Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 1 ANAMNESE ❖ Nem sempre a paciente chega com queixa ao médico IDENTIFICAÇÃO: ❖ Idade + profissão + naturalidade + escolaridade + estado civil + cor/raça + religião QUEIXA PRINCIPAL ❖ Anotar com as palavras da paciente HMA: HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL ❖ Detalhamento da queixa principal ❖ Fatores desencadeantes, sintomas associados, fatores de melhora ou piora PRINCIPAIS QUEIXAS GINECOLÓGICAS ❖ Alteração do ciclo ou do fluxo menstrual ❖ Dor pélvica ❖ Corrimento genital ❖ Ardor, prurido genital ❖ Modificações ou perturbações mamárias ❖ Dificuldades sexuais ❖ Perturbações miccionais e/ou perda involuntária de urina ❖ Dificuldade para engravidar INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO ❖ Queixas não relacionadas a queixa principal ❖ Queixas não ginecológicas ❖ Sempre escrever quando negar queixas ginecológicas e corrimento ❖ História da moléstia atual HISTÓRIA SEXUAL ❖ Coitarca: idade da primeira relação sexual (quanto tempo a paciente está exposta a uma doença sexualmente transmissível) ❖ Número de parceiros (comportam sexual de risco > 3 parceiros em 12 meses) ❖ Queixas sexuais: libido, orgasmo, tem prazer? sente lubrificação? ❖ Anticoncepção (sempre atentar ao uso da camisinha também ser um método) ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS ❖ Passado de ist ❖ Cauterização: associado a HPV? ❖ Corrimento ❖ Cirurgia HISTÓRIA OBSTÉTRICA ❖ Número de GPA (gestações, partos e abortos) ❖ Complicações no pré-natal: DM gestacional, hipertensão, más-formação ❖ No caso de pacientes que apresentam dm gestacional elas correm o risco de desenvolver dm após o parto. ❖ Complicações no parto ❖ Peso maior que 4 kg ❖ amamentação HISTÓRIA MENSTRUAL ❖ Menarca ✓ Ciclos: regulares? Irregulares? ✓ DUM ✓ Sintomas associados: tpm, dismenorreia ✓ TPM ✓ Menopausa: natural? Cirúrgica? ✓ Não ficar fiado ao fluxo menstrual da paciente com uso de anticoncepcional, uma vez que ela não menstrua ANTECEDENTES MÉDICOS ❖ Cardiovascular, respiratório, urinário e gastrointestinal ANTECEDENTES FAMILIARES ❖ Câncer ginecológico (não coloque casos de câncer não associados a ginecologia) ❖ Endócrino/metabólico ❖ Cardiovasculares ❖ Outros PH SEMIOLOGIA GINECOLÓGICA Saúde da mulher PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 2 EXAME FÍSICO ❖ Geral ❖ Peso e altura (IMC) ❖ Pressão arterial ❖ Avaliação de pele e pelos (pode estar associado a SOP) EXAME FÍSICO DE MAMAS ❖ Devem ser realizadas tanto a inspeção estática quanto a dinâmica enquanto a paciente está sentada. ❖ Inspeção estática: descrever quais aspectos visíveis na mama da paciente, se é pendular, volumosa, se percebeu alguma alteração na pele ❖ Inspeção dinâmica: mão na cintura do paciente fazendo o movimento para frente e para trás. Pode-se observar também pedindo que a paciente leve os braços para a região occipital da cabeça. ❖ Após realizar a inspeção deve-se palpar as axilas (deixando a axila livre). ❖ Deitando-se a paciente fazemos a palpação e expressão. ❖ A palpação pode ser feita através da técnica do dedilhamento ou da mão espalmada. Essa técnica pode ser feita dividindo a mama em quadrantes ou em espiral. ❖ Geralmente a mama é a região que a paciente mais tem vergonha, exponha-a rapidamente. EXAME FÍSICO DO ABDÔMEN ❖ Inspeção ❖ Palpação superficial e profunda ❖ A palpação nos ajuda a avaliar e há alguma massa aumentada (câncer de ovário, mioma, gravidez) AVALIAÇÃO DA GENITÁLIA EXTERNA ❖ Trofia genital: gordura acima do monte de vênus. Muito comum em mulheres na menopausa. ❖ Pilificação ❖ Grandes e pequenos lábios ❖ Clitóris ❖ Glândulas de Bartholin ❖ Hímen (observa-se a sua integridade e morfologia) ❖ Uretra ❖ Períneo (descreve-se se há presença de rupturas advindas de parto, lesões da pele e de processos infecciosos ou inflamatórios) ❖ Prolapsos x Perda de urina ❖ Glândulas: ❖ A glândula de skene é mais difícil de ser visualizada porque os grandes e pequenos lábios ficam recobrindo-a. ❖ A glândula de bartholin pode formar um cisto inchado, não é caracterizado como uma IST. Comumente formada por bactérias sexualmente transmissíveis. Pode ser infecção ou apenas um cisto. É perceptível quando os grandes e pequenos lábios são assimétricos. São responsáveis pela lubrificação vaginal. Não são palpáveis, quando palpáveis estão sujeitas a uma inflamação que pode ser denominada de bartholinite. INSPEÇÃO COM MANOBRA DE VALSAVA PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 3 ❖ É necessário avaliar a parte interna e pedir para a paciente fazer a manobra de “parir” ou então fechar a boca para ver se tem prolapso. Pedir a paciente para tossir o soprar no dorso da mão. ❖ O prolapso acontece quando a bexiga desde (parede anterior) ou o reto desce (parede posterior) ou apical, quando o próprio útero desce. Acontece mais em senhoras. ❖ A maioria dos pacientes com prolapso no útero são assintomáticas. Quando sintomáticas as dores pioram durante o dia e melhoram com o repouso. Com a piora do prolapso, pode surgir dor no hipogástrio, de intensidade variável, com irradiação para a região lombar. GENITÁLIA INTERNA ❖ Exame especular ✓ Avaliação do colo ✓ Avaliação de secreções vaginais ✓ Papanicolau: exame para triagem para CA de colo de útero. Baixo custo. Material usado: espéculo, lâmina com identificação, espátula (coleta de ectocérvice), citobrush (coleta de endocervice, no colo do útero). ✓ Colposcopia: uso de ácido acético 3%, colposcópio para avaliação de lesões precursoras de CA de colo. (lesões brancas na colposcopia são indicativos de CA) ✓ Teste de schiller: uso de lugol. Baixo custo. Alta sensibilidade e baixa especificidade. ❖ Fluxo vaginal ❖ Não necessariamente tem que colher o preventivo toda vez que se avalia a genitália interna. ❖ Rugosidade de paredes vaginais ❖ Avaliação do colo do útero ✓ Descrição do orifício externo ✓ Descrição de lesões ❖ Toque vaginal ✓ Posição uterina: anterovertido ou retrovertido ✓ Paredes vaginais: períneo suficiente ✓ Mobilidade de colo uterino: doloroso? ✓ Palpação de anexos ✓ Volume uterino: intrapelvico? ✓ Empurra o colo do útero, move-o de um lado para o outro. Muito importante em toda consulta ginecológica. Com acesso ao ultrassom não é muito necessário. ASPECTOS ÉTICOS EM GINECOLOGIA ❖ Autonomia: todo ato médico deve ser autorizado pelo paciente ❖ Beneficência: obrigação ética de maximizar o benefício e minimizar o prejuízo ❖ Não maleficência: o ato médico deve causar o menor dano ou o mínimo agravo à saúde do paciente PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 4 ❖ Justiça: tratar cada indivíduo com o que é moralmente correto e adequado. ❖ Respeitar as escolhas de cada um, sem julgamentos ❖ Sempre pedir permissão a cada exame físico ❖ Explicar cada passo do exame ❖ Preferencialmente examinar a paciente com outra pessoa na sala. ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS ❖ Planejamento familiar ❖ Reprodução assistida ❖ Interrupção legal da gravidez ❖ Segredo profissional ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO GENITÁLIA EXTERNA MONTE DE VÊNUS ✓ Tecido fibroadiposo ✓ Coberta de pelos ✓ A frente da sínfise púbica ✓ Fáscia de Camper e Colles GRANDES LÁBIOS ✓ Dobras proeminentes ✓ Epitélio escamoso queratinizado ✓ Coberto de pelos ✓ Glândulas sudoríparas e sebáceas ✓ Finaliza o ligamento redondo PEQUENOS LÁBIOS ✓ Delimitam o vestíbulo da vagina ✓ Anteriormente: circundam o clitóris ✓ Posterior: terminam a fúrcula ✓ Mobilidade na pele durante o ato sexual ✓ Epitélio escamoso queratinizado ✓ Partes laterais se unem e formam o prepúcio do clítoris ✓ Não contém folículos pilososou glândulas sudoríparas CLÍTORIS ✓ Corpo + prepúcio ✓ Altamente inervado ✓ Estrutura erétil feminina ✓ Possui: glande, corpo e 2 ramos PERÍNEO ✓ Região delimitada pelo trígono urogenital e anal ✓ Dividida pela tuberosidade isquiática ❖ Hímen ❖ Glândulas acessórias ✓ Glândula de Bartholin ✓ Glândula de Skene ✓ Lubrificação: secreção de muco As glândulas podem infectar ou formar cistos e assim ficam aumentadas. Geralmente muito importante na glândual de Bartholin ❖ Os órgãos genitais externos são: monte de vênus + períneo = vulva + grandes e pqeunos PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 5 lábios + vlítoris + glândulas de Bartholin e se Skene + meato uretral + introito vulvar. APARELHOS DE SUSPENÇÃO E CONTENÇÃO DA PELVE ❖ Suspensão ✓ Ligamento uterossacro cervical lateral (cardinal – começa atras do útero e forma a parte posterior do trígono genital) ✓ Pubovesicouterino ❖ Aparelho de contenção ✓ Fáscia endopélvica (reveste toda a parte antes do musculo) ✓ Ligamentos largos SUSTENTAÇÃO ❖ Musculatura do assoalho pélvico ❖ Sustentar os órgãos pélvicos ✓ Prevenção de prolapsos ❖ Suportar o aumento da pressão intra- abdominal ✓ Aumento do volume abdominal na gestação e na obesidade ❖ ❖ Controle de esfíncteres ✓ Manter a continência fecal e urinária ❖ Permitir a atividade sexual ❖ Se o paciente tiver o musculo bom, mas a fáscia ruim ela terá prolapso ASSOALHO PÉLVICO ❖ Diafragma pélvico ❖ É formado pelos 4 músculos: puborretal, pubococcigeo, iliococcigeo, coccígeo (relacionado com o controle do esfíncter anal) ❖ O transverso superficial do períneo une as tuberosidades isquiáticas ❖ Ligamento cardinal: atras o útero liga para a fáscia ❖ Ligamento próprio do ovário ❖ Ligamento redondo: O ligamento redondo é um feixe de tecido conjuntivo ÓRGÃOS INTERNOS ÚTERO ❖ Órgão oco, musculatura lisa PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 6 ❖ Composto por: ✓ Colo + corpo: fundo, anterior, posterior ✓ Istmo união delas ❖ Endométrio: mucosa interna, secretora, descama ❖ Miométrio: muscular. Camada de músculo liso ❖ Serosa ou perimétrio: Contato com peritônio RELAÇÕES ANATÔMICAS DO ÚTERO ❖ Bexiga a frente ❖ Atras o colo sigmoide ❖ Ao lado os ovários VASCULARIZAÇÃO UTERINA ❖ Artéria uterina (mais importante) ✓ Ramo da ilíaca interna, não é ramo da aorta. ✓ Faz anastomose com a artéria ovariana (ramo tubário) ✓ Em minutos pode causar a morte do paciente se não estancar o sangue ❖ Veia uterina ✓ Drena para a ilíaca interna ❖ Drenagem linfática ✓ Ligamento cardinal ✓ Linfonodos ilíaco interno obturador ✓ Fundo uterino: drena para aórtico e inguinais superficiais VAGINA ❖ Órgão tubular músculoepitelial ✓ Útero -> exterior ❖ Revestida por epitélio escamoso não queratinizado: rugoso e sem pelos ❖ Parede posterior tem 8 a 10cm de comprimento ❖ A vagina liga o útero a parte externa ❖ Camada mucosa: epitélio escamoso não queratinizado (sem pelos) ❖ Camada muscular: musculo liso, colágeno e elastina ❖ Camada adventícia: colágeno e elastina ❖ Recessos do lúmen vaginal: fórnice anterior e fórnice posterior ❖ Entre a bexiga e o reto: sustenta estas estruturas. ❖ Suprimento sanguíneo ✓ Artéria ilíaca interna -> artéria vaginal e artéria retal média ✓ Ramo descendente da artéria uterina ✓ Artéria pudenda interna (distal) ❖ Drenagem linfática ✓ 2/3 superiores: igual ao do útero ✓ Segmento distal da vagina: linfáticos vulvares -> linfonodos inguinais ❖ Inervação vaginal ✓ Fibras do plexo uterovaginal -> componente do plexo hipogástrico inferior OVÁRIOS ❖ Gônadas ❖ Produtoras de gametas e hormônios PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 7 ❖ Órgãos duplos, não queratinizados ❖ Córtex: folículos ❖ Medula: vasos e estroma; produção hormonal ❖ Suspendo por prega peritoneal ✓ Nervos e vasos ✓ Artéria ovariana: ramo direito da aorta TUBAS UTERINAS ❖ Trompas de Fallopio ❖ Órgãos duplos tubulares (dupla abertura) ❖ Luz tubária revestida por epitélio colunar ciliado ❖ Parede de músculo liso ❖ Bordo superior do ligamento largo ❖ Istmo (perto do corno uterino) + ampola + fimbrias (se abre para as fímbrias e capta o ovócito). Ver foto final do resumo ❖ Os órgãos genitais internos são: vagina + útero + ovários + tubas uterinas + ligamentos de suspensão e sustentação da pele. PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 8
Compartilhar