CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO
· A vida em sociedade, por natureza, já exige certas regulamentações. Regulamentações essas, que a princípio, eram regras de convivência que buscavam a harmonia social, mas que com o crescimento e evolução das sociedades, transformaram-se em normas mais complexas de controle estatal: o Direito. Nesse sentido, além de buscar evitar os eventuais conflitos, as normas passaram a regulamentar como esses conflitos seriam geridos e solucionados.
· Autocomposição: Mecanismo alternativo ao processo jurisdicional, caracteriza-se pelo consenso entre as partes, sendo tanto unilateral (desistência e renuncia por parte do autor ou submissão e reconhecimento por parte do réu); como bilateral em casos de transação ou autocomposição em sentido estrito.
· Arbitragem: Modelo de resolução de conflitos que, embora inicialmente tenha sido facultativo, tornou-se a principal forma processual da atualidade. Ele consiste na mediação por uma pessoa externa ao conflito, a qual não possui interesse no bem jurídico motivo do conflito. Dessa noção, surge o Processo.
· Processo x procedimento: Saber diferenciar processo de procedimento é uma habilidade essencial para o operador do Direito, visto que possibilita a distinção entre a Teoria do Processo e a prática forense. Sendo assim, processo se configura como um ato jurídico complexo baseado em procedimentos (cujas normas também apresentam por disciplinar os prazos e ritos do processo), mas que busca resguardar os direitos fundamentais, não somente no âmbito da jurisdição. O procedimento, por sua vez, consiste em um dos conteúdos do Direito processual, sendo importante definir que compreendê-lo é compreender o processo embora a recíproca não seja necessariamente verdadeira.
· Autos do processo: Autos do processo são as provas materiais das concretizações procedimentais e processuais, ou seja, o volume de papel que indica a realização do processo.
· Processo e Direito Processual: O processo embora associado, no senso comum, apenas ao Direito, envolve muito mais campos que este, como a administração e a legislação, além de poder ser estatal ou paraestatal. O processo jurisdicional, entretanto, é mecanismo utilizado pelo Estado para tutelar os direitos materiais das partes e para solucionar conflitos por meio da jurisdição. Assim, apesar do caráter técnico que o Direito processual abarca, a neutralidade axiológica, geralmente relacionada à técnica, não é pressuposto do mesmo. Isso porque, se tratando de um mecanismo para a resolução de conflitos, não se pode dissociar os valores éticos da função social desses preceitos processuais.
· Ramos do direito processual jurisdicional: O Direito Processual é fundamentalmente enquadrado no Direito Público, visto que visa regulamentar atividades de interesse coletivo. Ademais, o Direito processual se dividirá em dois ramos: o penal (conjunto de normas reguladoras das atividades jurisdicionais no processo penal) e o civil (conjunto de normas reguladoras das atividades jurisdicionais no processo civil)
· Direito Processual e Direito material: É apresentada a noção de direito material como O conjunto de normas de controle. Entretanto, apesar da existência dessas normas, os conflitos ainda existem.
· Por isso a necessidade de um instrumento de resolução desses conflitos: O Direito Processual. Além disso, vale destacar os pilares do Direito: jurisdição (manifestação da vontade do Estado), a ação (manifestação dos destinatários da norma) e o processo (instrumento que possibilitará a formulação da regra jurídica para o caso concreto).