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Discentes: Agness Jaime Amelia Matisse Amina Pascal Bonifácio Ernesto Felício Graciano TEMA: Doenças Cardiovasculares Curso de Farmácia Disciplina: Patologia ISTITUTO POLITÉCNICO VÉNUS Tete, 2021 Discentes: Agness Jaime Amelia Matisse Amina Pascal Bonifácio Ernesto Felício Graciano TEMA: Doenças Cardiovasculares Curso de Farmácia Disciplina: Patologia Docente: Hermenegildo ISTITUTO POLITÉCNICO VÉNUS Tete, 2021 Índice 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1 1.1. OBJECTIVOS........................................................................................................................ 1 1.1.1. Objectivo Geral ................................................................................................................... 1 1.1.2. Objectivos Específicos ........................................................................................................ 1 2. DOENÇAS CARDIOVASCULARES ...................................................................................... 2 2.1. As doenças cardiovasculares mais comuns ............................................................................ 2 2.1.1. Doença Cardíaca Coronariana ............................................................................................ 2 2.1.2. Acidente Vascular Cerebral ................................................................................................. 2 2.13. Doença Cardíaca Hipertensiva ............................................................................................. 2 2.1.4. Doença Cardíaca Inflamatória ............................................................................................ 2 2.1.5. Doença Reumática .............................................................................................................. 2 2.1.6. Outras doenças cardíacas .................................................................................................... 3 2.2. Prevenção das doenças cardiovasculares ............................................................................... 3 2.3. Sintomas ................................................................................................................................. 3 3. HIPERTENSÃO ARTERIAL ................................................................................................... 4 3.1. Tipos de hipertensão .............................................................................................................. 5 3.2. Fatores de risco da pressão alta .............................................................................................. 5 3.3. Principais sintomas da hipertensão ....................................................................................... 5 3.4. Prevenção e tratamento da hipertensão .................................................................................. 6 4. EMBOLIA PULMONAR ......................................................................................................... 6 4.1. Sintomas de embolia .............................................................................................................. 6 4.2. Causas uma embolia .............................................................................................................. 7 4.2.4. Viagens de avião ................................................................................................................. 8 4.3. Fatores de risco para embolia pulmonar ................................................................................ 8 5. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ................................................................................................ 9 5.1. Tipos de insuficiência cardíaca .............................................................................................. 9 5.2. Principais sintomas da insuficiência cardíaca ........................................................................ 9 5.3. Diagnóstico da insuficiência cardíaca .................................................................................. 10 5.4. Causas da insuficiência cardíaca .......................................................................................... 10 5.5. Tratamento da insuficiência cardíaca ................................................................................... 10 5.6. Alguns cuidados durante o tratamento da insuficiência cardíaca ........................................ 11 6. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO .................................................................................. 11 6.1. Causas do Infarto Agudo do Miocárdio ............................................................................... 11 6.2. Principais sintomas do Infarto Agudo do Miocárdio ........................................................... 12 6.3. Diagnóstico do Infarto Agudo do Miocárdio ....................................................................... 12 6.4. Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio ........................................................................ 13 7. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 14 8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS ...................................................................................... 15 1 1. INTRODUÇÃO Este presente trabalho tem como tema Doenças Cardiovasculares, onde iremos fazer abordagem referentes a doenças cardiovasculares. As doenças cardiovasculares são um conjunto de problemas que atingem o coração e os vasos sanguíneos, e que surgem com a idade, normalmente relacionadas a hábitos de vida poucos saudáveis, como alimentação rica em gordura e falta de atividade física, por exemplo. No entanto, as doenças cardiovasculares também podem ser diagnosticadas logo ao nascimento, como é o caso das cardiopatias congênitas. Além disso, as doenças cardiovasculares podem acontecer como consequências de infecções por vírus, fungos ou bactérias, que provocam a inflamação do coração, como no caso da endocardite e da miocardite. É importante que as doenças cardiovasculares sejam devidamente tratadas pois, além de provocarem sintomas desconfortáveis, como falta de ar, dor no peito ou inchaço no corpo, também são principal causa de morte no mundo. 1.1. OBJECTIVOS 1.1.1. Objectivo Geral Salientar sobre as doenças cardiovasculares 1.1.2. Objectivos Específicos Mencionar as doenças Cardiovasculares; Identificar das causas de algumas doenças; Falar da prevenção das doenças; Abordagem do tratamento das doenças. 2 2. DOENÇAS CARDIOVASCULARES As doenças cardiovasculares são um conjunto de problemas que atingem o coração e os vasos sanguíneos, e que surgem com a idade, normalmente relacionadas a hábitos de vida poucos saudáveis, como alimentação rica em gordura e falta de atividade física, por exemplo. No entanto, as doenças cardiovasculares também podem ser diagnosticadas logo ao nascimento, como é o caso das cardiopatias congênitas. 2.1. As doenças cardiovasculares mais comuns Dentre as doenças cardiovasculares, o infarto agudo do miocárdio (IAM) é a complicação que mais vitima pessoas, entretanto, diversas podem ser as causas de morte devido a complicações dessas. As principais causas de óbito por DCV, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são: 2.1.1. Doença Cardíaca Coronariana Ocorre devido a problemas em vasos que irrigam o coração. Inclui o infarto agudo do miocárdio (IAM) e a doença aterosclerótica (placa de gordura nas artérias). O acúmulode gordura na parede dos vasos já tem início na vida intra uterina, devido a desregulação nos níveis de colesterol, avaliada através do exame de perfil lipídico. 2.1.2. Acidente Vascular Cerebral O Acidente Vascular Cerebral, conhecido como AVC, é a interrupção do suprimento sanguíneo de alguma área do cérebro e pode ocorrer de duas formas: a isquêmica, quando um trombo ou placa de gordura ocluem um vaso, ou a hemorrágica, quando o vaso se rompe e deixa de irrigar a área correspondente. 2.13. Doença Cardíaca Hipertensiva Aqui encontra-se as patologias que se desenvolvem em decorrência da pressão alta do paciente e incluem insuficiência cardíaca, cardiomegalia e doença arterial coronariana. 2.1.4. Doença Cardíaca Inflamatória Trata-se da inflamação do músculo cardíaco (miocardite), que pode causar dilatação cardíaca, trombos na parede cardíaca, infiltração das células sanguíneas circulantes, ao redor das coronárias e entre as fibras musculares. 2.1.5. Doença Reumática É causada pela infecção pelo Streptococcus pyogenes Beta-Hemolítico do Grupo A, que, quando não tratada corretamente, pode afetar o músculo e as valvas cardíacos. https://hilab.com.br/exame/perfil-lipidico/ 3 2.1.6. Outras doenças cardíacas Nesta categoria estão incluídos os tumores cardíacos, os tumores de vasos cerebrais, as doenças do músculo cardíaco e os problemas nas valvas cardíacas. 2.2. Prevenção das doenças cardiovasculares As maiorias das DCV podem ser prevenidas com mudanças nos hábitos de vida. Pessoas com doenças cardiovasculares, ou aquelas em alto risco para o desenvolvimento destas, necessitam detecção precoce dessa tendência e monitoramento apropriado envolvendo tanto o aconselhamento quanto o uso de fármacos, se necessário. A cessação do tabagismo, a redução do uso de sal na dieta, o consumo de frutas e vegetais, a prática regular de atividade física e o uso consciente do álcool demonstraram grande redução do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Além desses, o tratamento da diabetes, da pressão alta (hipertensão) e da dislipidemia (alteração dos níveis de colesterol e triglicerídeos) também são necessários na prevenção de infartos e de AVCs. 2.3. Sintomas Muitas das DCVs não produzem sintomas até o momento em que se tornam um problema eminente de saúde, como o infarto agudo do miocárdio. Por este motivo a prevenção é o melhor modo de evitar uma complicação. O IAM e o AVC são as doenças cardiovasculares que necessitam de imediata resolução e devem ser identificados assim que começam a demonstrar sinais de complicação. Infarto Agudo do Miocárdio: Dor ou desconforto no centro do peito Dor ou desconforto nos braços, no ombro esquerdo, cotovelos, mandíbula ou costas Além desses, a pessoa também pode apresentar dificuldade para respirar; náuseas e vômitos; sensação de desmaio; sudorese fria; palidez. Mulheres apresentam, mais comumente, sinais como: dificuldade para respirar, náuseas, vômitos, dor nas costas e na região da mandíbula. Em relação ao acidente vascular cerebral, o mais comum sintoma é fraqueza súbita de músculos da face, braço ou perna, ocorrendo, em maior parte, em um lado do corpo. Outros sintomas incluem: Dormência de face, braço ou perna, principalmente em um lado do corpo Confusão e dificuldade de falar ou entender o que é falado Dificuldade de enxergar com um ou ambos os olhos Dificuldade em andar, sonolência e perda de coordenação ou equilíbrio 4 Dor de cabeça severa sem causa conhecida Desmaios ou estado inconsciente 3. HIPERTENSÃO ARTERIAL Hipertensão arterial (HA), mais conhecida como pressão alta, é uma doença caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial (PA). Níveis de pressão de 130/85 mmHg são considerados normais para a população adulta. Na maior parte dos casos, a hipertensão não tem uma causa conhecida sendo chamada de hipertensão essencial ou primária, mas em uma pequena parte a hipertensão pode ser causada por outras doenças, ou efeito de medicações, denominada hipertensão secundária. Apesar de na maioria das vezes não conseguirmos saber com precisão a causa da hipertensão arterial, sabemos que muitos fatores podem ser responsáveis: hereditariedade, idade, raça, obesidade, tabagismo, sedentarismo, stress, uso de bebidas alcoólicas. A hipertensão é caracterizada pelo aumento da pressão arterial, normalmente acima de 130 x 80 mmHg, o que pode influenciar no bom funcionamento do coração. Essa situação pode acontecer devido ao envelhecimento, falta de exercício, aumento do peso ou consumo excessivo de sal, por exemplo no entanto a hipertensão também pode acontecer como consequência de outras situações, como diabetes ou doenças renais, por exemplo. O aumento da pressão arterial normalmente não causa sintomas, mas em alguns casos pode ser percebido por meio de alguns deles, como tontura, dor de cabeça, alterações na visão e dor no peito, por exemplo. Saiba como identificar a hipertensão. Tratamento: é recomendado fazer seguimento da hipertensão com um clínico geral ou cardiologista, pois pode ser necessário fazer uso de medicamentos, além de uma dieta pobre em sal. É importante também praticar atividades físicas, evitar fumar, beber pelo menos 2 litros de água por dia e verificar a pressão regularmente. Caso a pressão continue alta mesmo com o tratamento recomendado, é indicado voltar ao cardiologista para que possa ser feita uma nova avaliação e o tratamento modificado. A pressão alta é um problema tão grave quanto comum. De acordo com o Ministério da Saúde, população a nível mundial sofrem com essa condição clínica na atualidade. Portanto, o que é mais preocupante no que diz respeito à hipertensão arterial é que, até 2025, mais de 80% da população de países em desenvolvimento será hipertensa. Assustador. https://www.tuasaude.com/sintomas-de-hipertensao/ 5 Mas, reconhecida a gravidade e abrangência da doença, é importante saber que há maneiras eficientes de prevenir e tratar a hipertensão. A principal forma de mandar o problema para bem longe é conhecê-lo a fundo. A hipertensão, também conhecida popularmente como pressão alta, é uma séria condição clínica caracterizada pela elevação e sustentação da pressão arterial em níveis altos. O quadro de hipertensão acontece quando a pressão é igual ou superior a 140/90. Infelizmente, em muitos casos a doença é silenciosa, fato que atrasa o diagnóstico médico. 3.1. Tipos de hipertensão A hipertensão é dividida em três tipos, conforme os estágios classificados pelos níveis de pressão arterial. O estágio I corresponde à pressão acima de 140/90 e abaixo de 160/100. O estágio II ocorre acima de 160/100 e abaixo de 180/110. Já o estágio III é marcado pela pressão acima de 180/110. A pressão elevada, combinada com condições como AVC, obesidade ou diabetes, determina se o risco de morte é leve, moderado, alto ou altíssimo. Portanto, vale destacar que quanto maior é a hipertensão arterial, maiores são as chances de o paciente precisar de medicação. 3.2. Fatores de risco da pressão alta A pressão alta é multifatorial e, em 90% dos casos, é uma doença herdada dos pais. A minoria pode estar relacionada a distúrbios na tireoide ou na glândula suprarrenal. Outros fatores que podem fazer a pressão subir são os seguintes: Consumo excessivo de bebidas alcoólicas Sobrepeso ou obesidade Idade avançada Ingestão excessiva de sal Sedentarismo 3.3. Principais sintomas da hipertensão Em muitos indivíduos hipertensos, a doença é assintomática. Quando a hipertensão se manifesta, podem ocorrer sintomas incômodos como dores no peito, tontura, dor de cabeça, visão turva, zumbido no ouvido, formigamento nos membros e dificuldade de respirar. 6 3.4. Prevenção e tratamento da hipertensão A melhor dica para evitar a hipertensão é adotar hábitos saudáveis, comose alimentar de maneira saudável, abandonar o alcoolismo e tabagismo, manter o peso ideal, não abusar do sal e praticar exercícios físicos regularmente. Se mesmo adotando esses cuidados, você não conseguir se livrar da doença e for diagnosticado com pressão alta, fique tranquilo. O problema tem tratamento e a hipertensão pode ser controlada. O médico indicará o melhor tratamento, que pode incluir uma dieta especial, mudança no estilo de vida e prescrição de medicamentos. 4. EMBOLIA PULMONAR A embolia pulmonar é uma condição grave, também conhecida como trombose pulmonar, que surge quando um coágulo entope um dos vasos que leva sangue para o pulmão, fazendo com que o oxigênio não consiga chegar nos tecidos da parte afetada do pulmão, resultando em falta de ar repentina, tosse intensa e dor no peito, principalmente ao respirar. Uma vez que a embolia é uma situação grave, sempre que existir suspeita é muito importante ir rapidamente ao hospital para avaliar o caso e iniciar o tratamento mais adequado, que normalmente inclui o uso de anticoagulantes diretamente na veia, terapia com oxigênio e, nos casos mais graves, cirurgia. 4.1. Sintomas de embolia A embolia pulmonar pode levar ao aparecimento de sinais e sintomas à medida que há maior alteração da circulação sanguínea e do fornecimento de oxigênio, sendo os principais: Sensação repentina de falta de ar; Dor no peito que piora ao respirar fundo, tossir ou comer; Tosse constante e que pode conter sangue; Inchaço das pernas ou dor ao movimentar as pernas; Pele pálida, fria e azulada; Sensação de desmaio ou desmaio; Confusão mental, principalmente em idosos; Batimentos cardíacos rápidos e/ou irregulares; Tonturas que não melhoram. Na presença de mais de um sintoma, é aconselhado ir ao pronto-socorro ou chamar imediatamente uma ambulância para confirmar o diagnóstico e receber o tratamento adequado, pois assim é possível prevenir complicações de saúde. 7 Os sintomas da embolia pulmonar podem ser confundidos com um problema cardíaco e, por isso, o médico geralmente recorre a exames de diagnóstico como exame de sangue, eletrocardiograma (ECG), raio X do tórax, tomografia computadorizada ou angiografia pulmonar para confirmar as suspeitas e iniciar o tratamento. 4.2. Causas uma embolia Embora a embolia pulmonar possa acontecer em qualquer pessoa, é mais frequente devido a algumas situações, como: 4.2.1. Falta de atividade física Quando se fica muito tempo parado na mesma posição, como deitado ou sentado, o sangue começa a se acumular mais em um local do corpo, geralmente nas pernas. Na maioria das vezes, esse acúmulo de sangue não provoca qualquer problema porque quando a pessoa se levanta o sangue volta a circular normalmente. No entanto, pessoas que ficam vários dias deitadas ou sentadas, como acontece após uma cirurgia ou devido a uma doença grave como AVC, por exemplo, têm maior risco de o sangue acumulado começar a formar coágulos. Estes coágulos podem ser transportados pela circulação sanguínea até entupir um vaso pulmonar, causando uma embolia. 4.2.2. Cirurgias Além do pós-operatório de uma cirurgia diminuir o nível de atividade física e aumentar o risco de formação de coágulos, a própria cirurgia também pode levar a uma embolia pulmonar. Isto acontece porque durante a cirurgia acontecem várias lesões nas veias que podem dificultar a passagem do sangue e causar um coágulo que pode ser transportado até os pulmões. O que fazer: é importante cumprir todo o período de pós-operatório no hospital para manter a observação contínua do médico que pode atuar assim que surgem os primeiros sinais de problemas. Já em casa, é recomendado o uso dos remédios indicados pelo médico, especialmente os anticoagulantes, como a Varfarina ou Aspirina. 4.2.3. Trombose venosa profunda Pessoas que sofrem com trombose venosa profunda (TVP) apresentam um elevado risco de desenvolver coágulos que podem ser transportados para outros órgãos, como o cérebro e os pulmões, provocando complicações graves, como embolia ou AVC. O que fazer: para evitar complicações, deve-se seguir o tratamento indicado pelo médico, que geralmente inclui o uso de anticoagulantes. 8 4.2.4. Viagens de avião Fazer qualquer viagem por mais de 4 horas, seja de avião, carro ou barco, por exemplo, aumenta o risco de ter um coágulo devido ao fato de se passar muito tempo na mesma posição. No entanto, no avião esse risco pode estar aumentado devido às diferenças de pressão que podem tornar o sangue mais viscoso, aumentando a facilidade em formar coágulos. O que fazer: durante viagens longas, como as de avião, é aconselhado levantar ou movimentar as pernas ao menos a cada 2 horas. 4.2.5. Fraturas As fraturas são uma das principais causas de embolia pulmonar porque quando um osso se parte pode provocar lesões em vários vasos sanguíneos, além do tempo que se tem que ficar em repouso para a cura da fratura. Essas lesões podem não só levar à formação de coágulos, mas também à entrada de ar ou gordura na circulação sanguínea, aumentando o risco de ter uma embolia. O que fazer: deve-se evitar atividades perigosas, como escalada, e manter as proteções adequadas em desportos de alto impacto para tentar evitar uma fratura. Após cirurgia para correção da fratura, a pessoa deve tentar se movimentar, de acordo com as orientações do médico ou fisioterapeuta. 4.3. Fatores de risco para embolia pulmonar Conhecer os fatores de risco para embolia pulmonar é essencial para facilitar um diagnóstico e para realizar procedimentos que evitem o desenvolvimento desse problema. De acordo com a Diretriz de Embolia Pulmonar da Sociedade Brasileira de Cardiologia, os principais fatores de risco para embolia pulmonar são: Trauma não cirúrgico e cirúrgico; Idade maior que 40 anos; Tromboembolismo venoso prévio; Imobilização; Doença maligna (câncer); Insuficiência cardíaca; Infarto do miocárdio; Paralisia de membros inferiores; Obesidade; Veias varicosas; Estrogênio; Parto; 9 Doença pulmonar obstrutiva crônica. 5. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA A insuficiência cardíaca é caracterizada pela dificuldade do coração em bombear o sangue para o corpo, gerando sintomas como cansaço, tosse noturna e o inchaço nas pernas ao final do dia, já que o oxigênio presente no sangue não consegue chegar aos órgãos e tecidos. A insuficiência cardíaca é mais comum de acontecer em pessoas que possuem pressão alta, já que nesses casos o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue, provocando a dilatação do coração ao longo do tempo. Além disso, a insuficiência pode acontecer devido ao estreitamento das artérias, dificultando a passagem do sangue e distribuição pelo corpo. A insuficiência cardíaca não tem cura, mas pode ser controlada com o uso regular de remédios orais e cuidados com a alimentação, além de consultas regulares no cardiologista. 5.1. Tipos de insuficiência cardíaca De acordo com a evolução dos sintomas, a insuficiência cardíaca pode ser classificada em: Insuficiência cardíaca crônica, que é desenvolvida ao longo dos anos devido à pressão alta, por exemplo, sendo o tipo mais comum de insuficiência; Insuficiência cardíaca aguda, que surge repentinamente devido a um problema grave, como infarto, arritmia grave ou hemorragia e deve ser tratada imediatamente e no hospital para evitar complicações; Insuficiência cardíaca descompensada, que surge em pacientes com insuficiência cardíaca crônica que não fazem o tratamento de forma adequada, sendo necessário internamento; Insuficiência cardíaca congestiva, também chamada de ICC, em que existe acúmulo de líquidos nos pulmões, pernas e barriga devido à dificuldade do coração em bombear o sangue. Entenda o que é e como identificar a ICC. É importante que a insuficiência cardíaca seja identificada para que o tratamentoseja iniciado logo em seguida para evitar o agravamento do problema e surgimento de complicações que possam colocar em risco a vida da pessoa. 5.2. Principais sintomas da insuficiência cardíaca O principal sintoma de insuficiência cardíaca é o cansaço progressivo que se inicia após fazer esforços, como subir escadas ou caminhar, mas que com o tempo pode aparecer até mesmo em repouso. Outros sinais e sintomas comuns da insuficiência cardíaca podem incluir: Tosse excessiva durante a noite; Dor ou desconforto no peito; https://www.tuasaude.com/insuficiencia-cardiaca-congestiva-icc/amp/ https://www.tuasaude.com/insuficiencia-cardiaca-congestiva-icc/amp/ 10 Sensação de falta de ar ao fazer esforços ou em repouso; Inchaço nas pernas, tornozelos ou pés ao final do dia; Palpitações e calafrios; Inchaço abdominal; Palidez; Dificuldade para dormir com cabeceira baixa. Quando a pessoa apresenta estes sintomas, deve procurar um cardiologista para que sejam feitos exames que possam avaliar o coração e, assim, confirmar ou descartar o diagnóstico, iniciando o tratamento adequado. 5.3. Diagnóstico da insuficiência cardíaca Para confirmar o diagnóstico de insuficiência cardíaca, além de avaliar os sintomas e o histórico clínico, o médico pode ainda solicitar diversos exames, como exames de sangue, raio X do tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma, ressonância magnética, tomografia computadorizada, ou uma angiografia. 5.4. Causas da insuficiência cardíaca A insuficiência cardíaca pode acontecer como consequência de qualquer problema que interfira com o funcionamento do coração e no transporte de oxigênio para o corpo. Na maioria das vezes a insuficiência cardíaca acontece devido à doença coronariana, que é caracterizada pelo estreitamento dos vasos sanguíneos, havendo dificuldade na passagem de sangue e diminuição da quantidade de oxigênio de chega aos órgãos. Além disso, no caso da cardiomegalia, popularmente conhecido como coração grande, é possível também haver insuficiência cardíaca, isso porque devido ao aumento do órgão, o sangue passa a ficar acumulado em seu interior, não havendo distribuição adequada de sangue e oxigênio para os órgãos e tecidos. As alterações nos batimentos cardíacos ou no processo de contração e relaxamento do coração também podem levar à insuficiência cardíaca, principalmente em pessoas mais velhas e/ou que possuem hipertensão. 5.5. Tratamento da insuficiência cardíaca O tratamento para insuficiência cardíaca deve ser orientado por um cardiologista e, normalmente, inclui o uso de remédios para baixar a pressão, como Lisinopril ou Captopril, remédios para o coração, como Digoxina ou Amiodarona, ou remédios diuréticos, como Furosemida ou Espironolactona. 11 Além disso, também é recomendado que o paciente diminua o consumo de sal e de líquidos e faça exercício físico regular, sob orientação do cardiologista, como caminhar, fazer hidroginástica ou andar de bicicleta, por exemplo. Nos casos mais graves, em que o paciente não faz o tratamento de forma adequada ou quando o problema é identificado muito tarde, pode ser necessário fazer uma cirurgia para fazer transplante de coração. 5.6. Alguns cuidados durante o tratamento da insuficiência cardíaca Para completar o tratamento recomendado pelo cardiologista, é importante adotar alguns cuidados como: Evitar utilizar o sal para temperar a comida, substituindo por ervas aromáticas; Elevar a cabeceira da cama, pelo menos, 15 cm; Elevar as pernas, pelo menos, 15 cm para dormir; Não fumar e diminuir a ingestão de bebidas alcoólicas; Controlar a ingestão de líquidos segundo a orientação do médico. Além disso, alguns remédios caseiros para pressão alta como a água de alho, o chá de folhas de oliveira ou o chá de hibisco, por exemplo, também podem diminuir a pressão sob o coração, ajudando a aliviar os sintomas. No entanto, só devem ser usados com orientação do médico. 6. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), também conhecido como infarto ou ataque cardíaco, corresponde à interrupção da passagem de sangue para o coração, o que provoca a morte das células cardíacas e causa sintomas como dor no peito que pode irradiar para o braço. A principal causa do infarto é o acúmulo de gordura no interior dos vasos, sendo muitas vezes decorrentes de hábitos não saudáveis, com dieta rica em gordura e colesterol e pobre em frutas e vegetais, além de sedentarismo e fatores genéticos. O diagnóstico é feito pelo cardiologista por meio de exames físicos, clínicos e laboratoriais e o tratamento é feito com o objetivo de desobstruir a artéria e melhorar a circulação sanguínea. 6.1. Causas do Infarto Agudo do Miocárdio A principal causa do infarto agudo do miocárdio é a aterosclerose, que corresponde ao acúmulo de gordura dentro dos vasos sanguíneos, em formas de placas, que podem dificultar a passagem de sangue para o coração e, assim, causar o infarto. Além da aterosclerose, o infarto agudo do miocárdio pode acontecer devido a doenças coronarianas não ateroscleróticas, alterações congênitas e alterações hematológicas. 12 Alguns fatores podem aumentar as chances do infarto, como: Obesidade, tabagismo, sedentarismo, dieta rica em gordura e colesterol e pobre em fibras, frutas e vegetais, sendo esses fatores denominados fatores de risco modificáveis pelo estilo de vida; Idade, raça, gênero masculino e condições genéticas, que são considerados fatores de risco não modificáveis; Dislipidemia e hipertensão, que são fatores modificáveis por drogas, ou seja, que podem ser solucionados por meio do uso de medicamentos. Para prevenir o infarto, é importante que a pessoa tenha hábitos de vida saudáveis, como praticar exercício físico e alimentar-se corretamente. Veja o que comer para diminuir o colesterol. 6.2. Principais sintomas do Infarto Agudo do Miocárdio O sintoma mais característico do infarto agudo do miocárdio é a dor em forma de aperto no coração, no lado esquerdo do peito, que pode ou não estar associada a outros sintomas, como: Tontura; Mal-estar; Enjoo; Suor frio; Palidez; Sensação de peso ou queimor no estômago; Sensação de aperto na garganta; Dor na axila ou no braço esquerdo. Assim que os primeiros sintomas surgem é importante chamar a o SAMU pois o infarto pode resultar em perda de consciência, já que há diminuição do suprimento sanguíneo para o cérebro. Se assistir a algum infarto com perda de consciência, o ideal é que saiba fazer uma massagem cardíaca enquanto espera a chegada do SAMU, pois isso aumenta as chances de sobrevivência da pessoa. 6.3. Diagnóstico do Infarto Agudo do Miocárdio O diagnóstico do IAM é feito por meio de exames físicos, em que o cardiologista analisa todos os sintomas descritos pelo paciente, além do eletrocardiograma, que é um dos principais critérios de diagnóstico do infarto. O eletrocardiograma, também conhecido como ECG, é um exame que tem como objetivo avaliar a atividade elétrica do coração, sendo possível verificar o ritmo e a frequência de batidas do coração. https://www.tuasaude.com/dieta-para-baixar-colesterol/ 13 Para diagnosticar o infarto, o médico também pode solicitar exames laboratoriais com o objetivo de detectar a presença de marcadores bioquímicos que têm sua concentração aumentada em situações de infarto. Os marcadores normalmente solicitados são: CK-MB, que é uma proteína encontrada no músculo cardíaco e cuja concentração no sangue aumenta 4 a 8 horas após o infarto e volta ao normal após 48 a 72 horas; Mioglobina, que também está presente no coração, mas tem sua concentração aumentada 1 hora após o infarto e volta aos níveis normais após 24 horas - Saiba mais sobre o exame da mioglobina; Troponina, que é o marcador de infarto mais específico, aumentando 4 a 8 horas após aoinfarto e voltando aos níveis normais após cerca de 10 dias - Entenda para que serve o exame da troponina. Por meio do resultado dos exames de marcadores cardíacos, o cardiologista consegue identificar quando ocorreu o infarto a partir da concentração dos marcadores no sangue. 6.4. Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio O tratamento inicial para o infarto agudo do miocárdio é realizado desobstruindo o vaso através da angioplastia ou através de uma cirurgia designada por ponte de safena, também conhecida por bypass cardíaco ou revascularização do miocárdio. Além disso, o paciente necessita tomar medicamentos que diminuem a formação da placas ou tornem o sangue mais fino, a fim de facilitar a sua passagem pelo vaso, como o Ácido Acetil Salicílico (AAS). https://www.tuasaude.com/mioglobina/amp/ https://www.tuasaude.com/mioglobina/amp/ https://www.tuasaude.com/exame-de-troponina/amp/ https://www.tuasaude.com/exame-de-troponina/amp/ 14 7. CONCLUSÃO Chegando ao fim concluímos que ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais geralmente são eventos agudos causados principalmente por um bloqueio que impede que o sangue flua para o coração ou para o cérebro. A razão mais comum para isso é o acúmulo de depósitos de gordura nas paredes internas dos vasos sanguíneos que irrigam o coração ou o cérebro. Os acidentes vasculares cerebrais também podem ser causados por uma hemorragia em vasos sanguíneos do cérebro ou a partir de coágulos de sangue. A causa de ataques cardíacos e AVCs geralmente são uma combinação de fatores de risco, como o uso de tabaco, dietas inadequadas e obesidade, sedentarismo e o uso nocivo do álcool, hipertensão, diabetes e hiperlipidemia. A maioria das doenças cardiovasculares pode ser prevenida por meio da abordagem de fatores comportamentais de risco – como o uso de tabaco, dietas não saudáveis e obesidade, falta de atividade física e uso nocivo do álcool –, utilizando estratégias para a população em geral. Os mais importantes fatores de risco comportamentais, tanto para doenças cardíacas quanto para AVCs, são dietas inadequadas, sedentarismo, uso de tabaco e uso nocivo do álcool. Os efeitos dos fatores comportamentais de risco podem se manifestar em indivíduos por meio de pressão arterial elevada, glicemia alta, hiperlipidemia, sobrepeso e obesidade. Esses “fatores de risco intermediários” podem ser mensurados em unidades básicas de saúde e indicam um maior risco de desenvolvimento de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca e outras complicações. A cessação do tabagismo, redução do sal na dieta, consumo de frutas e vegetais, atividades físicas regulares e evitar o uso nocivo do álcool têm se mostrado eficazes para reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, o tratamento medicamentoso da diabetes, hipertensão e hiperlipidemia pode ser necessário para reduzir os riscos cardiovasculares e prevenir ataques cardíacos e AVCs. Políticas de saúde que criam ambientes propícios para escolhas saudáveis acessíveis são essenciais para motivar as pessoas a adotarem e manterem comportamentos saudáveis. Há também um número de determinantes subjacentes das doenças cardiovasculares. Elas são um reflexo das principais forças que regem mudanças sociais, econômicas e culturais – globalização, urbanização e envelhecimento da população. Outras determinantes dessas enfermidades incluem pobreza, estresse e fatores hereditários. 15 8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Insuficiência Cardíaca. Disponível em: <http://prevencao.cardiol.br/doencas/insuficiencia-cardiaca.asp>. Acesso em 16 Set 2021 FILHO, Roberto Kalil; FUSTER, Valentin. Medicina Cardiovascular: Reduzindo o impacto das doenças. 1.ed. São Paulo: Atheneu, 2016. 558-567. 1. Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). São Paulo. [acesso em 16 Set 2021]. Disponível em: http://www.sbh.org.br/geral/oque-e-hipertensao.asp 2. Sociedade Brasileira de Cardiologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51. WHO. Types of Cardiovascular Disease. Disponível em: <https://www.who.int/cardiovascular_diseases/en/cvd_atlas_01_types.pdf> . Acesso em: 16 de setembro de 2021 https://www.who.int/cardiovascular_diseases/en/cvd_atlas_01_types.pdf
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