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Conservação em Chondrichthyes

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MARIA EDUARDA VIEIRA VELOSO 
 
 
 
 
 
 
 
VERTEBRADOS 
CÉLIO HADDAD 
 
 
 
 
 
 
 
CONSERVAÇÃO DOS CHONDRICHTHYES 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO CLARO 
2020 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 2 
O HOMEM E A NATUREZA................................................................................................ 3 
A VIDA MARINHA RESULTANTE DO HISTÓRICO ANTROPOCÊNTRICO........... 3 
CHONDRICHTHYES..............................................................................................................4 
AMEAÇA AOS CHONDRICHTHYES................................................................................ 5 
PRESERVAÇÃO DOS CHONDRICHTHYES.................................................................... 9 
CONCLUSÃO........................................................................................................................ 12 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
Os primórdios do homem eram compostos de uma relação de dependência da natureza e, ao 
decorrer da sua evolução, esta vem sendo alterada, resultando no cenário atual que pode ser 
descrito como antropocêntrico; o estilo de vida contemporâneo, que se mostra insustentável e 
desequilibrado, afeta o ambiente em que vivemos e, não é diferente em relação aos oceanos. 
O ambiente marinho possui características próprias, com fauna e flora riquíssimas em vida, 
sendo responsáveis por manter a harmonia desse ecossistema, porém a realidade desse 
ambiente não é a melhor; com a poluição, a pesca e a visão dos seres humanos como 
superiores, vários dos organismos presentes nos mares estão correndo risco de extinção e 
sofrem com o nosso modelo de vida, sendo alguns desses organismos: os Chondrichthyes. Os 
Chondrichthyes, que é um grupo composto por raias, tubarões e quimeras, possuem 
importante função na teia alimentar e no ecossistema marinho, mas correm risco de extinção. 
Sem eles, o mar não será o mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O HOMEM E A NATUREZA 
A relação do homem com a natureza ocorre desde os primórdios da existência da espécie 
humana e vem sido alterada ao longo da evolução. O homem primitivo possuía dependência 
total da natureza para a sobrevivência, construindo uma visão do ambiente em que vivia como 
fonte de alimento, fonte de vida. Porém, ao decorrer da evolução, adquirir o modelo de vida 
sedentário foi inicio para que o homem pudesse iniciar o total controle da natureza, uma visão 
influenciada por fatores históricos e tecnológicos, resultando no atual estilo de vida que se 
mostra insustentável e impactante. 
Os avanços científicos e tecnológicos ganham força durante a Revolução Científica, no século 
XVI, alterando a visão de mundo radicalmente. O universo era até então visto como orgânico, 
vivo e espiritual, dando lugar à visão racional, ostentando a separação entre a natureza e o ser 
humano. Mais tarde, a Revolução Industrial, que aconteceu a partir da segunda metade do 
século XVIII, reforçou a ruptura da visão de natureza sagrada e dos dogmas religiosos, 
tratando cada vez mais a natureza como um objeto que deveria ser possuído e dominado pelo 
homem; a morte lenta da natureza é o reflexo da superioridade do homem. 
O ser humano é o único animal racional capaz de transformar o ambiente de acordo com a sua 
vontade e, com essa capacidade de interferir, construiu um pensamento denominado 
antropocêntrico. A perspectiva do antropocentrismo consiste em colocar o homem como o 
centro de tudo, glorificando o ser humano que deve dominar o conhecimento sobre a natureza, 
considerando seus próprios interesses e, principalmente se estabelecendo no topo da cadeia 
alimentar; é importante pontuar que o ser humano se considera superior devido à sua 
capacidade de pensar, logo que sua espécie é a única capaz de adequar a própria conduta e 
atribuir valores morais às suas ações. O homem não deu importância à natureza, esquecendo-
se que depende dela para viver, independente das criações e revoluções tecnológicas. 
A VIDA MARINHA RESULTANTE DO HISTÓRICO ANTROPOCÊNTRICO 
O desmatamento excessivo, a caça e a pesca são altamente prejudiciais à natureza, 
responsáveis pela inserção de compostos tóxicos no ar, na água, no solo, ocorrendo mudanças 
climáticas e até mesmo é prejudicial aos próprios seres humanos, devido à absorção desses 
compostos tóxicos pelos seres vivos ao longo da cadeia alimentar. O consumo de carne é 
responsável pela emissão de gases poluentes que aceleram os efeitos do aquecimento global, 
incentiva à caça promovendo a extinção de espécies e a destruição do habitat natural. Quando 
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se trata sobre o consumo de carne, é comum associarmos logo à pecuária e à carne bovina, 
mas o consumo de peixes também é altamente prejudicial. 
A pesca comercial em larga escala mata peixes em grandes quantidades e também destrói 
muitos habitats marinhos. A pesca por arrasto tem sido associada a uma desflorestação 
massiva; aproximadamente 2,7 bilhões de peixes são retirados do mar a cada ano, dos quais 
40% ou cerca de 38 milhões de toneladas de criaturas marinhas são descartadas como captura 
acessória, ou seja, não se trata apenas da captura da espécie desejada, mas também de muitos 
outros animais que são capturados indesejavelmente; os peixes também respondem a stress, 
ameaça e medo, alterando nitidamente a ecologia marinha. A pesca comercial não é seletiva, 
se tornando uma das maiores ameaças para a extinção de espécies marinhas e destruição dos 
sensíveis habitats marinhos. 
Cerca de 50 milhões de tubarões são retirados do oceano anualmente devido à captura 
acessória e, estima-se que 200 mil tubarões são mortos, todos os dias, para a indústria de 
barbatana de tubarão, eles são os maiores predadores marinhos e possuem uma longa 
trajetória de evolução, estão no planeta há cerca de 400 milhões de anos e, com toda certeza, a 
sua extinção afetaria o ecossistema inteiro; sobreviveram a outras extinções, mas agora são 
ameaçados de serem extintos pelos seres humanos. Se nos preocupamos minimamente com o 
ecossistema, devemos dar atenção à conservação destes animais. 
CHONDRICHTHYES 
Classe composta pelos peixes cartilaginosos com duas subclasses: os Holocephali (quimeras) 
e os Elasmobranchi (tubarões e raias). Os Chondrichthyes são predominantemente predadores 
e estão situados no topo da teia alimentar marinha, no entanto, dentro da classe existem 
variações de hábitos alimentares, como por exemplo, alguns são filtradores, detritívoros ou 
até mesmo ectoparasitas. Por fazer parte de um nível trófico muito relevante na teia alimentar, 
os Chondrichthyes tem importante papel no ecossistema marinho, pois são responsáveis pela 
regulação de inúmeros organismos (moluscos, peixes, crustáceos, mamíferos, outros tubarões 
e etc.), determinando o número e abundancia de outras espécies no ambiente. Assim como 
essa classe possui diferentes hábitos alimentares, também possui variedade de tamanho, 
podendo medir de 50 cm a 15m, e habitar vários ambientes, desde águas próximas à costa até 
a plataforma e talude. 
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A prole dos Chondrichthyes é menor e o tamanho dos filhotes é maior, podemos ver lado 
positivo e lado negativo nesse quesito, por exemplo, ao ter filhotes maiores em tamanho, eles 
nascem mais desenvolvidos, capazes de se defender e sobreviver no ambiente aquático, mas 
ter uma prole menor pode facilitar a extinção da espécie. Abaixo, podemos ver algumas 
criaturas de Chondrichthyes. 
 
Foto: http://www.bio.utexas.edu/ 
AMEAÇA AOS CHONDRICHTHYES 
Os Chondrichthyes possuem importante função na teia alimentar e no ecossistema marinho, 
mas correm risco de extinção; as principais ameaças aos Chondrichthyes são as pescarias, aspescas acessórias, a precária educação ambiental em conhecer a importância dos outros 
animais, mudanças climáticas e a degradação do habitat natural. 
Abaixo é possível estará uma tabela que mostra o enorme risco que esse grupo está correndo 
através das famílias taxonômicas mais e menos ameaçadas. 
 
 
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Fonte: IUCN SSC Shark Specialist Group. 
A pesca excessiva e não regulamentada é a maior que ameaça aos Chondrichthyes, já que 
muitas de suas espécies têm vida longa, baixa fecundidade e baixa mortalidade natural e, por 
isso, a capacidade de reposição populacional natural é bastante reduzida. As barbatanas, em 
particular, se tornaram as mercadorias mais valiosas e, estima-se que as barbatanas de 26 a 73 
milhões de indivíduos sejam comercializadas, no valor de 400-550 dólares anualmente; os 
desembarques de tubarões e raias, reportados à Organização das Nações Unidas para 
Agricultura e Alimentação, aumentaram constantemente até um pico em 2003 e 
posteriormente caíram, sendo provável que a captura total verdadeira seja quatro vezes maior 
que a relatada. Uma das principais motivações da pesca de tubarão é o comércio globalizado 
para atender à demanda asiática da sopa de barbatana de tubarão, um prato tradicional e caro. 
Apesar do comércio de barbatana ser amplamente reconhecido, a demanda por carne, óleo de 
fígado e guelras (estrutura responsável pelas trocas gasosas entre o sangue dos organismos e a 
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água) também apresenta enormes ameaças aos Chondrichthyes. Enquanto um terço dos 
tubarões e raias ameaçados está sujeito à pesca direcionada, algumas das espécies mais 
ameaçadas possuem como a pesca acessória, ou seja, são capturados de acidentalmente em 
pescas direcionadas a outras espécies e, geralmente são mantidos como capturas valiosas da 
pescaria. As imagens abaixo mostram a sofisticada sopa de barbatana de tubarão e, ao lado a 
crueldade desse prato. 
 
 
 
 
 
 
Fotos: 1- Johannes Eisele e 2- Jeso Carneiro/Flickr. 
A precária educação ambiental também é um dos fatores que pode fazer com que espécies 
desapareçam e, isso ocorre justamente devido ao antropocentrismo, onde o homem está 
apenas preocupado em dominar a natureza. Através do pouco conhecimento e do medo da 
vida selvagem que possuímos, é comum a visão que os tubarões são predadores vorazes 
interessados em matar seres humanos a qualquer momento, fomentando a ideia de ódio aos 
tubarões, mas não é bem assim. Das 410 espécies de tubarões conhecidas, apenas 32 
representam perigo aos homens, ou seja, a probabilidade dos ataques ocorrerem é pequena. Os 
ataques podem ter duas classificações: ataques provocados, quando o homem tenta manter 
contato físico com o animal e, o ataque não provocado, quando o ocorrido é sem a provocação 
humana (classificação determinada pelo Arquivo Internacional de Ataques de Tubarões). O 
primeiro ataque pode ocorrer por respostas defensivas do animal, defendendo e/ou protegendo 
seu território por se sentir ameaçado com um individuo invadindo o seu território, assim como 
vários outros animais; o segundo ataque, é o mais temido e pode ter várias motivações, os 
tubarões atacariam o homem ao confundirem com outros mamíferos, por exemplo, a prancha 
de um surfista com a silhueta de leões marinhos vistos por baixo ou as solas e pés dos 
surfistas que tendem a ser mais claras do que a pele e roupa, se assemelhando a escamas dos 
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peixes e, isso é devido à falta de interesse na carne humana, pois não faz parte da alimentação 
primordial desses animais devido à baixa concentração de gordura, o contrário, por exemplo, 
da carne de um atum, com a falta de interesse na carne humana, o tubarão pode apenas 
morder e não comer; a fome também é uma motivação para que os tubarões corram o risco de 
se aproximar da praia e ataquem a fim de se alimentarem para sobreviver e, nesse caso é 
perceptível como a extinção de espécies podem acarretar em um colapso na teia alimentar. 
Além disso, a degradação do habitat ocorre através da poluição da água, ocupação cada vez 
maior da faixa costeira e mudanças climáticas. As espécies costeiras estão mais suscetíveis a 
essas ameaças do que aquelas em alto mar vivendo em ecossistemas pelágicos e de aguas 
profundas, além daquelas que costumam agregar em épocas e locais definidos para a cópula 
ou para o parto, tendo seus berçários em aguas rasas, afetando seus ciclos biológicos e sendo 
influenciadas pela degradação da costa e a qualquer nível de intensidade de pesca; nos 
habitats costeiros, estuarinos e ribeirinhos, são enfrentados quatro processos principais de 
degradação que comprometem vários dos tubarões e raias ameaçados, sendo eles: o 
desenvolvimento residencial e comercial (ameaça 22 espécies, incluindo os tubarões 
fluviais Glyphis spp.), destruição de manguezais para o cultivo de camarão no sudeste da Ásia 
(ameaçam 4 espécies, incluindo a arraia-variegada de Bleeker, Himantura undulata); 
engenharia de rios, com a construção de barragens e controle da água (ameaça 8 espécies, 
incluindo a arraia-doce de água doce do Mekong Dasyatis laosensis); e poluição que afeta 
diretamente o ecossistema marinho, causada por contaminações químicas, substâncias 
poluentes e principalmente pelo derrame de petróleo, sendo um dos problemas que mais 
preocupam a humanidade. O óleo no mar, nas praias e costões mata severamente as algas, 
peixes, moluscos e crustáceos e, em grande quantidade impedem ou reduzem a incidência de 
raios solares, provocando a redução da fotossíntese feita pelas algas e, resultando num enorme 
prejuízo à fauna e flora, interferindo diretamente na teia alimentar marinha. 
Abaixo, os Chondrichthyes nas categorias da Lista Vermelha na União Internacional para a 
Conservação da Natureza (IUCN, em inglês), por seus principais habitats. 
 
 
 
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Fonte: IUCN SSC Shark Specialist Group. 
Legenda da tabela: CR, em perigo crítico; EN, em perigo; UV Vulnerável; NT, quase 
ameaçado; LC, menor preocupação; DD, Dados com Deficiência. Número ameaçado é a 
soma total das categorias CR, EN e VU. . 
Enquanto isso, no Brasil, um levantamento realizado pelo Instituto Chico Mendes de 
Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, aponta 
que mais de um terço das espécies de raias e tubarões, ou seja, os Elasmobranchi, estão 
ameaçadas. Das 169 espécies analisadas, duas foram consideradas regionalmente extintas e 60 
espécies estão em alguma categoria de ameaça segundo os critérios da IUCN. 
PRESERVAÇÃO DOS CHONDRICHTHYES 
A preservação de qualquer animal no planeta é fundamental, pois a extinção de qualquer 
espécie tem como resultado um colapso na teia alimentar. Imaginemos uma cadeia alimentar 
simples hipotética: 
Algas  microcrustáceos  sardinha  tubarão 
Para ter uma ideia de tal colapso, vamos supor que os tubarões entrassem em extinção; o 
resultado disso seria um aumento descontrolado na população de sardinha e, futuramente 
haveria escassez de alimento para as sardinhas, logo que, a população de microcrustáceos não 
sustentaria essa explosão no crescimento das sardinhas. Além disso, os tubarões também são 
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responsáveis por eliminarem animais fracos e doentes, ajudando o ambiente a permanecer 
saudável e, auxiliando na seleção natural desses animais. Toda essa mudança resultaria num 
ambiente com a fauna e a flora desequilibrada, em que os corais seriam afetados, as algas, os 
peixes e etc.. 
Além da sua importância ecológica, os tubarões e raias possuem valor farmacêutico, 
pesquisas mostram que substâncias derivadas desses animais ajudam no combate ao câncer e 
outras doenças; os Chondrichthyes também são alvo de pesquisas e aplicações em varias áreas 
do conhecimento; o mergulho com tubarões ajuda no crescimento econômico de algumas 
regiões, essa atividade é praticada em 83 localidades de 29 países, sendo diretamente 
responsável por gerar empregos. 
Adivulgação cientifica possui um papel muito importante em incentivar a preservação dos 
Chondrichthyes, ela é responsável por transmitir a ciência para o publico com uma linguagem 
acessível, facilitando diálogos e podendo de adaptar a cada público; é uma forma de aumentar 
o número de pessoas que tenham acesso às informações e, com isso seria possível mostrar a 
sociedade o papel ecológico fundamental desses organismos na manutenção dos ecossistemas 
marinhos e que eles não são como os filmes de terror mostram. Os ataques também podem ser 
evitados através de informações, ou seja, conhecer o local e quais precauções se deve tomar 
ao adentrar o mar. 
Devemos instigar as pessoas que estão a nossa volta a se questionarem e refletirem sobre 
como vemos e tratamos o meio ambiente através de perguntas simples como: por que os 
outros animais são menos importantes do que nós humanos? 
É importante que a sociedade reconheça que a nossa racionalidade não nos torna donos do 
mundo e nem superiores aos outros animais. A partir do momento que esse questionamento 
for refletido, a visão de mundo poderia ser diferente, o consumo de carne poderia diminuir, 
seria incentivado um estilo de vida mais sustentável e não consumista, o trafico de animais 
poderia diminuir e repensaríamos em tratar os outros animais como meras mercadorias. A 
visão antropocêntrica precisa ser quebrada para que os seres humanos possam viver em 
harmonia com a natureza. Além disso, é importante que seja exigido a fiscalização e 
regulamentação severa de pescas. 
Além disso, existem órgãos ao redor do mundo que pesquisam, estudam e realizam a 
divulgação cientifica sobre os Chondrichthyes, sendo alguns deles: 
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1. Projeto Cação (UNESP): realiza coletas, processa material biológico e divulga os, 
resultados através de publicações de resumos e artigos em revistas cientificas, jornais 
de divulgação popular e programas de televisão. Entre julho de 1996 e dezembro de 
2002 foram coletados, amostrados e analisados cerca de 13 mil exemplares de 
tubarões e 700 exemplares de raias, compreendendo 29 espécies. 
 
2. ICMBio: é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e integra o Sistema Nacional 
do Meio Ambiente. Cabe ao Instituto executar as ações do Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação, podendo propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e 
monitorar as UCs instituídas pela União. Além disso, ele é responsável ainda fomentar 
e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da 
biodiversidade e exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das Unidades de 
Conservação federais. Dentro do ICMBio existe um Plano de Ação Nacional para a 
Conservação dos Tubarões e Raias Marinhos Ameaçados de Extinção (PAN 
Tubarões), que tem como objetivo geral diminuir os impactos sobre os Elasmobranchi 
marinhos ameaçados de extinção no Brasil e de seus ambientes, para fins de 
conservação em curto prazo; Entre os objetivos estão o aperfeiçoamento do processo 
de gestão pesqueira; o aprimoramento do marco legal; a sensibilização dos pescadores 
e da sociedade, e o aprimoramento dos processos de monitoramento, controle e 
vigilância da captura incidental dos elasmobrânquios marinhos ameaçados de 
extinção. 
3. IUCN SSC Shark Specialist Group: trabalham em garantir a conservação, o manejo e, 
quando necessário à recuperação de tubarões, raias e quimeras do mundo, mobilizando 
conhecimentos técnicos e científicos globais para fornecer o conhecimento que 
possibilita a ação. 
 
4. Flying Sharks Collections Consulting Conservation Education: se dedicam a promover 
o uso sustentável dos oceanos, através da prestação de consultoria e qualidade em 
animais marinhos a instituições com foco em educação e pesquisa no meio ambiente 
marinho. 
 
 
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CONCLUSÃO 
Em suma, os Chondrichthyes se encontram em uma situação delicada, mas ainda é possível 
revertê-la a tempo; são animais que se desaparecessem causariam um colapso imenso no 
ambiente oceânico, afetando a fauna e também a flora marinha. Podemos repensar nosso 
consumo (seja ele de carne, derivados, roupas e afins), divulgar a ciência, adotar um modo de 
vida mais sustentável, que valoriza a harmonia com a natureza e não a destruição dela, apoiar 
grupos de pesquisa e etc., mas prioritariamente repensarmos qual o papel da nossa espécie no 
planeta Terra. 
A conservação da natureza só será possível quando nós, seres pensantes, nos preocuparmos 
verdadeiramente com o planeta Terra. Ao analisar geologicamente o nosso planeta, vemos 
que ele já passou por muitos momentos de tensão e, com a destruição humana, com certeza o 
planeta se recuperaria novamente, porém, até onde a nossa espécie aguentaria viver com as 
consequências de suas próprias ações? 
Cuidar do planeta é diretamente cuidar de nós mesmos, é preciso entender que não somos 
superiores a nenhum outro animal, fazemos parte de ecossistemas assim como os outros 
animais; nós dependemos do planeta, já ele, não depende de nós. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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%B3ria%20(ou%20Bycatch).&text=Esta%20pesca%20comercial%2C%20n%C3%A3o%20s
eletiva,amea%C3%A7as%20para%20as%20esp%C3%A9cies%20marinhas.< 
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https://www.fishforward.eu/pt-pt/project/by-catch/#:~:text=Muitas%20vezes%2C%20n%C3%A3o%20se%20trata,captura%20acess%C3%B3ria%20(ou%20Bycatch).&text=Esta%20pesca%20comercial%2C%20n%C3%A3o%20seletiva,amea%C3%A7as%20para%20as%20esp%C3%A9cies%20marinhas.
https://www.fishforward.eu/pt-pt/project/by-catch/#:~:text=Muitas%20vezes%2C%20n%C3%A3o%20se%20trata,captura%20acess%C3%B3ria%20(ou%20Bycatch).&text=Esta%20pesca%20comercial%2C%20n%C3%A3o%20seletiva,amea%C3%A7as%20para%20as%20esp%C3%A9cies%20marinhas.
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14 
 
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0consumo,transforma%C3%A7%C3%A3o%20para%20as%20futuras%20gera%C3%A7%C3
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VEGANIZE. 11 Principais Motivos para Nunca Mais Comer Peixes. Disponível em: > 
http://veganize.com.br/principais-motivos-para-nunca-mais-comer-peixes/ < 
https://www.greenpeace.org/brasil/participe/reduza-seu-consumo-de-carne/#:~:text=A%20produ%C3%A7%C3%A3o%20de%20carne%20%C3%A9,os%20efeitos%20do%20aquecimento%20global.&text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20reduzir%20o%20consumo,transforma%C3%A7%C3%A3o%20para%20as%20futuras%20gera%C3%A7%C3%B5es.
https://www.greenpeace.org/brasil/participe/reduza-seu-consumo-de-carne/#:~:text=A%20produ%C3%A7%C3%A3o%20de%20carne%20%C3%A9,os%20efeitos%20do%20aquecimento%20global.&text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20reduzir%20o%20consumo,transforma%C3%A7%C3%A3o%20para%20as%20futuras%20gera%C3%A7%C3%B5es.
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http://veganize.com.br/principais-motivos-para-nunca-mais-comer-peixes/

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