por exemplo, escolher uma forma mais rápida de realizar uma 
tarefa. Entretanto, essa forma pode afetar a qualidade e a segurança, tornando o trabalho perigoso. 
 
Por exemplo: Se precisarmos trocar rapidamente uma lâmpada queimada sobre a máquina de trabalho, podemos 
subir sobre a máquina para alcançar a lâmpada e trocá-la. Esse procedimento, entretanto, não é bom, pois pode nos 
levar a um acidente. O correto seria usarmos uma escada. A tarefa seria mais demorada, mas a segurança e a 
qualidade estariam asseguradas. 
 
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10 
Todos os itens devem, portanto, ser pensados juntos, pois é fundamental que, no final, haja equilíbrio entre cada um 
deles, de modo que um não prejudique o outro. 
 
Além disso, precisamos pensar também na quantidade e na qualidade de pessoas e de materiais, no momento e no 
local em que eles são necessários. Antes de iniciar o trabalho, devemos providenciar: 
 
o Máquinas 
o Ferramentas adequadas e em bom estado 
o Matéria prima 
o Equipamentos diversos, inclusive os de segurança 
o Tempo necessário 
o Pessoas qualificadas etc. 
 
Todos esses itens são fundamentais para o aumento de velocidade e de qualidade da produção. Obtemos maior 
produtividade quando organizamos nosso trabalho e tomamos as medidas adequadas a sua execução. 
 
Mas o que é produzir com produtividade? É obter um produto de boa qualidade com menor preço de custo, em 
menos tempo e em maior quantidade. Isso é conseguido graças ao desempenho do trabalhador. 
 
A produção é o aspecto da produtividade que indica a quantidade de produtos fabricados em uma determinada 
unidade de tempo. Suponhamos, por exemplo, que, em certa fábrica, sejam produzidas dez bicicletas por hora. Esse 
fato refere-se à produção. Já a produtividade é algo mais do que isso. É possível que as bicicletas não apresentem 
boa qualidade e que seu custo seja alto. Houve produção, mas, não houve produtividade. Considere a grande 
importância da produtividade: 
 
Em primeiro lugar, ela beneficia os usuários de um produto ou serviço atendendo-os com boa qualidade e baixo 
custo. Beneficia também a empresa, que consegue manter-se ativa graças aos lucros obtidos. E ainda beneficia o 
funcionário, possibilitando-lhe permanência na empresa e progresso profissional. 
 
Dessa forma, podemos concluir que a produtividade é um dos principais meios para o desenvolvimento social e 
econômico, uma vez que ela beneficia a todos e estimula o progresso geral. Para alcançar um ótimo nível de 
produtividade, temos, na prática, uma série de princípios e procedimentos. Veja, a seguir, os principais: 
 
Posto de trabalho 
É o local definido e delimitado para a realização de uma atividade qualquer. Esse local deve ter tudo o que é 
necessário para o trabalho: máquinas, bancadas, material, ferramental, instalações etc. Em um posto de trabalho, 
podem trabalhar uma ou mais pessoas. A organização do espaço do posto de trabalho é de grande importância à 
obtenção de produtividade, ou seja, para se produzir mais com menos esforço, tempo e custo, sem perda da 
qualidade. Para alcançar essa organização, a técnica baseada nos princípios de economia de movimentos é valiosa. 
 
Os princípios de economia de movimentos orientam procedimentos que reduzem os movimentos do profissional e 
aumentam a produtividade. A ideia básica por trás desses princípios é a de que não se deve fazer nada que seja 
desnecessário. Normalmente, esses princípios são empregados em trabalhos contínuos, manuais e em pequenas 
montagens. De acordo com tais princípios, o trabalho deve ser organizado com base nas seguintes ideias: 
 
1. Usar o músculo certo 
Deve haver concordância entre o esforço a ser feito e os músculos a se utilizar no trabalho físico. Pela ordem, 
devemos usar os músculos dos dedos. Se esses não forem suficientes para o esforço despendido, devemos 
acrescentar a força de outros músculos: do punho, do antebraço, do braço e dos ombros. 
 
Essa quantidade de músculos deveser usada de acordo com a necessidade. Não se deve usar mais do que o 
necessário, o que seria desperdício de energia; nem menos, pois a sobrecarga de um só músculo pode causar 
problemas sérios ao trabalhador. 
Por exemplo: quando um pintor usa um pincel médio para pintar uma porta em determinada altura, ele deve usar os 
músculos dos dedos e os músculos dos punhos. Se ele também utilizasse o antebraço, estaria fazendo esforço 
desnecessário. 
 
 
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2. Usar mãos e braços 
As mãos e os braços devem trabalhar juntos. Sempre que possível, deve-se organizar o trabalho de modo que ele 
possa ser realizado com as duas mãos ou os dois braços em um mesmo momento e em atividades iguais. 
Se, por exemplo, temos de colocar uma porca em um parafuso, dar meia-volta na porca e colocar a peça em uma 
caixa de embalagem, devemos fazer esse trabalho com as duas mãos e os dois braços. Em uma empresa, esse tipo 
de operação pode ser feito de modo rápido e eficiente pelo trabalhador, desde que se façam as adaptações 
necessárias ao posto de trabalho e que o trabalhador passe por um treinamento. 
 
 
 
3. Fazer movimentos curvos 
Os movimentos dos braços e das mãos devem ser feitos em curvas contínuas, isto é, sem paradas e, se possível, de 
forma combinada. Um exemplo de movimento em curvas é o de encerar: O 
movimento, em vez de vaivém, deve ser feito em círculos contínuos. 
Um exemplo de movimento combinado é o que fazemos quando pegamos 
um parafuso com as mãos e o seguramos de modo que sua posição fique 
adequada para encaixá-lo em um furo. 
 
 
 
 
4. Usar lançamentos programados 
Quando precisamos transportar coisas, podemos lançá-las em vez de carregá-las, caso a distância assim o permita. 
Esse lançamento deve seguir uma trajetória chamada balística, porque ela 
descreve uma curva igual ao caminho que faz uma bala disparada por uma 
arma de fogo. É o que fazem os pedreiros quando usam pás para lançar 
areia de um local para outro. 
 
 
 
 
 
5. Ter um ritmo de trabalho 
O trabalho deve ser feito com ritmo, ou seja, cadência. Quando caminhamos por uma longa distância, devemos 
manter um ritmo constante, de modo que não nos cansemos andando muito 
rápido, nem nos demoremos andando muito devagar. Mas é preciso 
lembrar que cada pessoa tem um ritmo próprio. Assim, o trabalhador deve 
seguir o seu próprio ritmo e mantê-lo constantemente. Por exemplo: ao 
serrar uma barra de aço de bitola fina com uma serra manual, o movimento 
de vaivém deve ter um ritmo normal. Um movimento excessivamente 
rápido, além de cansar quem está serrando, pode resultar em corte malfeito, 
sem boa qualidade. Também pode causar redução da produção, pois o 
trabalhador, após excessivo esforço, vê-se obrigado a parar por muito 
 
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cansaço. 
 
6. Marcar as zonas de trabalho 
É preciso demarcar bem a zona de trabalho, que é a área da extensão preenchida pelas mãos do trabalhador quando 
ele movimenta os braços sem precisar movimentar o corpo. No plano horizontal, temos a chamada zona ótima, 
adequada para a realização de tarefas que exigem maior precisão e que movimentam os dedos e os punhos. 
Quando os dedos, punho e antebraço são movimentados durante a 
execução de um trabalho, usamos a zona normal, conforme ilustra a figura 
ao lado. 
A zona de alcance máximo dos braços corresponde à área denominada 
zona máxima. Não é recomendável a realização de nenhuma tarefa que 
exija movimentos para além desse limite. 
Todas as ferramentas, materiais, botões de comando e pontos de operação 
devem estar sempre colocados dentro dessas áreas, seguindo, se possível, a 
sequência: zona ótima, zona normal, zona máxima. 
 
 
7. Delimitar a altura ideal do posto de trabalho 
A altura do posto de trabalho é um dos aspectos importantes para manter o conforto do trabalhador e evitar 
cansaço. Sempre que possível, a pessoa deve ter liberdade para trabalhar em pé ou sentada, mudando essas duas 
posições de acordo com sua disposição física. Portanto, as máquinas e bancadas devem ter altura adequada à altura 
do trabalhador, de forma que ele possa trabalhar em pé. Deve haver um assento alto, regulável, que também lhe 
possibilite trabalhar sentado. Por outro lado, certas tarefas só podem ser feitos com o trabalhador sentado - por 
exemplo, o trabalho dos motoristas - e certas tarefas só podem ser feitos em pé - por exemplo, o trabalho dos 
cozinheiros à frente do fogão. Em cadeira alta, o trabalhador precisa ter apoio para os pés, de modo que haja 
facilidade de circulação do sangue pelas coxas, pelas pernas e pelos pés. 
 
8. Dar um lugar para cada coisa 
Sempre deve haver lugar para cada coisa e cada coisa deve estar sempre 
em seu lugar. Com isso em prática, evitam-se fadiga, perda de tempo e 
irritação por não se encontrar o objeto do qual se necessita. 
Exemplo desse princípio de ordem e organização são os quadros de 
oficinas mecânicas, que apresentam contornos das ferramentas a fim de 
que cada uma volte sempre ao seu local. 
 
 
 
 
 
 
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9. Organizar os objetos 
Objetos em ordem facilitam o trabalho. Se ferramentas ou outros objetos são usados em uma sequência de 
operações, procure colocá-los na mesma ordem da sequência de uso e dentro da zona em que o trabalho será feito. 
Os objetos de uso mais frequente devem ficar mais próximos do usuário. 
 
10. Usar a força da gravidade 
A força da gravidade faz com que os corpos sejam atraídos para o centro da Terra. Essa força deve ser aproveitada 
para pequenos deslocamentos, como é caso de abastecimento e retirada de 
materiais. Uma bancada, por exemplo, pode ter uma calha que transporte 
peças para outro posto. 
 
 
 
 
 
 
 
11. Considerar fatores ambientais 
Outros fatores, como iluminação, barulho, temperatura etc., devem ser considerados para aumentar a produtividade 
e assegurar a qualidade do produto ou serviço sendo feito. Esse assunto será estudado com mais detalhes no 
capítulo dedicado à Segurança no trabalho. 
 
12. Usar ferramentas adequadas 
As ferramentas devem ser adequadas ao trabalho, tanto em relação ao tipo quanto ao tamanho. Por exemplo, para 
pregar pregos pequenos, devemos usar martelos pequenos e, para pregos grandes, martelos grandes. Devemos 
apertar uma porca com chave de boca com o tamanho e o tipo apropriados. Seria incorreto usar um alicate. 
 
13. Combinar ferramentas 
Podemos utilizar combinações de ferramentas, desde que elas não criem risco de acidentes. É o caso do canivete de 
pescador, que tem lâmina de corte, abridor de latas, de garrafas etc. É também o caso da chave de bicicleta, que 
manuseia diferentes tipos de porcas e serve como chave de fenda. 
 
14. Usar acessórios astuciosos 
Alguns acessórios úteis são inventados para aumentar o rendimento das máquinas e para proporcionar maior 
segurança a quem trabalha. Exemplos desse tipo de acessórios são os encostos, gabaritos, suportes e guias. São 
acessórios conhecidos como astuciosos porque foram feitos por quem tem astúcia, ou seja, esperteza. 
 
Planejamento estratégico e produção 
A produção nada mais é do que a parte final de um longo processo. Aprendemos pouco a pouco que há muitas 
maneiras de organizar nossa produção, tornando-a mais rentável em todos os sentidos. Esse é o nossoponto de 
partida. A partir daí, devemos olhar adiante, perceber os outros departamentos e organizá-los. 
 
Planejando a produção 
De todos os departamentos da empresa, o que demanda mais atenção, principalmente porque costuma ser o 
departamento com a maior quantidade de funcionários, é a linha de produção, o chão de fabrica. 
 
Empresas prestadoras de serviço, lojas ou empresas que não produzem objetos físicos (empresas de softwares, 
projetos, documentos) não têm linha de produção, mas têm algo similar, Os técnicos desenvolvedores, os 
vendedores, os digitadores e atendentes de telemarketing são como os fresadores, fundidores e montadores das 
indústrias que produzem objetos físicos. 
 
É indispensável planejar cuidadosamente a distribuição do espaço de trabalho, dando atenção às regras de 
segurança, às condições do espaço e à utilidade das máquinas. 
 
Qualquer posto de trabalho, inclusive o nosso, está ligado aos demais postos de trabalho, em um local qualquer de 
uma empresa. Esse local pode ser uma área grande ou pequena. 
 
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14 
 
Em geral, essa área é coberta e abriga certos tipos de trabalho ligados entre si, que apresentam serviços semelhantes 
ou completam um mesmo produto fabricado. Por isso, essa área é denominada setor, departamento, planta ou 
célula. 
 
Nos locais destinados à fabricação, existem homens, máquinas, equipamentos, matérias-primas etc. localizados em 
determinados pontos que permitem que várias atividades sejam realizadas. Ao considerarmos novamente questões 
acerca da produtividade, verificamos frequentemente um excesso de locomoção de pessoas e de matérias-primas, 
mistura de produtos semiacabados com produtos acabados, entre outros. Tudo isso causa transtornos diversos e 
aumenta os riscos de quebra e de acidentes, além dos custos e do tempo de produção. 
 
A ideia básica da simplificação do trabalho é a de eliminar tudo aquilo que não agrega valor ao produto, ou seja, 
tudo aquilo que não melhora ou não transforma o produto e que aumenta custos. Determinado movimento ou 
transporte pode ser um tipo de atividade que não agrega nenhum valor a nada e, nesse caso, é necessária a sua 
eliminação ou redução. 
 
A melhor forma de reduzir o transporte entre dois postos de trabalho é aproximar os dois postos o máximo possível. 
A distância mínima e segura entre 0.70cm e 130cm a se respeitar entre máquinas que tenham partes móveis deve 
ser contada a partir do ponto máximo que a parte móvel da máquina possa atingir. 
 
Já entre máquinas sem partes móveis - ou em objetos como mesas, por exemplo - a distância deve ficar entre 
0,60cm e 0,80cm. 
 
A largura das áreas de circulação ou corredores de passagem deve ter, no mínimo, 1,20m: 
 
 
 
A partir desses princípios, podemos elaborar um estudo de remanejamento, ou seja, de mudança de máquinas, 
equipamentos etc.. Com isso, podemos organizar melhor a empresa. Esse estudo é denominado leiaute (layout) ou 
arranjo físico. Ao melhorar um arranjo físico, a primeira coisa a se fazer é observar o local em estudo e fazer um 
desenho em planta, à mão livre, relativamente simples, mas com detalhes importantes. Também é importante anotar 
o caminho que o produto percorre, ou seja, o trajeto que ele segue ao longo dos diversos postos de trabalho. 
 
Consiga uma trena e faça medidas dos contornos do local, das distâncias entre máquinas e, se necessário, do 
percurso dos transportes do produto. Use sempre a mesma unidade de medida, de preferência o metro. 
 
 
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Procedimentos 
1º Passo: desenho (planta) do local - leiaute 
 
Como já vimos, o primeiro passo para a melhoria de um arranjo físico consiste em elaborar uma planta do local. 
Esse desenho poderá ser feito à mão livre ou, se possível, em escala, preferencialmente de 1:50. Ele deve conter 
detalhes importantes marcados claramente na planta. O produto obtido também é chamado de leiaute. 
Eis os aspectos importantes que devem ser observados e, se necessário, anotados: 
 
o Materiais: produto semiacabado, acabado ou matéria-prima. 
o Postos de trabalho. 
o Equipamentos: pontes rolantes, esteiras transportadoras etc. 
o Pessoal: posição de trabalho. 
o Transportes: circulação de pessoas, materiais e equipamentos. 
o Armazenamento de materiais. 
o Características do edifício: andar, dimensões etc. 
o Instalações: elétrica; pneumática, de vapor, hidráulica etc. 
o Fluxo de circulação: sequência ordenada da movimentação do produto indicada por flecha. 
o O leiaute (desenho) pronto deve ser examinado para reorganização do arranjo físico. 
 
Esse exame começa sempre pela eliminação ou redução de transportes. Para isso, os postos de trabalho devem estar 
mais próximos entre si, obedecendo-se às possibilidades e normas vistas acima. É necessário saber se as máquinas 
podem ser removidas com facilidade e se suas instalações também podem ser modificadas facilmente. Há máquinas 
pesadas, difíceis de remover ou movimentar, como as que exigem fundações especiais, grandes prensas e 
montagens especiais, como grandes fornos. Essas máquinas devem ser preservadas em seus locais e só devem ser 
movimentadas em casos extremamente necessários. Verifique, também, a posição dos postos de trabalho em 
relação à posição do trabalhador. 
 
Para facilitar esse estudo, recorte pedaços de cartolina. Cada pedaço pode representar um posto de trabalho. Por 
meio de tentativas, coloque-os em posições que se julgam mais adequada. Depois, verifique se as posições são as 
melhores. Caso não elas ainda não sejam, faça modificações colocando os recortes de cartolina em outra posição. 
Tente até conseguir o melhor esquema de arranjo físico. 
 
Por exemplo: após o planejamento e as tentativas, chegamos a um novo arranjo da fábrica vista há pouco: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Esse arranjo apresenta as seguintes vantagens: 
 
o Os tornos e fresadoras foram posicionados a 35º em relação à parede. Isso facilita a iluminação natural do 
posto de execução do trabalho, pois aproveita a iluminação vinda das janelas. 
o A distância entre as partes móveis das fresadoras foram mantidas no mínimo de 1,30m e as demais 
distâncias entre os postos de trabalho (e entre os postos e as paredes) também foram mantidas no mínimo 
de 0,80m. 
o Foram feitas faixas de circulação, que não existiam no leiaute anterior. 
o Foram feitos cavaletes com altura de 0,80m para os containers, de forma que o trabalhador não tenha de se 
curvar. 
o Alguns containers estão próximos de dois postos de trabalho. Dessa maneira, o trabalhador os alcança 
usando apenas o movimento dos braços. 
o Anteriormente, a distância média mantida para movimentação era de 29,50m. Agora, essa distância é de 
15,40m. Portanto, houve uma redução de 14,10m. Para termos uma ideia da redução que se pode fazer de 
transporte em metros, pense que são transportadas 10.000 peças. Nesse caso, alcança-se uma redução de 
141.000metros ou 141 km. Além disso, criou-se espaço para a colocação de mais postos de trabalho. 
 
2º Passo: elaboração do novo leiaute 
 
No segundo passo, devemos procurar um melhor posicionamento das máquinas, dos homens e dos equipamentos 
para uma utilização adequada do espaço disponível. 
Alguns aspectos devem serconsiderados: 
 
 As distâncias entre os postos de trabalho devem ser as mínimas possíveis, de acordo com as normas vistas 
acima. 
 Evitar cruzamentos de materiais e produtos. 
 Eliminar riscos de acidentes. 
 Facilitar a circulação de homens, materiais e produtos. 
 No exemplo dado no primeiro passo, as máquinas se mantêm fixas. É fabricado um único tipo de produto, 
que segue sempre o mesmo caminho (fluxo). Nesse caso, temos um arranjo físico por produto. 
 
3º Passo: implantação do novo leiaute 
 
Após elaborar o novo arranjo físico, podemos implantar o novo leiaute. Para isso, é necessária a autorização dos 
superiores. Obtenha essa autorização após lhes explicar o que deve ser feito, isto é, as mudanças necessárias e suas 
vantagens em relação ao leiaute existente. O novo leiaute também deve ser apresentado aos colegas e chefes. 
 
Tipos de arranjo físico 
 
1. Arranjo físico por produto 
É o tipo de arranjo físico em que o produto se move e as máquinas estão fixas. 
 
2. Arranjo físico por processo 
É o arranjo adequado para um setor que fabrica diferentes produtos com as mesmas máquinas. Por exemplo: 
Considere que, em um mesmo local, fabricam-se bolsas e calçados. Quando se fabricam bolsas, a sequência de 
fabricação é a seguinte: 
 
 
 
 
 
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 Quando se fabricam sapatos, a sequência é: 
 
 
 
 
Para atender à produção de bolsas e também à de sapatos, o melhor arranjo físico é aquele que permite agrupar as 
máquinas e não colocá-las em linha reta. 
 
 
 
Dessa forma, as distâncias percorridas serão sempre as menores possíveis. Isso evita desperdícios e riscos 
desnecessários, além de aumentar o tempo de produção do funcionário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inicio Fim 
 
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C A P Í T U L O 
3 “5S” – HOUSEKEEPING 
 
Introdução 
 
A gestão de qualidade é primordial ao estabelecimento e sobrevivência de uma instituição e à viabilização do controle 
de atividades, informações e documentos. A meta é uma prestação boa, eficiente e dinâmica de serviços, de forma que 
o solicitante fique satisfeito. 
Dentre as muitas ferramentas que podem ser usadas para implementar o Sistema da Qualidade Total em uma empresa 
ou instituição, uma é o programa ―5S‖. Ele é um ponto de partida e um requisito básico para o controle da qualidade, 
pois proporciona vários benefícios ao setor em que é implementado. A ordem, a limpeza, o asseio e a autodisciplina são 
essenciais à produtividade. Porém, esse programa, implementado isoladamente, não garante sozinho o Sistema da 
Qualidade Total. São necessárias melhorias contínuas, treinamentos e conscientização contínua do pessoal quanto à 
filosofia da qualidade. 
O conceito do método ―5S‖ e os princípios chave surgiram no Japão, onde cada um desses princípios começa com a 
letra ―S‖, o que explica o nome ―5S‖. Apesar disso, os conceitos foram adaptados à língua portuguesa, como em 
outros países que desenvolveram programas semelhantes para aprimorar a qualidade. Mas é importante lembrar que 
implantar o programa não é apenas traduzir os termos e estudar sua teoria e seus conceitos. Sua essência é mudar 
atitudes, pensamentos e comportamento do pessoal. 
 
Conceito 
 
O método "5S" foi base de implantação do Sistema de Qualidade Total nas empresas. Surgiu no Japão, nas 
décadas de 50 e 60, após a Segunda Guerra Mundial, quando o país vivia a chamada crise de competitividade. 
Além disso, havia muita sujeira nas fábricas japonesas, o que tornava necessária uma reestruturação e uma 
―limpeza‖. 
Espanha e Inglaterra adotaram metodologias equivalentes, porém com nomes diferentes: ―Teoria da Escova‖ e 
―Housekeeping‖ respectivamente, mas a ideia era a mesma: buscar o Sistema da Qualidade Total. 
 
O método 5S 
Os cinco conceitos são: 
 
1º S - SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO 
CONCEITO: "Separar o útil do inútil, eliminando o desnecessário". 
 
2º S - SEITON - SENSO DE ARRUMAÇÃO 
CONCEITO: "Identificar e arrumar tudo, para que qualquer pessoa possa localizar facilmente". 
 
3º S - SEISO - SENSO DE LIMPEZA 
CONCEITO: "Manter os ambientes limpos, eliminando as causas da sujeira e aprendendo a não sujar". 
 
4º S - SEIKETSU - SENSO DE SAÚDE E HIGIENE 
CONCEITO: "Manter um ambiente de trabalho sempre favorável à saúde e à higiene". 
 
5º S - SHITSUKE - SENSO DE AUTODISCIPLINA 
CONCEITO: "Fazer dessas atitudes, ou seja, de toda a metodologia, um hábito, transformando os 5s's em 
um modo de vida". 
 
 
 
 
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Objetivos do “5s” ou housekeeping 
 
O Método ―5S‖ visa combater eventuais perdas e desperdícios nas empresas e indústrias, educar a população e o 
pessoal envolvido diretamente com o método e aprimorar e manter o Sistema de Qualidade Total na produção. 
 
É importante alterar o comportamento e atitudes do pessoal. A conscientização dos integrantes quanto a 
importância dos conceitos e ao modo como eles devem ser usados facilita a implantação do programa. A 
abordagem do programa deve ser aplicada como hábito e filosofia e não apenas no ―house keeping‖ (cuidar da 
casa). 
 
Desse modo, o ―5S‖ auxilia na reorganização da empresa, facilita a identificação de materiais, descarta itens 
obsoletos e melhora a qualidade de vida e o ambiente de trabalho para os membros da equipe. 
 
Cada fase é intimamente ligada à outra, sendo também um pré-requisito para a consolidação da fase seguinte. Uma 
vez que o processo tenha sido iniciado, fica mais fácil dar continuidade à implantação do método como um todo. 
Consequentemente, consolida-se o Sistema da Qualidade Total e melhora-se o desempenho geral no setor. 
 
Implantando o “5s” 
 
1º passo: Antes de implantar é preciso planejar! 
Defina algumas questões junto à diretoria da empresa: 
 
o Quem será o líder do projeto 5S? Ele será o responsável por motivar os funcionários, planejar o desenvolvimento, 
apresentar os resultados, treinar e cobrar toda a empresa; 
o Quando o projeto terá início? Essa data é muito importante. Uma pequena paralisação na produção para oficializar 
o início dos trabalhos, faixas ou até mesmo cartazes indicando o novo projeto da empresa talvez sejam importantes. 
o Qual será o prazo para cada fase ser implementada? Os conceitos devem ser implantados um a um, na ordem 
correta, afinal, eles são interdependentes e sucessivos, cada um deles deve durar um tempo predeterminado pela 
diretoria e é dentro desse prazo que toda a empresa deve realizar as propostas da equipe. 
o Deve-se também formular uma planilha por departamentos, na qual devem constar o estado anterior e o final, a 
evolução do projeto, notas e prazos. 
 
2º passo: Mãos a obra! 
Após o planejamento, é hora de iniciar os trabalhos para a melhoria: 
 
o Defina, junto ao líder de cada departamento, o que está errado de acordo com os conceitos do primeiro passo, 
marque cada item, fotografe ou destaque-o de alguma maneira. 
o Dê palestras ou treinamento aos funcionários da empresa e fale sobre o que é a qualidade e sobre a importância da 
organização e da higiene para a produtividade, qualidade e, principalmente, economia da empresa. 
o Inicie o primeiro conceito: 
 
1º PASSO - SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO 
Conceito: "Separar o útil do inútil, eliminandoo desnecessário". 
 
Também pode ser interpretado como senso de utilização, arrumação, organização, seleção. Nessa fase, o trabalho 
começa a ser colocado em ordem, de forma que só o realmente necessário e aplicável seja utilizado. Por isso, é 
importante ter o suficiente, ou seja, a quantidade adequada e controlada. Dessa forma, facilitam-se as operações. 
É essencial saber separar e classificar os objetos e dados úteis dos inúteis. Use a seguinte forma: 
 
o O que é usado sempre: colocar próximo ao local de trabalho. 
Primeiro defina em que lugar ele será usado, depois identifique-o com uma plaquinha verde. Escreva nessa placa o 
nome dos objetos que ficarão ali e deixe claro que aqueles são os objetos mais utilizados. Leve até esse local os 
objetos apropriados. 
 
 
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o O que é usado quase sempre: colocar próximo ao local de trabalho. 
Defina também o lugar no qual essa classe de objetos será usada. Depois identifique-o com uma plaquinha 
amarela. Escreva nessa placa o nome dos objetos que ficarão ali e deixe claro que aqueles são os objetos de uso 
frequente. Leve até esse local os objetos apropriados. 
o O que é usado ocasionalmente: colocar um pouco afastado do local do trabalho. 
Marque essa ferramenta ou objeto com uma identificação azul, que deixe claro onde ele é utilizado ocasionalmente. 
Depois leve-o para seu lugar. Evite deixá-lo muito próximo à célula de trabalho, pois ele não pode ocupar um 
espaço desnecessário na mesa ou na área de trabalho do funcionário. 
o O que é usado raramente, mas é necessário: colocar separado, em local determinado. 
Marque essa ferramenta ou objeto com um a plaqueta branca e determine uma posição para esse objeto, onde ele 
fique distante o suficiente para não atrapalhar o trabalho, mas fácil o bastante para poder ser utilizado quando 
necessário. 
o O que for desnecessário: deve ser reformado, vendido ou eliminado, pois ocupa espaço desnecessariamente e 
atrapalha o trabalho. 
Inicialmente, marque esses objetos com identificação vermelha. Defina na plaqueta qual deve ser o fim desses 
objetos: mudança, lixo, reciclagem, venda. Leve-o ao local onde todos esses itens devem ser reunidos e levados 
para seus fins. Absolutamente tudo deve ser eliminado: até e-mails antigos e arquivos não utilizados de 
computadores. 
 
 
 
 
Ao terminar o prazo estabelecido para a fase um, faça uma auditoria, verifique se tudo realmente foi demarcado 
adequadamente (se o útil é útil, se o inútil é inútil), certifique-se de que tudo está onde deveria estar e perceba a 
qualidade de cada departamento. Dê notas de acordo com a qualidade de cada departamento ou célula. Faça um 
relatório por escrito e apresente-o à diretoria e aos funcionários. 
 
Não se esqueça de enumerar todas as falhas e erros. Cobre-os para que eles sejam corrigidos. Faça o encerramento da 
fase um. Uma vez mais, o evento pode ser celebrado por meio de festa, faixa, paralisação da produção para um 
pronunciamento ou qualquer outra maneira. Aproveite essa oportunidade para inaugurar a fase dois do plano. 
 
2º PASSO - SEITON - SENSO DE ARRUMAÇÃO 
Conceito: ―Identificar e arrumar tudo, para que qualquer pessoa possa localizar facilmente‖. 
 
Também pode ser definido como senso de ordenação, sistematização, classificação, limpeza. O objetivo é 
identificar e arrumar tudo, para que qualquer pessoa possa localizar facilmente o que é necessário e a visualização 
seja facilitada. 
 
Nessa fase é importante: 
 
o Padronizar as nomenclaturas. 
Porcas devem estar no local das porcas e ser divididas por tamanho, material ou utilização. O mesmo vale para 
parafusos, documentos, e-mails, ferramentas. Tudo deve ser dividido, identificado e classificado. 
Usar rótulos e cores vivas para identificar os objetos seguindo um padrão. 
Cada cor deve ter um significado e não deve ser usada aleatoriamente: nomes, códigos, enfim: tudo o que for feito 
deve ser posto de forma óbvia, prática e coerente. Normalmente utiliza-se verde para objetos muito utilizados, 
vermelho para pouco utilizados ou perigosos e azul para objetos de uso comum. Defina como utilizar as cores, 
rótulos e códigos. Faça um padrão que seja único para toda a empresa. 
o Guardar objetos diferentes em locais diferentes. 
Nunca misture alicates com martelos ou coloque brocas entre eles. O lugar de objetos cortantes deve ser 
determinado e separado do lugar dos objetos perfurantes e esse separado do lugar dos objetos de precisão. Nunca 
misture as coisas: isso dificulta o entendimento e não colabora com a praticidade. 
 DICA: Aproveite para fazer uma lista de tudo o que existe na fabrica. Inclua na lista a localização, quantidade e 
validade de cada objeto. Isso vai ser muito útil à organização, ao departamento de compras e ao estoque. 
 
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o Expor visualmente os pontos críticos, tais como extintores de incêndio, locais de alta voltagem, partes de 
máquinas que exijam atenção etc. 
Por lei, itens de segurança como extintores e portas de saída de emergência devem estar desobstruídos e isolados de 
qualquer objeto. Além disso, devem ter uma pintura determinada e identificação. Máquinas que tenham partes 
móveis ou portas automáticas, áreas escorregadias, campos elétricos - tudo isso deve estar destacado tanto para a 
segurança quanto para a organização. 
o Determinar o local de armazenamento de cada objeto. 
Os objetos devem ter seu recipiente - caixa, gaveta, pasta ou seja o que for. Esse recipiente também deve ter um 
lugar. Não adianta montar uma caixa de ferramentas bem organizada se a caixa fica passeando pela empresa. Ela 
deve ter um local fixo ao qual todos tenham acesso. 
o Onde for possível, eliminar portas. 
Portas são úteis e necessárias em alguns setores como câmaras frias ou salas de solda e de produtos químicos. 
Porém, na montagem, no estoque, na administração e em outros departamentos elas podem atrapalhar. Uma porta 
pode impedir, por exemplo, que o supervisor observe diretamente o trabalho dos funcionários. Pessoas podem vir 
dos dois lados da porta ao mesmo tempo e se ferirem, funcionários carregando peças e caixas podem ter problemas 
para atravessá-las e, psicologicamente, elas separam os funcionários evitando interação e cooperação. 
o Não deixar objetos ou móveis no meio do caminho atrapalhando a locomoção no local. 
A prioridade da empresa e de todos os funcionários dentro da linha de montagem ou dentro do escritório deve 
sempre ser a segurança e o produto. Qualquer objeto que seja útil deve ter um local estratégico. Uma caixa no meio 
do corredor não é um local estratégico. Um martelo no chão, ou uma pasta de documentos sobre a lixeira também 
não são locais adequados. Esse tipo de erro pode causar acidentes, contratempos e atrasos na produção. 
 
 
 
 
 
 
 
Ao terminar o prazo estabelecido para a fase dois, faça uma nova auditoria. Verifique se os objetos estão devidamente 
organizados, certifique-se de que tudo está onde deveria estar e veja como foi o desempenho de cada departamento. Dê 
as notas aos departamentos e às células de acordo com esse desempenho. Faça um relatório por escrito e apresente-o à 
diretoria e aos funcionários. Não se esqueça de enumerar todas as falhas e erros e cobre-os para que sejam corrigidos. 
 
Faça o encerramento da fase dois. Uma vez mais, o evento pode ser celebrado por meio de festa, faixa, paralisação da 
produção para um pronunciamento ou qualquer outra maneira. Aproveite essa oportunidade para inaugurar a fase trêsdo plano. 
 
 
3º PASSO - SEISO - SENSO DE LIMPEZA 
Conceito: ―Manter os ambientes limpos, eliminando as causas da sujeira e aprendendo a não sujar‖. 
 
Também pode ser definido como senso de zelo. Cada pessoa deve saber a importância de estar em um ambiente 
limpo e os benefícios de um ambiente com a máxima limpeza possível. O ambiente limpo se traduz em qualidade e 
segurança. 
 
o Providencie material básico de limpeza. 
Sabonetes, detergentes, adstringentes especiais, calhas e outros itens de limpeza devem estar sempre em lugares 
estratégicos, para evitar sujeira e perda de tempo. 
o Tenha à mão tinta, pincel e outros materiais para pequenos reparos. 
Durante essa fase, tampe buracos, retire pregos, limpe graxa, repinte falhas de pintura, corrija os problemas nas 
paredes e em vidros quebrados, remove folhas sujas ou velhas. 
 
 DICA: Peça sempre aos funcionários das áreas, ou seja, aos que realmente vão utilizar os objetos que deem opiniões de 
como os objetos e locais devem ser identificados. Apesar de as ferramentas, documentos e arquivos terem nomes oficiais, 
eles eventualmente podem ganhar apelidos e não existe nada de errado em colocar esse apelido ou abreviação logo abaixo 
do nome verdadeiro. Peça também conselhos acerca do local em que os objetos devem ser guardados. Afinal, você pode 
achar que uma ferramenta fica melhor em uma posição, enquanto todos os outros funcionários envolvidos na utilização 
daquela ferramenta podem pensar o contrário. isso deve ser levado em consideração 
 
 
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o Corrija pequenos defeitos ou irregularidades no sistema elétrico. 
Um fio desencapado ou ressecado pode causar um dano muito maior e trazer prejuízos maiores do que os 
envolvidos na troca do fio. Interruptores e lâmpadas também. Preze pela iluminação natural: trocar telhas opacas 
por telhas de fibra transparente pode ser útil e econômico. 
o Reviste armários e gavetas. 
Todos os armários da empresa devem ser revisados em busca de documentos, ferramentas e objetos velhos e 
inúteis, que devem ser eliminados. A sujeira deve ser removida e os armários, organizados. 
o Troque calendários e avisos ultrapassados. 
Uma empresa com avisos antigos e calendários velhos perde um tempo enorme, sem contar a poluição visual que é 
causada pelo surgimento contínuo de avisos novos. Placas bonitas e calendários recentes incentivam e melhoram o 
ânimo visual da empresa. 
o Revise mapas e orientações obsoletas. 
Todos os anos, mapas e orientações sofrem revisão, sejam mapas de ruas e avenidas, seja o mapa interno da 
empresa. Renove, portanto, seus mapas e, dessa forma, evite desencontro de informações. 
o Eduque os colegas para o principal: não sujar. 
Muitos funcionários não têm a educação básica de higiene pessoal. Seria impossível manter um ambiente de 
trabalho limpo sem reeducar o pessoal. Diante disso, torna-se necessário promover campanhas de higiene. 
Dependendo das condições da empresa, promova uma palestra sobre higiene pessoal e distribua sabonetes e 
escovas de dente. Além disso, espalhe estrategicamente tambores de lixo (de preferência os de coleta seletiva), e 
incentive o uso desses tambores para armazenamento e remoção do lixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao terminar o prazo estabelecido para a fase três, faça uma nova auditoria, verifique as condições de limpeza da empresa, observe 
se a empresa está realmente em dia com a higiene. Certifique-se de que a limpeza permanecerá assim depois da implantação. Por 
fim, verifique como foi o desempenho de cada departamento. Dê notas para o desempenho de cada departamento ou célula. Faça 
um relatório por escrito e apresente-o à diretoria e aos funcionários. 
 
Não se esqueça de enumerar todas as falhas e erros. Cobre-os para que sejam corrigidos. Faça o encerramento da fase 
três. Uma vez mais, o evento pode ser celebrado por meio de festa, faixa, paralisação da produção para um 
pronunciamento ou qualquer outra maneira. Aproveite essa oportunidade para inaugurar a fase quatro do plano. 
 
 
4º PASSO - SEIKETSU - SENSO DE SAÚDE E HIGIENE 
Conceito: ―Manter um ambiente de trabalho sempre favorável à saúde e à higiene‖. 
 
Também pode ser definido como senso de asseio e integridade. Higiene é manutenção de limpeza e ordem. E quem 
exige qualidade cuida também da aparência. Em um ambiente limpo, a segurança é maior. Quem não cuida bem de 
si mesmo não pode fazer ou vender produtos ou serviços de qualidade. 
 
O pessoal deve ter consciência da importância dessa fase, tomando um conjunto de medidas. 
 
o Ter os três S's previamente implantados. 
É imprescindível para a continuação do programa que todos os três primeiros passos tenham sido feitos e estejam 
em dia. Lembre-se que em cada auditoria, ao final das etapas anteriores, foram dados prazos para que as falhas 
fossem corrigidas. Não deixe que os prazos dados ultrapassem o dia do início da quarta fase. 
 
 
 DICA: Se a sua empresa ainda não tem um programa de reciclagem, inicie um. Faça a coleta seletiva do lixo e separe 
os recicláveis dos não recicláveis. No final do mês, junte todo o dinheiro arrecadado com a venda desses materiais e 
dê um fim interessante para ele. Existem empresas que fazem uma festa, outras compram um presente e o sorteiam 
entre os funcionários, algumas até acumulam o dinheiro do ano todo e fazem uma grande festa de fim de ano. Use a 
imaginação e faça bom uso desse dinheiro que estaria perdido não fosse a reciclagem. Procure usá-lo em favor dos 
funcionários, pois isso os incentivará a reciclar e a limpar ainda mais. Mas não se esqueça de estabelecer metas, de 
forma que os funcionários não se acomodam. 
 
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o Capacitar o pessoal para avaliar se os conceitos estão sendo aplicados real e corretamente. 
Um é bom, dois é ótimo e todos, melhor ainda. Todos os funcionários devem saber exatamente o que estão fazendo 
e principalmente por que estão implantando o 5S. Monitores e auditores são necessários. Use os funcionários que 
mostrem maior predisposição a cada uma destas funções. Isso, além de ajudar o bom funcionamento do programa, 
incentiva a melhoria continua do funcionário. Elabore um treinamento ou uma palestra sobre o programa 5S, deixe 
os monitores cientes do que devem fazer, buscar e cobrar. Forneça o certificado de participação na palestra 
oferecida pela empresa. Faça desses monitores olhos dos líderes do projeto 5S e incentive-os a trazer problemas e 
novas ideias. 
o Eliminar as condições inseguras de trabalho, evitando acidentes ou manuseios perigosos. 
Nada é tão importante que não possa ser feito com calma e segurança. Esse deve ser o lema da empresa ao 
implantar o sistema de segurança no trabalho, que inclui equipamentos de proteção, eliminação de máquinas 
problemáticas e remoção de possíveis causas de acidentes. Tudo isso é importante e vital para a saúde e a 
produtividade da empresa. 
o Humanizar o local de trabalho em uma convivência harmônica. 
Trate as pessoas como o que elas são: pessoas. Elas têm sentimentos, problemas, necessidades e devem ser 
respeitadas. Chame as pessoas pelo nome, elabore formas simples de unir o pessoal, comunique a verdade a todos, 
seja franco e nunca subestime a necessidade de todos. Se for inconcebível à diretoria que seu banheiro fique sem 
papel ou sabonete, também é inconcebível que os banheiros da fábrica fiquem sem. Suprima, proíba e puna 
qualquer tipo de descriminação, preconceito ou falta de educação entre colegas de trabalho. 
o Difundir materialeducativo sobre a saúde e higiene. 
Eduque, ensine, demonstre que a higiene é fundamental para a qualidade de vida e isso irá refletir na vida 
profissional melhorando o ambiente de trabalho e a próprio indivíduo em sua vida como um todo. 
o Respeitar os colegas como pessoas e como profissionais. 
Novamente, o respeito é fundamental à saúde mental e ao bem estar das pessoas. Ser respeitado como pessoa é um 
direito legal e respeitar o funcionário como profissional, compensá-lo por seus bons feitos, reconhecê-lo e equipá-
lo para que continue o bom trabalho é uma obrigação da empresa. 
o Colaborar, sempre que possível, com o trabalho do colega. 
Uma empresa se diferencia do produtor artesanal por trabalhar em larga escala e com padrão de qualidade e de 
produtividade. O profissional se diferencia do amador não por sua qualidade, mas pelo seu preparo para trabalhar 
em equipe e em situações adversas. A melhor maneira de manter a qualidade, a produtividade e a saúde é dividir o 
trabalho, ou seja, trabalhar em equipe e colaborar coletivamente para o desenvolvimento profissional de cada 
colega de trabalho. 
o Cumprir horários. 
A empresa tem uma imagem que se constrói ao longo do tempo. O profissional também tem um nome a zelar, que 
é construído ao longo do tempo de trabalho. Tanto para a empresa quanto para o funcionário, um dos principais 
pontos para essa boa imagem é o cumprimento dos horários. Para a empresa, isso significa entregar um contrato a 
um cliente no prazo certo, entregar produtos e iniciar produção no tempo adequado, pagar em dia, ter seus impostos 
pagos corretamente. Para os funcionários, isso significa entrar e sair da empresa em seu horário correto de 
expediente, não ficar nem mais nem menos em seu horário de almoço, cumprir prazos e ser absolutamente pontual 
e assíduo. 
o Entregar documentos ou materiais requisitados no tempo hábil. 
Todos os departamentos devem cumprir prazos e metas estabelecidas. Documentação entregue após a validade 
atrapalha a produtividade. Documentos e matéria-prima entregues muito antes do prazo também atrapalham o 
rendimento da produção, principalmente porque acumulam a linha de produção e as pastas da administração, 
atrapalhando a velocidade da produção. 
o Não fumar em locais impróprios etc. 
Fumar pode ser proibido em toda a empresa, pois é direito dela proibir o uso de nicotina dentro das dependências 
da empresa. Essa proibição, acompanhada de um programa de combate ao tabagismo, informação e cuidados, pode 
trazer ao ambiente de trabalho muito mais saúde e higiene. 
 
 
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o Prezar pela aparência da empresa. 
Na medida das possibilidades, pinte frequentemente a empresa. Em especial, as áreas que sujam mais. Uniformize 
os funcionários e exija uniformes limpos. Dê aos funcionários as possibilidades para isso. Faça letreiros que 
informem as localizações dentro da empresa. Coloque placas indicativas em todas as salas informando o 
departamento ou o uso da sala em questão. Entre outras coisas, é importante que a empresa seja apresentável e 
organizada. 
Ter a empresa limpa e asseada requer gastos com sistema e materiais de limpeza. Requer também manutenção da 
ordem, da limpeza e principalmente disciplina. Cada membro da equipe deve ter consciência da importância de se 
trabalhar num local limpo e organizado. 
Uma medida importante e útil nessa fase é também colocar avisos ou instruções para evitar erros nas operações de 
trabalho, bem como designações, avisos e identificações dos equipamentos. 
Quando forem muito importantes, os avisos devem ser visíveis à distância, bem destacados e acessíveis a todos. 
Nessa fase, é importante conferir se o programa está sendo realmente implantado. Verifique cada etapa e certifique-
se de que o pessoal está preparado e motivado a cumprir o programa. 
 
 DICA: Programe junto ao departamento pessoal ou à administração geral campanhas mensais. Elabore um calendário com 
programas diferentes, incentivando higiene, combate a AIDS, ao tabagismo, ao alcoolismo e a outros problemas comuns 
ao nosso ambiente. Adquira o material a respeito desses temas junto à prefeitura, às secretarias de saúde e aos postos de 
saúde e pronto-socorros. 
 
Ao terminar o prazo estabelecido para a fase quatro, faça uma nova auditoria. Verifique se as indicações proibindo o 
fumo em locais específicos foram fixadas corretamente, certifique-se de que os cinzeiros foram retirados e, 
principalmente, se os funcionários estão respeitando as indicações. Seja firmes ao repreender quem não cumpre as 
regras ou então todo o sistema estará comprometido, pois perderá a credibilidade. Verifique se os banheiros e áreas 
comuns - como vestiários, cozinhas e refeitórios - estão limpos e organizados. Não deixe faltar objetos básicos de 
limpeza como detergente, sabão, desinfetantes, vassouras e rodos. Tenha-os sempre em locais estratégicos para limpar 
qualquer sujeira, principalmente dentro da produção, onde acidentes podem ocorrer. Finalmente, encerre a quarta fase 
do programa e inicie o 5S. 
 
5º PASSO - SHITSUKE - SENSO DE AUTODISCIPLINA 
 
Conceito: ―Fazer dessas atitudes, ou seja, de toda a metodologia, um hábito, transformando os 5s's em um modo de 
vida‖. 
 
O último ―S‖ não pode ter prazo. Ele se inicia assim que o quarto ―S‖ termina e segue enquanto a empresa existir. 
Todos os dias, a instituição deve viver o quinto ―S‖, ou seja, sua filosofia, missão e vontade deve seguir sempre a 
direção do quinto S, que é a manutenção e a perpetuação de todo o programa. 
 
Atitudes importantes: 
 
o Usar a criatividade no trabalho. 
Inove, implemente, ouça os colegas de trabalho. Ideias simples podem revolucionar o modo de funcionamento da 
empresa. Muitas cabeças pensam melhor que uma e podem levar o trabalho para o próximo passo na qualidade. 
o Melhorar a comunicação entre o pessoal no trabalho. 
União é fundamental para a saúde do ambiente de trabalho. As pessoas devem ser respeitadas independentemente 
de qualquer coisa. Todos devem se comunicar de maneira rápida e geral. Jornais, banners, rádios, informes, placas, 
e-mails e muitas outras coisas podem ser usados para comunicar aos funcionários de maneira rápida e precisa. Eles 
devem saber o que acontece na empresa e, para tanto, devem ter um canal de comunicação entre eles e com a 
empresa como um todo. 
o Compartilhar visão e valores, harmonizando as metas. 
Os valores da empresa devem ser os valores dos funcionários, as metas da empresa devem ser as metas das pessoas, 
e a visão da empresa e dos funcionários deve ser uma só. Não adianta formular valores e metas filosóficas e 
inatingíveis se os funcionários não compartilham a mesma ideia. O principal cliente de uma empresa é o 
 
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funcionário. Se ele não acredita no que faz, nada é feito com qualidade. Faça os funcionários acreditarem nas metas 
e elas serão atingidas muito mais facilmente. 
o Treinar o pessoal com paciência e persistência, conscientizando-os para os 5S's. 
Como dito antes, cada fase deve ser passada a todos e todos devem estar envolvidos com o processo. Mas é preciso 
constantemente relembrar a importância do programa para a qualidade profissional. Apresente palestras, inclua 
artigos sobre o programa no jornal ou no informe da empresa. Faça sempre a reciclagem dos funcionários, 
mostrando-lhes as vantagens de continuar no caminho certo. 
o De tempos em tempos, aplicar os 5s's para avaliar os avanços. 
Novamente, elabore, ao fazer o planejamento, um

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