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Fenômenos musculares no homem: força, fadiga, trabalho e velocidade de contração 1. Introdução Força muscular pode ser definida como a quantidade de tensão que um músculo ou grupamento muscular pode gerar dentro de um padrão de movimento específico e com determinada velocidade de movimento. A força pode ser classificada e subdividida de diversas formas, são elas: força máxima ou pura, força rápida ou explosiva e força de resistência. Força máxima: É a maior força muscular que um aluno/atleta pode desenvolver. Este formato de avaliação faz com que a força máxima represente a maior disponível, que o sistema neuromuscular pode mobilizar por meio de uma contração máxima voluntária. Força rápida: Comumente conhecida como potência. Esse tipo de força está associado com a capacidade do sistema neuromuscular de se movimentar ou movimentar objetos em um determinado tempo o máximo de vezes possível. Ou seja, realizar um movimento em velocidade máxima. E força de resistência: Comumente conhecida como potência. Esse tipo de força está associado com a capacidade do sistema neuromuscular de se movimentar ou movimentar objetos em um determinado tempo o máximo de vezes possível. Ou seja, realizar um movimento em velocidade máxima. Como podemos observar acima, a musculatura estriada esquelética possui a capacidade de produzir níveis elevados de força quando ativada. No entanto, a incapacidade de manter o rendimento durante o exercício físico moderado e prolongado é denominada fadiga muscular. A fadiga muscular é um processo resultante de eventos fisiológicos que impedem a manutenção da ação muscular em uma determinada atividade. Alguns estudos sugerem que esse processo é uma forma de o organismo proteger-se para que nenhuma lesão maior ocorra, principalmente no caso de uma fadiga aguda. E a velocidade de contração muscular diz respeito a capacidade de reação ou contração do músculo. A velocidade de contração das fibras musculares é concedida através do tipo de fibra recrutada. Por fim, podemos considerar que a fisiologia do exercício se ocupa do estudo de como o corpo se adapta ao estresse agudo do exercício ou atividade física, e ao estresse crônico do treinamento físico. (WILMORE; COSTILL, 2001). Nesse contexto, a fisiologia do exercício, são todos os fenômenos fisiológicos que vão ser provocados por nosso organismo, em decorrência à exposição ao exercício físico, ou seja, esse estresse é positivo, e vai quebrar a homeostase, onde o nosso organismo vai procurar meios para manter as funcionalidades do nosso corpo trazendo de volta à normalidade do organismo. 2. Objetivos Comparar a força isométrica máxima da mão direita com a da mão esquerda; Estudar os efeitos de repetidas contrações musculares na força dos músculos dos braços; Determinar os efeitos de cargas variadas na velocidade de contração muscular. 3. Materiais e Metodologia Cronômetro Dinamômetro Manual Esfigmomanômetro Alteres de pesos diferentes -Metodologia Para a realização da aula prática a aluna/autora do relatório desempenhou alguns procedimentos, a citar: o auxílio dos materiais citados anteriormente, bem como, com a orientação do Professor João Jacob. Durante a aula, fez-se necessário observar, e anotar todos os dados relevantes para compor o relatório e utilizar-se de fontes extras, como livros e artigos. 4. Resultados 4.1 Força Isométrica A aluna apertou o dinamômetro manual o mais forte possível com ambas as mãos, mantendo o braço e a mão paralelos ao tronco e afastados do corpo. Duas tentativas realizadas com cada uma das mãos e as médias de cada mão são usadas como resultados para esta parte do experimento. (Tabela 1 e 2). Tabela 1-2. Registros Contração Máxima- Mão direita e Esquerda. Fonte: Dados da autora, 2022. Na medida da força de preensão palmar, verificaram-se valores significativamente maiores nas medidas de força ao membro superior direito, sendo ela a mão dominante da aluna. Com diferença média de 5 kg (ou segundos). À aluna realizou seguidas contrações com seu braço dominante por minuto, realizando uma contração máxima a cada 2 (dois) segundos por um tempo mínimo de 05 (cinco) minutos. (Tabela 3) Tabela 3. Efeito da fadiga de contração máxima. Fonte: Dados da autora, 2022. Com os dados da análise, observou-se uma diferença mínima significativa entre a 1ª e 2ª tentativa sem contrações máximas observadas na primeira tabela, com essa 3 tabela com efeito da fadiga, com diferença média de 1 kg (ou segundos). No entanto, demonstra que mesmo sobre o efeito da fadiga, o rendimento com a mão direita (dominante) supera ao da mão não dominante (esquerda) da aluna, com uma diferença significativa de 4 kg (ou segundos). Em seguida, para observar a fadiga de contração, a aluna realizou seguidas contrações a cada 3 (três) seg. e contração máxima a cada 30 segundos. (Tabela 4). Tabela. 4 Fadiga em Contração. Tempo kg 0 25 25 25 1 23 24 24 Tempo kg 23 24 23 25 25 Fonte: Dados da autora, 2022. Mão Direita 1ª TENTATIVA 25 kg (ou segundos) 2ª TENTATIVA 26 kg (ou segundos) MÉDIA 25,5 kg (ou segundos) Mão Esquerda 1ª TENTATIVA 22 kg (ou segundos) 2ª TENTATIVA 19 kg (ou segundos) MÉDIA 20,5 kg (ou segundos) Mão dominante 1ª TENTATIVA 25 kg (ou segundos) 2ª TENTATIVA 24 kg (ou segundos) MÉDIA 24,5 kg (ou segundos) Nota-se que até as contrações encontram-se estabilizadas de 25 kg (ou segundos) há um decréscimo de 23-24 kg (ou segundos), voltando a se estabilizar no último meio minuto. Após o descanso do braço utilizado no exercício, repetiu-se o procedimento mas com o uso do esfigmomanômetro, A pressão utilizada durante o treinamento deve possibilitar a total oclusão venosa, porém restrição parcial do fluxo arterial. (Tabela 5). Tabela 5. Fadiga em Contração com o uso do esfigmomanômetro. Tempo kg 0 24 23 20 1 20 20 19 Tempo kg 20 18 19 18 18 Fonte: Dados da autora, 2022. Observa-se uma redução significativa dos dados a partir do uso do fadiga periférica, que consiste numa diminuição no rendimento esportivo esperado, estabelecida respectivamente ao nível da contração muscular, cujo complexo processo, pode ser abordado de diversas maneiras, como por exemplo: tipo de contração (isométrica - isotônica; intermitente - sustentada), frequência, intensidade, duração, tipo de músculo e características das fibras musculares. Para a última atividade, a aluna sentou-se junto a bancada, de forma que seu braço dominante fique repousando sobre a mesa com a palma da mão para cima. Ao sinal, a aluna flexionou e estendeu o braço o mais rápido possível, por um período de 10 seg. (cada movimento de flexão e extensão é considerado um ciclo completo). Onde foram realizadas duas tentativas sem carga e com o punho cerrado. O peso do braço sem carga é arbitrariamente considerado 0,45g para todos os indivíduos. A partir disso, colocar progressivamente as cargas de diferentes pesos até que o trabalho total do indivíduo se nivele (completar ciclo completo de 10 seg. por peso). (Tabela 6). Tabela 6. Velocidade de Contração. MEMBRO 1ª TENTATIVA- PUNHO FECHADO 16 (nº de ciclos em 10 segundos) 2ª TENTATIVA- PUNHO FECHADO 19 (nº de ciclos em 10 segundos) 1º PESO: 1 Kg 15 (nº de ciclos em 10 segundos) 2º PESO: 2 Kg 14 (nº de ciclos em 10 segundos) 3º PESO: 5 Kg 12 (nº de ciclos em 10 segundos) Fonte: Dados da autora, 2022. Colocar o manguito e insuflar até 100 mmHg. Repetir o procedimento e comparar. (Tabela 7). Tabela 7. Velocidade com oclusão do fluxo sanguíneo durante a contração. MEMBRO 1º PESO: 1 Kg 11 (nº de ciclos em 10 segundos) 2º PESO: 2 Kg 10 (nº de ciclos em 10 segundos) 3º PESO: 5 Kg 08 (nº de ciclos em 10 segundos) Fonte: Dados da autora, 2022. Assim, temos que,de acordo com a duração e intensidade do exercício, há ativação de sistemas energéticos e metabólicos específicos (Lancha Junior, 1996). Durante exercício físico intenso e prolongado, a fadiga se relaciona, principalmente com a hipoglicemia, pois, tanto a glicose como a proporção da oxidação de carboidratos diminuem (Snyder, 1998; Tsintzas e Williams, 1998). Uma hipótese bastante aceita para explicar a fadiga periférica, envolve a deficiência de energia para o trabalho muscular, conhecida Com o uso do esfigmomanômetro, a oclusão vascular promove o aumento da produção de lactato dentro do músculo, como consequência ocorre maior secreção de GH no local. Este hormônio induziria uma resposta anabólica significativa, semelhante ao obtido com a alta intensidade, podendo chegar a um aumento de 290 vezes comparado com a situação de repouso, atuando assim, no processo de hipertrofia muscular. Considerações Finais Diante do exposto, reafirma-se a força muscular da aluna com sua mão dominante (mão direita), em relação a sua mão esquerda, evidenciando a influência nos resultados, tendo em vista, que a mão dominante é utilizada diariamente para outras atividades, o que torna a sua musculatura mais forte. Evidenciou-se a utilização do esfigmomanômetro como um método prático e de baixo custo para avaliação de força entre flexores dos membros superiores, podendo ser aplicados como parâmetro de comparação, quando objetivamos observar as fadigas de contrações musculares e velocidade com oclusão do fluxo sanguíneo durante a contração, com o objetivo de potencializar as capacidades físicas e a recuperação muscular. Por fim, a fadiga muscular pode ser compreendida como a incapacidade de gerar determinados níveis de força em função de seus mecanismos indutores de origem central ou periférico. Referências SANTOS, E.; BLANCO, J. Fisiologia da fadiga muscular: quebrando paradigma. Educação Física em Revista. v.3. n.3. 2009. SOARES, R. A.S; FILHO, R. M.; CUNHA, J. J. V. Benefícios do treinamento de força com oclusão vascular: uma revisão de literatura. Disponível em: http://revista.universo.edu.br/index.php?journal=1JUIZDEFORA2&page=article&op=view&pa th%5B%5D=8684. Acesso em: 20 de set. de 2022.
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